1º DESAFIO • Bruno Santos • Miguel Castel-Branco • Miguel Silva • João Cabral • Introdução • Introdução II – Enquadramento Teórico – Os Macroinvertebrados Aquáticos, Sua utilização • Localização - Detalhes • Material - Campo - Laboratório • - Metodologia Antes A saída Laboratório • Resultados • Análise • Discussão • Discussão II • Conclusões • Bibliografia O acelerado avanço das cidades trazem consigo impactos irreversíveis ao ambiente, devido, as necessidades humanas, os recursos naturais ficam sempre em último plano e de certa forma quando os problemas surgem e a integridade dos ecossistemas são abaladas quase que por inteira. A integridade de um ecossistema é abalada pela poluição e ou a degradação do ambiente e isso excede a capacidade dos organismos vivos em assimilar os contaminantes. No ambiente aquático, os macroinvertebrados apresentam variados graus de tolerância à poluição, por isso são amplamente utilizados como bioindicadores de qualidade de água. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o nível de poluição do rio Tejo (junto ao Parque das Nações). Tendo por base a identificação no sedimento de organismos bioindicadores de poluição . Este projecto, integrado no Ano Internacional da Biodiversidade, pretende levar-nos a descobrir as ligações entre a saúde humana e a biodiversidade marinha. O que são organismos bioindicadores? Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada condição ambiental. Os bioindicadores são importantes para correlacionar com um determinado fator antrópico ou um fator natural com potencial impactante, representando importante ferramenta na avaliação da integridade ecológica (condição de “saúde” de uma área, definida pela comparação da estrutura e função de uma comunidade biológica entre uma área impactada e áreas de referência). Os bioindicadores mais utilizados são aqueles capazes de diferenciar entre oscilações naturais (p.ex. mudanças fenológicas, ciclos sazonais de chuva e seca) e estresses antrópicos. O que é a bioindicação? A bioindicação / biomonitorização consiste na utilização de seres vivos para identificar factores de alteração ambiental. Esses factores podem ser: mudanças na composição das comunidades ou variação da concentração de substâncias específicas nos tecidos dos organismos. Os macroinvertebrados constituem uma importante fonte alimentar para os peixes e são valiosos indicadores da degradação ambiental, além de influenciarem na reciclagem de nutrientes, na produtividade primária e na decomposição (WALLACE & WEBSTER, 1996). Estes organismos habitam o substrato no fundo (sedimentos, detritos, troncos, macrófitas aquáticas, algas filamentosas e etc) dos hábitat de água doce e, em pelo menos uma fase do seu ciclo vital. O rio que escolhemos para a realização deste projecto foi o rio Tejo, junto ao Parque das Nações, em Lisboa. Nome do rio: Rio Tejo Longitude e latitude:N 38º 47', 6700 ; W 9º 5', 4465 Largura do rio: cerca de 12 Km Tipos de sedimentos: lodo, areia, rochas Leito do rio: Alterado Corrente do rio: Média Uso do solo na proximidade: Urbano Vegetação nas margens: escassa Vegetação no curso da água: Existente (algas) PH: 7,12 Presença de lixo nas margens: Existente (garrafas, copos). Presença de matéria vegetal e animal em decomposição: Existente. No Campo: • • • • • • • • • Botas de borracha Tabuleiro (de preferência brancos) Pá Pinça Álcool Sacos de Plástico Canetas Etiquetas Peneiro (0.5 mm) ou coador No Laboratório: • Frascos para os indivíduos • Peneiro (0.5 mm) ou coador • Lupa binocular grande (diâmetro > 20 cm) • Caixas de Petri • Dispositivo de lavagem • Guia de identificação de macroinvertebrados • Água corrente • Apresentação do projecto pelo professor • Pesquisas sobre o tema • Consulta do site do concurso em www.cienciaviva.pt • Organização de um dossier sobre o assunto • Elaboração de um projecto de trabalho • Definição do tipo de trabalho a realizar • Escolha do local em estudo • Selecção do material • Calendarização • Com a pá recolher uma amostra de sedimento da zona submersa. • Adicionar Álcool. • Acondicioná-la num saco de plástico. • Identificar a amostra (local, dia, etc.) • Recolher uma segunda amostra. • Transportar a amostra para o laboratório. • Caracterizar o biótopo • Colocar a amostra no Peneiro. • Transferir a totalidade do sedimento do sedimento lavado para o tabuleiro. • Separar os macroinvertebrados do sedimento. • Transferir os macroinvertebrados para os frascos próprios. • Analisar à lupa binocular os indivúduos. • Identificar as espécies com a ajuda dos recursos disponibilizados pela ciência viva. • Interpretar os resultados • Avaliar o nível de poluição tendo por base os organismos bioindicadores identificados com a consulta da tabela existente em www.cienciaviva.pt. Ao analisarmos os sedimentos recolhidos identificámos alguns animais (macroinvertebrados): Com o recurso a guias de identificação constatámos a presença das seguintes famílias: • Neritidae (2 macroinvertebrados), Hidrobiidae (2), Lymnaeidae (8) e Bithyniidae (1) A fauna identificada contribui, significativamente, para a biodeposição, a regeneração de nutrientes, a remobilização de sedimentos e consequente oxidação e servem, ainda, de alimento para muitas espécies aquáticas. Estas espécies são ainda importantes como bioindicadodes do nível de poluição. Recorrendo às tabelas _1 e _2 foi possível avaliar o nível de poluição do troço de rio Tejo estudado. Filo Mollusca - Neritidae (6 pontos) - Hidrobiidae (3 pontos) - Lymnaeidae (3 pontos) - Bithyniidae (3 pontos) 15 pontos Os resultados obtidos (15 pontos) sugerem que o local está Extremamente Poluído. Junto inserimos um excerto de um estudo sobre a qualidade da água do Rio Tejo (estudo_1) realizado por estudantes da Faculdade Nova de Lisboa para a cadeira de “Introdução aos Problemas do Ambiente” em 1998. Este estudo indica que o rio Tejo é muito poluído, o que vem reforçar a nossa teoria. Pela observação do local verificamos a existência de descargas de esgotos em excesso, associada à utilização do rio como ponto de descarga de muitas indústrias, e a existência de grandes aglomerados populacionais nas margens do rio. Tais evidências podem contribuir para que este troço de rio se encontre, eventualmente, muito poluído, facto que, potencialmente apoia os dados encontrados neste trabalho. Contudo, não podemos deixar de referir que este foi um trabalho experimental, não tínhamos qualquer tipo de experiencia neste tipo de trabalho e não tínhamos acesso á rosa de bengala . Tendo em conta que a recolha da amostra foi efectuada em pleno Inverno, numa época de chuvas intensas e baixos valores de temperatura, eventualmente pode ter sido numa época de menor presença destes organismos Os dados obtidos sugerem que o local estudado (Rio Tejo junto ao Parque das Nações) é Extremamente Poluído. Pela observação do local verificamos a existência de descargas de esgotos em excesso, associada à utilização do rio como ponto de descarga de muitas indústrias, e a existência de grandes aglomerados populacionais nas margens do rio. Tais evidências podem contribuir para que este troço de rio se encontre, eventualmente, muito poluído, facto que, potencialmente apoia os dados encontrados neste trabalho. Contudo, não podemos deixar que referir que há elementos que podem ter influenciado os resultados deste estudo. Neste contexto, destacamos: - a inexperiência dos investigadores; - a dificuldade em obter o corante (Rosa de bengala) impossibilitou o seu uso; - muitos os macroinvertebrados aquáticos estão sujeitos a ciclos sazonais. Tendo em conta que a recolha da amostra foi efectuada em pleno Inverno, numa época de chuvas intensas e baixos valores de temperatura, eventualmente pode ter sido numa época de menor presença destes organismos. Para a realização deste trabalho utilizámos os seguintes endereços: http://farm1.static.flickr.com/162/411976340_02897d307b.jpg?v=0 http://new.cvalsassina.pt/ http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/oceanosesaudehumana.asp http://www.junior.te.pt/Final/Bairro/ImgA/portugal/riosportmapa.jpg http://www.mydarc.de/dl4sbf/Lissabon%20Ponte%20Vasco%20da%20Gama.JPG http://www.icb.ufmg.br/big/benthos/index_arquivos/Page1631.htm http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/Macroinvertebrados%20%20tabela%20familias%20A4.pdf http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/Macroinvertebrados%20%20protocolo.pdf http://egroup.cienciaviva.pt/forum/index.php •Bruno Santos •Miguel Castel-Branco •Miguel Silva •João Cabral