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Profª. Drª. Jani Cleria Bezerra, Ph.D.
Medicina do Esporte e Saúde Pública
CREF: 5948 G/RJ
O presente arquivo é uma coletânea de figuras e textos
extraídos de livros, artigos e sites que integram a bibliografia
da disciplina.
Profº. Drª. Jani Cleria Bezerra, Ph.D. – CREF 5948 G/RJ
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Atenção à Saúde da Mulher
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PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E
ESTÍMULO À CULTURA DE PAZ
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Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura
de Paz
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ABORDAGEM SISTÊMICA DA
VIOLÊNCIA:
• Os fenômenos têm que ser vistos em seu contexto,
meio cultural e momento histórico;
• O modo como os descrevemos determina a escolha de
nossas ações de interação;
• A violência é um fenômeno complexo: desencadeada
por múltiplos fatores;
• Reduzí-la a um só ou a poucos desses fatores
promove leitura parcial e conseqüências indesejáveis;
• Na formulação de ações, ajuda decompor a violência
em ato e processo interacional que possibilita o ato.
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ABORDAGEM SISTÊMICA DA
VIOLÊNCIA:
• Os fenômenos têm que ser vistos em seu contexto, meio
cultural e momento histórico;
• O modo como os descrevemos determina a escolha de
nossas ações de interação;
• A violência é um fenômeno complexo: desencadeada por
múltiplos fatores;
• Reduzí-la a um só ou a poucos desses fatores promove
leitura parcial e conseqüências indesejáveis;
• Na formulação de ações, ajuda decompor a violência em
ato e processo interacional que possibilita o ato.
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A descrição do que é violento, dentro de um modelo
narrativo, depende de um determinado contexto.
(Cobb, S.)
“Não se pode estudar a violência fora da sociedade
que a produziu, porque ela se nutre de fatos políticos,
econômicos e culturais traduzidos nas relações
cotidianas que, por serem construídos por
determinada sociedade, e sob determinadas
circunstâncias, podem ser por ela desconstruídos e
superados.
(Minayo,MC & Souza,ER)
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Dois fatores para efeito devastador:
• Violência física e emocional perpetrada por quem
deveria proteger
• Transformação de caráter protetor em caráter violento
ocorrendo num contexto que destrói ou nega essa
transformação
(Carlos Sluzki)
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Quem exerce o abuso não aprende a regular, a medir, a dizer, a
escutar e respeitar mensagens de si mesmo e do outro, tais
como “não quero”, “não dá mais”, “só até aqui”; ou se encontra
em contextos nos quais estas aprendizagens se apagam, se
diluem ou perdem a firmeza. Isso pode produzir prejuízos a si
mesmo e a outros, de muitas diversas maneiras.
(Cristina Ravazzola)
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ABORDAGEM SISTÊMICA DA
VIOLÊNCIA:
• Os fenômenos têm que ser vistos em seu contexto, meio cultural
e momento histórico;
• O modo como descrevemos esses fenômenos determina a
escolha de nossas ações de interação;
• A violência é um fenômeno complexo: desencadeada por
múltiplos fatores;
• Reduzí-la a um só ou a poucos desses fatores promove leitura
parcial e conseqüências indesejáveis;
• Na formulação de ações, ajuda decompor a violência em ato e
processo interacional que possibilita o ato.
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Por poder entendo um contexto de interação que permite que
certos membros de um sistema social dado definam o que é que
vai ser validado como real para outros membros do sistema.
Essa definição, que pode ou não ser expressa linguisticamente,
estará sempre encarnada em práticas cotidianas que geram,
mantêm ou reforçam essa “realidade” assim criada. Esse poder
pode ser eventualmente instrumentalizado através da violência,
entendida como aquele contexto de interação em que alguns
membros de um sistema social dado são negados ou
invalidados como sujeitos sociais, emissores únicos e originais
de linguagem e atores de uma história intransferível.
PAKMAN, Marcelo. Terapia familiar em contextos de pobreza, violência, dissonância étnica. In.:
Nova Perspectiva Sistêmica, ano II, n. 4, outubro, 1993.
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A violência é um modo de conviver, um estilo
relacional que surge e se estabiliza em uma rede de
conversações que faz possível e conserva o
emocionar que a constitui, e no qual as condutas
violentas se vivem como algo natural que não se vê.
[...]
No espaço psíquico da violência a criança aprende
sem dar-se conta a negar o outro e a não olhar-se a si
mesma no apego a suas certezas. O outro não tem
presença salvo na oposição que se vive como
ameaça que desaparece só quando este se submete.
MATURANA, H. Biología y violencia. In.: CODDOU, F. et al. Violencia; en sus
distintos ambitos de expresion. Santiago de Chile: Dolmen, 1995.
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ABORDAGEM SISTÊMICA DA
VIOLÊNCIA:
• Os fenômenos têm que ser vistos em seu contexto, meio
cultural e momento histórico;
• O modo como os descrevemos determina a escolha de nossas
ações de interação;
• A violência é um fenômeno complexo: desencadeada por
múltiplos fatores;
• Reduzí-la a um só ou a poucos desses fatores promove leitura
parcial e conseqüências indesejáveis;
• Na formulação de ações, ajuda decompor a violência em ato e
processo interacional que possibilita o ato.
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Complexidade da violência
É muito difícil conceituar a violência, principalmente por ser ela,
por vezes, uma forma própria de relação pessoal, política, social
e cultural; por vezes uma resultante das interações sociais; por
vezes ainda, um componente cultural naturalizado. Os
estudiosos que nos últimos tempos têm se debruçado sobre o
tema, ouvindo e auscultando toda a produção filosófica,
mitológica e antropológica da humanidade lhe conferem um
caráter de permanência em todas as sociedades e também de
ambiguidade, ora sendo considerada como fenômeno positivo,
ora como negativo, o que retira de sua definição qualquer
sentido positivista e lhe confere o status de fenômeno
complexo.
(Minayo, MC & Souza, ER)
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Complexidade da violência
A pesquisa recente indica que, ao mesmo tempo em que
fatores biológicos e outros fatores individuais explicam
algumas das predisposições à agressão, é mais frequente que
esses fatores interajam com fatores familiares, comunitários,
culturais e outros fatores externos para, assim, criar uma
situação propícia à violência.
KRUG, E. G. et al., eds. World report on violence and health. Geneva, World Health Organization,
2002.
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14
Níveis de Complexidade
Social
Comunitário
Relacional
Individual
Relatório Mundial de Violência e Saúde – OMS – 2002.
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ABORDAGEM SISTÊMICA DA
VIOLÊNCIA:
• Os fenômenos têm que ser vistos em seu contexto,
meio cultural e momento histórico;
• O modo como os descrevemos determina a escolha de
nossas ações de interação;
• A violência é um fenômeno complexo: desencadeada
por múltiplos fatores;
• Reduzí-la a um só ou a poucos desses fatores promove
leitura parcial e conseqüências indesejáveis;
• Na formulação de ações, ajuda decompor a violência em
ato e processo interacional que possibilita o ato.
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[...]
Tanto o discurso jurídico como o da consciência moral coincidem em
fossilizar-se no indivíduo, ora como uma vítima cujos sintomas
derivam de processos psicológicos internos causados por “fatos
externos”, ora como um vitimizador cuja psicologia é uma “caixa
negra” na qual jaz o mal e cuja única possibilidade de ascender ao
perdão radica em construir-se a si mesmo como uma vítima que deve
ser perdoada.
[...]
O domínio público é construído, então, como uma soma de
individualidades, e as emoções se consideram forças “internas” que
alguns podem controlar moralmente por meios racionais, enquanto
que outros não.
PAKMAN, Marcelo. La marca de Caín: conciencia y testimonio en la epistemología de la violencia. Sistemas
Familiares, jul. 2000, pp. 9-23.
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ABORDAGEM SISTÊMICA DA
VIOLÊNCIA:
• Os fenômenos têm que ser vistos em seu contexto,
meio cultural e momento histórico;
• O modo como os descrevemos determina a escolha de
nossas ações de interação;
• A violência é um fenômeno complexo: desencadeada
por múltiplos fatores;
• Reduzí-la a um só ou a poucos desses fatores promove
leitura parcial e conseqüências indesejáveis;
• Na formulação de ações, ajuda decompor a violência em
ato e processo interacional que possibilita o ato.
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ATO E PROCESSO DA VIOLÊNCIA
No processo que possibilita
o ato, todos nós temos
participação.
O ato de violência:
Tem um autor que precisa ser responsabilizado por este ato
Tem uma vítima que precisa ser amparada e defendida
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Talvez isto pareça um exagero, mas a consciência da
própria participação em uma estrutura autoritária e da
própria responsabilidade na manutenção de suas regras
é muito necessária para conseguir transformações
desejadas. O problema é que se trata de uma
consciência muito dolorosa e difícil de adquirir.
(Cristina Ravazzola)
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Não sou melhor do que eles, o que faz com que me
respeite e me faça respeitar e que tenha respeito pelos
outros, é que tomei a decisão de me esforçar, a cada
momento, no exercício da contenção necessária quanto a
mim mesma e aos outros.
(Cristina Ravazzola)
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VIOLÊNCIA
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) violência é:
O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça,
contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma
comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar
em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento
ou privação.
WHO Global Consultation on Violence and Health. Violence: a public health priority. Geneva, World
Health Organization, 1996. Apud: KRUG, E. G. et al., eds. World report on violence and health.
Geneva, World Health Organization, 2002.
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Física
Psicológica
Sexual
Privação/Negligência
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CONEXÃO ENTRE A VIOLÊNCIA OCORRIDA ENTRE
PARCEIROS ÍNTIMOS E A VIOLÊNCIA PRATICADA
CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Desde a moderna “descoberta” das ‘síndromes’ do bebê
espancado e da mulher espancada nos anos 60, há um
crescente corpo de evidências que sugere que:
• os diferentes tipos de violência podem ocorrer
simultaneamente na mesma família
• a presença de uma forma de violência pode ser um forte
indicador da outra
A despeito disso, os vários tipos de violência que podem
ocorrer entre membros de uma família são usualmente
investigadas e manejadas independentemente uma da outra.
TOMISON, Adam M. Exploring family violence: links between child maltreatment and domestic
violence. Issues in Child Abuse Prevention, Number 13, Winter 2000.
http://www.aifs.org.au/nch/issues13.html.
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VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
Incidência
“A violência doméstica é a maior causa de ferimentos
femininos em todo o mundo, e principal causa de morte de
mulheres entre 14 e 44 anos”.
(Rel. Dir. Hum. Da Mulher da Human Rights Watch/96).
“Um em cada cinco dias em que as mulheres faltam ao
trabalho é motivado pela violência doméstica”. (Banco
Mundial/98).
“O risco de uma mulher ser agredida em sua própria casa
pelo pai de seus filhos, ex-marido ou atual companheiro é
nove vezes maior que sofrer algum ataque violento na rua ou
no local de trabalho”. (BID – Banco de Desenvolvimento/98).
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VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
“No Rio de Janeiro a violência em casa e os conflitos
familiares são as causas alegadas por cerca de 60% das
crianças que abandonaram as famílias para ganhar as
ruas.” (Impelizieri, Flávia, 1995).
“80% dos abusos sexuais cometidos contra crianças e
adolescentes acontecem na casa da própria vítima”.
(ABRAPIA, 2001).
“Em pesquisa realizada com 749 homens entre 15 e 60
anos, 51,4% declararam ter usado algum tipo de violência
(física, psicológica ou sexual) contra sua parceira íntima
pelo menos uma vez”. (Noos/Promundo, 2003).
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CUSTO
A violência intrafamiliar e de gênero produz custos
emocionais e econômicos altos
às pessoas, às famílias e ao país.
No cálculo desses custos incluem-se:
• os custos diretos com tratamento das vítimas,
• os indiretos decorrentes da perda de produtividade, absenteísmo,
invalidez ou morte prematura, e
• os custos relacionados ao sistema de justiça criminal, incluindo
gastos com investigação policial, investigação de maus-tratos,
processo judicial, proteção das vítimas, o que envolve
manutenção de abrigos, e com acompanhamento do cumprimento
de pena.
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A violência está entre as principais causas de morte de pessoas na
faixa etária de 15 a 44 anos
A Resolução da 49ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em 1996,
declara a violência como um dos principais problemas mundiais de
saúde pública
KRUG, E. G. et al., eds. World report on violence and health. Geneva, World Health Organization, 2002
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FATORES DE VULNERABILIDADE
PARA A MULHER
Em sociedades mais tradicionais, surrar a esposa é, em grande
parte, considerado como uma consequência do direito do homem
de infligir punições físicas à sua esposa – dados obtido de estudos
em países tão diversos como Bangladesh, Camboja, Índia, México,
Nigéria, Papua Nova Guiné, Paquistão, Tanzânia e Zimbábue.
Uma grande variedade de estudos, tanto em países
industrializados quanto em países emergentes, produziram uma
lista consistente de eventos que, dizem, disparam o gatilho de
violência de gênero.
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FATORES DE VULNERABILIDADE
PARA A MULHER
Dentre esses eventos, podemos citar:
• não obedecer ao homem;
• retrucar;
• não estar com a comida preparada na hora;
• não cuidar de forma adequada das crianças ou da casa;
• questionar o homem sobre dinheiro ou namoradas;
• ir a algum lugar sem a permissão do homem;
• recusar sexo ao homem;
• o homem suspeitar da infidelidade da mulher.
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30
Você está sentindo medo do seu
companheiro ou da sua companheira?*
O seu parceiro (ou parceira):
 Olha para você ou age de um jeito que dá medo?
 Deixa você constrangida, falando palavrões ou colocando você “pra
baixo”?
 Controla o que você faz, quem você encontra, com quem você fala ou
aonde você vai?
 Impede você de sair de casa, de ver ou falar com amigos ou parentes?
 Fica com seu dinheiro, faz você pedir dinheiro ou se recusa a dar dinheiro?
 Toma todas as decisões?
 Diz que você não é boa mãe, ameaça tirar as crianças de você ou
ameaça machucá-las?
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31
de de
PazSegurança da Mulher e Defesa da Cidadania/RJ em 2002
*Conteúdo retirado do folder produzido pela Subsecretaria
Você está sentindo medo do seu
companheiro ou da sua companheira?*
O seu parceiro (ou parceira):
 Sacode, esbofeteia ou bate em você?
 Destrói suas coisas, esconde seus documentos ou ameaça matar
seus animais?
 Intimida você com armas de fogo, facas ou outras armas?
 Quando agride não dá importância às agressões, diz que a culpa é
sua ou nega ter sido violento?
 Força a retirar a queixa quando você vai à polícia?
 Ameaça se suicidar?
 Ameaça matar você?
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32
de de
PazSegurança da Mulher e Defesa da Cidadania/RJ em 2002
*Conteúdo retirado do folder produzido pela Subsecretaria
FATORES ASSOCIADOS AO RISCO DE
UM HOMEM COMETER ABUSO CONTRA
A PARCEIRA
Relacionais
• conflito ou instabilidade no
casamento
Individuais
• excesso de bebida/drogas
• domínio masculino na
família
• depressão
• estresse econômico
• distúrbios de personalidade
• vida familiar precária
• pouca idade
• baixo rendimento escolar
• baixa renda
• ter sido vítima ou testemunhado a violência
quando criança
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33
FATORES ASSOCIADOS AO RISCO DE
UM HOMEM COMETER ABUSO CONTRA
A PARCEIRA
Comunitários
• Fracas sanções
comunitárias em relação à
violência doméstica
Sociais
• pobreza
• normas tradicionais de
gênero
• baixo capital social
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• normas sociais que
apóiam a violência
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FATORES DE RISCO PARA A
CRIANÇA
Individuais:
Idade
Casos fatais de abuso físico são muito
encontrados entre crianças muito novas. A maioria
das vítimas tem menos de 2 anos de idade.
Sexo
• Na maioria dos países as meninas correm mais riscos que os
meninos em relação a infanticídio, abuso sexual, negligência
educacional e nutricional e prostituição forçada.
• Em muitos países os meninos parecem correr mais risco de
receberem punições físicas severas, talvez devido a uma preparação
para os papéis e responsabilidades do adulto, ou ainda, por se
considerar que os meninos precisam de mais disciplina física.
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Outros fatores/características:
• Crianças separadas da mãe ao nascer por doença ou
prematuridade.
• Crianças prematuras, gêmeas, portadoras de deficiências
físicas, nascidas com má-formação congênita ou
doenças crônicas (retardo mental, anormalidades físicas,
hiperatividade).
• Crianças com falta de vínculo parental nos primeiros
anos de vida.
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36
Ligados à pessoa responsável pela
criança e características do ambiente
familiar
• Parece haver maior violência por parte das mães. No entanto, os
homens são os perpetradores mais comuns de lesões na cabeça,
que ameaçam a vida, fraturas abusivas e outros ferimentos fatais.
• Os perpetradores de abuso sexual, tanto para as vítimas do sexo
feminino quanto do sexo masculino, são predominantemente
homens.
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37
Ligados à pessoa responsável pela
criança e características do ambiente
familiar
• As mães solteiras pobres e jovens estão entre aquelas com mais
risco de utilizar a violência contra seus filhos.
• Pais/mães que cometem abusos físicos, geralmente, são:

Jovens

Solteiros

Pobres

Desempregados

Nível educacional inferior ao dos parceiros que não cometem abuso
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38
Outras fatores/características
encontradas referentes aos pais:
• Falta de habilidade para lidar com o estresse
• Expectativas não realistas em relação aos filhos
• Irritação e perturbação maiores em resposta aos estados
de humor e comportamentos de seus filhos
• São menos dedicados, afetuosos, brincalhões e
compreensivos
• São mais controladores e hostis
• Gravidez na adolescência sem suporte social
• Gravidez não planejada e/ou negada
• Gravidez de risco
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39
Outras fatores/características
encontradas referentes aos pais:
• Falta de acompanhamento pré-natal
• Múltiplos parceiros
• Ausência ou pouca manifestação positiva de afeto entre
pai/mãe/filhos
• Delegação à criança de tarefas parentais
• Estilo disciplinar rigoroso
• Pais exageradamente possessivos e/ou ciumentos em
relação aos filhos
KRUG, E. G. et al., eds. World report on violence and health. Geneva, World Health Organization, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência Intrafamiliar: orientação para
prática em serviço. Brasília: Ministério de Saúde, 2001
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