Tecnologias de Informação e Comunicação e suas relações com a Formação e Prática Docente Maria Cristina L. Paniago UCDB/ PPGE Mestrado e Doutorado em Educação / GETED Profundas transformações • Segundo Fischer (2007, p. 291), com a inserção das novas tecnologias em nossas vidas, há profundas transformações “no que se refere às nossas experiências com os saberes, às trocas com os outros, às formas de inscrever-nos no social, de escrever, de falar, de pensar o mundo e a nós mesmos”. Que leitura é esta? Quais são as nossas práticas? Reorganização do trabalho educacional • Segundo Veiga (2006, p.67): [...] Neste mundo complexo e de profundas transformações, também se tornam mais complexas as práticas educativas e tornase inquestionável uma nova forma de organização do trabalho das instituições e nos processos de formação inicial e continuada de professores bem como no posicionamento de todos os que trabalham na educação. Que tipo de educação queremos? Acreditamos? Que tipo de educação queremos? Acreditamos? Inovação? Que inovação? Por que tenho que inovar? “Inovação não está restrita ao uso da tecnologia, mas também à maneira como o professor vai se apropriar desses recursos para criar projetos metodológicos que superem a reprodução do conhecimento e levem à produção do conhecimento” (BEHRENS, 2000, p. 103). Crítica (BARRETO, 2001 – aumento da produtividade, lógica do mercado, acumulação do capital, intensificação do trabalho docente) O QUE FAZER? COMO FAZER? • Atrativa –novas formas de aprender “[...] o estilo digital engendra, obrigatoriamente, não apenas o uso de novos equipamentos para a produção e apreensão do conhecimento, mas também novos comportamentos de aprendizagem, novas racionalidades, novos estímulos perceptivos[...]" (KENSKI, 1998, p.61). Diferenças – (KENSKI, 2001 – “...parcerias intelectuais... Com diferentes culturas e realidades sociais. Lidar com valores pessoais e sociais em um mundo em crise”) Ousada e corajosa (BARRETO, 2001 – instaurar diferenças qualitativas nas práticas pedagógicas) Comunidades Desconstrução de tempos e espaços Lave and Wenger (1991) afirmam que uma comunidade não implica necessariamente em copresença ou um grupo com fronteiras visíveis socialmente, mas implica em uma participação em que há partilha de experiências, concepções sobre o que fazem e como vivem. Integração das TIC ao currículo e à pedadogia • Não sacrificá-los em submissão à pressão tecnológica e corporativa imposta (LANKSHEAR et al, 2000); • Algo construtivo – provocação em relação a alguns questionamentos Problematizadora – mudança da cultura tradicional, de práticas pedagógicas instrucionistas, "tecnologicamente mais sofisticadas, mas pedagogicamente vazias e empobrecidas” (MORAES, 2002, p. 1). Imaginação – Nelson Pretto - UFBA “negociar a composição do mosaico..." Interesses humanos Como Freire (1997, pp.97-8, 147) pontua: [...] “O avanço científico e tecnológico que não corresponde fundamentalmente aos interesses humanos, às necessidades de nossa existência, perdem para mim sua significação”. Viver o diálogo • Ser dialógico, ou seja, “ viver o diálogo ” (FREIRE, 1983, p.43). “ Não é invadir ou manipular. Ser dialógico é estar engajado em constante transformação da realidade... é problematizar o próprio conhecimento como uma realidade concreta, entendê-lo melhor, explicá-lo e transformá-lo” (p. 52). • Tecnólogo do ensino ou agente social? (VEIGA, 2006) Colaborativa – dialógica ( FREIRE, 2005) é o momento em que os homens se encontram para refletir sobre o mundo a ser transformado e humanizado. Não é possível dialogar se não tivermos a humildade de estarmos abertos à contribuição dos outros sem temer ou sofrer a superação do velho. A magia da aprendizagem • “O artista da aprendizagem enxerga beleza no diálogo, na interação, nas conexões formadas entre o que é sabido e o que venha a ser sabido”, • A necessidade de valorizar a beleza do incerto e a aprendizagem como um processo inacabado; • Podemos não saber exatamente e com precisão o por quê de alguma coisa, mas podemos enxergar ou ousar e sentir que os aprendizes mudam, crescem e desenvolvem-se e esta é “a magia da aprendizagem” (SIEMENS, 2006, p.108). Elos, ligações, conexões SIEMENS, 2006 - uma noção de aprendizagem como uma ecologia, uma comunidade, uma rede. Protagonista – (ALMEIDA, 2007) Utilização da tecnologia na condição de sujeito ativo, protagonista da ação, de modo que possa analisar a efetividade das contribuições desse suporte para a criação de experiências educativas significativas e relevantes para os aprendizes. A nossa pesquisa • O contexto da pesquisa volta-se à comunidade docente indígena e não indígena da Escola General Rondon na Aldeia Bananal, localizada em Taunay- MS. • Está vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologia Educacional e Educação a Distância (GETED), subsidiado pelos órgãos de fomento CNPq e FUNDECT Formação - Universidade FACEBOOK O que temos aprendido • Nos encontros com os indígenas, permanecemos “[...] sempre atentos para o potencial colonizador que o conhecimento desenvolvido no primeiro mundo (centro) pode exercer sobre o terceiro mundo (periferia)” (MONTECINOS e GALLARDO, 2002, p.155). Quantas vezes… • ... impomos nossos problemas (teóricos) e somos insensíveis aos problemas concretos; • ... fomos incapazes de articular a teoria com a concretude necessária, sem a qual, como diz Freire (1999), ela vira puro “blá-blá-blá”. Continuamos pensando… ... como a colonialidade do saber, do poder e do ser habita nossos corpos e quão difícil é construir outros modos de pensar, conhecer, compreender, viver; ...como é difícil, porém urgente e necessário, construir “[...] marcos epistemológicos que pluralizam, problematizam e desafiam a noção de um pensamento e conhecimento totalitários, únicos e universais” (WALSH, 2009, p. 25). We expect more from technology and less from each other … (SHERRY TURKLE – Connected or alone?) Uma possibilidade… Video cellos2 Obrigada!!!!! [email protected]