INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Liu Campelo Porto www.paulomargotto.com.br Brasília, 19 de janeiro de 2015 INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS 17/10/02 Liú Campello de Mello 5 INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS • TRANSMISSÃO – Idade gestacional: • Aumenta ao longo da gestação: maior vascularização placentária • Tx média= 40% infecções agudas e 10% infecções crônicas de Chagas (1 Toxoplasmose – D. Sífilis D.%)Chagas IU Alimentação/ Contato fezes gato IU Contato sexual IU triatomíneo CMV Hepatites IU/perinat IU/perinatal al Contato íntimo/ secreções Rubéola IU Contato Vias sexual/sangue aéreas/ /secreções secreções INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS -CLÍNICA : 90% assintomáticos SINAIS GERAIS Toxoplasmose Sífilis D. de Chagas Palidez Petéquias Hidropsia Hidropsia Fetal Fetal CMV Hepatit e Rubéola Petéquias Palidez Petéquias Icterícia Macrocrania Microcrania Bolhas Microcrania Macrocrania Microcrania palmoplantares Icterícia Microcrania Hepato- Coriorretinite espleno megalia Pneumonia Hepato Malespleno formações Alba Microftalmia (CV) INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Complicações/Sequelas Toxoplasmose Sífilis D. de Chagas CMV Hepatite Rubeola Ocular: Retinicoroidite Diminuição acuidade visual/amaurose Ocular: Lesão sal com pimenta Diminuição acuidade visual Ocular: Microftalmia Diminuição acuidade visual Auditiva: Diminuição da acuidade auditiva/ surdez Hepatite Surdez/ crônica/ ICC CA hepatocelular SNC Atraso DNPM SNC Atraso DNPM SNC SNC Atraso DNPM Atraso DNPM SNC Atraso DNPM INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Diagnóstico Antecedentes obstétricos Testes sorológicos • Identificação das mulheres suscetíveis antes da gestação ou o mais precocemente possível. • Realização de testes sorológicos para detecção de viragem sorológica nas suscetíveis. • Revisão de testes sorológicos em gestações prévias (imunidade). INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Testes sorológicos TIPOS DE TESTES IgG IgM MANUAIS Resultados AUTOMATIZADOS Resultados Tipos Valor de referência/Títulos Tipos Valor de referência/ UI AD –VDRL sífilis ELISA IF – Toxo; D de Chagas RIA HI HA – Toxo; D. de Chagas MEIA FC - CMV QUIMIOLUMINESCÊNCIA Observar soroconversão, queda ou aumento de ac. Solicitar quantificação INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Diagnostico pré-natal - Sífilis • VDRL= AD – Mais sensível que especifico – Triagem e acompanhamento de tratamento • • • • • Testes treponêmicos-confirmatórios FTAabs = IF TPHA = HA VDRL trimestral e parto Confirmação com FTAabs ou TPHA INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Diagnóstico prénatal Sífilis • Por que não solicitar teste confirmatório do RN (IgG materna) = 18 meses • Fenômeno pró-zona – Excesso de Ac impedindo a visualização da reação de aglutinação = VDRL falso negativo – Cicatriz sorológica – Permanência de títulos positivos após tratamento até 3 anos – Não há relação com valores – Deve-se acompanhar VDRL semestralmente – Re-tratamento em caso de aumento de títulos INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Diagnostico prénatal -Sífilis • Gestante - Tratamento Adequado Inadequado Penicilina Dose adequada à fase Antes de 30 dias do parto Parceiro tratado Não Penicilina Dose inadequada à fase Nos últimos 30 dias antes do parto Parceiro não tratado INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Manejo clínico RN-Sífilis Tratamento adequado da gestante • RNT+AIG assint/sintomático VDRL NR VDRL <= MÃE Tratamento inadequado da gestante RNT+AIG assint/sintomático VDRL > MÃE VDRL VDRL Rx de ossos LCR Rx de ossos LCR normais Pen B normais alterados Pen C Pen B Ambulatório alterados Pen C INFECÇÕES CONGÊNITAS e PERINATAIS Diagnóstico pré-natal Toxoplasmose • Testagem trimestral nas gestantes suscetíveis • IgM + e alta avidez 1º trim => imunidade • IgM = não é marcador de infecção aguda. • Diagnóstico pós-natal – Teste triagem neonatal=IgM + – Presença de manifestações clínicas e IgG+ Infecções congênitas e perinatais Toxoplasmose Tratamento Fetal Dados conflitantes na literatura sobre eficácia. • < 18 semanas= espiramicina • > 18 semanas = esq. alternado • Espiramicina (infecção fetal não confirmada) – Não ultrapassa a barreira placentária. • Pirimetamina + Sulfadiazina + Ácido folínico (Infecção fetal) – Ultrapassa a barreira placentária e trata o feto – Exclusivo ou alternado com espiramicina. Infecções congênitas e perinatais Manifestações clinicas Toxoplasmose 90% assintomáticos -Infecção no I trimestre gestação -Forma neurológica.destruição tecidual .obstrução dos aquedutos => hidrocefalia -Microcrania – .diminuição de massa encefalica primária ou pós-hidrocefalia. -Corirretiniteem 40% dos RN assintomáticos Infecções congênitas e perinataisTratamento neonatal • Drogas – Pirimetamina + Sulfadiazina + Ácido folínico Interação P+S= 6 x mais eficaz Tempo _ 12 meses. Controle _ HC mensal Infecções congênitas e perinatais Hepatite B: risco de evolução para cronicidade 100% 80% 60% 40% 20% 0% RN Lactente Criança Adulto Infecções congênitas e perinatais Hepatite B Diagnóstico sorológico • Interpretação Ag Ac HBc não é detectado no soro. É intracelular • Hbe: replicação viral • Anti-HBc IgM: infecção aguda Infecções congênitas e perinatais Diagnóstico/Tratamento D. de Chagas • Métodos diretos • Métodos de Strout e Xenodiagnóstico RN • Métodos sorológicos • RN, 3 e 6 meses • Tratamento até 6 meses: cura sem sequelas • ÚNICA CHANCE DE CURA DA DOENÇA DE CHAGAS !!!!!! Hepatite B Diagnóstico sorológico INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS Interpretação HBsAg HBeAg Anti-HBc IgM Anti-HBC IgG Anti-HBe Anti-HBs Suscetível - - - - - - Incubação + - - - - - Fase Aguda + + + + - - F. Aguda final + + + - - + + + - Início convalescenç a - - + + - - Imunidade, infecção passada recente - - - + + + Imunidade, infecção passada - - - + - + Imunidade, resposta vacinal - - - - - + ou Hep. Crônica Ativa/Inativa Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto. Consultem também! Do Livro, Assistência ao RecémNascido de Risco, ESCS, Brasília, 3ª Edição, 2013, Editado por Paulo R. Margotto Tétano neonatal Autor(es): Raulê de Almeida, Paulo R. Margotto Síndrome de imunodeficiência adquirida perinatal Autor(es): Thereza Christina Corrêa Ribeiro, Wílleke Clementino Sleegers, Paulo R. Margotto, Olga Messias Alves de Oliveira Doença de Chagas Autor(es): Liú Campello Porto Herpes simples neonatal Autor(es): Paulo R. Margotto Rubéola congênita Autor(es): Liú Campello Porto Varicela Congênita Autor(es): Mauro P. Bacas Clicar Aqui! Sífilis Congênita Autor(es): Liu Campello Porto Citomegalovirose congênita e perinatal Autor(es): Liu Campello Porto. Hepatite virus B Autor(es): Liu Campelo Porto Anatomia Clínica: Toxoplasmose Autor(es): Vinício N. Nascimento, Thales Taveira, Marcos E.A. Segura, Liú Campello Porto/Paulo R. Margotto/Maria Tereza Alves :: Tese de Mestrado (Universidade de Brasília):Fatores de risco e marcadores precoces no diagnóstico da toxoplasmose congênita Autor(es): Liú Campello Porto Toxoplasmose congênita Autor(es): Liu Campello Porto