Correlações Eletrônicas em Nano-superredes Raimundo R dos Santos [email protected] Colaboradores: • Thereza Paiva (UFRJ) • Mohammed El-Massalami (UFRJ) • André L Malvezzi (UNESP/Bauru) • Eduardo Miranda (UNICAMP) • Jereson Silva-Valencia (UNICAMP) Apoio: Esta apresentação pode ser obtida do site http://www.if.ufrj.br/~rrds/rrds.html seguindo o link em “Seminários, Mini-cursos, etc.” Esquema do seminário • • • • Introdução Nano-superredes de Hubbard Metodologia Nano-superredes com interações repulsivas: Magnetismo, MIT, e distribuição de carga • Nano-superredes com interações atrativas: Supercondutividade • Conclusões Introdução Nanosuperredes: • Heteroestruturas cujas unidades de repetição têm seções retas com dimensões nanoscópicas Nanosuperredes: • Exemplos já realizados experimentalmente: Nanofios de multicamadas magnéticas (GMR) [Piraux et al., (1994)] Super-redes (fotônica) O Au A GaAs B GaP de nanofios semicondutores [Gudiksen et al., 2002] Nanosuperredes: • Exemplos possíveis (?): Super-redes de nanotubos de Carbono dobras com pentágonos e heptágonos [Yao et al., 1999] Super-redes usuais: Multicamadas metálicas magnéticas – p.ex., Fe/Cr/Fe, Fe/Mn/Fe,... FM AFM O acoplamento de exchange entre as camadas magnéticas oscila com o tamanho do espaçador E 2 A12 M1 M 2 , | M1 || M 2 | M i é magnetização de saturação da camada i + GMR [Baibich et al., 1988] Teoria de poço quântico [Edwards et al. (1991)] explica qualitativamente aspectos da oscilação do exchange: • considera a magnetização de cada camada • períodos de oscilação determinados pelos pontos extremos da superfície de Fermi do material espaçador • períodos longos e curtos (teoria e exp); p.ex., Fe/Cr/Fe, 10 a 12 ML + 2 ML Mas, como entender o papel de fortes correlações eletrônicas, principalmente no material magnético? necessidade de teoria microscópica como caracterizar oscilação? Multicamadas supercondutor/isolante – p.ex., Nb/Ge Ge Nb Ge Nb Ge DNb • Tc decresce quando DNb decresce em filmes espessos de Ge OK: semelhante ao filme de Nb isolado • Tc cresce quando DGe 0, para DNb fixo efeito de proximidade via Ge passivo? [Ruggiero et al., (1982)] Multicamadas supercondutor/ferromagneto Fe/Nb/Fe [Mühge et al., (1996)] Nb/Gd [Jiang et al., (1995)] • Tc oscila quando dFM cresce mecanismo ainda não compreendido • Tc decresce rapidamente para dGd < 7 Å, quando cessa FM do Gd não explicado por teoria (semiclássica): necessidade de teoria microscópica + baixa dimensionalidade Multicamadas supercondutoras/vidro de spin – Nb/CuMn [Mercaldo et al., (1996)] • Tc oscila com dSG, apesar do material ser vidro de spin ordenamento magnético “mais fraco” efeito de quebra de pares não deve ser determinante Mono e Bi-planos: os carbetos de Boro R = Sc, Y; Terras raras RT2B2C RTBC T = Ni, Co, Pd, Pt Coexistência entre ordens (antiferro) magnética (4f) e supercondutora em alguns compostos de uma camada... [Canfield et al., (1998)] ...mas não se consegue uma sistematização dos dados: • RT2B2C 1 camada RC T=Ni R=Sc, Y, Ce, Dy, Ho, Er, Tm, Lu, U, Th SUC coexistência SUC e MAG (exceto Lu) R= Yb Heavy fermion • RTBC 2 camadas RC T=Ni sem SUC, sem HF • T=Co 1 camada R=Lu, Tm, Er, Ho Dy, Gd, Ce sem SUC • R=La 1 camada T=Ni sem SUC; sem MAG T=Pd, Pt SUC Necessário uma teoria simples – int e-fonon + BCS OK! – que incorpore efeitos de camadas Características comuns dos diversos sistemas físicos ilustrados: • elétrons fortemente correlacionados • modelos devem incorporar estrutura de camadas de modo fundamental • pelo menos uma dimensão reduzida (micro- ou nanoscópica) • tratamento por teorias de campo médio desejável, mas deve-se ter cautela com previsões Modelo emblemático para spins itinerantes em rede homogênea: Modelo de Hubbard repulsivo H t c i c j n c j ci U i , j , Favorece o salto dos férmions entre sítios (termo de banda) Competição entre graus de liberdade de carga e de spin i ni i Repulsão Coulombiana: a energia total aumenta se 2 e’s ocuparem o mesmo orbital termo de correlação† Hubbard Heisenberg AFM para um e por sítio (banda semi-cheia) quando U t † para uma apresentação .ppt de revisão sobre aspectos de sistemas fermiônicos fortemente correlacionados, veja http://www.if.ufrj.br/~rrds/rrds.html e siga os links em “Seminários, Mini-cursos, etc.” Previsões para o modelo homogêneo em 2 dimensões (T = 0) Teoria de Campo Médio (teoria de 1 partícula) Fortes fluts. AFM’s Simulações de Monte Carlo [Hirsch (1985)] Em 1 dimensão (T = 0) : Ondas de densidade de carga e ondas de densidade de spin [Brown and Grüner (1994); Grüner (1988,1994)] • Banda semi-cheia (=1): só SDW; isolante de Mott • Dopado: SDW e CDW N.B.: Em 1-D não há ordem magnética de longo alcance; a SDW é um estado quaseordenado Se período da CDW incomensurável com a rede [i.e., r a; r racional e a parâmetro de rede] transporte de corrente é não-ômico ômico não-ômico Explicação: analogia mecânica [Brown and Grüner (1994); Grüner (1988,1994)] O Modelo de Hubbard Atrativo H t c i i , j ,σ c j H.c. U ni ni i Características: [Micnas et al. (90)] • Emparelhamento no espaço real, ao contrário de BCS. • Equivale a BCS para |U| << t • Apresenta gap (para excitações) de spin SUC’s de alta T • Mais amigável para cálculos numéricos pode ser usado como modelo efetivo para entender diversas propriedades de supercondutores (p.ex., inomogeneidades: desordem, super-redes) QMC: Tc como função de <n>, para |U| fixo... [Moreo and Scalapino (1991)] ...e, varrendo-se |U|, obtém-se o diagrama completo (esquemático) [Scalettar et al. (1989)] ? Super-redes de Hubbard • Caso Repulsivo Fe, Ni, Co Cu, Ag, Cr Em uma dimensão: U0 LU H t L0 c i , j , i U=0 c j c jci U i ni ni i [Paiva and dS (1996)] • Caso Atrativo Por enquanto: • papel das camadas nos carbetos de Boro • desconsideramos momentos localizados (4f) U<0 U=0 U<0 U=0 U<0 U=0 RT2B2C RTBC U<0 T2B2 U=0 U=0 U<0 U=0 U=0 RC sem elétrons f H t (ci ci 1 HC) U i ni ni i ni i i i sítios atrativos Métodos de Cálculo Diagonalização de Lanczos: H 1 H 1 2 [Malvezzi (2002)] A matriz de H é gerada sob a forma tri-diagonal a0 b1 H 0 0 b1 0 0 a1 b2 0 b2 a2 b3 0 b3 a3 mais econômica em termos de memória incorporação de simetrias rápida convergência para obter estado fundamental Density Matrix Renormalization Group: Idéia básica: construção da rede “bottom up”, preservando o tamanho do espaço de Hilbert blocos superbloco • diagonaliza a Hamiltoniana do superbloco via Lanczos • usa a matriz densidade para selecionar contribuições mais importantes ao estado fundamental (truncagem) [Malvezzi (2002)] Formulação como Líquido de Luttinger: k Linearizando a dispersão perto de kF (processos de baixas energias) -kF kF Espalhamento para a frente, apenas (i.e. momento transferido q << 2kF): kF g2 kF q kF g4 q kF excitações sem gap [Voit (1994); Miranda (2002)] • A conjectura do Líquido de Luttinger: o LL descreve, de modo universal, toda a Física de baixas energias (excitações sem gap) para os metais 1D • Parametrização da teoria: (u, K) e (u, K) dependem das constantes de acoplamento g2 e g4 • Função de correlaçao de carga K cos(2kF x) cos(4kF x) n(0)n( x) A1 1 K 3/ 2 A2 4K 2 p x ( ) x ln x x 2kF p n, onde n é a densidade eletrônica K é um expoente não-universal (depende da interação) 2kF domina se 1K 4K K 1/3 • Conexão com LL [Schulz(90)]: 1 E0 ( n ) p u 2 L n 2 K 2 tamanho do sistema Calculado pela solução via Bethe ansatz K (n,U) K 1/2 modulação de carga 2kF predomina a 4kF c.f. previsões antigas via Grupo de Renormalização [Sólyom(‘79)] • Outras grandezas mensuráveis – Calor específico: C = T onde 2 = 0 vF [u-1 + u -1], com 0 = 2 p kB2 /3vF – Susceptibilidade magnética: = 2 K / p u – Compressibilidade: = 2 K / p u – Peso de Drude (condutividade DC): D = 2 u K Para os Nanotubos de Carbono: “constante de acoplamento” 8e g 1 ln( / 2pR ) pvF 2 constante dielétrica comprimento 1 / 2 raio g ~ 0.2; c.f. g = 1 para o gás de Fermi (comportamento LL de fato observado em exp’s de tunelamento) Nanosuperredes com interações repulsivas: Magnetismo, MIT, e distribuição de carga Perfil de momento local, Si2, com Si = ni- ni mede itinerância Máximos nos sítios repulsivos n Máximos nos sítios livres Estrutura de super-rede irrelevante DMRG [Malvezzi, Paiva e dS (2002)] Mobiilidade dos máximos de Si2 Momento local, Si2, como função da ocupação n Caso homogêneo: máximo na ocupação isolante, n=1 Lanczos [Paiva e dS (1998)] Na SR, a posição do máximo depende do “aspect ratio”, ℓ LU /L0 possível isolante de Mott em nI = [2+ ℓ]/[1+ ℓ] Verificação do isolante de Mott: gap de carga c = E (Nc , Ne + 1) + E (Nc , Ne 1) 2 E (Nc , Ne) onde E (Nc , Ne) é a energia do estado fundamental para Nc células com Ne elétrons De fato, se n = nI tem-se 0 quando Nc isolante de Mott Lanczos [Paiva e dS (1998)] SR’s de Líquidos de Luttinger U 0 (g 1) Diagrama de fases longas U=0 (g = 1) longas Isolante sem gap isolante de Mott (gap) Isolante sem gap metal LL [Silva-Valencia, Miranda e dS (2001,2002)] 1 n Compressibilidade: 2 n T = 0 incompressível (Mott) 0 compressível (metal), mas uma das sub-redes é isolante sistema como um todo o é LL LL [Silva-Valencia, Miranda e dS (2001,2002)] A SR permite a construção de um material isolante sem gap Ordenamento magnético em nI = [2+ ℓ]/[1+ ℓ] : S iz S iz r ni ni ni r ni r SDW Lanczos [Paiva e dS (2000)] SDW Em nI uma expansão em acoplamento forte leva a um modelo de Heisenberg numa super-rede, com acoplamento entre spins em diferentes camadas sendo mediado pelos elétrons na camada livre Frustração Lanczos Dopando além de nI: exemplo com LU = 3, L0 = 1 4 spins na camada repulsiva: S = 0 frustração 5 spins na camada repulsiva: S 0 SDW recuperada Lanczos Frustração quando Srep =0; induzida por dopagem [Paiva e dS (2000)] Análise do gap de spin s = E (Nc , Ne, Sz = 1) E (Nc , Ne, Sz = 0) gaps extrapolados para Nc Frustração s 0 SDW s = 0 Lanczos Lanczos Frustração e SDW também se manifestam no gap de spin [Paiva e dS (2000)] Que arranjo magnético domina a SDW? • Analisemos o fator de estrutura magnético, No caso homogêneo, S (q) tem pico em qmax = 2kF = p n DMRG DMRG em alguns casos: picos em qmax p, e em q* = p cresce com U e com Ns robusto Dois picos períodos longo e curto [Malvezzi, Paiva e dS (2002)] Evolução da posição dos picos com a densidade: n0 1 LU L0 n 2 L0 LU L0 homogeneo 2 L LU nI 0 LU L0 DMRG nU 2 n0 DMRG qmax = p ncell com ncell = Ne / Nc = n (LU + L0) = densidade p/ célula ~ homogêneo NB: qmax = 0 ↔ frustração, e não FM • n0 < n < n: qmax = p • n < n < nI: dois picos qmax = p e qmax = p neff, com neff = n (LU + L0) 2 L0 = densidade nas camadas repulsivas qmax oscila com n • n > n I: qmax = p (2 ncell) • n < n0 : SDW’s com todos os q geradas num intervalo 2n0, mais estreito que no caso homogêneo [Malvezzi, Paiva e dS (2002)] Regiões num espaço de parâmetros 3D: As regiões n < n0 e n > nU só são importantes para camadas “finas” [Malvezzi, Paiva e dS (2002)] ℓ=1 Evolução da posição do 2o. pico com a “espessura” do espaçador: n = 11/6 L0 Lanczos • qmax fornece medida do acoplamento de exchange entre as camadas • oscila com L0, para uma densidade eletrônica fixa: • período L0 = pkF (c.f. previsão de Hartree-Fock para multicamadas magnéticas) [Paiva e dS (2000); Malvezzi, Paiva e dS (2002)] Distribuição de Carga: CDW’s Caso homogêneo: velha pendência LL vs. Hubbard, mas... modo de carga 4kF de fato predomina sobre o 2kF, ao menos para valores de U suficientemente grandes. Acordo com descrição de LL: amplitude A1(n,U) do modo 2kF 0 para U U (n) Esquematicamente: n 1 2kF U (n) 4kF 0 U [Paiva e dS (2000b)] Super-redes – examinemos o fator de estrutura de carga: C (q ) 1 Nc e iq( ri r j ) ni n j i, j Distribuição de carga na camada repulsiva determina correlações: •cúspides em q*= 4kF*, •com 2kF* = p neff •onde neff = n (LU + L0) 2 L0 Lanczos Não é efeito de tamanho: cúspides mais nítidas à medida em que Ns cresce [Paiva e dS (2002)] Lanczos Evolução da posição da cúspide com a “espessura” do espaçador: Lanczos • q* fornece medida do acoplamento de carga entre as camadas • oscila com L0, para uma densidade eletrônica fixa • período L0 = p2kF [Paiva e dS (2002)] Condutividade , LL Condutividade confirma a natureza isolante do sistema, quer o gap de carga seja finito (Mott) ou nulo (“isolante parcial”) [Silva-Valencia, Miranda e dS (2001,2002)] Nanosuperredes com interações atrativas: Supercondutividade gap de carga excitações de uma partícula C = E (Nc,Ne+1)+E (Nc,Ne - 1) 2E (Nc,Ne) C I 0 S 0 M =0 DC =0 0 0 peso de Drude ()=DC()+g() N S 2 E0 DC 2 2 0 fluxo magnético atravessando anel H t (ci ci 1 HC) U i ni ni i ni i i 35 L0=2 L0=1 30 I 25 20 i I 15 n ==5/3 5/3 c=C=00 DcD=C=00 S 10 M 5 0 0 5 10 15 20 0 M S 5 |U| 10 15 20 |U| De fato, a introdução de uma camada livre adicional diminui a região SUC [T Paiva, M El-Massalami, & RRdS, em andamento (2002)] Sistematização 10 SUC Co Ni Rh Pd Ir Pt 5 Y Nd Pr La RPt2B2C Y Nd Pr La RPd2B2C La RIr2B2C Lu Yb TmEr Ho Y Dy Tb Gd Eu SmCe Nd Pr La RNi2B2C La RRh2B2C Lu Yb TmEr Ho Y Dy Tb Gd Eu SmCe Nd Pr La RCo2B2C Metal 0 0 | U4 | 8 12 16 Raio atômico 20 •Fixando os dados sobre a série do Ni, determina-se a fronteira SUC-M •Adiciona-se as outras séries de metais de transição, respeitando o raio atômico •Pode-se prever, a partir daí, se determinado composto será, ou não, SUC Conclusões Geral: caráter 1D capta efeitos de interferências quânticas na direção da SR de dimensões maiores. • Dois tipos de isolantes: • Mott, para n = nI (ℓ) • Compressível (gapless) para n nI (ℓ) • Super-redes magnéticas podem apresentar frustração, dependendo da combinação entre dopagem e aspect ratio • Caracterização do acoplamento de exchange via S(q): • densidades efetivas ncell, neff qmax • oscilação com L0 ↔ “superfície” de Fermi: per = p/kF • oscilação com n : período mais curto que no caso homogêneo • Distribuição de Carga: • modo dominante q* = 4kF*, com 2kF* = pneff • acoplamento de carga entre células oscila com L0: período = p/2kF • SR’s Supercondutoras • critério (gap de carga e peso de Drude) OK • modelo explica qualitativamente desfavorecimento de SUC quando L0 aumenta de 1 para 2 • permite sistematização de dados Próximos passos • Nanosuperredes: • Estudo mais detalhado das CDW’s (DMRG) • “Escadas” e “tubos” • Campo magnético Peso de Drude GMR • Tunelamento; biestabilidade na corrente (LLSL) • Inclusão de momentos localizados (elétrons-f ) e interação com elétrons de condução: Kondo [no caso desordenado: implicações para semicondutores magnéticos diluídos (DMS)] • 2D e 3D [QMC]: • Magnetismo • MIT, Transporte • Efeitos de estrutura de bandas estabilização de estado FM • Supercondutividade (com momentos localizados) Referências • • • • • • • • • • • • • • • • M N Baibich et al., Phys Rev Lett 61, 2472 (1988) S Brown and G Grüner, Sci Am 270 (4), 28 (1994) P C Canfield et al., Phys Today 51 (10), 40 (1998) D M Edwards et al., Phys Rev Lett 67, 493 (1991) P Grünberg et al., J Appl Phys 69, 4789 (1991) G Grüner, Rev.Mod.Phys. 60, 1129 (1988) G Grüner, Rev.Mod.Phys. 66, 1 (1994) M S Gudiksen et al., Nature 415, 617 (2002) J E Hirsch, Phys Rev B 31, 4403 (1985) J Jiang et al., Phys Rev Lett 74, 314 (1995) A L Malvezzi, Escola Bras Mec Est - Braz J Phys (2002) ? A L Malvezzi, T Paiva and R R dos Santos, Phys Rev B 66, 064430 (2002). L V Mercaldo et al., Phys Rev B 53, 14040 (1996) R Micnas et al., Rev Mod Phys 62, 113 (1990) E Miranda, Escola Bras Mec Est - Braz J Phys (2002) ? A Moreo and D J Scalapino, Phys Rev Lett 66, 946 (1991) • • • • • • • • • • • • • • • Th. Mühge et al., Phys Rev Lett 77, 1857 (1996) T Paiva and R R dos Santos, Phys.Rev.Lett. 76, 1126 (1996) T Paiva and R R dos Santos, Phys.Rev.B 58, 9607 (1998) T Paiva and R R dos Santos, Phys.Rev.B 61, 13480 (2000) [b] T Paiva and R R dos Santos, Phys.Rev.B 62, 7004 (2000) T Paiva and R R dos Santos, Phys.Rev.B 65, 153101 (2002) S T Ruggiero et al., Phys Rev B 26, 4894 (1982) R T Scalettar et al., Phys Rev Lett 62, 1407 (1989) H J Schulz, Phys.Rev.Lett. 64, 2831 (1990) T Siegrist et al., Nature 367, 254 (1994) J Silva-Valencia, E Miranda, and R R dos Santos, J Phys Condens Matt 13, L619 (2001) J Silva-Valencia, E Miranda, and R R dos Santos, Phys Rev B 65, 115115 (2002) J Sólyom, Adv.Phys. 28, 209 (1979) J Voit, Rep.Prog.Phys. 57, 977 (1994) Z Yao et al., Nature 402, 273 (1999)