Módulo 7: Resumo x resenha crítica
Resumo:
O resumo é um gênero textual que
deve apresentar a condensação FIEL das
informações contidos no texto original.
* Cada uma das partes essenciais do texto;
* A progressão em que eles se sucedem;
* A correlação que o texto estabelece entre cada
uma dessas partes.
Analisando o vestibular Unicamp - 2013
Imagine-se como um estudante de ensino médio de uma escola que
organizará um painel sobre características psicológicas e suas implicações
no plano individual e na vida em sociedade. Nesse painel, destinado à
comunidade escolar, cada texto reproduzido será antecedido por um
resumo. Você ficou responsável por elaborar o resumo que apresentará a
matéria transcrita abaixo, extraída de uma revista de divulgação científica.
Nesse resumo você deverá:
* apresentar o ponto de vista expresso no texto, a respeito da importância
do pessimismo em oposição ao otimismo, relacionando esse ponto de vista
aos argumentos centrais que o
sustentam.
Atenção: uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto
deve ser construído sem copiar enunciados da matéria.
PESSIMISMO
É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade
Para
começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo
de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que pacientes com
americano
Martin
Seligman:
os
autoestima baixa
tendem
a piorar“Os
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obrigados a pensar
desenvolvedores,
todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não
positivamente.
existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será
Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma
um desastre”, afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a
promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto
dura
realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros,
você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor
engenheiros
segurança...
Esse realismo
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caminho é de
entender
as razões
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pessimismo
sim tomar
com
o
pessimismo
do
filósofo
alemão
Arthur
Schopenhauer
(1788-1860).
providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma
Para ele, o otimismo é a causa de todo o sofrimento existencial. Somos
camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além
movidos pela vontade – um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e
disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples:
conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um ciclo
o “otimismo inescrupuloso”. Aquelas utopias* que levam populações inteiras a
inescapável
de desilusões:
vamos
ao sucesso,
frustração
– e ado
aceitar falácias**
e resistir àdela
razão.
O maior
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a ascensão
uma
nova–vontade.
Mas
qual é mas
o remédio,
então? Seotimista,
livrar dastanto
vontades
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nazismo
um regime
terrível,
essencialmente
que deu
passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A
origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a
filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas
resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que,
essa
visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso
segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de
de
otimismo
– propagandeado
nas últimas décadas por toneladas de livros
evitar
o pior, enfim,
é antever o pior.
de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento
positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de
ansiedade.
PESSIMISMO
Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo
americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os
desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não
existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas,
será um desastre”, afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem
a dura realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros,
engenheiros de segurança... Esse realismo é coisa pequena se comparado
com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860).
Para ele, o otimismo é a causa de todo o sofrimento existencial. Somos
movidos pela vontade – um sentimento que nos leva a agir, assumir
riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um
ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração –
e a uma nova vontade. Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e
passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A
filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa
visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de
otimismo – propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de
autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento
positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de
ansiedade.
É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da
Universidade de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que
pacientes com autoestima baixa tendem a piorar ainda mais quando são
obrigados a pensar positivamente.
Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma
promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto
você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor
caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar
providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma
camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além
disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples:
o “otimismo inescrupuloso”. Aquelas utopias* que levam populações
inteiras a aceitar falácias** e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a
ascensão do nazismo – um regime terrível, mas essencialmente otimista,
tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória.
E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O
pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores
cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior.
Resenha crítica:
Diferentemente do resumo, a resenha
é um texto opinativo.
Estrutura:
* Breve apresentação do elemento resenhado;
* Análise do objeto em questão;
* Sugestão de apreciação ou não pelo público
alvo.
Sinopse: Publicada pela primeira vez em 1872, Til
pertence, ao lado de O gaúcho, O sertanejo e O tronco
do Ipê, ao regionalismo de José de Alencar e retrata o
interior paulista. Nesse romance, a idealização da
natureza, a narrativa leve e o subjetivismo da linguagem
criam uma atmosfera suave, em que a inocência dos
personagens centrais contrasta com a trama
emaranhada e sanguinolenta. A beleza da natureza, tão
valorizada e enaltecida pelos contemporâneos de
Alencar, divide lugar com a brutalidade da realidade
regional. Til é o apelido de Berta, moça “pequena,
esbelta, ligeira, buliçosa” que se envolve nas mais
intricadas tramas, sempre buscando ajudar os que
precisam. Trata-se do ideal de heroína: doce, meiga,
caridosa, mas também de coragem e impetuosidade
únicas na literatura brasileira. Capaz de enfrentar
jagunços, Berta não mede esforços ao buscar a
realização de seus intentos. Violências, mistérios e
triângulos amorosos constituem esta complicada e bela
história.
MARLEY E EU
Quem teve a oportunidade de ler o best seller "Marley & Eu" vai assistir ao filme
sabendo como termina. Contudo, por mais previsível que possa ser, o longa tem grande
apelo e pêlo de montão. E, apesar da brincadeira, o roteiro apostou fundo na máxima
de que "quem quer um amigo, compra um cachorro" e conseguiu um resultado
interessante: risos e lágrimas até o osso. Na história, os dois são jornalistas casados e
com carreiras independentes. Jenny (Aniston) é aquela mulher que planeja tudo e é
mais famosa do que John (Wilson), que vive a vida e se apavora com a idéia de ter
filhos. A solução? Comprar um cachorro e batizá-lo ao som do ícone maior do reggae
mundial: Bob Marley. Não é preciso ser gênio para saber que as típicas cenas que
envolvem animais derrubando coisas, gente caindo pra cá e pra lá, e blá blá blá vão
estar lá. Mas não compromete. A única bobeira da edição foi o processo de "evolução"
da vida deles com o animal, porque correram demais com as cenas e as informações.
Ficou confuso. De resto, o filme flui muito bem e sem "barriga" na história. Os dois
atores mostraram boa química em cena. Destaque para a atenção que deram ao
bronzeado forte de Aniston, que some quando ela se muda do litoral para o interior. Terá
sido sorte ou atenção mesmo da produção?
A produção pode não ser daquelas que fica para sempre na memória. Porém, acima de
tudo, não é uma obra sobre um cachorro trapalhão e aborda as escolhas da vida nas
questões de amizade, afeto, amor, trabalho ... e fala também de algo inexorável para
qualquer ser vivo: o envelhecimento. Marley & Eu vale o ingresso e emociona.
Principalmente, se você é membro da legião que tem animais de estimação. E sua data
de lançamento ainda combina com a data mais paradoxal que existe: o Natal, tempo de
alegrias e tristezas.
Crepúsculo (Twilight) é a história do assim chamado “padrão” de garota do
século XXI, Bella Swan (Bonita Swan?), que é objeto de desejo de não um,
não dois, mas um total de 5 rapazes de estilo romântico. Desses, o mais
importante é o misterioso e hilário Edward Cullen. Pra começar, Bella
desempenha o miserável papel de donzela algumas vezes e depois de 200
páginas de um suspense mal desenvolvido, descobrimos que Edward é, de
fato, um vampiro. Não precisa ter medo, no entanto, pois ele e sua família são
o tipo de vampiro chamado “vegetariano”, preferindo animais ao invés de
humanos e, inexplicavelmente, frequentando o ensino médio. Esse primeiro
livro trata do romance entre Bella e Edward e está constantemente inclinado a
colocar Bella em situações perigosas para que seu adorado vampiro possa
salvá-la. Tudo bem, você está dizendo. É um pouco extravagante, mas por que
é tão ruim? Primeiro de tudo, os livros apresentam uma heroína que
dificilmente consegue dar um passo sem precisar de algum garoto para ajudála. Na verdade, a série apresenta visões sexistas em sua quase totalidade — o
fato de que Bella desiste de suas ambições e planos para a faculdade com
objetivo de casar-se com Edward; o fato de que ela é representada como uma
Eva moderna, implorando por sexo ao nobre e moral cavalheiro, enquanto ele
deseja preservar sua virgindade; o fato de seu relacionamento ser
perigosamente doentio; e finalmente o fato de que quase todas as
personagens
femininas
apresentadas
no
livro
são
caricaturas
desesperançosamente negativas.
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