Aprendizados na tarefa de orientar:
Ativistas pela não-violência trabalhando para entender
identidades no Movimento Humanista
Sabine Mendes Lima Moura
Inés de Kayon Miller (orientadora)
Dissertação de Mestrado
2007
Prática Exploratória :
Trabalhando para entender
contextos (não) pedagógicos
(Allwright, 2003; Moraes Bezerra & Miller, 2005)
 1 Priorizar a “qualidade de vida”
 2 Trabalhar primeiramente para entender a vida na sala de aula,
no grupo de reflexão ou no contexto de trabalho
 3 Envolver a todos
 4 Trabalhar para unir as pessoas
 5 Trabalhar também pelo desenvolvimento mútuo
 6 Integrar o trabalho pelo entendimento às práticas do grupo.
(Indicação Prática: Deixar que a necessidade de integração
conduza o trabalho pelo entendimento).
 7 Fazer do trabalho uma atividade contínua (Indicação Prática:
Evitar financiamentos com prazo limitado)
Organização humanista e
questões de pesquisa do grupo
 Abril 2006: O que é / Como se consolida a
função de orientador ? Como entendemos
nosso posicionamento como orientadores
em nossa equipe no Movimento Humanista?
 Participantes da pesquisa: 6 integrantes da
equipe + nosso orientador ( conselho 114).
Atividades com Potencial
Exploratório (APEs)
 Como criar uma APE em contexto nãopedagógico ?
 Outras pesquisas baseadas na utilização de
APEs e CIPEs (Conversas Informais com
Potencial Exploratório): Azevedo (2005);
Sette (2006), Sena (2006), Falcão (2005).
 Criação da APE1 (Frequentações gravadas
ou não) e APE 2 (Análise da Situação,
Tensões e Climas - Amman, 2002)
“Narrando nossa aprendizagem” a análise de narrativas nas APEs
 Precedentes em LA do estudo de narrativas:
Gimenez, Arruda e Luvuzari (2004); Von Burstel
(2005) ; Dutra e Melo (2004); Dantas (2000);
Fabrício (2002); Bastos (2005).
 Predominância do modelo Laboviano
(Labov e Waletsky, 1967; Labov, 1972 )
 Mapeamento das narrativas nucleares, orações
temporalmente relacionadas como ferramenta
comparativa que permite analisar o presente
corpus (Mishler,1986).
Identidades e
Comunidades de Prática
SEQÜÊNCIA 3
FREQUENTAÇÃO
ALICE/SABINE
Identificação
no corpus

de narrativas nucleares/ ações
16 complicadoras
pessoa que tava indo nessa história comigo né?... lá pra Nova
17
Iguaçu que vinha de Piabetá e tal, tava muito decidida né?... no
da que
“identidade
na prática”
(Wenger,
18 Estudo
que tinha
fazer, né?...afinal
de contas
era uma 1998:149)
distância a
19 partir
tremenda
que ela tinha que enfrentar...e aí ela foi muito clara
dos elementos:
20
assim, né?... pra essa menina, com a imagem de ir para São
 nossa experiência negociada
21
Paulo, pra um Fórum de Educação que ia ter lá. E falava
 nosso
membership
22
assim...
“Pô,group
você gostaria
de participar do Fórum? Você gostaria
23
departicipar
Fórum de Educação
e tal, num sei que?” E a
nossa trajetória
de aprendizado
24
menina: “Ah, onde é que vai ser?”. “Ah vai ser em São Paulo”.
of multimembership
25
Aía nosso
menina:nexus
“Ah, mas
eu nunca fui a São Paulo, eu pra falar a
26
verdade
poucas
vezesentre
eu saíodaqui
de Nova
Iguaçu.” (risos) Que
 nossa
relação
global
e o local.
27
louco, né? (risos) Aí falou assim: “Pôxa, então, pô como é que
28
você acha que dá pra ir? Você tá a fim de ir e tal, num sei que?”.
29
Isso ela me contando, né? Aí, a menina falou assim: "Ah, eu tô
Avaliação como estrutura
subjacente
SEQÜÊNCIA
1 focados em avaliação na narrativa :
Trabalhos
FREQUENTAÇÃO
RAFAEL/SABINE
- ESTRUTURA
AVALIATIVA
Fiorindo (2005),
Kroch (1996)
e White (2004)
55
papel do orientador mesmo. E é muito engraçado porque eu
denunca
observação
da avaliação
como
56Proposta
mesmo
me coloquei
nessa posição
paraestratégia
eles. Eles
57 complexa
mesmo... (tipos
o Daniel,
deteve
avaliação)
o Gabriel:que eu já percebi, o Paulinho
58
também que eu já percebi um pouco. E é muito interessante
a) externa
59
porque realmente não foi uma coisa que eu me coloquei para ser,
60b) encaixada
mas que teve uma transformação foi percebendo um pouco
61c) ação
...com
a pessoa diferente que eu fui me transformando eu, eles
avaliativa
62
meio que me começaram a me ver como uma referência assim, o
avaliativos
63d) elementos
que para mim
é um pouco esquisito, né?... porque eu não
64(Oliveira,
tinha essa
relação antes e de repente essa relação começa a
1994)
65
aparecer e aí é diferente.
Conceitos de Identidade Pessoal, Social e Coletiva
( Snow, 2001)
Análise comparativa: APE 1 e
APE 2
SEQÜÊNCIA 11 - FREQÜENTAÇÃO CLÁUDIO/SABINE
83
84
85
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87
88
89
90
91
92
Quem eu tenho hoje, que projeto eu tenho hoje, que pessoas eu
tenho hoje e que a, que ação que eu tenho hoje que o campo da,
do, da frente de ação, do campo social que eu possa dizer: "Pô, é
isso que eu tô fazendo." Como eu tinha na época do pré, eu...mal
ou bem, eu tinha e...é...é...essa válvula de escape...Dizer: "Cê
trabalha em que?". "Num pré-vestibular. E é o pré-vestibular
que vê a situação diferente, que ideologiza, papapapapapa. Ou
então me perguntam o que que eu faço: "Eu penso e falo o que
eu acho." Por aí. É......O clima eu acho que eu acabei
respondendo já. É esse clima de...meio de inutilidade, entendeu?
Análise dos níveis global e
temático no corpus
•seguir
global,anoorientação
qual as sentenças exemplificam
ou movem-se
em direção a uma intenção
• visão
de qualificação/hierarquização
geral ou ponto da história;
• intencionalidade
 temática, na qual as sentenças expressam
• referência
perceptual
humanismo
temas culturais
gerais ou de
valores
(Agar e
Hobbs, 1982como
in Mishler,1986:241)
• narrativas
compensação
Considerações Finais
 Conscientização discursiva da equipe, respeitando
as individualidades dos membros da equipe.
 Rede de apoio entre acadêmicos de diferentes
disciplinas, integrantes do Movimento.
 Interpretações co-construídas, buscando incluir a
percepção de todos os participantes.
 As estórias que contamos são uma forma de
produzir conhecimento compartilhado e reiterar o
vínculo que nos une.
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