Suporte transfusional Fernanda Maria Santos Anesio Vieira No Transplante de medula óssea Cuidados especiais 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Prevenção de GVHDta Prevenção de CMV Aloimunização Uso racional do sangue Infusão das células progenitoras Incompatibilidade ABO Problemas da quimera mista 1. Prevenção de GVHDta Requisitos: Diferença de histocompatibilidade genética entre doador/receptor Células imunocompetentes do enxerto Imunossupressão do receptor Incidência???(Japão 1981-1986:0,15%) 1. Prevenção de GVHDta Suspeita diagnóstica: febre, rash, disfunção hepática, diarréia ausência de pega: 4 a 30d pós transfusão Hemocomponentes envolvidos: Hemácia, plaqueta, granulócito, plasma fresco Diagnóstico: DNA do doador no tecido acometido 1. Prevenção de GVHDta Prevenção AABB preconiza: gama irradiação com 25Gy – inibe proliferação de linfócitos Desde quando? Assim que o TMO for indicado Até quando? recuperação imunológica – 2 anos ou mais, a depender do GVHDcr. ?? Até 2. Prevenção de CMV Grande causa de mortalidade e morbidade Causa de infecção: Reativação de vírus latente Infecção primária adquirida de transfusão ou do doador Infecção primária de outras fontes 2. Prevenção de CMV Tx de CMV positivo (doador ou receptor) com filtro??? Paciente e doador CMV negativos: Taxa de soroconversão Tx CMV neg Tx sem screening 4% 32% Transfusão de hemocomp CMV negativo = transfusão com filtro de leucócito?? A Comparison of Filtered Leukocyte-Reduced and Cytomegalovirus (CMV) Seronegative Blood Products for the Prevention of Transfusion-Associated CMV Infection After Marrow Transplant By Raleigh A. Bowden, Sherrill J. Slichter, Merlin Sayers, Daniel Weisdorf, Monica Cays, Gary Schoch, Meera Banaji, Robert Haake, Kevin Welk, Lloyd Fisher, Jeffrey McCullough, and Wesley Miller Blood, Vol 86, No 9 (November l), 1995: pp 3598-3603 Transfusion-transmitted cytomegalovirus infection after receipt of leukoreduced blood products W. Garrett Nichols, Thomas H. Price, Ted Gooley, Lawrence Corey, and Michael Boeckh BLOOD, 15 MAY 2003 VOLUME 101, NUMBER 10 3. Aloimunização Quanto > o nº de transfusão, > a chance de formação de Ac anti HLA: ↑chance de rejeição do enxerto ↑chance de refratariedade plaquetária Transfusão de hemocomponentes do doador no receptor?? Sensibilização contra antigeno HLA menor ↑rejeição do enxerto 3. Aloimunização Na anemia aplástica quanto > o nº de tx, > o risco de rejeição do enxerto e > a mortalidade Nas doenças oncológicas a taxa de aloimunização é menor, pela imunossupressão da doença + tratamento 4. Uso racional do sangue ↓incidência de GVHDta, infecção por CMV, aloimunização e outras reações adversas Concentrado de hemácias: Hb> 10,0 - choque hemorrágico Hb> 9,0: doença cardiovascular ou respiratória ou sangramento ativo Anemia sintomática 4. Uso racional do sangue Transfusão de plaquetas Gatilho: 10mil Considerar presença de mucosite, uso de Vancomicina, anfotericina, SOS, febre para gatilho = 20mil Sangramento ativo: cisite hemorrágica, enterorragia, hemorragia alveolar = 50 mil 4. Uso racional do sangue Transfusão de granulócitos Profilática ???? Terapêutica Infusão de linfócitos Considerar tipo de doença, tipo de doador (relacionado, não relacionado), estágio da doença na recidiva Comprovado benefício na LMC - qto mais precoce, melhor Resposta esperada em 3 - 4 meses 4. Uso racional do sangue DLI: Infusão: total em bust: ↑GVHD ag e cr Dose escalonada Dose: 107 - 108CD3/kg Dose 5. Infusão das células progenitoras Medula, sangue periférico ou cordão; A fresco x congelada; Pode ocorrer qualquer tipo de reação transfusional. A frequência das reações é proporcional ao volume infundido, à quantidade de DMSO e à velocidade de infusão 5. Infusão das células progenitoras Efeitos adversos: – gosto e hálito de alho/palmito Náusea/vômito Febre e calafrios: debris celulares, citocinas Tosse Dor torácica e dispnéia por ↑DMSO Hipertensão por ↑volume Hipotensão: histamina liberada pelo DMSO Halitose 5. Infusão das células progenitoras arritmias – 1h-24h após a infusão Cefaléia: hipervolemia Convulsão, encefalopatia, amnésia transitória, AVCh – imediatamente após Insuficiência renal: por restos celulares Hemólise passiva e imune Contaminação bacteriana: coleta, criopreservação, descongelamento Alérgica, TRALI Bradicardia, 5. Infusão das células progenitoras Prevenção: Premedicação: antitermico, antihistaminico, corticóide Infusão de solução salina Monitorização: sinais vitais pre, a cada 15 min durante e a cada 30min por 2- 4h após Monitorização cardiaca por até 24h após Acesso venoso central Infusão 10mL/min Dose máxima de DMSO: 1g/kg/dia - fracionar (1g = 1mL) 6. Incompatibilidade ABO A B O 6. Incompatibilidade ABO Resulta em: retardo do enxerto de eritrócitos e plaquetas Não aumenta a incidência de GVHD Não altera a sobrevida A Incompatibilidade menor O Hemólise aguda Síndrome dos linfócitos passageiros: linfócitos infundidos com a medula se proliferam e produzem Ac Predisponentes: Ciclosporina sem antiproliferativo TMO de sangue periférico condicionamento não mieloablativo doador mulher A Incompatibilidade menor O Quadro clínico: Entre D+3 e D+15 - hemólise intravascular Persiste por 5 -10 dias - linfócitos não são enxertados Exame laboratorial: TAD + (IgG e complemento) com eluato + Título ant-A e ant-B do doador não se correlaciona com hemólise A Incompatibilidade menor O Outros Ac que não A ou B: mais raro, hemólise menos intensa. Mais comum: anti-D, E, s, Jkb e Jka. A Incompatibilidade Maior O Hemólise tardia/ Aplasia pura de série vermelha Por persistência de Ac do receptor ( até anos!). Inicia no D+37 a 105, dura 10 a 94 dias Tratamento de suporte - hemácia O Diminuir imunosupressão para induzir GVHD Retardo do início da eritropoiese Diagnóstico diferencial AHAI Ac produzidos pelo sistema imune do doador contra hemácias do doador. Entre 1,2 - 28,2 meses Mortalidade de 50% (infecção pela imunossupressão) 7. Problema da quimera mista Detectado por: discrepância na tipagem ABO Campo misto nas reações de aglutinação 7. Problema da quimera mista O que transfundir?? Tipo de incompatibilidade Maior (A O) Menor ( O A) Bidirecional (A Hemácia . Deseritrocitar produto . Se receptor > 1:256: . Tx de O até receptor - plasmaferese ser tipado A. - imunoadsorção (até < 1:16) . Tx plasma = doador . se doador > 1:128 = Eritrocitaférese do remover plasma do receptor com hem O produto . Tx hemácia O . Tx plasma = receptor . Monitorar TAD e hemólise . Deseritrocitar produto . = anteriores . Tx hemacia O . Tx plasma AB . B) Plasma No transplante de órgãos Compatibilidade Antígenos ABO são expressos no endotélio vascular Incompatibilidade ABO maior pode levar a rejeição do enxerto por lesão e trombose endotelial Mais importante em tecidos muito vascularizados: rim, coração, fígado, pâncreas Transfundir hemocomponentes compatíveis ao doador e receptor Sucesso do enxerto Fatores que interferem no sucesso do enxerto: Incompatibilidade ABO Presença de anticorpos anti-HLA( gestação, transfusão, transplante prévio) Programas de dessensibilização para tx ABOi e em pacientes aloimunizados Exames pré transplante Tipagem ABO e Rh TAD PAI Status CMV Tipagem HLA e anticorpos HLA Sindrome do linfócito passageiro Entre 3-24 pós transplante Proporcional à massa linfocitária transplantada – pequena no rim; média no fígado e alta no coração/pulmão Hemólise, TAD+, Ac presente Hemólise auto-limitada de curta duração Sindrome do linfócito passageiro A hemácia a ser transfundida deve ser compatível com o receptor Plaquetas e plasma devem ser compatíveis com ambos: doador e receptor Manter perfusão renal Corticóide – empírico Se severo – plasmaferese, eritrocitaférese