AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE MATERIAIS POLIMÉRICOS DE REDES
AÉREAS PROTEGIDAS EM AMBIENTES DE MÉDIA E ELEVADA
SEVERIDADE AMBIENTAL SIMULADOS EM LABORATÓRIO
Bolsista: Kamile Fuchs
PIBITI/CNPq - LACTEC - 2012/2013
Orientador: Dr. Guilherme Cunha da Silva
Introdução e Objetivos
Em regiões de elevada severidade ambiental, tem
se observado que os materiais contidos em redes
aéreas de distribuição apresentam degradação acelerada, interferindo no desempenho dos dispositivos elétricos. Deste modo, este trabalho tem como
objetivo avaliar o desempenho de materiais poliméricos de redes aéreas protegidas em ambientes de
média e elevada agressividade ambiental através
de simulações realizadas em laboratório [1].
Metodologia
As simulações foram efetuadas utilizando poluentes
como argila, cal, óxido de ferro e farelo de soja. Primeiramente foi avaliada a hidrofobicidade em superfícies de silicone e polietileno de espaçadores e isoladores. Depois, tais superfícies tiveram seu desempenho avaliado através de medições de corrente de
fuga em câmara salina. Por fim, foi avaliada a compatibilidade dielétrica nas superfícies dos materiais
contaminados.
Referências
[1] DU, B. X.; HAN, T.; CHENG, X. X.; LI, J; MA, Z. L. Characterization of Surface
Discharge as Indicator for Hydrophobicity Evaluation of Silicone Rubber Insulators.
IEEE Transactions on Dielectrics and Electrical Insulation, 2012.
[2] IEC 62073 – Guidance on the measurement of wettability of insulators surfaces.
International Electrotechnical Commission, Geneva, Switzerland, 2003.
Resultados e Discussões
Segundo critérios baseados na norma IEC 62073 [2], os espaçadores de polietileno receberam classificação HC7, HC6 e
HC5, quando contaminados com óxido de ferro, cal e argila
respectivamente, suprimindo grande parte da hidrofobicidade.
Já os isoladores de silicone receberam classificação HC4, para
contaminação com cal e argila, conferindo umectação parcial
nas superfícies dos equipamentos.
Através da análise dos gráficos obtidos nas medições de corrente de fuga, foi possível observar que no caso da argila e da
cal, a corrente de fuga demora cerca de 2 horas para a linha de
base se elevar, enquanto que para a farinha de soja a linha de
base se eleva desde o início.
O teste de compatibilidade dielétrica foi interrompido no 26° dia
devido ao derretimento do espaçador contaminado com farelo
de soja. No 24º dia, o sistema de injeção de corrente no circuito
foi desligado, deixando-se somente tensão aplicada e névoa
salina. Após esta alteração, foi observada a rápida deterioração
dos materiais em teste.
Conclusões
Confirmou-se a capacidade de recuperação da hidrofobicidade
nas superfícies de silicone. Também foi possível notar pelas
medições de corrente de fuga que o efeito da soja depositada
nos isoladores é mais grave. No ensaio de compatibilidade dielétrica, o espaçador poluído com soja derreteu durante a execução do ensaio, confirmando a nocividade de tal contaminante.
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