Saiba como interpretar imagens no
Enem
Desconsiderando gráficos, vetores,
estruturas químicas, figuras geométricas
e outros recursos visuais comuns
também em vestibulares tradicionais,
cerca de 20% das questões da edição do
ano passado tinham fotos, charges, tiras,
pinturas ou peças publicitárias. Em boa
parte dessas perguntas, a figura era mais
do que um elemento gráfico, tornando-se
uma peça-chave para a resposta certa.
Imagens também são textos, pois
dizem alguma coisa. Portanto, a
compreensão das figuras também
parte de alguns princípios usados
na leitura de palavras.
— Na leitura de um texto escrito, é
preciso prestar atenção ao
conjunto, saber quem é o autor, a
data da publicação e o período em
que foi feito. Para ler uma figura,
também devemos considerar o
todo, se é colorida ou em preto e
branco, o tipo de traço, se é
simples ou mais rebuscada —
Confira algumas dicas para não se atrapalhar na
hora de ler as figuras do Enem.
Fotos
> Fotografias registram um momento. Podem ser de
um fato que estava acontecendo ou mesmo
apresentar os personagens de forma posada.
> Se a imagem traz pessoas, busque pistas nas
expressões dos rostos para ter informações sobre
seu estado de espírito. Confira também as roupas,
para ter uma ideia da época e de quem são as
pessoas — alguns profissionais usam uniformes ou
vestimentas características.
> Frequentemente, as fotos trazem
dizeres, seja em cartazes ou placas
— não os ignore. Em fotos de
lugares, busque pistas na
paisagem. Às vezes, é possível
identificar períodos históricos ou
épocas do ano.
Pinturas
> Os períodos artísticos têm grande
vínculo com fatores históricos e sociais
da época em que se consolidam. Por
isso, para interpretar uma pintura, é
importante situá-la no tempo e no
espaço, sugere a professora de
desenho Luiza Abrantes:
— O estudante precisa saber de quando é a
obra e ter noção de quem é o autor para, então,
ver onde ela está inserida. Uma obra dos anos
1920 é uma coisa. Uma dos anos 1960 é outra.
> Ao identificar a época, o estudante deve
buscar referências do período. No início do
século 20, por exemplo, surgiram as vanguardas
europeias, influenciadas pela máquina e pela
guerra.
Charges
> Charges costumam estar relacionadas
a acontecimentos do cotidiano
contemporâneo. Em geral, trazem
algum tipo de crítica social, em tom
humorístico.
> O estudante que não está bem
informado sobre fatos recentes corre o
risco de não entender uma charge por
desconhecer o tema central dela.
Peças publicitárias
> Propagandas são criadas com um objetivo
claro: vender um produto ou uma ideia para
alguém. Procure identificar o que está sendo
vendido e qual é o público-alvo da peça
publicitária.
— É necessário ter em mente que o objetivo
de uma propaganda é convencer. A
publicidade sempre serve para abordar
funções da linguagens em uma prova — diz
Luísa Canella.
Tiras
> Também com forte foco no humor, as tiras trazem mais
elementos por apresentarem uma transição de ações, já
que estão organizadas em alguns quadrinhos. Podem ser
menos vinculadas a fatos recentes e costumam abordar
assuntos mais atemporais.
— Conhecer um pouco a obra de um autor ajuda na
compreensão, porque o estudante fica familiarizado com o
estilo. Quino (criador da personagem Mafalda), por
exemplo, tem temáticas recorrentes —
> Além do desenho, é fundamental o candidato ficar atento
aos diálogos: — É importante lembrar que os elementos
gráficos raramente mostram a resposta isoladamente, mas,
sim, em conjunção com o que está escrito —
Tipos de variações linguísticas
Estamos inseridos em um sociedade
dinâmica, a qual se transforma com o
passar do tempo e acaba transformando o
modo pelo qual as pessoas estabelecem
seus relacionamentos interpessoais. Um
bom exemplo de tais mudanças é a
linguagem dos internautas, que em meio a
tantas abreviações e neologismos termina
por criar um universo específico, no qual
somente os interlocutores são capazes de
decifrar o vocabulário por eles utilizado.
Partindo dessa prerrogativa, ocupemonos em discorrer acerca dos tipos de
variações que as línguas apresentam,
os quais dependem de fatores
específicos, tais como condição social,
faixa etária, diferenças existentes entre
uma região e outra, enfim...
Assim sendo, constatemos algumas
elucidações e casos representativos de
tais variações. Entre elas, destacamos:
Variações diafásicas
Representam as variações que se
estabelecem em função do contexto
comunicativo, ou seja, a ocasião é que
determina a maneira como nos
dirigimos ao nosso interlocutor, se
deve ser formal ou informal.
Variações diatópicas
São as variações ocorridas em razão
das diferenças regionais, como, por
exemplo, a palavra “abóbora”, que
pode adquirir acepções semânticas
(relacionadas ao significado) em
algumas regiões que se divergem
umas das outras, como é o caso de
“jerimum”, por exemplo.
Variações diastráticas
São aquelas variações que ocorrem em
virtude da convivência entre os grupos
sociais. Como exemplo podemos citar
a linguagem dos advogados, dos
surfistas, da classe médica, entre
outras.
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Saiba como interpretar imagens no Enem aula 2