POLÍTICA: HISTÓRIA,
CIÊNCIA, CULTURA ETC
MR 01 - A Republica que nao era Velha Inclusao e
Exclusao Social - Parte 01 - YouTube.flv
05/11/2015
1
Ângela de Castro Gomes
Titulação acadêmica


05/11/2015
Doutora em Ciência Política
pelo Instituto Universitário
de Pesquisas do Rio de
Janeiro - IUPERJ
Professora Titular de
História do Brasil da
Universidade Federal
Fluminense - UFF
2
Áreas de pesquisa:

05/11/2015
História Política do Brasil;
Pensamento social brasileiro
3
Cargos / funções atuais:



05/11/2015
Pesquisadora associada do
CPDOC.
Centro de Pesquisa e
Documentação de História
Contemporânea do Brasil
CPDOC é a Escola de
Ciências Sociais da
Fundação Getulio Vargas.
4
Principais atividades exercidas:








Professora titular do CPDOC;
Coordenadora de pós-graduação;
Coordenadora de Pesquisa do CPDOC;
Coordenadora do Setor de História Oral do CPDOC;
Editora da Revista Estudos Históricos;
Professora titular de História do Brasil da
Universidade Federal Fluminense - UFF;
Editora da revista Tempo (Depto. História - UFF);
Editora responsável da revista História Oral
(Associação Brasileira de História Oral - ABHO)
05/11/2015
5
Perfil
Ângela de Castro Gomes
ultimamente tem desenvolvido
pesquisas em duas frentes
principais.
 A 1ª diz respeito a estudos sobre
a questão do trabalho, mais
especificamente a uma história da
legislação trabalhista no Brasil.

05/11/2015
6

Nesse sentido, realizou o projeto
Pronex Direitos e Cidadania, por ela
coordenado nos 2004-2007 e em
parceria com Elina Pessanha e Regina
Morel (UFRJ), uma pesquisa sobre a
magistratura do trabalho no Brasil.
05/11/2015
7
Na pesquisa, foi usada uma
metodologia quantitativa - a
realização de um survey sobre o perfil
dos magistrados - e também uma
metodologia qualitativa
 foram realizadas 70 horas de
gravação com alguns desses
magistrados.

05/11/2015
8
•Um dos resultados dessa investigação,
além de vários artigos, está no texto
“Perfil da magistratura do trabalho no
Brasil”, a ser publicado no livro por ela
organizado, Direitos e cidadania: justiça,
poder e mídia (RJ, FGV)
05/11/2015
9

Ainda sobre o trabalho, fez um estudo sobre a
biografia do ex-presidente João Goulart com
Jorge Ferreira (UFF) que será publicado em
livro: João Goulart: as múltiplas faces (RJ,
FGV).

A 2ª parte da pesquisa refere-se aos estudos
sobre historiografia e pensamento social
05/11/2015
brasileiro.
10
Seus trabalhos estão entre a
história política, a história
cultural e a história da
educação.
 Eles relacionam a história e a
memória brasileiras na 1ª
metade do século XX.

05/11/2015
11
•No momento, ela é a coordenadora do
Programa de Pós-graduação de História,
Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV,
sendo uma das editoras da revista Estudos
Históricos.
05/11/2015
12
1. Introdução




Ângela de Castro Gomes trata de “estudos políticos”
realizados no Brasil nas últimas décadas.
Existe uma dificuldade de se tratar desse tema,
podendo aproximar-se ou distanciar-se da História ou
de outras ciências sociais.
Sua intenção é refletir sobre história e política,
Só a partir dos anos 60, textos a respeito de ciência
política começaram a aparecer, por ocasião dos
intercâmbios entre historiadores e cientistas sociais e
políticos e de vários cursos de graduação e de pósgraduação de ciências sociais.
05/11/2015
13
2. A Tradição Historiográfica Brasileira



No Brasil, há mais documentos referentes à política
do que outros, valorizando os “heróis”, os conflitos
políticos, as guerras e os acontecimentos entendidos
como “importantes”, constituindo-se na “velha”
história.
Contudo, além desta, há uma produção de uma
“outra” história, em que os aspectos econômicos e
sociais aparecem.
De qualquer forma, em detrimento da República,
estudavam-se mais os tempos da Colônia e do
Império, em que a política era a consequência dos
acontecimentos.
05/11/2015
14



Pode-se dizer que houve um avanço no sentido de
que os estudos referentes à sociedade e à economia
foram incorporados. Motivos:
1º lugar, diminuição de uma produção política das
primeiras décadas da República, que foi marcada por
eventos, homens e datas e, principalmente, pelo
surgimento de estudiosos que pesquisavam a vida
social e econômica do Brasil, na época em que faziam
suas produções, incrementando a história do tempo
presente ou história imediata.
2º lugar, o “tédio” causado aos estudantes, desde os
anos 30, a respeito de descrições detalhadas da vida
política daquela época com pouquíssimas
interpretações.
05/11/2015
15

Em 1942, ocorreu uma reforma do ensino
no Brasil, a Capanema, em que foram
colocados estudos sobre fatos
econômicos e políticos do País, cujas
análises marxistas estão sendo feitas nas
faculdades de História e de Ciências
Sociais.
05/11/2015
16
* O motivo que levou ao estudo
restrito de política, constituindo a
“velha” história, foi a criação das
1ªs faculdades no Brasil para formar
professores no final da década de
30.
05/11/2015
17
Hélio Viana é um exemplo de
catedrático de História, cuja docência
era totalmente contrária à pesquisa e
à interpretação de autores renomados
do Brasil.
05/11/2015
18
Uma mudança qualitativa foi a Escola
Livre de Sociologia e Política e o curso
de Ciência Sociais da USP, após 1932,
em que alguns professores de
Sociologia vieram de Chicago e
também pela presença do antropólogo
Lévi-Strauss.
05/11/2015
19

A autora pretende entender porque a área de
História estava em grande desvantagem com
relação às Ciências Sociais e Políticas, no
tocante à produção de obras, cujos autores
procuravam interpretar a vida do País, apesar
do trabalho de Caio Prado Júnior e Sérgio
Buarque de Holanda.
05/11/2015
20
Até os anos 70, as expressões
“cientista social” e “cientista
político” ainda não existiam, mas
havia intelectuais de “peso”
nessas áreas, como é o caso de
Florestan Fernandes, Celso
Furtado, Hélio Jaguaribe,
Guerreiro Ramos, Antônio
Cândido, dentre outros.
05/11/2015
21
05/11/2015
22
É bastante recente a produção
historiográfica no que se refere à
política brasileira na versão da
“nova” história e também da
política nas Ciências Sociais
05/11/2015
23

Os pesquisadores e professores
universitários de História debatiam pouco
sobre a construção do conhecimento
histórico e também se recusavam a
discutir sobre que autores e obras
pesquisariam e, por isso, não sabiam
como e por onde começariam, para que
houvesse uma renovação da História.
05/11/2015
24
•Em 1960, iniciou-se a renovação com
desdobramentos até hoje.
* Muitas renovações na História não
foram por acaso e ocorreram a nível
internacional com reflexos no Brasil.
* Um dos motivos foram as mudanças
tomados pelas orientações teóricas na área
das Ciências Sociais, notadamente a
marxista, a funcionalista e uma vertente da
Escola dos Annales.
05/11/2015
25

O rebuliço foi porque esses
estudiosos recusaram-se a
aceitar explicações
deterministas pelas suas
explicações racionalistas e
materialistas.
05/11/2015
26
Orientações inovadoras na História
Política :



a) esclarecer, influenciar e iluminar a
realidade social e não se colocar como
superior em detrimento das demais áreas;
b) renovar seus temas no tempo e no
espaço constantemente;
c) procurar “derrubar paredes” com outros
campos do conhecimento social,
principalmente na área da cultura
05/11/2015
27



d) levar em consideração o fato acontecido, não
supervalorizando, mas atribuindo-lhe o valor próprio,
dado pelas pessoas que o vivenciaram
e) hoje, as pessoas “pedem” uma história do tempo
presente com relação ao aspecto político. A “nova”
história política é bastante extensa e está
representada pelos cientistas sociais e políticos da
atualidade;
f) devido ao surgimento de novas metodologias,
como, por exemplo, a história oral, associada à
história cultural, a história política fica impactada,
aproximando-a da produção dos cientistas sociais e
políticos.
05/11/2015
28



A partir dos anos 70, houve uma série de debates, em
alguns países, ficando comprovada uma crise de
paradigmas devido às muitas transformações
ocorridas e a contradição instalada, pois houve
desestruturação do conhecimento da realidade social,
causando incertezas na história.
Isso levou os estudiosos a passarem a refletir sobre a
natureza e seu trabalho como historiadores, gerando
também um diálogo com as Ciências Sociais.
O resultado foi a criação do estatuto da “nova” história
política, a colocação do tempo presente na história e
o surgimento de relações entre a política e a cultura
na atualidade.
05/11/2015
29
“A aceleração do tempo; a vivência
imediata do acontecimento histórico; o
sentimento da presença do político em
esferas inusitadas da vida cotidiana dos
cidadãos e uma demanda social crescente
por explicações sobre o que estava
ocorrendo (e iria ocorrer), dramatizaram e
concretizaram uma “nova”posição pública
do historiador, o que o aproximou mais de
outros cientistas do social e de outros
intelectuais, produtores de interpretações,
como os jornalistas da imprensa falada e
escrita.”
05/11/2015
30


A partir dessa constatação, percebe-se o quanto as
áreas da História e das Ciências Sociais são
próximas, principalmente nas áreas em que seus
representantes têm mais interesse – a política e a
cultura – notadamente no “tempo presente”.
Ao assumirem seu novo papel cada vez mais
requisitado pela mídia, sua forma de atuação é
diferente.
05/11/2015
31
Para se compreender a História e a
situação política do Brasil, é
necessário levar-se em consideração
a interdisciplinaridade.
 Devido à repressão vivida pelo povo
brasileiro por ocasião da Ditadura
Militar, nos anos 70, os estudos
políticos foram bastante
incrementados, para se tentar
entender o golpe militar.

05/11/2015
32

Os cientistas sociais fazem um trabalho
com mais desenvoltura a respeito desse
assunto do que os historiadores que são
mais resistentes, por não encontrar fontes
necessárias, apesar de os dois mais
importantes arquivos brasileiros terem
sido criados nos anos 70: o CPDOC –
Centro de Pesquisa e Documentação em
História Contemporânea do Brasil, da
Fundação Getúlio Vargas (RJ) e o Arquivo
Edgard Leuenroth (Campinas – SP.)
05/11/2015
33
Por resistirem estudar o tempo
presente e pelo enfoque marxista
determinista e reducionista, houve
uma certa dificuldade aos estudos
políticos, nos anos 70, pelos
historiadores.
 Por atuarem de forma mais leve nessa
área, a produção dos cientistas sociais
e políticos foi maior.

05/11/2015
34

O fato de os pesquisadores
dos estudos políticos terem se
interessado pelas instituições
partidárias e sindicais fez com
que houvesse a união entre a
história política e a intelectual
não só no Brasil.
05/11/2015
35

Essa união dos estudos dos
cientistas sociais e políticos
com os historiadores, a partir
do final da década de 60,
facilitou o questionamento de o
Brasil ter vivido um repressor
regime militar e analisar os
que tiveram envolvidos, tais
como: os militares, os
parlamentares, os presidentes,
os líderes sindicais etc.
05/11/2015
36

Até o início dos anos 70, a produção
historiográfica brasileira foi marcada pela
tradição, autoritarismo, corporativismo ao
Estado e por uma visão amórfica de nossa vida
social, explicada por uma política de
clientelismo, por uma sociedade civil fraca, por
partidos artificiais.
05/11/2015
37

Um grande problema dos intelectuais era como
esclarecer o povo (trabalhadores e eleitores)
para que se tornasse politicamente autônomo,
fazendo com que o Congresso Nacional fosse
legítimo representante da população e não de
uma minoria elitista.
05/11/2015
38


05/11/2015
Os primeiros intelectuais a exercerem
uma “sociologia política” foram
Orlando de Carvalho e outros que
fizeram publicações na Revista
Brasileira de Estudos Políticos
(UFMG) e Gláucio Soares e Bolivar
Lamonier por meio de livros e artigos.
Esses estudos mostraram que nem
todos os brasileiros eram
manipulados pelos políticos, inclusive
houve o desenvolvimento do PTB e
da UDN.
39

Perceberam também que, no período
entre 1945 e 1964, houve um ampliação
da democracia no BRASIL por meio de
manifestações populares e pelo direito de
votar, embora com algumas restrições,
como por exemplo, a ilegalidade do PCB.
05/11/2015
40


Foram publicados alguns livros
importantes sobre o estudo de partidos
políticos, como por exemplo, “Estado e
partidos políticos no Brasil” de Maria do
Carmo Campello Souza em 1976.
O partido mais estudado foi o PCB e, em
seguida, o PSD, UDN, o PTB e, mais
tarde, o PT.
05/11/2015
41


Verifica-se, por esses estudos, que o eleitor brasileiro
tem muito a aprender, pois não apresenta fidelidade
partidária e que precisa extinguir partidos sem
representatividade, criando outros que consigam
maior simpatia popular.
Por meio de obras que esclareçam sobre as
propostas dos partidos, o povo pode aprender
também a votar.
05/11/2015
42

uma solução para o clientelismo e
populismo existente no Brasil no período
45-64 seria a existência de sindicatos.
05/11/2015
43

Infelizmente, o início dos
sindicatos foi vinculado ao
corporativismo e ao populismo,
dando, ao povo, uma falsa
consciência política.
05/11/2015
44


Para se vislumbrar uma “nova” identidade operária no
Brasil, é necessário haver um diálogo entre os
intelectuais, para compreender o movimento operário
e sindical com relação ao golpe de 64.
Estudos apontam motivos sociológicos como:
população rural, grande demanda de imigrantes e
políticos em que havia o poder central nas mãos do
Estado.
05/11/2015
45


Para conhecer a política brasileira, os pesquisadores
têm que estudar a Primeira República, o Estado Novo
e o período entre 1945-1964.
A partir de 1970, devido à industrialização e à coerção
política, o cenário político brasileiro começa a sofrer
transformações, levando os estudiosos à reflexão,
principalmente porque começou a surgiu um “novo”
sindicalismo, representado pelo Lula, diferenciandose totalmente do sindicalismo populista do passado.
05/11/2015
46

Esse surgimento se deu devido a vários fatores como
o desmoronamento do “milagre”, a necessidade que
os trabalhadores tinham de participar da vida política
do país, rompendo-se o vínculo com o Estado. Essa
nova identidade originou-se a partir de duas grandes
greves em 1978 e 1979 nas fábricas do ABC paulista.
05/11/2015
47

A esse respeito,
historiadores criticaram
sociólogos e cientistas
políticos que faziam
estudos históricos sem
saber utilizar as fontes
e fazendo
interpretações muito
superficiais e
generalizadas do
movimento sindical.
05/11/2015
48

Por isso, seria necessária a produção
de um material mais aprofundado
dessa situação por historiadores e
antropólogos, em que houvesse um
diálogo impactante entre os aspectos
políticos e culturais
05/11/2015
49
05/11/2015

Esse fato começou a se dar
nos anos 80 com as obras do
historiador Boris Fausto e do
cientista político Luís Werneck
Viana, sendo seguidos por
outros estudiosos.

Com eles, os trabalhadores
brasileiros foram identificados
não como modelos, mas como
sujeitos autônomos e capazes
de fazer escolhas.
50



Estudos sobre os sindicatos e a
política mostram que os anos 90
caracterizam-se pela força,
autonomia, direção e viabilidade.
Intelectuais esquerdistas não
acreditam nos estudiosos
brasileiros dos anos de 1920 a
1960, vinculados ao Estado Novo,
por classificá-los de racistas e
ultrapassados.
Também duvidam da produção
de José de Alencar, de Tavares
Bastos e de outros liberais e
autoritários que realizavam uma
história intelectual.
05/11/2015
51

A partir dessa rejeição, começaram a surgir debates
de valor na área da história cultural, a nível
internacional, em que se destacaram: Le Goff,
Foucault dentre outros.

E obras de intelectuais brasileiros foram analisadas,
dentre eles: Gilberto Freire, Euclides da Cunha,
Sérgio Buarque de Holanda etc.
05/11/2015
52
05/11/2015

Além desses, podem-se incluir
os críticos literários como
Antônio Candido e Alfredo
Bosi.

Apesar de a lista ser grande e
toda essa produção intelectual
estar sendo apoiada pelas
editoras das universidades
públicas como a da UnB, da
USP, da Unicamp e da UFF, o
Brasil ainda apresenta uma
produção muito pequena, se
comparada com a Europa e
com os Estados Unidos.
53
4. Florestan Fernandes


Nasceu em São Paulo em 1920 e lá
morreu em 1995. Foi sociólogo e político,
sendo eleito duas vezes deputado federal
pelo PT.
Levou uma infância difícil, foi filho de
mãe solteira, não conheceu o pai, foi
auxiliar de barbearia, engraxate e garçom.
05/11/2015
54

Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras
e Ciências Humanas da USP, onde formou em
Ciências Sociais. Começou a lecionar Sociologia em
1945.
05/11/2015
55

Tornou-se mestre na Escola Livre de Sociologia e
Política com a dissertação “A Organização Social dos
Tupinambá”.

Em 1951, defendeu tese de doutorado na USP.
Nos anos 50, sua linha de trabalho foi o estudo das
perspectivas teórico-metodológicas da Sociologia.
Publicou o livro “Fundamentos Empíricos da
Explicação Sociológica”, em que reuniu seus ensaios
mais importantes acerca da fundamentação da
05/11/2015
Sociologia.
56


05/11/2015
57
05/11/2015
58
05/11/2015
59


Atuou na Campanha da Defesa da Escola Pública, a
favor do ensino público, laico e gratuito, por entender
que é um direito do cidadão no mundo moderno.
Essa era uma das formas de manifestar seu
comprometimento intelectual com o desenvolvimento
da ciência no Brasil.
Foi assistente catedrático, livre docente e
professor titular de Sociologia com a tese “A
integração do negro na sociedade de classes”.
05/11/2015
60
05/11/2015
* Em 1969, foi aposentado
compulsoriamente pela
Ditadura Militar, passando
a ser professor em várias
universidades americanas.
* Em 1975, publicou "A
revolução burguesa no
Brasil", em que analisa as
concepções tradicionais e
contemporâneas da classe
burguesa e do capitalismo
no Brasil, na visão de Max
Weber e de Karl Marx.
61

Em 1978, foi professor na PUC-SP.
Em 1979, volta a dar aulas na USP
sobre a experiência socialista em
Cuba.
05/11/2015
62



05/11/2015
Em 1986, foi eleito deputado
constituinte pelo PT,
defendendo a educação
pública e gratuita.
Em 1989, passou a ter uma
coluna semanal na Folha de
São Paulo, já que era
colaborador desse jornal
desde 1940.
Em 1990, foi reeleito como
deputado federal.
63

Florestan Fernandes orientou Fernando Henrique
Cardoso em seus trabalhos acadêmicos, mantendo,
entre si, uma grande amizade até a morte do
sociólogo que se deu em 1995, devido a problemas
no transplante de fígado no HC da USP da cidade de
São Paulo.
05/11/2015
64
Jacques Le Goff
Nasceu em Toulon, na França, em 1º de janeiro
de 1924. É um medievalista.
• É autor de muitos livros e trabalhos,
• É membro da Escola dos Annales,
• Estuda a antropologia histórica do ocidente
05/11/2015
65
medieval.
•




Estudou na École Normale Supérieure,
na Universidade Charle de Praque em 1947-48
Foi professor de história em 1950
Foi membro da École Française de Rome,
Foi nomeado assistente da Faculté de
Lille (1954-59) antes de ser nomeado
pesquisador no CNRS (Centro Nacional de
Pesquisa Científica) em 1960.
05/11/2015
66






Em 1962, foi mestre-assistente da VI seção da École
pratique des hautes études
Sucedeu Fernand Braudel no comando da École des
hautes études en sciences sociales, sendo o diretor.
Lá, publicou brilhantes estudos consagrados que
renovaram a pesquisa histórica sobre mentalidade e
antropologia da Idade Média.
Cedeu seu lugar a François Furet em 1967.
Seus seminários exploraram os caminhos novos da
antropologia histórica.
Publicou artigos sobre as universidades medievais, o
trabalho, o tempo, as maneiras, as imagens, as
lendas etc.
05/11/2015
67



Como co-diretor da Escola dos Annales,
dirigiu os estudos ligados à “Nova
História”, como a coletânea Faire de
l’histoire em 1977 e o enorme Dictionnaire
de la Nouvelle Histoire publicado em
1978, trazendo mudanças nos Annales.
Tendo êxito em suas teses, atuou na
renovação didática de história,
Participou da composição de um livro de
História para a escola básica.
05/11/2015
68
Nos anos 1980, fez uma exaustiva
biografia do rei São Luís, publicada em
1996, renovando o gênero biográfico pelos
seus métodos e reflexões particulares,
tornando possível conhecer alguém de
destaque vivido no período medieval.
•
05/11/2015
69
Obras
“Mercadores e Banqueiros na Idade Média", 1956
"'Os Intelectuais na Idade Média", 1957
"A Civilização do Ocidente Medieval", 1964
"Para um Novo Conceito da Idade Média", 1977
"O Nascimento do Purgatório", 1981
"O Imaginário Medieval", 1985
"História e Memória", 1988
"História Religiosa da França", em colaboração de direção com René Rémond (4 vols.), 1988-1992
"O Homem Medieval" (dir.), 1994
"A Europa Contada aos Jovens", 1996
"Por Amor das Cidades", 1997
"A Bolsa e a Vida", 1997
"Por Amor às Cidades", 1999
"Dicionário Temático do Ocidente Medieval", em colaboração de direcção com Jean-Claude
Schmitt, 2001
"O Deus da Idade Média", 2003
"Em Busca da Idade Média", 2003
"O Maravilhoso e o Quotidiano no Ocidente Medieval"
05/11/2015
70
História e Memória

Nesta obra, escrita em 1988, tenta redefinir o conceito
de História, abordando, historicamente, como este
conceito foi interpretado e utilizado, durante os
milênios, desde a Grécia Antiga com Heródoto,
passando pelas compreensões de Santo
Agostinho até a os dias atuais, com Michel de
Certeau, Marc Bloch e a Escola dos Annales.
05/11/2015
71


Para Le Goff , há contradições que foram
historicamente utilizadas para se entender o
conceito de história, como: antigo e moderno,
passado e presente, progresso e reação.
”A oposição antigo/moderno, que emerge periodicamente as
controvérsias dos intelectuais europeus desde a Idade Média,
não pode ser reduzida à oposição progresso/reação, pois se
situa fundamentalmente em nível cultural. Os "antigos" são os
defensores das tradições, enquanto os "modernos" se
pronunciam pela inovação. No caso especial da história, a
oposição antigo/moderno introduz uma periodização, que é
vista também no quatro do contraste entre concepções cíclicas
e concepções lineares do tempo” (…). (LE GOFF, 2003, p.173)
05/11/2015
72


Para Le Goff, o par documento e monumento não é
contraditório como os anteriores, porque foi elaborado
pelos integrantes da sociedade que, a partir de seus
documentos, criam aquilo que conseguem
representar.
Por esse motivo, o documento é monumento,
tornando possível fazer análises sobre época, fato,
acontecimento, personagem etc.).
05/11/2015
73

Nos capítulos: História, Idades Míticas,
Escatologia, Decadência, Memória e
Calendário discute conceitos que não se
opõem, mas são apresentadas ideias que
norteiam a historiografia dos autores atuais.
05/11/2015
74
Download

POLíTICA (5296128)