África
Religião
Grupo: Leonardo, Pedro Paulo,
Mansur, Caio e Tiago
África
A África é um continente muito
grande, com um território muito
extenso, dentro desse território,
existem diferentes tribos e
sociedades que cultuam deuses
diferentes com ritos diferentes.
Levando esse fato em consideração
seria muito difícil botar em uma
única apresentação todas as religiões
e cultos africanos, que como já se
pode imaginar são muitos. Para não
tornar essa apresentação longa e
cansativa vamos aqui falar apenas
sobre algumas das principais
religiões africanas.
Egito
A civilização egípcia ficou caracterizada por sua originalidade nos aspectos
políticos e sociais. No entanto a produção mais foi singular foi a religião
criada ao redor de deuses fantásticos e seres sobrenaturais. Ela também inclui a
tradicional prática de mumificar os animais e humanos mortos. O Egito, em
todos os seus aspectos, girava em torno da fé. Até mesmo a economia do país
estava relacionada a esse culto. Era extremamente importante que os templos
fossem erigidos e mantidos para a glória dos deuses, e que oferendas fossem
feitas diariamente.
O próprio faraó é considerado um deus na Terra, um mediador entre o panteão
egípcio e a humanidade. Os reis costumavam adotar o título de "filho de
Hórus"
ao assumir o trono, uma representação simbólica dessa divinização. Eles eram
responsáveis pelo bem-estar do povo e reinavam, inicialmente, em sua função.
Como a maioria dos povos da Antiguidade, os egípcios eram politeístas, isto é,
adoravam diversos deuses antropozoomórficos (representados com corpo de
homem e cabeça de animais, e vice-versa). Cada deus se identificava com um
determinado animal, tinha uma própria função e um próprio local de adoração.
Em síntese, a religião egípcia consistia em culto e festas religiosas realizadas
por um grande número de sacerdotes e pelo faraó e sua família.
Amon: rei dos deuses,
deus de Tebas.
Deuses Egípcios
Hapi: deus
do Nilo
Osíris: deus
perecível da
vegetação,
soberano do
mundo dos
mortos
Rá: deus-sol
Bastet: deusa do
lar, do fogo e
das mulheres
grávidas
Seth: deus da
desordem, dos
Bes: deus da
desertos, das
música, dança e da
tempestades e
Imhotep: patrono família.
da guerra
dos escribas,
Anúbis: deus dos embalsamadores
curador, sábio e
e da mumificação, aquele que pesa
mágico
as almas na hora do julgamento.
Thoth:
deus da
escrita, da
sabedoria,
da lua e da
contagem.
Hórus: deus do céu e dos
faraós
Aten: deus único,
criador do universo
O Mito da Criação do Universo
No começo não havia começos. Não havia o acima ou o abaixo, o dia
ou a noite, o tempo ou o espaço, mas um imenso oceano de águas
paradas, inertes. Nesse lugar vivia um ser conhecido por vários nomes:
Atum, Rá, etc. Ele é o sol que cria a si mesmo e quando aparece é como
uma flor de lótus que exala sua fragrância pelo mundo inteiro, um ovo
contendo tudo. Ele ascende lenta e majestosamente como um monte
com formato de pirâmide, como um íbis em seu primeiro vôo.
Do dourado esplendor dos seus olhos surgem todas as coisas que
existem. Rá espirra e origina o ar, Rá cospe e dá gênese aos grãos. O seu
suor são os deuses e suas lágrimas, a humanidade. A Terra e o Céu, Geb
e Nut, são as crianças do ar e dos grãos e sua união produz muitos
deuses: Osíris, senhor dos mortos, Ísis, Seth e Nephtys. Atum fala e suas
palavras se transformam no mundo. Essa criação pode ser vista todos os
anos, quando a terra sobe após as enchentes no rio Nilo e todos os dias,
quando o besouro sagrado, Kheper, levanta o sol todas as manhãs e o
conduz pelas águas do oceano. Pode ser assistida, ainda, em toda a vida
humana, quando o espírito do corpo inerte vive novamente ao retornar
para o sol.
O começo de Atum é o começo dos começos, ele é eterno.
Livro dos Mortos
O Livro dos Mortos era uma coleção de feitiços, hinos e orações que pretendiam
afiançar a passagem segura e curta do falecido ao outro mundo.
O pergaminho de Nevolen relata o transporte da alma até Osíris: um barco leva o esquife
negro, que contém a múmia do defunto, e os canopus (Vasos onde os órgãos eram
colocados); Ísis está próxima à cabeça e Neftis dos pés da múmia, ambas vestidas de
vermelho. Após Anúbis receber o ataúde, a alma se ergue e começa a adorar os quatros
gênios do Oriente, as aves sagradas e Amon. Então, a alma é introduzida no Tribunal de
Osíris.
O papiro de Nes-min mostra o que acontece com a alma após entrar no Tribunal de Osíris,
o deus dos mortos, que determina o mérito doTribunal
defunto para
entrar na próxima vida,
de Osíris
avaliando suas ações no plano terrestre.
O coração do defunto está sendo pesado na balança da deusa Maat, que representa a
verdade e a justiça. O deus-chacal, Anúbis, da um voto a favor do defunto, restabelecendo
o equilíbrio, enquanto isso, o deus-falcão, Hórus olha para o deus-íbis Thoth, o secretário
Ammut
dos deuses, dando o veredicto favorável para o morto.
O defunto eleva suas mãos em júbilo, acompanhado pela
deusa Maat. Em sua frente está Ammut, um monstro com
partes de hipopótamo, crocodilo e leão, que o teria
aniquilado caso o julgamento fosse desfavorável.
Tribunal de Osíris
Ritos Funerários
O processo de mumificação desenvolvido pelos egípcios tem início através da
observação da natureza. Eles perceberam que o clima quente e seco do país
preservava naturalmente os corpos dos mortos. Assim, passaram a se
preocupar essa conservação e aperfeiçoaram técnicas das mais variadas para
atingir esse objetivo.
Além da múmia permanecer intacta, era essencial que o indivíduo fosse
sepultado com todas as provisões que pudesse levar consigo para o mundo dos
mortos. No caso dos faraós e nobres, isso incluía alimentos, móveis, estátuas,
jóias, usciabtis (figuras que tinham a missão de realizar os trabalhos que no Além
se encomendavam aos defuntos), jogos, armas, instrumentos musicais, etc... tudo
isso mantido em um túmulo seguro.
A Mumificação é um processo de varias partes que são:
•Extração do cérebro através das narinas;
A Mumificação
• remoção das vísceras, através de incisão no flanco esquerdo;
• esterilização das cavidades do corpo e das vísceras;
• tratamento das vísceras: remoção do seu conteúdo, desidratação com
natrão, secagem, unção e aplicação de resina derretida;
Os Vasos Canopos eram vasos feitos
de alabastro ou calcário destinados a
• cobertura do corpo com natrão, durante cerca de 60 dias;
guardar as vísceras do
defunto, retiradas durante o processo
• remoção dos materiais de enchimento;
de mumificação. As tampas de cada
• enchimento subcutâneo dos membros com areia, argila, etc (para
vaso
manter a aparência);
possuem formatos determinados, o
que indica que cada um era usado
• enchimento das cavidades do corpo com panos ensopados em resina
para
e sacos de materiais perfumados, como mirra e canela, serradura, etc;
abrigar um órgão específico
• unção do corpo com ungüentos;
• enchimento do corpo com natrão e resinas perfumadas;
Nome:
Cabeça:
Deusa:
Conteúdo:
Imset
homem
Ísis
fígado
Hapy
babuíno
Nephtys
pulmões
Duamutef
chacal
Neith
estômago
Qebehsenuf
falcão
Selket
intestinos
• tratamento das superfícies do corpo com resina derretida;
• enfaixamento e inclusão de amuletos, jóias, etc.
Yorubá
*Os 16 Odus são:
- Okanran – A Insubordinação
- Eji-Okô – A Dúvida
- Etá – Ogundá – A Obstinação
- Irosun – A Calma
- Oxé – O Brilho
- Obará – A Riqueza
- Odi – A Violência
O Ser - supremo, a divindade maior (e única de certo
modo) é o Olodumaré também chamado de Olorun ou Ofun Meji, é - Eji-Oníle – A Intranqüilidade
- Ossá – A Alienação
o criador do Orun e do Aiyé, o céu e a terra, respectivamente. Os
- Ofun – A Doença
Orisás, (ou orixás, depois do Candomblé) são os seres criados para
- Owanrin – A Pressa
governar Aiyé, cada Orisá representa uma personalidade de
- Eji-Laxeborá – A Justiça
Olodumarê, os Odus* (odus são as personalidades de Olodumarê,
- Eji-Ologbon – A meditação
sendo 16 principais e mais 256 odus por desdobramento), criados
- Iká-Ori – A Sabedoria
depois de Aiyé (como Ógun, Sangó, Yemojá e Esú) sendo os dois
primeiros Oxalá e Esú, ambos designados para criar Aiyé junto com - Ogbé-Ogundá – O Discernimento
Olodumarê, tendo cada um uma função e seus próprios ritos, além de - Alafiá – A Paz
seus avatares na terra, sejam como reis ou deuses, porém mais
freqüente é que eles encarnem quando necessários através do Axé, a
força maior.
Uma das religiões mas antigas da africana é o Yorubá, dela derivam
outras religiões, como o Candomblé e posteriormente a Umbanda. O
Yorubá, antes de ser religião, é considerado um dialeto, falado
principalmente na Nigéria, no Brasil, o Yorubá-dialeto recebe o nome
de Nagô.
Entidades do Yorubá
Ogum
Yemojá
Sangó
O Mito da Criação
Olodumare o Todo em Tudo, a Natureza, o Algo do Nada, criou o Universo em 4 dias. Em cada dia criou 4 Odus, num total de 16
Odus principais, ou seja, 16 kàdárà (predestinações) possíveis, que desdobrando-se entre si, perfazem o total de 256 odus. Cada Odù
aponta uma direção, um ponto de partida e seu término, alterando e influenciando dia após dia a conduta de tudo que possui vida.
Os 16 odus principais correspondem aos pontos de adoração do Universo, que são os pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais.
Itan Dídá Àiyé (história da criação do mundo)
Ofun Meji criou o Universo.
Após os primeiros momentos da formação do cosmos Ofun Meji deu início à geração de seus filhos (os demais odus). O primogênito
foi Oyeku Meji, pois no princípio só havia trevas. Em seguida criou Ejiogbe (segundo alguns relatos ambos nasceram no mesmo
dia).
Após conceber Oyeku Meji, Ofun Meji entrega-lhe seu cetro real para que com o mesmo abrisse o PORTAL DA LUZ. Tão logo o
mesmo fosse aberto surgiria a luz e a mesma se dispersaria pelo Universo, iluminando-o em todas as direções. Ofun Meji
recomendou a Oyeku Meji abstinência ao emu.
Certo dia Oyeku Meji ao retornar de suas ocupações dispersou-se de seu irmão e embriagou-se com emu, desobedecendo as
determinações do pai. Ejiogbe sentiu falta do irmão e retornou pelo caminho percorrido, encontrando-o embriagado e adormecido.
Por mais que tentasse não conseguiu acordá-lo.
Em face disso Ejiogbe recolheu o cetro real e retornou sozinho ao Orun, onde Ofun Meji os aguardava. Tão logo chegou o pai
perguntou:
"Onde está teu irmão, o guardião do cetro que conduzes?"
"Ele bebeu emu em excesso e adormeceu. Tentei acordá-lo em vão. Como era hora de retornar, resolvi eu mesmo trazer o cetro real."
"Tu não bebeste?"
"Não! Sabes que não desobedeço às tuas ordens, meu pai."
"Sendo assim confiarei a ti a guarda do cetro real. Tu substituirás teu irmão a partir deste instante."
Ao se recuperar da embriaguez e sentir a falta do cetro real, Oyeku Meji retornou ao Orun totalmente desnorteado. Ao cruzar
os umbrais do orun foi interpelado por seu pai:
"Por que me desobedeceste, meu filho?"
"Não resisti ao desejo veemente do emu, e o pior é que não sei onde deixei o vosso cetro, e nem onde está meu irmão."
"Felizmente ambos não estão perdidos. Teu irmão recolheu o cetro real e o trouxe de volta para mim. Devido ao teu
procedimento, de hoje em diante estarás subordinado a teu irmão mais novo."
A partir daí é que Ejiogbe passou a ocupar o primeiro lugar por ordem de chegada ao Aiye.
Oyeku Meji resignou-se a seguir fielmente Ejiogbe, o qual, piedoso suplicou ao pai:
"Oyeku Meji é meu irmão mais velho, e face a sua fraqueza e desobediência tornou-se meu servo, o que me entristece. Seria
possível dar a ele a guarda das noites e das trevas, uma vez que confiaste a mim os dias e a luz?"
Com pena, Ofun Meji confiou a Oyeku Meji a vigília da noite, das trevas, do sono e da insônia, enfim a guarda de tudo que
ocorre à noite, seja na terra, no ar ou nas águas.
Mais uma vez Ofun Meji chamou Ejiogbe a sua presença e o encarregou de disseminar a luz aos mais longínquos recantos do
Universo, criando assim as estrelas. Deu-lhe como auxiliar Èsù (por isso Exu percorre os quatro cantos do mundo com seu
ogó).
As determinações foram cumpridas, ficando do alto do céu o sol a reinar sobre os dias e a lua sobre as noites, e as estrela a
brilhar nas madrugadas.
Em outras Versões, mais modernas (na Umbanda e Candomblé) os orisás são Oxalá e Esú, este, que em vez de ajudar
Olodumarê, trai Oxalá e o leva a perder o cetro.
Ritos Yorubás
A circunstância que cerca a morte de uma pessoa, a idade, condição social e o seu
relacionamento religioso são fatores importantes que impõem a forma dos ritos
funerários. No Brasil, para os indicados das religiões de etnia yorubá, os ritos são
denominados Àsèsè - retorno às origens. O falecimento de um indicado é marcado
pela retirada, com o corpo já no ataúde do elemento central de sua iniciação, o osù.
Trata-se de uma retirada simbólica de algo, agora abstrato, juntamente com alguns fios
de cabelo do alto da cabeça, no lugar onde foi colocado o osù.
Outros elementos são utilizados neste ritual: efun (Pó branco); eyin (ovo); èiè eiyelé
(sangue de pombo); acassá (Pudim de milho branco enrolado em folha verde); òwú
(algodão), com o qual tudo é recolhido e despachado.
Posteriormente, o jogo do obí tudo confirmará. Em alguns casos, o ritual é feito em
cima de um igbá, uma meia cabeça. O manipulador deste ritual deve ser sempre uma
pessoa com orô mais antigo que o falecido, ou, pelo menos com a mesma expressão
religiosa.
Após o enterro é iniciada uma seqüência de cerimônias noturnas, idênticas e diárias,
que duram sete dias, sendo que, no sexto dia, deverão ser feitos os sacrifícios
propiciatórios e o Erù Éégún - "Carrego do Morto". No último dia, denominado
"arremate", cantar - se com o dia claro.
Islamismo
A religião muçulmana tem crescido nos
últimos anos (atualmente é a segunda
maior do mundo) e está presente em
todos os continentes. Porém, a maior
parte de seguidores do islamismo
encontra-se nos países árabes do Oriente
Médio e do norte da África. A religião
muçulmana é monoteísta, ou seja, tem
apenas um Deus : Alá.
Criada pelo profeta Maomé, a doutrina
muçulmana encontra-se no livro sagrado,
o Alcorão ou Corão. Foi fundada na
região da atual Arábia Saudita.
Livros Sagrados e
doutrinas religiosas
O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que
reúne as revelações que o profeta Maomé
recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido
em 114 capítulos (suras). Entre tantos
ensinamentos contidos, destacam-se :
onipotência de Deus (Alá), importância de
praticar a bondade, generosidade e justiça no
relacionamento social. O Alcorão também
registra tradições religiosas, passagens do
Antigo Testamento judaico e cristão.
Os muçulmanos acreditam na vida após a morte
e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os
mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a
Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta
Maomé.
Preceitos religiosos
A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos,
com relação ao comportamento, atitudes e
alimentação. De acordo com a Sharia, todo
muçulmano deve : crer em Alá como seu único Deus;
fazer cinco orações diárias curvado em direção a
Meca; pagar o zakat (contribuição para ajudar os
pobres); fazer jejum no mês de Ramadã e peregrinar
para Meca pelo menos uma vez na vida.
Faz parte ainda a jidah que é a Guerra Santa, cujo
objetivo é reformar o mundo e difundir os princípios
do islã. A jidah, porém, não é aceita por todos os
muçulmanos.
Calendário Muçulmano
Na maioria dos países islâmicos, é usado para o cálculo das festas religiosas, mas
também é utilizado como calendário oficial por alguns países na região do golfo
pérsico. É baseado no ano lunar de 354 dias - 11 a menos que o ano solar - e divido
em 12 meses de 29 ou 30 dias intercalados. Para corrigir a diferença com o ano
lunar astronômico de 354,36 dias, existem os chamados anos abundantes, com 355
dias. A cada ciclo de 30 anos são abundantes os de número 2, 5, 7, 10, 13, 16, 18, 21,
24, 26 e 29. O mês começa quando o crescente lunar aparece pela primeira vez após
o pôr-do-sol. O ano 1 é a data da Hégira, a fuga de Maomé de Meca para Medina,
em 16 de julho de 622. Os muçulmanos consideram o pôr-do-sol o começo de um
novo dia e a sexta-feira é o dia santificado. Os 12 meses islâmicos são: muharram,
safar, rabi I, rabi II, jumada I e jumada II, rajab, chaaban, ramadã, chawaal, dhul
queda, dhul hajja. O nono mês, ramadã, é especial para os muçulmanos por ser
dedicado à devoção a Deus, à caridade e às boas obras. O jejum durante o dia é uma
das obrigações nesse período.
A máscara é um objeto que causa um fenômeno intrigante, qualquer
individuo pode se tornar outra pessoa por debaixo de sua cobertura. Este
processo de transformação é apreciado por diferentes culturas para
simbolizar seus ancestrais e divindades na maioria dos rituais.
Mascaras
Para alguns grupos, como tribos africanas, o poder da máscara vem desde o
período de migração dos antigos povos. Algumas são criadas para assegurar
colheitas férteis, fator muito importante na maioria das sociedades africanas,
outras representam um papel sagrado na vida do indivíduo africano vindo
desde sua infância até o momento de seu enterro.
A máscara é vista como um símbolo e instrumento dentro de diversas
comunidades facilitando a identificação de qualquer família ou clã dentro de
seus ciclos. A maioria das máscaras são feitas de madeira, devido sua
abundância natural nas florestas.
Para o africano, a árvore é um ser vivo com alma, assim eles a cultuam com
vestimentas acreditando que elas tenham uma vida melhor até o momento de
seu corte ou morte natural. Elas também possuem espíritos que habitam seu
interior, este fato leva o escultor a consultar freqüentemente um bàbáláwo,
que realiza cerimônias de purificação e oferece um sacrifício para satisfazer
o espírito da árvore com antecedência. Assim que a árvore é cortada, o
escultor chupa sua seiva para alcançar uma fraternidade com o este mesmo
espírito, fazendo com que ele possa achar uma nova moradia em outro lugar.
O escultor acredita que este espírito transfere uma parte de sua força à
máscara ou escultura, tornando-as poderosas.
Etnia: BAULE
Origem: COSTA DO MARFIM
Descrição:
A máscara pertence à categoria de máscaras
de entretenimento que aparecem durante
eventos com dança. Estes festividades,
associadas às mulheres, podem ocorrer
diversas vezes na semana, e em quantidade
maior, nos funerais de pessoas importantes.
Estas máscaras podem entrar em contato com
mulheres e são mantidas em um casebre na
vila. Entretanto, somente homens podem usálas. As máscaras deste tipo são esculpidas à
imagem de pessoas admiradas pela sua
beleza e sua qualidade como dançarinos.
Estas máscaras são inspiradas essencialmente
em modelos femininas, mas não é raro que os
homens também estejam representados.
Geralmente a madeira apresenta várias manchas de sangue causadas pelos ritos de sacrifício a fim de
simbolizar seu valor e poder. O escultor retira somente o excesso destas manchas amolecendo sua
superfície com materiais orgânicos como folhas, peles de animais e arenito. A pintura é feita com a
extração de tinturas vindas de folhas, frutos, alguns legumes e até mesmo da terra. Existem outros
tipos de máscaras feitas com outros materiais como pano, ráfia, conchas, contas, dentes, ossos, fibras
vegetais e pedaços de metal.
As Máscaras retratam variedades faciais que podem ser abstratos, animais, uma combinação de
características humanas como expressões amedrontadoras exageradas ou alegres e festivas, além de se
diferenciar através de suas várias formas e tamanhos diferentes.
Algumas Máscaras ficam presas diretamente na cabeça do dançarino, outras podem se sustentar frente
à face presa na fantasia ou coberta de cabeça, como também existe um tipo parecido com um grande
capacete que cobre a cabeça inteira e fica descansada sobre os ombros.
São de dois modos primários as funções das máscaras africanas: o primeiro é utilizado em cerimônias
públicas com participação de audiência; e o segundo provê uma cerimônia privada para sócios de uma
sociedade secreta. Elas exercem funções nos principais rituais comuns como funerais, cultos de
antepassado, iniciações e mitos que podem ser representados por máscaras de animais mitológicos,
heróis e até mesmo o sol e a lua.
A fertilidade e aumento de humanos, animais ou a terra estão entre as preocupações mais vitais do
africano. Ele depende de harmonia com a natureza e seus Deuses. Sendo assim, as festividades
agrícolas são periodicamente celebradas ao longo das fases diferentes da estação crescente, de clarear a
terra a encher as reservas de comida. Os altos sacerdotes utilizam suas máscaras durante todas as
festividades representando uma comemoração teatral de suas divindades e ancestrais, mostrando o
conceito básico que a terra pertence aos antepassados. Uma colheita próspera depende da bênção deles
e do testemunho do Ser Supremo.
Os ritos funerários e o culto de espíritos ancestrais estão
entre os rituais mais difundidos no mundo. Estes cultos são
relacionados a uma larga variedade de ocorrências
extremamente importantes, como a fertilidade da terra,
seus animais e seres humanos. Os africanos acreditam que
aqueles que morrem e são enterrados, fertilizam a terra
com suas almas. Sendo assim, a terra pertence a eles, os
antepassados, que são invocados para comemorar junto
com seus familiares à harmonia do presente momento. Eles
são vestidos com belas roupas que seriam preparadas
justamente para o momento do retorno após a morte, como
também utilizam as máscaras que simbolizavam suas
identidades dentre os outros membros da comunidade.
Para as sociedades secretas, os ritos de passagem
acontecem quando um homem se move de um ciclo a outro
em suas fases da vida. Nenhuma transição é mais
importante que a passagem de adolescente para adulto, lhe
dando direito de se tornar um sócio responsável da
sociedade. Podemos concluir que as máscaras são símbolos
que ilustram pessoas diferentes em diversas partes de sua
cultura, estando presente no nascimento, adolescência,
maioridade, matrimônio e morte. Embora estas passagens
são semelhantes em toda natureza, nossas interpretações
destes rituais ou cerimônias mostram que sempre esteve
bem centralizada a formação social africana que até hoje
continua mascarada para muitos outros povos.
Etnia: BAMBARA
MARKA
Origem: MALI
Descrição:
Esta máscara pode ser
utilizada em dois rituais. O
primeiro é a cerimônia de
circuncisão dos
adolescentes e o segundo é
o rito de passagem dos
homens circuncisados para
um novo estágio em suas
vidas. Além disso, ao longo
do rio Níger, os Bambaras
Marka vestem suas máscaras
em cerimônias relacionadas
com a pesca e a agricultura.
Bibliografia
•http://orbita.starmedia.com/~ramses_egito/Lendas.htm
•http://orbita.starmedia.com/~ramses_egito/Deuses.htm
•http://www.google.com.br
•http://www.islam.com.br/quoran/j0177820.jpg
•Entre outros.