BRASIL DIVISÃO REGIONAL
DIVISÃO REGIONAL
O sistema de capitanias hereditárias surgiu em 1534. Nesse
sistema, Portugal realizava a divisão das terras brasileiras em
longas faixas que partiam do litoral até alcançar os limites do
Tratado de Tordesilhas. Assim, cada faixa de terra era
considerada uma capitania. Cada capitania tinha um
responsável por ela, que era escolhido pelo rei de Portugal, e
ganhava o título de donatário.
A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913,
para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados
para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima,
vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional,
Norte
Oriental,
Oriental,
Meridional.
Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o
país que, além dos aspectos físicos, levou em consideração
aspectos socioeconômicos.
Em 1970, o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o
Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a
Minas Gerais e Espírito Santo.
O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás,
ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste.
Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao
estado de Mato Grosso do Sul.
Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão
brasileira que permanece até os dias atuais.
O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e
incorporado à região Norte;
Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos;
Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a
Pernambuco.
GEÓGRAFO PEDRO PINCHAS
Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia,
o Nordeste e o Centro-Sul.
Os estados que integram essas regiões apresentam várias
características em comum, no entanto, é necessário ressaltar
que não há homogeneidade, sendo que cada unidade apresenta
peculiaridades socioeconômicas.
GEÓGRAFO MILTON SANTOS
GEÓGRAFO MILTON SANTOS
O critério principal dessa nova regionalização foi o do “meio técnicocientífico-informacional”, isto é, a informação e as finanças
estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território
brasileiro,
determinado
“quatro
brasis”.
Durante o período do regime militar, as modificações na organização territorial
dos estados ficaram a cargo do Governo Central, e acabaram regidas por
orientações políticas.
Exemplos fortes disso foram a fusão do Estado da Guanabara, pelo Rio de
Janeiro (1975), e o desmembramento do Sul do Mato Grosso (1977).
Nesse contexto, o deputado federal Siqueira Campos iniciou uma campanha na
Câmara onde pedia a redivisão territorial da Amazônia Legal (com ênfase no
norte goiano), uma vez que mesmo com investimentos de projetos como o
Polocentro e Polamazônia, o norte do estado ainda tinha fraco desempenho
econômico.
A mobilização popular e política da região norte fizeram com que o governador
eleito de Goiás, em 1986, Henrique Santillo, apoiasse a proposta de divisão,
passando a ser grande articulador da questão.
A efetivação dessas articulações deu-se durante a Assembleia Constituinte, que
elaborou a nova Constituição Nacional, promulgada em 1988, e que contemplou
a criação do Estado do Tocantins, efetivamente, a partir do dia 1º de janeiro de
1989.
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