: PREPOSIÇÃO "A" A(S) ARTIGO AQUELE(S) AQUELA(S) AQUILO PRONOMES DEMONSTRATIVOS A PRONOMES DEMONSTRATIVOS DEFININDO : Crase é a fusão de vogais idênticas. Ao contrário do que se pode imaginar, a crase não é acento, e sim superposição/junção de a (artigo) + a (preposição). O acento grave ( ` ) é quem marca esta crase (mistura/junção). Casos em que ocorre a crase I. A (preposição) + aquele(s),aquela(s),aquilo (pronome demonstrativos) = àquele(s), àquela(s), àquilo Ex.: Referiam-se àquele livro recomendado pelo professor de português. └ quem se refere se refere a alguém ou a alguma coisa = referiam-se a + aquele II. A (preposição) +a(s) (pronome demonstrativo) = à(s) Eu me refiro à que foi primeira colocada no concurso. quem se refere se refere a alguém = refiro-me a + a Praticando ... I. Minha casa é semelhante a do deputado Jair. II. Informei aquela menina de vestido estampado o que havia ocorrido. III. Informei a de vestido estampado o ocorrido. IV. Fomos aquele museu famoso. V. Conheço aquela menina de vestido estampado. VI. Dei o recado a que estava na direção. III - A (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) Hora de ir à escola! (Escola é precedida pelo artigo definido feminino a) └ verbo ir exige a preposição a; quem vai, vai a algum lugar. IV – A (preposição) + a qual, as quais (pronome relativo) = à qual, às quais A explicação à qual tenho direito finalmente me foi dada pelo mestre. └ O nome direito exige a preposição “a”, que se aglutina com a qual (pronome relativo), formando à qual V - Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas em que aparece a ou as Adverbiais( que indicam tempo e modo) – à noite, à tarde, à toa, às pressas ... Prepositivas – à procura de, à direita de, à custa de, à beira de Conjuntivas –(Proporção)à medida que, à proporção que,à maneira que Exs.: - Um policial à paisana trocou tiros com três homens. - Cheguei às cinco horas da tarde. - Entre à direita na próxima rua. - À medida que estudo, mais entendo a matéria. CUIDADO!!! As locuções com valor semântico de MEIO ou INSTRUMENTO não recebem acento indicativo de crase. Exs.: - Costumo escrever a caneta.(instrumento) - Não gosto de comprar a prestação.(meio) * Sinal de adverbiação (não é crase) • É usado para evitar ambiguidade: Exemplo: Hoje ele comeu a italiana.??? Hoje ele comeu à italiana.(= à moda italiana) Vendemos a vista.(vendemos a visão)??? Vendemos à vista.(Oposto de a prazo) Mudança de sentido: Cheirar a gasolina. (inalar) Cheirar à gasolina. (exalar) Matar a fome. (saciar) Matar à fome.(deixar morrer) VI- Nos casos de indicação de hora exata e intervalos. Saiu às 7 horas, chegou à 1 hora... A paralisação será das 08h às 18h. Estude da página 2 à 18. Ficou fora do meio-dia à meia-noite. EXCEÇÕES -Intervalos em que haja apenas preposição [de], [desde], [entre], [após] As portas serão abertas após as 7h30. As estradas estão fechadas desde a 0h de Sábado. Tomar banho na praia somente entre as 6h e as 10h. Não estarei em casa de 3 a 22 de junho. Te amarei de janeiro a janeiro. VII- Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda não venha explícita. Comi uma pizza à moda da casa. Usam sapatos à (moda de) Luís XV. Comemos um bife à parmegiana. CUIDADO!!! Comemos um bife a cavalo. Comemos frango a passarinho. Casos Facultativos I- Diante de nomes próprios femininos. Refiro-me à/a Viviane. Respondo à/a Meire. II- Diante de pronomes possessivos no feminino. Apresentei-o a/à minha amiga. III- Depois da preposição até: Fui até a/à praia. CUIDADO! Só haverá crase facultativa se o verbo da frase pedir a preposição “a” Conheço até a mãe do Joaquim. Diante de Pronomes Regra: Não ocorre acento indicativo de crase antes de pronomes pessoais, demonstrativos, indefinidos, e expressões de tratamento, pois não admitem artigo. Observem : Refiro-me a ti -> Refiro-me a Ø ti. Dirigi-me a ela -> Dirigi-me a Ø ela. Apresento-o a você -> Apresento-o a Ø você. Venha a nós o Vosso Reino -> Venha a Ø nós o Vosso Reino. Respondo a Vossa Senhoria -> Respondo a Ø Vossa Senhoria. Não me referi a esta carta -> Não me referi a Ø esta carta. Direi a qualquer pessoa -> Direi a Ø qualquer pessoa. Refiro-me a uma pessoa educada -> Refiro-me a Ø uma pessoa educada. OBS.: Os únicos pronomes de tratamento que admitem crase antes de si são dona, senhora e senhorita . Meus respeitos à senhorita Valquíria Fontes“ Recordando: com os possessivos femininos é facultativo. Apresentei-o a / à minha tia. Dirigi a palavra a / à nossa prima. Refiro-me a / à tua mãe. MESMA,PRÓPRIA e OUTRA - admitem artigo antes de si Não diga nada às outras. Assistimos sempre às mesmas cenas. Nomes de Lugar (topônimos) Vou à França. (Vim da França. Estou na França.) Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.) Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.) ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. Casa/ terra/distância Sem determinante – não ocorre crase Os alunos chegaram a casa cansados. Após vários dias no mar, voltei a terra. Alguns alunos estudam a distância. Com determinante – ocorre crase Celina chegou à casa de seus pais. Fomos à terra prometida. * Os astronautas voltarão à Terra em 2018. Antônio observava a briga à distância segura. Praticando ... I. Prefiro macarronada a feijoada. II. O projeto, elaborado pelo governo, refere-se a educação, saúde e habitação. III. A lei será aplicada a determinada pessoa. IV. Voltei a Venezuela. V. Visitei a Alemanha. VI. As crianças observavam os animais a uma certa distância. Não há crase : 1. Antes de verbos Visando a garantir minha vaga no concurso não errarei mais crase. 2. Antes do artigo indefinido “uma” Ele foi a uma excursão. 3. Antes de substantivos masculinos Vamos conhecer a fazenda a cavalo. Obs.: Escreve à Eça de Queiroz. 4. Diante de substantivos no plural Não gosto de ficar próximo a pessoas que conversam demais! 5. Substantivos que se repetem ( gota a gota, cara a cara, dia a dia, frente a frente, ponta a ponta) Tomei o remédio gota a gota. Mas ... É preciso declarar guerra à guerra! É preciso dar mais vida à vida! Praticando ... I. A questão a qual aludimos precisava de análise. II. Estas são as leis as quais devemos obedecer. III. A peça a qual vimos foi muito elogiada pela crítica. IV. Informei a direção do colégio, na ocasião do ocorrido, sobre a possibilidade de exclusão do aluno. V. Impossível resistir a lasanha de minha mãe. VI. O barco ficou a deriva até ser resgatado. VII. Aquela hora da manhã, já se ouvia o som das maritacas. 1 - “... e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.” Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de crase em destaque na frase acima, está correto o seu emprego em : a. b. c. d. e. e chegou à uma conclusão totalmente inesperada; e chegou então à tirar conclusões precipitadas; e chegou à tempo de ouvir as conclusões finais; e chegou finalmente à inevitável conclusão; e chegou à conclusões as mais disparatadas. 2- Não deixa de ser paradoxal o fato de o crescimento da descrença, que parecia levar ... uma ampliação da liberdade, ter dado lugar... escalada do fundamentalismo religioso,... que se associam manifestações profundamente reacionárias. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: a. a – à – a; b. à – a – a ; c. a – a – à ; d. à – à - a ; e. a – à – à . 3-Do mesmo modo que no segmento ameaça à paz e à segurança, o sinal de indicativo de crase também está corretamente empregado em: a. O mais grave foi a ameaça à integridade física da vítima. b. A crise econômica ameaça à preservação do acervo de vários museus. c. Certos animais reagem agressivamente a ameaças à seus interesses. d. Houve ameaça à grupo de manifestantes presos durante protesto. e. A censura ameaça à liberdade de criação. 4-É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em: a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o que está vendo. b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar. c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos. d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos. e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.