Pedro Cosme Costa Vieira 1 Pedro Cosme Costa Vieira 2 3 Cui bono Follow the money 4 Para se governar uma organização de forma eficiente é obrigatório ter sempre presente a análise custo/benefício 5 Cerca de 2/3 do orçamento da FEP vem do Orçamento de Estado 6 Traduz que existe uma falha de mercado que é preciso corrigir 7 Temos que ser uma escola de Economia e Gestão (e ciências que lhe são aplicadas) localizada na Região Norte 8 9 O nosso financiamento é proporcional ao número de alunos inscritos 2/3 do Orçamento de Estado 1/3 das Propinas 10 Temos que captar alunos Licenciaturas (limitado) Mestrados Doutoramentos 11 Para cumprir a nossa missão é preciso saber: A) O que atrai os alunos B) Análise custo/benefício 12 É por demais evidente que os alunos são atraídos pela empregabilidade e pelos bons salários dos graduados 13 Que, nas licenciaturas e mestrados, resulta dos conhecimentos absorvidos nas aulas 14 Que, nos doutoramentos, resulta da publicação de artigos científicos (E, parcialmente, nos mestrados) 15 Atendendo a que temos 1600 alunos de licenciatura 1250 alunos de mestrado 120 alunos de doutoramento 16 Que a empregabilidade de 99% dos alunos de licenciatura 2/3 dos alunos de mestrado 10% dos alunos de doutoramento 17 Está dependente da qualidade das aulas. 18 Então, mais de 3/4 do nosso financiamento depende directamente de darmos aulas de qualidade 19 Mais de 3/4 do nosso esforço colectivo tem que ser dedicado às aulas 20 O posicionamento estratégico tem que responder a esta questão 3/4 Aulas + 1/4 Papers 21 Tudo o resto é instrumental 1) Um repositório de saberes e competências 2) Um centro de investigação e criação de saberes 22 23 I - Consolidar a excelência no ensino nas licenciaturas e na parte escolar dos mestrados 3/4 do esforço colectivo 24 II - Desenvolver a excelência nos trabalhos publicados pelos alunos de mestrado e de doutoramento 1/4 do esforço colectivo 25 Escreveram que é preciso afirmarmo-nos no campo das publicações científicas 26 E, assim, passarmos para o topo dos rankings científicos internacionais 27 Mas não foi feita uma análise custo/benefício 28 Temos que aplicar 3/4 do nosso esforço colectivo na afirmação da nossa a escola como a com maior empregabilidade e em que os graduados recebem melhores salários 29 Assim captaremos a maior parte das nossas receitas 30 O contrário será desviarmonos da nossa fonte de financiamento Desviarmo-nos do dinheiro 31 “É preciso dar de comer à vaca” Mas não nos podemos esquecer que a vaca existe para dar leite e não para comer ração 32 Aplicar o nosso esforço colectivo na afirmação da nossa a escola como centro produtor de publicações científicas 33 Mas sem perder de vista que a maior parte das nossas receitas vem das aulas 34 35 Vector 1 - As pessoas = Trabalhadores = Alunos Vector 2 - As instalações 36 37 Precisam de esperança A = Afinar a avaliação - RADD B = Criar metas absolutas de progressão na carreira docente 38 Eu proponho duas regras absolutas em que, assim que o docente as atingir, abre um concurso 39 No RADD, os docentes com 100 pontos são classificados como excelentes 40 A) Desde o ano do doutoramento, calcula-se a média anual para todas as componentes previstas no RADD 41 B) Obtem-se a pontuação média do docente aplicandose o RADD aos valores médios calculados em A) 42 C) Multiplica-se a pontuação obtida em B) pelo número de anos que decorreram desde o doutoramento 43 Regra 1: Professor Associado >= 1000 p. (10 anos excelente) 44 Regra 2: Professor Catedrático >= 2000 p. (20 anos excelente) 45 A regra ponderará não apenas as publicações mas todas as componentes previstas no RADD 46 Se 3/4 do nosso dinehrio vem das aulas Os bons professores não podem ser condenados à estagnação 47 A qualidade das aulas tem que ser considerada na progressão da carreira 48 Escreveram que a existência de metas é uma decisão dos catedráticos 49 Mas isso é uma incorrecção pois a abertura de concursos é uma prerrogativa do Director 50 ECDU (Art. 39.º) 1 - Compete ao órgão máximo da instituição de ensino superior, nos termos fixados nos respectivos estatutos: a) A decisão de abrir concurso; 51 Estatutos da FEP (Art. 20.º) Ao director da FEP compete: ... r) Decidir quanto à nomeação e contratação de pessoal, a qualquer título; 52 Aos catedráticos compete apenas propor o júri 53 Estatutos da FEP (Art. 24.º) 1 — Ao Conselho Científico compete: ... q) Propor a composição dos júris de provas e de concursos académicos; 54 O único problema é o impacto orçamental 55 Mas a passagem de Prof. Auxiliar para Prof. Associado implica um aumento salarial de apenas 5% 56 Além disso, a faculdade teve em 2014 um excedente orçamental de 700 mil € 57 Perguntam-me: “E se o Júri decidir meter pessoas de fora não havendo serviço nem orçamento?” 58 O Director não contrata 59 ECDU (Art. 39.º) 1 - Compete ao órgão máximo ...: b) A homologação das deliberações finais dos júris dos concursos; c) A decisão final sobre a contratação 60 61 Nos anos 1960 não se imaginava = Universalidade do ensino superior = Estudo em gabinete. = Alunos e professores investigarem (o projecto da FEP é de 1961) 62 Decorrídos mais de 50 anos, as instalações são insuficientes É um grande problema 63 64 Vejamos uns números 65 Doutoramentos => 120 alunos 75 em Gestão 43 em Economia 38 em Matemática Aplicada 49 em Média Digital 66 Não há nenhuma universidade do mundo onde os alunos de doutoramento não tenham gabinete. 67 Considerando 5 alunos por gabinete = 2 a tempo inteiro = 3 a tempo parcial 68 São precisos 24 gabinetes para os alunos de doutoramento 69 Mestrados => 500 alunos/ano 10% dos alunos a tempo inteiro 15% a tempo parcial 120 alunos 70 São precisos mais 24 gabinetes para os alunos de mestrado 71 Licenciaturas => 1600 alunos 1022 em Economia 566 em Gestão 72 = Têm trabalhos de grupo = Necessidade de locais de estudo São precisos mais 24 gabinetes de trabalho 73 É errado ter 3 docentes em cada gabinete São precisos mais gabinetes 74 Não faz sentido => Ter um docente que custa 60 000 €/ano => Não ter um gabinete que custa 500€/ano. 75 Temos cozinheiros Estrela Michelin mas não temos panelas. 76 Podemos captar alunos de pós-doutoramento com bolsa O Brasil é um mercado com muito potencial São precisos gabinetes 77 Precisamos de pelo menos 100 novos gabinetes. Para 2 + 3 pessoas, um mínimo de 4,5 m x 2,8 m = 12,6m2 78 Os gabinetes da FEP têm 20m2 79 Para 100 gabinetes com espaços de apoio e circulação São necessários 2500 m2 de construção 80 81 Os anfiteatros não têm condições 82 As pernas não cabem É preciso uma secretária para pousar o caderno e o portátil 83 Dentro de 5 ou 10 anos, todos os alunos terão nas aulas note pads ou computadores como apoio à aprendizagem 84 O mais certo é serem necessárias tomadas nas secretárias 85 São precisas pelo menos 10 salas novas com capacidade para 60 alunos Mais uma sala para provas idêntica à dos 70m 86 São necessários mais 2500 m2 de construção 87 88 Os alunos quando não estão nas salas de aula não têm onde se possam sentar Muito menos, onde estudar 89 Somando todas as parcelas 90 No total, temos necessidades de pelo menos 6000 m2 de nova construção 91 92 A reabilização do Edifício Cinzento custa 3 milhões € Não responde às necessidades por limitações arquitectónicas 93 Escreveram que a libertação de espaços que não estão na sua função original irá resolver o problema Referiam-se à cantina 94 Isso não é verdade porque = Os alunos precisam comer = A cantina ocupa 600 m2 95 Os 600 m2 dão para 2 salas e meia dúzia de gabinetes São 10% das necessidades 96 97 O Monumento é tão bonito que deve ficar como está Não vale a pena gastar dinheiro e energia em projectos condenados ao fracasso 98 Tem que ser construído um novo edifício fora da zona de protecção do Monumento > 20 m 99 A Reitoria tem um bom terreno nas traseiras da FEP que não serve para mais nada Precisamos apenas de metade 100 Implantação do novo edifício 101 Implantação do novo edifício 102 Implantação do novo edifício 103 Implantação do novo edifício 104 Implantação do novo edifício 105 Implantação do novo edifício 106 Implantação do novo edifício 107 Implantação do novo edifício 108 Implantação do novo edifício 109 Implantação do novo edifício 110 Construir um edifício 2 blocos 60 m x 12 m 4 pisos Ligados por uma zona de convívio (uma Estufa Fria) 111 112 O custo total será de 3 milhões € (500€/m2) 1,5% do orçamento da FEP (amortização em 25 anos) 113 A FEP tem esse dinheiro no Banco (?) 3166 mil € 114 Vamos supor que não há dinheiro Faz-se um contrato de DBF 115 DBF – Design-Build-Finance É um arrendamento de longa duração em que o contrato é prévio à construção 116 3 milhões € num contrato DBF a 50 anos, pagamentos a preços constantes, dá 100 mil €/ano Menos de 1% do orçamento da FEP 117 E as novas instalações aumentarão em muito a produção da FEP + aulas => + alunos => + $ + papers 118 Fachada do novo edifício (4 pisos) 119 120 No fim do mandato 2015-2019 = A vida dos docentes = A empregabilidade dos graduados Terão que estar melhor 121 Para isso será preciso 122 1) Descongelar a carreira docente criando metas absolutas baseadas no RADD 1000 pontos => Associado 2000 pontos => Catedrático 123 2) Expandir as instalações Construir 6000m2 a nascente => Metade para salas => Metade para gabinetes 124 Relativamente ao nosso esforço colectivo, temos que concentrar 3/4 na parte pedagógica 1/4 na parte científica 125 E o descongelamento das carreiras tem que ter em conta esta proporção. 126 Agora, cabe aos Ex.mos Membros do Conselho de Representantes decidir 127 A) Se as minhas ideias têm valor B) Se sou a pessoa certa para as implementar 128 Importante é que vejam valor nas minhas ideias 129 Vejam, como eu e muitas mais pessoas veem, que é preciso => descongelar a carreira docente => fazer novas instalações => dar, na carreira docente, atenção à excelência nas aulas 130 Obrigado pela atenção 27 de Março de 2015 Pedro Cosme Vieira 131