Secretaria Municipal de Educação CATÁLOGO DE INDICAÇÃO LITERÁRIA 2011 Secretaria Municipal de Educação CATÁLOGO DE INDICAÇÃO LITERÁRIA "Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores." Charles W. Elliot 2011 Apresentação Este Catálogo integra o conjunto de materiais produzidos no âmbito da formação continuada, tendo como objetivo a mobilização de uma rede leitora. Foi elaborado por educadores que atuam na gestão escolar e coordenação pedagógica das escolas urbanas e rurais do município de Iraquara que buscam, através do fomento a leitura, construir na escola uma comunidade leitora. Nesta produção, há livros de estilos variados: suspense, comédia, ficção, aventura, auto-ajuda, que representam uma possibilidade de viajar por diferentes rincões, emoções e sensações... Esse processo de produção coletiva teve como resultado uma diversidade que se optou por manter: as resenhas diferenciam-se na extensão, no estilo, no teor analítico e no volume de informações. A seleção dos títulos teve como critério principal os livros que provocaram reflexões e embalaram o leitor com histórias interessantes, fantásticas, inusitadas, misteriosas, divertidas, verídicas, impactantes. Este é, portanto, o resultado de uma produção coletiva, marcada pela comunhão de ideias e pelo propósito de contribuir para a formação leitora dos diferentes atores da educação do município. Simone Neves Pinto Secretaria Municipal de Educação Nota ao Leitor Este é um catálogo muito, mas muito especial. É um empreendimento do projeto de formação leitora da equipe técnica, cujos protagonistas são diretores escolares e coordenadores da rede municipal de Iraquara. A ideia de realizar essa produção nasceu como uma forma de sistematizar os nossos momentos de formação leitora, que acontecem permanentemente a cada formação. Esta ação teve origem após acompanhamentos nas escolas, quando percebemos as fragilidades dos alunos em escrever recomendações literárias. Dessa forma, é fundamental cuidar da formação daqueles que estão diretamente ligados aos estudantes – coordenadores pedagógicos, diretores escolares e professores – já que eles têm papel fundamental na alfabetização plena das crianças e jovens. É preciso cuidar de cada um deles, qualificando sua formação leitora. Assim, compartilhamos o esboço do projeto na Jornada Pedagógica, tendo como objetivos: Formar uma comunidade escolar leitora, gerindo o projeto institucional de leitura, organizando e incentivando o uso sistemático do acervo disponível na biblioteca escolar. • Formar diferentes atores, comprometidos com a formação de um espaço permanente de reflexão e fomento à leitura nas escolas, incentivando a utilização do acervo e a manutenção de espaços físicos que acolham atos de leitura e acesso aos livros. • Neste catálogo, você, caro leitor, pode encontrar livros que encantam crianças, jovens e adultos. É uma ótima pedida para adentrar no mundo fascinante da literatura. Emocione-se e divirta-se com emocionantes histórias! Equipe Técnica SEMEC Iraquara Índice 1. O Pequeno Príncipe - Luciana Rocha 22. Comprometida – Leni Maria 2. A Caligrafia de Dona Sofia – Eliana Almeida 23. A Bolsa Amarela – Ivaneide Teixeira 3. Virtude Indecente - Marinalva Neves 24. O Mercador de Veneza- Claúdia Rocha 4. O Menino do Dedo Verde - Célia Emília 25. Nó na Garganta – Ana Paula Viana 5. O Corcel Negro- Eliete Teles 26. Mentes Perigosas – Vânia Emília 6. A Cabana - Terezinha Chaves 7. 12 Horas de Terror – Rilson Lima 8. Ana Pedro – Simone Gomes 9. Contos de Enganar Morte – Ana Paula Brito 27. A Metarmofose do Lívio – Aline Novaes 28. O Futuro da Humanidade – José Neto Lopes 29. No Meio da Noite Escura Tem Um Pé de Maravilha – José Pedro 10. Uma História de Amor – Serafina Ribeiro 30. O Senhor Pip – Eliene Abreu 11. A Menina Que Não Sabia Ler - Cinelândia Alves 31. Como Lidar Com Pessoas Difíceis – Veralúcia 12. Sexo na Cabeça- Célia Maria De Sousa 32. A Raposa e o Cancão – Aldenir Macedo 13. Capitães de Areia- Mileni De Oliveira 33. O Monge e o Executivo – Marileide Carvalho 14. A Última Música- Gislaine Brandão 34. A Cabana- Simone Ferreira 15. O Caçador de Pipas – Cleide Cerqueira 35. A Mãe Possível - Sonizete Oliveira 16. Menino de Engenho – Joelma Pires 36. O Clube dos Anjos: Gula – Vitor José De Souza 17. O Retrato de Dorian Gray – Vaneza Oliveira 37. Querido John- Sirleide Bispo 18. Não Há Silêncio Que Não Termine – Alaíde Emília 37. As Mulheres Que Mudaram o Mundo- Marisa Barbosa 19. Meu Pé de Laranja Lima – Marlane Rosa 38. As Mentiras Que os Homens Contam – Elaine Cristina 20. Biblioteca da História – Gandhi – Wilson Neves 39. O Diário de Anne Frank - Martha Deane 21. A Última Música – Maria Cristina De Souza 40. O Guardião de Memórias – Clélia Lina O Pequeno Príncipe O livro O Pequeno Príncipe tem como título original Le Petit Prince, escrito em francês. Seu autor é Antoine SaintExupéry, editora AGIR . Essa versão foi publicada no ano de 1994, com 78 páginas. O presente livro, tem uma linguagem clara e de fácil entendimento. É uma história emocionante, que envolve o leitor de maneira que faz viver a própria trama. A obra tem personagens interessantes os quais nos levam a grandes reflexões sobre o valor da amizade e solidariedade. “Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Frases como estas e muitas outras vocês encontram no livro de Antoine de Saint-Exupéry. “O Pequeno Príncipe” é uma obra excepcional, uma história mágica, de um piloto perdido no deserto e um menino vindo de um lugar distante. Juntos, eles compartilham experiências que divertem, encantam e tocam o coração. Esse piloto, quando criança, fez seu primeiro desenho com a certeza do que queria ser no futuro: pintor. Porém, quem via o desenho o aconselhava a deixar de lado os desenhos e se dedicar a geografia, história, a matemática, a gramática. Então ele cresceu, tornou-se piloto e um dia, em uma dessas viagens, teve um problema com o avião, no deserto, onde teve um encontro inesquecível com um pequeno príncipe e com ele aprendeu muitas coisas como, por exemplo, o valor de um verdadeiro amigo. Nesse encontro, o Pequeno Príncipe conta sua trajetória de vida, relatando suas descobertas pelos planetas que visitou, planetas tão pequenos como o dele. Nessa viagem aos planetas tinha o objetivo de se instruir, conhecer coisas novas e fazer novas amizades. O que o príncipe mais desejava era ver o pôr-do-sol, por isso, visitou vários planetas até chegar à terra. Ele é um principezinho questionador e achava que as pessoas grandes eram esquisitas, tinham sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas, e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.. Esta literatura também encontra-se em filme, com a duração de 88 min. O ano de lançamento é 1974, com áudio em português, sem legenda. Este livro contém 78 páginas, porém, tem uma leitura gostosa que não conseguimos interromper. Por isso é impossível não querer ler esta maravilhosa obra. Li, gostei e recomendo a todos os leitores, de todas as idades, e tenho certeza que irão descobrir a força de uma grande amizade.. Coordenadora Luciana Rocha A Caligrafia de Dona Sofia No livro a Caligrafia de Dona Sofia, André Neves escreve e ilustra essa história carregada de poesia. Dona Sofia é uma senhora que mora sozinha, no alto de um morro de um pequeno vilarejo. Sua grande distração é sua paixão pela poesia. Sua casa é toda enfeitada, cheia de poemas escritos na parede. Dona Sofia também gosta de distribuir poesias à população, em pequenos cartõezinhos, com ajuda do carteiro, seu Ananias, que se apaixona pela poesia através da simpática senhora. Aos poucos, a poesia vai tomando conta da vida de todos. O livro, como as paredes da casa de Dona Sofia, também é todo 'ilustrado' com muitos poemas de diversos autores, despertando no leitor o desejo de conhecer mais esse universo tão rico. “A caligrafia de Dona Sofia” é um livro cheio de poesia, e que pede ainda mais poesia. É um livro com apenas 40 páginas, mas que traduz, nessas poucas laudas, as mais belas poesias. Leia e se delicie com esse livro, pois vale muito a pena. Diretora Eliana Carvalho Virtude Indecente Nora Roberts nasceu em Maryland nos Estados Unidos, em 1950. É autora número 1 de listas de bestsellers em todo mundo. Sua grande popularidade vem da habilidade de mesclar suspense, amor e paixão em suas tramas. Em Virtude Indecente há uma “apresentação” direta ao assassino. É chocante. Mas, é possível adentrar na vida desta pessoa conforme a leitura avança, entre as sutis e curiosas 365 páginas e poder conseguir entender o que se passa na mente de um maníaco. Sem dúvida, o que mais me chamou atenção neste livro foi a forma da autora Nora descreve brilhantemente os planos de um assassino e o trabalho policial durante as investigações do caso. E, claro, como sendo Nora Roberts a autora dos maiores best-sellers, a maneira que a história é conduzida é mais do que perfeita: a mistura de assassinatos, romance, suspense e ação não te deixa largar o livro nem por um instante. Grace e kathleen são irmãs e não se parecem em nada. Não possuem muita afinidade uma com a outra. Grace, uma escritora de romances policiais de sucesso, que conquista muitos amigos e tem sempre alguém para resolver seus problemas. Kathleen é professora. Uma mulher fechada e de poucos amigos. Marcada pela dor da separação, trabalha arduamente para ganhar a guarda do seu filho Kevin. Contudo, mesmo com total diferença entre essas irmãs, elas sabem o quanto é importante estarem juntas. Grace tira férias e vai visitar Katy. Fica chocada com o tipo de trabalho da irmã, porém, respeita a atitude dela. Certa noite, sai para um jantar com Ed, um policial que mora ao lado da casa de Katy. Quando chega do passeio, fica chocada ao se deparar com sua irmã brutalmente assassinada. Com a perda de Katy, Grace acredita que somente ela pode fazer justiça. Ignorando as advertências do tranquilo e experiente detetive Ed Jackson, monta sozinha sua própria armadilha para pegar o assassino. Mas, o que pode protegê-la de um maníaco cuja volúpia de matar não se detém diante de nada ... Nem de ninguém? Coordenadora Nalva A. Neves O Menino do Dedo Verde O livro O Menino Dedo Verde é de autoria do francês Maurice Druon e traduzido para o português por D. Marcos Barbosa. Editado pela José Olímpio Editora, Rio de Janeiro 2006, 77ª edição. Ao abrir uma caixa de livros do FNDE, que tinha acabado de chegar na escola, deparei-me com um livro chamativo, de capa verde, brilhante e de título : O MENINO DO DEDO VERDE. Fiquei curiosa e fiz a leitura da orelha ali mesmo. Nela estava uma interessante indicação de Nogueira Moutinho da Folha de São Paulo, junho de 1973. Fui surpreendida por um dos trechos que dizia: ‘’A simbologia quase evangélica deste pequeno livro faz dele realmente um acontecimento a destacar entre a massa dos lançamentos literários. Cremos estar presenciando o retorno do pequeno príncipe, como nas fábulas antigas, se disfarça como Tistu, para só revelar sua verdadeira identidade aos que como ele possuem o polegar verde.’’ Isso foi o bastante para começar a ler o livro ali mesmo e não descansar até chegar ao final. Creio que assim como eu você irá ficar fascinado com a história deste menino. Uma criança que nasceu num ambiente luxuoso, no meio de uma família super poderosa e dona da . maior empresa da cidade O que tem esse personagem de tão especial? Logo na leitura das primeiras páginas você já se sente seduzido em conhecer o personagem, porque o autor começa a história mostrando detalhes do seu nascimento. A partir daí é difícil parar de ler. Nos capítulos que seguem, o autor deixa claro que o garoto não consegue aprender nada na escola convencional, para tristeza de seus pais. Porém, foi entregue a outros educadores como o Bigode, que lhe dava aulas de ‘’jardim’’ e o Senhor Trovão, que lhe ensinava tudo sobre a ‘’ordem.’’ O jardineiro Bigode é quem descobre mais tarde o grande segredo do menino, o de ter o polegar verde e fica sendo o seu conselheiro secreto dando-lhe apoio em cada ação. Com isso, transforma cada tristeza das aulas do Senhor Trovão em alegria no dia seguinte, fazendo nascer flores por onde passa através de suas digitais. Para ele o que importa é fazer as pessoas felizes e não apenas realizar o interesse dos pais, que é principalmente que seja educado para cuidar do patrimônio da família no futuro. Essa história, além de ser fascinante pela beleza da trama, nos leva a fazer uma reflexão sobre o bem e o mal e o resultado de tudo isso. Não deixe de ler o livro. Nas informações que li sobre o autor O MENINO DO DEDO VERDE é a única obra feita por ele para as crianças, mas isso não quer dizer que ela encanta somente aos pequenos. Não sou tão criança e já estou na quarta releitura do mesmo e tenho certeza que não será a ultima. De acordo com D. Marcos Barbosa, tradutor da história em questão, o livro é uma obra prima transbordante de humor e poesia. Vale a pena constatar. Coordenadora Célia Emília dourado O Corcel Negro “O Corcel Negro”, escrito por Walter Farlew e traduzido por Rodrigo Abreu, teve sua 2ª edição publicada no Rio de Janeiro pela editora Record, 2006. Um livro, de agradável leitura nos permite facilmente compreender a aventura vivida por Alexander Ramsay. Essa história emocionante deu origem ao clássico filme “O Corcel Negro”, produzido por Francis Ford Coppola, em 1979. Quando o navio 'Drake' naufraga na costa da Espanha, só há dois sobreviventes - o jovem Alec Ramsay e o Corcel Negro - um cavalo indomável. Juntos, conseguem chegar a uma ilha deserta, onde enfrentam desafios e perigos, criando uma forte ligação entre eles. Na ilha inabitada Alec passava os dias juntando musgoda-irlanda, uma espécie de alga que servia de alimento para ele e o Negro. À noite eles se aqueciam ao redor de uma fogueira. Certa noite, Alec acordou com o grito estridente do Negro. Sonolento, abriu os olhos e viu que seu abrigo estava pegando fogo! As chamas ardendo, o fogo subindo aos céus, enchendo o ar de fumaça! Isso chamou a atenção do capitão de um navio cargueiro que passava por perto. Graças ao incêndio eles foram resgatados e levados para o Rio de Janeiro e depois para Nova York, sua terra natal. Ao encontrar seus pais que não acreditava que ele poderia estar vivo, Alec enfrentou um grande desafio que foi convencê-los a ficar com o cavalo. A história do naufrágio chamou a atenção do repórter Joe Russo que tentava entender por que o amor do menino era a única força capaz de domar a selvageria do animal. Coordenadora Eliete Teles A Cabana O livro aborda a história de Mack Allen Phillips, um homem que vive sob o peso da experiência de ter sua filha Missy, de seis anos, raptada durante um acampamento de fim de semana. A menina nunca foi encontrada, mas sinais de que ela teria sido assassinada são achados em uma cabana perdida nas montanhas. Vivendo desde então sob a "A Grande Tristeza", Mack, quatro anos depois do episódio, recebe um misterioso bilhete supostamente escrito por Deus, convidando-o para uma visita a essa mesma cabana. Ali, Mack terá um encontro inusitado com Deus, de quem tentará obter resposta para a inevitável pergunta: "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento?" O autor, William Paul Young, nasceu em Alberta, Canadá. Sendo o mais velho de quatro filhos, Young passou grande parte da sua infância na Papua-Nova Guiné, junto com seus pais missionários, numa comunidade tribal. Os membros da tribo vieram a se tornar parte de sua família. Young conta que antes de virar escritor, possuía três empregos e em um deles trabalhava como empacotador e auxiliar de serviços gerais em uma fábrica, o que já o fez limpar até privadas. Sobre “A Cabana”, sua obra mais conhecida, lançada no ano de 2007, 272 páginas, ele relata que a princípio escreveu 15 cópias por conta própria para entregar à família e amigos. Estes presenteados gostaram tanto que começaram a mostrar para outras pessoas, espalhando assim o livro, não de forma fácil, pois a versão final foi levada a 26 editoras e todas rejeitaram. Finalmente, o livro foi publicado por uma editora criada espacialmente para essa publicação. Assim, “A Cabana” é um livro que já chegou polemizado na sua história e para mim chegou por indicação de uma amiga que me contagiou com o breve relato da história. Decidi ler e providenciei a compra do livro. Meio desconfiada, li as primeiras páginas querendo reconhecer logo o “porquê” de tanta empolgação por parte de quem me indicou. Daí em diante, a leitura não me decepcionou. Logo que “conheci” a família de Mack e cheguei junto com eles no acampamento, já senti que ia gostar, mas principalmente me emocionar. Mas teve algo mais que isso. Teve medo, (quase desisti de ler) quando comecei a perceber o drama que iria se desenrolar, pois o drama envolvia uma menininha dócil e inocente, e essas características em uma criança são o suficiente para mexer comigo, e, em meio a um enredo dramático, pior ainda. Mesmo assim continuei a leitura e sofri junto com eles, com o desfecho totalmente cruel de Missy. Senti, como Mack, “a grande tristeza” , aquela que se apossou dele depois do trágico final de semana. A Cabana E assim, a narrativa segue, relatando o cotidiano daquela família que tenta levar a vida de forma normal, até o dia que Mack recebeu um bilhete pedindo que ele vá até a cabana onde foram encontradas as roupas de Missy. E o mais intrigante, o bilhete estava assinado por alguém que se dizia “Deus”. Depois de muita indecisão Mack resolve ir e eu pensei que talvez agisse da mesma forma que ele, indo à “Cabana” para tentar desvendar esse terrível mistério, pois, seria mesmo possível que fosse Deus o autor daquele bilhete? Enfim, com essa narrativa, o autor traz à tona a angústia do ser humano, suas fraquezas e fragilidades diante dos desígnios de Deus. Assim como Mack, me enquadro algumas vezes, na categoria “ser humano cético”, e, talvez como ele, preciso ir de encontro à “Cabana.” E você, arriscaria ir “A Cabana?” Daí em diante, a leitura de “A cabana” delineou em mim a visão de um Deus, de uma Trindade que age em nossas vidas de forma tão imprevisível (para nós), mas sempre com um propósito que teimamos em não reconhecer, e, principalmente, não aceitar. O autor apresenta a trindade de uma forma tão peculiar que você sente que, assim como Mack, também está ali com Jesus, Papai e Sarayu, vivendo aqueles momentos (dias, meses, horas?) de total plenitude. Aliás, quem seria mesmo Sarayu? O “plano” é passado nesse livro de forma encantadora, mostrando uma forma de viver além da vida terrena, que transmite muito amor e harmonia entre os seres, de forma tão plena que todos são, ao mesmo tempo, únicos e indissociáveis. Diretora Terezinha Miranda Chaves 12 Horas de Terror O livro 12 Horas de Terror escrito por Marcos Rey trata de uma história muito fascinante, onde as cenas de aventuras se misturam com as cenas de mistério. Essa obra literária foi indicada pela bibliotecária Júlia que, de forma encantadora, conseguiu aguçar a minha curiosidade, pois, a indicação oral feita pela mesma deixava muitos questionamentos sem respostas. O rapaz deve seguir a orientação de uma pessoa desconhecida? JúlioO ficou com tanto medo que tomou um taxi e foi encontrar com a desconhecida na estação do metrô indicada. É Ruth, a namorada de Miguel. A partir daí, Júlio e Ruth começam a viver 12 horas de terror. A culpa é de Miguel, que se envolveu com o tráfico de drogas. Como os dois vão escapar dessa? Tudo aconteceu em 12 horas, ou seja, das 18 horas da tarde às 6 horas da manhã do outro dia. O objetivo é pegar uma sacola e uma caderneta que estão escondidas e encontrar com Miguel. Onde estão estes objetos? Qual a importância dos mesmos? Na perseguição dos ex- amigos traficantes de Miguel. Júlio e Ruth passam a fazer uma perigosa trajetória nos lugares que o mesmo tinha amigos ou costumava freqüentar. Este é um livro sedutor, cheio de aventuras. Façam a leitura do mesmo para desvendar seus mistérios. O grande mistério começou quando Júlio, um rapaz simples, morador da pacata cidade de Serra Branca, acostumado à paz do interior, resolveu morar no Centro Urbano de uma grande cidade a pedido do seu irmão Miguel. Na cidade, a vida tornou- se tão corrida de forma que Júlio e Miguel quase não se viam. Sempre que um chegava o outro já estava dormindo. Certa tarde, Júlio abre a porta do apartamento. Tudo revirado. O telefone toca. Quem poderia ser? Não conhece ninguém na cidade, a não ser Miguel, seu irmão mais velho. Uma voz feminina apressada e rouca dizlhe para sair imediatamente. Júlio fica indeciso sem saber o que está acontecendo. O telefone toca novamente e a mesma pessoa faz um alerta dizendo que Júlio deve deixar o apartamento em pouco tempo e se encontrar com ela na estação do metrô da República e desliga o telefone apressadamente. Diretor Rilson Lima de Souza Ana Pedro Se tem algo que faz a vida encher de alegria é a chegada de um bebê. Este é capaz de trazer amor, esperança e harmonia. Mas o que fazer quando se tem um marido autoritário ao ponto de querer mandar no sexo do bebê que irá nascer? Como fica um coração de mãe nesta situação? O livro Ana Pedro, um infanto-juvenil do autor Miguel Jorge, de 80 páginas, está organizado em capítulos, com uma linguagem clara e fácil de ser entendida pelo público jovem. Foi escrito pelo renomado autor Miguel Jorge ficcionista, poeta, teatrólogo, que na década de 60, ajudou a fundar o Grupo de Escritores Novos, revolucionando a literatura de Goiás. Publicou dezenas de livros como Atrás do Morro Azul, Um Anjo no Galinheiro, Caixote e Asas de Moleque. Também recebeu importantes prêmios literários, dentre eles, o Prêmio Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil e Prêmio Jabuti. O livro conta a emocionante história de uma menina que cresceu como Pedro por imposição do pai. Thomás, pai de duas meninas, ao ver sua esposa prestes a dar a luz lhe exigia que, desta vez, queria um menino. Dona Madalena é tomada pelo medo, seu coração já sabia que era outra menina. Sua sorte foi a parteira meio bruxa, a Dona Ozana que, para resolver a situação, decidiu mostrar a Thomás a nudez de Ruiter, filho da vizinha, nascido no mesmo dia. A doce menina recebeu o nome de Ana, nome da sua avó, e devido ao machismo e orgulho paterno crescera como Pedro, fazendo tudo o que um menino tem direito. Sua mãe e dona Ozana sempre tiveram o maior cuidado para que ninguém nunca descobrisse e segredo. Com o passar dos tempos e a chegada da adolescência a feminilidade de Ana aflora, e um forte sentimento entre ela e Ruiter. E agora como fazer para que o pai não descubra que foi enganado, e como explicar a atração por Ruiter? Qual será a reação de Thomás ao saber que o seu tão admirado filho é na verdade uma menina? Sua mãe será perdoada e ambas aceitas em casa ou essa família estaria desfeita pra sempre? Não fique na curiosidade e angústia, leia já o livro Ana Pedro do autor Miguel Jorge e se emocione com o delicioso enredo dessa história. Coordenadora Simone Gomes Contos de Enganar a Morte O livro contos de enganar a morte, têm 60 páginas, foi escrito pelo Ilmo. autor Ricardo de Azevedo e editado pela Ática. O autor nasceu em São Paulo, é mestre em letras pela Universidade de São Paulo e doutorado em teoria literária, (U.S.P.). A obra contém quatro belíssimos contos: O homem que enxergava a morte, O último dia na vida do ferreiro, O moço que não queria morrer e A quase morte de Zé Malandro. O nome do livro, capa, as folhas ( pretas ), fizeram com que eu me interessasse pela leitura. Li. Nossa, foi paixão à primeira vista, pois os maravilhosos contos conseguiram arrancar de mim muitos e muitos sorrisos pelo fato de que os personagens trouxeram estratégias engraçadas de enganar a morte. A você que quer sorrir e enrolar a morte vale à pena conhecer o excelente livro. Você não se arrependerá e assim como eu, jamais o esquecerá. Dentre os engraçados contos, escolhi O homem que enganava a morte para compartilhar um pouco com você leitor. O texto fala sobre um homem muito, muito pobre de quem ninguém queria batizar o 7° filho. Em busca de alguém para batizá-lo encontra a morte. A morte, alegre com o convite, promete ao velho que o tornaria um homem rico, famoso, poderoso e para isso ela o transformaria em um médico. E a criatura tornou-se mesmo um bom médico e começou a curar várias pessoas. Certo dia, o médico resolveu contrariar a morte, não deixando morrer uma moça que estava prestes a bater as botas. Por este motivo a danada da morte ficou furiosa e veio buscar o compadre no lugar da jovem. Mas o homem, que não era bobo, tentou negociar com ela, pedindo-lhe que só o levasse quando terminasse de rezar o pai nosso. E aí, quer saber o que aconteceu? Leia o livro! Coordenadora Ana Paula de Brito Uma História de Amor O autor Carlos Heitor Cony é um grande escritor, autor de mais de17 livros de romances, diversos livros de crônicas e adaptações de clássicos da Literatura Universal. Como romancista conquistou vários prêmios, entre os quais, quatro Jabutis, dois Livros do Ano, Prêmio Machado de Assis, Prêmio Nestlé e duas vezes o Prêmio Manuel Antônio de Almeida. Este livro é um romance composto por 18 maravilhosos capítulos, onde o autor traz, nos primeiros deles, sua história de vida sofrida, marcada pela desigualdade e pelo preconceito social, de sua persistência nos estudos. E de forma simples, com palavras do nosso cotidiano, conta um belo romance entre dois jovens estudantes, tendo como personagens principais Helena e Henrique, personagens estes marcados pelo destino do amor. Ele, menino pobre, filho de costureira. Ela, muito rica e inteligente. Porém, a menina mais popular do colégio tinha por Henrique um amor platônico. Diante de tantas riquezas e dos títulos do comendador Rezende, os pais de Helena e todos da cidade achavam impossível Henrique, um menino pobre, estudar no mesmo colégio em que ela estudava e muito menos ainda serem apaixonados, inadmissível para a sociedade da época, na qual o status falava mais alto do que um verdadeiro amor. O autor sabe expor suas palavras de forma emocionante e de maneira convidativa, sem deixar o leitor perder o fio da meada, mesmo contando vários casos que lhe acontecera em todo o desfecho de sua história, pois o autor é o personagem de sua própria história, apenas com outro nome. Esse livro foi indicação de uma aluna do 8º que despertou minha curiosidades. Li, gostei e recomendo. Realmente esta história de amor é dez e certamente posso garantir que Carlos Heitor Cony escreve como ninguém. Coordenadora Serafina Ribeiro Alves Oliveira A Menina Que Não Sabia Ler A menina que não sabia ler, de John Harding, é um romance contemporâneo de 282 páginas, da Editora Leya, e conta a história de Florence, narrada pela própria personagem, uma garota de 12 anos, que aprendeu a ler sozinha. Toda a trama se passa em uma fria e decadente mansão no interior da Nova Inglaterra em 1891. Porém, Gilles não pode ficar sem estudar e outra preceptora é contratada, imediatamente, para realizar o serviço interrompido de forma trágica. Repentinamente, toda calmaria e monotonia da mansão parecem estar ameaçados com a chegada desta nova Senhora que trata Gilles de um modo muito estranho. Florence vive com o pequeno e inocente Gilles, seu irmão de apenas 8 anos, sob a tutoria de um negligente tio, um homem que eles nem ao menos chegam a conhecer pessoalmente, e na companhia de empregados, com os quis não possuem laços afetivos e que procuram seguir à risca as recomendações do seu patrão. Afinal, quem é esta mulher tão misteriosa? Quais segredos ela esconde? O que ele quer com Gilles? A jovem Florence é uma garota esperta e observadora que, impedida de estudar e movida pela curiosidade, descobre a biblioteca da mansão, aprende a ler, descobre nos livros um delicioso passa tempo e um mundo cheio de imaginação. Com relação à educação do garoto, seu tio tem um posicionamento diferente, sendo assim, chega o momento em que Gilles necessita receber instrução. Para isso, é contratada uma preceptora para realizar esta tarefa. No entanto, acontece uma tragédia e a senhora Taylor acaba morrendo afogada no lago ao lado da mansão. A partir daí, a trama é carregada de acontecimentos suspeitos, visto que coisas estranhas começam a acontecer na mansão. Intrigada com os mistérios que cercam a vida da nova hospede, Florence trava uma batalha pessoal, cheia de imaginação e suspense para proteger a vida do amado irmão. Para isso, ela é capaz de tudo, afinal, eles só têm um ao outro. Esta é uma narrativa envolvente, onde o leitor é aguçado o tempo todo a desvendar inúmeras pistas é chegar a um surpreendente final, que somente a mente humana é capaz de levar. Diretora Cinelândia Alves dos Santos Sexo na Cabeça Comecei a ler crônicas com mais freqüência no início do ano de 2010, quando chegou à escola o livro Comédias Brasileiras de Verão. Gostei tanto do estilo do autor que comecei a comprar ou pegar emprestados livros dele para ler. Já tenho Comédias da Vida Privada, Mais Comédias para se Ler na Escola, As Mentiras que os Homens Contam, O Banquete dos Deuses e Sexo na Cabeça, sendo este o último que comprei e estou a indicar. Luis Fernando Veríssimo é brasileiro, nascido em Porto Alegre, sendo o escritor que mais vende livros no Brasil. Também pudera, seus livros são maravilhosos! O trabalho do autor também é conhecido na televisão, por conta do livro comédias da vida privada, que foi adaptado para minissérie. “Quando o assunto é sexo, não faltam histórias e confissões apaixonadas. Afinal, quem não se lembra da 1º vez? Quem também não foi protagonista de alguma cena que preferiria apagar da memória”. Histórias como essas não faltam e Veríssimo não perde tempo, escrevendo com muito humor estas breves 144 páginas que nos faz chorar de tanto rir. Uma das crônicas que mais gostei nesta obra, foi FARSA, é uma história hilária, onde o marido resolve voltar repentinamente para casa. Lá chegando encontra a mulher na cama, porém, ela estava com um amante e o esconde dentro do guarda roupa. Só que algumas coisas dão errado, o amante esqueceu os sapatos ao lado da cama e o marido quer desfazer as malas, arrumar suas coisas e tirar os sapatos que estão muito apertados. Dá para imaginar que fim terá esta história? Se estiver curioso é só ler o livro para conhecer esta e muitas outras crônicas magníficas. Pois o autor, daquele jeitinho que só ele sabe fazer, caprichou, escrevendo cada história melhor que outra. Coordenadora Celia Maria de Souza o Capitães da Areia CAPITÃES DA AREIA é uma obra do baiano Jorge Amado, editada pela Companhia de Bolso, reimpressa em 2009, composta por 275 páginas. Neste clássico, Jorge relata a história de um grande grupo de meninos que morava em um trapiche (casarão velho), vivia de pequenos furtos para sobreviver, um grupo organizado onde havia regras a serem cumpridas. Ele narra a trajetória de diferentes personagens, que trazem em seu interior sonhos e desejos, como Volta Seca, afilhado de Lampião que sonha em voltar para o cangaço e vingar a morte da mãe. Professor, o único letrado da turma, lê histórias de aventuras e faz desenhos das pessoas para ganhar uns trocados. E Pirulito, o menino que deseja ser padre. Na trama, Pedro Bala, o líder do grupo, filho de grevista, se apaixona por Dora, a única menina que chega a fazer parte dos Capitães da Areia, com seu irmão pequeno Zé Fuinha, após a morte dos pais no surto de bexiga que houve na Bahia naquela época. Diferentes personagens, de diferentes culturas, mas unidos por um mesmo destino, o de não ter casa, nem família e nem quem se preocupe com eles. E aí, como será suas vidas quando adultos? Será que permaneceram juntos? Conseguiram se reerguer do abandono e miséria a qual foram obrigados a viver na infância? Você vai se emocionar com este maravilhoso romance. Curta muuuuito! Diretora Mileni de Oliveira A Última Música Por ter lido “A Última música”, que ganhei de presente da Equipe da SEMEC, me interessei por este outro livro do autor. A família de Allie tem certa posição social e não aceita o romance dos dois. Nesta questão, me lembro um pouco de Titanic. Recomendo a todas as pessoas sensíveis e românticas e até aos mais durões, pois o final é surpreendente e muito emocionante. Quem ler se afogará em lágrimas. Alguns anos se passam e todas as cartas que Noah mandou jamais foram entregues a Allie. Sua mãe, acreditando ser o melhor para a filha, escondeu todas e ela jamais soube da existência das mesmas. Allie achou que para Noah havia sido apenas um verão. Editora: Novo Conceito, número de páginas: 244 Autor de “A Última Música”, “Querido Jonh” e outros sucessos mais, Nicholas Sparks, sempre traz histórias românticas e marcantes. E este, que já foi traduzido para mais de vinte línguas, com doze milhões de cópias vendidas, não poderia deixar de ser apreciado. Há também a versão em filme, muito bom. A história inicia em meados do Século XX. Allison Nelson (Allie) está passando o verão na cidade de Nova Berna com seus pais, onde ela acaba conhecendo Noah Calhoun, um rapaz simples, e vive um intenso amor. Chega o momento de ela ir embora, os dois trocam promessas de nunca se esquecerem, de que irão lutar para ficarem juntos, mas os acontecimentos da vida acabam retardando esse sonho. Faltando poucos dias para o seu casamento, Allie reencontra Noah e os dois revivem o amor de quatorze anos atrás. E neste reencontro, depois de dias de amor revivido, de paisagens perfeitas e chuvas românticas, ela faz a sua escolha. Mas o tempo passa e há uma história triste, de superação e de um amor construído por anos, que empolga do começo ao fim da trama. Vale à pena conferir! Diretora Gislaine Brandão O Caçador de Pipas O livro o caçador de pipas é um romance de Kaled Hosseini que já vendeu, só no Brasil, 1,6 milhões de exemplares. O autor conta a história de Amir e Hassen, dois amigos de Infância que vivem Juntos uma história triste, marcada pelo preconceito e pela guerra, quando o Afeganistão é invadido pela União soviética. A história é marcada pela covardia de Amir, que não faz nada para ajudar seu amigo quando ele é sofre um ato de intolerância e violência. A partir deste triste episódio os amigos seguem caminhos diferentes e Amir, atormentado pela sua covardia, passa a viver em busca do perdão e da sua libertação. É uma história comovente que envolve amizade, intolerância, perdão e libertação. Mesmo com uma linguagem complexa o Autor consegue descrever muito bem os lugares, os personagens, os sentimentos e a vida daquele lugar. Me senti como se estivesse vivendo naquele lugarejo, sentindo o clima, a vegetação, o relevo e os conflitos vividos pelos personagens. Superou todas as minhas expectativas! Diretora Pedagógica Cleide Lina de Oliveira Cerqueira Menino de Engenho Menino de engenho foi a primeira obra de José Lins do Rego, que teve sua primeira edição publicada em 1932. A narração dessa história está na primeira pessoa e o autor buscou inspiração nas fazendas, senzalas e engenhos do Nordeste, região onde se localiza o seu lugar de origem, a Paraíba. Mesmo fazendo parte da literatura clássica, a linguagem desse romance é acessível e encantadora, talvez pelo fato de retratar um ambiente que nos é muito familiar: o espaço rural. Impossível não se encantar com um menino que perde sua mãe aos quatro anos, sendo obrigado a viver com seu avô em uma fazenda de cana de açúcar. Os cuidados maternos estarão agora na responsabilidade de sua tia Maria. É nesse novo ambiente que Carlinhos (protagonista da história) vivencia momentos marcantes, como sua primeira paixão e o despertar de lembranças desagradáveis que acontecem quando ele perde a sua prima Lili. O enorme espaço da fazenda e o contato de Carlinhos com outras crianças permitem a ele realizar as suas maiores travessuras, descobrindo a liberdade e a libertinagem. A intimidade com a obra é inevitável, pois o autor consegue abordar os mais variados assuntos, despertando assim, o interesse de leitores de diversas idades. O público mais jovem certamente consegue se identificar com o menino sapeca que adora tomar banho de rio, andar a cavalo e pegar passarinho. Os adultos podem apreciar a riqueza de cultura que os causos e crendices do povo da fazenda retratam, como também a sabedoria da velha Totonha e suas histórias. Estes podem ainda ver-se um pouco escandalizados com as descobertas sexuais de um menino de apenas doze anos. E se você for um leitor mais crítico, o texto pode lhe prender nas questões relacionadas aos problemas políticos e sociais da época, como a riqueza centralizada na mão dos coronéis e a miséria do povo vizinho às fazendas. Se ao terminar de ler Menino de engenho, você quiser saber mais da vida de Carlinhos, leia também Doidinho (outra obra de José Lins do Rego). Coordenadora Joelma da Silva Pires O Retrato de Dorian Gray O instigante livro O retrato de Dorian Gray, uma conhecida obra da literatura inglesa de 252 páginas, foi escrito por Oscar Wilde, com tradução de João do Rio. Esta edição, foi publicada pela Martin Claret em 1999, mas a obra teve sua primeira publicação em 1891 e, desde então, tornou-se o mais famoso livro do autor. O livro é extremamente interessante, escrito numa linguagem simples, mas sofisticada. A história questiona a beleza, a juventude, os valores morais. No destrinchar dos acontecimentos, percebemos o posicionamento do autor sobre a juventude, o valor da beleza na sociedade, a vaidade e o caráter das pessoas. O autor traz a envolvente história de um rico e vaidoso jovem, chamado Dorian Gray, que teve seu retrato pintado por um artista que considerava aquele quadro sua mais importante criação. Ao deparar-se com o retrato, o jovem Dorian Gray encanta-se com a própria beleza enquanto o pintor Basil Hallward e o nobre Henry Wotton encarregamse de instigar o seu ego. Numa forte passagem do livro, que marca o ponto alto do início da trama, Dorian declara que daria sua alma para que sua aparência fosse eternamente jovem e para que o quadro envelhecesse em seu lugar. Mal sabia ele que seu desejo seria atendido e que sua vida sofreria muitas mudanças. Com as influências de um amigo, Lorde Henry, Dorian se torna egoísta, devasso e perverso. No entanto, seu rosto continua com os traços angelicais dos seus 18 anos, ao passo que o retrato passa a evidenciar as marcas de sua perversidade e da passagem do tempo em sua face. Muitos acontecimentos marcam a nova personalidade do jovem, que leva uma vida desregrada. Nesse ínterim, Doriam conhece uma jovem, chamada Sibyl Vane, uma adolescente atriz que, por sua dedicação à arte de atuar, conquista o amor de Dorian. O que acontece a partir de então, você vai descobrir na deliciosa leitura desse livro, que não lhe permitirá afastar-se antes do final da trama. Diretora Pedagógica Vaneza Oliveira Não há Silêncio Que Não Termine O livro Não Há Silêncio Que Não Termine, Companhia das Letras de Ingrid Bitancourt, traduzido para o Português por Antonio Carlos Viana, Dorothée de Bruchard, José Rubens Siqueira e Rosa Freire d’Aguiar, romance contemporâneo, edição 2010, escrito em primeira pessoa, conta o drama vivenciado por ela no coração da selva colombiana em poder das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Ingrid Bitancourt, mulher bem sucedida, com uma vida confortável, senadora da Colômbia, candidata às eleições presidenciais de seu país, em um de seus inúmeros compromissos durante a campanha política é seqüestrada, em 2002, juntamente com uma de suas assessoras de campanha pelos revolucionários e durante quase sete anos fica em poder das FARC. Ao iniciar a leitura, não me decepcionei, a autora coloca toda emoção vivenciada nas linhas escritas. Possui uma linguagem tão clara e objetiva que, ao ler, parece que estivemos lá no cativeiro com ela, tal é a forma como Ingrid relata os seus infortúnios. A obra é dramática, no entanto, ao lê-la não há como não fazer uma profunda reflexão pessoal sobre o significado da nossa liberdade. Ela narra cada momento difícil, cada fuga frustrada, cada humilhação sofrida, vivendo a precariedade dos acampamentos, as fugas às pressas, cada vez que o exército colombiano descobria os esconderijos, além das ameaças de morte e dos problemas de saúde, tudo isso com uma lucidez indescritível. O assunto abordado é forte, doloroso, revoltante: o sequestro, o cativeiro no interior de uma selva com todos os seus perigos e privações. A leitura do livro foi emocionante, não tive vontade de tirar o livro das mãos, até chegar ao último capítulo. Saboreei as 553 páginas desta incrível obra, em apenas uma semana e meia. Após o seqüestro a guerrilha passa a usar a sua popularidade como cidadã de dupla nacionalidade, colombiana e francesa, como forma de pressionar a Colômbia a libertar os revolucionaram presos. No cativeiro, Ingrid se vê cercada de outros infelizes seqüestrados que, como ela, se encontram desprovidos da sua dignidade, roubados dos seus familiares, condenados a viver sob o poder dos seus algozes. Neste período, Não Há Silêncio Que Não Termine, virou meu livro de cabeceira. O livro chama a atenção do leitor pela capa, verde, chamativa, como uma selva. O assunto tratado pelo livro é cruel, mas a curiosidade me deu coragem para seguir adiante. Não há Silêncio Que Não Termine Luta contra a opressão de forma incansável, tentando fugir diversas vezes. Faz amigos no cativeiro que compartilham a mesma miséria humana. Os desentendimentos são constantes entre os cativos, revelando a mediocridade da personalidade, aflorada pelas condições subumanas a que estão submetidos. Nos últimos anos, com um quadro de doença hepática, cansada, sem mais forças para lutar, sua luz é uma mãe amorosa e devotada, que luta pela liberdade da filha de forma incansável. Seu mísero radinho a pilha é a janela aberta para o mundo. As mensagens da família alimentam a esperança de um dia, quem sabe, recuperar a liberdade perdida. Passa por diversos cativeiros, reencontra colegas do senado, reconhece figuras importantes da sociedade civil, da polícia, deputados, cidadãos americanos, enfim, pessoas que também tiveram suas vidas tomadas por assalto. A partir das aparições em vídeo, ou as cartas escritas às famílias “as provas de vida”, a Colômbia e o mundo sabiam que ela ainda estava viva. Nelas, os revolucionários procuravam forjar boas condições de vida. O empenho da Colômbia e o apoio da França foram cruciais para o feliz desfecho do inferno vivido. O livro é emocionante, chorei em diversos capítulos, devorei as páginas com uma ansiedade angustiante para saber o final. Vale à pena ler, viver esta experiência. Ao terminar de ler, Não Há Silêncio Que Não Termine, com certeza você valorizará muito mais a sua liberdade. Diretora Alaíde Emilia Dourado O Meu Pé de Laranja Lima O livro O Meu pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos, da editora Melhoramentos, publicado em 2010, edição três, é composto por 189 páginas que contam a história belíssima de Zezé e sua relação com um Pé de Laranja Lima, bem como sua descoberta de como é ser gente grande muito antes do tempo. É um livro gostoso para se ler, porém, a leitura é um pouco dolorosa, pois apresenta a história de Zezé, uma criança de cinco anos, membro de uma família pobre, que vive grandes dificuldades financeiras. O pai desempregado, a mãe empregada em uma fábrica, porém, a única responsável pelo sustento da família. Zezé é um menino esperto, entretanto, é uma criança carente de atenção, de carinho e de amor. Considerado por todos como um menino traquino, que adora aprontar, sempre que algo de errado acontece a culpa recai sobre ele. Um dos pontos comoventes desta história são as conversas entre Zezé e o Pé de Laranja Lima, que era a forma prazerosa que utilizava para fugir do mundo ao seu redor, cheio de miséria e pobreza, criando seu mundo particular, cheio de sonhos, conversando com a árvore, dizendo ser correspondido. Embora o livro esteja destinado ao público infanto-juvenil, o texto mostra-se uma fonte interessante e sedutora ao adulto. Vasconcelos consegue recriar um desabafo infantil com um vocabulário preciso e cuidadosa atenção aos detalhes. A linguagem, simples e impressionantemente profunda, nos conduz a uma reflexão sobre o modo como enxergamos o mundo e também nos faz perceber que as pequenas coisas são realmente o que importa. O livro em si não traz uma lição de moral. Suas páginas contam uma história comovente que faz desaguar lágrimas, um choro para fora, a ponto de dar uma pausa na leitura e daí recomeçar após um breve suspiro. Ao ler a última página, alguma coisa acaba mudando em nossa forma de entender o universo infantil. Acho que, no final das contas, nos sentimos um pouco responsáveis pelo que é retratado ali. Assumimos nossa parcela de culpa, não naquela situação específica, mas nas tantas outras em que encarnamos o papel de protagonistas da vida real. É uma narrativa comovente, sofrida, mas belíssima. Vale a pena ler! Coordenadora Marlane Rosa de Souza Biblioteca de História - Gandhi O principal personagem dessa obra, do autor Eduardo Godoy Figueiredo, editora Três Brasil 21 LTDA, é o grande lutador Gandhi, que passou por inúmeros momentos incríveis em sua história. Viveu 79 anos, e pôde mostrar a diversos países que poderia vencer obstáculos e lutar pelos direitos do povo. Gandhi teve uma família indiana muito rigorosa em seus ensinamentos. Seu pai, muito bravo, porém generoso e de muita fé, e sua mãe religiosa, puderam educar o menino com muita dedicação. Gandhi cumpria com seus deveres, ao tempo em que exigia seus direitos, apesar de ser tímido. Tinha horror à zombaria, por isso, era muito caseiro. Começou a assistir pecas teatrais, o que contribuiu com sua formação pessoal. Gandhi passou por diversas experiências de vida, dentre elas o seu casamento, quando ele e sua companheira tinham apenas 13 anos de idade. Por conta de um vício chegou a roubar e tentar o suicídio. Gandhi acreditava que poderia lutar pela liberdade de um povo, formou-se em direito em Londres e voltou para a Índia a fim de praticar a advocacia. Gandhi foi um pacifista convicto e sempre pregou uma doutrina de não-violência. Desejava que a paz reinasse entre hindus e muçulmanos; entre indianos e ingleses e entre todas as nações. Esse livro é um excelente instrumento por mostrar com detalhes a história de uma pessoa que passou por inúmeras provações. Ora valorizado por muitos grupos de lutas, ora maltratados por outros. Neste sentido, nos traz um exemplo de pessoa, de luta pelo bem comum, pois seu objetivo era ser vencedor e cumprir com seus ideais. Diretor Wilson Neves de Souza A Última Música Nicolas Sparks autor dos livros “Querido John”, ”Diário de uma paixão”, escreveu também o livro “A última música”, um dos mais vendidos, considerado um Best Seller. A leitura do livro A última música foi tão maravilhosa que não vi o tempo passar. Quando dei por mim, já passava da meia noite e eu nem sono tinha. E olha que eu adoro dormir cedo, de preferência antes das dez horas. O livro conta a história de uma garota que viu sua vida virar de pernas pro ar, com a separação dos pais e que, depois deste acontecido, se torna uma pessoa muito rebelde, pois, seu pai muda-se para outra cidade. Após três anos ela e seu irmão são obrigados a ir passar uma temporada com o pai, Jonah. Seu irmão adora a ideia, no entanto, Verônica está odiando. Durante essa temporada a garota vai viver grandes aventuras e descobrir que o verdadeiro amor é capaz de transformar a vida de uma pessoa,. Mas, como sempre, pode trazer a alegria e a dor jamais sentida. Ler esse livro foi o mesmo que viver um grande amor, sem precisar sai do lugar. Se você quiser viver esse amor, é possível! Basta que você leia o livro “A última música”. . Coordenadora Maria Cristina de Souza Comprometida O livro Comprometida- uma história de amor, foi escrito por ELIZABETH GILBERT, uma americana que sofreu algumas decepções amorosas e resolveu sair viajando por alguns países em busca de conhecimento. Elizabeth curou suas mágoas com viagens fascinantes, que lhe renderam um Best-seller: Comer, rezar, amar. A autora já viveu seus quarenta anos, grande parte de sua vida, em Nova York. Depois de algumas experiências de vida, trocou sua cidade natal por Frenchtown, cidadezinha bucólica em nova Jérsei, nos Estados Unidos. A autora se declara apaixonada pela vida doméstica, ama estar com o marido (brasileiro chamado José Nunes) e declara que sua casa é o melhor lugar do mundo. Afirma ter vida financeira estável e estar cada vez mais certa de que não nasceu para a maternidade. Além disso, diz que não foi por acaso se apaixonar por alguém muito mais velho e com filhos já adultos. Comprometida, uma obra muito fascinante, com duzentos e trinta e seis belas página, faz com que o leitor mergulhe na história com bastante curiosidade, pois vai se deleitando com o enredo da mesma. Como se pudesse estar vivendo diferentes aventuras narradas, transpondo para a vida real, esse romance nos chama atenção para o valor que se deve dar à vida em liberdade. Transmite-nos uma verdadeira história de duas figuras sobreviventes de divórcios difíceis, mas que se amam. Entretanto, ambos de nacionalidades diferentes, com a necessidade de continuar pesquisando e comercializando, vêem-se obrigados a realizar o tão temido matrimônio para poder continuar vivendo juntos em um único país. Viveram inúmeras experiências em diferentes ambientes, precisaram permanecer afastados por não conseguirem documentar a permanência de ambos no mesmo país. E, como sucederá a vida dos dois, será possível que eles cedam e busquem a verdadeira liberdade, aceitando apostar no casamento e adquirir visto permanente? Leia o livro Comprometida -Uma historia de amor e poderá desvendar esse mistério. Quem ainda não viveu uma história de amor? Encontros e desencontros? Indico essa obra para casais, namorados, noivos que gostariam de compartilhar muitos momentos com o seu grande amor. Coordenadora Leni Maria Pereira A Bolsa Amarela Um exemplo de boa literatura infanto-juvenil contemporânea é A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga Nunes. As crianças de nove e dez anos gostam de ler, pois a narrativa tem a ver com o seu cotidiano e lhes leva a sonhar com algo possível e mesmo com meios que as possibilitem sair da esfera de submissão ao adulto. O livro de Lygia Bojunga Nunes, A Bolsa Amarela, publicado em 1976, tornou-se um clássico da literatura infantil; é um livro que nunca sai de moda, pois nem só as crianças gostam de ler, mas pessoas de todas as idades. Com ele a autora ganhou vários prêmios, dente eles em 1982, “Grande Prêmio Internacional HANS CHRISTIAN ANDERSEN” (considerado o Nobel da Literatura Infantil). A personagem principal da narrativa é uma garota chamada Raquel, a caçula de uma família de três filhos, que se sente isolada e sem amigos com quem possa brincar ou conversar. Os maiores desejos de Raquel são: ser garoto, para ter mais liberdade; ser escritora, para expressar o que sente; e ser grande, para se ver livre da dominação dos adultos. Quando ganha uma bolsa amarela, uma bolsa grande, cheia de compartimentos, ela coloca dentro esses desejos e começa a criar várias situações e personagens com quem vive grandes aventuras. A narrativa se desenrola em vários ambientes: no plano real, a família e no plano imaginário, os demais ambientes – a fazenda, a casa dos consertos, a praia das pedras e a loja das linhas – onde se passam a maior parte dos sonhos da menina, sonhos esses, que lhe dão liberdade para conhecer outros personagens e fazer amigos. Na falta de uma criança com que possa dividir as brincadeiras e aventuras, Raquel passa a escrever cartas e respostas às mesmas. Com esse gênero textual ela extravasa suas angústias e ocupa seu tempo. Com a introdução de outras histórias dentro da narrativa, A Bolsa Amarela ganha mais diversidade, mais aventura. Em suas histórias, Raquel faz novas amizades e, dessa forma, a vontade de ser grande e de ser garoto vai diminuindo. A redução do desejo mostra o amadurecimento, a aceitação de sua identidade feminina. A vontade de escrever não pesava mais, pois ela escrevia tudo que queria, não se importando mais com as implicâncias dos adultos. Este livro faz parte da coleção Literatura em minha casa. Logo que chegou em nossa escola, por ter um trecho publicado no livro didático, uma aluna foi logo pegando para ler. Após a leitura ela disse que o livro é ótimo. Eu li, gostei, trabalhei com ele na minha monografia e recomendo a todos, pois é uma história que lhe faz esquecer até de outros afazeres. Diretora Ivaneide Teixeira O Mercador de Veneza O livro O Mercador de Veneza, do autor William Shakespeare, com adaptação de Leonardo Chianca, tem 117 páginas e foi publicado pela editora Difusão Cultural do Livro. Sabemos que Shakespeare é o maior dramaturgo da literatura universal. Suas obras teatrais - tragédias e comédias - há mais de quatrocentos anos encantam leitores e platéias de todos os povos. Esta obra tempera um drama trágico com boas doses de romantismo e comédia. É um drama baseado em questões muito presentes nos relacionamentos humanos como orgulho, arrogância, discriminação, o julgamento precipitado em contrapartida com o valor da amizade verdadeira e amor genuíno. Para que vocês possam conhecer só um pouquinho da história e ficarem bem interessados em ler vou relatar um pouco do que traz este livro tão emocionante e envolvente. Na Veneza do século XVI, o jovem Bassânio pede dinheiro emprestado ao amigo Antônio para ir a Belmonte pedir a mão de Pórcia. Por sua vez, o amigo procura o agiota judeu Shylock e garante um pedaço de sua própria carne caso o pagamento do empréstimo não seja feito como combinado. A partir daí, uma série de armações, disfarces e desencontros acontecem, aflorando o que há de melhor e pior na alma humana. Se você quer saber se Antônio consegue pagar o débito ou não ao agiota e se livrar da dívida de dar um pedaço de sua própria carne como pagamento, leia este livro, vale à pena. Coordenadora Claudia Rocha Nó na Garganta As questões de preconceito no Brasil são cada vez mais discutidas e analisadas e quando essa temática aborda crianças, gera um olhar mais focado para a superação do problema. Durante uma conversa rotineira com minha filha percebi em algumas de suas falas o quanto ela era preconceituosa e decidi procurar atentamente mais informações para ajudá-la a superar essa fase, que já estava se tornando um auto-preconceito. Minha filha de fato é uma bela garota, com a cor da pele pouco escura e de cabelos crespos. Foi nesta busca de informação que encontrei este livro. O livro Nó na Garganta, de Mirna Pinky, da editora Atual, 74 páginas, publicado em 1991, apresenta em sua capa uma linda garota negra, e essa imagem nos faz inferir o quanto esta história será comovente. Em suas 74 páginas a autora, levanta questões de um tipo de preconceito que, infelizmente, o mundo atual, mesmo com suas leis, ainda enfrenta: o preconceito social e racial. No livro, Mirna conta a história de Tânia, uma linda garota, cheia de curiosidade, assim como qualquer criança, que mora com o pai, seu José, e a mãe dona Cida, no interior, em condições muito precárias. Pensando em melhorar sua situação seus pais mudam-se para o litoral de Caraguatatuba. No litoral, os pais passam a trabalhar como caseiros, na casa de uma senhora branca, abastada, exigente e autoritária. É nesse novo espaço que se desenrola a história. Tânia é discriminada na escola, mas lá, encontra também um amigo, o Pedrinho, a única criança que a aceita e, por esse motivo, começa a criar um vínculo muito grande com ele. Na história há os personagens ricos, donos das casas de praia, todos brancos, como Dona Matilde, seu Carlos, seu Nogueira, dona Marcia e os filhos. Há os personagens que são pobres: jardineiros, caseiros das casas dos veranistas. No entanto, nem estando entre pessoas do mesmo nível social, a garota teve sossego, pois não enfrentou apenas o preconceito social, como também, o preconceito racial, porque sua família, entre os pobres, era a única negra e isso era motivo de zombaria dos outros moradores. É nesse contexto que a pequena grande menina confronta-se com a dura realidade do preconceito racial. Uma experiência amarga que a levará a descobrir coisas importantes a respeito de si mesma, como seu poder de enfrentar com dignidade as injustiças do mundo em que vivemos. E para se deliciar com suas aventuras, encrencas e incríveis momentos, leia o livro Nó na Garganta. Você se encantará com momentos de superação, fantasias e reflexão. Diretora Ana Paula Viana de Souza Mentes Perigosas O Psicopata Mora ao Lado Mentes Perigosas o psicopata mora ao lado é uma obra da autora Ana Beatriz Barbosa Silva, com mais de duzentos mil livros vendidos. Apresenta uma linguagem fluida e esclarecedora em suas duzentas e dezessete páginas, publicado pela editora Fontanar. Ana Beatriz Silva é medica, pós-graduada em psiquiatria, presidente da AEDDA – Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção, de São Paulo – e também diretora das clínicas Medicina do Comportamento do Rio de Janeiro e SP. Já publicou vários livros, dentre eles: Mentes Inquietas, Mentes e Manias, Sorria Você Está Sendo Filmado, Mentes com Medo. O prefácio deste livro foi escrito pela escritora e novelista Gloria Pérez, pelo advogado criminalista Arthur Lavigne e pela psiquiatra forense Talvane M. de Moraes. As renomadas personalidades nos convidam a viajar no mundo das pessoas que possuem o perfil psicopático, as quais, por puro engano, ou falta de conhecimento, acreditamos que estejam muito distante de nós. No entanto, convido-lhes a mergulhar neste livro e descobrir que estas mentes perigosas podem estar bem próximas, ou melhor, ao seu lado, ou quem sabe, dormindo com você. Os psicopatas são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimento ou julgamento morais internos. São loucos!? Desorientados!? Muito pelo contrário, sabem muito bem o que estão fazendo e não sofrem nem um pouco com isso. Devido a isso a autora, Ana Beatriz, procurou relatar de forma clara e objetiva o perfil destas mentes perigosas, citando ao longo do livro pessoas que possuem o perfil de psicopatas, e proporcionando a você, leitor, momentos para que possa vasculhar na memória pessoas que também se encaixem neste perfil. Estão ficando preocupados em ler o livro e descobrir que você mesmo pode apresentar tais características? Só irá obter esta resposta caso decida se deleitar com este assunto complexo, controverso e perturbador, porém, importantíssimo para pessoas que lidam com o publico, e que, de uma forma ou de outra, estão inseridas em uma empresa. Pois as empresas, a política e até mesmo a religião são os lugares preferidos destes indivíduos dos cérebros gelados e sem “coração mental”. Como reconhecer esses “predadores sociais”? Como nos defender? São todos assassinos? Quais suas principais características? Por que fazem tudo com tanta inteligência e sabedoria? A psicopatia tem cura? Em que idade ela se manifesta? Você pode se recusar instintivamente a reconhecer sua existência. No entanto, sem sombra de dúvidas, conhecer essas mentes perversas é a melhor forma de nos proteger do efeito devastador de sua presença em nossas vidas. E durante a leitura do livro mentes Perigas, o psicopata mora ao lado, teremos as respostas para estas e outra perguntas. Leiam, previnam-se! Coordenadora Vânia Emília Dourado A Metamorfose do Lívio Hoje em dia, não é muito incomum encontrar crianças e adolescentes que passam ou já passaram por algum tipo de rejeição na escola por apresentar características que muitos julgam anormais. Menos incomum ainda é um desfecho que pode mudar a vida de todos... No livro A metamorfose do Lívio, a autora Liana Leao, consegue contemplar uma reflexão atual, pois trata das dificuldades de Lívio, um menino tímido, que tem um sonho – fazer amigos na escola – mas enfrenta a indiferença e o medo de não ser aceito. É inspirado em A Metamorfose, de Franz Kafka, um dos maiores autores do século XX. Lagartixa! Lagartixa! Menino parede... assim era conhecido Lívio, o menino tímido e solitário que, por não ter amigos na escola, se esconde do mundo e das pessoas. Algo fantástico acontece para que ele possa vencer o medo e se descobrir como pessoa, para que seja, enfim, aceito pela turma. Os colegas de Lívio só entendem o que as outras pessoas sentem, quando se vêem do outro lado: como aquele que sempre é motivo de chacota. Numa leitura leve e emocionante, a autora Liana Leao vai revelando em episódio que poderia ser vivido por qualquer menino. Mostra os dois lados: o de quem sofre “ Bullyng” e o daquele que cruelmente pratica. A história guarda um final surpreendente, pois conseguiu reunir um tema tão sério, de maneira tão surpreendente, reflexiva e fantástica, que nos leva a uma gostosa reflexão. Vale apena ler, sorrir e se emocionar! Coordenadora Aline Noves da Silva O Futuro da Humanidade O livro O Futuro da Humanidade é mais uma obra do escritor, psiquiatra, pesquisador da área de psicologia e renomado conferencista nacional e internacional, Dr. Augusto Cury, sendo o seu primeiro romance, já com dez milhões de exemplares vendidos. Augusto Cury é referência em livros de auto-ajuda como: Pais brilhantes e professores fascinantes, Nunca desista de seus sonhos, O poder da inteligência, dentre outros. Essa nova obra conta a história de um médico e um mendigo em busca de um futuro melhor. O Futuro da Humanidade descreve a trajetória de um jovem estudante de medicina, de espírito livre e aventureiro, com uma coragem exuberante e muito persistente na busca de seus ideais. Ao entrar para a faculdade, cheio de sonhos e expectativas, o jovem se vê diante de uma realidade dura e fria: a falta de sensibilidade dos professores, que não percebem que, por trás dos sintomas de seus pacientes, existem complexas histórias, constituídas de lágrimas, perdas e decepções. Indignado, o jovem desafia profissionais de renome internacional a fim de provar que os pacientes com transtornos psíquicos precisam mais de diálogo do que de remédios. Esta comovente narrativa nos leva a uma fascinante viagem pelo mundo da psicologia, nos fazendo refletir sobre os paradigmas da medicina, o preconceito e o sistema social. Leiam e viajem na imaginação de um mendigo letrado, PHD em psiquiatria, que discursa para si próprio e beija as árvores e flores em forma de agradecimento à natureza. Coordenador José Neto Lopes No Meio da Noite Escura Tem Um Pé de Maravilha! Este é um livro com contos folclóricos de amor e aventura. Histórias que o povo parou de contar, que falam da existência, espalham brilhos e magias em qualquer lugar ou época e, ainda assim, estão ameaçadas de se perder. Mas o autor Ricardo Azevedo, como bom contador, escolheu algumas das mais belas e escreveu do jeito que todo mundo gosta. Assim, entre tantas histórias bonitas, como Moço bonito imundo, A mulher dourada e O menino careca, O príncipe encantado no reino da escuridão, A mulher do viajante, Os onze cisnes da princesa, O filho do ferreiro e a moça invisível, Dona Boa-Sorte mais Dona Riqueza, As três noites do papagaio, O filho mudo do fazendeiro, Entrevista para um papagaio, há “Coco Verde e Melancia”, que fala de um namoro proibido, onde um fazendeiro muito rico tem uma filha, a coisa mais linda. A garota começa a gostar de um colega de classe. Mas o menino é pobre. O pai fica sabendo e manda a menina mudar para a turma da tarde, para acabar esquecendo aquele amor. Porém, como os dois gostam muito um do outro, fazem um plano: sempre um deles, indo ou vindo da escola, deixa uma carta escondida no arvoredo, num pé de serra. Para ninguém descobrir, inventam dois apelidos: o menino passa a ser Coco Verde e a menina Melancia. E assim, através de cartas, mesmo sem se ver, cada vez mais e mais, um está gostando do outro. Os dois namorados crescem. No lugar de cartas, começam a se encontrar escondidos debaixo do arvoredo para conversar e namorar. Que alegria! Juram seu amor, que um não viveria nunca sem o outro. Um dia, o homem sabe dos encontros da filha. Fica uma fera! Toma decisões mais severas, fazendo com que um fique mais distante do outro. Usa planos horríveis. O moço fica doente. Mas chega um dia que resolve sair pelo mundo, tentando começar tudo de novo. Isto é só o começo. Poderá acontecer coisas mais bonitas no final. Leia a história na íntegra e entre no mundo maravilhoso das histórias contidas no livro! Vale à pena ler, experimente! São apenas 119 páginas de amor e aventura! Coordenador José Pedro O Sr. Pip O livro O Senhor Pip conta a história de uma menina negra, assim como todos na sua ilha, menos um, Sr. Watts o (Olho Arregalado). Pip é nome do personagem central de Grandes Esperanças. Mas Pip também é o nome de um dos personagens principais de O Sr. Pip, livro de autoria do escritor neozelandês Lloyd Jones. A história se passa numa ilha do Atlântico Sul que sofre as graves conseqüências de uma guerra civil. Este personagem do mestre Charles Dickens é capaz de mudar o destino de uma adolescente e de toda a sua comunidade. O autor apresenta a comovente história de Matilda, uma jovem que revela, com suas próprias palavras, uma simplicidade e heroísmo impressionante. Isolados por um bloqueio político, econômico e militar, os habitantes da ilha vivem com dificuldades e privações desde que os "brancos" fecharam a mina, única fonte de riqueza de toda a comunidade. Para Matilda, o bloqueio tem um significado ainda mais doloroso. Desde que a sangrenta guerra civil se alastrou pela ilha, a menina nunca mais vira seu pai. A sorte de todos só mudaria quando o único homem branco que restara na aldeia decide reabrir a esquecida e também única escola do local. Sr. Watts, ou Olho Arregalado, como todos o chamam, é um homem misterioso e excêntrico. Branco, alto e sempre metido em seu terno de linho, mantinha o hábito de usar um nariz de palhaço ao levar sua mulher Grace, uma negra nativa da ilha, para passear como uma rainha em uma carroça. Ninguém saberia dizer por que Olho Arregalado permanecera em Bougainville depois do bloqueio. Sua história só começa a vir à tona quando as crianças são chamadas de volta à escola. Investido da missão de professor, Sr. Watts inicia a leitura de um livro que logo causaria alvoroço em toda a comunidade. Despertadas de sua pobre rotina, Matilda e as crianças da ilha se encantam com as palavras de Charles Dickes em Grandes Esperanças e, em especial, com as aventuras do personagem conhecido pelo apelido de sr. Pip. Iluminada pelas constantes sessões de leitura na escola, Matilda aprenderia a sonhar com uma vida melhor, passando a viver sua realidade baseada na história de "grandes esperanças". O Sr. Pip O impacto da leitura de Grandes Esperanças e o bom entrosamento de Olho Arregalado com as crianças, em pouco tempo, mobiliza toda a comunidade. Ainda visto com uma certa desconfiança e curiosidade, Mr. Watts decide, então, também receber os adultos em sala de aula, para que cada um transmita aos mais jovens a sabedoria de sua vida comum. A medida desperta a simpatia de alguns moradores e a inveja de outros, como a mãe de Matilda, que não suporta a influência do professor sobre a filha. Olho Arregalado só não poderia supor que a fama do sr. Pip em Bougainville também chamasse a atenção dos "pelesvermelhas", invasores que travam uma guerra suja contra os rebeldes locais, apelidados de "rambos". Todos querem saber, afinal, quem é o perigoso e subversivo sr. Pip. É a hora de Matilda e toda a comunidade provarem que as grandes esperanças sobrevivem até ao inferno. Coordenadora Eliene Abreu Como Lidar com Pessoas Difíceis Uma das coisas mais difíceis do dia - a - dia é lidar com pessoas destrutivas, e se relacionar com os mais variados tipos de pessoas. É possível conviver com o mínimo de desgosto com as manias alheias. Todos nós temos nosso momento de raiva, vingança, egoísmo, cinismo, mas isso não significa que sejamos assim o tempo todo. Há momentos na vida das pessoas que a impressão é de que nada falta e de que tudo está bem. Ficamos assim em algumas fases complicadas de nossas vidas. Então, saibam como não se deixar ofender, nem magoar por aquilo que elas fazem ou falam. O livro Como lidar com pessoas difíceis, uma obra do autor Victor Civita, de 32 páginas, publicado pela Nova Cultura, em 2005, ajuda a lidar com situações desafiadoras que enfrentados ao longo da vida. O autor mostra que existem quatro princípios básicos que servirão como guia, quando você estiver lidando com pessoas difíceis. No parágrafo primeiro, do capítulo 3 ele diz que “o ódio nasce, cresce e se instala quando somos profundamente humilhados”. O livro ajuda a descobrir quem você, com quem você convive e ensina técnicas para serem usadas depois da descoberta de quem é você e o outro. O livro é muito bom. Fez com que eu refletisse bem sobre a minha maneira de ser e de agir dentro do meu trabalho, família e na sociedade como um todo. Diretora Veralúcia Maria Ferreira A Raposa e o Cancão O cordel "A raposa e o cancão”, de Arievaldo Viana, fala da esperteza de uma raposa, da tolice de uma rolinha e um cancao muito esperto, deixando o leitor curioso para saber quem vai se dar melhor no final. Por acusa do esperto canção, Dona Rolinha não teve seus últimos filhotes devorados pela raposa, que começou a ameaçá –la, enquanto a pobre ave estava com os filhos em cima da arvore. Por medo e ameaças teve que jogar um deles para saciar a fome da esperta. É muito bom ver uma história de cordel, tão interessante, ocupando um espaço destinado as crianças pequenas. No caso de “A raposa e o cancão”, a obra ainda tem a vantagem de tratar de personagens que são animais da nossa fauna aproximando a história das nossas memórias de criança. Diretora Aldenir Macedo O Monge e o Executivo Quando comecei a ler “O Monge e o Executivo”, de cara, já percebi que era muito bom. O autor James C. Hunter utilizou-se de uma simulação que, além de muito fascinante e envolvente, torna possível para o leitor uma visão mais humana em todos os aspectos da sua vida pessoal e do convívio com outras pessoas, com familiares, colegas de trabalho. A obra começa contando a história de John Daily, casado, pai de um menino e uma menina, grande executivo de uma empresa renomada, ele passa por grandes dificuldades tanto na vida familiar, como nas atividades profissionais. Com o incentivo de sua esposa, concorda em passar um período em um mosteiro cristão para buscar reflexão e pôr em ordem as coisas em sua vida. E notório que o autor tenha usado um ambiente atraente para obter lições de liderança. Um mosteiro onde seus seguidores têm, o mesmo status; ninguém é melhor ou pior que ninguém . Há, porém, um líder que é escolhido por todos e o qual é responsável pela palavra final em todas as questões. Isto faz desta pequena sociedade um ambiente onde os hábitos e relações aconteçam de forma respeitosa e saudável. Outro fator importante é que há uma preocupação contínua em cumprir as ordens, horários e o dever que os frades têm de fazer as refeições juntos. Desta maneira, percebe-se que, no mostruário, além de um ambiente muito calmo, todos trabalham e vivem em harmonia. No tocante “as definições “ o autor enfatiza , o que muitos não sabem: o que verdadeiramente significa liderança. Deixa bem claro que a liderança não pode ser vista como poder, e que “poder” é a faculdade de coagir, forçar alguém a fazer sua vontade, por causa da sua posição ou força, mesmo que a pessoa não queira fazer; e liderança, em termos simples, é a aptidão de influenciar pessoas para trabalhar entusiasmadas, visando atingir objetivos comuns, estimulando confiança, mediante força do caráter. E para saber o que aconteceu finalmente com essa família, indico esse excelente livro. Diretora Marileide Geralda S. Carvalho A Cabana Superar perdas não é tarefa fácil. E muitas perdas, na verdade, nem são superadas, de tão profunda que é a dor. O máximo que pode acontecer é essa dor se tornar suportável. Certamente assim é para quem perde um filho. O livro “A Cabana”, de William Paul Young, retrata muito bem esse drama, mas mostra também que quando o homem se deixa guiar por Deus tudo é possível. Foi o que fez o personagem Mak ao voltar a uma cabana, a convite de Deus, onde sua filha de apenas 7 anos foi brutalmente assassinada e estuprada. Será que a dor de Mak, de tão insuportável, lhe fez acreditar que Deus lhe fez um convite para um encontro? Ou será que Deus realmente vai estar nesse encontro? Para ter as respostas a estas perguntas, leia este emocionante livro e se surpreenda com o desfecho da história. Simone Ferreira Coordenadora Simone Ferreira A Mãe Possível O livro A Mãe Possível, das autoraa Carminha Levy e Laura Bacellar, é dividido em capítulos, contém 172 páginas, e foi publicado pela editora Gronund. Como será a mãe perfeita? Já parou para pensar? Questionamentos como este e muitos outros poderão ser respondidos com a leitura e reflexão do livro “A mãe Possível”. Ele é baseado no xamanismo, ou seja, crenças e práticas relacionadas ao xamãs. Esta obra trata de questões que se referem à convivência familiar dentro dos diferentes das estruturas da família do mundo atual. O referido livro traz várias histórias sobre o dia-a-dia de uma sociedade onde as crianças não têm limite e que para os pais, em especial a mãe, conseguirem colocar limites, os dois precisam estar bem, ter harmonia entre si, pois vivemos numa época em que os pais não têm tempo para os filhos. Esta obra também contém exercícios simples para que a mãe sinta-se mais inteira, conectada com seus filhos e com seu companheiro. É muito comum que a mulher seja julgada por tudo que os seus filhos fazem. Nossas tradições todas fazem das mães as responsáveis pela educação dos filhos, sendo o seu comportamento bom ou mal. A autora desse livro é psicóloga e os personagens de sua obra são fictícios, porém, baseados em pessoas reais atendidas por ela. O livro tem uma leitura de fácil entendimento, talvez por ser um assunto que interessa toda a sociedade. Li gostei e recomendo a todos os leitores, em especial, as mães que enfrentam dificuldades com filhos que não tem limites. Diretora Sonizete Maria de Oliveira O Clube dos Anjos: GULA O livro, do autor Luis Fernando Veríssimo, é uma comédia que conta a história de dez homens que se entregam por completo ao prazer da GULA. Ramos, Abel, João, Marcos, Saulo, Paulo, Pedro, Samuel, Daniel e Tiago se reuniam, quando adolescentes, no bar do Alberi, para comer o picadinho de carne com farofa de ovo e banana frita, fundando assim, o Clube do picadinho, que ficou funcionando bem durante 21 anos, até a morte de Ramos. Depois disso, o grupo começou a se dispersar e alguns começaram a faltar nos jantares, até que um dia, Daniel encontrou um desconhecido, o Lucídio, e começaram a conversar. Ele falou do clube, de como estava acabando, e Lucídio falou de uma sociedade secreta que treina gourmet para o preparo do Fugu, um peixe venenoso. Após bastante tempo conversando Lucídio sugeriu que ele tentasse aproximar o grupo. Ele seria o cozinheiro, com uma condição: ele não queria aparecer. Daniel concordou e fez os convites a todos que, de imediato, acharam que não iria dar certo. Mesmo assim, no dia marcado, todos apareceram. Antes de cozinhar Lucídio sempre perguntava sobre o prato preferido de alguém. Preparava a janta e servia a todos, mas sempre deixava um último prato, para aquele que quisesse repetir. Sempre que terminava o jantar todos iam para suas casas, e, no outro dia, recebiam a informação que alguém tinha morrido. Mesmo sabendo que a cada refeição era um a menos, eles não faltam e ainda planejam o velório após comer a última fatídica sobra. Tudo pelo prazer de se deliciar com seu prato favorito. A história é uma comédia e, ao mesmo tempo, um suspense, por que você segue imaginando e tentando descobrir por qual motivo Lucídio estava envenenando a todos. Mesmo sabendo que estavam sendo envenenados voltavam aos jantares. A fome continua... Diretor Vitor José de Souza “Querido John” O que significa amar verdadeiramente uma pessoa? O livro “Querido John” nos encanta com um romance que ocorreu entre meados da década de 90, permeando até meados de 2000, que retrata a história de amor de um adolescente da cidade de Wilmington, Carolina do Norte, uma das cidades mais militantes dos Estados Unidos. John foi criado apenas por seu pai, um homem sedentário e introspectivo, que raramente demonstra emoções. Ele tinha uma grande paixão em colecionar moedas, dando continuidade a coleção valiosa que herdara de seu pai. Além da coleção, sempre dedicou sua vida a cuidar do seu filho, dedicando amor à sua maneira. John, quando garoto, dialogava com seu pai sobre moedas, mas esse contato foi diminuindo, pois eles não conseguiam estabelecer outro tipo de comunicação. Na adolescência, tornou-se um rapaz rebelde. Depois de uma longa e difícil convivência com seu pai, passou a se interessar por esportes, meninas, carros, música, e acabou se revoltando por não ter condições de manter tudo o que gostava. Esse fato fez com que ele se visse diferente dos amigos e começou aos poucos afastarse deles, passou a andar com o grupo ‘errado’ e a não se importar com nada. Suas notas na escola começaram a piorar, chegava bêbado em casa, e, mesmo muito inteligente, concluiu o ensino médio com muita dificuldade. Seu pai, apesar do seu jeito tímido, tentava abordar o assunto faculdade, pois, sempre se preocupou com a educação. Porém, o jovem não estava interessado. Queria apenas um emprego, carro e coisas que nunca tivera em sua vida. Passou a arrumar bicos, de um trabalho ruim para outro, bebendo cerveja, saindo à noite e sem responsabilidades. Namorou dezenas de mulheres, casos passageiros, até que acreditou estar apaixonado por uma delas, que o abandonou por ele levar uma vida sem perspectivas. Tempos depois, quando soube que essa mulher iria se casar com um advogado, ficou incomodado a ponto de decidir mudar de vida. Pela primeira vez parou para pensar no que estava fazendo, e resolveu alistar-se no exército, o que o fez amadurecer. Tudo muda na vida de John, em sua terceira licença, quando ele volta para a sua cidade e conhece Savannah, uma moça religiosa que estava na cidade para prestar serviço social. Depois de ajudá-la, resgatando sua bolsa, eles passam a estabelecer um vínculo afetivo que cresce rapidamente transformando-se em amor. “Querido John” Ao término de sua licença, após duas semanas de intenso relacionamento afetivo, John acredita ter encontrado a mulher de sua vida. Porém, precisa voltar para o exército, e firmar com seu amor o compromisso de se casarem após concluir seus serviços militares. Eles trocaram juras de amor, prometerem um ao outro se corresponderem, tendo a certeza que ficariam juntos para a sempre. Mesmo longe, a distância não foi capaz de diminuir o amor que um sentia pelo outro, e os dois viajavam nas escritas e leituras de suas cartas de amor. Faltando apenas três meses para a sua saída do exército, acreditando que o amor foi maior do que a distância e que, finalmente, nada mais os impediria de viver aquele grande amor, um episódio mudou duas vidas para sempre. Ninguém previa o que estava para acontecer. Os atentados de 11 de setembro mudariam suas vidas e do mundo todo. John Tyree tem que tomar a decisão mais difícil de sua vida: escolher entre o seu país, cumprindo suas responsabilidades como militante ou seu amor por Savannah Lynn Curtys. E você caro leitor, o que faria no lugar dos personagens? Se você está interessado em saber qual será a atitude do casal diante deste incidente, não deixe de ler o livro “Querido John”, de Nicolas Sparks. É uma linda e comovente história, que vai prendê-lo até seu fim, explorando os sentimentos mais profundos do ser humano, trazendo uma visão do significado do verdadeiro amor, fazendo-nos refletir que amar vai muito além de estar perto de quem você ama, e sim, desejar que o outro seja feliz. Supervisora Técnica Sirleide Bispo As Mulheres Que Mudaram o Mundo Terminei de ler o livro, de Gabriel Chalita, publicado pela editora Nacional, edição especial de 2007, “Mulheres que Mudaram o Mundo." Gostei muito de conhecer a vida de nove mulheres que vencerem pela garra e determinação. Duas delas me encantaram: Marie Curie e Anne Sullivan. Que bom que existem autores como o Gabriel, que reconhecem a capacidade do "ser frágil". Será mesmo que somos seres frágeis? Leia o livro e certifique-se. A incansável cientista, Marie Curie , que fez a descoberta do rádio, elemento químico que deu origem ao nome radioterapia e hoje é utilizado no tratamento do câncer. A determinada professora, Anne Sullivan, no seu trabalho com Helen Keller, cega e surda com menos de 2 anos de idade. Praticamente, ela socializou a menina e a colocou em condições de viver na sociedade e produzir, o que não seria possível no século em que viveram. As outras mulheres também foram brilhantes em suas ações, mas é preciso fazer suspense para que você tenha curisoidade. É uma leitura excelente! Quem me sugeriu esta leitura? Patrícia Simões, ou somente Paty, professora Universitária do Rio Grande do Sul, minha amiga virtual a qual também me presentou com o livro. Já conheço há algum tempo outras trabalhos do autor , entre elas, A coleção Cultivar. Porém, ler o livro Mulheres que Mudaram o Mundo me fez refletir no quanto as mulheres tem ganhado espaço nas últimas décadas e como temos que lutar para mantermos estas conquistas . Diretora Marisa Barbosa As Mentiras Que os Homens Contam O livro "As mentiras que os Homens Contam“, do autor Luis Fernando Veríssimo, com 218 páginas, teve sua primeira edição lançada em 2001, pela editora Objetiva. É um ótimo livro para ser lido em qualquer momento da vida , uma vez que traz divertidas e emocionantes crônicas que retratam muito bem, mas muito bem mesmo, certos momentos da vida, tanto de homens como de mulheres. Mulheres? Não se espante, porque apesar do livro se intitular "As Mentiras que os Homens Contam", não só eles mentem durante as 40 deliciosas histórias que estão nesta obra. O autor, como sua forma apaixonante de escrever, consegue nos guiar por páginas e mais páginas sem nos dar conta, de tamanho envolvimento com as histórias, até que descobrimos que estamos adentrando na última crônica. Então, o gostinho de "quero mais" nos atormenta. Apesar de conhecer vários cronistas, Veríssimo tem um pouco dessa magia que nos envolve e nos faz querer ler sem parar o que ele escreve. É impossível não se identificar com alguma das curtas e engraçadas situações que ele nos apresenta durante a obra. Afinal, quem nunca contou uma mentirinha na vida? Muitas vezes lançamos mão delas para evitar algum tipo de constrangimento ou para escapar de broncas. Outras, pela terrível necessidade de não magoar os outros, ou até mesmo, por mera brincadeira. Com toda a certeza, o livro é uma ótima pedida para presentear algum amigo, parente, marido, namorado ou qualquer coisa do gênero. Afinal, quem não gosta de ganhar um livro? Recomendo para mulheres e homens de 18 aos 100 anos, pois dar umas risadas gostosas faz bem e não tem contra indicação. Supervisora Técnica Elaine Cristina Ferreira O Diário de Anne Frank Uma família, composta por pai, mãe e duas filhas, vivia tranquilamente em uma cidade da Holanda. Uma das meninas, com 13 anos de idade, possuía uma rebeldia típica de adolescente, embora se mostrasse muito sensata e preocupada com os acontecimentos políticos da época, um amadurecimento a mais para uma jovem de apenas 13 anos. Anne, como qualquer adolescente, adora escrever em seu diário, que começa a chamar de kitty, como uma amiga. Gosta muito de conversar com pessoas que considera interessantes e adora ler e estudar. A menina não tinha uma boa relação com a mãe, sempre entrando em conflito. Segundo ela, mesmo que tentasse, não conseguia ser amável com a mãe. Já com o pai possuía uma relação harmoniosa e tranqüila. Durante o holocausto a família de Anne, juntamente com mais quatro pessoas, se refugiaram em um escritório, onde eram ajudados por poucos amigos. Essas pessoas ficaram ali por dois anos. Anne não se conformava em se privar das coisas simples e preciosas como, por exemplo, a contemplação da natureza e de sua vida social de adolescente, mas sabia que era preciso. Ela ficava imaginando como seria o término daquele sofrimento e verdadeiro martírio. Com a convivência no escritório a menina começa a se aproximar de um jovem chamado Peter, que era seu oposto, tímido e meio aéreo com as questões sociais. Eles ficavam horas conversando sobre vários assuntos. Seu pai adverte para ter cuidado com essa amizade, pois poderá chegar ao ponto de ir além de amizade. Para saber o desfecho dessa história, leia o livro O diário de Anne Frank. Coordenadora Marta Deane O Guardião de Memórias O Guardião de Memórias, livro traduzido por Vera Ribeiro, editora Sextante, 2008, é uma obra da ficção americana, com 319 páginas. O autor, Kim Edwards, romancista estreante, teve sua obra publicada com mais de três milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, ocupando o primeiro lugar na lista dos mais vendidos no The New York Times. É um livro que emociona o leitor do inicio ao fim, pois traz em sua trama uma fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o poder do amor verdadeiro. É um livro que toca o coração, com sua trama alternadamente luminosa e sombria, literária e cheia de suspense que, a cada capítulo, desperta no leitor o seu interesse para chegar ao final da leitura. A trama se inicia no inverno de 1964, quando uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos, um menino e uma menina. O primeiro a nascer foi o menino, perfeitamente saudável, enquanto a menina, logo ao nascer, apresenta sinais de Síndrome de Down. O médico por sua vez, fica atônito com a situação. Movido pelo impulso e forte lembrança do passado decide entregar a filha para adoção, e diz para a esposa Norah que a menina não sobrevivera, uma decisão que mudará para sempre o rumo de suas vidas. A enfermeira Caroline, encarregada de levar a menina para adoção, tocada pela fragilidade da criança, decide sair da cidade e criá-la como se fosse sua própria filha. Enquanto isso, a mãe Norah não consegue superar a ausência da filha. A partir disso, desenvolve-se uma trama cheia de segredos, mentiras e traições, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. O livro O Guardião de Memórias, além de apresentar uma construção bem amarrada, conta ainda com o realismo dos personagens, o que traz ao leitor um grande envolvimento, da primeira à última página. Para mim, foi marcante a leitura desse livro, pois foi a primeira obra literária que li na íntegra. Foi muito bom essa experiência de leitura, pois me senti motivada a ler outras obras. Uma vez que estava muito habituada a ler somente livros de auto-ajuda, me encantei com os literários, a partir da indicação e leitura de um pequeno trecho do Livro O Guardião de Memórias, por Rita Brito formadora do ICEP. Depois desse momento, comecei a ler mais e ampliar o meu acervo pessoal de livros. Indico esse livro a todos os colegas pois, com certeza, vão se emocionar e perceber o profundo, e às vezes irreversível, poder de nossas escolhas. Coordenadora Clélia Lina SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO RUA DAS PALMEIRAS 45 –CENTRO CEP-46980-000 - CNPJ-13.922.596/0001-29 Construindo uma Educação Pública de Qualidade