Escola Bíblica Dominical 1T14 Estudo do 2º livro do Pentateuco O livro de Neste 1T14 estamos dando sequência à nossa matriz curricular estudando nas revistas do currículo da CBB, o segundo livro da Bíblia: O Livro de Êxodo 1T14 – O livro de Êxodo Estudo 11 “Trouxeram os filhos de Israel uma oferta voluntária ao Senhor” Texto bíblico: Êxodo 35.1-35 Texto áureo: Êxodo 35.29 “Trouxe uma oferta todo homem e mulher cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o Senhor ordenara...” Introdução I Durante esta lição, como fizemos na que passou, vamos meditar em apenas um capítulo do livro de Êxodo. Se na semana passada vimos no capítulo 33 o "interlúdio espiritual" vivido por Moisés, o grande líder na presença do Pai, nesta semana, com o capítulo 35, vamos ver o "sentido de equipe do povo de Deus" em demanda à Canaã. Neste capítulo, nós vamos ver como o povo de Deus, apesar de todas as suas falhas e limitações, conseguiu unir-se em torno de um objetivo comum e consagrar-se a uma causa que era de todos. "Então Moisés convocou toda a congregação dos filhos de Israel, e disse-lhes: Estas são as palavras que o Senhor ordenou que cumprísseis." Ex.35.1 Introdução II Neste texto, do capítulo 35.1-3 encontramos a essência do que seja espírito de equipe: Espírito de equipe é exatamente isto: toda a congregação. Moisés procurou convocar toda a representatividade do povo de Deus de forma que não houvesse ausências e omissões. Espírito de equipe é também isto: uma motivação única. A palavra de Deus a que Moisés se referiu era o fator de catalisação para todo o Israel de Deus, de tal maneira sentiam-se conduzidos por sua presença no deserto. Espírito de equipe é também isto: uma ordem comum e única. Aquilo que ele vai a seguir pronunciar é o que o Senhor deseja que o seu povo faça. Não existem outros caminhos. Este é aquele que o Senhor deseja. Introdução III A própria Bíblia nos declara que "nada é impossível ao que crê". Nada é impossível, portanto, à igreja de Cristo, quando unanimemente nos colocamos como povo dele, à disposição dele, para cumprir a vontade dele. É isto o que vai acontecer naquele deserto. A construção do tabernáculo pareceria aos olhos humanos uma obra impossível de ser realizada naquelas condições, mas, com o povo unido, com a disposição unânime e com a obediência à vontade de Deus, a vitória seria alcançada. Êxodo 35.1-3 Então Moisés convocou toda a congregação dos filhos de Israel, e disse-lhes: Estas são as palavras que o Senhor ordenou que cumprísseis. 1 Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, sábado de descanso solene ao Senhor; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho será morto. 2 Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado. 3 Êxodo 35.1-3 A conclamação do Senhor seria no sentido de que o povo se unisse a uma só voz de comando: “Estas são as palavras que o Senhor ordenou que cumprísseis”. E a primeira recomendação clara e severa era no sentido de que o povo guardasse o sábado, o dia santo, o dia que deveria ser dedicado ao culto e ao louvor. Êxodo 35.4-9 Êxodo 35.4-9 A disposição do povo de Deus para a obra que iria realizar tinha que ser também espontânea e voluntária. Vejam que a oferta teria que partir de cada um cujo coração se movesse para tal. Não havia imposição ou obrigação. A oferta teria que partir de um coração disposto para tal. Seria uma oferta alçada, ou seja, liberal, sem valor para ela préestabelecido como, por exemplo, o dízimo o era. Ali não. Ali, seria a espontaneidade do coração que determinaria o valor da oferta a ser dada. Disse mais Moisés a toda a congregação dos filhos de Israel: Esta é a palavra que o Senhor ordenou dizendo: 5 Tomai de entre vós uma oferta para o Senhor; cada um cujo coração é voluntariamente disposto a trará por oferta alçada ao Senhor: ouro, prata e bronze, 6 como também azul, púrpura, carmesim, linho fino, pelos de cabras, 7 peles de carneiros tintas de vermelho, peles de golfinhos, madeira de acácia, 8 azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático, 9 pedras de berilo e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral. 4 Êxodo 35.10-19 10 E venham todos os homens hábeis entre vós, e façam tudo o que o Senhor tem ordenado: 11 o tabernáculo, a sua tenda e a sua coberta, os seus colchetes e as suas tábuas, os seus travessões, as suas colunas e as suas bases; 12 a arca e os seus varais, o propiciatório, e o véu e reposteiro; 13 a mesa e os seus varais, todos os seus utensílios, e os pães da proposição; 14 o candelabro para a luz, os seus utensílios, as suas lâmpadas, e o azeite para a luz; 15 o altar do incenso e os seus varais, o óleo da unção e o incenso aromático, e o reposteiro da porta para a entrada do tabernáculo; 16 o altar do holocausto com o seu crivo de bronze, os seus varais, e todos os seus utensílios; a pia e a sua base; 17 as cortinas do átrio, as suas colunas e as suas bases, o reposteiro para a porta do átrio; 18 as estacas do tabernáculo, as estacas do átrio, e as suas cordas; 19 as vestes finamente tecidas, para o uso no ministério no lugar santo, as vestes sagradas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio. Êxodo 35.10-19 Êxodo 35.20-22 Uma outra peculiaridade desta disposição do povo em prol da preparação da "casa de Deus", no deserto, foi também o fato de que, além de ser fiel, obediente à vontade do Senhor, ela foi também unânime. Pelo que lemos nas Escrituras, Êxodo 35.20-22: Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés. 20 E veio todo homem cujo coração o moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da revelação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagradas. 21 Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor. 22 Êxodo 35.23-24 E todo homem que possuía azul, púrpura, carmesim, linho fino, pelos de cabras, peles de carneiros tintas de vermelho, ou peles de golfinhos, os trazia. 23 Todo aquele que tinha prata ou metal para oferecer, o trazia por oferta alçada ao Senhor; e todo aquele que possuía madeira de acácia, a trazia para qualquer obra do serviço. 24 Êxodo 35.23-24 Há muitas formas de ofertar-se. Especialmente para Deus. - Alguns o fazem por medo... - Outros o fazem por uma questão de simples troca. Querem fazer um "negócio" com Deus. Eu contribuo, o Senhor me abençoa e protege... - Outros, ainda, por uma questão de vaidade pessoal. Não fica bem meu nome não aparecer no rol de contribuintes... - Finalmente, alguns o fazem em razão de uma imposição da igreja ou do pastor. A oferta é vista como obrigatória... No entanto, não era nada disto que o Senhor pretendia quando incutiu no homem o desejo de ofertar a ele como preito de amor, gratidão e adoração Êxodo 35.25-29 Havia um hino bem antigo que tinha uma letra bem apropriada para este texto bíblico. Dizia ele, sempre no início de cada estrofe: "Dá teu melhor para o Mestre", e continuava identificando que melhor seria este em cada um dos seus versos. Como estamos ofertando para o Senhor. Do nosso melhor? Do nosso ofício simples ou complexo?... As mulheres de Israel fizeram isto no deserto. Façamos isto hoje, comparativamente, nos oásis em que vivemos. Êxodo 35.25-29: E todas as mulheres hábeis fiavam com as mãos, e traziam o que tinham fiado, o azul e a púrpura, o carmesim e o linho fino. 26 E todas as mulheres hábeis que quisessem fiavam os pelos das cabras. 27 Os príncipes traziam pedras de berilo e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral, 28 e as especiarias e o azeite para a luz, para o óleo da unção e para o incenso aromático. 29 Trouxe uma oferta todo homem e mulher cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o senhor ordenara se fizesse por intermédio de Moisés; assim trouxeram os filhos de Israel uma oferta voluntária ao Senhor. 25 Êxodo 35.30-35: Depois disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor chamou por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 31 e o encheu do espírito de Deus, no tocante à sabedoria, ao entendimento, à ciência e a todo ofício, 32 para inventar obras artísticas, para trabalhar em ouro, em prata e em bronze, 33 em lavramento de pedras para engastar, em entalhadura de madeira, enfim, para trabalhar em toda obra fina. 34 Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros; a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, 35 a estes encheu de sabedoria do coração para exercerem todo ofício, seja de gravador, de desenhista, de bordador em azul, púrpura, carmesim e linho fino, de tecelão, enfim, dos que exercem qualquer ofício e dos que inventam obras artísticas 30 Êxodo 35.30-35 Chegando ao final a obra de Deus, havia necessidade do reconhecimento àqueles que com ela se identificaram. Logicamente, os nomes de Bezaleel e de Aoliabe serão lembrados para sempre como os dois artífices que lideraram a obra (industrial e artesanal) e a ensinaram aos seus seguidores. Conclusão O que devemos aprender com o povo de Deus deste passado bíblico é que a sua obediência ao “mover do Senhor” sempre trouxe a bênção da paz e da alegria. O que vai mudar a história desse povo, no tempo de Deus, está simbolizado no Novo Testamento quando com a morte de Cristo no Calvário, o véu do templo que foi preparado com tanto esmero, rompeu-se de alto a baixo. A nova aliança se fez com Cristo, rompendo assim a velha aliança feita por Moisés.