Secretaria Municipal de Educação
CATÁLOGO DE
INDICAÇÃO LITERÁRIA
2011
Secretaria Municipal de Educação
CATÁLOGO DE
INDICAÇÃO LITERÁRIA
"Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais
acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores."
Charles W. Elliot
2011
Apresentação
Este Catálogo integra o conjunto de materiais produzidos no âmbito da formação continuada,
tendo como objetivo a mobilização de uma rede leitora. Foi elaborado por educadores que atuam na gestão
escolar e coordenação pedagógica das escolas urbanas e rurais do município de Iraquara que buscam, através
do fomento a leitura, construir na escola uma comunidade leitora.
Nesta produção, há livros de estilos variados: suspense, comédia, ficção, aventura, auto-ajuda,
que representam uma possibilidade de viajar por diferentes rincões, emoções e sensações... Esse processo de
produção coletiva teve como resultado uma diversidade que se optou por manter: as resenhas diferenciam-se na
extensão, no estilo, no teor analítico e no volume de informações.
A seleção dos títulos teve como critério principal os livros que provocaram reflexões e embalaram
o leitor com histórias interessantes, fantásticas, inusitadas, misteriosas, divertidas, verídicas, impactantes.
Este é, portanto, o resultado de uma produção coletiva, marcada pela comunhão de ideias e pelo
propósito de contribuir para a formação leitora dos diferentes atores da educação do município.
Simone Neves Pinto
Secretaria Municipal de Educação
Nota ao Leitor
Este é um catálogo muito, mas muito especial. É um empreendimento do projeto de formação
leitora da equipe técnica, cujos protagonistas são diretores escolares e coordenadores da rede municipal de
Iraquara.
A ideia de realizar essa produção nasceu como uma forma de sistematizar os nossos momentos
de formação leitora, que acontecem permanentemente a cada formação. Esta ação teve origem após
acompanhamentos nas escolas, quando percebemos as fragilidades dos alunos em escrever recomendações
literárias. Dessa forma, é fundamental cuidar da formação daqueles que estão diretamente ligados aos
estudantes – coordenadores pedagógicos, diretores escolares e professores – já que eles têm papel fundamental
na alfabetização plena das crianças e jovens. É preciso cuidar de cada um deles, qualificando sua formação
leitora.
Assim, compartilhamos o esboço do projeto na Jornada Pedagógica, tendo como objetivos:
Formar uma comunidade escolar leitora, gerindo o projeto institucional de leitura, organizando e incentivando
o uso sistemático do acervo disponível na biblioteca escolar.
•
Formar diferentes atores, comprometidos com a formação de um espaço permanente de reflexão e fomento à
leitura nas escolas, incentivando a utilização do acervo e a manutenção de espaços físicos que acolham atos de
leitura e acesso aos livros.
•
Neste catálogo, você, caro leitor, pode encontrar livros que encantam crianças, jovens e adultos.
É uma ótima pedida para adentrar no mundo fascinante da literatura.
Emocione-se e divirta-se com emocionantes histórias!
Equipe Técnica SEMEC Iraquara
Índice
1.
O Pequeno Príncipe - Luciana Rocha
22. Comprometida – Leni Maria
2. A Caligrafia de Dona Sofia – Eliana Almeida
23. A Bolsa Amarela – Ivaneide Teixeira
3. Virtude Indecente - Marinalva Neves
24. O Mercador de Veneza- Claúdia Rocha
4.
O Menino do Dedo Verde - Célia Emília
25. Nó na Garganta – Ana Paula Viana
5.
O Corcel Negro- Eliete Teles
26. Mentes Perigosas – Vânia Emília
6. A Cabana - Terezinha Chaves
7.
12 Horas de Terror – Rilson Lima
8. Ana Pedro – Simone Gomes
9.
Contos de Enganar Morte – Ana Paula Brito
27. A Metarmofose do Lívio – Aline Novaes
28. O Futuro da Humanidade – José Neto Lopes
29. No Meio da Noite Escura Tem Um Pé de Maravilha –
José Pedro
10. Uma História de Amor – Serafina Ribeiro
30. O Senhor Pip – Eliene Abreu
11. A Menina Que Não Sabia Ler - Cinelândia Alves
31. Como Lidar Com Pessoas Difíceis – Veralúcia
12. Sexo na Cabeça- Célia Maria De Sousa
32. A Raposa e o Cancão – Aldenir Macedo
13. Capitães de Areia- Mileni De Oliveira
33. O Monge e o Executivo – Marileide Carvalho
14. A Última Música- Gislaine Brandão
34. A Cabana- Simone Ferreira
15. O Caçador de Pipas – Cleide Cerqueira
35. A Mãe Possível - Sonizete Oliveira
16. Menino de Engenho – Joelma Pires
36. O Clube dos Anjos: Gula – Vitor José De Souza
17. O Retrato de Dorian Gray – Vaneza Oliveira
37. Querido John- Sirleide Bispo
18. Não Há Silêncio Que Não Termine – Alaíde Emília
37. As Mulheres Que Mudaram o Mundo- Marisa Barbosa
19. Meu Pé de Laranja Lima – Marlane Rosa
38. As Mentiras Que os Homens Contam – Elaine Cristina
20. Biblioteca da História – Gandhi – Wilson Neves
39. O Diário de Anne Frank - Martha Deane
21. A Última Música – Maria Cristina De Souza
40. O Guardião de Memórias – Clélia Lina
O Pequeno Príncipe
O livro O Pequeno Príncipe tem como título original Le
Petit Prince, escrito em francês. Seu autor é Antoine SaintExupéry, editora AGIR . Essa versão foi publicada no ano de
1994, com 78 páginas.
O presente livro, tem uma linguagem clara e de fácil
entendimento. É uma história emocionante, que envolve o
leitor de maneira que faz viver a própria trama. A obra tem
personagens interessantes os quais nos levam a grandes
reflexões sobre o valor da amizade e solidariedade.
“Eis
o
meu
segredo.
É
muito
simples:
só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos
olhos”. Frases como estas e muitas outras vocês encontram
no livro de Antoine de Saint-Exupéry. “O Pequeno Príncipe”
é uma obra excepcional, uma história mágica, de um piloto
perdido no deserto e um menino vindo de um lugar distante.
Juntos, eles compartilham experiências que divertem,
encantam e tocam o coração. Esse piloto, quando criança,
fez seu primeiro desenho com a certeza do que queria ser no
futuro: pintor. Porém, quem via o desenho o aconselhava a
deixar de lado os desenhos e se dedicar a geografia, história,
a matemática, a gramática.
Então ele cresceu, tornou-se piloto e um dia, em uma dessas
viagens, teve um problema com o avião, no deserto, onde
teve um encontro inesquecível com um pequeno príncipe e
com ele aprendeu muitas coisas como, por exemplo, o valor
de um verdadeiro amigo.
Nesse encontro, o Pequeno Príncipe
conta sua trajetória de vida,
relatando suas descobertas pelos
planetas que visitou, planetas tão
pequenos como o dele.
Nessa viagem aos planetas tinha o objetivo de se instruir,
conhecer coisas novas e fazer novas amizades. O que o
príncipe mais desejava era ver o pôr-do-sol, por isso, visitou
vários planetas até chegar à terra.
Ele é um principezinho questionador e achava que as
pessoas grandes eram esquisitas, tinham sempre necessidade
de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas, e é
fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações..
Esta literatura também encontra-se em filme, com a duração
de 88 min. O ano de lançamento é 1974, com áudio em
português, sem legenda.
Este livro contém 78 páginas, porém, tem uma leitura
gostosa que não conseguimos interromper. Por isso é
impossível não querer ler esta maravilhosa obra. Li, gostei e
recomendo a todos os leitores, de todas as idades, e tenho
certeza que irão descobrir a força de uma grande amizade..
Coordenadora Luciana Rocha
A Caligrafia de Dona Sofia
No livro a Caligrafia de Dona Sofia, André Neves
escreve e ilustra essa história carregada de poesia.
Dona Sofia é uma senhora que mora sozinha, no
alto de um morro de um pequeno vilarejo. Sua
grande distração é sua paixão pela poesia. Sua
casa é toda enfeitada, cheia de poemas escritos na
parede.
Dona Sofia também gosta de distribuir poesias à
população, em pequenos cartõezinhos, com ajuda
do carteiro, seu Ananias, que se apaixona pela
poesia através da simpática senhora. Aos poucos,
a poesia vai tomando conta da vida de todos.
O livro, como as paredes da casa de Dona Sofia,
também é todo 'ilustrado' com muitos poemas de
diversos autores, despertando no leitor o desejo
de conhecer mais esse universo tão rico. “A
caligrafia de Dona Sofia” é um livro cheio de
poesia, e que pede ainda mais poesia. É um livro
com apenas 40 páginas, mas que traduz, nessas
poucas laudas, as mais belas poesias.
Leia e se delicie com esse livro, pois vale muito a
pena.
Diretora Eliana Carvalho
Virtude Indecente
Nora Roberts nasceu em Maryland nos Estados
Unidos, em 1950. É autora número 1 de listas de bestsellers em todo mundo. Sua grande popularidade vem
da habilidade de mesclar suspense, amor e paixão em
suas tramas.
Em Virtude Indecente há uma “apresentação” direta ao
assassino. É chocante. Mas, é possível adentrar na vida
desta pessoa conforme a leitura avança, entre as sutis e
curiosas 365 páginas e poder conseguir entender o que
se passa na mente de um maníaco.
Sem dúvida, o que mais me chamou atenção neste livro
foi a forma da autora Nora descreve brilhantemente os
planos de um assassino e o trabalho policial durante as
investigações do caso. E, claro, como sendo Nora
Roberts a autora dos maiores best-sellers, a maneira
que a história é conduzida é mais do que perfeita: a
mistura de assassinatos, romance, suspense e ação não
te deixa largar o livro nem por um instante.
Grace e kathleen são irmãs e não se parecem em nada.
Não possuem muita afinidade uma com a outra. Grace,
uma escritora de romances policiais de sucesso, que
conquista muitos amigos e tem sempre alguém para
resolver seus problemas.
Kathleen é professora. Uma mulher fechada e de
poucos amigos. Marcada pela dor da separação,
trabalha arduamente para ganhar a guarda do seu filho
Kevin. Contudo, mesmo com total diferença entre
essas irmãs, elas sabem o quanto é importante estarem
juntas. Grace tira férias e vai visitar Katy. Fica
chocada com o tipo de trabalho da irmã, porém,
respeita a atitude dela. Certa noite, sai para um jantar
com Ed, um policial que mora ao lado da casa de Katy.
Quando chega do passeio, fica chocada ao se deparar
com sua irmã brutalmente assassinada.
Com a perda de Katy, Grace acredita que somente ela
pode fazer justiça. Ignorando as advertências do
tranquilo e experiente detetive Ed Jackson, monta
sozinha sua própria armadilha para pegar o assassino.
Mas, o que pode protegê-la de um maníaco cuja
volúpia de matar não se detém diante de nada ... Nem
de ninguém?
Coordenadora Nalva A. Neves
O Menino do
Dedo Verde
O livro O Menino Dedo Verde é de autoria do francês Maurice
Druon e traduzido para o português por D. Marcos Barbosa.
Editado pela José Olímpio Editora, Rio de Janeiro 2006, 77ª
edição.
Ao abrir uma caixa de livros do FNDE, que tinha acabado de
chegar na escola, deparei-me com um livro chamativo, de
capa verde, brilhante e de título : O MENINO DO DEDO
VERDE. Fiquei curiosa e fiz a leitura da orelha ali mesmo.
Nela estava uma interessante indicação de Nogueira Moutinho
da Folha de São Paulo, junho de 1973. Fui surpreendida por
um dos trechos que dizia: ‘’A simbologia quase evangélica
deste pequeno livro faz dele realmente um acontecimento a
destacar entre a massa dos lançamentos literários. Cremos estar
presenciando o retorno do pequeno príncipe, como nas fábulas
antigas, se disfarça como Tistu, para só revelar sua verdadeira
identidade aos que como ele possuem o polegar verde.’’ Isso foi
o bastante para começar a ler o livro ali mesmo e não
descansar até chegar ao final.
Creio que assim como eu você irá ficar fascinado com a
história deste menino. Uma criança que nasceu num ambiente
luxuoso, no meio de uma família super poderosa e dona da
.
maior empresa da cidade O que tem esse personagem de tão
especial? Logo na leitura das primeiras páginas você já se sente
seduzido em conhecer o personagem, porque o autor começa a
história mostrando detalhes do seu nascimento. A partir daí é
difícil parar de ler. Nos capítulos que seguem, o autor deixa
claro que o garoto não consegue aprender nada na escola
convencional, para tristeza de seus pais. Porém, foi entregue a
outros educadores como o Bigode, que lhe dava aulas de
‘’jardim’’ e o Senhor Trovão, que lhe ensinava tudo sobre a
‘’ordem.’’ O jardineiro Bigode é quem descobre mais tarde o
grande segredo do menino, o de ter o polegar verde e fica
sendo o seu conselheiro secreto dando-lhe apoio em cada
ação. Com isso, transforma cada tristeza das aulas do Senhor
Trovão em alegria no dia seguinte, fazendo nascer flores por
onde passa através de suas digitais. Para ele o que importa é
fazer as pessoas felizes e não apenas realizar o interesse dos
pais, que é principalmente que seja educado para cuidar do
patrimônio da família no futuro.
Essa história, além de ser fascinante pela beleza da trama,
nos leva a fazer uma reflexão sobre o bem e o mal e o
resultado de tudo isso. Não deixe de ler o livro. Nas
informações que li sobre o autor O MENINO DO DEDO
VERDE é a única obra feita por ele para as crianças, mas isso
não quer dizer que ela encanta somente aos pequenos. Não
sou tão criança e já estou na quarta releitura do mesmo e
tenho certeza que não será a ultima. De acordo com D. Marcos
Barbosa, tradutor da história em questão, o livro é uma obra
prima transbordante de humor e poesia. Vale a pena constatar.
Coordenadora Célia Emília dourado
O Corcel Negro
“O Corcel Negro”, escrito por Walter Farlew e traduzido
por Rodrigo Abreu, teve sua 2ª edição publicada no Rio
de Janeiro pela editora Record, 2006. Um livro, de
agradável leitura nos permite facilmente compreender a
aventura vivida por Alexander Ramsay. Essa história
emocionante deu origem ao clássico filme “O Corcel
Negro”, produzido por Francis Ford Coppola, em 1979.
Quando o navio 'Drake' naufraga na costa da Espanha,
só há dois sobreviventes - o jovem Alec Ramsay e o
Corcel Negro - um cavalo indomável. Juntos,
conseguem chegar a uma ilha deserta, onde enfrentam
desafios e perigos, criando uma forte ligação entre eles.
Na ilha inabitada Alec passava os dias juntando musgoda-irlanda, uma espécie de alga que servia de alimento
para ele e o Negro. À noite eles se aqueciam ao redor
de uma fogueira. Certa noite, Alec acordou com o grito
estridente do Negro. Sonolento, abriu os olhos e viu
que seu abrigo estava pegando fogo! As chamas
ardendo, o fogo subindo aos céus, enchendo o ar de
fumaça! Isso chamou a atenção do capitão de um navio
cargueiro que passava por perto. Graças ao incêndio
eles foram resgatados e levados para o Rio de Janeiro e
depois para Nova York, sua terra natal.
Ao encontrar seus pais que não acreditava que ele
poderia estar vivo, Alec enfrentou um grande desafio
que foi convencê-los a ficar com o cavalo. A história
do naufrágio chamou a atenção do repórter Joe Russo
que tentava entender por que o amor do menino era a
única força capaz de domar a selvageria do animal.
Coordenadora Eliete Teles
A Cabana
O livro aborda a história de Mack Allen Phillips, um homem
que vive sob o peso da experiência de ter sua filha Missy, de
seis anos, raptada durante um acampamento de fim de
semana. A menina nunca foi encontrada, mas sinais de que
ela teria sido assassinada são achados em uma cabana
perdida nas montanhas. Vivendo desde então sob a "A
Grande Tristeza", Mack, quatro anos depois do episódio,
recebe um misterioso bilhete supostamente escrito por Deus,
convidando-o para uma visita a essa mesma cabana. Ali,
Mack terá um encontro inusitado com Deus, de quem tentará
obter resposta para a inevitável pergunta: "Se Deus é tão
poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso
sofrimento?"
O autor, William Paul Young, nasceu em Alberta, Canadá.
Sendo o mais velho de quatro filhos, Young passou grande
parte da sua infância na Papua-Nova Guiné, junto com seus
pais missionários, numa comunidade tribal. Os membros da
tribo vieram a se tornar parte de sua família. Young conta que
antes de virar escritor, possuía três empregos e em um deles
trabalhava como empacotador e auxiliar de serviços gerais
em uma fábrica, o que já o fez limpar até privadas.
Sobre “A Cabana”, sua obra mais conhecida, lançada no ano
de 2007, 272 páginas, ele relata que a princípio escreveu 15
cópias por conta própria para entregar à família e amigos.
Estes presenteados gostaram tanto que começaram a mostrar
para outras pessoas, espalhando assim o livro, não de forma
fácil, pois a versão final foi levada a 26 editoras e todas
rejeitaram. Finalmente, o livro foi publicado por uma editora
criada espacialmente para essa publicação.
Assim, “A Cabana” é um livro que já chegou polemizado na
sua história e para mim chegou por indicação de uma amiga
que me contagiou com o breve relato da história. Decidi ler e
providenciei a compra do livro. Meio desconfiada, li as
primeiras páginas querendo reconhecer logo o “porquê” de
tanta empolgação por parte de quem me indicou. Daí em
diante, a leitura não me decepcionou.
Logo que “conheci” a família de Mack e cheguei junto com
eles no acampamento, já senti que ia gostar, mas
principalmente me emocionar. Mas teve algo mais que isso.
Teve medo, (quase desisti de ler) quando comecei a perceber
o drama que iria se desenrolar, pois o drama envolvia uma
menininha dócil e inocente, e essas características em uma
criança são o suficiente para mexer comigo, e, em meio a um
enredo dramático, pior ainda.
Mesmo assim continuei a leitura e sofri junto com eles, com o
desfecho totalmente cruel de Missy. Senti, como Mack, “a
grande tristeza” , aquela que se apossou dele depois do trágico
final de semana.
A Cabana
E assim, a narrativa segue, relatando o cotidiano daquela
família que tenta levar a vida de forma normal, até o dia que
Mack recebeu um bilhete pedindo que ele vá até a cabana
onde foram encontradas as roupas de Missy. E o mais
intrigante, o bilhete estava assinado por alguém que se dizia
“Deus”.
Depois de muita indecisão Mack resolve ir e eu pensei que
talvez agisse da mesma forma que ele, indo à “Cabana” para
tentar desvendar esse terrível mistério, pois, seria mesmo
possível que fosse Deus o autor daquele bilhete?
Enfim, com essa narrativa, o autor traz à tona a
angústia do ser humano, suas fraquezas e fragilidades
diante dos desígnios de Deus. Assim como Mack, me
enquadro algumas vezes, na categoria “ser humano
cético”, e, talvez como ele, preciso ir de encontro à
“Cabana.”
E você, arriscaria ir “A Cabana?”
Daí em diante, a leitura de “A cabana” delineou em mim a
visão de um Deus, de uma Trindade que age em nossas vidas
de forma tão imprevisível (para nós), mas sempre com um
propósito que teimamos em não reconhecer, e,
principalmente, não aceitar.
O autor apresenta a trindade de uma forma tão peculiar que
você sente que, assim como Mack, também está ali com
Jesus, Papai e Sarayu, vivendo aqueles momentos (dias,
meses, horas?) de total plenitude. Aliás, quem seria mesmo
Sarayu?
O “plano” é passado nesse livro de forma encantadora,
mostrando uma forma de viver além da vida terrena, que
transmite muito amor e harmonia entre os seres, de forma tão
plena que todos são, ao mesmo tempo, únicos e
indissociáveis.
Diretora Terezinha Miranda Chaves
12 Horas de Terror
O livro 12 Horas de Terror escrito por Marcos Rey trata de
uma história muito fascinante, onde as cenas de aventuras
se misturam com as cenas de mistério. Essa obra literária
foi indicada pela bibliotecária Júlia que, de forma
encantadora, conseguiu aguçar a minha curiosidade, pois, a
indicação oral feita pela mesma deixava muitos
questionamentos sem respostas.
O rapaz deve seguir a orientação de uma pessoa
desconhecida? JúlioO ficou com tanto medo que tomou
um taxi e foi encontrar com a desconhecida na estação
do metrô indicada. É Ruth, a namorada de Miguel. A
partir daí, Júlio e Ruth começam a viver 12 horas de
terror. A culpa é de Miguel, que se envolveu com o
tráfico de drogas. Como os dois vão escapar dessa?
Tudo aconteceu em 12 horas, ou seja, das 18 horas da tarde
às 6 horas da manhã do outro dia.
O objetivo é pegar uma sacola e uma caderneta que
estão escondidas e encontrar com Miguel. Onde estão
estes objetos? Qual a importância dos mesmos? Na
perseguição dos ex- amigos traficantes de Miguel. Júlio
e Ruth passam a fazer uma perigosa trajetória nos
lugares que o mesmo tinha amigos ou costumava
freqüentar. Este é um livro sedutor, cheio de aventuras.
Façam a leitura do mesmo para desvendar seus
mistérios.
O grande mistério começou quando Júlio, um rapaz
simples, morador da pacata cidade de Serra Branca,
acostumado à paz do interior, resolveu morar no Centro
Urbano de uma grande cidade a pedido do seu irmão
Miguel.
Na cidade, a vida tornou- se tão corrida de forma que Júlio
e Miguel quase não se viam. Sempre que um chegava o
outro já estava dormindo. Certa tarde, Júlio abre a porta do
apartamento. Tudo revirado. O telefone toca. Quem poderia
ser? Não conhece ninguém na cidade, a não ser Miguel, seu
irmão mais velho. Uma voz feminina apressada e rouca dizlhe para sair imediatamente. Júlio fica indeciso sem saber o
que está acontecendo. O telefone toca novamente e a
mesma pessoa faz um alerta dizendo que Júlio deve deixar
o apartamento em pouco tempo e se encontrar com ela na
estação do metrô da República e desliga o telefone
apressadamente.
Diretor Rilson Lima de
Souza
Ana Pedro
Se tem algo que faz a vida encher de alegria é a chegada
de um bebê. Este é capaz de trazer amor, esperança e
harmonia. Mas o que fazer quando se tem um marido
autoritário ao ponto de querer mandar no sexo do bebê
que irá nascer? Como fica um coração de mãe nesta
situação?
O livro Ana Pedro, um infanto-juvenil do autor Miguel
Jorge, de 80 páginas, está organizado em capítulos, com
uma linguagem clara e fácil de ser entendida pelo público
jovem. Foi escrito pelo renomado autor Miguel Jorge
ficcionista, poeta, teatrólogo, que na década de 60, ajudou
a fundar o Grupo de Escritores Novos, revolucionando a
literatura de Goiás. Publicou dezenas de livros como
Atrás do Morro Azul, Um Anjo no Galinheiro, Caixote e
Asas de Moleque. Também recebeu importantes prêmios
literários, dentre eles, o Prêmio Fundação Nacional do
Livro Infanto Juvenil e Prêmio Jabuti.
O livro conta a emocionante história de uma menina que
cresceu como Pedro por imposição do pai. Thomás, pai
de duas meninas, ao ver sua esposa prestes a dar a luz lhe
exigia que, desta vez, queria um menino.
Dona Madalena é tomada pelo medo, seu coração já sabia
que era outra menina. Sua sorte foi a parteira meio bruxa,
a Dona Ozana que, para resolver a situação, decidiu
mostrar a Thomás a nudez de Ruiter, filho da vizinha,
nascido no mesmo dia.
A doce menina recebeu o nome de Ana, nome da sua
avó, e devido ao machismo e orgulho paterno crescera
como Pedro, fazendo tudo o que um menino tem direito.
Sua mãe e dona Ozana sempre tiveram o maior cuidado
para que ninguém nunca descobrisse e segredo.
Com o passar dos tempos e a chegada da
adolescência a feminilidade de Ana aflora, e um forte
sentimento entre ela e Ruiter. E agora como fazer para
que o pai não descubra que foi enganado, e como
explicar a atração por Ruiter? Qual será a reação de
Thomás ao saber que o seu tão admirado filho é na
verdade uma menina? Sua mãe será perdoada e ambas
aceitas em casa ou essa família estaria desfeita pra
sempre? Não fique na curiosidade e angústia, leia já o
livro Ana Pedro do autor Miguel Jorge e se emocione
com o delicioso enredo dessa história.
Coordenadora Simone Gomes
Contos de Enganar a Morte
O livro contos de enganar a morte, têm 60 páginas, foi
escrito pelo Ilmo. autor Ricardo de Azevedo e editado pela
Ática.
O autor nasceu em São Paulo, é mestre em letras pela
Universidade de São Paulo e doutorado em teoria literária,
(U.S.P.).
A obra contém quatro belíssimos contos: O homem que
enxergava a morte, O último dia na vida do ferreiro, O
moço que não queria morrer e A quase morte de Zé
Malandro.
O nome do livro, capa, as folhas ( pretas ), fizeram com que
eu me interessasse pela leitura. Li. Nossa, foi paixão à
primeira vista, pois os maravilhosos contos conseguiram
arrancar de mim muitos e muitos sorrisos pelo fato de que
os personagens trouxeram estratégias engraçadas de enganar
a morte.
A você que quer sorrir e enrolar a morte vale à pena
conhecer o excelente livro. Você não se arrependerá e assim
como eu, jamais o esquecerá.
Dentre os engraçados contos, escolhi O homem que
enganava a morte para compartilhar um pouco com você
leitor.
O texto fala sobre um homem muito, muito pobre de quem
ninguém queria batizar o 7° filho. Em busca de alguém para
batizá-lo encontra a morte. A morte, alegre com o convite,
promete ao velho que o tornaria um homem rico, famoso,
poderoso e para isso ela o transformaria em um médico.
E a criatura tornou-se mesmo um bom médico e começou
a curar várias pessoas.
Certo dia, o médico resolveu contrariar a morte, não
deixando morrer uma moça que estava prestes a bater as
botas. Por este motivo a danada da morte ficou furiosa e
veio buscar o compadre no lugar da jovem. Mas o homem,
que não era bobo, tentou negociar com ela, pedindo-lhe que
só o levasse quando terminasse de rezar o pai nosso. E aí,
quer saber o que aconteceu? Leia o livro!
Coordenadora
Ana Paula de Brito
Uma História de Amor
O autor Carlos Heitor Cony é um grande escritor, autor
de mais de17 livros de romances, diversos livros de
crônicas e adaptações de clássicos da Literatura
Universal. Como romancista conquistou vários prêmios,
entre os quais, quatro Jabutis, dois Livros do Ano,
Prêmio Machado de Assis, Prêmio Nestlé e duas vezes o
Prêmio Manuel Antônio de Almeida.
Este livro é um romance composto por 18 maravilhosos
capítulos, onde o autor traz, nos primeiros deles, sua
história de vida sofrida, marcada pela desigualdade e
pelo preconceito social, de sua persistência nos estudos.
E de forma simples, com palavras do nosso cotidiano,
conta um belo romance entre dois jovens estudantes,
tendo como personagens principais Helena e Henrique,
personagens estes marcados pelo destino do amor. Ele,
menino pobre, filho de costureira. Ela, muito rica e
inteligente. Porém, a menina mais popular do colégio
tinha por Henrique um amor platônico.
Diante de tantas riquezas e dos títulos do comendador
Rezende, os pais de Helena e todos da cidade achavam
impossível Henrique, um menino pobre, estudar no
mesmo colégio em que ela estudava e muito menos
ainda serem apaixonados, inadmissível para a sociedade
da época, na qual o status falava mais alto do que um
verdadeiro amor.
O autor sabe expor suas palavras de forma emocionante e de
maneira convidativa, sem deixar o leitor perder o fio da
meada, mesmo contando vários casos que lhe acontecera em
todo o desfecho de sua história, pois o autor é o personagem
de sua própria história, apenas com outro nome.
Esse livro foi indicação de uma aluna do 8º que despertou
minha curiosidades. Li, gostei e recomendo. Realmente esta
história de amor é dez e certamente posso garantir que
Carlos Heitor Cony escreve como ninguém.
Coordenadora Serafina Ribeiro Alves Oliveira
A Menina Que Não Sabia Ler
A menina que não sabia ler, de John Harding, é um romance
contemporâneo de 282 páginas, da Editora Leya, e conta a
história de Florence, narrada pela própria personagem, uma
garota de 12 anos, que aprendeu a ler sozinha. Toda a trama
se passa em uma fria e decadente mansão no interior da
Nova Inglaterra em 1891.
Porém, Gilles não pode ficar sem estudar e outra
preceptora é contratada, imediatamente, para realizar o
serviço interrompido de forma trágica. Repentinamente,
toda calmaria e monotonia da mansão parecem estar
ameaçados com a chegada desta nova Senhora que trata
Gilles de um modo muito estranho.
Florence vive com o pequeno e inocente Gilles, seu irmão
de apenas 8 anos, sob a tutoria de um negligente tio, um
homem que eles nem ao menos chegam a conhecer
pessoalmente, e na companhia de empregados, com os
quis não possuem laços afetivos e que procuram seguir à
risca as recomendações do seu patrão.
Afinal, quem é esta mulher tão misteriosa? Quais segredos
ela esconde? O que ele quer com Gilles?
A jovem Florence é uma garota esperta e observadora que,
impedida de estudar e movida pela curiosidade, descobre a
biblioteca da mansão, aprende a ler, descobre nos livros um
delicioso passa tempo e um mundo cheio de imaginação.
Com relação à educação do garoto, seu tio tem um
posicionamento diferente, sendo assim, chega o momento
em que Gilles necessita receber instrução. Para isso, é
contratada uma preceptora para realizar esta tarefa. No
entanto, acontece uma tragédia e a senhora Taylor acaba
morrendo afogada no lago ao lado da mansão.
A partir daí, a trama é carregada de acontecimentos
suspeitos, visto que coisas estranhas começam a acontecer
na mansão. Intrigada com os mistérios que cercam a vida
da nova hospede, Florence trava uma batalha pessoal,
cheia de imaginação e suspense para proteger a vida do
amado irmão. Para isso, ela é capaz de tudo, afinal, eles só
têm um ao outro.
Esta é uma narrativa envolvente, onde o leitor é aguçado o
tempo todo a desvendar inúmeras pistas é chegar a um
surpreendente final, que somente a mente humana é capaz
de levar.
Diretora Cinelândia Alves dos Santos
Sexo na Cabeça
Comecei a ler crônicas com mais freqüência no início do
ano de 2010, quando chegou à escola o livro Comédias
Brasileiras de Verão. Gostei tanto do estilo do autor que
comecei a comprar ou pegar emprestados livros dele para
ler. Já tenho Comédias da Vida Privada, Mais Comédias
para se Ler na Escola, As Mentiras que os Homens Contam,
O Banquete dos Deuses e Sexo na Cabeça, sendo este o
último que comprei e estou a indicar.
Luis Fernando Veríssimo é brasileiro, nascido em Porto
Alegre, sendo o escritor que mais vende livros no Brasil.
Também pudera, seus livros são maravilhosos! O trabalho
do autor também é conhecido na televisão, por conta do
livro comédias da vida privada, que foi adaptado para
minissérie.
“Quando o assunto é sexo, não faltam histórias e confissões
apaixonadas. Afinal, quem não se lembra da 1º vez? Quem
também não foi protagonista de alguma cena que preferiria
apagar da memória”. Histórias como essas não faltam e
Veríssimo não perde tempo, escrevendo com muito humor
estas breves 144 páginas que nos faz chorar de tanto rir.
Uma das crônicas que mais gostei nesta obra, foi FARSA, é
uma história hilária, onde o marido resolve voltar
repentinamente para casa. Lá chegando encontra a mulher
na cama, porém, ela estava com um amante e o esconde
dentro do guarda roupa. Só que algumas coisas dão errado,
o amante esqueceu os sapatos ao lado da cama e o marido
quer desfazer as malas, arrumar suas coisas e tirar os
sapatos que estão muito apertados. Dá para imaginar que
fim terá esta história? Se estiver curioso é só ler o livro para
conhecer esta e muitas outras crônicas magníficas. Pois o
autor, daquele jeitinho que só ele sabe fazer, caprichou,
escrevendo cada história melhor que outra.
Coordenadora
Celia Maria de Souza o
Capitães da Areia
CAPITÃES DA AREIA é uma obra do baiano Jorge Amado,
editada pela Companhia de Bolso, reimpressa em 2009,
composta por 275 páginas.
Neste clássico, Jorge relata a história de um grande grupo de
meninos que morava em um trapiche (casarão velho), vivia de
pequenos furtos para sobreviver, um grupo organizado onde
havia regras a serem cumpridas.
Ele narra a trajetória de diferentes personagens, que trazem em
seu interior sonhos e desejos, como Volta Seca, afilhado de
Lampião que sonha em voltar para o cangaço e vingar a morte
da mãe. Professor, o único letrado da turma, lê histórias de
aventuras e faz desenhos das pessoas para ganhar uns trocados.
E Pirulito, o menino que deseja ser padre.
Na trama, Pedro Bala, o líder do grupo, filho de grevista, se
apaixona por Dora, a única menina que chega a fazer parte dos
Capitães da Areia, com seu irmão pequeno Zé Fuinha, após a
morte dos pais no surto de bexiga que houve na Bahia naquela
época.
Diferentes personagens, de diferentes culturas, mas unidos por
um mesmo destino, o de não ter casa, nem família e nem quem
se preocupe com eles.
E aí, como será suas vidas quando adultos? Será que
permaneceram juntos? Conseguiram se reerguer do abandono e
miséria a qual foram obrigados a viver na infância? Você vai se
emocionar com este maravilhoso romance. Curta muuuuito!
Diretora Mileni de Oliveira
A Última Música
Por ter lido “A Última música”, que ganhei de
presente da Equipe da SEMEC, me interessei por este outro
livro do autor.
A família de Allie tem certa posição social e não aceita o
romance dos dois. Nesta questão, me lembro um pouco de
Titanic.
Recomendo a todas as pessoas sensíveis e românticas e até
aos mais durões, pois o final é surpreendente e muito
emocionante. Quem ler se afogará em lágrimas.
Alguns anos se passam e todas as cartas que Noah mandou
jamais foram entregues a Allie. Sua mãe, acreditando ser o
melhor para a filha, escondeu todas e ela jamais soube da
existência das mesmas. Allie achou que para Noah havia
sido apenas um verão.
Editora: Novo Conceito, número de páginas: 244
Autor de “A Última Música”, “Querido Jonh” e outros
sucessos mais, Nicholas Sparks, sempre traz histórias
românticas e marcantes. E este, que já foi traduzido para
mais de vinte línguas, com doze milhões de cópias
vendidas, não poderia deixar de ser apreciado. Há também a
versão em filme, muito bom.
A história inicia em meados do Século XX. Allison Nelson
(Allie) está passando o verão na cidade de Nova Berna com
seus pais, onde ela acaba conhecendo Noah Calhoun, um
rapaz simples, e vive um intenso amor.
Chega o momento de ela ir embora, os dois trocam
promessas de nunca se esquecerem, de que irão lutar para
ficarem juntos, mas os acontecimentos da vida acabam
retardando esse sonho.
Faltando poucos dias para o seu casamento, Allie reencontra
Noah e os dois revivem o amor de quatorze anos atrás.
E neste reencontro, depois de dias de amor revivido, de
paisagens perfeitas e chuvas românticas, ela faz a sua
escolha. Mas o tempo passa e há uma história triste, de
superação e de um amor construído por anos, que empolga
do começo ao fim da trama.
Vale à pena conferir!
Diretora Gislaine Brandão
O Caçador de Pipas
O livro o caçador de pipas é um romance de Kaled Hosseini
que já vendeu, só no Brasil, 1,6 milhões de exemplares. O
autor conta a história de Amir e Hassen, dois amigos de
Infância que vivem Juntos uma história triste, marcada pelo
preconceito e pela guerra, quando o Afeganistão é invadido
pela União soviética. A história é marcada pela covardia de
Amir, que não faz nada para ajudar seu amigo quando ele é
sofre um ato de intolerância e violência.
A partir deste triste episódio os amigos seguem caminhos
diferentes e Amir, atormentado pela sua covardia, passa a
viver em busca do perdão e da sua libertação.
É uma história comovente que envolve amizade,
intolerância, perdão e libertação. Mesmo com uma
linguagem complexa o Autor consegue descrever muito
bem os lugares, os personagens, os sentimentos e a vida
daquele lugar. Me senti como se estivesse vivendo naquele
lugarejo, sentindo o clima, a vegetação, o relevo e os
conflitos vividos pelos personagens. Superou todas as
minhas expectativas!
Diretora Pedagógica
Cleide Lina de Oliveira Cerqueira
Menino de Engenho
Menino de engenho foi a primeira
obra de José Lins do Rego, que
teve sua primeira edição publicada
em 1932. A narração dessa história
está na primeira pessoa e o autor buscou inspiração nas
fazendas, senzalas e engenhos do Nordeste, região onde se
localiza o seu lugar de origem, a Paraíba. Mesmo fazendo
parte da literatura clássica, a linguagem desse romance é
acessível e encantadora, talvez pelo fato de retratar um
ambiente que nos é muito familiar: o espaço rural.
Impossível não se encantar com um menino que perde sua
mãe aos quatro anos, sendo obrigado a viver com seu avô
em uma fazenda de cana de açúcar.
Os cuidados maternos estarão agora na responsabilidade de
sua tia Maria. É nesse novo ambiente que Carlinhos
(protagonista da história) vivencia momentos marcantes,
como sua primeira paixão e o despertar de lembranças
desagradáveis que acontecem quando ele perde a sua prima
Lili. O enorme espaço da fazenda e o contato de Carlinhos
com outras crianças permitem a ele realizar as suas maiores
travessuras, descobrindo a liberdade e a libertinagem.
A intimidade com a obra é inevitável, pois o autor consegue
abordar os mais variados assuntos, despertando assim, o
interesse de leitores de diversas idades.
O público mais jovem certamente consegue se identificar
com o menino sapeca que adora tomar banho de rio, andar a
cavalo e pegar passarinho.
Os adultos podem apreciar a riqueza de cultura que os
causos e crendices do povo da fazenda retratam, como
também a sabedoria da velha Totonha e suas histórias. Estes
podem ainda ver-se um pouco escandalizados com as
descobertas sexuais de um menino de apenas doze anos.
E se você for um leitor mais crítico, o texto pode lhe
prender nas questões relacionadas aos problemas políticos e
sociais da época, como a riqueza centralizada na mão dos
coronéis e a miséria do povo vizinho às fazendas.
Se ao terminar de ler Menino de engenho, você quiser saber
mais da vida de Carlinhos, leia também Doidinho (outra
obra de José Lins do Rego).
Coordenadora Joelma da Silva Pires
O Retrato de Dorian Gray
O instigante livro O retrato de Dorian Gray, uma conhecida
obra da literatura inglesa de 252 páginas, foi escrito por
Oscar Wilde, com tradução de João do Rio. Esta edição, foi
publicada pela Martin Claret em 1999, mas a obra teve sua
primeira publicação em 1891 e, desde então, tornou-se o
mais famoso livro do autor.
O livro é extremamente interessante, escrito numa
linguagem simples, mas sofisticada. A história questiona a
beleza, a juventude, os valores morais. No destrinchar dos
acontecimentos, percebemos o posicionamento do autor
sobre a juventude, o valor da beleza na sociedade, a vaidade
e o caráter das pessoas.
O autor traz a envolvente história de um rico e vaidoso
jovem, chamado Dorian Gray, que teve seu retrato pintado
por um artista que considerava aquele quadro sua mais
importante criação. Ao deparar-se com o retrato, o jovem
Dorian Gray encanta-se com a própria beleza enquanto o
pintor Basil Hallward e o nobre Henry Wotton encarregamse de instigar o seu ego. Numa forte passagem do livro, que
marca o ponto alto do início da trama, Dorian declara que
daria sua alma para que sua aparência fosse eternamente
jovem e para que o quadro envelhecesse em seu lugar. Mal
sabia ele que seu desejo seria atendido e que sua vida
sofreria muitas mudanças.
Com as influências de um amigo, Lorde Henry, Dorian se
torna egoísta, devasso e perverso. No entanto, seu rosto
continua com os traços angelicais dos seus 18 anos, ao
passo que o retrato passa a evidenciar as marcas de sua
perversidade e da passagem do tempo em sua face. Muitos
acontecimentos marcam a nova personalidade do jovem,
que leva uma vida desregrada. Nesse ínterim, Doriam
conhece uma jovem, chamada Sibyl Vane, uma adolescente
atriz que, por sua dedicação à arte de atuar, conquista o
amor de Dorian.
O que acontece a partir de então, você vai descobrir na
deliciosa leitura desse livro, que não lhe permitirá afastar-se
antes do final da trama.
Diretora Pedagógica
Vaneza Oliveira
Não há Silêncio Que Não Termine
O livro Não Há Silêncio Que Não Termine, Companhia
das Letras de Ingrid Bitancourt, traduzido para o Português
por Antonio Carlos Viana, Dorothée de Bruchard, José
Rubens Siqueira e Rosa Freire d’Aguiar, romance
contemporâneo, edição 2010, escrito em primeira pessoa,
conta o drama vivenciado por ela no coração da selva
colombiana
em poder das FARC (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia). Ingrid Bitancourt, mulher
bem sucedida, com uma vida confortável, senadora da
Colômbia, candidata às eleições presidenciais de seu país,
em um de seus inúmeros
compromissos durante a
campanha política é seqüestrada, em 2002, juntamente
com uma de suas assessoras de campanha pelos
revolucionários e durante quase sete anos fica em poder das
FARC.
Ao iniciar a leitura, não me decepcionei, a autora coloca
toda emoção vivenciada nas linhas escritas. Possui uma
linguagem tão clara e objetiva que, ao ler, parece que
estivemos lá no cativeiro com ela, tal é a forma como
Ingrid relata os seus infortúnios. A obra é dramática, no
entanto, ao lê-la não há como não fazer uma profunda
reflexão pessoal sobre o significado da nossa liberdade.
Ela narra cada momento difícil, cada fuga frustrada,
cada humilhação sofrida, vivendo a precariedade dos
acampamentos, as fugas às pressas, cada vez que o
exército colombiano descobria os esconderijos, além das
ameaças de morte e dos problemas de saúde, tudo isso com
uma lucidez indescritível. O assunto abordado é forte,
doloroso, revoltante: o sequestro, o cativeiro no interior de
uma selva com todos os seus perigos e privações.
A leitura do livro foi emocionante, não tive vontade de tirar
o livro das mãos, até chegar ao último capítulo. Saboreei as
553 páginas desta incrível obra, em apenas uma semana e
meia.
Após o seqüestro a guerrilha passa a usar a sua
popularidade como cidadã de dupla nacionalidade,
colombiana e francesa, como forma de pressionar a
Colômbia a libertar os
revolucionaram presos. No
cativeiro, Ingrid se vê cercada de outros infelizes
seqüestrados que, como ela, se encontram desprovidos da
sua dignidade, roubados dos seus familiares, condenados a
viver sob o poder dos seus algozes.
Neste período, Não Há Silêncio Que Não Termine, virou
meu livro de cabeceira. O livro chama a atenção do leitor
pela capa, verde, chamativa, como uma selva. O assunto
tratado pelo livro é cruel, mas a curiosidade me deu
coragem para seguir adiante.
Não há Silêncio Que Não Termine
Luta contra a opressão de forma incansável, tentando fugir
diversas vezes. Faz amigos no cativeiro que compartilham a
mesma miséria humana. Os desentendimentos são constantes
entre os cativos, revelando a mediocridade da personalidade,
aflorada pelas condições subumanas a que estão submetidos.
Nos últimos anos, com um quadro de doença hepática,
cansada, sem mais forças para lutar, sua luz é uma mãe
amorosa e devotada, que luta pela liberdade da filha de forma
incansável. Seu mísero radinho a pilha é a janela aberta para o
mundo. As mensagens da família alimentam a esperança de
um dia, quem sabe, recuperar a liberdade perdida. Passa por
diversos cativeiros, reencontra colegas do senado, reconhece
figuras importantes da sociedade civil, da polícia, deputados,
cidadãos americanos, enfim, pessoas que também tiveram suas
vidas tomadas por assalto. A partir das aparições em vídeo, ou
as cartas escritas às famílias “as provas de vida”, a Colômbia e
o mundo sabiam que ela ainda estava viva. Nelas, os
revolucionários procuravam forjar boas condições de vida. O
empenho da Colômbia e o apoio da França foram cruciais para
o feliz desfecho do inferno vivido.
O livro é emocionante, chorei em diversos capítulos, devorei as
páginas com uma ansiedade angustiante para saber o final. Vale
à pena ler, viver esta experiência. Ao terminar de ler, Não Há
Silêncio Que Não Termine, com certeza você valorizará muito
mais a sua liberdade.
Diretora Alaíde Emilia Dourado
O Meu Pé de Laranja Lima
O livro O Meu pé de Laranja Lima, de José Mauro de
Vasconcelos, da editora Melhoramentos, publicado em 2010,
edição três, é composto por 189 páginas que contam a história
belíssima de Zezé e sua relação com um Pé de Laranja Lima,
bem como sua descoberta de como é ser gente grande muito
antes do tempo.
É um livro gostoso para se ler, porém, a leitura é um pouco
dolorosa, pois apresenta a história de Zezé, uma criança de
cinco anos, membro de uma família pobre, que vive grandes
dificuldades financeiras. O pai desempregado, a mãe
empregada em uma fábrica, porém, a única responsável pelo
sustento da família. Zezé é um menino esperto, entretanto, é
uma criança carente de atenção, de carinho e de amor.
Considerado por todos como um menino traquino, que adora
aprontar, sempre que algo de errado acontece a culpa recai
sobre ele.
Um dos pontos comoventes desta história são as conversas
entre Zezé e o Pé de Laranja Lima, que era a forma prazerosa
que utilizava para fugir do mundo ao seu redor, cheio de
miséria e pobreza, criando seu mundo particular, cheio de
sonhos, conversando com a árvore, dizendo ser correspondido.
Embora o livro esteja destinado ao público infanto-juvenil,
o texto mostra-se uma fonte interessante e sedutora ao
adulto. Vasconcelos consegue recriar um desabafo infantil
com um vocabulário preciso e cuidadosa atenção aos
detalhes. A linguagem, simples e impressionantemente
profunda, nos conduz a uma reflexão sobre o modo como
enxergamos o mundo e também nos faz perceber que as
pequenas coisas são realmente o que importa.
O livro em si não traz uma lição de moral. Suas páginas
contam uma história comovente que faz desaguar lágrimas,
um choro para fora, a ponto de dar uma pausa na leitura e
daí recomeçar após um breve suspiro. Ao ler a última
página, alguma coisa acaba mudando em nossa forma de
entender o universo infantil. Acho que, no final das contas,
nos sentimos um pouco responsáveis pelo que é retratado
ali. Assumimos nossa parcela de culpa, não naquela situação
específica, mas nas tantas outras em que encarnamos o
papel de protagonistas da vida real. É uma narrativa
comovente, sofrida, mas belíssima. Vale a pena ler!
Coordenadora
Marlane Rosa de Souza
Biblioteca de História - Gandhi
O principal personagem dessa obra, do autor Eduardo
Godoy Figueiredo, editora Três Brasil 21 LTDA, é o grande
lutador Gandhi, que passou por inúmeros momentos
incríveis em sua história. Viveu 79 anos, e pôde mostrar a
diversos países que poderia vencer obstáculos e lutar pelos
direitos do povo.
Gandhi teve uma família indiana muito rigorosa em seus
ensinamentos. Seu pai, muito bravo, porém generoso e de
muita fé, e sua mãe religiosa, puderam educar o menino
com muita dedicação. Gandhi cumpria com seus deveres, ao
tempo em que exigia seus direitos, apesar de ser tímido.
Tinha horror à zombaria, por isso, era muito caseiro.
Começou a assistir pecas teatrais, o que contribuiu com sua
formação pessoal. Gandhi passou por diversas experiências
de vida, dentre elas o seu casamento, quando ele e sua
companheira tinham apenas 13 anos de idade. Por conta de
um vício chegou a roubar e tentar o suicídio.
Gandhi acreditava que poderia lutar pela liberdade de um
povo, formou-se em direito em Londres e voltou para a
Índia a fim de praticar a advocacia.
Gandhi foi um pacifista convicto e sempre pregou uma
doutrina de não-violência. Desejava que a paz reinasse entre
hindus e muçulmanos; entre indianos e ingleses e entre
todas as nações.
Esse livro é um excelente instrumento por mostrar com
detalhes a história de uma pessoa que passou por inúmeras
provações. Ora valorizado por muitos grupos de lutas, ora
maltratados por outros. Neste sentido, nos traz um exemplo
de pessoa, de luta pelo bem comum, pois seu objetivo era
ser vencedor e cumprir com seus ideais.
Diretor
Wilson Neves de Souza
A Última Música
Nicolas Sparks autor dos livros “Querido John”, ”Diário de
uma paixão”, escreveu também o livro “A última música”,
um dos mais vendidos, considerado um Best Seller.
A leitura do livro A última música foi tão maravilhosa que
não vi o tempo passar. Quando dei por mim, já passava da
meia noite e eu nem sono tinha. E olha que eu adoro dormir
cedo, de preferência antes das dez horas.
O livro conta a história de uma garota que viu sua vida virar
de pernas pro ar, com a separação dos pais e que, depois
deste acontecido, se torna uma pessoa muito rebelde, pois,
seu pai muda-se para outra cidade.
Após três anos ela e seu irmão são obrigados a ir passar uma
temporada com o pai, Jonah. Seu irmão adora a ideia, no
entanto, Verônica está odiando. Durante essa temporada a
garota vai viver grandes aventuras e descobrir que o
verdadeiro amor é capaz de transformar a vida de uma
pessoa,. Mas, como sempre, pode trazer a alegria e a dor
jamais sentida.
Ler esse livro foi o mesmo que viver um grande amor, sem
precisar sai do lugar. Se você quiser viver esse amor, é
possível! Basta que você leia o livro “A última música”.
.
Coordenadora
Maria Cristina de Souza
Comprometida
O livro Comprometida- uma história de amor, foi escrito
por ELIZABETH GILBERT, uma americana que sofreu
algumas decepções amorosas e resolveu sair viajando por
alguns países em busca de conhecimento. Elizabeth curou
suas mágoas com viagens fascinantes, que lhe renderam um
Best-seller: Comer, rezar, amar. A autora já viveu seus
quarenta anos, grande parte de sua vida, em Nova York.
Depois de algumas experiências de vida, trocou sua cidade
natal por Frenchtown, cidadezinha bucólica em nova Jérsei,
nos Estados Unidos. A autora se declara apaixonada pela
vida doméstica, ama estar com o marido (brasileiro
chamado José Nunes) e declara que sua casa é o melhor
lugar do mundo. Afirma ter vida financeira estável e estar
cada vez mais certa de que não nasceu para a maternidade.
Além disso, diz que não foi por acaso se apaixonar por
alguém muito mais velho e com filhos já adultos.
Comprometida, uma obra muito fascinante, com duzentos e
trinta e seis belas página, faz com que o leitor mergulhe na
história com bastante curiosidade, pois vai se deleitando
com o enredo da mesma. Como se pudesse estar vivendo
diferentes aventuras narradas, transpondo para a vida real,
esse romance nos chama atenção para o valor que se deve
dar à vida em liberdade. Transmite-nos uma verdadeira
história de duas figuras sobreviventes de divórcios difíceis,
mas que se amam.
Entretanto, ambos de nacionalidades diferentes, com a
necessidade de continuar pesquisando e comercializando,
vêem-se obrigados a realizar o tão temido matrimônio para
poder continuar vivendo juntos em um único país. Viveram
inúmeras experiências em diferentes ambientes, precisaram
permanecer afastados por não conseguirem documentar a
permanência de ambos no mesmo país.
E, como sucederá a vida dos dois, será possível que eles
cedam e busquem a verdadeira liberdade, aceitando apostar
no casamento e adquirir visto permanente? Leia o livro
Comprometida -Uma historia de amor e poderá desvendar
esse mistério.
Quem ainda não viveu uma história de amor? Encontros e
desencontros? Indico essa obra para casais, namorados,
noivos que gostariam de compartilhar muitos momentos
com o seu grande amor.
Coordenadora Leni Maria Pereira
A Bolsa Amarela
Um exemplo de boa literatura infanto-juvenil
contemporânea é A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga
Nunes. As crianças de nove e dez anos gostam de ler, pois a
narrativa tem a ver com o seu cotidiano e lhes leva a sonhar
com algo possível e mesmo com meios que as possibilitem
sair da esfera de submissão ao adulto.
O livro de Lygia Bojunga Nunes, A Bolsa Amarela,
publicado em 1976, tornou-se um clássico da literatura
infantil; é um livro que nunca sai de moda, pois nem só as
crianças gostam de ler, mas pessoas de todas as idades. Com
ele a autora ganhou vários prêmios, dente eles em 1982,
“Grande Prêmio Internacional HANS CHRISTIAN
ANDERSEN” (considerado o Nobel da Literatura Infantil).
A personagem principal da narrativa é uma garota chamada
Raquel, a caçula de uma família de três filhos, que se sente
isolada e sem amigos com quem possa brincar ou conversar.
Os maiores desejos de Raquel são: ser garoto, para ter mais
liberdade; ser escritora, para expressar o que sente; e ser
grande, para se ver livre da dominação dos adultos. Quando
ganha uma bolsa amarela, uma bolsa grande, cheia de
compartimentos, ela coloca dentro esses desejos e começa a
criar várias situações e personagens com quem vive grandes
aventuras.
A narrativa se desenrola em vários ambientes: no plano real,
a família e no plano imaginário, os demais ambientes – a
fazenda, a casa dos consertos, a praia das pedras e a loja das
linhas – onde se passam a maior parte dos sonhos da
menina, sonhos esses, que lhe dão liberdade para conhecer
outros personagens e fazer amigos.
Na falta de uma criança com que possa dividir as
brincadeiras e aventuras, Raquel passa a escrever cartas e
respostas às mesmas. Com esse gênero textual ela extravasa
suas angústias e ocupa seu tempo.
Com a introdução de outras histórias dentro da narrativa, A
Bolsa Amarela ganha mais diversidade, mais aventura. Em
suas histórias, Raquel faz novas amizades e, dessa forma, a
vontade de ser grande e de ser garoto vai diminuindo. A
redução do desejo mostra o amadurecimento, a aceitação de
sua identidade feminina. A vontade de escrever não pesava
mais, pois ela escrevia tudo que queria, não se importando
mais com as implicâncias dos adultos.
Este livro faz parte da coleção Literatura em minha casa.
Logo que chegou em nossa escola, por ter um trecho
publicado no livro didático, uma aluna foi logo pegando
para ler. Após a leitura ela disse que o livro é ótimo. Eu li,
gostei, trabalhei com ele na minha monografia e recomendo
a todos, pois é uma história que lhe faz esquecer até de
outros afazeres.
Diretora Ivaneide Teixeira
O Mercador de Veneza
O livro O Mercador de Veneza, do autor William
Shakespeare, com adaptação de Leonardo Chianca,
tem 117 páginas e foi publicado pela editora Difusão
Cultural do Livro.
Sabemos que Shakespeare é o maior dramaturgo da
literatura universal. Suas obras teatrais - tragédias e
comédias - há mais de quatrocentos anos encantam
leitores e platéias de todos os povos.
Esta obra tempera um drama trágico com boas doses de
romantismo e comédia. É um drama baseado em
questões muito presentes nos relacionamentos humanos
como orgulho, arrogância, discriminação, o julgamento
precipitado em contrapartida com o valor da amizade
verdadeira e amor genuíno.
Para que vocês possam conhecer só um pouquinho da
história e ficarem bem interessados em ler vou relatar
um pouco do que traz este livro tão emocionante e
envolvente.
Na Veneza do século XVI, o jovem Bassânio pede dinheiro
emprestado ao amigo Antônio para ir a Belmonte pedir a
mão de Pórcia. Por sua vez, o amigo procura o agiota judeu
Shylock e garante um pedaço de sua própria carne caso o
pagamento do empréstimo não seja feito como combinado.
A partir daí, uma série de armações, disfarces e
desencontros acontecem, aflorando o que há de melhor e
pior na alma humana.
Se você quer saber se Antônio consegue pagar o débito ou
não ao agiota e se livrar da dívida de dar um pedaço de sua
própria carne como pagamento, leia este livro, vale à pena.
Coordenadora Claudia Rocha
Nó na Garganta
As questões de preconceito no Brasil são cada vez mais
discutidas e analisadas e quando essa temática aborda crianças,
gera um olhar mais focado para a superação do problema.
Durante uma conversa rotineira com minha filha percebi em
algumas de suas falas o quanto ela era preconceituosa e decidi
procurar atentamente mais informações para ajudá-la a superar
essa fase, que já estava se tornando um auto-preconceito. Minha
filha de fato é uma bela garota, com a cor da pele pouco escura e
de cabelos crespos. Foi nesta busca de informação que encontrei
este livro.
O livro Nó na Garganta, de Mirna Pinky, da editora Atual, 74
páginas, publicado em 1991, apresenta em sua capa uma linda
garota negra, e essa imagem nos faz inferir o quanto esta história
será comovente. Em suas 74 páginas a autora, levanta questões
de um tipo de preconceito que, infelizmente, o mundo atual,
mesmo com suas leis, ainda enfrenta: o preconceito social e
racial.
No livro, Mirna conta a história de Tânia, uma linda garota,
cheia de curiosidade, assim como qualquer criança, que mora
com o pai, seu José, e a mãe dona Cida, no interior, em
condições muito precárias. Pensando em melhorar sua situação
seus pais mudam-se para o litoral de Caraguatatuba. No litoral,
os pais passam a trabalhar como caseiros, na casa de uma
senhora branca, abastada, exigente e autoritária.
É nesse novo espaço que se desenrola a história. Tânia é
discriminada na escola, mas lá, encontra também um amigo, o
Pedrinho, a única criança que a aceita e, por esse motivo,
começa a criar um vínculo muito grande com ele.
Na história há os personagens ricos, donos das casas de praia,
todos brancos, como Dona Matilde, seu Carlos, seu Nogueira,
dona Marcia e os filhos. Há os personagens que são pobres:
jardineiros, caseiros das casas dos veranistas. No entanto, nem
estando entre pessoas do mesmo nível social, a garota teve
sossego, pois não enfrentou apenas o preconceito social, como
também, o preconceito racial, porque sua família, entre os
pobres, era a única negra e isso era motivo de zombaria dos
outros moradores.
É nesse contexto que a pequena grande menina confronta-se
com a dura realidade do preconceito racial. Uma experiência
amarga que a levará a descobrir coisas importantes a respeito
de si mesma, como seu poder de enfrentar com dignidade as
injustiças do mundo em que vivemos.
E para se deliciar com suas aventuras, encrencas e incríveis
momentos, leia o livro Nó na Garganta.
Você se encantará com momentos
de superação, fantasias e reflexão.
Diretora Ana Paula Viana de Souza
Mentes Perigosas
O Psicopata Mora ao Lado
Mentes Perigosas o psicopata mora ao lado é uma obra da
autora Ana Beatriz Barbosa Silva, com mais de duzentos
mil livros vendidos. Apresenta uma linguagem fluida e
esclarecedora em suas duzentas e dezessete páginas,
publicado pela editora Fontanar.
Ana Beatriz Silva é medica, pós-graduada em psiquiatria,
presidente da AEDDA – Associação dos Estudos do
Distúrbio do Déficit de Atenção, de São Paulo – e também
diretora das clínicas Medicina do Comportamento do Rio de
Janeiro e SP. Já publicou vários livros, dentre eles: Mentes
Inquietas, Mentes e Manias, Sorria Você Está Sendo
Filmado, Mentes com Medo.
O prefácio deste livro foi escrito pela escritora e novelista
Gloria Pérez, pelo advogado criminalista Arthur Lavigne e
pela psiquiatra forense Talvane M. de Moraes. As
renomadas personalidades nos convidam a viajar no mundo
das pessoas que possuem o perfil psicopático, as quais, por
puro engano, ou falta de conhecimento, acreditamos que
estejam muito distante de nós. No entanto, convido-lhes a
mergulhar neste livro e descobrir que estas mentes perigosas
podem estar bem próximas, ou melhor, ao seu lado, ou
quem sabe, dormindo com você. Os psicopatas são frios,
calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de
regras sociais e absolutamente livres de constrangimento ou
julgamento morais internos. São loucos!? Desorientados!?
Muito pelo contrário, sabem muito bem o que estão fazendo
e não sofrem nem um pouco com isso.
Devido a isso a autora, Ana Beatriz, procurou relatar de
forma clara e objetiva o perfil destas mentes perigosas,
citando ao longo do livro pessoas que possuem o perfil de
psicopatas, e proporcionando a você, leitor, momentos para
que possa vasculhar na memória pessoas que também se
encaixem neste perfil.
Estão ficando preocupados em ler o livro e descobrir que
você mesmo pode apresentar tais características? Só irá
obter esta resposta caso decida se deleitar com este assunto
complexo,
controverso
e
perturbador,
porém,
importantíssimo para pessoas que lidam com o publico, e
que, de uma forma ou de outra, estão inseridas em uma
empresa. Pois as empresas, a política e até mesmo a religião
são os lugares preferidos destes indivíduos dos cérebros
gelados e sem “coração mental”.
Como reconhecer esses “predadores sociais”? Como nos
defender? São todos assassinos? Quais suas principais
características? Por que fazem tudo com tanta inteligência e
sabedoria? A psicopatia tem cura? Em que idade ela se
manifesta? Você pode se
recusar instintivamente a
reconhecer sua existência. No entanto, sem sombra de
dúvidas, conhecer essas mentes perversas é a melhor forma
de nos proteger do efeito devastador de sua presença em
nossas vidas. E durante a leitura do livro mentes Perigas, o
psicopata mora ao lado, teremos as respostas para estas e
outra perguntas. Leiam, previnam-se!
Coordenadora Vânia Emília Dourado
A Metamorfose do Lívio
Hoje em dia, não é muito incomum encontrar crianças e
adolescentes que passam ou já passaram por algum tipo de
rejeição na escola por apresentar características que muitos
julgam anormais. Menos incomum ainda é um desfecho
que pode mudar a vida de todos...
No livro A metamorfose do Lívio, a autora Liana Leao,
consegue contemplar uma reflexão atual, pois trata das
dificuldades de Lívio, um menino tímido, que tem um
sonho – fazer amigos na escola – mas enfrenta a indiferença
e o medo de não ser aceito. É inspirado em A Metamorfose,
de Franz Kafka, um dos maiores autores do século XX.
Lagartixa! Lagartixa! Menino parede... assim era conhecido
Lívio, o menino tímido e solitário que, por não ter amigos
na escola, se esconde do mundo e das pessoas. Algo
fantástico acontece para que ele possa vencer o medo e se
descobrir como pessoa, para que seja, enfim, aceito pela
turma.
Os colegas de Lívio só entendem o que as outras pessoas
sentem, quando se vêem do outro lado: como aquele que
sempre é motivo de chacota.
Numa leitura leve e emocionante, a autora Liana Leao vai
revelando em episódio que poderia ser vivido por qualquer
menino. Mostra os dois lados: o de quem sofre “ Bullyng” e
o daquele que cruelmente pratica. A história guarda um final
surpreendente, pois conseguiu reunir um tema tão sério, de
maneira tão surpreendente, reflexiva e fantástica, que nos
leva a uma gostosa reflexão. Vale apena ler, sorrir e se
emocionar!
Coordenadora
Aline Noves da Silva
O Futuro da Humanidade
O livro O Futuro da Humanidade é mais uma obra do
escritor, psiquiatra, pesquisador da área de psicologia e
renomado conferencista nacional e internacional, Dr.
Augusto Cury, sendo o seu primeiro romance, já com dez
milhões de exemplares vendidos. Augusto Cury é referência
em livros de auto-ajuda como: Pais brilhantes e professores
fascinantes, Nunca desista de seus sonhos, O poder da
inteligência, dentre outros. Essa nova obra conta a história
de um médico e um mendigo em busca de um futuro
melhor.
O Futuro da Humanidade descreve a trajetória de um
jovem estudante de medicina,
de espírito livre e
aventureiro,
com uma coragem exuberante e muito
persistente na busca de seus ideais. Ao entrar para a
faculdade, cheio de sonhos e expectativas, o jovem se vê
diante de uma realidade dura e fria: a falta de sensibilidade
dos professores, que não percebem que, por trás dos
sintomas de seus pacientes, existem complexas histórias,
constituídas de lágrimas, perdas e decepções.
Indignado, o jovem desafia profissionais de renome
internacional a fim de provar que os pacientes com
transtornos psíquicos precisam mais de diálogo do que de
remédios.
Esta comovente narrativa nos leva a uma fascinante viagem
pelo mundo da psicologia, nos fazendo refletir sobre os
paradigmas da medicina, o preconceito e o sistema social.
Leiam e viajem na imaginação de um mendigo letrado,
PHD em psiquiatria, que discursa para si próprio e beija as
árvores e flores em forma de agradecimento à natureza.
Coordenador José Neto Lopes
No Meio da Noite Escura Tem
Um Pé de Maravilha!
Este é um livro com contos folclóricos de amor e aventura.
Histórias que o povo parou de contar, que falam da
existência, espalham brilhos e magias em qualquer lugar ou
época e, ainda assim, estão ameaçadas de se perder. Mas o
autor Ricardo Azevedo, como bom contador, escolheu
algumas das mais belas e escreveu do jeito que todo mundo
gosta.
Assim, entre tantas histórias bonitas, como Moço bonito
imundo, A mulher dourada e O menino careca, O príncipe
encantado no reino da escuridão, A mulher do viajante, Os
onze cisnes da princesa, O filho do ferreiro e a moça
invisível, Dona Boa-Sorte mais Dona Riqueza, As três
noites do papagaio, O filho mudo do fazendeiro, Entrevista
para um papagaio, há “Coco Verde e Melancia”, que fala de
um namoro proibido, onde um fazendeiro muito rico tem
uma filha, a coisa mais linda. A garota começa a gostar de
um colega de classe. Mas o menino é pobre. O pai fica
sabendo e manda a menina mudar para a turma da tarde,
para acabar esquecendo aquele amor. Porém, como os dois
gostam muito um do outro, fazem um plano: sempre um
deles, indo ou vindo da escola, deixa uma carta escondida
no arvoredo, num pé de serra.
Para ninguém descobrir, inventam dois apelidos: o menino
passa a ser Coco Verde e a menina Melancia.
E assim, através de cartas, mesmo sem se ver, cada vez
mais e mais, um está gostando do outro.
Os dois namorados crescem. No lugar de cartas, começam a
se encontrar escondidos debaixo do arvoredo para conversar
e namorar. Que alegria! Juram seu amor, que um não viveria
nunca sem o outro.
Um dia, o homem sabe dos encontros da filha. Fica uma
fera! Toma decisões mais severas, fazendo com que um
fique mais distante do outro. Usa planos horríveis.
O moço fica doente. Mas chega um dia que resolve sair pelo
mundo, tentando começar tudo de novo.
Isto é só o começo. Poderá acontecer coisas mais bonitas no
final. Leia a história na íntegra e entre no mundo
maravilhoso das histórias contidas no livro! Vale à pena ler,
experimente! São apenas 119 páginas de amor e aventura!
Coordenador José Pedro
O Sr. Pip
O livro O Senhor Pip conta a história de uma menina negra,
assim como todos na sua ilha, menos um, Sr. Watts o (Olho
Arregalado). Pip é nome do personagem central de Grandes
Esperanças. Mas Pip também é o nome de um dos personagens
principais
de
O
Sr.
Pip,
livro
de autoria do escritor neozelandês Lloyd Jones.
A história se passa numa ilha do Atlântico Sul que sofre as
graves conseqüências de uma guerra civil. Este personagem do
mestre Charles Dickens é capaz de mudar o destino de uma
adolescente e de toda a sua comunidade. O autor apresenta a
comovente história de Matilda, uma jovem que revela, com
suas próprias palavras, uma simplicidade e heroísmo
impressionante.
Isolados por um bloqueio político, econômico e militar, os
habitantes da ilha vivem com dificuldades e privações desde
que os "brancos" fecharam a mina, única fonte de riqueza de
toda a comunidade. Para Matilda, o bloqueio tem um
significado ainda mais doloroso. Desde que a sangrenta guerra
civil se alastrou pela ilha, a menina nunca mais vira seu pai. A
sorte de todos só mudaria quando o único homem branco que
restara na aldeia decide reabrir a esquecida e também única
escola do local.
Sr. Watts, ou Olho Arregalado, como todos o chamam, é
um homem misterioso e excêntrico. Branco, alto e sempre
metido em seu terno de linho, mantinha o hábito de usar
um nariz de palhaço ao levar sua mulher Grace, uma negra
nativa da ilha, para passear como uma rainha em uma
carroça. Ninguém saberia dizer por que Olho Arregalado
permanecera em Bougainville depois do bloqueio. Sua
história só começa a vir à tona quando as crianças são
chamadas de volta à escola.
Investido da missão de professor, Sr. Watts inicia a leitura
de um livro que logo causaria alvoroço em toda a
comunidade. Despertadas de sua pobre rotina, Matilda e as
crianças da ilha se encantam com as palavras de Charles
Dickes em Grandes Esperanças e, em especial, com as
aventuras do personagem conhecido pelo apelido de sr.
Pip. Iluminada pelas constantes sessões de leitura na
escola, Matilda aprenderia a sonhar com uma vida melhor,
passando a viver sua realidade baseada na história de
"grandes esperanças".
O Sr. Pip
O impacto da leitura de Grandes Esperanças e o bom
entrosamento de Olho Arregalado com as crianças, em
pouco tempo, mobiliza toda a comunidade. Ainda visto com
uma certa desconfiança e curiosidade, Mr. Watts decide,
então, também receber os adultos em sala de aula, para que
cada um transmita aos mais jovens a sabedoria de sua vida
comum. A medida desperta a simpatia de alguns moradores
e a inveja de outros, como a mãe de Matilda, que não
suporta a influência do professor sobre a filha.
Olho Arregalado só não poderia supor que a fama do sr. Pip
em Bougainville também chamasse a atenção dos "pelesvermelhas", invasores que travam uma guerra suja contra os
rebeldes locais, apelidados de "rambos". Todos querem
saber, afinal, quem é o perigoso e subversivo sr. Pip. É a
hora de Matilda e toda a comunidade provarem que as
grandes esperanças sobrevivem até ao inferno.
Coordenadora Eliene Abreu
Como Lidar com Pessoas Difíceis
Uma das coisas mais difíceis do dia - a - dia é lidar com
pessoas destrutivas, e se relacionar com os mais variados
tipos de pessoas. É possível conviver com o mínimo de
desgosto com as manias alheias. Todos nós temos nosso
momento de raiva, vingança, egoísmo, cinismo, mas isso não
significa que sejamos assim o tempo todo.
Há momentos na vida das pessoas que a impressão é de que
nada falta e de que tudo está bem. Ficamos assim em
algumas fases complicadas de nossas vidas. Então, saibam
como não se deixar ofender, nem magoar por aquilo que elas
fazem ou falam.
O livro Como lidar com pessoas difíceis, uma obra do autor
Victor Civita, de 32 páginas, publicado pela Nova Cultura,
em 2005, ajuda a lidar com situações desafiadoras que
enfrentados ao longo da vida. O autor mostra que existem
quatro princípios básicos que servirão como guia, quando
você estiver lidando com pessoas difíceis.
No parágrafo primeiro, do capítulo 3 ele diz que “o ódio
nasce, cresce e se instala quando somos profundamente
humilhados”. O livro ajuda a descobrir quem você, com
quem você convive e ensina técnicas para serem usadas
depois da descoberta de quem é você e o outro.
O livro é muito bom. Fez com que eu refletisse bem sobre
a minha maneira de ser e de agir dentro do meu trabalho,
família e na sociedade como um todo.
Diretora Veralúcia Maria Ferreira
A Raposa e o Cancão
O cordel "A raposa e o cancão”, de Arievaldo Viana, fala da
esperteza de uma raposa, da tolice de uma rolinha e um
cancao muito esperto, deixando o leitor curioso para saber
quem vai se dar melhor no final.
Por acusa do esperto canção, Dona Rolinha não teve seus
últimos filhotes devorados pela raposa, que começou a
ameaçá –la, enquanto a pobre ave estava com os filhos em
cima da arvore. Por medo e ameaças teve que jogar um deles
para saciar a fome da esperta.
É muito bom ver uma história de cordel, tão interessante,
ocupando um espaço destinado as crianças pequenas. No
caso de “A raposa e o cancão”, a obra ainda tem a vantagem
de tratar de personagens que são animais da nossa fauna
aproximando a história das nossas memórias de criança.
Diretora Aldenir Macedo
O Monge e o Executivo
Quando comecei a ler “O Monge e o Executivo”, de cara, já
percebi que era muito bom. O autor James C. Hunter
utilizou-se
de uma simulação que, além de muito
fascinante e envolvente, torna possível para o leitor uma
visão mais humana em todos os aspectos da sua vida pessoal
e do convívio com outras pessoas, com familiares, colegas
de trabalho.
A obra começa contando a história de John Daily, casado,
pai de um menino e uma menina, grande executivo de uma
empresa renomada, ele passa por grandes dificuldades tanto
na vida familiar, como nas atividades profissionais. Com o
incentivo de sua esposa, concorda em passar um período em
um mosteiro cristão para buscar reflexão e pôr em ordem as
coisas em sua vida.
E notório que o autor tenha usado um ambiente atraente
para obter lições de liderança. Um mosteiro onde seus
seguidores têm, o mesmo status; ninguém é melhor ou pior
que ninguém . Há, porém, um líder que é escolhido por
todos e o qual é responsável pela palavra final em todas as
questões.
Isto faz desta pequena sociedade um ambiente onde os
hábitos e relações aconteçam de forma respeitosa e
saudável. Outro fator importante é que há uma preocupação
contínua em cumprir as ordens, horários e o dever que os
frades
têm
de
fazer
as
refeições
juntos.
Desta maneira, percebe-se que, no mostruário, além de um
ambiente muito calmo, todos trabalham e vivem em
harmonia.
No tocante “as definições “ o autor enfatiza , o que muitos
não sabem: o que verdadeiramente significa liderança.
Deixa bem claro que a liderança não pode ser vista como
poder, e que “poder” é a faculdade de coagir, forçar alguém
a fazer sua vontade, por causa da sua posição ou força,
mesmo que a pessoa não queira fazer; e liderança, em
termos simples, é a aptidão de influenciar pessoas para
trabalhar entusiasmadas, visando atingir objetivos comuns,
estimulando confiança, mediante força do caráter. E para
saber o que aconteceu finalmente com essa família, indico
esse excelente livro.
Diretora
Marileide Geralda S. Carvalho
A Cabana
Superar perdas não é tarefa fácil. E muitas perdas, na
verdade, nem são superadas, de tão profunda que é a
dor. O máximo que pode acontecer é essa dor se
tornar suportável. Certamente assim é para quem
perde um filho.
O livro “A Cabana”, de William Paul Young, retrata
muito bem esse drama, mas mostra também que
quando o homem se deixa guiar por Deus tudo é
possível. Foi o que fez o personagem Mak ao voltar a
uma cabana, a convite de Deus, onde sua filha de
apenas 7 anos foi brutalmente assassinada e estuprada.
Será que a dor de Mak, de tão insuportável, lhe fez
acreditar que Deus lhe fez um convite para um
encontro? Ou será que Deus realmente vai estar nesse
encontro?
Para ter as respostas a estas perguntas, leia este
emocionante livro e se surpreenda com o desfecho da
história.
Simone Ferreira
Coordenadora Simone Ferreira
A Mãe Possível
O livro A Mãe Possível, das autoraa Carminha Levy e Laura
Bacellar, é dividido em capítulos, contém 172 páginas, e foi
publicado pela editora Gronund.
Como será a mãe perfeita? Já parou para pensar?
Questionamentos como este e muitos outros poderão ser
respondidos com a leitura e reflexão do livro “A mãe
Possível”. Ele é baseado no xamanismo, ou seja, crenças e
práticas relacionadas ao xamãs.
Esta obra trata de questões que se referem à convivência
familiar dentro dos diferentes das estruturas da família do
mundo atual. O referido livro traz várias histórias sobre o
dia-a-dia de uma sociedade onde as crianças não têm limite
e que para os pais, em especial a mãe, conseguirem colocar
limites, os dois precisam estar bem, ter harmonia entre si,
pois vivemos numa época em que os pais não têm tempo
para os filhos.
Esta obra também contém exercícios simples para que a
mãe sinta-se mais inteira, conectada com seus filhos e com
seu companheiro.
É muito comum que a mulher seja julgada por tudo que os
seus filhos fazem. Nossas tradições todas fazem das mães
as responsáveis pela educação dos filhos, sendo o seu
comportamento bom ou mal.
A autora desse livro é psicóloga e os personagens de sua
obra são fictícios, porém, baseados em pessoas reais
atendidas por ela. O livro tem uma leitura de fácil
entendimento, talvez por ser um assunto que interessa toda
a sociedade.
Li gostei e recomendo a todos os leitores, em especial, as
mães que enfrentam dificuldades com filhos que não tem
limites.
Diretora Sonizete Maria de Oliveira
O Clube dos Anjos: GULA
O livro, do autor Luis Fernando Veríssimo, é uma comédia
que conta a história de dez homens que se entregam por
completo ao prazer da GULA. Ramos, Abel, João, Marcos,
Saulo, Paulo, Pedro, Samuel, Daniel e Tiago se reuniam,
quando adolescentes, no bar do Alberi, para comer o
picadinho de carne com farofa de ovo e banana frita,
fundando assim, o Clube do picadinho, que ficou
funcionando bem durante 21 anos, até a morte de Ramos.
Depois disso, o grupo começou a se dispersar e alguns
começaram a faltar nos jantares, até que um dia, Daniel
encontrou um desconhecido, o Lucídio, e começaram a
conversar. Ele falou do clube, de como estava acabando, e
Lucídio falou de uma sociedade secreta que treina gourmet
para o preparo do Fugu, um peixe venenoso.
Após bastante tempo conversando Lucídio sugeriu que ele
tentasse aproximar o grupo. Ele seria o cozinheiro, com
uma condição: ele não queria aparecer. Daniel concordou e
fez os convites a todos que, de imediato, acharam que não
iria dar certo. Mesmo assim, no dia marcado, todos
apareceram.
Antes de cozinhar Lucídio sempre perguntava sobre o prato
preferido de alguém. Preparava a janta e servia a todos, mas
sempre deixava um último prato, para aquele que quisesse
repetir.
Sempre que terminava o jantar todos iam para suas casas,
e, no outro dia, recebiam a informação que alguém tinha
morrido. Mesmo sabendo que a cada refeição era um a
menos, eles não faltam e ainda planejam o velório após
comer a última fatídica sobra. Tudo pelo prazer de se
deliciar com seu prato favorito.
A história é uma comédia e, ao mesmo tempo, um
suspense, por que você segue imaginando e tentando
descobrir por qual motivo Lucídio estava envenenando a
todos.
Mesmo sabendo que estavam sendo envenenados
voltavam aos jantares. A fome continua...
Diretor Vitor José de Souza
“Querido John”
O que significa amar verdadeiramente uma pessoa?
O livro “Querido John” nos encanta com um romance que
ocorreu entre meados da década de 90, permeando até meados
de 2000, que retrata a história de amor de um adolescente da
cidade de Wilmington, Carolina do Norte, uma das cidades
mais militantes dos Estados Unidos. John foi criado apenas por
seu pai, um homem sedentário e introspectivo, que raramente
demonstra emoções. Ele tinha uma grande paixão em
colecionar moedas, dando continuidade a coleção valiosa que
herdara de seu pai. Além da coleção, sempre dedicou sua vida a
cuidar do seu filho, dedicando amor à sua maneira.
John, quando garoto, dialogava com seu pai sobre moedas, mas
esse contato foi diminuindo, pois eles não conseguiam
estabelecer outro tipo de comunicação. Na adolescência,
tornou-se um rapaz rebelde. Depois de uma longa e difícil
convivência com seu pai, passou a se interessar por esportes,
meninas, carros, música, e acabou se revoltando por não ter
condições de manter tudo o que gostava. Esse fato fez com que
ele se visse diferente dos amigos e começou aos poucos afastarse deles, passou a andar com o grupo ‘errado’ e a não se
importar com nada. Suas notas na escola começaram a piorar,
chegava bêbado em casa, e, mesmo muito inteligente, concluiu
o ensino médio com muita dificuldade.
Seu pai, apesar do seu jeito tímido, tentava abordar o assunto
faculdade, pois, sempre se preocupou com a educação.
Porém, o jovem não estava interessado. Queria apenas um
emprego, carro e coisas que nunca tivera em sua vida.
Passou a arrumar bicos, de um trabalho ruim para outro,
bebendo cerveja, saindo à noite e sem responsabilidades.
Namorou dezenas de mulheres, casos passageiros, até que
acreditou estar apaixonado por uma delas, que o abandonou
por ele levar uma vida sem perspectivas. Tempos depois,
quando soube que essa mulher iria se casar com um
advogado, ficou incomodado a ponto de decidir mudar de
vida. Pela primeira vez parou para pensar no que estava
fazendo, e resolveu alistar-se no exército, o que o fez
amadurecer.
Tudo muda na vida de John, em sua terceira licença, quando
ele volta para a sua cidade e conhece Savannah, uma moça
religiosa que estava na cidade para prestar serviço social.
Depois de ajudá-la, resgatando sua bolsa, eles passam a
estabelecer um vínculo afetivo que cresce rapidamente
transformando-se em amor.
“Querido John”
Ao término de sua licença, após duas semanas de intenso
relacionamento afetivo, John acredita ter encontrado a
mulher de sua vida. Porém, precisa voltar para o exército, e
firmar com seu amor o compromisso de se casarem após
concluir seus serviços militares. Eles trocaram juras de
amor, prometerem um ao outro se corresponderem, tendo a
certeza que ficariam juntos para a sempre. Mesmo longe, a
distância não foi capaz de diminuir o amor que um sentia
pelo outro, e os dois viajavam nas escritas e leituras de suas
cartas de amor.
Faltando apenas três meses para a sua saída do exército,
acreditando que o amor foi maior do que a distância e que,
finalmente, nada mais os impediria de viver aquele grande
amor, um episódio mudou duas vidas para sempre.
Ninguém previa o que estava para acontecer. Os atentados
de 11 de setembro mudariam suas vidas e do mundo todo.
John Tyree tem que tomar a decisão mais difícil de sua vida:
escolher entre o seu país, cumprindo suas responsabilidades
como militante ou seu amor por Savannah Lynn Curtys.
E você caro leitor, o que faria no lugar dos personagens? Se
você está interessado em saber qual será a atitude do casal
diante deste incidente, não deixe de ler o livro “Querido John”,
de Nicolas Sparks. É uma linda e comovente história, que vai
prendê-lo até seu fim, explorando os sentimentos mais
profundos do ser humano, trazendo uma visão do significado do
verdadeiro amor, fazendo-nos refletir que amar vai muito além
de estar perto de quem você ama, e sim, desejar que o outro seja
feliz.
Supervisora Técnica Sirleide Bispo
As Mulheres Que Mudaram o Mundo
Terminei de ler o livro, de Gabriel Chalita, publicado pela
editora Nacional, edição especial de 2007, “Mulheres que
Mudaram o Mundo." Gostei muito de conhecer a vida de nove
mulheres que vencerem pela garra e determinação. Duas delas
me encantaram: Marie Curie e Anne Sullivan.
Que bom que existem autores como o Gabriel, que
reconhecem a capacidade do "ser frágil".
Será mesmo que somos seres frágeis? Leia o livro e
certifique-se.
A incansável cientista, Marie Curie , que fez a descoberta do
rádio, elemento químico que deu origem ao nome radioterapia
e hoje é utilizado no tratamento do câncer.
A determinada professora, Anne Sullivan, no seu trabalho com
Helen Keller, cega e surda com menos de 2 anos de idade.
Praticamente, ela socializou a menina e a colocou em
condições de viver na sociedade e produzir, o que não seria
possível no século em que viveram.
As outras mulheres também foram brilhantes em suas ações,
mas é preciso fazer suspense para que você tenha curisoidade.
É uma leitura excelente!
Quem me sugeriu esta leitura? Patrícia Simões, ou somente
Paty, professora Universitária do Rio Grande do Sul, minha
amiga virtual a qual também me presentou com o livro.
Já conheço há algum tempo outras trabalhos do autor , entre
elas, A coleção Cultivar. Porém, ler o livro Mulheres que
Mudaram o Mundo me fez refletir no quanto as mulheres tem
ganhado espaço nas últimas décadas e como temos que lutar
para mantermos estas conquistas .
Diretora Marisa Barbosa
As Mentiras Que os Homens Contam
O livro "As mentiras que os Homens Contam“, do autor Luis
Fernando Veríssimo, com 218 páginas, teve sua primeira edição
lançada em 2001, pela editora Objetiva.
É um ótimo livro para ser lido em qualquer momento da vida ,
uma vez que traz divertidas e emocionantes crônicas que
retratam muito bem, mas muito bem mesmo, certos momentos
da vida, tanto de homens como de mulheres. Mulheres? Não se
espante, porque apesar do livro se intitular "As Mentiras que os
Homens Contam", não só eles mentem durante as 40 deliciosas
histórias que estão nesta obra.
O autor, como sua forma apaixonante de escrever, consegue
nos guiar por páginas e mais páginas sem nos dar conta, de
tamanho envolvimento com as histórias, até que descobrimos
que estamos adentrando na última crônica. Então, o gostinho
de "quero mais" nos atormenta.
Apesar de conhecer vários cronistas, Veríssimo tem um pouco
dessa magia que nos envolve e nos faz querer ler sem parar o
que ele escreve.
É impossível não se identificar com alguma das curtas e
engraçadas situações que ele nos apresenta durante a obra.
Afinal, quem nunca contou uma mentirinha na vida? Muitas
vezes lançamos mão delas para evitar algum tipo de
constrangimento ou para escapar de broncas. Outras, pela
terrível necessidade de não magoar os outros, ou até mesmo,
por mera brincadeira.
Com toda a certeza, o livro é uma ótima pedida para
presentear algum amigo, parente, marido, namorado ou
qualquer coisa do gênero. Afinal, quem não gosta de
ganhar um livro? Recomendo para mulheres e homens de
18 aos 100 anos, pois dar umas risadas gostosas faz bem e
não tem contra indicação.
Supervisora Técnica Elaine Cristina Ferreira
O Diário de Anne Frank
Uma família, composta por pai, mãe e duas filhas, vivia
tranquilamente em uma cidade da Holanda. Uma das meninas,
com 13 anos de idade, possuía uma rebeldia típica de
adolescente, embora se mostrasse muito sensata e preocupada
com os acontecimentos políticos da época, um amadurecimento a
mais para uma jovem de apenas 13 anos.
Anne, como qualquer adolescente, adora escrever em seu diário,
que começa a chamar de kitty, como uma amiga. Gosta muito de
conversar com pessoas que considera interessantes e adora ler e
estudar. A menina não tinha uma boa relação com a mãe, sempre
entrando em conflito. Segundo ela, mesmo que tentasse, não
conseguia ser amável com a mãe. Já com o pai possuía uma
relação harmoniosa e tranqüila.
Durante o holocausto a família de Anne, juntamente com mais
quatro pessoas, se refugiaram em um escritório, onde eram
ajudados por poucos amigos. Essas pessoas ficaram ali por dois
anos.
Anne não se conformava em se privar das coisas simples e
preciosas como, por exemplo, a contemplação da natureza e
de sua vida social de adolescente, mas sabia que era
preciso. Ela ficava imaginando como seria o término daquele
sofrimento e verdadeiro martírio.
Com a convivência no escritório a menina começa a se
aproximar de um jovem chamado Peter, que era seu oposto,
tímido e meio aéreo com as questões sociais. Eles ficavam
horas conversando sobre vários assuntos. Seu pai adverte
para ter cuidado com essa amizade, pois poderá chegar ao
ponto de ir além de amizade.
Para saber o desfecho dessa história, leia o livro O diário
de Anne Frank.
Coordenadora Marta Deane
O Guardião de Memórias
O Guardião de Memórias, livro traduzido por Vera Ribeiro,
editora Sextante, 2008, é uma obra da ficção americana, com
319 páginas. O autor, Kim Edwards, romancista estreante, teve
sua obra publicada com mais de três milhões de exemplares
vendidos nos Estados Unidos, ocupando o primeiro lugar na
lista dos mais vendidos no The New York Times.
É um livro que emociona o leitor do inicio ao fim, pois traz em
sua trama uma fascinante história sobre vidas paralelas,
famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o poder
do amor verdadeiro. É um livro que toca o coração, com sua
trama alternadamente luminosa e sombria, literária e cheia de
suspense que, a cada capítulo, desperta no leitor o seu interesse
para chegar ao final da leitura.
A trama se inicia no inverno de 1964, quando uma violenta
tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de
seus filhos gêmeos, um menino e uma menina. O primeiro a
nascer foi o menino, perfeitamente saudável, enquanto a
menina, logo ao nascer, apresenta sinais de Síndrome de Down.
O médico por sua vez, fica atônito com a situação. Movido pelo
impulso e forte lembrança do passado decide entregar a filha
para adoção, e diz para a esposa Norah que a menina não
sobrevivera, uma decisão que mudará para sempre o rumo de
suas vidas. A enfermeira Caroline, encarregada de levar a
menina para adoção, tocada pela fragilidade da criança, decide
sair da cidade e criá-la como se fosse sua própria filha.
Enquanto isso, a mãe Norah não consegue superar a
ausência da filha. A partir disso, desenvolve-se uma trama
cheia de segredos, mentiras e traições, abrindo feridas que
nem o tempo será capaz de curar. O livro O Guardião de
Memórias, além de apresentar uma construção bem
amarrada, conta ainda com o realismo dos personagens, o
que traz ao leitor um grande envolvimento, da primeira à
última página.
Para mim, foi marcante a leitura desse livro, pois foi a
primeira obra literária que li na íntegra. Foi muito bom
essa experiência de leitura, pois me senti motivada a ler
outras obras. Uma vez que estava muito habituada a ler
somente livros de auto-ajuda, me encantei com os
literários, a partir da indicação e leitura de um pequeno
trecho do Livro O Guardião de Memórias, por Rita Brito
formadora do ICEP. Depois desse momento, comecei a ler
mais e ampliar o meu acervo pessoal de livros.
Indico esse livro a todos os colegas pois, com certeza, vão
se emocionar e perceber o profundo,
e às vezes
irreversível, poder de nossas escolhas.
Coordenadora Clélia Lina
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
RUA DAS PALMEIRAS 45 –CENTRO
CEP-46980-000 - CNPJ-13.922.596/0001-29
Construindo uma Educação Pública de Qualidade
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