Ciclo II – A - Quarta Clea Alves Antonia Vidal O assédio aos discípulos A postura de MateusLevi O relato de Mateus O acolhimento de Jesus Vendo Ele as multidões subiu a montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se Dele os seus discípulos e pôsse a falar e os ensinava dizendo:” Bem aventurados... Pode-se dizer que Jesus proclamou, junto aos discípulos, o mais conciso e ordenado sistema de uma filosofia universal. Ali se achava tudo o que alma necessitava saber a respeito de Deus e da vida quotidiana, tanto naquela época como nas vindouras VENTURA- Fortuna próspera; felicidade,sorte. A CARIDADE que os espíritos evoluídos referem é: AVENTURADO - Que se aventurou; conquistou , alcançou Benevolência para com todos, Indulgência para com as imperfeições alheias e o Perdão das ofensas recebidas (Dic.Priberan) LATIN- Misere cordis, ou coração de pobre. Compaixão suscitada pela miséria alheia. Perdão. MISERICORDIOSOS ( Dic. Aurelio) Aquele que perdoa as ofensas que lhe fazem. Bem aventurados os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado •A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico •A misericórdia é a vivência do amor de Deus nas relações com as pessoas, principalmente com as que se encontram emocionalmente desajustadas. •Agir com misericórdia é colocar a mente em estado de doação da energia do amor. Adenauer-Novaes- Psic. do Evangelho Perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido ... Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. ESE Cap. X. Não devolver o mal depende de mim; esquecer depende da minha memória O perdão aqui não devera ser entendido como esquecimento da ofensa ou desculpa. O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e autosuperação Não. Perdoar independe de esquecer. Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até porque não somos alienados. Temos no cérebro uma memória que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que, necessariamente, esquecer do agravo sofrido O que é preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o perdão é superficial ou até mesmo ilusório. Isto é extremamente benéfico para quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e desnecessário sofrimento. O esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente psicoterapia, pois que o apego à ofensa propicia ao ofendido a oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se constitui. A diferença está naquele que realmente perdoa e consegue liberta-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrá-la. JOGUE FORA SUAS BATATAS O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquecê-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção a outras coisas que eram importantes para eles Esta é uma grande metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter a dor, a bronca e a negatividade. Quando damos importância aos problemas não resolvidos , nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o estresse e roubando nossa alegria. Perdoar e deixar esses sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma. ALGUMAS CRENÇAS SOBRE PERDOAR: Ser apático com os erros alheios. Aceitar de forma passiva o que os outros nos fazem Aceitar agressões, abusos, manipulações e desrespeito ao seusdireitos e limites pessoais, como se nada estivesse acontecendo PERDOAR PODE SER CONFUNDIDO Com a negação dos próprios sentimentos e emoções Repressão de magoas COMO PERDOAR? Primeira Parte Manter-se a uma certa distancia psíquica da pessoa, do problema, ou das discussões sobre o assunto por um tempo. Porque? A freqüência psíquica é a união de uma idéia com um sentimento específico. Ao desprender-se mentalmente passa a ter tranquilidade para observar a situação. Usar a Terapia da Prece, pode ser uma forma de eliminar os quadros mentais destrutivos sobre o ocorrido. Desligar da emoção que te deixa preso a situação é renovar a sua atmosfera mental. Terá mais habilidade para perceber o processo que há por atrás dos comportamentos agressivos. •Divaldo e o caso do hospital Psiquiatrico • Noventa por cento dos agitados passavam perto do psiquiatra, uns diziam: Dr. já estou curado; ele respondia: Ok!; outros falavam absurdos, e ele ouvia, silenciava, ou concordava, e continuava a caminhada •No final, o visitante perguntou o por que da atitude dele, ao que respondeu: Eu sou saudável, não posso me atingir com o que dizem ou fazem, pois são doentes... E aí podemos perguntar: Será que a Terra não é um grande hospital?... A pessoa saudável não faz o mal conscientemente a ninguém. Mas quando está de mal consigo, agride o outro. Então seja gentil com você; seja honesto; está com raiva, admita. Estou magoado, etc. Reprimir esses ressentimentos vai ficar lhe prejudicando. Digira sua raiva; digira o ressentimento. Não os mantenha. Necessário deixar cicatrizar; AÇÕES EQUIVOCADAS Nunca vou perdoar este traste Eu o perdôo; Mas ele lá e eu cá; Eu já o perdoei; No fundo está dizendo “Miserável. Quero que morra.” Está tudo bem. Já está perdoado! Por dentro está dizendo o seguinte “Nunca mais quero vê-lo novamente.” Ta tudo bem ! e por dentro: Eu me chamo Cá te espero e meu sobrenome e me aguarde. Observamos mesmo entre os companheiros espíritas. quando alguém que não lhe é simpático sofre algum dano, algum sofrimento, a pessoa diz: "Ah! já esperava! Quando não faço, Deus faz por mim". Deus é pai não é padrasto! SEGUNDA PARTE Reaproximar novamente da pessoa ou situação, agora com a mente desligada da intrusão mental. Usar sua empatia com a pessoa, problema ou situação. Não deixando que as forças fora de seu controle , determinem o seu estado vibratório, criando assim sua própria realidade de vida. HÁ DUAS MANEIRAS DE PERDOAR: Uma é grande e nobre verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa possa ter; Outra é falsa impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte. Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho Em todas as contendas, aquele que se mostra mais conciliador, que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais - ESE- Cap X O SERVO INCOMPASSIVO Cobranças Pagamento dos débitos Pedido de paciencia Perdão da divida Encontro com um devedor A cobranca e a negação do perdão E, indignado, o Rei o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. CONCERTA-TE SEM DEMORA COM O TEU ADVERSÁRIO, ENQUANTO ESTÁS A CAMINHO COM ELE... A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “ Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito desiquilibrado espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão. Muitos buscam o perdão e a compreensão da pessoa que foi prejudicada. Mas o outro lado pode não estar disposto a perdoar; ou talvez não tenhamos mais contato com a outra pessoa, ou quem sabe ela pode até já ter morrido. Conseguir o perdão ou compreensão da outra pessoa serviria para que o indivíduo conseguisse a permissão para perdoar a si mesmo. Ou seja, em outras palavras, é como se você dissesse ao outro "me perdoa para que eu me permita me perdoar". E quando não há essa possibilidade, a pessoa segue pelo resto da vida sem chance de se libertar do sofrimento. Há ainda casos que o outro lado perdoa, e nem assim a pessoa consegue se liberar da culpa e continua se punindo. PRATICANDO O PERDÃO • Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz de expressar o que há de errado na situação. Então, relate a sua experiência a umas duas pessoas de confiança. • Compromete-se consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O ato de perdoar é para você e ninguém mais. Ninguém mais precisa saber sua decisão. • Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O que você procura é paz. • Coloque sua energia em tenta alcançar seus objetivos positivos por um meio que não seja através de experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente sua mágoa, procure outros caminhos para seus fins. • Lembre-se de que uma vida bem vivida é a sua melhor vingança. Em vez de se concentrar nas suas mágoas – o que daria poder sobre você à pessoa que o magoou – aprenda a busca o amor, a beleza e a bondade ao seu redor. • Modifique a sua história de ressentimento de forma que ela o lembre da escolha heróicas que é perdoar. Passe de vítima a herói na história que você contar. Segundo o Dr. Fred Luskin Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2) Parece sempre mais fácil ver o erro do outro É um tanto crítico quando se trata das questões do outro O ser julga com propriedade. O ser cria sua noção ética-moral baseado nas experiências domesticas, sociais, religiosas, criando seu “reservatório moral” com: Regras Preconceitos Superstições Opiniões Crenças Este reservatório é usado para catalogar as atitudes em: BOAS e MAS • Tenta proteger e defender seus valores sagrados - “Pilares” • Com este padrão mental de valores sentencia o outro de forma rígida e inflexível. • Se deixa amarrar por esta forma de avaliação, estruturada nos mecanismos de defesa • Integrando-as , tanto as boas como as “menos boas” , pois ambas são do ser. • Observando o que poderia melhorar. • Transformando as atitudes que julgar necessario. Utilizamos este reservatório moral para julgar as pessoas, desconsiderando um aspecto muito importante: julgar uma ação é diferente de julgar a pessoa Agimos conosco da mesma forma? Camuflamos nossos erros Colocamos embaixo do tapete Enfatizamos nossas qualidades Disfarçamos até para nos mesmos nossas atitudes às vezes igual ou pior que a do outro Por que? Para sermos aceitos A indulgência é um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo •Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros o que nos desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta em alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada. •“Devemos ser indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações, e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os outros •Não será, por acaso, a reencarnação, o atestado da indulgência divina facultada ao infrator das Leis, concedendo-lhe recomeço e oportunidade de libertação? O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte. Mahatma Gandhi A maior represália contra um inimigo e perdoá-lo. Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz. O perdão nutre a tolerância e a sabedoria.” Augusto Cury Aquele que não consegue perdoar aos outros, destrói a ponte por onde irá passar.” Francis Bacon ...não é, portanto, ter-lhes uma afeição que não está na natureza, visto que o contacto de um inimigo nos faz bater o coração de modo muito diverso do seu bater, ao contacto de um amigo. Amar os Inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; ... é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é absterse, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; ... é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar. Quem assim procede preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos A Lição do Escravo Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo. Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar os nossos inimigos. Esta é a minha oportunidade de exercitar meu aprendizado. O perdão acalma e abençoa o seu doador. Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade. Hammed/Francisco do Espírito Santo Neto, Renovando Atitudes Kardec, Allan – ESE Almeida, João Ferreira . Bíblia. Novaes, Adenauer- Psicologia do Evangelho