Bioquímica II Seminário Orientado 16 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Trabalho realizado por: Pedro Pratas Pedro Antunes Raquel Fernandes Raquel Costa Ricardo Amaral Ricardo Gomes A cirrose não é uma doença, mas sim um estágio do nível de lesão hepática. Caracteriza-se pela de formação de tecido fibroso e cicatrizado. Ocorre falência hepática por morte celular dos hepatócitos. Fígado Gordo Fígado Fibroso Cirrose - Infecção do fígado por vírus - Exposição a substâncias tóxicas Irreversível Cirrose hepática Morte dos hepatócitos Células hepáticas sintetizam colagéneo em excesso Em caso de agressão crónica Fibrose O destino do etanol É metabolizado maioritariamente no fígado Restante distribuído para os outros tecidos De 2 a 10% é expelido pela respiração ou excretado na urina Álcool desidrogenase Oxidativas MEOS (sitema microssomal de oxidação do etanol) Aldeído desidrogenase Catalase Não oxidativas FAEES (sintetase dos ésteres de etil dos ácidos gordos) PLP (Fosfolipase C) •Álcool Desidrogenase (ADH) •MEOS •Catalase Presente no citosol É a que actua primeiro, Apresenta menor km do que as outras enzimas (KM~1mM) Depois da sua saturação é activado o MEOS (KM~10mM) Produz NADH Não possui mecanismos de regulação Envolve proteínas do complexo do citocromo P-450 (CYP2E1 e CYP4A1) Oxida 10 a 20% do etanol ingerido A sua actividade aumenta com a concentração de etanol Apresenta um km mais elevado do que a ADH Produz radicais livres CYP2E1 CH3CH2OH + NADPH + H+ → CH3CHO + NADP+ + 2H20 Utilizada em menor quantidade Actua nos peroxissomas e não produz NADH Presente na mitocôndria; Produz acetato através do acetaldeído com produção de NADH. O acetato é convertido em Ácidos gordos (acetil-CoA sintase) Colesterol TCA FAEES (Sintetase dos ésteres de etil dos ácidos gordos) FOSFOLIPASE D Produz fosfatidil etanol (fosfolípido) Produz esteres de etil de ácidos gordos, através da reacção do álcool com ácidos gordos Tem um elevado km, actuando apenas em elevadas concentrações de álcool É responsável pela acumulação de gordura que conduz ao esteatohepatite (“fígado gordo”) O fosfatidil etanol é pouco metabolizado, podendo ser detectado em casos de consumo crónico é residual É muito tóxico Liga-se covalentemente a vários grupos funcionais Formação de aductos, Inactivação de enzimas, Diminuição do reparo do DNA, Potencia o desenvolvimento de cancro Conduz à formação ROS Causa depleção da glutationa mitocondrial Estimula a síntese de colagéneo que conduz à fibrose Os efeitos comummente observados após o excesso de ingestão de etanol são mediados, em parte, pelos elevados níveis de acetaldeído. O desequilíbrio resultante do excesso de NADH vai condicionar diversas vias metabólicas. As várias enzimas que usam NAD+ ou NADP+ como coenzimas serão afectadas pela sua diminuição. Doente do sexo masculino de 55 anos Dados clínicos: • Saudável até à data • Sem qualquer medicação • Consumo frequente e abundante de álcool a partir dos 25 anos • Aumento do volume abdominal nos últimos dois meses • Queixa de cansaço fácil • Registo de gengivorragias • Registo de hematomas mesmo após pequenos traumatismos • Registo de uma coloração amarela na pele e olhos • Registo de telengiectasias nas regiõese molares • Registo de hipertrofia das glândulas parótidas • Registo de contractura de Dupuytren bilateral em ambas as mãos • Registo de onda ascítica positiva e edemas em ambos os membros inferiores até ao joelho As análises de sangue mostraram: Hb de 10,5 g/dL (N: 14 - 16) Plaquetas de 75 g/L (N: 150 – 400) Protrombinémia de 45% Glicémia de 80 mg/dL Bilirrubinémia total de 7,5 mg/dlL(N: <1,5) com 3,0 mg/dL de bilirrubina directa AST de 85 Ul/dL (N: <45) ALT de 60 (N: <40) Gamaglutamil transpeptidase (GGT) de 70Ul/L (N: <50) Proteínas totais de 5,0 g/dL (N: 6 – 8) Albuminémia de 2,5 g/dL (N: 3,5 – 5,2) Amoniémia de 80 mg/dL (N: <30) Colesterolémia de 110 mg/dL Colinestarases plasmáticas com um valor de cerca de metade do valor normal A ecografia abdominal revelou: Fígado de dimensões pequenas Atrófico Com contornos bosselados sem nódulos Ascite em grande quantidade Foi medicado com: Dieta hipoproteica (60g/dia) Restrição hídrica Espironolactona (inibidor da aldosterona) Com este tratamento o doente obteve melhoria do seu estado, tendo alta, e continua a ser acompanhado em consulta externa. 1. Comente as alterações que o doente apresenta no exame clínico, nomeadamente sonolência, as equimoses e a cor ictérica. 2. Como interpreta a subida das transaminases? 3. Qual a causa da hiperamoniémia? 4. Sendo o fígado o órgão onde ocorre a síntese de várias moléculas, como por exemplo o colestrol, como interpreta a colesterolémia, albuminémia e as colinesterases que o doente apresenta? E a protrombinémia? 5. No tratamento foi prescrita uma doeta hipoproteica. Porque motivo? ↑ actividade receptores GABA α Inibição de impulsos nervosos Induz Sonolência Acúmulo de aminoácidos aromáticos ↑ Triptofano ↑ Serotonina O etanol atravessa a barreira hemato-encefalica Hipertensão portal Maior afluxo de sangue ao baço e aumento do tamanho deste As plaquetas ficam retidas no baço Níveis de protrombina (factor II da cascata da coagulação) Níveis de plaquetas no sangue Défice na coagulação Nódoas negras (equimoses) mesmo após pequenos traumas nos vasos (devido à incapacidade de coagular devidamente) Cirrose Formação de tecido fibroso Obstrução das vias de secreção de bilirrubina Colestase (impedimento fluxo biliar) Hiperbilirrubinémia Cor icterícia 1. Comente as alterações que o doente apresenta no exame clínico, nomeadamente sonolência, as equimoses e a cor ictérica. 2. Como interpreta a subida das transaminases? 3. Qual a causa da hiperamoniémia? 4. Sendo o fígado o órgão onde ocorre a síntese de várias moléculas, como por exemplo o colestrol, como interpreta a colesterolémia, albuminémia e as colinesterases que o doente apresenta? E a protrombinémia? 5. No tratamento foi prescrita uma dieta hipoproteica. Porque motivo? Morte dos hepatócitos Libertam enzimas intracelulares: • ALT Interconvertem aminoácidos • AST 1. Comente as alterações que o doente apresenta no exame clínico, nomeadamente sonolência, as equimoses e a cor ictérica. 2. Como interpreta a subida das transaminases? 3. Qual a causa da hiperamoniémia? 4. Sendo o fígado o órgão onde ocorre a síntese de várias moléculas, como por exemplo o colestrol, como interpreta a colesterolémia, albuminémia e as colinesterases que o doente apresenta? E a protrombinémia? 5. No tratamento foi prescrita uma dieta hipoproteica. Porque motivo? O fígado é o único órgão capaz de metabolizar a amónia O fígado cirrótico não converte a amónia em ureia e glutamina à velocidade desejada Níveis de amónia no sangue aumentam Amónia é tóxica para o SNC Pode levar ao coma 1. Comente as alterações que o doente apresenta no exame clínico, nomeadamente sonolência, as equimoses e a cor ictérica. 2. Como interpreta a subida das transaminases? 3. Qual a causa da hiperamoniémia? 4. Sendo o fígado o órgão onde ocorre a síntese de várias moléculas, como por exemplo o colestrol, como interpreta a colesterolémia, albuminémia e as colinesterases que o doente apresenta? E a protrombinémia? 5. No tratamento foi prescrita uma dieta hipoproteica. Porque motivo? Albumina Colinesterases Sintetizados no fígado Na cirrose ocorre morte celular dos hepatócitos Sínteses comprometidas Cirrose ↓ síntese de protrombina Obstrução das vias biliares ↓ Produção de sais biliares ↓ Digestão de Lípidos ↓ absorção de vitamina K 1. Comente as alterações que o doente apresenta no exame clínico, nomeadamente sonolência, as equimoses e a cor ictérica. 2. Como interpreta a subida das transaminases? 3. Qual a causa da hiperamoniémia? 4. Sendo o fígado o órgão onde ocorre a síntese de várias moléculas, como por exemplo o colestrol, como interpreta a colesterolémia, albuminémia e as colinesterases que o doente apresenta? E a protrombinémia? 5. No tratamento foi prescrita hipoproteica. Porque motivo? uma dieta Proteínas da dieta Grupo amina dos aminoácidos Amónia Não é metabolizada a ureia e glutamina pelo fígado a velocidade suficiente Agrava hiperamoniémia com todos os problemas associados A cerveja é diurética… “…permite eliminar resíduos da metabolização das proteínas e outros sais, como uratos, oxalatos, etc, em proporções mais importantes que as que se devem a outras bebidas.” Qual «barriga de cerveja»? A equipa do University College de Londres analisou dados referentes à República Checa, o país com o mais elevado índice de consumo de cerveja per capita. •estudo conclui que não há uma relação entre o consumo moderado de cerveja e o aumento significativo da linha de cintura ou do volume de corpo em geral.