Palestrantes: Anelise Loureno,
Cristiane Loli, Eucilene Borges,
Gelson Silva, Suelen Sarpa.
Depressão é o transtorno de humor
que se caracteriza basicamente por
tristeza e anedonia, associados a
transtornos de sono, de alimentação e
somáticos (como cefaléia, tonturas,
taquicardia, sudorese, diminuição de
libido etc.). Na criança, mais freqüente
que a tristeza é a irritabilidade, mau
humor e a anedonia, que é a falta de
prazer com as atividades habituais, como
brincar, sair com os amigos, jogar
videogame, ver TV etc...
A Depressão infantil é caracterizada
pela presença dos seguintes sinais e sintomas,
os quais podem se apresentar de forma
mascarada: baixo desempenho escolar, pouca
capacidade para se divertir (anedonia),
sonolência ou insônia, mudança no padrão
alimentar, fadiga excessiva, queixas físicas,
irritabilidade,
sentimentos
de
culpa,
sentimentos
de
desvalia,
sentimentos
depressivos, ideação e atos suicida, choro,
afeto
deprimido,
fáces
depressivas,
hiperatividade ou hipoatividade.
Muitos fatores podem levar uma
criança à depressão. Segundo os
estudos de Nissen em 1970 e de outros
autores posteriores a ele, as causas
estão
relacionadas
a
problemas
familiares.
Os problemas conjugais, os
problemas financeiros, a cobrança
exagerada por parte dos pais e da
sociedade
em
relação
ao
desenvolvimento da criança, a falta de
contato da criança com os pais em
função de suas responsabilidades
profissionais
e
necessidades
de
sobrevivência, o que impede que haja
um vínculo afetivo positivo, são fatores
que contribuem para o aumento da
possibilidade
das
crianças
desenvolverem transtornos, sendo a
depressão infantil um deles, e que
afeta diretamente o desenvolvimento
psicossocial e acadêmico da criança.
Além disso, podemos destacar
outros fatores que causam a DI: a
morte de um dos pais, dos avós ou de
um ente querido muito próximo, maus
tratos dentro da família; filho
indesejado, filho somente de um dos
pais; alcoolismo, entre outros.
São comuns declínio acadêmico,
problemas interpessoais, com prejuízos em
desenvolvimento emocional, social e
cognitivo.
A
disfunção
interpessoal
é
frequentemente caracterizada pela baixa
auto-estima, com longos tempos sozinhos,
e reações negativas dos pais e adultos.
Problemas
intelectuais
são
marcados por dificuldade de atenção que
interferem no desempenho cognitivo e
inteligência.
Diagnosticar depressão é mais
difícil nas crianças, pois os sintomas podem
ser confundidos com mal criação, pirraça
ou birra, mau humor, tristeza e
agressividade. O que diferencia a depressão
das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a
persistência e as mudanças em hábitos
normais das atividades da criança.
Entre os critérios existentes
para diagnosticar a DI, o de Poznanski
tem sido o mais utilizado e considerado
o mais eficiente. Esse critério leva em
consideração:
1 - Humor, conduta ou aparência
depressiva;
2 - Pelo menos quatro (probabilidade)
ou cinco (segurança) dos seguintes
sintomas:
retraimento
social,
problemas de sono, queixas ou
fadiga, hipoatividade, anedonia,
baixa auto-estima, dupla patologia,
ou seja, a depressão acompanhada
de uma outra patologia como por
exemplo enurese, fobia escolar,
dificuldade no trabalho escolar,
ideação
mórbida
ou
ideação
suicida;
3 - Duração dos sinais e sintomas acima
por no mínimo um mês.
Não desejamos que os pais levem a
criança para um profissional quando a DI já
está instalada. Se os pais observarem mais
seus filhos em casa poderão notar que algo
de errado está ocorrendo com eles e nesse
momento buscar ajuda para solucionar os
conflitos e a intervenção sem sombra de
dúvida, será muito mais efetiva.
Por outro lado, conhecer as
atividades da criança na escola antes
da sintomatologia é muito importante.
A escola vai exercer um papel
importante no diagnóstico, pois quando
se instala uma DI em uma criança, os
primeiros sinais são o baixo rendimento
escolar e a dificuldade em realizar as
tarefas,
devidos
à
falta
de
concentração.
A intervenção para a DI é ampla. O
médico, o psicólogo, pais e professores
estarão envolvidos nesse processo. Deve-se
buscar tantas informações quantas forem
necessárias, pois somadas, em muito
ajudarão aos profissionais a realizar uma
intervenção mais eficiente.
Conhecer as amizades da criança,
seus gostos e desejos, suas críticas, fantasias
é obrigação de todos os que intervêm nessa
criança. Pedir a colaboração dos pais e
professor é fundamental.
O tratamento da depressão deve
estar baseado em dois pilares: o
medicamentoso e a psicoterapia.
Somente a partir dos 6 anos de idade, é
necessário, em alguns casos, intervir
com medicamentos.
A psicoterapia é imprescindível,
pois em muitas depressões leves esta é
suficiente para curá-la.
Em depressões mais graves,
devemos
associar
o
tratamento
medicamentoso com o psicoterápico.
A depressão infantil pode
desencadear várias outras doenças tais
como: anorexia, bulimia, etc.
Agradecemos
a atenção!
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Depressão INFANTIL