TEXTO BASE: Daniel 5.12
•“Porquanto se achou neste Daniel um espírito
excelente, e ciência, e entendimento, interpretando
sonhos, e explicando enigmas, e solvendo dúvidas,
ao qual o rei pôs o nome Beltessazar; chama-se,
pois, agora Daniel, e ele dará interpretação”.
No capítulo 5 de Daniel encontramos um paralelo
com Isaías 21.1-9 que trata de uma profecia quanto à
queda da Babilônia, apontando a conquista de Babilônia
por Ciro, profecia que ocorrera cerca de 150 anos antes.
No capítulo 2 de Daniel temos a descrição dos
Impérios mundiais, a saber: Babilônia (ouro), Medo-Persa
(prata), Grécia (cobre), Roma (ferro), versículos 38 ao 40.
No entanto, a despeito dessa sequência de impérios,
poderosos, que já passaram, historicamente, Daniel 2.44
traz uma firma promessa, escatológica, que alimenta
nossa esperança no porvir.
“Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um
reino que não será jamais destruído; este reino não
passará a outro povo: esmiuçará e consumirá todos estes
reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” Daniel
2.44.
Daniel contava, à época desse acontecimento, com mais
de 80 anos, uma vez que, segundo os historiadores
bíblicos, entre os capítulos 4 e 5 de Daniel, temos um
espaço temporal de mais de 30 anos.
Segundo os historiadores, bíblicos, no tempo de Daniel 5,
o exército de Ciro, rei da Pérsia, já estava sitiando
Babilônia há cerca de dois anos. Babilônia, com seus
muros fortes, estava preparada para resistir...No entanto,
a profecia divina viria a se cumprir...
Belsazar – “Bel proteja o rei” estava reinando em lugar de
Nabonido, seu pai e, era neto de Nabucodonosor. Como o
Aramaico não tinha vocábulo para “avô”, Jeremias deixa
clara a situação (Belsazar neto de Nabucodonosor) em
Jeremias 27.7.
A Bíblia relata que, ocorria, ali, no
palácio, uma festa ímpia, regada a muita bebida, mulheres
e concubinas, ímpias e, ainda, com a utilização, proposital,
dos utensílios de ouro e de prata, que vieram do templo da
Casa de Deus, em Jerusalém. Daniel 5.1-3.
Além da bebedice, das orgias, da profanação (utilização
do sagrado em festas pagãs), havia, ainda, “celebração”
aos “falsos deuses”, conforme Daniel. 5.4.
Nosso Deus, soberano, poderoso, que a tudo acompanha,
na mesma hora, começou a escrever na estucada parede
do palácio real, a festa parou, e o semblante do rei
mudou-se. Daniel 5.5-6.
Era
a
resposta,
pessoal,
do
Senhor
Deus,
pela
irreverência e profanação dos vasos sagrados do Senhor,
ou seja, tudo quanto o Senhor santificou não deve ser
profanado.
Em II Coríntios 6 o Apóstolo Paulo nos mostra que não
há comunhão da luz com as trevas... E não há consenso
entre o templo de Deus e os ídolos...Por isso o Senhor
escreveu a “sentença” de Belsazar...
Quando o rei viu as expressões escritas, por Deus, na
parede do palácio, além do semblante mudado, as juntas
de seus lombos se relaxaram e os seus joelhos bateram
um no outro. Daniel 5.6.
Após escrita a “sentença”, nenhum dos sábios, do rei,
pôde interpretar...a rainha, então, anunciou ao rei: há, no
teu reino, um homem que tem o “espírito dos deuses
santos”, ele dará a interpretação... Daniel 5.9-12.
Daniel é introduzido à presença do rei. O rei, ansioso,
pede que Daniel interprete a “sentença” e, também, tenta
“comprar” Daniel prometendo-lhe “´terás cadeia de ouro
no pescoço, e não reino serás o terceiro dominador” –
Daniel 5.16.
Daniel, na presença do rei e, ante a sua
“proposta”, nos ensina a como vencer as propostas,
aparentemente “aceitáveis”: “as tuas dávidas fiquem
contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia (...) farei
saber a interpretação” – Daniel 5.16,17.
Daniel,
ainda,
como
profeta
de
Deus,
antes
da
interpretação, relembra a Belsazar a situação de seu avô,
como Deus fizera com ele, e, então, lhe chama à atenção
quanto à profanação dos utensílios da Casa do Senhor –
Daniel 5.18-24.
Ressalte-se que, as palavras MENE,
MENE, TEQUEL, PARSIM, eram conhecidas no idioma
falado na Pérsia, contudo, isoladas, ninguém soube
interpretá-las, somente o Servo do Senhor, Daniel, sob
revelação do Espírito Santo, deu a exata interpretação...
Os vocábulos básicos da escrita são: MENE (contado),
TEQUEL (pesado) e PERES (dividido). Daniel, sob
revelação do Espírito Santo, interpretou a mensagem
celestial.
Então, Daniel interpreta o “escrito” do Senhor... MENE
MENE – contou o Senhor o teu reino e deu cabo dele – v.
26. TEQUEL – pesado foste na balança e achado em falta
– v. 27. PERES (era o singular de PARSIM) – dividido foi o
teu reino e dado aos medos e aos persas – v. 28.
Diz a Bíblia que, naquele mesma noite, foi morto Belsazar,
rei dos “caldeus” (babilônicos) e Dario, o medo, ocupou o
reino, na idade de sessenta e dois anos. Daniel 5.30,31.
Assim terminou o esplêndido império babilônico, ou seja, a
“cabeça de ouro” da estátua, de Daniel 2, caíra, e, assim,
assumira o império medo-persa que representava a
“prata” na grande “estátua escatológica” de Daniel 2.39.
Nós, crentes do tempo da Graça, divina, enquanto favor
imerecido, não podemos nos esquecer da Lei da
Semeadura de Gálatas 6.7. “Não erreis: Deus não se
deixa escarnecer; porque tudo o homem semear, isso
também ceifará”.
Contudo, nossa alegria é completa, pois, nossas dívidas e
nossa condenação foram “canceladas”, em Jesus e,
então, vivemos com a alegria que decorre da promessa de
Jeremias 29.11.
MEDITAÇÃO
FINAL
–
“Porque
eu
bem
sei
os
pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor;
pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que
desejais”. Jeremias 29.11.
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Daniel Capitulo 5