Filosofia, estética e arte Você já se perguntou por que a arte e o belo sensibilizam, seduzem, atraem tanto as pessoas? Filosofia, estética e arte Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto. Estética e sociedade. Questões filosóficas O que é estética? O que é belo? O que é a arte? A beleza é algo objetivo ou subjetivo? A arte é um fenômeno social ou universal? Existe uma relação entre o belo e o bom? Feio Belo É possível discutir gosto? Estética NA ÉPOCA CLÁSSICA ERA DEFINIDA COMO FILOSOFIA DO BELO. PALAVRA ESTÉTICA FOI INTRODUZIDA NO VOCABULÁRIO FILOSÓFICO EM 1750 PELO FILOSÓFO ALEMÃO: ALEXANDER BAUMGARTEN. REFERIA-SE À COGNIÇÃO POR MEIO DOS SENTIDOS. MAIS TARDE UTLIZADA COMO REFERÊNCIA À PERCEPÇÃO DA BELEZA, ESPECIALMENTE NA ARTE. • Observe as imagens... O fato de considerarmos as duas construções como obras de arte arquitetônica nos leva a formular algumas perguntas. • O que estes dois edifícios têm em comum? • Como podemos aplicar o conceito de beleza se os dois são tão diferentes? • O conceito de belo é universal ou é relativo a um tempo e um período? • O gosto varia de sujeito para sujeito ou é algo universal? • O que é obra de arte? • Por que a estética tem ligação com a arte? • Na primeira imagem temos o Parthenon, em Atenas (Grécia). Simétrico, geométrico, harmônico, construído, entre 447 e 432, para abrigar um templo dedicado a deusa Athena. • Na segunda temos o Museu de Guggenheim, em Bilbao (Espanha). É assimétrico, com formas orgânicas, imprevisível, construído, no final do século XX, para abrigar arte contemporânea. BELO E FEIO? Michelangelo - Pieta Michelangelo - David Venus - Willendorf O FEIO Foi banido do território artístico durante séculos. Pelo menos desde a antiguidade grega até a época medieval. No século XIX ele vem a ser reabilitado onde a arte rompe com a ideia de ser cópia do real para ser considerada criação autônoma que tem função de revelar as possibilidades do real. Ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da proposta e a sua capacidade de falar ao sentimento. Só há obras feias na medida em que forem malfeitas, isto é, que não correspondam plenamente a sua proposta. Na problemática do belo e do feio se houver obra feia, não haverá obra de arte. O BELO E O FEIO: QUESTÃO DO GOSTO O que é a beleza? Será possível defini – lá objetivamente? Ou será uma noção eminentemente subjetiva? O BELO E O FEIO: A QUESTÃO DO GOSTO OBJETIVIDADE DA ARTE E DA BELEZA (DE PLATÃO AO CLASSICISMO) Platão defende a existência do “belo em si”, de uma essência ideal, objetiva, independente das obras individuais, para as quais serve de modelo e de critério de julgamento. As qualidades que tornam um objeto belo estão no próprio objeto e independem do sujeito que as percebe. Platão crítica a beleza no mundo sensível, pois ela é variável (algo pode ser belo em um momento e em outro não), e é relativa (algo é belo em relação a algum aspecto mas não a outros; é belo para um observador e não o é para outro). Já no mundo inteligível, a beleza não é variável “sempre é: não se torna, nem acaba, não brilha, nem desvanece.” FILÓSOFO EMPIRISTA DAVID HUME O belo para Hume não esta mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito. O “mecanismo do gosto” para Hume se divide em dois estágios: O Perceptivo: é aquele em que percebemos as qualidades dos objetos. O Afetivo: no qual sentimos o prazer da beleza ou o desprazer da “deformação”, ativados pela percepção dessas qualidades. KANT Tentando resolver o impasse entre objetividade e subjetividade. Afirma que o belo é “aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente.” Para ele o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito, e não o conceito do objeto. Mesmo o juízo sendo subjetivo não significa que ele se reduza a individualidade de um único sujeito, pois todos nos temos iguais condições subjetivas da faculdade de julgar (julgamentos estéticos). É algo que pertence a condição humana, ou seja temos as mesmas condições de fazer um juízo estético que um crítico de arte (sensibilidade educada). HEGEL Introduz o conceito de história, pois a beleza para ele muda de face e aspecto através dos tempos. Mudança chamada de DEVIR, que se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo presentes em determinada época do que de uma exigência interna do belo. O Gosto e Mau Gosto Ter gosto é ter a capacidade de julgamentos sem preconceitos. É deixar que cada uma das obras vá formando o nosso gosto, modificandoo. Se nos limitarmos as obras que já conhecemos e das quais sabemos que gostamos jamais o nosso gosto será ampliado. A educação do gosto se dá dentro da experiência estética, que é a experiência da presença tanto do objeto estético como do sujeito que o percebe. Para Umberto Eco “O mau gosto em arte é definido como a pré-fabricação e a imposição do efeito”, ou seja o significado da obra já vem pronto , não é permitido educar a sensibilidade. FEIO OU BONITO? DEPENDE DO GOSTO? Como tudo se transformou... Beleza no Século XXI: importância beleza x qualidade de vida padrões de beleza recursos atuais de beleza tratamentos médicos-estéticos) século XXI: o que esperamos? (maquiagem e Beleza: Por que se preocupar com ela? Estamos vivendo uma nova era. Outro mundo, outros planos, expectativas, diferentes necessidades, exigências psicológicas e sociais. Vivemos mais, com mais qualidade de vida e somos produtivos em idades mais avançadas. Beleza no século XXI: Qualidade de vida para Aristóteles: “viver bem e fazer o bem” experiências de vida x expectativas (as pessoas tendem a valorizar mais o que não tem) “Abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você.“ Beleza no século XXI: Qualidade devida hoje satisfação (saúde) bem- estar (beleza) felicidade “ Adicionar anos a vida... E vida aos anos” (exercitar também o coração e a emoção – beleza de dentro para fora) Como envelhecemos? Envelhecimento cronológico : inevitável, irreversível, na dependência direta do tempo de vida. Beleza e Juventude Hoje: O que é ser belo? O que é considerado “belo” hoje? Variáveis - local e época Dependentes da cultura (Ex: Egito e alguns países da África = obesidade como padrão de beleza, adornos em índias, etc.) Dependente da MÍDIA - globalização Padrões de beleza INATINGÍVEIS – frustração Padrões de beleza dinâmicos – mudam com tempo (Marilyn Monroe = manequim 46!!!) (Anos 80: Cindy Crawford: 1,77m 57 Kg) (Gisele Bündchen: 1,80m, 52 Kg) Sofrimento pessoal Atire a primeira pedra quem nunca sonhou com a pele ou o cabelo da Gisele! Apelo ao consumo - Mídia Eu quero... Eu preciso... Medo de envelhecer... “Do indesejável ao inevitável: a experiência vivida do estigma de envelhecer na contemporaneidade”. Como você se imagina ao envelhecer... “Eu me comprometo a amá-la seriamente, em todas suas formas. Agora e para sempre. Prometo que nunca vou esquecer que esse é um amor para toda a vida.” Como você se imagina ao envelhecer... “Os detalhes da sua incompetência não me interessam.”. E por fim... “Cuidado com seus pensamentos, pois eles se tornam palavras. Cuidado com suas palavras, pois elas se tornam ações. Cuidado com suas ações, pois elas se tornam hábitos. E cuidado com seu caráter, pois ele se torna o seu destino. O que nós pensamos, nós nos tornamos.” A Dama de Ferro