UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Aryadne Batista de Jesus Sérgia Patriciane Ferreira Mendes SANTARÉM – PA 2010 1.1- O TEMA EM ESTUDO: Acolher a criança oncológica do ponto de vista integral implica em atender suas necessidades individuais, compreender suas manifestações emocionais, agir sobre elas, acatá-las como linguagem própria, dar e receber afeto, proporcionar o desenvolvimento da autonomia, por fim, contribuir para a construção da identidade da criança. 1.2 - JUSTIFICATIVA: A partir do diagnóstico de câncer de seu filho, há um processo de significação gerado pela percepção das mães em relação a doença e a interação desta com o duplo objeto cuidado-câncer. Compreendendo estas mães e as suas necessidades podemos inferir que é preciso ouvir para melhor cuidar. 1.3 - SITUAÇÃO PROBLEMA, PROBLEMÁTICA E QUESTÕES PROBLEMÁTICA: Quais as representações sobre cuidado à criança com câncer entre mães acompanhantes da pediatria oncológica do Hospital Regional do Baixo Amazonas? QUESTÕES NORTEADORAS: A) Como as mães passam a pensar o cuidado da criança a partir da revelação do diagnóstico? B) Que fatores manifestam-se no cuidar da criança com câncer entre essas mães? 1.4 - OBJETIVOS GERAL: Apreender as representações sobre cuidado à criança com câncer entre mães acompanhantes da pediatria oncológica do Hospital Regional do Baixo Amazonas. A) verificar como as mães passam a pensar o cuidado da criança a partir da revelação do diagnóstico; B) analisar que fatores manifestam-se no cuidar da criança com câncer entre essas mães. 2. MARCO CONCEITUAL E TEÓRICO 2.1- CÂNCER INFANTIL 2.2 – HOSPITALIZAÇÃO DE UM FILHO 2.3 – A MÃE ACOMPANHANTE 2.4 – ABORDAGEM DA EQUIPE DE ENFERMAGEM 2.5 – TEORIA DO NÚCLEO CENTRAL (TNC) 3.1-TIPO DE ESTUDO: Abordagem qualitativa descritiva complementada com dados quantitativos. 3.2-LOCAL: Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) no setor da pediatria oncológica. 3.3-SUJEITOS: 06 (seis) mães acompanhantes 3.4. COLETA DE DADOS: ALP e Entrevista 3.5. ANÁLISE DE DADOS: estatística simples e análise ídeo-central. 3.6. CUIDADOS ÉTICOS: Parecer positivo pelo CEP do Campus XII-UEPA. 4.1 - EVOCAÇÕES DAS MÃES-ACOMPANHANTES SOBRE “CUIDAR DA CRIANÇA COM CÂNCER” Pólo Central Periferia I Periferia II Periferia III Periferia IV A argumentação de Alvarez (2002, p.87) se faz necessária: “O carinho é um dos sentimentos que eles mais precisam e que não querem perder esse vínculo afetivo com as pessoas, que estão tomando conta deles durante o evento da doença”. 4.2 - CONTEÚDOS E IDÉIAS-CHAVE DAS REPRESENTAÇÕES DAS MÃES SOBRE “CUIDAR DA CRIANÇA COM CÂNCER” O QUE É CUIDAR DA CRIANÇA COM CÂNCER IDEIAS-CHAVE Cuidado com alimentação Cuidado com amor Cuidado com a medicação Cuidado com paciência DIFICULDADES DA MÃE DA CRIANÇA COM CÂNCER IDEIAS-CHAVE Dificuldade de aceitação da doença Dificuldade por medo do desconhecido Dificuldade pelo desequilíbrio emocional Dificuldades de cuidar da filha sozinha Dificuldade por ser de outro município Dificuldade financeira Dificuldade por preconceito das pessoas PRIORIDADES NO CUIDAR DA CRIANÇA COM CÂNCER IDEIAS-CHAVE Cuidado com a higiene corporal e vestimentas Cuidado com o risco de infecção hospitalar Cuidado com o comportamento da criança Cuidado com o bem estar da criança Cuidado com a atenção sobre os profissionais de saúde LIMITES DO CUIDAR DA CRIANÇA COM CÂNCER IDEIAS-CHAVE Incompetência profissional Cuidar sozinha da criança Má informação nos setores hospitalares A restrição da entrada de alimentos no hospital Doenças oportunistas O QUE NÃO PODE FALTAR NO CUIDAR DA CRIANÇA COM CÂNCER IDEIAS-CHAVE Alimentação Medicação Higiene corporal Tratamento Não permanecer em ambientes fechados Assistência de enfermagem Presença constante da mãe no tratamento 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Sobre o primeiro objetivo específico (como as mães passam a pensar o cuidado da criança a partir da revelação do diagnóstico), concluímos que elas intensificam os cuidados com a criança com ênfase na higiene corporal, alimentação saudável, medicação nos horários corretos, paciência, fé, atenção, dedicação, carinho, amor e ao bem-estar da criança. No que tange ao segundo objetivo específico (analisar que fatores manifestamse no cuidar da criança com câncer entre essas mães) concluiu-se que os fatores que podem interferir concomitantemente nesse cuidado são as dificuldades financeiras, o preconceito de muitas pessoas perante a doença, ter que cuidar sozinha da criança e experimentar mudanças de localidades para o tratamento. Os enfermeiros ao terem empatia, podem prestar informações claras, amenizando o medo e a angustia de seus pacientes a fim de gerar oportunidades em que sentimentos, lágrimas e desabafos sejam expressos. Ao compreender essa vivência, será possível cuidar de ambos, mãe e filho, com dedicação genuína, tornando seu jugo menos difícil para o enfrentamento do inevitável. OBRIGADA! I Coríntios 13:4-7, da Bíblia: O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha.