Sismicidade no SE do Brasil e afinamentos da litosfera: tomografia, alcalinas e a pluma de Trindade Marcelo Assumpção, IAG-USP Sismicidade intraplaca no Brasil nivel muito baixo : magnitude maxima = 6.2 mb SISMICIDADE NÃO UNIFORME Catálogo total não tem cobertura uniforme devido à distribuição irregular da população e das estações. Deve-se “filtrar” o catálogo Filtro: magnitude ano 5,0 1900 4,5 1940 4,0 1965 3,2 1980 2,8 1990 Crátons: Arqueano / Proterozóico inferior craton craton Bacia do Paraná Faixas de dobramentos: Neo Proterozóico Paleozóico Inferior bacia Paleozóica / Mesozóica anomalias Bouguer Amazon craton sutura : zona de fraqueza ?? mGal craton Sismicidade: não há correlação simples com geologia de superfície Paraná basin Tomographia do manto superior com onda P projeto BLSP, 1992-2003 VanDecar et al. 1995 Schimmel et al. 2003 C. Escalante, 2002 M. Rocha, 2003 profundidade estação craton intrusões 85-60 Ma Cretáceo inferior Cretáceo Superior Cretáceo Superior Cretáceo inferior Assumpção et al., 2004. Geophys.J.Int. Tomografia de onda P: atrasos de chegada relativos --> variações laterais de velocidade anomalia positiva anomalia negativa perfil de uma área ao lado Número de sismos ao longo do perfil (faixa de +- 100km de largura) APIP CSF S.Mar/plat. A' 0. 100. 200. 300. 400. 500. 600. Depth (k m) A Iporá mag>3,5 Limite litosfera/astenosfera ? anomalia média Distribuição de anomalias de velocidade (100-300 km) sob epicentros. Grade regional de 1° x 1° , toma-se a magnitude “total” num raio de 80 km. Em cada ponto da grade: a) magnitude total > 4 b) magnitude total <4 c) sem epicentro Assumpção et al., 2004. Geophys.J.Int. anomalias de velocidade sísmica: temperatura ou composição ? - anomalias altas (~5-10%) -> provavelmente temperatura (e.g. zonas de subducção) - temperatura diminui velocidade das duas ondas, P e S - manto enriquecido em Fe (olivina, piroxênio): -> baixas velocidades, alta densidade, e alta razão Vp/Vs - Ca, Mg -> tende a aumentar Vp, Vs e diminuir Vp/Vs Gibson et al.(1997) Províncias ígneas : 80 Ma Iporá Alto Paranaíba modelo baseado em geoquímica : impacto da pluma em “pontos finos” da litosfera Pluma de Trindade desviada pela raiz do cráton do São Francisco ? (Thompson et al., 1998; Gibson et al., 1999) geoquímica (Gibson et al., 1997) efeito da distribuição dos raios tomografia (BLSP) ~1% de anomalia em Vp ---> ~100OC de temperatura 400OC em 80 Ma esfria para ~200OC hoje (condução!) convecção ajuda a esfriar mais rápido foldbelt “thin spot” 1500 oC craton lithosphere 1100 oC plume 0 100 200 km Exemplo de modelo de forças na litosfera - colisão com Nazca - empurrão da cadeia - espalhamento na margem passiva Campo teórico de tensões intraplaca: No SE do Brasil compressão EW (S1) tração NS (S3) S1-S3 = 10-14 MPa Direção das tensões tectônicas observadas na crosta do Brasil (modelo preliminar) compressão tração “catálogo uniforme”, 1955-2000 Modelo de placa litosférica elástica, espessura 100 km colisão com placa de Nazca arraste astenosfera/ litosfera contraste continente/ oceano empurrão da cadeia mesooceãnica No SE do Brasil, S1-S3 12 MPa em 100km de espessura: força total equivalente = 1,2 x1012N/m = “Força média” (Meijer 1995; Coeblentz & Richardson, 1996) Perfil de resistência da litosfera é complexo e depende criticamente da geoterma rúptil dúctil “ponto fino” 55 mW/m2 Força integrada da litosfera 2,5 1012 N/m Bacia do Paraná 50 mW/m2 0,6 1012 N/m modelo elástico: 1,2 x1012N/m manto: modelo dunita Anheim, resistência média; taxa def.,= 10-18s -1 Conclusões distribuição epicentral não se correlaciona facilmente com feições da superfície: faixas de dobramento Brasilianas ou suturas não são zonas de fraqueza crustal Assumpção et al., 2004. Geophys.J.Int. Conclusões seismicidade correlaciona-se com baixasvelocidades na base da litosfera. Modelo proposto - Litosfera mais fina é mais quente e portanto mais fraca: tensões intraplaca concentram-se na crosta superior. crosta 0 500oC 1000oC T 0 Resistência da base da litosfera (S1-S3) 150 300 MPa Fintegrada > F média manto Fintegrada < F média DT = 100oC Aheim dunite, strain rate 10-18s-1 Modelo proposto Litosfera mais fina e mais quente é mais fraca: tensões intraplaca concentram-se na crosta superior crosta manto litosfera/ astenosfera fina, quente: fraca Assumpção et al., 2004. Geophys.J.Int. espessa, fria: resistente