Ano I - N° I – Março/Abril 2009 As Policiais conciliam falta de estrutura no trabalho, família e maternidade e conseguem seguir com determinação. página 12 Bahia avança na busca de soluções Wagner sanciona Lei Orgânica da Polícia Civil para a segurança pública O governador Jaques Wagner oficializou, no dia 4 de fevereiro, a participação do Estado na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). O encontro propõe um amplo debate para definir diretrizes para a criação de uma política de segurança pública nacional. O governador Jaques Wagner, sancionou no dia 4 de fevereiro, a Lei Orgânica que reestrutura a Polícia Civil da Bahia. Entre as principais mudanças estão a criação dos departamentos de Inteligência Policial e de Planejamento, Administração e Finanças. Bahia tem laboratór io pioneiro no Brasil para elucidar crimes violentos página 3 PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Editorial É inconcebível a forma humilhante e desrespeitosa com que o Estado vem tratando os seus servidores nas situações de assistência médica e judiciária. Uma circunstância bastante comum é o policial encontrar dificuldade no atendimento médico devido à dependência do plano de saúde – Planserv. Condição que se aplica ainda nas ocorrências em que são vitimados em acidente de trabalho. Tal demora no atendimento se constitui em rotina, atingindo em cheio a auto-estima de homens e mulheres que arriscam a própria vida a serviço da sociedade. Leis, Decretos e até mesmo Comissões, criadas pelo governo do Estado para o acompanhamento dos casos de acidentes em serviço envolvendo policiais civis e militares, são ignorados na prática. O descaso é ainda maior para os servidores cujo plano de saúde exclui o direito a apartamento. Suas famílias impossibilitadas de estar próximas ao ente querido mínguam ao relento em portas de hospitais. As mazelas não param por aí. Quando um policial no exercício da função responde a qualquer tipo de processo, o Estado vira-lhe as costas, deixando-o à mercê de advogados que militam em unidades policiais. Situação que muitas vezes implica em relações ilegais, comprometendo tanto o policial como a própria instituição. Num passado recente, comprovou-se o envolvimento de policiais civis no assassinato de dois policiais federais em que o mentor dessas mortes era um advogado com livre trânsito nas delegacias, sendo inclusive “defensor” em inquéritos administrativos e processos na justiça de vários policiais. Em contrapartida, o Estado realizou convênios com a OAB, dentre outras entidades, com a finalidade de assegurar ao cidadão carente, a assistência jurídica. O que se questiona aqui é porque os policiais não são contemplados com benefícios semelhantes. Embora os agentes de segurança púbica não sejam considerados carentes, por receberem mais de dois salários mínimos, encontrariam em tal medida a possibilidade de responder a processos de forma digna e um caminho para inviabilizar as transações ilícitas. Diante de uma violência que parece não ter fim, só resta o desejo de que um dia a categoria policial possa erradicar a indiferença estatal que persiste em desassistir o profissional e seus familiares, relegando todos à mercê da própria sorte. Segurança pública em pauta Jornal Página de Polícia oferece informação com qualidade ao público baiano Violência na capital e interior do Estado, políticas públicas de segurança, reivindicações da sociedade e dos agentes de segurança pública são algumas das questões que o leitor encontrará no Jornal Página de Polícia. A primeira edição do periódico traz conteúdo de qualidade ao público baiano, com uma abordagem ética sobre as ações relacionadas à área de segurança pública. Criado pela Ícone Editora e Produtora Ltda, em formato tablóide para facilitar a leitura, o jornal circulará entre todas as categorias profissionais da área de segurança pública da Bahia e na sociedade em geral. Sem vínculo com instituições de classes ou subsídio de entidades do governo, o veículo surge com a proposta de ouvir os diferentes lados dos fatos, se posicionando como porta voz da comunidade nas questões que envolvem o avanço da qualidade de segurança do Estado. No momento em que a sociedade coloca essa temática como uma de suas prioridades, o periódico chega para firmar-se como importante meio de divulgação de notícias e formação de opinião pública. Direitos do consumidor, saúde, educação e entretenimento também terão espaço reservado no Jornal Página de Polícia. O veículo abordará esses e outros assuntos essenciais para o exercício da cidadania como fruto do esforço e cooperação de toda uma equipe de colaboradores. Em especial, dos profissionais da área de segurança pública e anunciantes, que viabilizaram a primeira edição. Lembrando ainda que a publicidade terá efeito de mídia duplicado em função da tiragem integrada – impresso, portal e news letter –, atingindo importantes segmentos da sociedade baiana. Portal Página de Polícia O conteúdo informativo do Jornal Página de Polícia também estará disponível ao leitor através do Portal Página de Polícia, no endereço www.paginadepolicia.com.br. No site o público encontrará notícias, serviços de utilidade pública e assuntos de interesse para os profissionais que atuam na segurança pública do Estado. O destaque vai para o link Permuta. Lá o policial que deseja mudar de unidade poderá registrar seus dados – cargo, local de trabalho, telefones, e-mail, local pretendido – para que outros colegas acessem as informações, estabeleçam contato e efetivem a permuta. As novidades não param por aí. O Jornal Página de Polícia também disponibilizará uma News Letter com notícias do segmento. Para receber a publicação eletrônica basta acessar o Portal Página de Polícia e cadastrar o e-mail. Apenas na primeira edição, já contamos com mais de 13 mil leitores cadastrados no serviço de mala direta. Convidamos todos a participar deste projeto, pois segurança pública é DEVER DO ESTADO, DIREITO E RESPONSABILIDADE DE TODOS. Editor EXPEDIENTE PLANTÃO DE POLÍCIA Informativo da FEIPOL/NORDESTE – Federação Interestadual dos Sindicatos dos Policiais Civis da Região Nordeste e dos Estados de Tocantis e Goiás • Diretor de assuntos parlamentares do Estado da Bahia: Carlos Alberto Nascimento Fone: (71) 8768-8323 – Salvador-Ba. • REDAÇÃO DO JORNAL PLANTÃO DE POLICIA: Av. Edgar Santos, 500, Sala 203 – Salvador-Ba Fone: (71) 3495 9189 • Diretor: ? • Editoração eletrônica: Katarine Cotrim e Roberta Juliana Rossas de Araújo E-mail: jornalplantãodepolí[email protected] PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Bahia tem laboratório pioneiro no Brasil para elucidar crimes violentos A nova estrutura do DPT possibilita estudar a biologia dos insetos e sua relação com eventuais fatos criminosos Bahia tem laboratório pioneiro no Brasil para elucidar crimes violentos A nova estrutura do DPT possibilita estudar a biologia dos insetos e sua relação com eventuais fatos criminosos O Laboratório Central da Polícia Técnica da Bahia acaba de ganhar uma Coordenação de Entomologia Forense – ramo da medicina legal que estuda a biologia dos insetos e sua relação com eventuais fatos criminosos. O espaço, que vai ajudar na solução de crimes como homicídio, estupro, envenenamento e tráfico de drogas, foi inaugurado, durante um ciclo de palestras na sede do Departamento de Polícia Técnica (DPT), com a participação de especialistas que vieram de estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Paraná, Amapá e Distrito Federal. Com a aplicação da entomologia em procedimentos legais, pode-se obter uma estimativa de morte. “Com base na sucessão de insetos encontrados num cadáver em decomposição, é possível inferir quanto tempo ele está ali, além de fazer ligações com suspeitos que estiveram no local”, explica o perito criminal e coordenador do laboratório, Torriceli Thé. Ele conta que a entomologia trabalha ainda com vestígios de substâncias tóxicas entorpecentes encontradas nos insetos – e das quais eles se alimentam. O estudo pode indicar se o indivíduo foi vítima de overdose de co- ográficas, esses insetos, ao serem estudados, podem apontar de onde veio a droga. “E assim conseguimos um traçado da rota do tráfico”, detalha Thé. A entomologia forense não perde a eficácia quando o intervalo entre a morte e o início das análises é longo – ao contrário dos métodos da medicina legal convencional, que se tornam menos eficazes quando este tempo é muito prolongado. A Bahia é o primeiro estado do país a implanRota do tráfico Por serem próprios de tar uma coordenação desse determinadas regiões ge- tipo numa instituição policaína ou fez uso de qualquer tipo de medicamento, veneno, chumbinho e afins. Os insetos mais comuns encontrados em cadáveres são os dípteros e os coleópteros – moscas e besouros, respectivamente. Eles também podem auxiliar na solução de casos ligados ao tráfico de drogas. Torriceli Thé explica que é comum haver resto de insetos, por exemplo, na maconha que é transportada. cial. A infra-estrutura para implantação do espaço foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). O local vai contar com o trabalho de entomologistas, peritos, alunos de graduação e pós-graduação. A entomologia forense, ao analisar insetos associados a um cadáver humano, pode ser capaz de determinar a data da morte, e, quando for possível, deduzir as circunstâncias que cercaram o fato, antes ou depois do ocorrido. Fonte: Ascom/DPT PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Servidores lutam por pagamento da URV Permanece a luta dos servidores públicos estaduais para o recebimento da correção da Unidade Real de Valor (URV), instituída no país em 1994, durante a conversão da moeda para o Real. A ação tramita na justiça há sete anos e tem o patrocínio da Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB), responsável pelo surgimento do Movimento pela Negociação da URV. Segundo Armando Campos, presidente da AFPEB, no dia 2 de setembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) devolveu o processo ao Judiciário baiano para que este incorpore o percentual devido de 11,98% aos vencimentos, pensão e proventos dos servidores. A categoria reivindica o cumprimento da decisão. A questão salarial certamente é um dos maiores problemas enfrentados pelos servidores públicos, e a luta pelo pagamento da correção URV é mais um agravante. Segundo o advogado da AFPEB, César Augusto Prisco, desde 2002 a entidade vem brigando na Justiça pelo pagamento da indenização. “Ganhamos em todas as instâncias. Não há mais como o Estado recorrer”, afirma acrescentando que a vitória na justiça abre procedente para os outros servidores estaduais do executivo que não são associados à entidade. “Se você deve R$ 10,00 ao governo, ele penhora tudo o que você tem para recuperar o dinheiro. Mas, quando ele deve R$ 10,00, só paga R$ 2,00”, diz o advogado. A discussão sobre o pagamento da URV pelo governo do Estado, já dura 14 anos e a ação judicial que reclama esse direito ao servidor público foi ajuizada em fevereiro de 2002, pela AFPEB, depois que al- Caso de Polícia Gato no Bolsa-Família Poucos dias antes de o Governo federal Armando Campos, Presidente da AFPEB gumas categorias já haviam sido contempladas, como a de juízes do Tribunal de Justiça. Nesse período, outras categorias obtiveram o direito: serventuários da justiça, servidores da Assembléia Legislativa, Ministério Público e tribunais de Contas do Estado e municípios. O pagamento já foi estimado em R$ 7 bilhões, mas parte prescreveu. O levantamento mais recente chegou a R$ 4,5 bilhões. O Governo do Estado, através da Secretaria de Administração e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), disse que o pagamento da indenização da URV depende de julgamento final sobre Recurso Extraordinário, interposto no ano de 2004, no Supremo Tribunal Federal (STF), e que aguarda definição final sobre a questão. O presidente da AFPEB, Armando Campos, informou que está viabilizando a execução do processo que ampara os associados da entidade e integram a ação movida contra o Poder Executivo para obter o pagamento da diferença da URV. Campos disse que a Associação, juntamente com outras entidades, continua decidida a defender a extensão do pagamento da indenização a todos os servidores, e protesta contra a posição do governo do estado de discriminar os seus funcionários. Quem tem direito à URV Todo trabalhador ou funcio- nário público, em atividade ou aposentado, que recebia salário entre fevereiro de 1993 e setembro de 1994 tem direito de receber a URV. Caso tenha sido demitido, dependerá do governo ou da decisão judicial para requerer esse direito. Nas situações de falecimento do servidor, caso estes tenham deixado procuração, quem estiver de posse do documento terá direito a receber a indenização. Histórico Em 1994, nos meses de abril, maio e junho, com a conversão da moeda para o Real, os trabalhadores públicos do Estado da Bahia não tiveram a correção salarial no percentual de 11,98%, acumulando um passivo por conta dessa situação. O Governo negociou o pagamento da importância devida para o pessoal do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Os servidores do judiciário, após sentença julgada favorável, em 2006, desenvolveram uma campanha, fizeram greve, acamparam na Assembléia Legislativa e finalmente negociaram com a comissão de transição do governo Wagner, a incorporação de percentual em janeiro de 2008. Como resultado, em janeiro de 2007, o pagamento do passivo foi dividido em 48 parcelas. Fonte: AFPEB anunciar que mais de um milhão de famílias devem ser incluídas no Bolsa Família, a um custo de R$ 550 milhões a mais para os cofres públicos, veio à tona o caso de um gato, chamado Billy, que foi cadastrado como beneficiário do programa. O felino, que já morreu, morava no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul (MS) e recebeu R$ 20 mensais, durante 7 meses. O nome do bicho foi incluído pelo chefe do programa no MS, Eurico Siqueira da Rosa, de 32 anos. O caso veio à tona em novembro do ano passado, quando a esposa de Rosa foi procurada por agentes de saúde que acompanham as crianças inscritas no programa com pesagens e vacinações. A mulher, que não sabia da fraude, disse que Billy era o gato de estimação da família. Em nota à imprensa, a comunicação do programa afirmou que, no mesmo mês em que a fraude foi descoberta, o funcionário foi exonerado. De acordo com o procurador-geral de justiça em exercício do estado, Antonio Siufi Neto, há ainda a suspeita da falsificação de uma certidão de nascimento do gato. “Ele pode ser processado e condenado a devolver o dinheiro e ainda responder penalmente por fraude, falsificação de documento, estelionato e apropriação indébita”, afirma Siufi Neto. Fonte: Folha Universal PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Investigação com sigilo e segurança Thiago de Menezes e Gerson Augusto -Diretores da AFI Especializada em serviços técnicos de investigação privada, a Academia Federal de Investigações, atua no levantamento de provas, coleta de informações, proteção pessoal e combate à espionagem. A experiência de 20 anos no mercado fez com que a empresa se tornasse uma das maiores e mais bem equipadas agências do segmento na Bahia, com atuação consolidada em todo o território nacional. Atenta à qualidade da prestação de serviços e importância do sigilo, a agência selecionou e treinou sua equipe de forma específica e criteriosa, tendo hoje um quadro de pessoal com reputação técnica e moral incontestável, formado por profissionais altamente qualificados: agentes, especializados em investigações empresariais, conjugais, criminais, dentre outras áreas. Critério que possibilita a agência realizar qualquer tipo de investigação em diversas áreas: conjugal, empresarial, política, de espionagem industrial, pessoas desaparecidas, instalação de câmaras escondidas, vida pregressa, investigação pré-nupcial, etc. Nos casos que envolvem busca e apreensão de automóvel e carros roubados um sistema próprio rastreador de veículo auxilia nas investigações. O resultado final do trabalho é demonstrado através de um relatório incluindo fotografias, filmagens, gravações e dentre outros recursos. A Academia Federal de Investigações é dirigida por Ana Lúcia de Menezes Augusto, direção comercial de Gerson Augusto e direção administrativa de Thiago de Menezes Augusto. Conheça as especialidades da Academia Federal de Investigações • Casos conjugais • Investigações políticas • Infiltrações empresariais e comerciais • Filmagens • Fotos • Gravações sigilosas • Varredura de computadores • Seguimentos motorizados • Rastreamento de carros via satélite • Segurança pessoal (alto nível) • Localização de pessoas desaparecidas Informações na sede da empresa • Colocação de micro câmaras com áudio Rua Visconde de Itaboraí, 863, 106, Amaralina; E-mail: [email protected] Telefones (71) 3240 4888 / 9144 – 5620 / 8104 - 0994. • Auditoria empresarial • Pericia criminal • Acompanhamento apreensão de busca e PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Governador sanciona Lei Orgânica da Polícia Civil O governador Jaques Wagner, sancionou a Lei Orgânica que reestrutura a Polícia Civil da Bahia. A Lei assegura ‘’relativa autonomia funcional, administrativa e financeira’’ à Polícia Civil e promove a reestruturação organizacional e de cargos em comissão. Entre as principais mudanças estabelecidas estão a criação dos departamentos de Inteligência Policial e de Planejamento, Administração e Finanças. O total de 582 cargos de coordenador IV, símbolo DAI-5, serão transformados em coordenador III, símbolo DAI-4. A nomenclatura de delegado chefe será alterada para delegado-geral, permanecendo a nomeação pelo governador. O delegado-geral irá administrar uma Polícia Civil estruturada em órgãos de direção superior, de gestão estratégica e tática e de suporte operacional. A lei põe fim ao limite de vagas para o cargo de delegado especial. Existiam apenas 50 vagas e os delega- dos com o direito adquirido somente eram promovidos por motivo de aposentadoria ou falecimento. Serão criados ainda o Departamento de Homicídios, que substituirá o de Crimes Contra a Vida, e o Departamento de NarFicou de fora cóticos, que passará a ser Já alguns itens considera- Departamento de Tóxicos dos polêmicos ficaram de e Entorpecentes, dispondo fora da Lei, a exemplo da de um efetivo mais amplo e aposentadoria aos 30 anos de novas atribuições. de serviço, o subsídio como forma de remuneração, que O que muda já acontece em alguns esta- A lei estabelece prerrogados da federação e a criação tivas e preceitos éticos, reda carreira de apoio policial, define atribuições e exige com o aproveitamento dos diploma de conclusão de agentes públicos da SSP. curso superior devidamente registrado no Ministério Inteligência Policial da Educação para o inSegundo, secretário de gresso em todos os cargos Segurança Pública, César da carreira policial. Todos Nunes, uma das novidades os servidores policiais civis, será o Departamento de no exercício da sua função Inteligência Policial, que gozam de prerrogativas. trabalhará articulado com Como, por exemplo, livre a Superintendência de In- acesso em locais públicos teligência da Secretaria da ou particulares sujeitos à SSP, com ações em todo o fiscalização da polícia; inEstado. Além do Depar- gresso e trânsito livre em tamento de Planejamento, locais de acesso público; Administração e Finanças, prioridade em qualquer criado para gerir a Polícia serviço de transporte e coCivil, que passa a ter auto- municação, público e prinomia funcional e admin- vado, quando em diligência istrativa. policial e, se for delegado, Wagner sanciona a Lei Orgânica da Policia Civil só pode ser preso com ordem por escrito de autoridade judiciária. Não poderá ser promovido o servidor que: estiver com prisão preventiva decretada ou preso em flagrante delito; for condenado pela prática de crime, enquanto durar o cumprimento da pena, mesmo em caso de suspensão condicional da pena ou estiver respondendo a processo administrativo disciplinar. Em contrapartida, será automaticamente promovido, por critério de merecimento, o servidor que: falecer no cumprimento do dever ou em conseqüência deste; contrair doença, moléstia ou enfermidade no cumprimento de suas atribuições funcionais ou que nestas tenha tido sua origem. Comissão para implantação da Lei Orgânica Tão logo o governador sancionou a nova lei, o Delegado Geral da Polícia Civil, Joselito Bispo, criou através da Portaria nº. 016, de 04 de fevereiro de 2009, publicada no DOE, edição de 07,08/02/2009, uma comissão composta dos delegados de Polícia: Antonio Pereira de Matos Júnior (Coordenador do Cedep) Emília Margarida Blanco de Oliveira (Chefe de Gabinete da PC), Maurício Ribeiro Chaoui (Gasec), e Ilma Leonor Magarão Paiva (Sgto), com a finalidade de implantar a Lei Orgânica da Polícia Civil. PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Lei unifica legislação da previdência da Bahia Mesmo com as alterações realizadas, os direitos dos servidores estaduais serão mantidos e a nova lei não altera as alíquotas de contribuição nem as regras de aposentadorias Você sabia que pode tirar 2ª via da Identidade sem pagar? A Lei de nº 3.051/1998, garante a qualquer cidadão retirar 2ª Via de seus documentos, furtados ou roubados, gratuitamente, nos órgãos oficiais sem pagar nenhuma taxa. Para ter acesso a este direito, basta para isso, O governador Jaques Wagner, sancionou a Lei nº 11.357, de 06.01.2009, que unifica a legislação da Previdência dos servidores estaduais. O texto se adéqua à legislação federal, garantindo a manutenção do Certificado de Regularidade Previdenciária do Estado (CRP). De acordo com o secretário da Administração, Manoel Vitório, a nova lei não trará nenhuma alteração em relação às alíquotas de contribuição e regras de aposentadorias dos servidores, incluindo todas as categorias. “Estamos transformando a Previdência do Estado sem mexer com os direitos do funcionalismo”, assegura. servidores. A lei mantém as mesmas formas de cálculo e regras de reajuste, permanecendo os percentuais de contribuição de 12% para os servidores e 24% para o Estado, não prevendo a criação de novas despesas. No que concerne à gestão previdenciária, institucionaliza a participação de representantes dos segurados, ativos e inativos, nos colegiados e instâncias de decisão, da mesma forma que assegura a transparência da publicação das informações atualizadas sobre as receitas e despesas da Previdência dos servidores. Capitalização Até 2011, o Fundo Previdenciário dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Baprev) estima a capitalização de R$ 216 milhões. Fundado em janeiro de 2007, já conta com a participação de cinco mil Policiais militares As garantias previdenciárias negociadas entre o Executivo e os policiais militares ficam mantidas. Segundo a superintendente de Previdência do Estado (Suprev), Daniela Gomes, “o texto respeita as regras registrar em alguma delegacia de polícia civil, o previstas no Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia”. Isso significa que não haverá nenhuma alteração quando da transferência do policial militar para a condição de inativo. Desde a criação do antigo Fundo de Custeio da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Finprev), ocorrida em 1998, os policiais militares integram o sistema único de seguridade social do Estado, contribuindo há mais de 10 anos para um mesmo fundo e em igualdade com os servidores civis. BO (Boletim de Ocorrência), em caso de roubo ou furto e mediante a apresentação em qualquer órgão público desse BO (não precisa reconhecer firma ou autenticar), apenas é necessário fazer cópia, garante a gratuidade na emissão da segunda via de documentos tais como: Habilitação, Identidade, Licenciamento Anual de Veículo. PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Policial não é Frouxo é Desamparado! CapitãoTadeu Fernandes,Deputado Estadual - Líder do PSB - e Presidente da Sub Comissão de Segurança Pública e Defesa Civil Pronunciamento do Deputado Capitão Tadeu Fernandes na Tribuna da Assembléia Legislativa no dia 27/01/2009 Srs.Deputados,na condição de Capitão da Polícia Militar agora eu gostaria de fazer uma referência ao que o jornal A Tarde publicou com o título: “A polícia baiana é frouxa”. E vem o jornal A Tarde dizendo: (“O Secretário de Segurança Pública, César Nunes, praticamente confirmou aquilo tudo que se suspeitava da polícia baiana: é frouxa. Tem medo de enfrentar bandido, faz de conta que vai para a campanha, mas fica no faz-de-conta. Liga a sirene, invade sinaleira, exibe as armas de grossos calibres das janelas das viaturas, acende o giroflex, faz todo o mise-en-scène e... se esconde. Fica por trás do muro dando tiros a esmo, ao léu, como se fossem fogos na festa de São João. O secretário disse aqui, nas páginas de A TARDE, que o policial que estiver com medo pode chamá-lo que sai junto para a ação. Ou seja: é preciso que a mais alta autoridade policial do Estado tenha de colocar no colo, proteger e dar guarida àqueles que deveriam dar segurança para todos nós. Se a polícia está com medo, imagine a população. Mas também não é fácil ter coragem numa cidade em que já morreram mais 60 pessoas apenas neste início de ano. Só estamos perdendo para a guerra irada de Israel com o Hamas. Jornal A TARDE 20 de janeiro de 2009.” Srs., recebi um e-mail de um soldado da Polícia Militar e, por questões de segurança não vou declinar o nome dele, mas está aqui em minhas mãos, todos podem ver, e vou ler a resposta de um soldado da Polícia Militar a S. Exª, o Secretário de Segurança Pública: “Polícia e frouxidão, o título. (Lê) “Resposta. Mediante as acusações e ofensas do senhor secretario de (in) segurança pública da Bahia, Sr. César Nunes, exigimos que a APPM como também o Dep. Capitão Tadeu manifeste uma moção de repúdio, pois nós policiais baianos pelas condições de trabalho que temos somos heróis. Ao invés de proferir palavras que venham denegrir a imagem da corporação policial e dos seus membros, o mesmo deveria estar equipando as unidades e qualificando estes honrados profissionais. FROUXO é quem fica em um ar condicionado ganhando fortuna sem fazer nada em prol da segurança do povo baiano que sofre com o alto índice de violência. FROUXO é quem não tem coragem em reivindicar melhores condições de trabalho para a tropa. FROUXO e covarde é quem se aproveita do cargo para botar a culpa na pessoa errada pela alta taxa de violência no estado. Segundo o mestre em direito Miguel Reale “a polícia é a força que mantém a hegemonia do estado e seus governantes no poder”! Respeito é bom e nós gostamos.” É triste ver o Secretário de Segurança Pública ouvir uma resposta como essa de um soldado da Polícia Militar, que deveria ter admiração, apreço e respeito ao Secretário. Vem publicamente, sem esconder o seu nome, eu é que estou escondendo para preservar esse policial militar, dizer que frouxo e covarde é aquele que põe a culpa nos soldados. Está aqui o termo. Bem, eu quero, agora, manifestar, aqui, a minha opinião: “O secretário de Segurança Pública, grande delegado da Polícia Federal, sempre que ia para uma diligência como delegado da Polícia Federal, ia de- pois de um ano de planejamento, com helicóptero, com policiais bem armados, bem pagos e bem treinados, com coletes à prova de bala e pegava a quadrilha de surpresa pelo planejamento. O secretário de Segurança Pública nunca entrou numa viatura da Polícia Militar sem colete à prova de bala, sem munição e com armamento velho, somente ele e o companheiro para enfrentar uma quadrilha. O secretário de Segurança Pública nunca ficou em uma cidade sozinho para proteger uma cidade inteira estando sozinho nessa cidade. O Dr. César Nunes nunca ficou em uma delegacia de Polícia Civil sozinho tomando conta de 20 ou 30 presos, correndo o risco de uma quadrilha ir resgatar os seus comparsas presos. É triste ver o secretário de Segurança Pública insinuar que os policiais são covardes. Só durante este ano que passou já morreram mais de 30 policiais na Bahia. Isso é covardia, secretário? Estão se omitindo de quê? Os meus companheiros pediram para fazer esta moção de repúdio. E, aqui, estou fazendo em nome de meus colegas da Polícia Civil e Polícia Militar. O secretário de Segurança Pública diz publicamente, como disse ontem na Rádio Itaparica: “Eu sou cana”. Para quem não sabe, cana é um termo do século passado que se chamava o policial. Era o apelido de policial no século passado. Quando o secretário diz que “é cana”, eu digo para ele: A sociedade não quer um cana na Secretaria de Segurança Pública. A sociedade quer um gestor competente, que respeite o direito de seus subordinados, que tenha políticas públicas para gerir a segurança da sociedade. A sociedade não precisa que um secretário pegue um revólver e vá para a rua, porque já existem os policiais para fazer isso”. Então, não precisa o secretário César Nunes ter este arroubo de infantilidade e dizer: “Se está com medo, chame-me, porque eu vou para a rua”. “Secretário não é para ir às ruas. Secretário é para dar condições aos policiais que estão na rua. Parece que o secretário não sabe o que significa ser um secretário de Segurança Pública. Infelizmente, nós estamos nesta situação. Esperamos que o secretário peça desculpas a esses 36 mil policiais militares e civis que estão morrendo em defesa da sociedade. Esperase que ele não venha aqui insinuar que policial civil ou policial militar é frouxo”. PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Mudanças na estrutura da Polícia Militar da Bahia Já está em vigor a Lei nº 11.356, que reestrutura a Polícia Militar. Entre as inovações está o resgate das graduações de cabo e subtenente. A medida vai permitir o destravamento das carreiras tanto de praças quanto de oficiais, favorecendo o crescimento funcional dos policiais. A lei criou o Prêmio por Desempenho Policial a título de remuneração variável, em virtude do alcance de resultados e metas baseadas na redução de criminalidade preestabelecidas em regulamento. A lei reconfigura institucionalmente a instituição, com o desmembramento do comando de policiamento da capital em três, além da criação de um outro comando na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Para cada um desses comandos será criada uma companhia vinculada. Alguns batalhões do interior servirão também como centros de ensino e capacitação regionalizada para a tropa. As alterações visam, na avaliação do secretário de Segurança, César Nunes, descentralizar e dar mais agilidade às ações de segurança pública em todo o estado. “Este será um importante passo para consolidarmos a nova política de segurança pública que estamos implementando na Bahia”, afirmou. Mudanças na estrutura Mudanças também na estrutura organizacional da Polícia Militar. Segundo o na estrutura da carreira dos PMs, no que diz respeito ao crescimento na carreira e à premiação por desempenho policial. O objetivo é criar mais condições de desenvolvimento nas carreiras com a ampliação no número de graduações para os praças e redução do tempo de permanência no último e penúltimo postos do quadro de oficiais, permitindo maior fluidez no processo de ascensão funcional. A regra não atinge os que já estão nessas etapas da carreira. A lei resgata as graduações de cabo e subtenente, elevando para quatro níveis as perspectivas de crescimento dos praças, antes de atingir o posto de primeiro-tenente, no momento da reserva. A medida reduz o tempo de espera para ascensão funcional desses profissionais, que era de 26 anos. Alterações na es- Outra determinação é a trutura da carreira de restringir o exercício Há alterações também de atribuições administracomandante-geral da PM, coronel Nilton Mascarenhas, as alterações vêm para atender às necessidades atuais da corporação, no que tange à manutenção da segurança da população em todo o Estado. Ele disse que, de acordo com a proposta, 34 companhias serão criadas ou terão atribuições redefinidas. Duas companhias se encarregarão da defesa do meio ambiente - as de Lençóis e Porto Seguro -, 19 serão destinadas à defesa dos municípios - Feira de Santana (4), Vitória da Conquista (2), Juazeiro (4), Salvador/Centro Administrativo (1), Lauro de Freitas (1), Ilhéus (3), Canavieiras (1), Itacaré (1), Poções (1) e Cândido Sales (1) - e outras duas assumirão o controle da malha viária, a serem sediadas nas cidades de Brumado e Barreiras. tivas por PMs e permitir o exercício de atribuições de caráter administrativo a pessoal civil. Cujo objetivo é ampliar o efetivo de PMs nas ruas. Mantidas garantias Para efeito de promoção, os atuais praças (soldados e cabos) ingressos na corporação antes da vigência desta nova legislação continuarão concorrendo à promoção diretamente para graduação de primeirosargento, desde que cumpram os requisitos legais. A mesma garantia fica assegurada para efeito de inatividade: o cálculo dos proventos dos atuais praças que alcancem a graduação de primeiro-sargento e que possuam na data da inatividade 30 ou mais anos de serviço terá por base o valor correspondente ao posto de primeiro-tenente. Fonte: Agecom PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Bahia adere à Conferência Nacional de Segurança Pública A Bahia deu um importante passo em busca de soluções na área de segurança pública. No dia 4 de fevereiro, o governador Jaques Wagner oficializou a participação do Estado na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). A solenidade foi realizada no auditório da Fundação Luis Eduardo Magalhães, em Salvador, e contou com diversos órgãos e entidades representativas do setor. Na ocasião também foi instalada a Comissão Organizadora Estadual (COE), com 52 representantes da sociedade civil e do poder público que vão ajudar na realização das etapas locais. A coordenadora geral da 1ª Conseg, Regina Miki, disse que R$ 4,3 milhões serão distribuídos pelo Ministério da Justiça (MJ) entre todas as unidades da Federação para a realização da conferência, conforme o número de habitantes. A Bahia receberá R$ 250 mil e deverá investir o dinheiro em hospedagem, transporte e alimentação dos participantes. A idéia é que conferências municipais e estaduais, além de outras iniciativas mobilizadoras, como conferências livres, virtuais e seminários temáticos aconteçam em todo o país antes da 1ª Conseg, que vai ocorrer de 27 a 30 de agosto, em Brasília. A convocação foi feita por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008. Em consonância com o Programa Nacional de Se- gurança com Cidadania (Pronasci), a Conferência propõe um amplo debate para definir diretrizes para a criação de uma política de segurança pública nacional. Para tanto, o governo federal espera que todos os interessados no tema participem de alguma forma e contribuam na construção de uma política nacional para o setor. “Ninguém tem autoridade tão legítima quanto a própria população para dizer que política de segurança ela deseja. O governo federal, por sua vez, tem a obrigação de garantir espaço para a participação e o controle social”, defende o ministro da Justiça, Tarso Genro. Na avaliação do ministro, o governo nunca esteve tão preparado e aberto para dialogar com prefeitos, governadores e a sociedade sobre os desafios da segurança pública, assunto que representa uma das três maiores preocupações dos ente em que a sociedade é estimulada a organizar conferências para sedimentar o futuro da segurança no Brasil, o governo reconhece as dimensões sociais, econômicas e políticas da criminalidade e da violência e investe como nunca no combate e na prevenção do crime”, reforçou. O secretário Balestreri ressaltou que a pluralidade da 1ª Conseg será assegurada pela composição do plenário das conferências, que deverá respeitar a paridade de 40% de vagas para a sociedade civil, 30% para trabalhadores da segurança Ações coordenadas A 1ª Conseg está dire- pública e 30% para o Poder tamente relacionada ao Público. Programa Nacional de Segurança Pública com Cida- Pronasci dania (Pronasci), que desti- Há cerca de 20 anos, innará R$ 6,7 bilhões para o stituía-se no Brasil a 1ª setor nos próximos quatro Conferência Nacional de anos. O secretário nacional Saúde, que deu origem ao de Segurança Pública, Ri- SUS – Sistema Único de cardo Balestreri, disse que Saúde. A proposta visava as iniciativas são comple- criar políticas públicas na mentares. “Na mesma fr- área que fossem voltadas à brasileiros. A Conferência contemplará os seguintes eixos temáticos: Gestão democrática; Financiamento e gestão da política pública de segur anç a;Valor iz aç ão profissional e otimização das condições de trabalho; Repressão qualificada da criminalidade; Prevenção social do crime e das violências e construção da paz;Diretrizes para o sistema penitenciário; e Diretrizes para o sistema de prevenção, atendimentos emergenciais e acidentes. prevenção e não somente ao tratamento de doenças. Nesta mesma lógica, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) tem como filosofia prevenir a violência e a criminalidade, e não só usar técnicas de repressão. Para isso, o Programa utiliza ações de segurança pública com as sociais, realizando a prevenção ao invés de trabalhar apenas no combate à violência. Objetivos específicos da 1ª Conseg: Definir as prioridades para a implementação da Política Nacional de Segurança Pública, conforme os eixos temáticos. Promover,qualificar e consolidar a participação da sociedade civil, trabalhadores e poder público no ciclo de gestão das políticas públicas de segurança. Criar e estimular o compromisso e a responsabilidade para os demais órgãos do poder público e para a sociedade na efetivação da segurança com cidadania. Contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), tornando-o um ambiente de integração, cooperação e pactuação política entre as instituições e a sociedade civil com base na solidariedade federativa. Deliberar sobre a estratégia de implementação, monitoramento e avaliação das resoluções da 1ª Conseg. Recomendar diretrizes aos estados e municípios para incorporação PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 dos princípios e eixos da 1ª Conseg nas políticas públicas de segurança. Fortalecer e facilitar o estabelecimento de redes sociais e institucionais articuladas em torno do tema da segurança pública. Fortalecer os eixos de valorização profissional e de garantia de direitos humanos como estratégicos para a Política Nacional de Segurança Pública. Fortalecer o conceito de segurança como direito humano. Fortalecer e facilitar o estabelecimento de uma política de educação pela paz e não-violência nas redes sociais e institucionais articuladas em torno do tema da segurança pública preventiva. Propor a reformulação da composição do Conasp, do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública e da gestão do Fundo Nacional, com base na participação e integração dos entes federativos, trabalhadores e entidades da sociedade civil. Fonte: Ministério da Justiça - http://www.conseg.gov.br/ Polícia Civil ganha novas viaturas Equipadas com GPS dor e região metropolitana. Os carros, que não têm padronização, foram adquiridos por meio de licitação (investimento de R$ 800 mil) e entregues aos Carros sem identificação são importantes de para o trabalho policial, pois facilita as in- titulares cada delegacia vestigação e a escuta de testemunhas contemplada. A meta é dar O trabalho de investigação suporte à polícia na reda Polícia Civil foi reforça- pressão ao crime. "As viado com as 20 novas viaturas turas descaracterizadas entregues, pela Secretaria da facilitam bastante o traSegurança Pública (SSP). balho de investigação, na Dotados de sistema GPS, escuta de testemunhas e que permite o monitora- no acesso a diversos lomento em tempo real, os cais. E quem vai lucrar veículos (Clio Renault 1.6, com isso é a sociedade", quatro portas) vão servir afirmou o delegado-chefe a 18 delegacias de Salva- da Polícia Civil, Joselito Bispo, durante a entrega. Mais 150 veículos Segundo o secretário da Segurança Pública, César Nunes, já está prevista uma nova licitação para a aquisição de mais 150 veículos para reforçar a frota da Polícia Civil. "Nossa meta é oferecer à população uma polícia cada vez mais forte e bem equipada", falou o secretário Nunes. Fonte: Agecom ANUNCIE AQUI! Solicite a visita dos nossos corretores. Tel: (71) 8768 - 8323 paginadepolicia@paginadepolicia. PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Mulheres ampliam atuação na Segurança Pública Participação feminina vem se consolidando em uma área considerada reduto dos homens Há alguns anos, numa rápida observação pelas ruas da cidade, era raro encontrar a presença de uma policial feminina. No comando de uma delegacia, a situação se tornava ainda mais improvável, pois essa era uma área que parecia ser de atuação exclusiva dos homens. Mas os tempos mudaram. E com eles, também a participação das mulheres que trabalham na área da segurança pública, policiais militares femininas e mulheres atuando na Polícia Civil, em áreas administrativas e de investigação. Houve um crescimento considerável e a tendência é de abertura e de concorrência da mulher em igualdade de condições com os homens. Hoje, por exemplo, o número de delegadas é bem maior e a aceitação desse fato é total. Já é comum ver várias mulheres na linha de frente. A cada concurso, a cada contratação, percebemos que o número de mulheres vêm aumentando. As policiais conquistaram respeito no ambiente de trabalho, a tão propalada sensibilidade feminina chega até a ajudar no dia-a-dia da profissão, assegurando um atendimento mais humanizado. Tempos atrás, como o número de delegadas era pequeno no Estado, as mulheres eram designadas quase exclusivamente para as áreas de atuação da Delegacia de Proteção a Mulher (DPM). Com o crescimento das mulheres no quadro da polícia, hoje temos policiais civis mulheres em delegacias circunscricionais, especializadas, plantões, e outras áreas. Do salto alto ao coturno Não só o número de mulheres aumentou, mas também o papel das policias militares femininas foi se transformando ao longo dos anos, na opinião da sargento Maria Helena. “Eu sou de um tempo que as policiais usavam saia, sapatinho, meia-fina e uma bolsa do lado, com os apetrechos. Estávamos sempre com um batom na bolsa”, descreve. Segundo ela, na ocasião, as mulheres exerciam mais um papel assistencial dentro da corporação. Hoje, elas atuam nas ruas e, inclusive, participam de confrontos de risco, se necessário. Na vestimenta, o salto alto, a saia e a bolsa foram substituídos pelo coturno, a calça e o revólver calibre 38. “Antes o homem usava arma e a mulher não. Então o grupo masculino protegia o feminino”, diz. “Hoje a gente trabalha de igual para igual com os homens. E essa mudança não amedrontou as mulheres”, garante. Apesar de enfrentar situações limite e conviver lado a lado com a violência, a sargento conta que as policiais levam uma vida comum. “Antes de chegar aqui, colocar minha farda, eu cuido da minha casa e das minhas coisas. Inclusive eu estava olhando hoje a minha unha e disse: poxa vida! está faltando um pouco de esmalte”, brinca. Mulheres ampliam atuação na Segurança Pública Participação feminina vem se consolidando em uma área considerada reduto dos homens terr itór ios tradicionalmente masculinos, como nas corporações militares. No alto escalão militar A maioria das policiais militares femini- é crescente nas têm nível superior e pós-graduação a presença de oficiais A mulher vem se firmando femininos. O contingente cada vez mais no mercado feminino da Polícia Militar de trabalho, ocupando carda Bahia, por exemplo, é o gos de comando e sendo maior do Brasil em termos chefes de família. É o que proporcionais, corresponindica as análises da Pesquidendo a 14% do efetivo da sa Nacional por Amostra PM baiana, o que equivale de Domicílio (Pnad). a 3.800, do total da corpoPercebe-se uma presença ração – 27 mil. substancial da mulher em A escolaridade da PM feminina baiana é mais elevada do que a masculina e também segue a tendência dos outros setores, onde a mulher vem se impondo. De acordo com o assessor de comunicação da PM, coronel André Souza Santos, a maioria das policiais militares femininas têm nível superior e pós-graduação. Quando da implantação da polícia de cavalaria feminina, na Bahia, em 1996, se apostou na força da mulher e na capacidade delas de executar tarefas reservadas ao mundo masculino. Segundo o coronel André Souza, o resultado foi positivo. "Elas surpreenderam. São mais compromissadas, detalhistas e, acima de tudo, agem com equilíbrio e sensibilidade em situações de conflito", ressaltou. Apoio psicossocial A capitã Denice Santiago resume o pensamento do coronel. Ela foi da primeira turma da Academia Militar a se formar, aos 37 anos. Casada e mãe de uma filha de 7 anos, não se acomodou com seu posto de oficial. Preocupada com os altos índices de depressão entre suas colegas de farda, resolveu fundar o Centro de Referência Maria Felipa para dar apoio e assistência psicossocial ao segmento da Polícia Militar Feminino. O centro funciona há dois anos, na unidade de recursos humanos da PM, nos Barris. Realiza estudos relativos à saúde ocupacional da policial, oferece suporte Capitã Denice Santiago PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 em assuntos de gênero no âmbito da instituição e orientação para combater todas as formas de discriminação. Apesar das conquistas dentro da corporação, as PMF ainda se sentem discriminadas por uma parcela da sociedade. “Ser uma mulher já descaracteriza a profissional da PM feminina. Por isso, temos que nos impor dia-a-dia”, declara Denice. “Somos bem aceitas pelo público infantil e pelos idosos. Os jovens de um modo geral nos descredibiliza, pois só reconhecem nosso valor quando mostramos nossa força”, revela a soldado Andréia Dórea. A Companhia de Polícia Militar Feminina foi criada em 12 de outubro de 1989, sob a égide da Constituição de 1988, que ratificou uma Dicas de segurança na saúde verdade universal: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Maria Felipa Símbolo de resistência, coragem e luta feminina, Maria Felipa, mulher de origem humilde, liderou, em 1823, dezenas de ho- mens, mulheres e índios na queima de 42 embarcações que estavam aportadas na praia do Convento, em Itaparica, para atacar Salvador. É conhecida como a primeira heroína negra da independência da Bahia. Policiais são elogiados Portaria publicada no Diário Oficial, edição de 26 de novembro, o Secretário da Segurança Pública, elogia os 34 policiais que participaram das investigações referente a chacina ocorrida em Mussurunga, em 07 de junho, passado, tendo como autores um grupo de dez pessoas e cuja ação resultou na morte de sete pessoas, sem qualquer envolvimento com a criminalidade, cujas mortes tiveram repercussão na imprensa nacional. As investigações resultaram na detenção de diversas pessoas, sendo que dez foram indiciadas e presas. Na portaria o secretário, enaltece o trabalho da equipe que, segundo ele, teria sido executado de “forma brilhante” e respaldado em princípios legais. Confira ELOGIAR, publicamente os policiais abaixo relacionados que, dotados da mais elevada consciência profissional e em prol de um ideal maior, participaram das operações policiais que culminaram nas prisões dos autores do múltiplo homicídio ocorrido no dia 07 de junho do presente ano, no bairro de Mussurunga, nesta Capital – Chacina de Mussurunga. As operações foram executadas de forma brilhante e respaldadas em princípios legais, gerando a obtenção de provas materiais irrefutáveis, que levaram à identificação da autoria e prisão de todos os dez acusados, demonstrando também capacidade de pronta resposta e coragem de enfrentar missões complexas e de grande risco sem deflagrar um único disparo. MAURÍCIO TELES BARBOSA, ADAÍLTON VIDAL MOTA, ANTÔNIO COSME SANTOS DE JESUS, ANTÔNIO JORGE DOS SANTOS, ARI SANTANA, BERNARDO DOS SANTOS, JOSÉ CARLOS GONÇALVES TEIXIERA, LOZAK SOARES DA SILVA, LUCIANO DE ALMEIDA, LUSINETE CAMPOS DOS SANTOS, MAURO ROBERTO SAMPAIO SIMÕES, NADINE SANTOS DE MATOS, NIVIA GOMES DOS SANTOS, SILVIO DA SILVA RIBEIRO, ANTÔNIO RICARDO DE ASSIS SANTOS, ENALDO ARAÚJO RODRIGUES JÚNIOR, YURI BARBOSA DE CARVALHO, NESTOR GARRIDO MARTINEZ JÚNIOR, ANDERSON SACRAMENTO SANTOS, CARLOS ALBERTO VIEIRA BISPO, CÍNTIA GOMES RIBEIRO, ÉLCIA DIAS DE FREITAS , JEAN ROBISON PAIM SUEIRO SANTOS, WELLISVALDA NASCIMENTO DA SILVA, ROSIMAR MALAFAIA MENEZES, GABRIELA MACEDO ALVES DOS SANTOS, AUGUSTO CEZAR MOTA URPIA, PAULO SÉRGIO SILVA BRASA, CLOVES SANTANA M DIAS, GEOGE FREITAS DE VASCONCELOS, MARCOS ANTÔNIO DA SILVA SPINOLA, WELLINGTON SOUZA DA SILVA, ANDRÉ LUÍS SANTANA DE OLIVEIRA. PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Abin x PF Pacto contra irregularidades de agentes pela Abin, Wilson Trezza afirmou. “Existe uma con- As duas instituições estiver- pé de guerra. cio), Luís Alberto Salaberry Realizada na (diretor adjunto) e Carlos e o próprio GSI (Gabinete pois que a PF realizou busca reunião durou tamento de Integração do se agilize os processos de in- agência, da qual foi cap- final as duas Corrêa, estiveram presentes rem paralelos, a fim de punir material digital, incluindo firmaram Crime deixou os dois am à beira do confronto de- (diretor-geral em exercí- vergência entre a PF e Abin sede da PF, a Ataídes (diretor do Depar- de Segurança Institucional), e apreensões em instalações no sentido de que se apure e da Abin e de agentes da uma hora e ao Sisbin). Pela PF, além de vestigação internos, que cor- turada farta quantidade de instituições o diretor de Combate ao eventuais responsáveis. supostamente informações pacto para sal- berto Troncon, o diretor de nacional. O pois que a PF realizou busca servidores envolvidos em ir- e o diretor de Pessoal, Luiz Justiça, Tar- da Abin e de agentes da tos grampos ilegais contra Segundo Corrêa, ficou pac- disse ada farta quantidade de ma- ciais ou arapongas. tuições que não haverá o nesta terça- A Polícia Federal e a Agên- de policial ou agente, será os eventuais responsáveis. juiz Ali Juiz (Abin) realizaram no dia diretor-geral da PF, delega- fora do alcance. Se ficar pro- para órgãos As duas instituições estiver- em um Organizado, Ro- de segurança am à beira do confronto de- var a investigação e punir Inteligência, Daniel Lorenz ministro da e apreensões em instalações regularidades, como supos- Pontel de Souza. so agência, da qual foi captur- autoridades, sejam eles poli- tuado entre as duas insti- telefonou “Se houve conduta ilícita menor problema em punir feira para o cia Brasileira de Inteligência apurado e punido”, disse o “Nenhuma instituição está Mazloum 18/11, uma reunião para do Luiz Fernando Corrêa, vado que qualquer desvio em entrevista. Além dele, de conduta associado à atu- terial digital. superar a crise em torno da Operação Satiagraha, que participaram do encontro, ação da PF será alcançado”, que Genro, que pedir agen- tes da Abin participem da perícia. PLANTÃO DE POLÍCIA – Março/Abril 2009 Sorrir vale a pena Os amigos médicos que me perdoem, mas é a triste realidade.... 1 - Se você não sabe o que tem, dê VOLTAREN; 2 - Se você não sabe o que viu, dê BENZETACIL; 3 - Apertou a barriga e fez ‘ahn’, dê BUSCOPAN; 4 - Caiu e passou mal, dê GARDENAL; 5 - Tá com uma dor bem grandona? Dê DIPIRONA; 6 - Se você não sabe o que é bom, dê DECADRON; 7 - Vomitou tudo o que ingeriu, dê PLASIL; 8 - Se a pressão subiu, dê CAPTOPRIL; 9 - Se a pressão deu mais uma grande subida, dê FUROSEMIDA! 10 - Chegou morrendo de choro, passe um SORO. E mais: Arritmia doidona, dê AMIODARONA... Pelo não, pelo sim, dê ROCEFIN. Não esquecendo que o diagnóstico é quase sempre VIROSE!!! OAB defende controle externo da Polícia Federal O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, sugeriu a criação de um controle social e externo sobre a Polícia Federal, a exemplo do que já existe para o Judiciário e o Ministério Público. Segundo ele, o objetivo é minimizar as brigas internas na PF e também as externas, com membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). “É preciso ter um controle social numa atividade que é importante para combater o crime. A sociedade tem interesse nisso e é o que a OAB está a propor e a discutir aqui no evento.” A afirmação foi feita por Britto na abertura da XX Conferência Nacional dos Advogados, no dia (11/11), em Natal. “Uma das propostas da OAB no Congresso Nacional é criarmos um controle social sobre a Polícia, nos moldes do que já existe em termos de controle da magistratura e do Ministério Público, para que ela não se sujeite ao controle do Executivo, mas, ao mesmo tempo, não tenha uma autonomia suficiente para que essas brigas interpes- conflito de vaidades, que é diferente do conflito jurisprudencial, tem acontecido fortemente nessas institu- Cezar Brito, Presidente nacional da OAB soais interfiram nas rela- ições”. ções”, explicou Para Cezar Britto, o fato gera uma sensação de imBritto falou também dos punidade muito forte para conflitos no Judiciário e o Brasil. Ele ressaltou que disse que o cidadão não se o povo precisa de seguransente tranqüilo com a situ- ça para compreender que a ação. De acordo com ele, as Justiça é fundamental e se instituições são fundamen- deve confiar nos órgãos entais para trazer segurança, carregados de aplicá-la. “mas o conflito pessoal, o Exame de Ordem O presidente da OAB também faltou da falta de qualificação dos bacharéis no país. Para ele, é uma verdadeira tragédia brasileira. “As pessoas buscam a ascensão social pelo saber, procuram instituições que fornecem esse saber e descobrem, depois de anos, que o saber fornecido não serve para nada. Não há no Brasil a profissão de bacharel em Direito. Quem não tem qualidade não passa no Exame de Ordem, não passa em concurso de magistratura, não passa em concurso nenhum, e depois se vê vítima do estelionato educacional.” Britto destacou que a unificação do Exame pode ajudar na qualidade dos profissionais. Ele disse que a OAB está aplicando a mesma prova no país todo e que já há um currículo mínimo nas instituições de ensino. Com base nesse currículo, a instituição vai fazer uma avaliação nacional do ensino jurídico. O objetivo, segundo ele, é colher dados para servir de parâmetro para que o MEC fiscalize a qualidade da educação. “As informações permitem que aquele que quer ascender socialmente pelo saber tenha um quadro comparativo das instituições de ensino. Como estamos divulgando, as boas instituições de ensino aprovam de 80% a 90% dos inscritos, mas nós temos instituições que, infelizmente, reprovam 80%, 90%, até 100% dos inscritos.” Fonte: Conjur Corregedores da SSP discutem proposta de unificação Com o objetivo de discutir e formatar uma proposta de modernização e unificação do sistema correicional da Secretaria da Segurança Pública, foi instituída no dia 20 de outubro, por iniciativa do Secretário da Segurança Pública, César Nunes, a Comissão formada por Corregedores da SSP. Constituída através da Portaria nº 750 de 13 de outubro, os trabalhos começaram no dia 20 de outubro e terminarão no dia 12 de dezembro. A Comissão é composta e presidida pelo Corregedor-Geral da SSP, Bel. Nelson Gaspar Alvares Pires Neto, pelo Corregedor-Chefe da Polícia Civil, Bel. Jorge de Menezes Monteiro, pelo Corregedor-Geral da Polícia Militar, Cel. PM Wilson Raimundo Dultra Pereira, pelo Corregedor do Departamento de Polícia Técnica, Bel. Jorge Braga Barretto e é secretariada pelo Maj. PM Daniel da Silva Santos Jr. Na reunião do dia 25 de novembro, a Comissão considerou concluída a minuta do Projeto de Lei de criação da Corregedoria Única e deliberou que nas próximas reuniões, que acontecem sempre às terças-feiras, passará a ser discutida a minuta do Decreto que deverá regulamentar a Lei de criação da Corregedoria Única. Fonte: por ASCOM-DPT Da dir. para esq. Bel. Nelson Gaspar, Bel. Jorge Barretto, Maj. Daniel Santos, Bel. Jorge Monteiro e Cel. Wilson Dultra