Barroco O termo “barroco”, utilizado para designar o estilo artístico, foi inspirado no nome de uma pérola de formato irregular, defeituoso; durante algum tempo, segundo os padrões clássicos, havia sido sinônimo de mau gosto. O nome artístico apareceu no século XVIII com conotação pejorativa, caracterizando algo imperfeito, extravagante, que não seguia a ordem e o equilíbrio dos padrões da arte clássica. Segundo Guilherme S. Gomes Júnior nos informa que, no verbete barroco, todos os exemplos são negativos: [...] barroco é sempre alguma coisa da ordem irregular, do áspero, do ridículo, do medíocre. A primeira referência à palavra barroco com referência às artes surge no No novo dicionário da língua portuguesa, de Candido de Figueiredo, de 1899: “Dizse do trabalho artístico que é irregular e extravagante”. Outros nomes do Barroco. Marinismo: Itália, pela influência exercida por Gianbattista Marini (15691625). Gongorismo: Espanha, pela influência do poeta Luís de Gôngora y Argote (1561-1607). Preciosismo: França, passou a chamar preciosismo o culto à forma rebuscada na corte de Luís XIV, o Rei- Sol. Eufuísmo : Inglaterra, devido ao título do romance Euphes, or the anatomy of wit, do escritor John Lyly (1554-1606). Silesianismo : Alemanha, por ter caracterizado os escritores da região da Silésia , que originou a Escola Silesiana. Contexto histórico. Europa: Reforma X Contrarreforma. Reforma Em 1517 quando o padre alemão Martinho Lutero divulgou um conjunto de 95 teses em que denunciava a venda do perdão (indulgência) como prática corrupta da Igreja Católica. Segundo ele, o único caminho para a salvação era uma vida regrada, marcada pela religiosidade, pelo arrependimento sincero dos pecados e pela confiança na misericórdia de Deus. João Calvino passou defender a ideia de que a prosperidade obtida por meio do trabalho era uma manifestação do favor divino. Contrarreforma. Em 1545 e 1563 a alta cúpula do clero realiza o Concílio de Trento para tomar decisões sobre a doutrina e conter o avanço da reforma luterana. Restabeleceu a Inquisição; Reafirmaram a autoridade papal; A adoração dos santos e celibato clerical; Proibiu severamente a venda de indulgências e instituiu-se uma rigorosa censura a publicações por meio do Index Prohibitorum, uma relação dos livros proibidos pela Igreja Católica. Em 1534, o padre espanhol Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus. Barroco: a arte dos contrastes Fundamentado no dualismo entre os valores antropocêntricos do Classicismo e o valores teocêntricos medievais que a Contrarreforma tentou resgatar, o Barroco expressa a angústia do homem dividido entre o apelo do mundo material efêmero e a incerteza do mundo espiritual eterno. Essa desarmonia, esse desequilíbrio, extravasa em estilo exagerado, cheio de contrastes entre os valores materialistas e os espiritualistas. Teocentrismo x Antropocentrismo, razão x fé, céu x inferno, pecado x perdão, desejo x castidade, sacro x profano são alguns dos conflitos básicos característicos dessa estética. Temas. Fragilidade da vida humana; A fugacidade do tempo; A crítica a vaidade; A contradições do amor; A morte. Características da Arte Barroca O fusionismo – O termo se refere à fusão das visões medievais e renascimento, antagônicas. O pessimismo – A religiosidade acentuada pelas disputas entre protestantes e católicos emprestou um caráter mais dramático à vida no século XVII. O feísmo – Manifestando o pessimismo dos autores, várias obras barrocas exploram a miséria da condição humana, apresentada em alguns aspectos cruéis, dolorosos e muitas vezes repugnantes. O rebuscamento – O artista barroco é minucioso na composição dos detalhes e manifesta o gosto pela ornamentação excessiva. Dinamismo e teatralidade – O artista barroco deseja criar sensação de movimento, que representa a instabilidade do período. Carpe diem O tema central do Barroco se encontra na antítese entre a vida e a morte. Daí decorre o sentimento da brevidade da vida, da angústia da passagem do tempo, que tudo destrói. Diante disso, o homem barroco oscila entre a renuncia e o gozo dos prazeres da vida. Quando pensa no julgamento de Deus, foge dos prazeres e procura apoio na fé. Quando a fé é insuficiente, a atração dos prazeres o envolve e cresce o desejo de desfrutar da vida. Por isso, o Carpe Diem, expressão latina que significa “aproveita o dia (presente)”, é um dos temas frequentes da arte barroca. A mocidade ou a juventude é frequentemente comparada à flor que é bonita por pouco tempo e logo morre. Daí o apelo dos poetas barrocos. O Carpe Diem é um tema que vinha já da Antiguidade, mas no Barroco foi desenvolvido de forma angustiada, pois era uma tentativa de fundir os opostos, de conciliar o que, no fundo, é inconciliável: a razão e a fé, a matéria e o espírito, a vida carnal e a vida espiritual. São João Batista Caravaggio, Século XVII Amor sacro e Amor profano di Giovanni Baglione Ascensão de Nossa Senhora. Pintura de Baciccia David Bailly (1584-1657), Auto-retrato Alegoria da morte - Juan de Valdés Leal - In Ictu Oculi, 1670-72 Susana e os velhos, tela de Guido Reni (1575- 1642) A dúvida de Tomé, 1599 – Caravaggio Ribera, São Paulo: O eremita ARQUITETURA BARROCA Na arquitetura barroca, a expressão típica são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores. Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. O teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento. CARACTERÍSTICAS DO BARROCO Os dualismos: Paganismo renascentista x religiosidade medieval; Razão x fé Antropocentrismo x Teocentrismo Matéria x espírito Efêmero x eterno Vida terrena x vida celestial Vida x morte Pecado x perdão O jogo dos contrastes: Claro x escuro, Luz x sombra. Valorização do detalhe, rebuscamento formal Sensualismo: apelo aos sentidos do leitor/ espectador Principais figuras de linguagem presentes no texto barraco: metáfora, antítese, hipérbato, hipérbole, paradoxo. Na Espanha do século XVII, dentro do padrão barroco, aparecem duas designações literárias (Cultismo e Conceptismo) que se tornam símbolos do exagero verbal e de certa obscuridade do pensamento. Assim: Cultismo - é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante: pela valorização do por menor mediante jogos de palavras, com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo também conhecido por Gongorismo. Busca da perfeição formal através de um estilo rebuscado; Metáforas arrojadas e hipérbatos (inversões sintáticas) frequentes; Encontra na poesia sua melhor forma de expressão; Intenção moralizante por meios dos sentidos; Teor descritivo; Estilo opulento Rebuscamento vocabular (neologismo forçados e latinismos) Conceptismo - é marcado pelo jogo de ideias, conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. Um dos principais cultores do Conceptismo foi o espanhol Francisco Quevedo, do qual deriva Quevedismo. Tentativa de dizer o máximo com o mínimo de palavras. Emprego de elipses, duplos sentidos, paradoxos e alegorias. Encontra na prosa sua melhor forma de expressão; Intenção educativa pelo convencimento e raciocínio Valorização do conteúdo; relações lógicas das ideias; Estilo conciso e ordenado; Aproveitamento das nuances semânticas: duplo sentido, associações inesperadas e engenhosas, paradoxos, comparações inusitadas. A síntese dessas características é: Emocional sobre o racional; Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; Violentos contrastes de luz e sombra; Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida. Enquanto para a arte renascentista o linear, o plano, a forma fechada, a unidade divisível e a clareza absoluta foram os conceitos fundamentais, no barroco, o pictórico, a profundidade, a forma aberta, a unidade indivisível e a clareza relativa, determinaram a mudança desses conceitos. Aliás, o Barroco pode ser entendido como a maneira de transformação de qualquer forma de arte. O BARROCO NO BRASIL Aos vícios Eu sou aquele que os passados anos Cantei na minha lira maldizente Torpezas do Brasil, vícios e enganos. GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno. CRONOLOGIA 1606 - Nascimento na Bahia. 1642 - Estudos no Colégio dos Jesuítas. 1650 - Embarque para Portugal. 1652 - Ingresso na Faculdade de Coimbra 1661 - Formatura em Cânones e casamento com d. Michaela de Andrade, em Lisboa. 1663 - 1674 - Nomeação para juiz. Procurador e representante da Bahia, nas cortes, em Lisboa. 1674 - Destituição da Procuradoria da Bahia. 1678 - Morte de Michaela de Andrade. 1679 - Nomeação para desembargador da Relação Eclesiástica na Bahia. 1682 - Retorno ao Brasil. Nomeação para tesoureiro-mor da Sé. 1683 - Destituição dos cargos eclesiásticos. 1684 - Início das viagens pelo Recôncavo baiano. 168(?) - Casamento com Maria dos Povos. 1694 - Deportamento para Angola 1695/ 96 (?) Morte em Recife. GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno. POESIA RELIGIOSA Mostra o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de arrependimento, implorando perdão. Por sua vez, a dualidade matéria x espírito projeta-se na dualidade culpa x perdão. Estamos diante do confessionário (instituição que tratou, justamente a partir do barroco, de conciliar os conflitos entre a moral rígida e uma prática “relaxada”, para usar o termo de Gregório, fazendo passar minuciosamente cada pecado pelo vale angustioso e estreito do arrependimento). Buscando a Cristo A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos, Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. A vós, divinos olhos, eclipsados De tanto sangue e lágrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por não condenar-me, estais fechados. A vós, pregados pés, por não deixar-me, A vós, sangue vertido, para ungir-me, A vós, cabeça baixa p ‘ra chamar-me. A vós, lado patente, quero unir-me, A vós, cravos preciosos, quero atar-me, Para ficar unido, atado e firme. [...] Senhor, eu não vos entendo; vossos preceitos são graves, vossos juízos são fundos, vossa idéia inescrutável. Eu confuso neste caso entre tais perplexidades de salvar-me, ou de perder-me, só sei, que importa salvar-me. [...] Poesia Satírica Mostra a crítica severa de uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que adota um ponto de vista conservador e preconceituoso. A crise do açúcar A debilitação das câmaras Ascensão do negociante português A opressão colonial Idealização do passado Agressão ao mulato Triste Bahia! oh quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado. Rica te vi eu já, tu a mim abundante. A ti tocou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando e tem trocado Tanto negócio e tanto negociante. Deste em dar tanto açúcar excelente Pelas drogas inúteis, que abelhuda Simples aceitas do sagaz Brichote. Oh, se quisera Deus que, de repente, Um dia amanheceras tão sisuda Que fora de algodão o teu capote! Descreve o que era realmente naquelle tempo a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar a cabana, e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um freqüentado olheiro, Que a vida do vizinho, e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, Para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos Mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, E eis aqui a cidade da Bahia. Poesia Lírica Ascetismo* x Sensualismo * Prática da abstenção de prazeres e até do conforto material, adotada com o fim de alcançar a perfeição moral e espiritual. Espírito x Matéria Dúvida sobre a definição do amor POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambiguidade aparece repleta de safadeza. O amor é finalmente um embaraço de pernas, uma união de barrigas, um breve tremor de artérias. Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um reboliço de ancas, quem diz outra coisa, é besta. A PROSA BARROCA BRASILEIRA PADRE ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697) Nasceu em Lisboa e veio menino (seis anos) para a Bahia com seu pai, alto funcionário da Coroa. Estudou no colégio dos jesuítas, onde brotaria sua vocação sacerdotal, ordenando-se aos 26 anos. Em 1640, prega o seu audacioso sermão Contra as armas de Holanda. No ano seguinte, já reconhecido, volta para Lisboa, tornando-se o grande pregador da Corte. Entre os seus aficionados, encontrava-se o jovem rei D. João IV. A pedido dele executou várias funções políticas e diplomáticas. Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a luta pela independência portuguesa, o confronto com holandeses no nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição. Defende os índios da escravização, mas o que são aldeados e convertidos, e estão sob o controle dos jesuítas. É sensível a escravização dos negros e sofre com eles, mas não chega a questioná-la, pregando aos escravos antes a resignação aos maus tratos. Opõe a perseguição, torturas e confiscos de bens em relação aos judeus. As função social do sermão na vida social brasileira. Vieira tinha um projeto para de vida para o Brasil muito diferente do que acontecia na Europa, ele desejava que a colônia fosse guiada pela Igreja e pela Companhia de Jesus. Diferente da vida urbana e mercantil europeia. Vieira “Cada um é as suas ações, e não outra coisa” (critica aos protestantes) A igreja como formadora de opinião, sempre aproximando do ponto de vista religioso e doutrinário. O sermão servia de elemento de instrução pela discussão de problemas morais e noções de toda ordem, que ao redor deles forçosamente surgiam , e mais pela forma de o expor. Suscitava a discussão e reflexão. OBRAS DE ANTÔNIO VIEIRA Sermões – Cerca de 200, entre os quais se destacam: Sermão pelo Bonsucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda Sermão da Sexagésima Sermão de Santo Antônio aos Peixes Sermão da Primeira Dominga da Quaresma Sermão XIV do Rosário (dedicado aos negros) Cartas – Cerca de 500, de pouca importância literária. Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda (1640): Neste sermão, o padre incita os seguidores a reagir contra as invasões Holandesas, alegando que a presença dos protestantes na colônia resultaria em uma série de depredações à colônia. Sermão da Sexágésima (1655): O sermão, dividido em dez partes, é conhecido por tratar da arte de pregar. Nele, Padre Antônio Vieira condena aqueles que apenas pregam a palavra de Deus de maneira vazia. Para ele, a palavra de Deus era como uma semente, que deveria ser semeada pelo pregador. Por fim, o padre chega à conclusão de que, se a palavra de Deus não dá frutos no plano terreno a culpa é única e exclusivamente dos pregadores que não cumprem direito a sua função. Sermão de Santo Antônio (1654) Também conhecido como "O Sermão dos Peixes", pois nele o padre usa a imagem dos peixes como símbolo para fazer uma crítica aos vícios dos colonos portugueses que se aproveitavam da condição dos índios para escravizá-los e sujeitá-los ao seu poder. Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? (...) Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar o Pregador, que é serem gente os peixes que se não há-de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente (...) Suposto isto, para que procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreendervos-ei os vossos vícios. (...) Hipóteses que se referem ao tema da ineficiência dos pregadores, representados pela figura “o sal não salga”. Hipóteses que se referem ao tema da recusa dos ouvintes, representados pela figura “a terra não se deixa salgar”. a) ou os pregadores não pregam a a) ou os ouvintes se recusam a aceitáverdade; la; b) ou os pregadores agem contra b) ou os ouvintes preferem agir como aquilo que pregam; os pregadores ao invés de agir conforme eles pregam; c) ou os pregadores a si e não a c) ou os ouvintes preferem seguir seus Cristo. próprios caminhos Sermão do Bom Ladrão O Sermão do Bom Ladrão, foi escrito em 1655, pelo Padre Antônio Vieira. Ele proferiu este sermão na Igreja da Misericórdia de Lisboa (Conceição Velha), perante D. João IV e sua corte. Lá também estavam os maiores dignitários do reino, juízes, ministros e conselheiros.