Gerenciamento da Demanda de Água
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Unidade Acadêmica de Engenharia Civil – UAEC
Área de Engenharia de Recursos Hídricos – AERH
Gerenciamento da Demanda
de Água
Grupo de Pesquisa em Gestão Integrada de
Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos
Palestrante: Maria Josicleide F. Guedes
Agosto 2008
Gerenciamento da Demanda de Água
Temas a serem abordados
1. Aspectos conceituais
2. Ações indutoras do uso racional
3. Experiências e programas em GDA
4. Caso de estudo: Campina Grande-PB
Gerenciamento da Demanda de Água
Do ciclo hidrológico,
da distribuição de água no Planeta
Aos Sistemas:
Sistema Bacia Hidrográfica;
Sistema Público de Abastecimento;
Sistema Edificações.
Gerenciamento da Demanda de Água
Uso da água nos sistemas
Sistema
Bacia Hidrográfica
Sistema
Público de Abastecimento
Sistema
Edificação
Gerenciamento da Demanda de Água
Questionamento
Quem usa a água naqueles
sistemas
(usuários e demandas)?
Gerenciamento da Demanda de Água
Os usuários da água
Usos consuntivos:
abastecimento humano e animal;
Indústria;
Irrigação.
Usos não-consuntivos:
navegação;
recreação;
geração de energia.
Gerenciamento da Demanda de Água
Como as demandas são atendidas?
Historicamente: expansão da oferta
rios;
lagos;
fontes;
lençol subterrâneo (poços);
reservatórios (regularização);
transposição de vazões.
Gerenciamento da Demanda de Água
Expansão da oferta
Visão tradicional: isolada, fragmentada
água como recurso inesgotável.
Sem consideração:
ciclo hidrológico, bacia hidrográfica;
integração águas superficiais e subterrâneas;
integração quantidade e qualidade.
Sem preocupação:
Como a água está sendo
usada pela sociedade?
Gerenciamento da Demanda de Água
Conflito: oferta X demanda
Oferta < demanda:
necessidade de compatibilização.
Problemas nos sistemas:
bacia hidrográfica;
abastecimento público;
edificações (usuários final).
Como resolver os
conflitos?
Gerenciamento da Demanda de Água
Como resolver?
Da visão tradicional à visão moderna
Gestão de recursos hídricos
gestão da oferta
gestão da demanda
Uso racional da água
Gerenciamento da Demanda de Água
Gerenciamento da demanda de água
Consiste em medidas, práticas ou incentivos
que produzam um uso eficiente de água pela
sociedade, através da redução do consumo
final do usuário e modificação de hábitos de
consumo, sem prejudicar os atributos de
higiene e conforto dos sistemas originais
(SILVA et al, 1999).
Gerenciamento da Demanda de Água
O que é ser racional?
Novo Aurélio (Século XXI)
 Racional. 1. Que usa da razão; que raciocina.
2. Que se deduz pela razão. 3. Conforme a razão.
 Razão. ...3. Bom senso; juízo; prudência.
 Racionalização. 1. Ato ou efeito de racionalizar.
 Racionalizar. 1. Tornar racional. …3. Tornar
mais eficiente.
Gerenciamento da Demanda de Água
Uso racional da água na Agenda 21
“…assegurar que se mantenha uma oferta
adequada de água de boa qualidade para toda
a população do planeta, …, adaptando as
atividades humanas aos limites da
capacidade da natureza”
“Os planos racionais de utilização da água …
têm de contar com o apoio de medidas de
conservação e minimização do desperdício”
Gerenciamento da Demanda de Água
Uso racional da água na Agenda 21
“É preciso dedicar atenção especial aos efeitos
crescentes da urbanização sobre a demanda e
o consumo de água…”
“Uma melhor gestão dos recursos hídricos
urbanos, incluindo a eliminação de padrões
insustentáveis, pode dar uma contribuição
substancial à mitigação da pobreza e à melhora
da saúde e da qualidade de vida dos pobres
das zonas urbanas e rurais”
Gerenciamento da Demanda de Água
Como induzir o uso racional da água?
O que fazer?
Que ações, alternativas,
medidas propor e implementar?
Gerenciamento da Demanda de Água
Ações para o uso racional da água
 Tecnológicas;
 Regulatórias/Institucionais;
 Econômicas;
 Educacionais.
Gerenciamento da Demanda de Água
Ações tecnológicas
 Dispositivos economizadores;
 Medição individualizada;
 Sistemas individuais ou comunitários de
captação de água de chuva;
 Reúso de água;
 Controle de vazamentos na rede e nas
edificações;
 Outras.
Gerenciamento da Demanda de Água
Dispositivos economizadores de água
 Volume de descarga reduzida (VDR);
 Torneiras;
 Chuveiros;
 Arejadores;
 etc.
Gerenciamento da Demanda de Água
Perfil de consumo de água residencial
Fonte: PNCDA, 2000.
Gerenciamento da Demanda de Água
Bacias sanitárias:
Volume de descarga reduzido (VDR)
 Bacia sanitária: 29% do consumo de água
residencial;
 A adoção de bacias VDR: tendência
internacional definida pela necessidade de
racionalizar o uso da água;
 Comercializadas em países da Europa (volume
de descarga entre 9 e 3 litros); Estados Unidos,
Japão (9 e 6 litros);
 No Brasil: NBR- 6452 da ABNT (2002).
Gerenciamento da Demanda de Água
Avaliação de alguns fatores em bacias VDR
Produto
Fatores Considerados
Procedência
Nível tecnológico
Impacto cultural
Dificuldade de implantação em
edifícios a construir
Dificuldade de implantação em
edifícios existentes
Dificuldade de manutenção
Consumo médio de água
(litros/descarga)
Bacia VDR (3 litros) Bacia VDR (6 litros)
Suécia
França
Alto
Baixo
Baixa
Brasil
EUA
Europa
Japão
Baixo
Baixo
Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
3,0
Baixa
6,0
Gerenciamento da Demanda de Água
Torneiras e dispositivos de redução de água
Arejador: dispositivo fixado na saída da
torneira, que reduz a vazão da água,
diminuem cerca de 50% o jato das torneiras;
Gerenciamento da Demanda de Água
Torneiras e dispositivos de redução de água
Torneira com tempo de fluxo determinado:
dotada de dispositivo mecânico que
acionado, libera o fluxo de água, fechando-se
automaticamente
após
um
tempo
determinado
Gerenciamento da Demanda de Água
Torneiras e dispositivos de redução de água
Torneira acionada por sensor infravermelho:
funciona com um conjunto de emissor e receptor. O
receptor detecta a reflexão emitida pelas mãos e
aciona a válvula que libera a água para o uso,
cessando o fluxo quando as mãos são retiradas do
campo de ação do sensor.
Gerenciamento da Demanda de Água
Captação de água de chuva
Captar e armazenar água: opção de aumento
direto da oferta de água;
Técnica mais utilizada: coletar água por meio
de calhas dispostas nos telhados e
armazenamento em cisternas;
Cisterna: elemento popular no meio-rural
nordestino;
Acesso a diversos níveis sócio-econômicos
da população.
Gerenciamento da Demanda de Água
Vantagens da cisterna
A chuva que cai do telhado é coletada por
calhas e estocada em pequenos reservatórios
de fácil construção;
Como parte da precipitação é armazenada em
curto período de tempo previne-se também as
enchentes;
Aumenta-se a oferta de água, “aliviando-se” o
sistema formal de abastecimento d’água.
Gerenciamento da Demanda de Água
Reúso de água
Processo pelo qual a água, tratada ou não, é
reutilizada para o mesmo ou outro fim;
Finalidade:
suprir
a
deficiência
fornecimento de água potável para
domésticos e/ou industriais;
do
fins
Reciclagem: reúso interno antes da descarga
em um sistema geral de tratamento ou outro
local de disposição.
Gerenciamento da Demanda de Água
Ações regulatórias/institucionais
Legislação que induza o uso racional de água;
Regulamentação de uso da água para usos
externos;
Regulamentação
de
novos
sistemas
construtivos e de instalações prediais;
Gerenciamento da Demanda de Água
Ações regulatórias/institucionais
Regulamentação
mais
adequada
da
prestação do serviço de concessão e
distribuição de água;
Outorga pelo uso da água;
Criação de comitês de bacias;
Outras.
Gerenciamento da Demanda de Água
Legislação e Normas no Brasil
NBR 6452/97 - a partir de 2002: bacias
sanitárias produzidas com volume de
descarga reduzido (6 l/descarga)
Gerenciamento da Demanda de Água
Lei 9.433/97
“Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos, cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos”
A água é:
– bem de domínio público;
– recurso natural limitado com valor econômico;
– bacia hidrográfica: unidade de planejamento;
– gestão: descentralizada.
Gerenciamento da Demanda de Água
Ações econômicas
Estímulos fiscais para redução de consumo e
adoção de novos instrumentos tecnológicos;
Tarifação que estimule o uso eficiente da água
sem penalizar os usuários mais frágeis
economicamente;
Cobrança pelo uso da água bruta;
 Outras.
Gerenciamento da Demanda de Água
Ações educacionais
Incorporação da questão da água aos currículos
escolares;
Programas e campanhas de educação ambiental;
Adequação aos currículos dos cursos técnicos e
universitários;
Programas de reciclagem para profissionais;
Outras.
Gerenciamento da Demanda de Água
Experiências e programas
Waterloo (Canadá);
 Cidade do México (México);
 Japão;
 África do Sul;
 Israel e México;
 Cidade de Bogor (Indonésia);
 África e Oriente Médio;
 Brasil.
Gerenciamento da Demanda de Água
Experiências internacionais
CIDADE OU LOCAL/PAÍS
ATIVIDADES
Waterloo/Canadá
(Regional Municipality of Waterloo,
2006)
Retardou a expansão da oferta de água através de programas de eficiência do uso da
água como distribuição de bacias sanitárias de menor consumo. O uso de água per
capita diminuiu em média em 10% nos últimos anos (desde 1991).
British Columbia/Canadá
(British Columbia Ministry of
Enviroment, Lands & Parks, 2006)
Desenvolveu o programa Water Conservation Strategy que provê um sistema de
gerenciamento da demanda.
Países Árabes
(ABU-ZEID et al, 2004)
Em virtude da escassez hídrica e o não acesso aos serviços de abastecimento d’água,
um programa de gerenciamento da demanda está sendo aplicado nas regiões áridas.
Estima-se um potencial de redução de demanda de 32 bilhões m3/ano, correspondente
aos setores doméstico (12%), industrial (0,3%), irrigação (50,2%), e reuso de água
(37,5%).
Seattle/ Estados Unidos
(City of Seattle, 2001)
O Programa 1% Water Conservation objetiva que cada morador reduza o uso de água
em 1% por ano durante 10 anos. Compõe-se de programas educacionais, incentivos
financeiros, promoções especiais que ajudem a atingir a redução de 1%.
Jerusalém, Israel
(BANCO MUNDIAL, 1998)
Instalações de aparelhos de água econômicos; identificação e reparo de vazamentos e
irrigação mais eficientes contribuíram para uma queda de 14% per capita no uso de
água de 1989 a 1991.
Bogor, Indonésia
(BANCO MUNDIAL, 1998)
Devido ao alto custo de expansão da oferta, adotou-se um aumento nas tarifas de água
de 30% e uma campanha pública para reduzir o consumo. Em três meses, o consumo
médio mensal diminuiu em 29%.
Fonte: Ribeiro e Braga, 2006.
Gerenciamento da Demanda de Água
Experiências e programas nacionais
EXPERIÊNCIA GDA
ATIVIDADES
Legislação
Lei Federal Nº 9.433/97: estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (dispõe sobre os instrumentos
de gestão – entre os quais, outorga e cobrança pelo uso da água).
Leis indutoras de GDA: São Paulo (Lei nº 12.638/98), Guarulhos (Lei nº 4.650/94).
NBR 6452/97: desde 2002 as caixas de descarga produzidas no Brasil passaram a ter
capacidade máxima de 6 litros.
Programa de Uso Racional da
Água (PURA)
(PURA, 2006; SILVA, 2004;
TAMAKI, 2003)
Criado em 1995 através de um convênio entre a Universidade de São Paulo (USP),
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) e Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Abrange várias atividades como: uso racional de água em edifícios, caracterização do
consumo de água de aparelhos sanitários economizadores, controle de perdas. Aplicado
em São Paulo em escolas estaduais, Hospital das Clínicas e USP. Benefícios: redução de
consumo em até 47% em algumas unidades, conseqüente queda na tarifação e na demanda
de energia elétrica.
Programa
Nacional
de
Combate ao Desperdício de
Água (PNCDA)
(BRASIL, 2006)
Instituído em 1997 pelo Governo Federal, atualmente desenvolvido pelo Ministério das
Cidades tendo por objeto o sistema de abastecimento de água, desde a produção e a
distribuição, até as instalações prediais.
Objetiva: promover o uso racional da água para abastecimento público nas cidades
brasileiras, em benefício da saúde pública, do saneamento ambiental e da eficiência dos
serviços; identificar e implantar um conjunto de medidas que revertam o quadro de
desperdício de água.
Fonte: Ribeiro e Braga, 2006.
Gerenciamento da Demanda de Água
Brasil
PNCDA
Objetivo geral: promover o uso racional da água de
abastecimento público nas cidades brasileiras, em
benefício da saúde pública, do saneamento ambiental
e da eficiência dos serviços.
Fase I: 16 DTA’s (Documentos Técnicos de
Apoios)
Fase II: + 4 DTA’s e portal na Internet
(www.pncda.gov.br)
Fase III: revisão, elaboração de DTA’s e cursos
de capacitação
Gerenciamento da Demanda de Água
Brasil
PURA
Objetivo geral: garantir o fornecimento de água e a
qualidade de vida da população.
Estabelece normas e diretrizes para o uso racional;
Instalação de equipamentos economizadores de água.
Entidade
Redução/economia
Hospital das Clínicas
redução de 25%
Universidade de São Paulo
redução de 27%
Ceagesp
redução de 32%
Cetesb
redução de 47%
Palácio dos Bandeirantes
redução de 31%
Gerenciamento da Demanda de Água
Caso de estudo: Campina Grande
Crise no abastecimento (1997-2000)
Solução emergencial:
distribuição de água;
racionamento
da
Além do racionamento o Governo Estado
iniciou a construção da Barragem de Acauã;
Análise da crise – inexistência da gestão de
RH em três níveis:
 Nível da bacia hidrográfica;
 Nível do açude Boqueirão;
 Nível dos usuários de água.
Gerenciamento da Demanda de Água
Caso de estudo: Campina Grande
Causas da crise (Galvão et al, 2001):
 Irrigação descontrolada na bacia;
 Ausência de uma gestão da demanda
adequada;
 Altos níveis de perdas durante a distribuição;
 Construções
descontroladas
de
reservatórios a montante;
 Entre outras.
Gerenciamento da Demanda de Água
Estudo de GDA na UFCG
Objetivo: substituição dos aparelhos
convencionais por poupadores
- Bacia sanitária; - Chuveiros;
- Torneiras;
- Mictórios;
Dados necessários:





hidrossanitários
Contabilização dos aparelhos
Pesquisa de mercado (custo dos produtos)
Perfil de consumo da UFCG
Estrutura tarifária da CAGEPA
Resultados:
Gerenciamento da Demanda de Água
Estudo de GDA em Campina Grande
Justificativa da escolha da cidade:
 A cidade importa água de uma bacia
hidrográfica
fora
da
qual
se
localiza
(comprometendo o abastecimento de outras
cidades);
 Crise no abastecimento (1997-2000);
 Racionamento;
 Altos níveis de perda
distribuidora de água.
da
companhia
de
Gerenciamento da Demanda de Água
Estudo de GDA em Campina Grande
Justificativa da escolha dos bairros:
 Necessidade de estudar dois bairros com nível
social, econômico e cultural distintos;
 Diferenças no padrão de consumo de água;
 Conjunto dos Professores: bairro homogêneo;
 Santo Antônio: bairro heterogêneo.
Gerenciamento da Demanda de Água
Estudo de GDA em Campina Grande
Aquisição de dados:
Entrevistas domiciliares:
- Conjunto dos Professores;
- Santo Antônio.
Pesquisa de campo – levantamento de
custos:
- Bacia VDR;
- Torneiras e chuveiros econômicos;
- Cisterna.
Gerenciamento da Demanda de Água
Critério de avaliação das alternativas
Análise social:
- Entrevistas domiciliares
Análise econômica:
- Retorno de investimento
Análise ambiental:
- Redução de consumo.
Gerenciamento da Demanda de Água
Análise econômico-ambiental
 1ª Alternativa:
- Cisterna de 15 m³ + 2 bacias de 12 l (já
instalada);
- Custo: R$ 3.000,00.
 2ª Alternativa:
- cisterna de 15 m³ + 2 bacias de 6 l (já
instalada);
- Custo: R$ 3.000,00.
Gerenciamento da Demanda de Água
Análise econômico-ambiental
 3ª Alternativa:
- Cisterna de 15 m³ + 2 bacias de 6 l;
- Custo: R$ 3.300,00.
 4ª Alternativa:
- 2 bacias de 6 l;
- Custo: R$ 300,00.
* Cisterna para alimentar apenas as bacias
Gerenciamento da Demanda de Água
Análise econômico-ambiental
 5ª Alternativa:
- Torneiras e chuveiros;
- Custo: R$ 500,00.
 6ª Alternativa:
- 2 bacias de 6 l + torneiras e chuveiros;
- Custo: R$ 800,00.
Gerenciamento da Demanda de Água
Entrevistas domiciliares
 Objetivo:
- conhecimento da população em relação à
crise;
- aceitabilidade – alternativas tecnológicas.
 Plano de Amostragem:
- NBR-5426: Plano de Amostragem e
procedimentos na inspeção por atributos;
- NBR-5427: Guia para Utilização da NBR5426.
Gerenciamento da Demanda de Água
Amostra
 Conjunto dos Professores:
• 32 residências;
• 4 edifícios residenciais.
 Santo Antônio:
• 20 residências;
• 3 edifícios residenciais.
Gerenciamento da Demanda de Água
Resultado das entrevistas nas residências
Questionamentos
Residências (Conjunto
dos Professores)
Residências (Santo
Antônio)
Conhecimento dos
problemas de
abastecimento de água
100%
95%
Sugestões para
minimizar esses
problemas
Racionamento,
conscientização e
transposição de vazões
(15,6%)
Uso racional (60%) e
racionamento (35%)
Perda de água por
vazamentos na rede de
abastecimento na
cidade
97%
95%
Perda de água por
vazamentos na rede de
abastecimento nas ruas
do bairro
59%
45%
Gerenciamento da Demanda de Água
Resultado das entrevistas nas residências
Questionamentos
Residências (Conjunto
dos Professores)
Residências (Santo
Antônio)
Opinião sobre os
serviços prestados pela
concessionária de água
e esgotos da cidade
Ineficiente (54%)
Eficiente (35%) e
ineficiente (35%)
Medidas adotadas em
épocas de racionamento
Armazenamento de
água e uso racional
(65,6%)
Armazenamento de
água em caixas d’água e
depósitos (50%)
Porcentagem dos
entrevistados que
acham que há muito
desperdício de água nas
residências
100% acham que há
desperdício
85% acham que há
desperdício
Atividades de maior
consumo de água
Lavagem de roupas
(15,6%), banhos e
lavagem de pratos
(9,4%)
Lavagem de roupas
(50%) e banhos (35%)
Gerenciamento da Demanda de Água
Resultado das entrevistas nas residências
Questionamentos
Residências (Conjunto dos
Professores)
Residências (Santo
Antônio)
Opinião a respeito da tarifa
de água
Cara (44% dos
entrevistados)
Barata (60% dos
entrevistados)
Opinião a respeito do
aumento da tarifa de água
como forma de induzir a
diminuição do consumo
62,5% dos entrevistados
acham que esta medida não
é eficaz
65% dos entrevistados
acham que esta medida é
eficaz
Alternativas de
gerenciamento de demanda
urbana de água mais
conhecidas
Uso de água de chuva
(100%), reúso de água
(96,9%)
Uso de água de chuva
(95%), reúso de água
(85%)
Aceitabilidade geral
Bacia sanitária VDR (81,3%)
Bacia sanitária VDR
(90%)
Aceitabilidade econômica
Bacia sanitária VDR (53,3%)
Bacia sanitária VDR
(50%)
Aceitabilidade ambiental
Reúso de água (53,1%)
Bacia sanitária VDR
(40%)
Gerenciamento da Demanda de Água
Comentário das entrevistas
 Conjunto dos Professores (44% nas residências
e 75% apartamentos) – tarifa de água cara;
 Santo Antônio (60% nas residências e 100%
apartamentos) – tarifa de água barata;
 Nível social alto – maior consumo de água –
conta de água mais elevada;
 Nível social baixo – menor consumo de água –
conta de água mais baixa;
Gerenciamento da Demanda de Água
Comentário das entrevistas
 Tarifa de água varia com consumo;
Limite mínimo de 10 m³ – induz uso irracional;
Redução de consumo x diminuição de custos;
Aumento da tarifa:
- Conjunto dos Professores (62,5%): não eficaz;
- Santo Antônio (62,5%): eficaz;
Nível social maior – desperdício já virou hábito;
Gerenciamento da Demanda de Água
Comentário das entrevistas
 Nível social menor – população com recursos
limitados;
 Sugestão de entrevistados:
- Bônus para meta alcançada;
 75% Conjunto dos Professores e 100% Santo
Antônio – medição global injusta;
 Alternativa mais aceita – bacia VDR:
- custo de implementação;
- não exige mudança de hábitos.
Gerenciamento da Demanda de Água
Cálculo do retorno de investimento
 Casa com 200 m² de área coberta;
 Duas bacias sanitárias;
 Consumo médio por residência – CAGEPA;
 VP = Cs x p x A, onde:
 VR – volume considerando as perdas;
 VC – consumo mensal da bacia;
 Io – investimento inicial (pesquisa de
campo);
 Tarifa fixa de 0 a 10 m³: retorno quando
CMR>10 m³.
Gerenciamento da Demanda de Água
Planilha – retorno de investimento
1ª Alternativa: Cisterna de 15 m3 (já instaladas 2 bacias de 12 l)
Mês CMR(m3)
VP(m3)
VR(m3)
VC(m3)
VR - VC(m3)
Io(R$)
RI(R$)
Jan
16,535
7,660
6,128
7,200
-1,072
-3.000,00
-2989,89
Fev
12,615
11,040
8,832
7,200
1,632
0
-2985,57
Mar
14,505
19,400 15,520
7,200
9,952
0
-2978,14
Abr
13,395
22,218 17,774
7,200
15,000
0
-2972,54
Mai
15,580
21,740 17,392
7,200
15,000
0
-2963,33
Jun
13,390
22,040 17,632
7,200
15,000
0
-2957,74
Jul
13,490
21,340 17,072
7,200
15,000
0
-2951,98
Ago
13,160
11,680
7,200
15,000
0
-2946,77
9,344
• VR-VC < 0 – retirar água da rede para as bacias;
• VR – VC < 0 – redução consumo = VR;
• VR – VC > 0 – redução de consumo = VC.
Gerenciamento da Demanda de Água
Resultados – Conjunto dos Professores
 Critério social:
- Bacia VDR: 81,30% residências;
- Torneiras e chuveiros: 75% apartamentos.
 Critério econômico:
- 4ª Alternativa (2 bacias de 6 l): 3 anos e 6
meses;
 Critério ambiental:
- 1ª Alternativa (Cisterna de 15 m3 + 2 bacias de
12 l (já instalada): índice de redução de
consumo de 47%.
Gerenciamento da Demanda de Água
Resultados – Santo Antônio
 Critério social:
- Bacia VDR: 90% residências;
- Torneiras e chuveiros e medição individualizada:
80% apartamentos.
 Critério econômico:
- 4ª Alternativa (2 bacias de 6 l): 2 anos e 7 meses;
 Critério ambiental:
- 6ª Alternativa (2 bacias de 6 l + torneiras e
chuveiros) : índice de redução de consumo de
40%.
Gerenciamento da Demanda de Água
Autores envolvidos na pesquisa
 Márcia Maria Rios Ribeiro (prof. da Unidade Acadêmica de
Eng. Civil);
 Tatiana Máximo Almeida de Albuquerque (doutoranda da
UFRGS);
 Maria Josicleide Felipe Guedes (Aluna de Eng. Civil,
pesquisadora AERH);
 Mirella Leôncio Motta (Aluna de Eng. Civil, pesquisadora da
AERH);
 Maria José de Sousa Cordão (Aluna de Eng. Civil);
 Bruna Marcela Delfino de Oliveira (ex-aluna do PIBIC-júnior).
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Apresentação do PowerPoint - Área de Engenharia de Recursos