GRANDES POEMAS DO ROMANTISMO BRASILEIRO CONTEXTO HISTÓRICO Revolução Industrial Revolução Francesa Liberalismo/individualismo Independência do Brasil Goethe CARACTERÍSTICAS Subjetividade/ primeira pessoa Sentimentalismo Idealização Evasão Culto à natureza/ sociedade corrompida Nacionalismo Liberdade formal ROMANTISMO NO BRASIL Suspiros Poéticos e Saudades Gonçalves de Magalhães Ênfase na cor local/tropical Indianismo A POESIA ROMÂNTICA PRIMEIRA GERAÇÃO CANÇÃO DO EXÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. I – JUCA-PIRMA; CANÇÃO DO TAMOIO I Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. II Um dia vivemos! O homem que é forte Não teme da morte; Só teme fugir; No arco que entesa Tem certa uma presa, Quer seja tapuia, Condor ou tapir. CUIDADOOOOOO!!!! I Enfim te vejo! - enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te, Que não cessei de querer-te, Pesar de quanto sofri. Muito penei! Cruas ânsias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado A não lembrar-me de ti! SEGUNDA GERAÇÃO ÁLVARES DE AZEVEDO Se Eu Morresse Amanhã! Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! Que sol! que céu azul! que dove n'alva Acorda a natureza mais loucã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã! Lembrança de Morrer Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento. Adeus, Meus Sonhos! Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh'alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. SONETO Pálida À luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela! o seio palpitando Negros olhos as pálpebras abrindo Formas nuas no leito resvalando Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! CASIMIRO DE ABREU Tu, ontem, Na dança Que cansa, Voavas Co'as faces Em rosas Formosas De vivo, Lascivo Carmim; Na valsa Tão falsa, Corrias, Fugias, Ardente, Contente, Tranqüila, Serena, Sem pena De mim! Valsavas: — Teus belos Cabelos, Já soltos, Revoltos, Saltavam, Voavam, Brincavam No colo Que é meu; E os olhos Escuros Tão puros, Os olhos Perjuros Volvias, Tremias, Sorrias, P'ra outro Não eu! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... — Não negues, Não mintas... — Eu vi!... MEUS OITO ANOS Oh ! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais ! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais ! Como são belos os dias Do despontar da existência ! - Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é – lago sereno, O céu – um manto azulado, O mundo – um sonho dourado, A vida – um hino d’amor ! AMOR E MEDO Quando eu te fujo e me desvio cauto Da luz de fogo que te cerca, oh! Bela, Contigo dizes, suspirando amores: " - Meu Deus! Que gelo, que frieza aquela!" Como te enganas! Meu amor é chama Que se alimenta no voraz segredo, E se te fujo é que te adoro louco... És bela - eu moço; tens amor - eu medo!... MINHA MÃE Da pátria formosa distante e saudoso, Chorando e gemendo meus cantos de dor, Eu guardo no peito a imagem querida Do mais verdadeiro, do mais santo amor: — Minha Mãe! — Nas horas caladas das noites d’estio Sentado sozinho co’a face na mão, Eu choro e soluço por quem me chamava — “Oh filho querido do meu coração!” — — Minha Mãe! — No berço, pendente dos ramos floridos Em que eu pequenino feliz dormitava: Quem é que esse berço com todo o cuidado Cantando cantigas alegre embalava? — Minha Mãe! — (...) Feliz o bom filho que pode contente Na casa paterna de noite e de dia Sentir as carícias do anjo de amores, Da estrela brilhante que a vida nos guia! — Uma Mãe! — Por isso eu agora na terra do exílio, Sentado sozinho co’a face na mão, Suspiro e soluço por quem me chamava: — “Oh filho querido do meu coração!” — — Minha Mãe! — DEUS Eu me lembro! Eu me lembro! - Era pequeno E brincava na praia; o mar bramia, E, erguendo o dorso altivo, sacudia, A branca espuma para o céu sereno. E eu disse a minha mãe nesse momento: "Que dura orquestra! Que furor insano! Que pode haver de maior do que o oceano Ou que seja mais forte do que o vento?" Minha mãe a sorrir, olhou pros céus E respondeu: - Um ser que nós não vemos, É maior do que o mar que nós tememos, Mais forte que o tufão, meu filho, é Deus. FAGUNDES VARELA À memória de meu Filho morto a 11 de dezembro de 1863 Eras na vida a pomba predileta Que sobre um mar de angústias conduzia O ramo da esperança. Eras a estrela Que entre as névoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pegureiro. Eras a messe de um dourado estio. Eras o idílio de um amor sublime. Eras a glória, a inspiração, a pátria, O porvir de teu pai! - Ah! no entanto, Pomba, - varou-te a flecha do destino! Astro, - engoliu-te o temporal do norte! Teto, - caíste!- Crença, já não vives! Correi, correi, oh! lágrimas saudosas, Legado acerbo da ventura extinta, Dúbios archotes que a tremer clareiam A lousa fria de um sonhar que é morto! O ESCRAVO Dorme! Bendito o arcanjo tenebroso Cujo dedo imortal Gravou-te sobre a testa bronzeada O sigilo fatal! Dorme! Se a terra devorou sedenta De teu rosto o suor, Mãe compassiva agora te agasalha Com zelo e com amor. (...) Tudo, tudo abateu sem dó, nem pena! Tudo, tudo, meu Deus! E teu olhar à lama condenado Esqueceu-se dos céus!... Dorme! Bendito o arcanjo tenebroso Cuja cifra imortal, Selando-te o sepulcro, abriu-te os olhos À luz universal! TERCEIRA GERAÇÃO CASTRO ALVES Quando eu morrer… não lancem meu cadáver No fosso de um sombrio cemitério… Odeio o mausoléu que espera o morto Como o viajante desse hotel funéreo. [...] Outro: “Dei-o a meu pai”. Outro: “Esqueci-o Nas inocentes mãos de meu filhinho”… … Meus amigos! Notai… bem como um pássaro O coração do morto volta ao ninho!… VOZES D'ÁFRICA Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes Embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?... Qual Prometeu tu me amarraste um dia Do deserto na rubra penedia — Infinito: galé!... Por abutre — me deste o sol candente, E a terra de Suez — foi a corrente Que me ligaste ao pé... O cavalo estafado do Beduíno Sob a vergasta tomba ressupino E morre no areal. Minha garupa sangra, a dor poreja, Quando o chicote do simoun dardeja O teu braço eternal. O ADEUS DE TERESA A vez primeira que eu fitei Teresa, Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus E amamos juntos E depois na sala "Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala E ela, corando, murmurou-me: "adeus." Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . . E da alcova saía um cavaleiro Inda beijando uma mulher sem véus Era eu Era a pálida Teresa! "Adeus" lhe disse conservando-a presa E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!" Passaram tempos sec'los de delírio Prazeres divinais gozos do Empíreo ... Mas um dia volvi aos lares meus. Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . " Ela, chorando mais que uma criança, Ela em soluços murmurou-me: "adeus!" Quando voltei era o palácio em festa! E a voz d'Ela e de um homem lá na orquesta Preenchiam de amor o azul dos céus. Entrei! Ela me olhou branca surpresa! Foi a última vez que eu vi Teresa! E ela arquejando murmurou-me: "adeus!" CREPÚSCULO SERTANEJO A tarde morria! Nas águas barrentas As sombras das margens deitavam-se longas; Na esguia atalaia das árvores secas Ouvia-se um triste chorar de arapongas. A tarde morria! Dos ramos, das lascas, Das pedras, do líquen, das heras, dos cardos, As trevas rasteiras com o ventre por terra Saíam, quais negros, cruéis leopardos. A tarde morria! Mais funda nas águas Lavava-se a galha do escuro ingazeiro... Ao fresco arrepio dos ventos cortantes Em músico estalo rangia o coqueiro. Sussurro profundo! Marulho gigante! Talvez um — silêncio!... Talvez uma — orquestra... Da folha, do cálix, das asas, do inseto... Do átomo — à estrêla... do verme — à floresta!... Então as marrecas, em torno boiando, O vôo encurvavam medrosas, à toa... E o tímido bando pedindo outras praias Passava gritando por sobre a canoa!... OITAVA SOMBRA Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso, Que te elevas da noite na orvalhada? Tens a face nas sombras mergulhada... Sobre as névoas te libras vaporoso... (...) Onde nos vimos nós?... Es doutra esfera? És o ser que eu busquei do sul ao norte... Por quem meu peito em sonhos desespera?... Quem és tu? Quem és tu? - Es minha sorte! És talvez o ideal que est’alma espera! És a glória talvez! Talvez a morte!... MOCIDADE E MORTE Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh'alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n'amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma... Nos seus beijos de fogo há tanta vida... — Árabe errante, vou dormir à tarde A sombra fresca da palmeira erguida. Mas uma voz responde-me sombria: Terás o sono sob a lájea fria. Morrer... quando este mundo é um paraíso, E a alma um cisne de douradas plumas: Não! o seio da amante é um lago virgem... Quero boiar à tona das espumas. Vem! formosa mulher — camélia pálida, Que banharam de pranto as alvoradas, Minh'alma é a borboleta, que espaneja O pó das asas lúcidas, douradas ... E a mesma voz repete-me terrível, Com gargalhar sarcástico: — impossível! Eu sinto em mim o borbulhar do gênio, Vejo além um futuro radiante: Avante! — brada-me o talento n'alma E o eco ao longe me repete — avante! — O futuro... o futuro... no seu seio... Entre louros e bênçãos dorme a glória! Após — um nome do universo n’alma, Um nome escrito no Panteon da história. E a mesma voz repete funerária: Teu Panteon — a pedra mortuária! 1) (UFRGS) Assinale a alternativa correta. a) Álvares de Azevedo, classificado na segunda geração do Romantismo brasileiro, deixou uma obra composta de poemas tipicamente indianistas e nacionalistas. b) Com Castro Alves, a poesia brasileira atingiu o seu apogeu, apesar do tom tímido que encontramos nos seus versos. c) Os poetas do Romantismo foram responsáveis pela consolidação do sentimento nacional e contribuíram para o abrasileiramento da língua portuguesa. d) Gonçalves Dias, autor da consagrada "Canção do Exílio", compôs também "Os Timbiras", "Se Eu Morresse Amanhã" e "Meus Oito Anos". e) O saudosismo que caracteriza o lirismo luso-brasileiro não teve representantes no período romântico. 2) (UFRGS) Considere as seguintes afirmações: I. Pode-se afirmar que o romantismo brasileiro foi a manifestação artística que mais bem expressou o sentimento nacionalista desenvolvido com a independência do país. II. Os romancistas românticos, preocupados com a formação de uma literatura que expressasse a cor local, criaram romances considerados regionais, mais pela temática do que pela linguagem. III.A tendência indianismo do romantismo brasileiro tinha como objetivo a desmistificação do papel do índio na história do Brasil desde a colonização. Quais estão corretas? A)Apenas I B)Apenas II C)Apenas I e II D)Apenas I e III E)I, II e III 3) (UFRGS) Leia as estrofes seguintes, extraídas do poema "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossas vida mais amores. [...] Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu 'inda' aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Em relação à "Canção do Exílio" é correto afirmar que a) exalta a natureza brasileira em sua fauna e sua flora, destacando-se pela temática regionalista. b) se trata de um soneto clássico que celebrizou o poeta como um dos mais importantes do Romantismo brasileiro. c) é um canto de amor à pátria e teve alguns dos seus versos incorporados à letra do Hino Nacional. d) as estrelas e as flores, referidas na segunda estrofe, simbolizam a falta de preocupação com os problemas do período colonial. e) os versos da última estrofe acentuam o sentimento do exílio e expressam o desejo do poeta de morrer em Portugal. 6) (UFSM) Cântico do Calvário Eras na vida a pomba predileta Que sobre um mar de angústia conduzida O ramo da esperança – Eras a estrela Que entre as névoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pegureiro. Eras a messe de um dourado estilo. Eras o idílio de um amor sublime. Eras glória, - a inspiração, - a pátria, O porvir d teu pai! – Ah! No entanto, Pomba, - varou-te a flecha do destino! Astro, - engoliu-te o temporal do norte! Teto, caíste! – Crença, já não vives! [...] Sobre o fragmento do poema, é correto afirmar que I. os sujeito lírico utiliza-se do processo metafórico para referir-se ao filho morto. II. a expressão “O porvir de teu pai”(v.9) tem relação com o futuro do sujeito lírico. III. Os segmentos “O ramo da esperança”(v.3) e “ – Eras a estrela”(v.3) colocam o leitor diante de um sujeito lírico que projetava, no filho, suas expectativas em relação à vida. Está(ão) correta(s) A) apenas I B) apenas I e II C) apenas II e III D) apenas III E) I, II e III 7. (UFSM) Sobre o poema O “Adeus de Teresa” de Castro Alves, é correto afirmar: I. O primeiro verso de cada estrofe apresenta uma marca de tempo. II. “corando” (v.6), “entre beijos” (v.12), “em soluços” (v.18) e “arquejando” (v.24) exprimem quatro tipos de adeus, de acordo com a situação que se estabelece entre Teresa e o eu-lírico. III. O último verso do poema implica um adeus definitivo, pois, durante sua ausência, o eu-lírico foi enganado por Teresa. Estão corretas: a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas II e III d) Apenas III e) Apenas I, II, III 8) (UFSM) Leia as passagens da quarta parte de O Navio negreiro: Considere as afirmativas: I. De acordo com a passagem, os negros são capazes de reagir à hostilidade com armas e recursos próprios. II. O chicote (v.8) é uma indicação de que os negros estavam sujeitos à violência. III. O texto emprega adjetivos que contribuem para atribuir intensidade ao sofrimento dos negros. Estão corretas: a) Apenas I b) apenas II c) apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II, III 18. (UFSM) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente. E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento. Só levo uma saudade - é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, ó minha mãe! pobre coitada Que por minha tristeza te definhas! De meu pai... de meus únicos amigos, Poucos, - bem poucos - e que não zombavam Quando, em noites de febre endoidecido, Minhas pálidas crenças duvidavam. De acordo com essas estrofes, é correto afirmar que A)"sombras" (verso 9) remetem à vegetação do vale. B) o eu-lírico vai sentir falta das pessoas que velavam suas noites. C) o eu-lírico não quer uma nota de alegria na sua morte. D) "noites de febre" (verso 15) são noites de verão. E) ele só leva uma saudade, e essa saudade é de sua mãe, não de seu pai. I- Minha terra tem primores. Que tais não encontro eu cá: Em cismar - sozinho. à noite Mais prazer encontro eu lá: Minha terra tem palmeiras: Onde canta o sabiá. II Nada farei do que dizes: É teu filho imbele e fraco! Aviltaria o triunfo Da mais guerreira das tribos Derramar seu ignóbil sangue: Ele chorou de cobarde; Nós outros. fortes timbiras. Só de heróis fazemos pasto. Considere as afirmações sobre os trechos de Gonçalves Dias transcritos. I - O saudosismo romântico se expressa na “Canção do Exílio” ao fazer aflorar as qualidades da pátria, que contrastam com a terra do exílio. II - No segundo fragmento, o choro do índio aponta para sua covardia, o que o faz indigno de ser sacrificado. III - Saudades da pátria e indianismo, temáticas presentes nos fragmentos, põem em foco a discussão sobre o nacionalismo. Quais são corretas? a) apenas a I. b) apenas I e III c) apenas a II. d) I, II, III. e) apenas a III. Considere os versos de "Canção do Tamoio", de Gonçalves Dias. Um dia vivemos! O homem que é forte; Não teme da morte; Só teme fugir; No arco que entesa Tem certa uma presa, Quer seja tapuia, Condor ou tapir Vocabulário: tapuia = identificação dada a tribos inimigas Condor = ave semelhante à águia tapir = anta Conforme os versos transcritos, a) quem erra o alvo precisa fugir da caça. b) os índios estão em guerra contra os tapuias. c) a covardia é o único sentimento a ser temido pelos fortes. d) quem não tem boa pontaria é excluído do grupo de guerreiros. e) o bom índio se conhece pela qualidade do seu arco. Considerando o Romantismo brasileiro, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa a seguir. ( ) Suas propostas temáticas contemplam questões relativas à identidade brasileira. ( ) Suspiros poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, é a obra que assinala o final do movimento. ( ) A vertente indianista compôs-se de traços passadistas, buscando ressaltar tanto o nativo quanto o europeu. A seqüência correta é a) F - V - F. b) V - F - F. c) F - F - V. d) V - F - V. e) V - V - V. A obra poética de Casimiro de Abreu: a) tem como tema central a torça do espírito nacionalista do brasileiro. b) revela extremado empenho em apontar soluções para problemas de natureza social. c) pode ser considerada o ponto mais alto da expressão romântica no Brasil. d) ostenta, ao lado da ternura e singeleza marcas de profunda nostalgia do passado. e) aproxima-se, pelo culto à perfeição forma, da estética parnasiana.