MINHA BÍBLIA EM ORDEM
CRONOLÓGICA
ACADEMIA BÍBLICA
2010
Sergio Paulo Severo de Souza Diniz
Organograma do curso
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1. Introdução ao tema
2. Estrutura da Bíblia
3. Divisão dos livros da Bíblia
4. A Inspiração da Bíblia
5. Canonicidade
6. A Bíblia dentro da linha do tempo e da história
7. As línguas e os materiais da Bíblia
8. OS principais manuscritos da Bíblia
9. Traduções e Bíblias
10. A Bíblia em português
11. Organização cronológica da Bíblia
Referências Bibliográficas
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1. A Bíblia, em sua diferentes versões
2. A Bíblia em Ordem Cronológica (NVI), Ed.
Vida, organizadores: Edward Reese e Frank
Klassen. 2003
3. Introdução Biblíca (como a bíblia chegou
até nós). Norman Gleisler e William Nix. Ed.
Vida, 2006.
4. Conhecendo minha Bíblia – Antigo Testamento.
Ralph W. Neighbour, jr. Minist. Igreja em Células,
Curitiba, 1991.
1. INTRODUÇÃO
• A Bíblia – livro singular – sendo o produto do mundo oriental
antigo, mas moldou o mundo ocidental moderno.
• A Bíblia – como ela se originou.....
• A Bíblia – quando e como assumiu sua forma atual....
• Originalmente era o nome dado à casca de um papiro
do século XI a.C.
• Por volta do século II d.C., os cristãos usavam a palavra para
designar seus escritos sagrados.
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Introdução
• 1.1 A Estrutura da Bíblia
• A palavra Bíblia (livro) entrou para as línguas
modernas por intermédio do francês, passando
primeiro pelo latim bíblia, com origem no grego
biblos.
• Originalmente era o nome dado à casca de um
papiro do século XI a.C.
• Por volta do século II d.C., os cristãos usavam a
palavra para designar seus escritos sagrados.
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Introdução
1.2 A Divisão da Bíblia
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• Bíblia 2 partes principais: Antigo Testamento e Novo Testamento
• Antigo testamento: escrito pela comunidade judaica
• Novo Testamento: composto pelos discípulos de Cristo ao longo
do século 1 d.C.
• A palavra Testamento = aliança, pacto, acordo
• No caso da Bíblia, temos a Aliança antiga, celebrada por DEUS e
seu povo, os judeus e o
• Pacto novo, celebrado entre DEUS e os cristãos.
• A unidade existente ente o Antigo e Novo testamento é
assegurado pela pessoa de Jesus Cristo.
Introdução
• Agostinho dizia que o Novo Testamento achase velado no Antigo Testamento, e o Antigo,
revelado no Novo.
• Assim Cristo se esconde no Antigo
• Testamento e é desvendado no Novo
Testamento.
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Livros do Antigo Testamento
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A lei (Pentateuco) – 5 livros
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Antigo Testamento
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História – 12 livros
Josué
Juízes
Rute
I Samuel
II Samuel
I Reis
II Reis
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester
Antigo Testamento
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Poesia – 5 livros
Jó
Salmos
Provérbios
Eclesiastes
O Cântico dos Cânticos
Antigo Testamento
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Profetas – 17 livros
Maiores
Isaías
Jeremias
Lamentações
Ezequiel
Daniel
Antigo Testamento
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Profetas Menores
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
Livros do Novo Testamento
• Os Evangelhos
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Mateus
Marcos
Lucas
João
Novo Testamento
• História
• Atos dos Apóstolos
Novo Testamento
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Epístolas
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Novo Testamento
Epístolas
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Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemom
Novo Testamento
Epístolas
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Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Novo Testamento
• Profético
• Apocalipse
Os livros da Bíblia em sua divisão
• A divisão do Antigo Testamento em 4 seções
baseia-se na disposição dos livros por tópicos,
com origem na tradução das Escrituras Sagradas
para o grego. Essa tradução, conhecida como
Versão dos septuaginta (LXX), iniciara-se no
século III a.C.
• A Bíblia (AT) hebraica não segue essa divisão
tópica dos livros, em quatro partes, antes
emprega-se uma divisão de 3 partes, baseada na
posição oficial de seu autor.
Divisão do Antigo Testamento
Hebraico
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A lei (Tora)
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Divisão do Antigo Testamento Hebraico
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• Os profetas
(Nebhiim)
A. Profetas anteriores
1. Josué
2. Juízes
3. Samuel
4. Reis
Divisão do Antigo Testamento
Hebraico
• B. Profetas posteriores
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1. Isaías
2. Jeremias
3. Ezequiel
4. Os doze
Divisão do Antigo Testamento
Hebraico
• Os Escritos (Kethubhin)
• A. Livros Poéticos
• 1. Salmos
• 2. Provérbios
• 3. Jó
Divisão do Antigo Testamento
Hebraico
• B. Cinco Rolos (Megilloth)
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1. Cântico dos cânticos
2. Rute
3. Lamentações
4. Ester
5. Eclesiastes
Divisão do Antigo Testamento
Hebraico
• Livros Históricos
• 1. Daniel
• 2. Esdras-Neemias
• 3. Crônicas
A Bíblia analisada por seu tema central
– Jesus Cristo
• Antigo Testamento:
• Lei
- Fundamento da chegada de Cristo
• História - Preparação para a chegada de
Cristo
• Poesia
- Anelo pela chegada de Cristo
• Profecia - Certeza da chegada de Cristo
A Bíblia analisada por seu tema central
– Jesus Cristo
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Novo Testamento:
Evangelhos - Manifestação de Cristo
Atos
- Propagação de Cristo
Epístolas
- Interpretação e aplicação de
Cristo
• Apocalipse - Consumo em Cristo
II AULA
• Resumo da I Aula
II AULA
• Capítulos e versículos da Bíblia
• As Bíblias mais antigas não eram divididas em
capítulos e versículos.
• As divisões foram feitas para facilitar a tarefa de citar
as Escrituras
• Foi Stephen Langton, professor da Universidade de
Paris e mais tarde arcebispo de Cantuária, quem
dividiu a Bíblia em capítulos em 1277.
• Entre 1551 e 1555, Robert Stephanus, impressor
parisiense, acrescentou a divisão em versículos.
A Inspiração da Bíblia
• A característica mais importante da Bíblia não é sua
estrutura e forma, mas o fato de ter sido inspirada
por DEUS.
• Essa inspiração difere da inspiração poética, a Bíblia
é singular, ela foi literalmente soprada por DEUS.
• A palavra Inspiração é apenas usada 2 vezes na
Bíblia: No AT – Jó 32:8 no NT – 2 Tim. 3:16
A Inspiração da Bíblia
• A Inspiração – Uma definição teológica
• Na única vez que o Novo Testamento usa a
palavra inspiração, ela se aplica aos escritos,
não aos escritores.
• A Bíblia é inspirada, e não seus autores
humanos.
A Inspiração da Bíblia
• Os 3 elementos essenciais no processo de inspiração, são:
• Causalidade divina – DEUS é a fonte primordial da inspiração
da Bíblia.
• Mediação profética – DEUS usou personalidades humanas, os
profetas, para comunicar proposições divinas. Os profetas
foram a causa imediata dos textos escritos, mas DEUS foi a
causa principal.
• Autoridade escrita - o produto final da autoridade divina em
operação por meio dos profetas, como intermediáriox de
DEUS, é a autoridade escrita de que se reveste a Bíblia.
A Inspiração da Bíblia
• A escritura “é divinamente inspirada e proveitosa
para ensinar, repreender, corrigir, e para instruir em
justiça”.
• Em suma, a definição adequada de inspiração precisa
ter 3 fatores fundamentais:
• - DEUS, o causador original, os homens de DEUS, que
serviram de instrumentos, e a autoridade escrita, ou
as Sagradas escrituras, que formam o produto final.
A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO
• Inspiração = primeiro elo da cadeia
comunicativa de DEUS para nós.
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As várias teorias a respeito da Inspiração
1. Visão da ortodoxia
2. Visão modernista
3. Visão da neo-ortodoxia
A natureza da Inspiração
• 1. Visão ortodoxa – a Bíblia é a palavra de
DEUS.
• 2. Visão modernista – a Bíblia contém a
palavra de DEUS.
• 3. Visão neo-ortodoxa – a Bíblia torna-se a
palavra de DEUS quando a pessoa tem um
encontro pessoal com DEUS em suas páginas.
O que a própria Bíblia ensina a respeito de
sua Inspiração
• 1. A Inspiração é verbal - o próprio livro reivindica
para si mesmo a Inspiração verbal:
• 2 Tm. 3:16 – declara que as graphã, i.e., os textos é
que são inspirados.
• Ex. 24:4 – “Moisés escreveu todas as palavras
Senhor”.
• Is. 30:8 – O Senhor ordenou a Isaías que escrevesse
a mensagem eterna de DEUS.
• Jr. 26:2 – Jeremias recebeu a ordem, não te esqueças
de nenhuma palavra.
O que a própria Bíblia ensina a respeito de sua
Inspiração
• 2. A Inspiração é plena – a Bíblia reivindica a
inspiração divina de todas as suas partes.
• 2 Tm. 3:16 – “Toda a Escritura é divinamente
inspirada.....
• Rm. 15:4 – “tudo o que outrora foi escrito,
para nosso ensino foi escrito”.
O que a própria Bíblia ensina a
respeito de sua Inspiração
• 3. A inspiração atribui autoridade – a inspiração
concede autoridade indiscutível ao texto ou
documento escrito.
• Jo 10:35 – disse JESUS “a Escritura não pode ser
anulada....”
• Mc 11: 17 – JESUS recorreu às escrituras para
como a autoridade para purificar o templo.
• Mt 4: 4,7,10 – JESUS contra atacou as tentações
de satanás com a Palavra de DEUS escrita.
O que a própria Bíblia ensina a respeito de
sua Inspiração
• Outras afirmativas de JESUS sobre a
autoridade da palavra:
• Lc 24: 44 – “era necessário que se cumprisse
tudo o que de mim estava escrito na lei
Moisés, nos profetas e salmos”
• Lc 16: 17 – “É mais fácil passar o céu e a terra
do que cair um til sequer da lei”
O que a própria Bíblia ensina a
respeito de sua Inspiração
• Concluindo podemos dizer:
• A Palavra de DEUS, a Bíblia, não pode
ser anulada. Provém de DEUS e está
envolta na autoridade divina que o
próprio DEUS lhe concedeu.
A Minha Bíblia em Ordem Cronológica
•
TERCEIRA AULA
CANONICIDADE
• Conceito e características da canonicidade
• A Canonicidade é o estudo que trata do
reconhecimento e da compilação dos livros que nos
foram dados por inspiração de DEUS.
Canonicidade
• Definição de canonicidade
• A palavra cânon deriva do grego Kanõn (“cana, régua”), que
por sua vez, se origina do hebraico Kaneh, palavra do Antigo
Testamento que significa “vara ou cana de medir” (Ez. 40:3).
• Em época anterior ao cristianismo, essa palavra era usada de
modo mais amplo, significando padrão ou norma.
• O Novo Testamento emprega o termo em sentido figurado,
referindo-se a padrão ou regra de conduta (Gl. 6:16).
Canonicidade
• A palavra cânon aplicava-se à Biblia tanto no
sentido ativo como passivo:
• Sentido ativo – a Bíblia é o cânon pelo qual
tudo o mais deve ser julgado.
• Sentido passivo – canon significa a regra ou
padrão pelo qual um escrito deveria ser
julgado inspirado ou dotado de autoridade.
Canonicidade
• Alguns sinônimos de canonicidade
• A comunidade judaica coligiu e preservou as
Escrituras sagradas desde o tempo de Moisés.
Portanto, a existência de um cânon ou coleção
de escritos autorizados antecede o uso do
termo cânon.
Canonicidade
• Escrituras Sagradas – um dos conceitos mais antigos
de cânon foi o de escritos sagrados. O fato de os
escritos de Moisés serem considerados sagrados se
demonstra pelos mesmos serem guardados, ao lado
da arca da aliança (Dt. 31: 24-26).
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• Após a edificação do templo, esses escritos foram
preservados em seu interior (II Rs. 22:8). Portanto,
eram tidos como canônicos.
Canonicidade
• Escritos autorizados – a canonicidade das escrituras também
é designada autoridade divina. A autoridade dos escritos
mosaicos foi salientada perante Josué e perante Israel (Js.
1:8). Todos os reis de Israel foram exortados a esse respeito
(Dt. 17: 18-19).
• Visto que esses livros vieram da parte de DEUS, vieram
revestidos de sua autoridade, logo eram canônicos, i.e.,
normativos, para o crente israelita.
Canonicidade
• Livros proféticos – determinado livro só era
considerado inspirado se escrito por um
profeta, ou porta-voz de DEUS. Segundo
Josefo (sec. I d.C.), só os livros que haviam
sido redigidos durante o período profético, de
Moisés até o rei Artaxerxes, podiam ser
canônicos. Assim sendo, foram considerados
canônicos os livros de Moisés a Malaquias,
pois esses foram escritos em sucessão
profética.
Canonicidade
• Princípios da canonicidade – são discerníveis 5
critérios básicos quanto à canonicidade:
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1- autoridade do livro
2- autoridade profética do livro
3- confiabilidade de um livro
4- natureza dinâmica de um livro
5- aceitação de um livro
Canonicidade
• 1- Autoridade do livro – “assim diz o Senhor”
Canonicidade
• 2- Autoridade profética do livro – os livros
proféticos só foram produzidos pela atuação
do Espirito Santo, que moveu alguns homens
conhecidos como profetas (II Pe. 1: 20-21).
Todos os autores bíblicos tinham dom
profético (Hb. 1:1)
Canonicidade
• 3- Confiabilidade de um livro – um outro sinal
característico da inspiração é ser um livro
digno de confiança. Os crentes de Beréia
aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram
as escrituras, para verificar se o apóstolo
estava ensinando em conformidade.
Canonicidade
• 4- Natureza dinâmica de um livro – ou seja, a
capacidade do texto em transformar vidas,
conforme Hb. 4:12.
• 5- Aceitação de um livro – a marca final de
um documento escrito autorizado é seu
reconhecimento pelo povo de DEUS ao qual
originalmente havia sido destinado.
DESENVOLVIMENTO DO CÂNON DO
ANTIGO TESTAMENTO
• Não existem dados suficientes para compor a
história completa da formação do cânon do
Antigo Testamento.
• Mas, existem dados
disponíveis que
permitem traçar um esquema global e ilustrar
alguns elos de vital importância.
DESENVOLVIMENTO DO CÂNON DO
ANTIGO TESTAMENTO
• O
primeiro
fator
relevante
no
desenvolvimento do cânon do AT foi a
coleção progressiva dos livros proféticos.
• Tais livros foram preservados como escritos
divinos autorizados.
•
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Desde o início, os livros proféticos foram
reunidos pelo povo de DEUS e reverenciados
como escritos sagrados, autorizados, de
inspiração divina.
• As leis de Moisés foram preservadas ao lado
da arca no tabernáculo de DEUS (Dt 31: 2426) e depois no templo (2Rs. 28;8).
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Josué acrescentou suas palavras “no livro da
lei de DEUS” (Js. 24:26).
• Samuel informou os israelitas a respeito dos
deveres de seu rei “e escreveu-o num livro, e
o pôs perante o Senhor (1Sm. 10:25).
• Samuel cuidava de uma escola de profetas,
cujos alunos eram chamados filhos dos
profetas (1Sm 10:25).
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Ezequiel cita a existência de um registro
oficial de profetas e seus escritos no templo
(Ez. 13:9).
• Daniel refere-se aos “livros” que continham a
“lei de Moisés’ e os “profetas” (Dn.9: 2,6,11).
• Os autores dos livros de Reis e Crônicas
estavam cientes da existência de muitos
livros escritos pelos profetas que narravam
toda a história anterior ao exílio.
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Os livros de Moisés são citados por todo o
Antigo Testamento, desde Josué (Js 1:70 até
Malaquias (Ml. 4:4)
• Em Juízes 1: 1, 20,21 e 2:8), há referência a
Josué e aos acontecimentos narrados em seu
livro.
• Os livros de Reis citam a vida de Davi
conforme narrada nos livros de Samuel (1Rs.
3:14; 5:7; 8:16; 9:5).
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Crônicas faz um revisão da história de Israel
registrada desde Gênesis até Reis, incluindose o elo genealógico mecionado apenas por
Rute (1Cr. 2:12,13).
• Neemias cap. 9 resume a história de Israel, de
Gênesis a Esdras.
• Um dos Salmos de Davi, o salmo 18, está
registrado em 2 Sm 22.
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Há referências aos Provérbios de Salomão e
ao Cântico dos Cânticos em 1 Reis 4:32.
• Daniel cita Jeremias 25 (Dn. 9:2).
• O profeta Jonas recita parte de muitos
salmos (Jn. 2). Ezequiel menciona Jó e Daniel
(Ez 14: 14,20).
A evidência da coleção progressiva de livros
proféticos
• Nem todos os livros de determinada época
são mencionados em livros de época
posterior, mas há menções suficientes para
demonstrar que existia uma coleção
crescente de livros divinamente inspirados,
dotados da autoridade divina, de que os
profetas subseqüentes faziam uso, citando-os
em suas profecias.
A evidência da continuidade profética
• Cada profeta que surgia ligava sua história aos
elos da história existente, narrada pelos seus
predecessores, formando uma corrente contínua
de livros.
• Em Dt. 34, está registrado o sepultamento de
Moisés. Entende-se que Josué, sucessor de
Moisés tenha registrado a morte de Moisés. O
primeiro versículo do livro de Josué está ligado a
Deuteronômio: “Depois da morte de Moisés,
servo do Senhor, disse o Senhor a Josué, filho de
Nun..”.(Js. 1:1).
A evidência da continuidade profética
• Juízes retoma o texto final de Josué, dizendo:
“Depois da morte de Josué, os filhos de Israel
perguntaram ao Senhor.”..(Jz. 1;1).
• Todavia, o registro não ficou completo senão
nos dias de Samuel. Isso se demonstra
repetidamente pela declaração: “Naqueles
dias não havia rei em Israel” (Jz. 17:6, 18:1,
19:1, 21:25).
A evidência da continuidade profética
• A partir de então, a continuidade profética se
estabeleceu mediante uma escola dirigida
por Samuel (1 Sm: 19:20). Dessa escola
haveria de surgir uma série de livros
proféticos que cobririam toda a história dos
reis de Israel e Judá, vejamos alguns
exemplos:
•
A evidência da continuidade profética
1- A história de Davi foi escrita por Samuel (I
Sm. 16: 12-23), por Natã e por Gade (1Cr
29:29).
2- A história de Salomão foi registrada pelos
profetas Natã, Aías e Ido (2 Cr 9:29).
3- Os atos de Roboão foram escritos por
Semaías e por Ido (2 Cr 12:15).
4- A história de Abias foi acrescentada pelo
profeta Ido (2 Cr. 13:22)
A evidência da continuidade profética
5- A história do reinado de Josafá foi registrada
pelo profeta Jeú (2 Cr 20:34).
6- A história do reinado de Ezequias foi registrada
por Isaías (2 Cr 32:32).
7- A história do reinado de Manassés foi registrada
por profetas anônimos (2 Cr 33:19).
8- Os demais reis também tiveram suas histórias
narradas pelos profetas (2 Cr. 35:27).
A evidência da continuidade profética
• É interessante ressaltar que não houve
menção de Jeremias, o qual escreveu antes
do exílio judaico e durante esse exílio, ter
escrito uma dessas histórias.
• Jeremias era um profeta escritor, como
mostram
seus
livros
(Jeremias
e
Lamentações) e como ele claramente afirma
em muitas ocasiões (Jr 30:2; 36:1,2; 45: 1,2;
51: 60,63).
A evidência da continuidade profética
• Jeremias, dispunha de um secretário, o
escriba Baruque que escrevia nos rolos o que
Jeremias ditava (Jr 36:17-18; 45:1).
• Um estudo mais detalhado do livro de
Jeremias com seus correspondentes no livro
dos Reis leva alguns estudiosos a suporem
que Jeremias seria o autor também do livro
de Reis. P. ex. Jr. 39:1-7; 52:1-11, corresponde
a fatos relatados em 2 Rs. 24:18-20; 25: 1-7).
A evidência da continuidade profética
• Mais tarde, no exílio Daniel afirma ter tido
acesso aos livros de Moisés e dos profetas –
menciona não só Jeremias (Dn. 9:2,6,11).
• Assim, a continuidade dos profetas a partir
de Moisés, Josué e Samuel se completaria
com as obras de Jeremias.
A evidência da continuidade profética
• Durante o exílio, Daniel e Ezequiel
continuaram o ministério profético. Ezequiel
reconheceu um registro oficial de profetas
nos arquivos do templo (Ez. 13:9).
• Visto que Daniel possuía uma cópia dos livros
de Moisés e dos profetas, dos quais o livro de
Jeremias, logo a comunidade judaica no exílio
babilônico possuía os livros de Gênesis a
Daniel.
A evidência da continuidade profética
• Depois do exílio, Esdras, o sacerdote, voltou
da Babilônia levando consigo os livros de
Moisés e dos profetas (Ed. 6:18; Ne. 9: 14, 2630).
• Nos livros de Crônicas Neemias registrou seu
relato sacerdotal da história de Judá e do
templo (Ne. 12:23).
A evidência da continuidade profética
• Crônicas está ligado a Esdras-Neemias pela
repetição do último versículo de um, como os
primeiros versículos do outro. (II Cr. 36:23
com Ed. 1:1-2).
A evidência da continuidade profética
• Com Neemias (400 aC.) completa-se a
cronologia profética. Cada profeta, desde
Moisés até Neemias, contribuiu para a
coleção sempre crescente de livros, que fora
preservada pela comunidade dos profetas a
partir de Samuel.
A evidência da continuidade profética
• Até agora não existem evidências de
que outros livros, chamados escritos,
houvessem alcançado canonização
depois dessa época (400 a.C.)
A evidência da continuidade profética
• Assim registra o Talmude:
• “Depois dos últimos profetas, Ageu, Zacarias
e Malaquias, o Espírito Santo apartou-se de
Israel”.
• Portanto, a sucessão de profetas se encerrou
com Malaquias nos dias de Neemias.
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
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A Família Escolhida
2166 a.C.
Nascimento de Abraão
2091
Abraão vai para Canaã
2066
Sara dá à luz Isaac
2050
Abraão oferece Isaac em sacrifício
2006
Rebeca da à luz Jacó e Esaú
1991
Morte de Abraão
1915
Raquel dá à luz José
1898
José é vendido ao Egito
1886
Morte de Isaac
1876
Jacó e sua família se estabelecem no Egito
1859
Morte de Jacó
1805
Morte de José
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
• A Libertação
• 1526 a.C
Nascimento de Moisés
• 1446
O êxodo, travessia do Mar Vermelho
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
• A Terra Prometida
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1406 a.C.
1375
1375-1050
1209-1169
1162-1122
1105
1075-1055
Morte de Moisés, Josué nomeado líder
Israelitas chegam a Canaã
Morte de Josué
Período dos juízes
Débora
Gideão
Nascimento de Samuel
Sansão
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QUARTA AULA
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
• A Era dos Reis
• 1050-1010 a.C.
• 1010-970
• 970-930
Rei Saul
Rei Davi
Rei Salomão
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
• Israel
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930-909 a.C.
875-848
874-853
848-797
760-750
750-715
722
Rei Jeroboão I
Elias
Rei Acabe
Eliseu
Amós
Oséias
Queda do reino do norte
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
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Judá
930-913 a.C.
872-848
740-681
715-686
697-642
640-609
Rei Reboão
Rei Josafá
Isaías
Rei Ezequias
Rei Manassés
Rei Josias
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA BÍBLICA
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697-642
640-609
626-585
609-598
605-530
597-586
593-571
586
Rei Manassés
Rei Josias
Jeremias
Rei Joaquim
Daniel
Rei Sedecias
Ezequiel
Queda de Jerusalém
A Extensão do Cânon do Antigo
Testamento
• Homologoumena: os livros aceitos por todos
• Antilegomena: os livros aceitos que em
determinada ocasião tivessem sido questionados
por alguns.
• Pseudepígrafos: os livros rejeitados por todos.
• Apócrifos: os livros aceitos por alguns.
A Extensão do cânon do AT
• Livros aceitos por todos – Homologoumena
• 34 dos 39 livros do Antigo Testamento podem
ser classificados como homologoumena.
• Os 5 livros exclusíveis seriam Cântico dos
Cânticos, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e
Provérbios.
• No entanto nenhum desses livros foi alvo de
objeções sérias.
A Extensão do cânon do AT
• Livros rejeitados por todos –
Pseudepígrafos
• Numerosos
documentos
religiosos
espúrios que circulavam entre a antiga
comunidade judaica são conhecidos
como pseudepígrafos. Nem tudo que
consta nesses textos é falso.
Livros rejeitados por todos –
Pseudepígrafos
• Os livros Pseudepígrafos do AT contêm
os extremos da fantasia religiosa judaica
expressos entre 200 a.C. e 200 d.C
A Extensão do cânon do AT
• Alguns desses livros são inofensivos,
teologicamente (p. ex., Salmo 151).
• Outros contêm erros históricos e claras
heresias.
• O total dos livros pseudepígrafos é de 17.
Lista dos livros Pseudepígrafos
• Lendários
•
•
•
•
•
O livro do jubileu
Epístola de Aristéias
O livro de Adão e Eva
O martírio de Isaías
Lista dos livros Pseudepígrafos
• Apocalípticos
•
•
•
•
•
•
•
I Enoque
Testamento dos doze patriarcas
O oráculo sibilino
Assunção de Moisés
II Enoque, ou O livro dos segredos de Enoque
II Baruque, ou O apocalipse siríaco de Baruque
III Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque
Lista dos livros Pseudepígrafos
• Didáticos
•
•
•
•
III Macabeus
IV Macabeus
Pirque Abote
A história de Aicar
Lista dos livros Pseudepígrafos
• Poéticos
• Salmos de Salomão
• Salmo 151
• Históricos
• Fragmentos de uma obra de Sadoque
Livros questionados por alguns –
Antilegomena
• A canonicidade de 5 livros do AT foi
questionada numa ou noutra época por
algum mestre do judaísmo:
• Cântico dos Cânticos
• Eclesiastes
• Ester
• Ezequiel
• Provérbios.
Livros questionados por alguns –
Antilegomena
• Os Questionamentos:
• CÂNTICO DOS CÂNTICOS – estudiosos acham
o textos carregados de sensualidade.
Livros questionados por alguns –
Antilegomena
• ECLESIASTES – a objeção que às vezes é atirada
contra esse livro é que ele parece cético.
• “Vaidade
das
vaidades....tudo
é
vaidade!......nada há novo debaixo do sol.....na
muita sabedoria há muito enfado; o que
aumenta o conhecimento aumente a tristeza”
(Ec. 1. 2,9,18). Se olharmos mais atentamente,
verificaremos que esse livro não é cético, pois
conclui, “Teme a DEUS, e guarda os seus
mandamentos, pois isto é todo o dever do
homem (Ec 12.13).
Livros questionados por alguns –
Antilegomena
• ESTER – em vista da ausência do nome de
DEUS nesse livro, alguns pensaram que ele
não fosse inspirado.
Livros Apócrifos aceitos por alguns
• Esses livros são aceitos pelos católicos
romanos como canônicos e rejeitados
pelos protestantes e judeus.
Livros Apócrifos aceitos por alguns
• A palavra apocrypha no grego clássico,
significava “oculto’ ou “difícil de entender”.
• Desde a era da Reforma, essa palavra é usada
para denotar os escritos judaicos nãocanônicos originários do período
intertestamentário
Livros Apócrifos aceitos por alguns
• A natureza e número dos apócrifos do Antigo
Testamento
• Há 15 livros apócrifos (14 se a Epístola de
Jeremias se unir a Baruque – na versão
católica de Douai).
• Com exceção de 2 Esdras, esses livros
preenchem a lacuna existente entre
Malaquias e Mateus.
Livros Apócrifos aceitos por alguns
• Os livros apócrifos do AT testamento
tem recebido diferentes graus de
aceitação pelos cristãos.
Livros Apócrifos aceitos por alguns
• A maior parte dos protestantes e dos judeus
aceita que tenham valor religioso e histórico,
embora não tenham autoridade canônica.
• Os católicos romanos desde o Concílio de
Trento (1546) têm aceito esses livros como
canônicos. Agostinho (354-430), elevou os
apócrifos a categoria de canônicos.
Relação dos Livros Apócrifos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Gênero do livro
Versão revista padrão
____________________________________________
Didático
Sabedoria de Salomão (30 a.C)
Eclesiástico (Siraque)
Religioso
Tobias (200 a.C.)
Romance
Judite (150 a.C.)
Histórico
1 Esdras (150-100 a.C.)
1 Macabeus (110 a.C.)
2 Macabeus (110-70
Relação dos Livros Apócrifos
• Profético
•
•
Baruque (150-50 a.C.)
Epístola de Jeremias (300-100 a.C.)
2 Esdras (100 d.C.)
• Lendário
•
•
•
•
•
Adições a Ester (140-110 a.C.)
Oração de Azarias (100 ou 200 a.C.)
Susana (100 ou 200 a.C.)
Bel e Dragão (100 a.C.)
Oração de Manassés (100 ou 200 a.C.)
AS LÍNGUAS E OS MATERIAIS DA BÍBLIA
• As línguas utilizadas no registro do texto
bíblico, vieram das famílias de línguas
semíticas e indo-européias.
• Da família semítica, o Hebraico e o Aramaico
(siríaco).
• Da família indo-européia, o Latim e o Grego.
• Os fenícios exerceram papel relevante na
transmissão da Bíblia, ao criarem o alfabeto.
As línguas do Antigo Testamento
• O aramaico era a língua dos sírios, tendo sido
usada em todo o período do Antigo
Testamento.
• Durante o sec. VI a.C., o aramaico se tornou a
língua geral de todo o Oriente Próximo. Seu
uso generalizado se refletiu nos nomes
geográficos e nos textos bíblicos de Esdras
4:7 a 6:18; 7: 12 a 26 e Daniel 2:4-7:28.
As línguas do Antigo Testamento
• O Hebraico é a língua principal do AT, criando
um elo de ligação entre a biografia do povo de
DEUS e o relacionamento do Senhor com esse
povo.
• O Hebraico é uma língua pictórica, expressa-se
por metáforas vívidas e audaciosas, capaz de
dramatizar a narrativa dos acontecimentos. É
uma língua que apela ao coração e às emoções,
e não apenas à mente e à razão.
As línguas do Novo Testamento
• As línguas semíticas também foram usadas
na redação do Novo Testamento. Jesus e seus
discípulos falavam o aramaico.
• Na cruz, Jesus clamou: “...Eli, Eli, lema
sabactâni, que quer dizer: DEUS meu, DEUS
meu, por que me desamparaste .....(Mt
27:46).
As línguas do Novo Testamento
• O latim e o grego, influenciaram o NT. O
latim influenciou ao emprestar muitas
palavras, como “centurião”, “tributo”,
“legião”, e pela inscrição trilíngue na cruz (em
latim, hebraico e grego).
• O Novo Testamento foi escrito em grego, no
grego coiné (língua bastante usada no sec. I).
As línguas do Novo Testamento
• O grego é o idioma intelectual, portanto
da mente. Era o idioma dos filósofos.
• Sendo um idioma com precisão técnica
de expressão, que não é o caso do
hebraico.
As línguas do Novo Testamento
• A mensagem de CRISTO, no Novo
Testamento, deveria ser anunciada no
mundo todo: “...em seu nome se
pregará o arrependimento e a remissão
dos pecados, em todas as nações,
começando por Jerusalém” (Lc 24:47).
Traduções da Biblia
• A transmissão da revelação da parte de
DEUS para nós passa por 3 estágios
históricos:
• (a) Invenção da escrita (3000 a.C.);
• (b) os inícios da tradução antes de 200 a.C.;
• (c) os invenção da imprensa antes de 1600
d.C.
Traduções da Biblia
• Vejamos o que significa:
•
•
•
•
Tradução
Tradução literal
Transliteração
.
Traduções da Biblia
• TRADUÇÃO – é a transposição de uma
composição literária de uma língua para
outra. P.ex. se a Bíblia fosse transcrita
dos originais hebraico e grego para o
latim, ou do latim para o português, em
ambos os casos seria tradução.
Traduções da Biblia
• TRADUÇÃO LITERAL – é uma tentativa de
expressar, com toda a fidelidade e o máximo
de exatidão, o sentido das palavras originais
do texto que está sendo traduzido. É uma
transcrição textual, palavra por palavra. O
resultado é um texto um tanto rígido. P.ex. é
o caso da obra Youngs´s literal translation of
the Holy Bible, tradução literal de Young da
Bíblia Sagrada, de 1898.
Traduções da Biblia
• TRANSLITERAÇÃO – é a versão das letras de
um texto em certa língua para as letras
correspondentes de outra língua. P. ex., anjo,
batizar e evangelizar – foram palavras
transliteradas para os idiomas modernos.
• É claro que uma tradução literal da Bíblia fica
sem sentido para uma pessoa de pouca
cultura, diante de um texto que lhe soa
esquisito.
Traduções da Biblia
• VERSÃO – é uma tradução da língua original
(ou com consulta direta a ela) para outra
língua.
• REVISÃO ou VERSÃO REVISTA – descreve
certas traduções, feitas a partir das línguas
originais , que foram cuidadosamente
revistas, sob um exame crítico, com o
objetivo de corrigir erros e as vezes introduzir
substituições.
Traduções da Biblia
• TRÊS CATEGORIAS GENÉRICAS DE
TRADUÇÕES DA BÍBLIA:
• 1- Antigas traduções da Bíblia
• 2- Traduções medievais
• 3- Traduções modernas
Categorias de Traduções da Bíblia
• 1- Antigas traduções da Bíblia
• A tradução chamada Septuaginta foi
feita em grego, em Alexandria, no Egito
(entre 280-250 a.C.), e serviu de fundo
para as traduções para o latim e outras
línguas.
•
Categorias de Traduções da Bíblia
2- Traduções medievais
Produzidas durante a Idade Média em
geral continham tanto o Antigo
Testamento quanto o Novo Testamento.
Foram concluídas entre 350-1400. A
Vulgata latina de Jerônimo (340-420) se
constitui na base dos comentários e
pensamentos por toda Idade Média.
Categorias de Traduções da Bíblia
• Traduções modernas
• Surgiram a partir de Wycliffe, o
primeiro a traduzir uma Bíblia completa
para o inglês, e seus sucessores. William
Tyndale (1492-1536) fez sua tradução
diretamente das línguas originais, em
vez de usar a Vulgata latina como fonte.
•
QUINTA AULA
TRADUÇÕES E VERSÕES
• 1. TRADUÇÕES CATÓLICAS EM LINGUAGEM
•
MODERNA
• 2. AS TRADUÇÕES E AS VERSÕES JUDAICAS
• 3. AS TRADUÇÕES E AS VERSÕES
PROTESTANTES
• 4. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
TRADUÇÕES CATÓLICAS EM LINGUAGEM
MODERNA
• A Igreja Católica inicialmente, foi contrária a
publicação das Escrituras por leigos. O papa
Pio IX (1864) condenou as sociedades
bíblicas, chamando-as de seitas pestilentas.
Tal afirmativa direcionava-se principalmente
à Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira,
fundada em 1804.
TRADUÇÕES CATÓLICAS EM LINGUAGEM
MODERNA
• Embora essa atitude papal refletisse a posição
hierárquica da Igreja Católica Romana, havia
quem defendesse a colocação das bíblias na
mão dos leigos católicos.
• Em 1813, foi fundada a Sociedade Bíblica
Católica Romana, que de imediato publicou a
Bíblia
de
Rheims-Douai
sem
notas
(comentários). Em 1815, essa mesma sociedade
publica outra edição melhorada da mesma
tradução.
TRADUÇÕES CATÓLICAS EM LINGUAGEM
MODERNA
• Podemos enumerar as seguintes edições da
Bíblia para os católicos:
• Bíblia de Coyne (1811), Bíblia de Haydock
(1811-1814), Novo Testamento de Newcastle
(1812), Bíblia de Syer (1813-1814), Bíblia de
MacNamara (1813-1814), Novo Testamento
de Bregan (1814), e a Bíblia de Gibson (18141817).
TRADUÇÕES CATÓLICAS EM LINGUAGEM
MODERNA
• Provavelmente a mais importante tradução
recente produzida por estudiosos católicos
romanos de tendência liberal é A Bíblia de
Jerusalém.
TRADUÇÕES E VERSÕES JUDAÍCAS
• Embora os judeus tenham buscado preservar
o estudo da Escritura no original hebraico,
isso nem sempre foi possível. No sec. III a.C.,
os judeus viram a necessidade de traduzir sua
Bíblia para a língua de Alexandria.
• Durante a Idade Média, por volta de 1400, os
judeus passaram a fazer traduções de suas
Escrituras para diversos idiomas
TRADUÇÕES E VERSÕES JUDAÍCAS
• Em 1879, ano da Revolução Francesa, surgiu
uma versão judaica do Pentateuco.
• Entre 1851 e 1856, o rabino Benisch produziu
uma Bíblia completa para os judeus de fala
inglesa.
TRADUÇÕES E VERSÕES JUDAÍCAS
• Em 1853, Isaac Leeser produziu sua versão de
A Bíblia Hebraica, texto esse preferido nas
sinagogas inglesas e americanas.
• Em 1917, após uma extensiva revisão da obra
de Isaac Leeser, a Sociedade Judaica de
Publicação finalmente lançou sua nova
versão da Bíblia Hebraíca.
TRADUÇÕES E VERSÕES
PROTESTANTES
• Seguindo o princípio da Reforma de
interpretação particular, os protestantes
produziram um número maior de
traduções particulares da Bíblia do que
os católicos romanos.
TRADUÇÕES E VERSÕES PROTESTANTES
• Dentre as principais:
•
•
•
•
A Bíblia Inglesa revisada (1896),
A Bíblia padrão revisada (1957),
A Nova Bíblia Inglesa (1970),
Nova Bíblia padrão americana (1976).
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
• Tradução de Almeida
• Coube a João Ferreira de Almeida, de origem
católica e convertido à fé evangélica, a
grandiosa tarefa de traduzir pela primeira vez
para o português o Antigo e Novo
Testamento.
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
• Inicialmente, Almeida traduziu o Novo
Testamento,em 1676, publicado em 1681.
• Profundo conhecedor do hebraico e grego,
além de outros idiomas, Almeida valeu-se
também de traduções francesa, holandesa,
italiana, espanhola e latina.
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
• Terminada a tradução do NT, Almeida
iniciou
a
tradução
do
Antigo
Testamento, e ao falecer em 6 de agosto
de 1691, havia traduzido até Ezequiel
41: 21.
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
• Em 1748, o pastor Jacobus op den Akker,
reiniciou o trabalho interrompido por
Almeida, e em 1753, foi impressa a
primeira Bíblia completa em português,
em 2 volumes.
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
• Tradução de Figueredo
• O padre Antônio Pereira de Figueiredo, partindo
da Vulgata latina, traduziu integralmente o NT e
o AT, gastando 18 anos nessa tarefa.
• Em 1819 foi publicada a Bíblia completa de
Figueiredo, em 7 volumes, e em 1821 em um
único volume.
•
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES PARCIAIS
• Nazaré – O Novo Testamento tradução
elaborada por frei Joaquim de Nossa Senhora
de Nazaré, baseou-se na Vulgata e foi
publicada em 1847, em S. Luís do Maranhão.
• Essa Bíblia, em seu prefácio fazia ataques as
Bíblias protestantes, dizendo que as mesmas
estariam falsificadas e falariam contra a
pessoa de Jesus Cristo.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES PARCIAIS
• Novo Testamento de Almeida – publicado no
Rio de Janeiro em 1879, pela Sociedade de
Literatura Religiosa e Moral do Rio de
Janeiro. Essa versão foi revista por José
Manoel Garcia, professor do Colégio D. Pedro
II; pelo pastor M.P.B. Carvalhosa, de Campos,
RJ e pelo pastor Alexandre Blackford, agente
da Sociedade Bíblica Americana no Brasil.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES PARCIAIS
• Novo Testamento de Rohden – O padre
Huberto Rohden foi o primeiro padre católico
a traduzir no Brasil o NT diretamente do
grego.
• Esse texto foi publicado em 1930 pela
instituição católica romana Cruzada Boa
Esperança.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• Em 1902, as sociedades bíblicas empenhadas
na disseminação da Bíblia no Brasil
patrocinaram a nova tradução da Bíblia para
o português, baseada em manuscritos
melhores que os utilizados por Almeida.
• .
A BÍBLIA NO BRASIL
• Entre os membros dessa comissão de
tradução, estava o gramático Eduardo
Carlos Pereira. Esse trabalho foi
publicado em 1917, com o nome de
Tradução brasileira.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• Publicada em 1930, e baseada na
Vulgata, coube ao padre Matos Soares
realizar a tradução mais popular da
Bíblia entre os católicos na atualidade.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• Em 1969, em S. Paulo, foi fundada a
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, que
teve como primeiro trabalho revisar e
publicar a Bíblia de João Ferreira de Almeida
como Edição corrigida e revisada fiel ao texto
original.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• Em 1943, as Sociedades Bíblicas Unidas
encomendaram a um grupo de hebraístas,
helenistas e vernaculistas uma revisão da
tradução de Almeida. A comissão melhorou a
linguagem, a grafia de nomes próprios e o
estilo da Bíblia de Almeida.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• Em 1948, foi organizada a Sociedade Bíblica
do Brasil destinada a Dar a Bíblia à Pátria.
• Essa sociedade fez duas revisões no texto de
Almeida, que deu origem à Edição Revista e
Atualizada no Brasil; e a outra denominada
Corrigida.
A BÍBLIA NO BRASIL
• Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira,
publicou sua Edição revisada de Almeida.
• Em 1988, a Sociedade Bíblica do Brasil
traduziu e publicou A Bíblia na linguagem de
hoje.
• Em 1990, a Editora Vida publicou a sua edição
contemporânea da Bíblia de Almeida.
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• Mais recentemente a Sociedade Bíblica
Internacional (1993), publicou a
denominada Nova versão internacional
(NVI).
A BÍBLIA NO BRASIL
• TRADUÇÕES COMPLETAS
• São também dignas de referência:
• a Bíblia traduzida pelos monges de
Meredsous (1959);
• A Bíblia de Jerusalém (Escola Bíblica de
Jerusalém, de padres dominicanos) (1981);
• Edição integral da Bíblia (Ludovico Garmus,
Ed. Vozes).
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• Livros do Antigo Testamento
• A lei (Pentateuco) – 5 livros
• 1. Gênesis 1462 - 1422 a.C
2. Êxodo
idem
• 3. Levítico
idem
• 4. Números
idem
• 5. Deuteronômio idem
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
•
•
•
•
•
•
•
•
História – 12 livros
Josué
1422 – 1065 a.C.
Juízes
1030 - 1020 a.C.
Rute
1268 – 1266 a.C.
I Samuel
1126 – 1115 a.C.
II Samuel 1025 – 988 a.C.
I Reis
986 – 870 a.C.
II Reis
869 – 561 a.C.
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• Livros Históricos
•
•
•
•
•
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester
1729 – 981 a.C.
985 – 945 a.C.
537 – 457 a.C.
445 – 432 a.C.
485 – 473 a.C.
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• Poesia – 5 livros
• Jó
1967 – 1827 a.C.
Salmos 1422 - 444 a.C. (78,105,106,135 – 1)
• Provérbios 982 – 961 a.C.
• Eclesiastes 947 – 945 a.C.
• O Cântico dos Cânticos 962 a.C.
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• Profetas – 17 livros
•
Maiores
•
•
•
•
•
•
Isaías
Jeremias
Lamentações
Ezequiel
Daniel
745 – 712 a.C.
628 – 560 a.C.
586 a.C.
594 – 571 a.C.
606 – 537 a.C.
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
•
•
•
•
•
•
•
Menores
Oséias
770 – 723 a.C.
Joel
828 a.C.
Amós
764 a.C.
Obadias
860 -858 a.C.
Jonas
767 a.C.
Miquéias 744 – 704 a.C.
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
•
•
•
•
•
•
•
Menores
Naum
635 a.C.
Habacuque 606 a.C.
Sofonias
624 – 623 a.C.
Ageu
521 a.C.
Zacarias
521 – 494 a.C.
Malaquias
521 – 494 a.C.
NOVA ORDEM CRONOLÓGICA DOS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
•
•
•
•
•
•
•
•
Genésis
Exodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
N0VA ORDEM CRONOLÓGICA DOS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
•
•
•
•
•
•
•
•
I Samuel
II Samuel
Jó
I Reis
II Reis
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
N0VA ORDEM CRONOLÓGICA DOS
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
•
•
•
•
•
•
•
•
Neemias
Provérbios
Ester
Cântico dos cânticos
Eclesiastes
Salmos
Joel
Jonas
N0VA ORDEM CRONOLÓGICA DOS
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
•
•
•
•
•
•
•
•
Oseías
Amós
Isaías
Obadias
Miqueias
Lamentações
Jeremias
Naum
N0VA ORDEM CRONOLÓGICA DOS LIVROS DO
ANTIGO TESTAMENTO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Sofonias
Habacuque
Ezequiel
Daniel
Ageu
Zacarias
Malaquias
• ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA E
DIVISÃO DOS GRANDES PERÍODOS
• BÍBLICOS
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• DOS PATRIARCAS AO ÊXODO (1606 – 1462
a.C.)
• EGITO – POTÊNCIA MUNDIAL (1600 – 1200
a.C.)
• DO ÊXODO A CANAÃ
(1462 – 1422 a.C)
• DE CANAÃ AO REINADO DE SAUL (1422 –
1065 a.C.)
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• ISRAEL – POTÊNCIA MUNDIAL (1200 – 750
a.C.) = período de juízes
• O REINADO DE SAUL
(1065 – 1025 a.C.)
• O REINADO DE DAVI
(1025 – 985 a.C.)
• O REINADO DE SALOMÃO (985 – 945 a.C.)
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• O REINO DIVIDIDO – DE SALOMÃO À QUEDA
DE ISRAEL (945 – 721 a.C.)
• A HISTÓRIA DE ISRAEL (945 – 729 a.C.)
• A HISTÓRIA DE JUDÁ
(945 – 698 a.C.)
• DA QUEDA DE ISRAEL À QUEDA DE JUDÁ
•
(721 – 586 a.C)
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
•
•
•
•
•
•
•
•
BABILÔNIA POTÊNCIA MUNDIAL
(612 – 539 a.C.)
O CATIVEIRO – PERÍODO SEM TEMPLO
(586 -516 a.C.)
PÉRSIA – POTÊNCIA MUNDIAL
(539 – 333 a.C.)
A RESTAURAÇÃO
(516 – 400 a.C.)
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO AT
• A HISTÓRIA NO PERÍODO
INTERTESTAMENTÁRIO (400 – 5 a.C.)
• GRÉCIA – POTÊNCIA
(333 – 63 a.C.)
•
• ROMA – POTÊNCIA MUNDIAL (63 a.C. – 476
d.C.)
ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO NT
• A VIDA DE JESUS CRISTO (5 a.C. – 29 d.C.)
• O MINISTÉRIO DE PAULO E DE PEDRO (29 –
67 d.C.)
• OS ESCRITOS DE JOÃO (67 – 100 d.C.)
•
•
MUITO OBRIGADO A TODOS
E ATÉ BREVE
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MINHA BÍBLIA EM ORDEM CRONOLÓGICA