Tratamento de Esgotos Processo Anaeróbio Usos da Água e Geração de Esgotos • Abastecimento Doméstico Água potável + Impurezas devido ao uso = Esgotos domésticos = Efluentes Industriais Abastecimento Industrial Água consumo industrial + Impurezas devido ao uso Principais constituintes dos Esgotos Domésticos • Água (99,9%) • Sólidos (0,1%) – Sólidos Suspensos – Sólidos Dissolvidos – Matéria Orgânica – Nutrientes (N, P) – Organismos Patogênicos (vírus, bactérias, protozoários, helmintos) LODO Caracterização Qualitativa dos Esgotos • Contribuição per capita de matéria orgânica – 45 a 55 g DBO/hab.dia – 90 a 110 g DQO/hab.dia – DBO = 2 x DQO Conceito de carga orgânica – CO (kg/d) = P (hab)x QPCDBO,DQO (g/habxd) – CO (kg/d) = Q x Concentração ( 54 a 60 mg/L) Remoção de matéria orgânica Remoção de sólidos em suspensão Por que tratar os esgotos? Remoção de organismos patogênicos Remoção de nutrientes Resolução CONAMA 357/2005 Classificação das Águas no Território Brasileiro Uso Abastecimento doméstico Preserv. equil. natural das comun. aquáticas Proteção das comunidades aquáticas Recreação de contato primário Irrigação Criação natural e/ou intensiva de espécies (aquicultura) Dessedentação de animais Navegação Harmonia paisagística Recreação de contato secundário Usos menos exigentes Classe Especial X X 1 Doces 2 Salinas 3 X X X X X X X X X X X 4 5 6 Salobras 7 8 X X X X X X X X X X X X X X X X X Resolução CONAMA 357/2005 - Padrões do corpo d’água e de lançamento Efeito do Lançamento de Matéria Orgânica nos Cursos d´água Lançamento (esgoto sem tratamento) Lançamento (esgoto tratado – 70% remoção) Rio Oxigênio Dissolvido (mg/L) 10 9 8 7 6 OD mínimo (rio Classe 2) 5 4 3 2 1 0 0 2 4 6 Tempo (dias) 8 10 12 12 Resolução CONAMA 357/05 Padrões do corpo d’água – Exemplos de parâmetros associados a esgotos domésticos Categoria Físicos Biológicos Químicos Subst.pot.prejud. Parâmetro Cor Turbidez Sólidos dissolvidos totais Coliformes totais Coliformes termotolerantes DBO5 OD pH Amônia não ionizável Amônia total Nitrato Nitrito Fosfato total Unidade mgPt-Co/l UNT mg/l org/100ml org/100ml mg/l mg/l mgNH3/l mgN/l mgN/l mgN/l mgP/l 1 nível natur. 40 500 1000 200 3 6 6,0 a 9,0 0,02 10 1,0 0,025 Águas doces 2 3 75 75 100 100 500 500 5000 20000 1000 4000 5 10 5 4 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 0,02 1,0 10 10 1,0 1,0 0,025 0,025 4 2 6 a9 - Resolução CONAMA 274/2000 Padrões de Balneabilidade Balneabilidade – categoria Excelente Própria Muito Boa Satisfatória Padrões para o corpo d’água Máximo de 250 CF/100ml 1 ou 200 EC/100ml 3 ou 25 Enterococos/100ml 4 em 80% ou mais das amostras das cinco semanas anteriores. Máximo de 500 CF/100ml 1 ou 400 EC/100ml 3 ou 50 Enterococos/100ml 4 em 80% ou mais das amostras das cinco semanas anteriores. Máximo de 1000 CF/100ml 1 ou 800 EC/100ml 3 ou 100 Enterococos/100ml 4 em 80% ou mais das amostras das cinco semanas anteriores. a) Não atendimento aos critérios estabelecidos para as águas próprias. b) Incidência elevada ou anormal, na região, de enfermidades transmissíveis por via hídrica, indicadas pelas autoridades sanitárias. c) Valor obtido na última amostragem for superior a 2500 CF/100ml 1 (termotolerantes) ou 2000 EC/100ml 3 ou 400 Enterococos/100 ml. d) Presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários, óleos, graxas e outras substâncias, capazes de oferecer risco à saúde ou tornar desagradável a Imprópria recreação. e) pH < 6,0 ou pH > 9,0 (águas doces), à exceção das condições naturais. f) Floração de algas ou outros organismos, até que se comprove que não oferecem riscos à saúde humana. h) Outros fatores que contra-indiquem, temporária ou permanentemente, o exercício da recreação de contato primário. (1) Coliformes Fecais (2) Coliformes Totais (3) Escherichia coli (4) Os padrões referentes aos enterococos aplicam-se somente às águas marinhas Padrões do Corpo d´água e de Lançamento Resolução CONAMA 357/05 e Legislação Estado São Paulo Parâmetro Unidade Padrão para corpo d’água classe 1 2 3 4 Padrão lançamento (alguns estados) Concent. Eficiência máxima mínima (%) DBO5 mg/l 3 5 10 - 60 60/80/85 DQO mg/l - - - - 90 60/90 OD mg/l 6 5 4 2 - - Sólidos suspensão mg/l - - - - 60 / 100 - Amônia total mg/l - - - - 5,0 - Amônia livre mg/l 0,02 0,02 0,02 - - - Nitrogênio mg/l - - - - 10 - Fósforo mg/l 0,025 - 1,0 - 1.000 5.000 20.000 - - - - - - Coliformes totais org/100 ml Coliformes fecais org/100 ml 0,025 0,025 200 1.000 4.000 Diretrizes da OMS (1989) Uso Agrícola de efluentes tratados Categoria Condições de Reúso Grupo exposto Ovos de CF/100 mL(c) helmintos/l (b) (média geométrica) (média aritmética) A Irrigação de culturas que são Trabalhadores, ingeridas cruas, campos de esporte e consumidores, parques públicos. (d) público 1 1000(d) B Irrigação de culturas não ingeridas Trabalhadores cruas como cereais, para a industria, pastos, forragem e árvores. 1 Não se recomenda C Irrigação de culturas da categoria B Nenhum se o público e os trabalhadores não ficam expostos Não se aplica Não se aplica (a) em casos específicos, de acordo com os fatores ambientais, epidemiológicos, locais e socioculturais, devem ser consideradas modificações das recomendações; (b) espécies dos nematóides Ascaris, Trichuris, Necator americanus e Ancilostoma duodenale (c) durante o período de irrigação; (d) recomendações mais rigorosas devem ser consideradas ( 200 CF/100 mL) para gramados públicos onde o público tem contato direto; (e) no caso de árvores frutíferas, a irrigação deve ser suspensa duas semanas antes da colheita, sem que sejam apanhadas do chão. Níveis de Tratamento dos Esgotos Tratamento preliminar Tratamento primário Tratamento secundário Tratamento terciário ou póstratamento Tratamento Preliminar Objetivo: remoção de sólidos grosseiros e areia grade caixa de areia medidor de vazão Finalidades da remoção de sólidos grosseiros • proteger as unidades subsequentes; • proteger as bombas e tubulações; • proteger os corpos receptores. Finalidades da remoção de areia • evitar abrasão nas bombas e tubulações; • evitar obstrução em tubulações; • facilitar o transporte do líquido. Tratamento Preliminar Tratamento Primário Objetivo: remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes (óleos e graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão lodo primário Tratamento Secundário Objetivo: remoção de matéria orgânica dissolvida e da matéria orgânica em suspensão não removida no tratamento primário participação de microrganismos matéria orgânica + bactérias contato entre os microrganismos e o material orgânico contido no esgoto H2O + CO2 + mais bactérias