UNITED STATES SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION WASHINGTON, D.C. 20549 FORMULÁRIO 20-F X RELATÓRIO ANUAL DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 REFERENTE AO EXERCÍCIO FISCAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 Número de registro na Comissão 1-15018 Fibria Celulose S.A. (Razão social exata da Companhia Declarante, conforme especificada em seu Estatuto Social) N/A (Tradução da razão social da Companhia Declarante para o inglês) República Federativa do Brasil (Foro de incorporação ou de constituição) Rua Fidêncio Ramos, 302, 3º andar 04551-010, São Paulo, SP, Brasil (Endereço da sede social) Guilherme Perboyre Cavalcanti Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores Telefone: (55 11) 2138-4565 Fax: (55 11) 2138-4065 Email: [email protected] (Nome, Telefone, E-mail e/ou número de Fax e Endereço da Pessoa de Contato da Companhia) Valores Mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com o Artigo 12(b) da Lei. Designação de cada classe: Ações Ordinárias, sem valor nominal American Depositary Shares (conforme comprovadas por American Depositary Receipts), cada uma representa uma Ação Ordinária Nome de cada bolsa de valores em que estão registradas: Bolsa de Valores de Nova York* Bolsa de Valores de Nova York * Não destinadas para negociação, porém apenas com relação ao registro na Bolsa de Valores de Nova York de American Depositary Shares que representam essas ações ordinárias. Valores Mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com o Artigo 12(g) da Lei: Não há Valores Mobiliários com relação aos quais há obrigação de divulgação de acordo com o Artigo 15(d) da Lei: Não há O número de ações em circulação de cada classe de ações da Fibria Celulose S.A. em 31 de dezembro de 2014: 553.934.646 Ações Ordinárias Indique com um X se a companhia declarante é uma emissora conhecida e experiente, conforme definido na Regra 405 do Securities Act. X Sim Não Se este for um relatório anual ou intermediário, indique com um X se a companhia declarante não é obrigada a entregar relatórios de acordo com o Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934. Sim X Não Observação – A indicação do X acima não isentará nenhuma companhia declarante que deve registrar relatórios de acordo com o Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 de cumprir suas obrigações nos termos desses Artigos. Indique com um X se a companhia declarante (1) registrou todos os relatórios exigidos pelo Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 durante os últimos 12 meses (ou em um período mais curto em que a companhia declarante teve de registrar tais relatórios), e (2) esteve sujeita a essas exigências de registro nos últimos 90 dias. x Sim Não Indique com um X se a companhia declarante apresentou eletronicamente e publicou em seu website corporativo, se houver, todos os Arquivos de Dados Interativos que devem ser apresentados e publicados de acordo com a Regra 405 do Regulamento S-T (§232,405 deste capítulo) durante os últimos 12 meses (ou em um período mais curto em que a companhia declarante teve de apresentar e publicar tais relatórios). Sim X Não Indique com um X se a companhia declarante é uma large accelerated filer, uma accelerated filer, ou uma non-accelerated filer. Vide definição de “accelerated filer e large accelerated filer” na Regra 12b-2 do Exchange Act. (Marque um): Large accelerated filer X Accelerated filer Non-accelerated filer Indique com um X qual método contábil a companhia declarante utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório: U.S. GAAP [] Normas Internacionais de Contabilidade, conforme emitidas pelo International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade).X Outro [] Se este for um relatório anual, indique com um X se a declarante é uma companhia shell (companhia sem ativos ou operações registrados) (conforme definido na Regra 12b-2 do Exchange Act). Sim X Não ÍNDICE Página ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E ASSESSORES 5 ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO 5 ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES 5 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A FIBRIA 30 ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO ESCLAREICDOS DA EQUIPE 74 ITEM 5. REVISÃO E PROSPECTOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS 74 ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E FUNCIONÁRIOS 110 ITEM 7. ACIONISTAS MAJORITÁRIOS E OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 120 ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS 123 ITEM 9. A OFERTA E LISTAGEM 130 ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS 132 ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO 146 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E OUTROS ALÉM DE TÍTULOS PATRIMONIAIS 151 ITEM 13. INADIMPLEMENTO, DIVIDENDO EM ATRASO E MORA 151 ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS NOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E DESTINAÇÃO DOS RECURSOS 151 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS 151 ITEM 16A. ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA 152 ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA 152 ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DO PRINCIPAL AUDITOR 153 ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM PARA OS COMITÊS DE AUDITORIA 154 ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELA EMISSORA E PELAS COMPRADORAS AFILIADAS 154 ITEM 16F. MUDANÇAS NA CERTIFICAÇÃO DE REGISTRO DO AUDITOR 154 ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA 154 ITEM 16H. DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DAS MINAS 156 ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 156 ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 156 ITEM 19. ANEXOS 157 INTRODUÇÃO Todas as referências neste relatório anual: à “Fibria”, “nós”, “nosso”, “nos” e à “Companhia” correspondem à Fibria Celulose S.A. (antiga Votorantim Celulose e Papel S.A.) e às suas subsidiárias consolidadas (exceto se de outra forma exigido pelo contexto); ao “Grupo Votorantim” refere-se ao grupo de empresas controladas pela família Ermírio de Moraes; à “Votorantim Participações S.A.” ou “VPar”, referem-se à holding que controla duas áreas dos negócios do Grupo: Votorantim Industrial e Votorantim Finanças, cada uma delas contendo uma ou mais unidades de negócios; à “Votorantim Industrial S.A.”, ou “VID,” correspondem a uma de nossas acionistas controladoras, subsidiária da VPar; à “Aracruz” referem-se à Aracruz Celulose S.A. e às suas subsidiárias; à “Aquisição da Aracruz” correspondem à nossa aquisição de 100% da participação acionária na Aracruz em decorrência (1) da aquisição, pela Fibria, no primeiro semestre de 2009, (a) da Arapar S.A., ou Arapar, e da São Teófilo Representações e Participações S.A., ou São Teófilo, cujos únicos ativos consistiam de 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto da Aracruz, e (b) de 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto da Aracruz dos Srs. Joseph Yacoub Safra e Moises Yacoub Safra, ou a Família Safra, (2) da aquisição de 13.828.307 ações ordinárias da Aracruz, representando 3,04% das ações ordinárias em circulação da Aracruz e 1,34% do capital social total da Aracruz, na oferta pública obrigatória lançada pela Fibria em 1º de julho de 2009, (3) da aquisição de 56.880.857 ações ordinárias da Aracruz do BNDES em 27 de maio de 2009, e (4) da Incorporação por meio de Permuta de Ações, conforme descrito no Item 4. Informações sobre a Fibria – A. História e Desenvolvimento da Fibria; ao “BNDES” correspondem ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social controlado pelo governo federal; à “BNDESPar” correspondem à BNDES Participações S.A., subsidiária integral do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social controlado pelo governo federal; à “família Ermírio de Moraes” correspondem às famílias de Antônio Ermírio de Moraes, Ermírio Pereira de Moraes, Maria Helena de Moraes Scripilliti e José Ermírio de Moraes (em memória); ao “governo brasileiro” correspondem ao governo federal da República Federativa do Brasil e seus órgãos; a “Real”, “Reais” ou “R$” correspondem a reais brasileiros, a moeda oficial do Brasil; a “US$”, “Dólares” ou “Dólares norte-americanos” referem-se a dólares norte-americanos; a “tonelada” e “TM” correspondem a uma tonelada métrica (1.000 quilogramas). Um quilograma equivale a aproximadamente 2,2 libras; a “quiloton” referem-se a mil toneladas métricas (1.000 toneladas); à “BEKP” correspondem à celulose branqueada de eucalipto; às “ADSs” referem-se às American Depositary Shares da Companhia, cada uma representando uma de nossas ações ordinárias; à “CVM” correspondem à Comissão de Valores Mobiliários do Brasil; ao “Banco Central” correspondem ao Banco Central do Brasil, a autoridade monetária do país; ii à “VCP” correspondem à Votorantim Celulose e Papel S.A. ou à Fibria antes da incorporação da Aracruz; à “Fibria Trading” correspondem à Fibria Trading International Ltd.; à “Fibria - MS” correspondem à Fibria - MS Celulose Sul Matogrossense; à “Portocel” correspondem à uma instalação portuária no estado do Espírito Santo, que é operada pela Portocel Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A., uma joint venture entre a Fibria e a Celulose Nipo-Brasileira S.A.CENIBRA; à “Parkia”correspondem a Parkia Participações S.A. à “Comissão” referem-se à Comissão de Valores Mobiliários; aos “US GAAP” referem-se aos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos; às “IFRS” referem-se às Normas Internacionais de Contabilidade, conforme expedidas pelo International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB); à “NYSE” referem-se à Bolsa de Valores de Nova York; e à “BM&FBOVESPA” referem-se à Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros S.A., a bolsa de valores brasileira. Conforme utilizado neste relatório anual, um hectare corresponde a aproximadamente 2,471 acres e um quilômetro corresponde a aproximadamente 0,621 milha. As referências neste relatório anual a capacidade de produção nominal ou capacidade de produção significam a capacidade projetada anual para qual a instalação foi projetada, operando em condições ideias, 24 horas por dia, 365 dias por ano, e sujeita a reduções nas taxas de produção para manutenção programada apenas. A capacidade de produção efetiva poderá variar dependendo das condições operacionais, dos tipos de celulose produzidos e de outros fatores. APRESENTAÇÃO DE DADOS FINANCEIROS E OUTROS DADOS Preparamos nossas demonstrações financeiras consolidadas em e referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 2013 e 2012 incluídas neste relatório de acordo com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) do Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board – IASB). As informações financeiras selecionadas devem ser lidas juntamente com nossas demonstrações financeiras consolidadas, incluindo as notas explicativas correspondentes, incluídas neste relatório anual. O Real é a nossa moeda funcional e de todas as nossas subsidiárias, e também é a moeda utilizada para preparar e apresentar as demonstrações financeiras consolidadas. Fazemos declarações neste relatório anual sobre nossa posição competitiva e participação de mercado, e sobre o tamanho do mercado do setor de celulose. Fizemos essas declarações com base em estatísticas e outras informações de terceiras fontes que acreditamos serem confiáveis. Extraímos essas informações de terceiros principalmente de relatórios mensais publicados pela Bracelpa - Associação Brasileira de Celulose e Papel, pela RISI (Resource Information Systems Inc.), pela PPPC (Conselho de Produto de Celulose e Papel), pela Brian McClay, Poyry e pela Hawkins Wright, todas empresas de consultoria especializadas no mercado de celulose. Embora não tenhamos motivos para acreditar que quaisquer dessas informações ou desses relatórios sejam imprecisos em qualquer aspecto relevante, não verificamos de modo independente os dados sobre a posição competitiva, a participação no mercado, o tamanho ou crescimento do mercado fornecidos por terceiros, pelo setor ou por publicações gerais. CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTIMATIVAS E PROJEÇÕES Este relatório anual inclui considerações sobre estimativas e projeções, principalmente no "Item 3. Principais Informações – D. Fatores de Risco”, “Item 4. Informações sobre a Fibria – B. Visão Geral do Negócio” e Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras”. Baseamos essas considerações sobre estimativas e projeções principalmente em nossas expectativas atuais sobre eventos futuros e tendências financeiras que afetam nosso negócio. Essas considerações sobre estimativas e projeções estão sujeitas a riscos, incertezas e premissas, incluindo, dentre outros: iii nossa direção e operação futura; a implementação de nossas principais estratégias operacionais; incluindo nossa possível participação em operações de aquisição ou de joint venture ou outras oportunidades de investimentos; condições econômicas, políticas e de negócios gerais, no Brasil e em nossos principais mercados de exportação; tendências da indústria, nível geral de demanda e mudança nos preços de mercado dos nossos produtos; regulamentações governamentais existentes e futuras, incluindo leis e regulamentos tributários, trabalhistas, previdenciários e ambientais, e tarifas de importação no Brasil e em outros mercados em que operamos ou para o qual exportamos nossos produtos; a natureza competitiva dos setores em que operamos; nosso nível de capitalização, incluindo os níveis de nosso endividamento e alavancagem geral; o custo e a disponibilidade de financiamento; nosso cumprimento das avenças contidas nos instrumentos que regem nosso endividamento; a implementação de nossa estratégia de financiamento e de planos de investimentos em bens de capital; inflação e flutuações nas taxas de câmbio, incluindo o real e o Dólar; processos judiciais e administrativos do qual somos ou nos tornarmos uma parte; a volatilidade dos preços das matérias-primas que vendemos ou compramos para utilizar em nosso negócio; outras declarações contidas neste relatório anual que não sejam históricas; e outros fatores ou tendências que afetam nossa condição financeira ou os resultados operacionais, incluindo os fatores identificados ou discutidos no “Item 3. – Principais Informações – D. Fatores de Risco” As palavras “prever”, “acreditar”, “continuar”, “poder”, “estimar”, “esperar”, “desejar”, “pretender”, “poderá” “dever”, “seria”, “será” “entender” e similares têm por objetivo identificar considerações sobre estimativas e projeções. Não assumimos nenhuma obrigação de atualizar publicamente ou de revisar quaisquer considerações sobre estimativas e projeções em função de novas informações, de eventos futuros ou de qualquer outra forma. À luz desses riscos e incertezas, as informações, eventos e circunstâncias sobre o futuro discutidos neste relatório anual podem não ocorrer e não são garantia de desempenho futuro. Nossos resultados e desempenho reais podem ser substancialmente diferentes. iv PARTE I ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E ASSESSORES Não aplicável. ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO Não aplicável. ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES A. Dados Financeiros Selecionados Resumo de Dados Operacionais e Financeiros segundo as IFRS A tabela a seguir apresenta um resumo de nossos dados operacionais e financeiros selecionados nas datas e referentes a cada um dos períodos indicados. As informações a seguir devem ser lidas juntamente com nossas demonstrações financeiras consolidadas, incluindo as respectivas notas explicativas, incluídas neste relatório anual, “Apresentação dos Dados Financeiros e Outros Dados” e “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras”. 5 DEMONSTRAÇÃO DE LUCRO OU PREJUÍZO CONSOLIDADO Ano findo em 31 dezembro 2014 Ano findo em 31 dezembro 2013 Ano findo em 31 dezembro 2012 Ano findo em 31 dezembro 2011 Ano findo em 31 dezembro 2010 (em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma) 6.174.373 5.854.300 6.283.387 Receitas ...................................................... 7.083.603 6.917.406 Custo de vendas .......................................... (5.545.537) (5.382.688) (5.237.258)(5.124.269) (4.694.659) 937.115 730.031 1.588.728 Lucro bruto ............................................... 1.538.066 1.534.718 Receitas (despesas): Venda, geral e administrativa ..................... (650.836) (647.669) (584.054) (605.353) (593.744) Perdas patrimoniais do associado ............... (622) — (592) (414) (7.328) Outras receitas (despesas), líquida .............. 770.007 118.549 823.398 175.729 354.026 253.395 (230.620) (352.372) (7.499) (608.571) Lucro antes do resultado financeiro e 706.495 377.659 980.157 despesas ................................................. 1.656.615 1.710.447 Resultado financeiro ................................... 133.950 110.723 167.646 217.000 374.426 Despesas financeiras ................................... (1.040.597) (1.016.526) (944.405) (873.005) (1.192.532) Resultado dos instrumentos de derivativo financeiro, líquido ................................... (6.236) (215.313) (184.465) (276.877) 152.284 Ganho (prejuízo) de taxa de câmbio, líquido ...................................................... (721.842) (932.907) (735.001) (935.789) 301.604 (1.634.725) (2.054.023) (1.696.225)(1.868.671) (364.218) Receita (Prejuízo) de transações 21.890 (343.576) (989.730)(1.491.012) 615.939 contínuas antes de imposto de renda .. Imposto de renda (despesa) circulante ........ (46.280) (619.606) (42.167) 67.835 59.627 Imposto de renda (despesa) diferido ........... 186.942 265.600 333.927 314.408 (146.924) Resultado (Prejuízo) líquido de 162.552 (697.582) (697.970)(1.108.769) 528.642 operações contínuas .............................. Transações descontinuadas ....................... Imposto de operações descontinuadas ........ Despesa de imposto de renda, líquido ........ Receita líquida de operações descontinuadas ........................................ Receita (prejuízos) líquida ....................... Receita (prejuízo) líquido atribuível aos acionistas da Companhia — operações contínuas .................................................. Receita líquida atribuível aos acionistas da Companhia — operações descontinuadas ............................................ Receita líquida atribuível à participação não controladora .................................... Receita (prejuízo) líquida .......................... Remuneração (prejuízo) básica por ação ou ADSs (em Reais brasileiros) (1): Operações contínuas ................................... Operações descontinuadas .......................... Remuneração (prejuízo) diluída por ação ou ADSs (em Reais brasileiros) (1): Operações contínuas ................................... Operações descontinuadas .......................... Média ponderada do número de ações em circulação (em milhares): ............... Dividendos e juros atribuíveis ao capital por ação (em Reais brasileiros) ............ — — — — — — 364.629 (123.974) 112.897 (38.385) — 162.552 — (697.582) — 240.655 (697.970) (868,114) 74.512 603.154 155.584 (706.422) (704.706)(1.113.277) 524.134 — — — 240.655 6.736 4.508 (697.970) (868.114) 74.512 6.968 162.552 8.840 (697.582) 4.508 603.154 0,28 — (1,28) — (1,34) — (2,38) 0,51 1,12 0,15 0,28 — (1,28) — (1,34) — (2,38) 0,51 1,12 0,15 553.592 553.592 524.925 467.592 467.721 0.07 — — — 0,30 6 Dividendos e juros atribuíveis ao capital por ação (em dólares norte americanos) (2): .................................... 0.03 — — — (1) Baseado no valor médio ponderado do número de ações em circulação para cada ano. (2) Valor convertido a uma taxa media por ano em Dólares Norte Americanos para a sua conveniência. Você não deve interpretar essa conversão como declarações de que o valor do Real, na verdade, representa esses valores em Dólares Norte Americanos ou poderiam ser convertidos em Dólares Norte Americanos às taxas indicadas ou a qualquer outra taxa. 7 0,17 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO (em milhares de Reais) Em 31 de dezembro 2014 Ativos Circulantes Caixa e equivalentes de caixa ................ Valores mobiliários ............................... Instrumentos derivativos financeiros ...... Contas a receber de clientes, líquida ...... Contas a receber – terra e prédios vendidos.............................................. Estoque .................................................. Impostos a recuperar .............................. Ativos detidos para venda ...................... Outros ativos .......................................... Em 31 de dezembro 2013 Em 31 de dezembro 2012 Em 31 de dezembro 2011 Em 31 de dezembro 2010 461.067 1.271.752 943.856 381.915 431.463 682.819 1.068.182 2.351.986 1.677.926 1.640.935 29.573 22.537 18.344 31.638 80.502 538.424 382.087 754.768 945.362 1.138.176 — 902.584 — — — 1.238.793 1.265.730 1.183.142 1.178.707 1.013.841 162.863 201.052 209.462 327.787 282.423 — 589.849 589.849 644.166 1.196.149 147.638 103.228 194.526 108.062 115.165 3.261.177 5.807.001 6.245.933 5.295.563 5.898.654 Não circulante Valores mobiliários ................................ Instrumentos derivativos financeiros ...... Recebíveis de partes relacionadas ......... Impostos diferidos ................................. Impostos a recuperar .............................. Adiantamento para fornecedores ........... Depósitos judiciais ................................. Ativos detidos para venda....................... Outros ativos .......................................... Investimentos ......................................... Ativos biológicos ................................... Ativo imobilizado .................................. Intangíveis ............................................. 51.350 48.183 — — — 161.320 71.017 26.475 43.446 52.470 7.969 7.142 6.245 5.469 5.307 1.190.836 968.116 879.606 995.368 1.330.614 1.752.101 743.883 657.830 677.232 590.967 695.171 726.064 740.310 760.611 693.490 192.028 197.506 157.567 137.060 110.364 598.257 — — — — 91.208 252.135 172.612 95.060 145.768 79.882 46.922 40.674 7.506 8.301 3.707.845 3.423.434 3.325.604 3.264.210 3.550.636 9.252.733 9.824.504 11.174.561 11.841.247 12.979.431 4.552.103 4.634.265 4.717.163 4.809.448 4.906.443 22.332.803 20.943.171 21.898.647 22.636.657 24.373.791 Total ativos ................................................ 25.593.980 26.750.172 28.144.580 27.932.220 30.272.445 Em 31 de dezembro 2014 Em 31 de dezembro 2013 Em 31 de dezembro 2012 Em 31 de dezembro 2011 Em 31 de dezembro 2010 Passivos e patrimônio líquido Circulantes Empréstimos e financiamento .............. Contas a pagar ...................................... Salário, participação de lucro e encargos relacionados ....................... Impostos a pagar ................................... Instrumentos derivativos financeiros ..... A pagar – aquisição da Aracruz ............. Passivos relacionados aos ativos detidos para venda ............................ Dividendos a pagar ............................... Outros a pagar ....................................... 965.389 2.972.361 1.138.005 1.092.108 593.348 586.541 435.939 373.692 623.684 424.488 135.039 56.158 185.872 — 129.386 55.819 106.793 — 128.782 41.368 54.252 — 134.024 121.691 53.463 63.436 163.534 — — 1.440.676 — 38.649 124.775 470.000 2.374 125.081 470.000 2.076 204.833 — 1.520 142.367 95.926 266.300 156.135 2.099.230 4.448.355 2.475.255 1.960.708 3.192.336 8 Em 31 de dezembro 2014 Não circulante Empréstimos e financiamento ............ Instrumentos derivativos financeiros ... Impostos a pagar ................................. Impostos diferidos .............................. Partes relacionadas a pagar ................. Provisão para contingências ............... A pagar – aquisição da Aracruz .......... Passivos relacionados ao ativos detidos para venda .......................... Outros a pagar ..................................... Em 31 de dezembro 2013 7.361.130 6.800.736 422.484 451.087 124 159 266.528 235.896 — — 144.582 128.838 — — 477.000 207.197 — 193.847 Em 31 de dezembro 2012 Em 31 de dezembro 2011 9.629.950 10.232.309 263.646 125.437 77.665 76.510 227.923 739.878 — — 104.813 101.594 — — — 194.521 — 163.096 Em 31 de dezembro 2010 9.957.773 — 75.365 1.222.360 — 265.392 — — 151.634 8.879.045 7.810.563 10.498.518 11.438.824 11.672.524 Total passivos ......................................... Patrimônio líquido Capital social ...................................... Reserva de capital social ..................... Ações em tesouraria ........................... Reservas estatutárias ........................... Outras reservas ................................... Participação atribuível aos acionistas da Companhia .................................. Participação atribuível à participação dos não controladores ..................... 10.978.275 12.258.918 12.973.773 13.399.532 14.864.860 9.729.006 9.729.006 9.729.006 8.379.397 8.379.397 3.920 2.688 2.688 2.688 2.688 (10.346) (10.346) (10.346) (10.346) (10.346) 3.228.145 3.109.281 3.815.584 4.520.290 5.381.771 1.613.312 1.614.270 1.596.666 1.611.837 1.630.642 14.564.037 14.444.899 15.133.598 14.503.866 15.384.152 51.668 46.355 37.209 28.822 23.433 14.615.705 14.491.254 15.170.807 14.532.688 15.407.585 Total de passivos e patrimônio líquido ... 25.593.980 26.750.172 28.144.580 27.932.220 30.272.445 Nota: O Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 foi atualizado devido ao impacto de retrospectiva da adopção do IAS 19 (R), conforme mencionado na Nota 2.26 para nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2013. 9 OUTROS DADOS FINANCEIROS (em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma) Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro 2014 2013 2012 2011 2010 Margem bruta ........................................... 21,7% 22,2% 15,2% 12,5% Margem operacional ................................. 23,4% 24,7% 11,4% 6,5% Despesas de capital (3) ............................. 1.591.002 1.286.684 1.078.267 1.416.668 Depreciação, amortização e desgaste ....... 1.790.628 1.751.947 1.720.067 1.838.827 Fluxo de caixa fornecido por (usado por): Atividades operacionais ............................ 2.226.756 2.163.530 1.914.333 1.348.200 Atividades de investimento ...................... (356.018) 433.849 (1.160.803) (727.666) Atividades de financiamento .................... (2.643.993) (2.275.991) (258.250) (649.133) 25,3% 15,6% 1.066.129 1.616.705 1.696.086 (1.818.251) (60.561) (3) Exclui os desembolsos de capital relacionados à Conpacel em 2010, visto que a Conpacel foi vendida em 2011 e suas operações foram classificadas como operações descontinuadas. DADOS OPERACIONAIS Em e para o Em e para o ano Em e para o ano Em e para o ano Em e para o ano ano findo em 31 findo em 31 de findo em 31 de findo em 31 de findo em 31 de de dezembro de dezembro de dezembro de dezembro de dezembro de 2014 2013 2012 2011 2010 Número de funcionários (4) ........................... Capacidade nominal de produção (mil toneladas métricas) ............................. Celulose ..................................................... Papel (5) ..................................................... Volumes de vendas (mil toneladas métricas): Mercado doméstico de celulose ................. Mercado de exportação de celulose ........... Mercado total de celulose .......................... 4.294 4.192 4.136 4.301 5.028 5.300 — 5.300 — 5.250 — 5.250 — 5.250 190 517 4.788 5.305 447 4.751 5.198 531 4.826 5.357 509 4.632 5.141 424 4.485 4.909 Mercado doméstico de papel....................... — — — 88 Mercado de exportação de papel ................ — — — 12 Total papel (5) ............................................ — — — 100 (4) A queda no número de funcionários de 2010 a 2011 reflete a venda da Piracicaba em setembro de 2011 visto que em 2010 os funcionários da Piracicaba foram incluídos no total. (5) A queda na produção de papel e no volume de vendas reflete a venda da Piracicaba em 2011. Vide “Item 4. Informações sobre a Fibria — A. Histórico e Desenvolvimento da Fibria — Strategic Business Agreement (SBA) com a Oji Paper”. As informações sobre capacidade produtiva são medidas em 31 de dezembro de cada ano. Taxas de Câmbio Desde 1999, o Banco Central permite a livre flutuação da taxa de câmbio Dólar/Real e, desde então, essa taxa de câmbio tem flutuado consideravelmente. O Banco Central já interveio no mercado para controlar movimentos instáveis nas taxas de câmbio. Não podemos prever o comportamento do Banco Central com respeito ao mercado cambial. O Real poderá apresentar desvalorização ou valorização significativa em relação ao Dólar no futuro. As tabelas a seguir demonstram a taxa de câmbio, expressa em Reais, por Dólar (R$/US$) para os períodos indicados, conforme divulgadas pelo Banco Central. Taxa de câmbio de Reais por U.S.$ 1,00 Ano findo em 31 de dezembro de Baixa 10 Alta Média (1) Fim do Período 113 8 121 2010 ...................................................................... 2011 ...................................................................... 2012 ...................................................................... 2013 ...................................................................... 2014 …………………………………………. Mês findo em 1,6554 1,5345 1,7024 1,9528 2.1974 Baixa 1,8811 1,9016 2,1121 2,4457 2,7403 Alta 1,7593 1,6746 1,9550 2,1605 2,3547 Média (1) 1,6662 1,8758 2,0435 2,3426 2,6562 Fim do Período 30 de setembro de 2014 ............................ 2,2319 2,4522 2,3329 2,4510 31 de outubro de 2014 .............................. 2,3914 2,5341 2,4483 2,4442 30 de novembro de 2014 .......................... 2,4839 2,6136 2,5484 2,5601 31 de dezembro de 2014 ........................... 2,5607 2,7403 2,6394 2,6562 31 de janeiro de 2015 ............................... 2,5754 2,7107 2,6348 2,6623 13 de fevereiro de 2015 ............................ 2,6623 2,8625 2,7663 2,8392 Fonte: Banco Central do Brasil. (1) Representa a média diária da taxa de câmbio durante cada um dos períodos relevantes. B. Capitalização e Endividamento Não aplicável. C. Motivos da Oferta e Destinação de Recursos Não aplicável. D. Fatores de Risco Estamos sujeitos a diversos riscos resultantes de alterações nas condições competitivas, econômicas, políticas e sociais que podem prejudicar nossos negócios, nossos resultados operacionais ou nossa situação financeira. Os riscos descritos abaixo, apesar de não serem os únicos que enfrentamos, são os mais importantes. Riscos Relacionados ao nosso Negócio Os preços de mercado de nossos produtos de celulose são cíclicos. Os preços que conseguimos obter para nossos produtos dependem dos preços mundiais praticados no mercado de celulose. Os preços mundiais de celulose têm sido historicamente cíclicos e sujeitos a variações significativas em curtos períodos de tempo, dependendo de vários fatores, incluindo: demanda global por produtos de celulose; capacidade de produção e estoques de celulose globais; estratégias adotadas pelos principais produtores de celulose; e disponibilidade de substitutos para nossos produtos de celulose. Todos esses fatores estão fora do nosso controle. As variações nos preços ocorrem não só em termos anuais, mas também dentro de um determinado ano em decorrência de condições econômicas globais e regionais, restrições de capacidade, aberturas e fechamentos de fábricas, fornecimento e demanda de matérias-primas e de produtos acabados, entre outros fatores. Ao longo de 2010, a economia global continuou em recuperação propiciou melhores condições para os mercados de papel e celulose, levando os preços médios de tabela da BEKP a alcançar US$ 879 por tonelada na América do Norte, US$ 844 por tonelada na Europa e US$ 777 por tonelada na Ásia. Ao longo de 2011, a economia global impactou o mercado de celulose, que demonstrou uma tendência de alta na primeira metade do ano, mas terminou- 11 o em um patamar ainda menor, com os preços médios de tabela da BEKP em US$ 865 por tonelada na América do Norte, US$ 810 por tonelada na Europa e US$ 699 por tonelada na Ásia. Em 2012, as incertezas acerca da recessão econômica na Europa levaram a um ambiente instável para os preços da tabela da BEKP. Após uma tendência de alta no primeiro semestre de 2012, os preços apresentaram quedas semanais consecutivas durante o terceiro trimestre, mas recuperaram a força nos últimos três meses do ano, levando os preços da tabela da BEKP a uma média anual de US$815 por tonelada na América do Norte, US$751 por tonelada na Europa e US$635 por tonelada na Ásia. Em 2013 os preços continuaram a subir durante a maior parte da primeira metade do ano, devido a níveis de suprimento relativamente estáveis e à forte demanda. No entanto, conforme o verão no Hemisfério Norte se aproximou, uma demanda sazonal menor levou os preços a um novo ciclo de declínio que durou até novembro, quando os preços começaram a mostrar sinais de recuperação, terminando o ano a uma média anual de US$870 por tonelada na América do Norte, US$791 por tonelada na Europa e US$673 por tonelada na Ásia. No início de 2004, porém, os preços foram pressionados pelas novas capacidades de celulose esperadas para serem disponibilizadas durante o primeiro semestre do ano. Os preços em todas as regiões caíram até setembro, quando a combinação de demanda mais robusta e baixos níveis de estoques levou os produtores a implementar um aumento de preço a partir do quarto trimestre. Em 2014, os preços BEKP médios anuais foram de U.S.$846 por tonelada na América do Norte, U.S.$745 por tonelada na Europa e U.S.$609 por tonelada na Ásia. Descontos sobre os preços de tabela são concedidos com frequência por vendedores a compradores importantes. Apesar de termos relacionamentos de longo prazo com muitos de nossos clientes, não há nenhuma garantia de que os preços de celulose se estabilizarão ou não continuaram a cairão no futuro, ou de que a demanda por nossos produtos não apresentará redução no futuro. Consequentemente, não pode ser fornecida nenhuma garantia de que conseguiremos operar nossas instalações de produção de uma forma lucrativa no futuro. Uma redução significativa no preço de um ou mais de nossos produtos pode ter um efeito negativo substancial sobre nossa receita operacional líquida, nosso lucro operacional e nosso lucro líquido. A importância da China nos mercados globais de celulose aumentou nos últimos anos. Qualquer acontecimento econômico negativo nesse país pode ter um rápido impacto sobre as exportações, afetando de maneira adversa nossas receitas, nosso fluxo de caixa e nossos lucros. De acordo com as estatísticas do mercado (PCCC), a demanda chinesa representou 29% da demanda mundial do mercado de celulose em 2014, e esse consumo aumentou a uma taxa média anual de crescimento de 10% desde 2004, acima da média global de 2%. Os recentes investimentos em máquinas para produção de papel e papelão na China têm impulsionado a demanda por celulose nesse país; entretanto, a volatilidade da demanda chinesa em razão da movimentação de compra especulativa é um fator de risco chave para qualquer previsão da demanda no curto prazo. Crises globais e arrefecimentos econômicos subsequentes como os que ocorreram durante 2008 e 2009 podem ter efeitos adversos sobre a demanda global de celulose. Como resultado, nossa condição financeira e os resultados operacionais podem ser afetados adversamente. A demanda por nossos produtos de celulose está atrelada diretamente à atividade econômica geral nos mercados internacionais em que vendemos nossos produtos. Após um período estável de crescimento entre 2003 e 2007, a queda acentuada na demanda resultante da crise econômica mundial de 2008-2009 novamente demonstrou a vulnerabilidade do mercado de celulose em relação à volatilidade internacional. Desde meados de 2009 e ao longo de 2010, a economia mundial se recuperou e propiciou melhores condições para o mercado de celulose. Em 2011, o mercado da indústria de celulose teve duas fases distintas. Durante a primeira metade do ano, a demanda de celulose do mercado global aumentou 7,7% em 2010, principalmente devido à alta demanda chinesa. A partir de Julho, a crise europeia e seus efeitos na economia global tiveram impacto negativo na demanda mundial de celulose. Em 2012, o ambiente econômico instável continuou a pressionar a demanda por celulose; entretanto, resultados positivos em mercados emergentes compensam as perdas nos mercados maduros, levando a uma maior demanda por celulose em comparação ao ano anterior. Em 2013, no entanto, apesar do clima econômico morno que persistiu, a demanda por celulose cresceu 3,2%, com melhorias vistas em quase todas as principais regiões do planeta, especialmente devido a maiores investimentos na nova capacidade do setor do papel. De acordo com PPPC, 39 novas máquinas de papel higiênico foram instaladas em 2013 e outras 59 novas máquinas de papel higiênico estavam previstas para entrar no mercado em 2014. O fraco ambiente econômico persistiu até 2014, 12 porém, o impacto das expansões de capacidade feitas em 2013 em todas as regiões, principalmente com foco no mercado de papel higiênico, combinado com a instalação de novas capacidades principalmente na China durante o ano, resultou de novo em resultados positivos para demanda de celulose, que apresentou um aumento de 1,5%. Uma redução contínua no nível de atividade nos mercados doméstico ou internacional em que operamos pode afetar negativamente a demanda e o preço de nossos produtos e ter um efeito negativo substancial sobre nós. A deterioração das condições econômicas globais pode, entre outras coisas: afetar negativamente, ainda mais, a demanda global por papel, reduzindo investimentos em nova capacidade de produção de papel e/ou levando ao fechamento de fábricas de papel, o que afetaria diretamente o consumo de celulose, ou reduzir ainda mais os preços de mercado de nossos produtos, o que pode resultar em uma redução contínua de nossa receita, nossos lucros operacionais e nossos fluxos de caixa; dificultar ou encarecer para nós a obtenção de financiamento para nossas operações ou investimentos ou o refinanciamento de nossa dívida no futuro; prejudicar a situação financeira de alguns de nossos clientes, fornecedores ou contrapartes de nossos instrumentos derivativos, aumentando, dessa forma, a inadimplência de clientes ou o não cumprimento por parte de fornecedores ou contrapartes; reduzir o valor de alguns de nossos investimentos; e prejudicar a viabilidade financeira de nossas seguradoras. Novos projetos que já foram iniciados e outros que devem chegar ao mercado nos próximos anos podem ter efeitos adversos sobre nossa competitividade Existe uma extensa lista de participantes da indústria que possuem planos para instalar nova capacidade de produção de celulose na América do Sul e Ásia. Esta nova capacidade, quando completa, pode resultar em uma possível perda de participação de mercado, redução de preços e escassez de matéria-prima com o subsequente aumento dos preços. Portanto, os resultados de nossas operações e condição financeira podem sofrer efeitos adversos. Podemos não ser capazes de ajustar o volume de produção em tempo hábil ou de modo economicamente viável em resposta a mudanças na demanda. Se precisarmos operar com capacidade ociosa significativa durante períodos de baixa demanda, poderíamos nos expor a maiores custos unitários de produção já que boa parte de nossa estrutura de custo está fixada no curto prazo devido à intensidade de capital envolvida no negócio de celulose. Adicionalmente, os esforços para reduzir custos durante períodos de baixa demanda poderiam ser limitados por convenções coletivas ou acordos governamentais. Por outro lado, durante períodos de alta demanda, nossa habilidade de aumentar a capacidade de produção rapidamente é limitada, o que poderia nos impedir de satisfazer a demanda por nossos produtos. Se não pudermos satisfazer a demanda em excesso dos clientes, podemos perder participação de mercado. Nosso endividamento consolidado exigirá que uma parte de nosso fluxo de caixa seja utilizada para pagar o principal e os juros desse endividamento. Em 31 de dezembro de 2014, nosso endividamento consolidado total atingiu R$8.327 milhões, dos quais 88,4% representaram endividamento de longo prazo. O nível de nosso endividamento pode ter consequências importantes aos detentores de nossas ADSs, incluindo as seguintes: 13 as exigências do serviço da dívida de nosso endividamento podem dificultar para nós o pagamento de dividendos e de outras distribuições aos nossos acionistas, incluindo os detentores de nossas ADSs; Investimentos na produção de celulose requerem uma quantidade significativa de fundo para a formação de florestas, expansão da capacidade produtiva, a construção de infraestrutura e preservação do meio ambiente. Essa necessidade de capital significativo é uma fonte importante de riscos financeiros para a indústria de celulose. Nossa capacidade de obter qualquer financiamento necessário no futuro para capital de giro, investimento em bens de capital, exigências do serviço da dívida ou para outros fins pode ser limitada; uma parte de nosso fluxo de caixa decorrente das operações deve ser dedicada ao pagamento do principal e dos juros de nosso endividamento e poderá não estar disponível para outros fins; nosso nível de endividamento pode limitar nossa flexibilidade para planejar ou reagir a mudanças em nossos negócios; e nosso nível de endividamento pode nos tornar mais vulneráveis na hipótese de desaceleração em nossos negócios. Nossas exportações nos expõem a riscos políticos e econômicos em países estrangeiros. Nossas vendas ao exterior representaram 91% e 92% e 91% de nossa receita líquida consolidada total durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, respectivamente. Nossas exportações, principalmente para a Europa, América do Norte e Ásia, nos expõem a riscos não enfrentados por empresas que operam exclusivamente no Brasil ou em um único outro país. Por exemplo, nossas exportações poderão ser afetadas por restrições e tarifas de importação, outras medidas de protecionismo comercial e exigências de licenciamento de importação ou de exportação. Adicionalmente, o setor internacional de celulose é altamente competitivo. Alguns de nossos concorrentes podem ter maior força financeira e acesso a fontes de capital mais baratas, e, consequentemente, a capacidade de sustentar despesas de investimento estratégicas destinados a aumentar sua participação de mercado. Nosso desempenho financeiro futuro dependerá significativamente das condições econômicas em nossos principais mercados de exportação. Outros riscos associados às nossas atividades internacionais incluem: flutuações significativas na demanda global por produtos de celulose, o que pode impactar nossa receita, nossos lucros operacionais e nossos fluxos de caixa; a entrada de novos produtores de celulose ou fusões e aquisições entre produtores existentes, que poderiam limitar nossa competitividade no mercado; a incapacidade de continuar a expandir com sucesso nossa capacidade de produção no mesmo ritmo do de nossos concorrentes poderia afetar negativamente nossa participação de mercado; a deterioração das condições econômicas globais poderia prejudicar a situação financeira de alguns de nossos clientes, fornecedores ou contrapartes de nossos instrumentos derivativos, aumentando, dessa forma, a inadimplência de clientes ou o não cumprimento por parte de fornecedores ou contrapartes; a pressão sobre os preços da celulose pode afetar nossa lucratividade; variações nas taxas de câmbio (envolvendo Dólar) e inflação nos países estrangeiros em que operamos; controles de câmbio e comércio internacional; 14 alterações nas condições econômicas de um país ou regiões específicas; uma crise nos mercados financeiros e a ameaça de uma desaceleração econômica global; diferenças culturais, resultando em práticas comerciais distintas; consequências adversas derivadas de alterações em exigências regulatórias, incluindo leis e regulamentos ambientais e exigências de Certificações; dificuldades e custos associados ao cumprimento e à execução de recursos em uma ampla variedade de leis, tratados e regulamentos internacionais complexos; consequências adversas decorrentes de alterações em leis tributárias; e custos de logística, interrupções em embarques ou disponibilidade reduzida de transporte fretado. Apesar de tentarmos administrar alguns desses riscos por meio da utilização de programas de gestão de riscos, estes não podem ser totalmente eliminados. A ocorrência de qualquer um desses eventos poderá afetar negativamente nossa capacidade de realizar negócios em certos mercados existentes ou em desenvolvimento e poderá ter um efeito negativo substancial sobre nossos negócios. Estamos sujeitos a riscos regulatórios associados às nossas operações internacionais. A Fibria está sujeita a leis e regulamentações locais, regionais e globais em áreas tão distintas como segurança de produtos, afirmações acerca de produtos, marcas registradas, concorrência, saúde e segurança de funcionários, o meio ambiente, governança corporativa, listagem e divulgações, emprego e impostos. O descumprimento dessas leis e regulamentações poderia expor a Fibria a ações cíveis e/ou criminais, levando a indenizações, multas e sanções criminais contra nós e/ou nossos funcionários, com possíveis consequências à nossa reputação corporativa. A instabilidade cambial pode afetar de modo adverso nossa condição financeira, nossos resultados operacionais e o preço de mercado de nossas ações e ADSs. Nossos custos de produção e despesas operacionais são na grande maioria denominados em Reais e a maior parte de nossa receita e alguns ativos são denominados em Dólares. Como resultado da instabilidade cambial, nossa condição financeira e os resultados operacionais podem ser afetados adversamente. Ela também pode afetar a quantidade de dividendos que podem ser distribuídos aos acionistas, incluindo os detentores das nossas ADSs e o preço de mercado das nossas ações e ADSs. Em 2010, o Real valorizou-se 4,3% frente ao Dólar, como resultado de um aumento nos investimentos estrangeiros diretos no Brasil. Até agosto de 2011, o Real manteve essa tendência de valorização. Porém, em setembro de 2011, a piora da crise na zona do Euro causou uma súbita valorização do Dólar frente ao Real. Como resultado, o Dólar valorizou-se 12,6% frente ao Real em 2011. Em 2012, o Banco Central do Brasil interveio várias vezes para proteger o Real da supervalorização. Consequentemente, em 2012 o Dólar valorizou-se 8,9% frente ao Real. Em 2013 o panorama positivo de uma economia em recuperação nos EUA e na Zona do Euro causaram uma rápida desvalorização de diversas moedas dos Mercados Emergentes, inclusive o Real. Consequentemente, em 2013 o Dólar valorizou-se 14,6% frente ao Real. Em 2014, principalmente em decorrência do cenário macroeconômico brasileiro e das incertezas globais em geral, o Dólar valorizou-se 13,4% frente ao Real. Vide item 11. “Divulgações Quantitativas e Qualitativas Sobre os Riscos de Mercado”. Nosso negócio pode sofrer impactos negativos relacionados a atividades de hedge. Contratamos regularmente transações de hedge utilizando instrumentos derivativos financeiros, de acordo com nossa Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado. Transações de 15 hedge buscam (1) proteger nossa receita (principalmente denominada em Dólares) quando convertida para Reais (nossa moeda funcional), (2) converter parte de nossa dívida, denominada em Reais, para Dólares e (3) fixar um fluxo de pagamento de nossas dívidas associado a uma taxa pós-fixada. Nós contabilizamos nossos instrumentos derivativos segundo a base de valor justo, de acordo com o IFRS. O valor justo destes instrumentos pode aumentar ou diminuir devido a flutuações em taxas cambiais prévias à liquidação. Como resultado, podemos incorrer perdas não realizadas devido a esses fatores de risco de mercado. Estas variações podem também resultar de mudanças nas condições econômicas, o sentimento dos investidores, políticas monetárias e fiscais, a liquidez de mercados globais, eventos políticos internacionais e regionais, e atos de guerra e terrorismo. Podemos ser negativamente impactados pela imposição de regulamentações ambientais mais rigorosas que podem exigir recursos adicionais. Os requisitos e regulamentações ambientais brasileiros aplicáveis à florestas são complexos e podem variar entre regulamentações federais, estaduais e locais. Requisitos e restrições variam entre entidades governamentais. Além disso, o descumprimento destas leis, regulamentos e autorizações podem resultar em sanções criminais para a empresa e seus funcionários. Nós também podemos ser responsabilizados por custos relacionados a recuperação ambientais, que podem ser substanciais. Adicionalmente, as leis e regulamentos ambientais em certos países poderão ser mais rígidos que aqueles aos quais estamos sujeitos no Brasil, o que poderá levar tais países a impor sanções comerciais contra o Brasil ou nosso setor. Além disso, nossa capacidade limitada de cumprir leis e regulamentos ambientais internacionais mais rigorosos poderá nos impedir de obter financiamento com menores custos de organizações de desenvolvimento governamentais estrangeiras ou multilaterais, que poderão condicionar a concessão de futuros financiamentos ao nosso cumprimento de leis e regulamentos ambientais mais rigorosos. As ações do poder legislativo estadual ou federal ou de autoridades de segurança pública poderão afetar negativamente nossas operações. No passado, o estado do Espírito Santo, onde está localizada nossa fábrica da Aracruz, promulgou leis para restringir a plantação de florestas de eucalipto para a produção de celulose. Apesar de ter sido obtido medida cautelar contra essas leis estaduais e de nova legislação estadual as terem revogado, não há garantia de que leis similares não serão promulgadas no futuro, o que imporia limitações ou restrições à plantação de eucalipto na região onde operamos. Poderemos ser afetados de forma negativa e substancial caso as operações das instalações de transporte, armazenamento, distribuição e portuárias que possuímos ou utilizamos passem por interrupções significativas. Nossas operações dependem da operação ininterrupta das instalações de transporte, armazenamento, distribuição e porto que possuímos ou utilizamos, as quais podem ser parcialmente ou totalmente interrompidas, temporária ou permanentemente, em decorrência de diversas circunstâncias que não estão sob nosso controle, como: eventos catastróficos; greves ou outras dificuldades trabalhistas; outras interrupções nos meios de transporte; e suspensão ou cancelamento de concessões feitas a nós, a nossos parceiros comerciais ou contratados independentes com relação ao direito de prestar um serviço específico. Qualquer interrupção significativa nessas instalações ou incapacidade de transportar produtos para ou a partir delas (inclusive por meio de exportação) ou para ou a partir de nossos clientes por qualquer razão poderá nos afetar de forma negativa e substancial. Nossa cobertura de seguro poderá ser insuficiente para cobrir nossas perdas. 16 Nosso seguro poderá ser insuficiente para cobrir as perdas em que poderemos incorrer. Temos seguros abrangentes com as principais seguradoras para cobrir danos em nossas instalações causados por incêndio, responsabilidade geral de terceiros por acidentes e riscos operacionais e transporte internacional e doméstico. Não mantemos cobertura de seguro contra nenhum risco relacionado às nossas florestas. A ocorrência de perdas ou outros danos não cobertos pelo seguro ou que excedam nossos limites de seguro podem resultar em custos adicionais inesperados. “Vide o Item 4. Informações sobre a Fibria – B. Visão Geral do Negócio – Seguro”. Enfrentamos concorrência significativa em algumas de nossas linhas de negócio, o que poderá afetar negativamente nossa participação no mercado e lucratividade. O setor de celulose é altamente competitivo. No mercado de celulose internacional, alguns de nossos concorrentes poderão ter maior poder financeiro, acesso a fontes de capital mais baratas e, consequentemente, capacidade para sustentar investimentos estratégicos direcionados ao aumento de sua participação no mercado. Nossa participação de mercado poderá ser afetada negativamente caso não consigamos continuar a expandir nossa capacidade de produção no mesmo ritmo que nossos concorrentes. Além disso, grande parte dos mercados de celulose é atendida por diversos fornecedores, frequentemente de países diferentes. Muitos fatores influenciam nossa posição competitiva, incluindo a eficiência da fábrica, os índices operacionais e a disponibilidade, qualidade e o custo de madeira, energia, água, produtos químicos, logística e mão de obra, e flutuações da taxa de câmbio. Alguns de nossos concorrentes poderão ter maiores recursos financeiros e de marketing e maior abrangência de ofertas de produtos que os que temos. Caso não consigamos continuar competitivos com esses produtores no futuro, nossa participação de mercado poderá ser afetada negativamente. Além disso, a pressão para redução dos preços de celulose por parte de nossos concorrentes poderá afetar nossa lucratividade. Atrasos na expansão de nossas instalações ou na construção de novas instalações poderão afetar nossos custos e resultados operacionais. Como parte de nossa estratégia para aumentar nossa participação de mercado internacional e melhorar nossa competitividade por meio de maiores economias de escala, poderemos expandir nossas instalações de produção existentes ou construir outras. A expansão ou construção de uma instalação de produção envolve vários riscos, entre eles de engenharia, construção, regulatórios e outros desafios significativos que poderão atrasar ou impedir a operação bem-sucedida do projeto ou aumentar significativamente nossos custos. Nossa capacidade de concluir com sucesso qualquer projeto de expansão ou nova construção tempestivamente também está sujeita a riscos de financiamento e outros. Poderemos ser afetados negativamente por que: poderemos não conseguir concluir nenhum projeto de expansão ou nova construção tempestivamente ou dentro do orçamento, ou sermos obrigados a, devido às condições do mercado ou outros fatores, atrasar o início da construção ou o cronograma para concluir novos projetos ou expansões; nossas instalações novas ou modificadas poderão não operar na capacidade projetada ou poderão custar mais que esperado para operar; poderemos não conseguir vender nossa produção adicional a preços atrativos; e poderemos não ter os fundos ou conseguir adquirir financiamento para implementar nossos planos de crescimento. Qualquer rebaixamento em nossas classificações de crédito pode afetar negativamente a disponibilidade de novos financiamentos e aumentar nosso custo de capital. No final de 2008 e começo de 2009, a Fitch Ratings Inc., a Moody’s e a Standard & Poor’s reduziram nossa classificação para BB+/Negativa, Ba1/Negativa e BB/Negativa, respectivamente. No 17 dia 13 de outubro de 2009, a Fitch reduziu ainda mais nossa classificação para BB/Estável. Após o anúncio da venda da Conpacel e da KSR em dezembro de 2010 (Vide o Item 4. Informações sobre a Fibria – A. História e Desenvolvimento da Fibria), nossa perspectiva de classificação foi alterada de Estável para Positiva pela Fitch e pela Moody’s. Em março de 2011, a Fitch elevou nossa classificação para BB+/Estável. Em novembro e dezembro de 2011, respectivamente, a S&P e a Moody’s revisaram a classificação, que passou de positiva para estável devido a um processo mais lento de desalavancagem. Em fevereiro de 2012, a Fitch divulgou uma classificação para a Fibria de BB+/Estável com base na expectativa de que reduziríamos dívida e alavancagem em 2012. Em fevereiro de 2013 a Fitch alterou o panorama de classificações da Fibria de positivo para estável. Em março de 2013 a S&P aumentou a classificação da Fibria de BB/positiva para BB+/estável. Em setembro de 2013 a Moody´s alterou nosso panorama de estável para positivo. Em fevereiro de 2014 as Classificações Fitch aumentaram nossa classificação de crédito para BBB – com um panorama estável, atingindo portanto o status de Grau de Investimento na agência. Em fevereiro de 2015, a Fitch reafirmou nossa classificação BBB-/estável. Em março de 2014, a S&P revisou nossa classificação de crédito de estável para positivo. O movimento positivo das três agências deveu-se principalmente à nossa busca pela desalavancagem apesar das condições de mercado, geração de fluxo de caixa livre e nossa abordagem apropriada e conservadora perante liquidez e capacidade perante nossos acordos financeiros. As classificações atribuídas atualmente à nossa dívida em moeda estrangeira de acordo com as leis estrangeiras são BBB-/Estável pela Fitch, Bal/Positiva pela Moody’s e BB+/Positiva pela S&P. Caso nossas classificações sejam rebaixadas pelas agências de classificação de risco devido a qualquer fator externo (que poderia incluir um rebaixamento na classificação da soberania brasileira), nosso próprio desempenho operacional e/ou níveis de dívida elevados, nosso custo de capital pode aumentar. Qualquer rebaixamento também pode afetar negativamente nossos resultados operacionais e financeiros e a disponibilidade de financiamentos futuros. Nossos contratos de financiamento incluem avenças importantes. Qualquer inadimplemento decorrente de uma violação de tais avenças pode ter um efeito negativo substancial sobre nós. Somos parte de vários contratos de financiamento que exigem que mantenhamos determinados índices financeiros ou cumpramos outras avenças específicas. Estas avenças e restrições, algumas das quais estão sujeitas a certas exceções importantes, incluem, entre outras: limitações ao fazer certos pagamentos restritos; limitações na execução de certas operações com afiliadas; limitações a incorporações ou fusões com qualquer outra pessoa, ou à venda ou outra forma de alienação de todos ou quase todos os nossos ativos; a manutenção de índices máximos de dívida líquida/EBITDA Ajustado; e a manutenção de índices mínimos de cobertura do serviço da dívida. Qualquer inadimplemento nos termos de nossos contratos de financiamento que não for renunciado pelos credores afetados poderá resultar em uma decisão por parte de tais credores de antecipar o saldo devedor da respectiva dívida, o que também poderá resultar na execução de garantias e na antecipação do vencimento de dívidas nos termos de outros contratos de financiamento devido a disposições de aceleração cruzada. Nossos ativos e nosso fluxo de caixa poderão ser insuficientes para pagar o saldo devedor total em tais contratos de financiamento nas suas datas de vencimento programadas ou mediante qualquer antecipação de pagamentos depois de um evento de inadimplemento. Caso tais eventos ocorram, nossa situação financeira seria afetada negativamente. Resultados desfavoráveis em litígios poderão afetar negativamente nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa situação financeira. Estamos envolvidos em vários ações fiscais, civis e trabalhistas que envolvem indenizações monetárias significativas. 18 Em dezembro de 2012, um auto de infração no valor de R$1,7 bilhão (vide Nota 24 de nossas demonstrações financeiras consolidadas) foi emitido pela Receita Federal do Brasil, ou RFB, contra nós com relação a impostos IRPJ e CSLL resultantes de um contrato assinado entre a Fibria (naquela ocasião, VCP) e a International Paper. O objeto era a troca de ativos industriais e de florestamento entre as duas companhias. Em 9 de janeiro de 2013, nós interpusemos um recurso junto à Receita Federal. Com base nos nossos consultores jurídicos internos e externos, a possibilidade de perda é possível e, como tal, não foi constituída nenhuma provisão com relação a esse auto de infração. Em 13 de novembro de 2013 fomos notificados sobre uma decisão que invalidou o auto de infração , aceitando nosso recurso. A Receita Federal do Brasil foi notificada a depositar um recurso de ofício. O pedido espera uma decisão final do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de 2014. Em outubro de 2013, um auto de infração no valor de R$271 milhões foi emitido pela Receita Federal do Brasil, ou RFB, contra nós com relação a Imposto de Renda Pessoa Jurídica, ou IRPJ, e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, ou CSLL durante o período de 2010, entre a Fibria Trading International – FTI e a Fibria. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de 2014. Em junho de 2014, um novo auto de infração no montante de R$272 milhões foi emitido pela RFB contra nós com relação a IRPJ e CSLL, durante o período de 2010, entre a Fibria Trading International – FTI, NORMUS e a Fibria. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de 2014. Em outubro de 2014, um novo auto de infração no montante de R$73 milhões foi emitido pela RFB contra nós com relação a IRPJ e CSLL, sobre o lucro advindo do equity adjustment no investimento em empresas controladas estrangeiras durante o período de 2009, entre a VCP Overseas Holding Kft. e a Normus em 2009. Nós interpusemos um recurso junto à Receita Federal. Com base nos nossos consultores jurídicos internos e externos, a possibilidade de perda é possível e, como tal, não foi constituída nenhuma provisão com relação a esse auto de infração. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de 2014. Adicionalmente, estamos atualmente sendo auditados pelo Fisco com relação a nossa estrutura internacional, nossas operações de fusão e aquisição e nossa utilização de créditos fiscais relativos às nossas matérias-primas. Caso decisões desfavoráveis sejam proferidas em uma ou mais dessas ações judiciais, talvez sejamos obrigados a pagar quantias substanciais, o que poderia afetar de forma negativa e substancial nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa condição financeira. A concorrência por terra para utilização como florestas de eucalipto para produção de celulose ou outras culturas, como soja, cana-de-açúcar e outras commodities, pode afetar uma eventual expansão. A maior demanda global por certas commodities, principalmente grãos e biocombustível, poderá causar impactos sobre nossas operações florestais de duas maneiras: o aumento da concorrência por terra pode causar impacto sobre seu preço. Geralmente, a produção de grãos e de biocombustível é economicamente superior às atividades florestais e, consequentemente, os aumentos potenciais dos valores da terra podem inibir a expansão de novas florestas. pela mesma razão, podemos enfrentar dificuldades em convencer terceiros parceiros a começar ou a expandir a produção de eucalipto para utilização no setor de celulose. Realizamos certas operações por meio de joint ventures em que não temos controles exclusivos. Em outubro de 2000, a Aracruz adquiriu uma participação de 45% na Veracel, uma joint venture que opera uma fábrica de celulose e as florestas do sul do estado da Bahia. Em janeiro de 2003, a Aracruz aumentou sua participação acionária na Veracel para 50%. A Stora Enso OYJ, ou Stora 19 Enso, detém a participação acionária restante de 50% na Veracel. Nós, como sucessores legais pela incorporação da Aracruz, e a Stora Enso somos parte de um acordo de acionistas a respeito da Veracel, de acordo com o qual as partes têm o direito de indicar um número igual de membros do conselho. Nos termos desse acordo de acionistas, cada acionista poderá ser obrigada a fazer aportes de capital e, se qualquer uma das partes não cumprir quaisquer de suas obrigações de necessidades de financiamento da Veracel associadas a um plano pré-acordado de aporte de capital e investimento, a outra acionista terá o direito de exigir que a acionista inadimplente transfira toda a sua participação acionária na Veracel à outra acionista pelo valor de mercado descontado. Tendo em vista nosso controle compartilhado da Veracel conforme descrito anteriormente, não podemos tomar decisões unilaterais importantes a respeito dessa entidade. Além disso, as disposições contratuais existentes relacionadas à Veracel podem restringir nossa capacidade de tomar medidas que seriam de nossos melhores interesses e podem nos impedir de evitar que a outra sócia tome medidas que seriam contrárias aos nossos interesses. Caso não consigamos administrar os possíveis problemas e riscos relacionados a aquisições e alianças, nosso negócio e nossas perspectivas de crescimento podem ser afetados. Alguns de nossos concorrentes poderão estar mais bem posicionados para adquirir outros negócios de celulose. Como parte de nossa estratégia comercial, poderemos adquirir outros negócios no Brasil ou em outros países ou fazer alianças. Nossa administração não consegue prever se ou quando ocorrerão quaisquer aquisições ou alianças em potencial, ou a probabilidade de conclusão de uma operação relevante em termos e condições favoráveis. A nossa capacidade de continuar a expandir com êxito por meio de aquisições ou alianças depende de diversos fatores, incluindo nossa capacidade de identificar aquisições e de negociar, financiar e fechar operações. Mesmo se concluirmos as aquisições futuras, talvez não consigamos integrar com êxito as operações, serviços e produtos de qualquer companhia adquirida. Caso tentemos participar de aquisições futuras, estaremos sujeitos a certos riscos, incluindo: não conseguir selecionar os melhores sócios ou planejar e administrar qualquer estratégia de aliança de modo eficaz; as aquisições podem aumentar nossos custos; a atenção de nossa administração pode ser desviada de outras preocupações de negócio; e podemos perder os principais funcionários da companhia adquirida. Nossa incapacidade de integrar novos negócios ou de administrar novas alianças de forma bem-sucedida pode afetar negativamente nosso negócio e nosso desempenho financeiro. Além disso, o setor global de celulose e de papel passa por um período de consolidação, no qual muitas companhias competem por oportunidades de aquisição e de aliança. Alguns de nossos concorrentes possuem maiores recursos financeiros e de outras naturezas que nós, o que pode reduzir a probabilidade concluirmos com êxito as aquisições e alianças necessárias para a expansão do nosso negócio. Além disso, qualquer aquisição importante que considerarmos poderá estar sujeita a aprovação regulatória necessária, que talvez não seja obtida satisfatoriamente em tempo hábil, se conseguirmos. A perda de alguns de nossos clientes pode ter um impacto significativo sobre nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa situação financeira. Nossos três maiores clientes representavam 48% da nossa receita líquida em 2014. Apesar de essas vendas estarem suportadas por contratos de longo prazo, caso não consigamos substituir o volume de vendas representado por qualquer um deles, a perda de qualquer um desses clientes pode ter efeitos negativos substanciais sobre nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa situação financeira. Poderemos estar sujeitos a ações trabalhistas a qualquer momento, o que poderá nos afetar negativamente. 20 A maioria de nossos funcionários é representada por sindicatos ou órgãos equivalentes e estão cobertos por acordos coletivos ou similares, que estão sujeitos a renegociação periódica. Além disso, talvez não consigamos concluir com êxito nossas negociações trabalhistas em termos satisfatórios, o que poderá resultar em aumento significativo no custo de mão de obra ou em paralisações ou transtornos de trabalho, atrapalhando nossas operações. Quaisquer referidos aumentos nos custos, paralisações do trabalho ou transtornos podem nos afetar de forma substancial e negativa. Os movimentos sociais e a possibilidade de desapropriação podem afetar a utilização normal, danificar, ter um efeito sobre o valor de mercado ou nos privar da utilização de nossas propriedades. Grupos ativistas no Brasil promovem a reforma agrária e a redistribuição de propriedades por meio de invasão e ocupação de áreas rurais. A Fibria tem trabalhado com o Movimento Sem Terra (MST), com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e com o governo do estado da Bahia, e de termos concordado em idealizar e implementar um projeto modelo de produção agroflorestal e de assentamento em 2011. Em 2012 o projeto foi lançado, em benefício de centenas de famílias em áreas ocupadas pelo MST. Não podemos garantir que nossas propriedades não estarão sujeitas a invasão ou ocupação por esses ou outros grupos ativistas. Uma invasão ou ocupação de terra pode prejudicar significativamente a utilização normal de nossas terras, ou ter um efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais, nossa situação financeira ou o valor de nossas ações ordinárias. Além disso, nossas terras poderão estar sujeitas à desapropriação pelo governo brasileiro. Nos termos das leis brasileiras, o governo federal poderá desapropriar terras que não estiverem cumprindo uma “função social”, incluindo a exploração racional e adequada da terra, a utilização adequada dos recursos naturais, a preservação do meio ambiente, o cumprimento das leis trabalhistas etc. Caso o governo brasileiro desaproprie quaisquer de nossas propriedades, nossos resultados operacionais poderão ser afetados negativamente na medida em que a indenização governamental seja considerada inadequada. Além disso, poderemos ser forçados a aceitar títulos de dívida pública, que têm liquidez limitada, em vez de dinheiro como indenização por terras desapropriadas. 21 Nossos acionistas controladores firmaram um Acordo de Acionistas que regulamenta seus poderes para nos controlar. Somos controlados conjuntamente pela VID e pela BNDESPar. Nossos acionistas controladores assinaram a Primeira Alteração do Acordo de Acionistas em 29 de outubro de 2014 que controla seus poderes, incluindo poderes para: nomear nossos Conselheiros; e decidir o resultado de qualquer medida que exija a aprovação dos acionistas, incluindo operações com partes relacionadas, alienações e reestruturações societárias e os prazos e pagamento de quaisquer dividendos futuros. A VID e a BNDESPar assinaram a Primeira Alteração do Acordo de Acionistas em 29 de outubro de 2014 nos termos do qual a aprovação de certos assuntos dependerá do voto afirmativo da BNDESPar. Vide o “Item 10. Informações Adicionais — C. Contratos Relevantes — Acordo de Acionistas da Fibria”. Além disso, o BNDES era o credor de aproximadamente 21% de nosso endividamento consolidado em 31 de dezembro de 2014, e esperamos continuar obtendo empréstimos do BNDES. Como uma de nossos acionistas mais importantes e a subsidiária de um de nossos credores mais importantes, a BNDESPar poderá exercer uma influência significativa sobre nosso negócio e sobre as decisões societárias, e suas medidas poderão ser influenciadas pelas políticas do governo federal brasileiro, o que pode entrar em conflito com os interesses de nossos acionistas e dos detentores de nossas ADSs. Estamos realizando e esperamos realizar no futuro operações comerciais e financeiras, a qualquer momento, com nossos acionistas controladores ou com suas afiliadas. Operações comerciais e financeiras entre nossas afiliadas e nós criam potencial ou podem resultar em conflitos de interesses. Para obter uma discussão a respeito de certas operações com partes relacionadas, vide o “Item 7. Acionistas Majoritários e Operações com Partes Relacionadas — B. Operações com Partes Relacionadas”. Uma redução ao valor recuperável do ágio ou de outros ativos intangíveis pode afetar negativamente nossa situação financeira e nossos resultados operacionais. Como resultado da Aquisição da Aracruz, reconhecemos R$4.231 milhões de ágio e registramos diversos ativos intangíveis do negócio da Aracruz (incluindo base de dados, patentes, relações com fornecedores de produtos químicos e outros fornecedores) com justo valor de R$779 milhões na data da aquisição (R$291 milhões em 31 de dezembro de 2014 e R$ 367 milhões em 31 de dezembro de 2013). De acordo com as IFRS, o ágio e os ativos intangíveis com ciclo de vida indefinido não são amortizados, porém são submetidos anualmente ou com maior frequência ao teste de redução ao valor recuperável, se um evento ou circunstância indicar que pode ter sido incorrido um prejuízo por redução ao valor recuperável. Outros ativos intangíveis com vida limitada são amortizados linearmente durante seus ciclos de vida útil estimados e submetidos ao teste de redução ao valor recuperável sempre que houver qualquer indicação dessa ocorrência. Em 31 de dezembro de 2014, de acordo com a política contábil descrita na Nota 37 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício de 2014, nós executamos nosso teste anual de perda de valor recuperável (impairment) nas Unidades Geradoras de Caixa (CGU) ao qual o ágio é alocado (Aracruz). Além disso, como exigido pela IAS 36, quando o valor contábil dos ativos líquidos da Companhia exceder seu valor de mercado, uma análise de perda de valor recuperável de ativos de longa duração deve ser realizada. Como resultado, nós realizamos uma análise de perda de valor recuperável dos nossos ativos de longa duração. O teste de recuperabilidade não representou uma necessidade de reconhecer qualquer perda de valor recuperável de ágio e ativos fixos. Vide “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras – Discussão a respeito das políticas contábeis essenciais” e a Nota 37 de nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes a 2014. Qualquer alteração no valor dos principais pressupostos usados nos testes de perda de valor recuperável poderia resultar em encargos futuros que podem vir a ser significativas e que podem vir a ter efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais e nossa situação financeira. 22 Novas leis e regulamentos relativos a mudanças climáticas e mudanças nos regulamentos existentes, bem como os efeitos físicos das mudanças climáticas, podem resultar no aumento de passivos e aumento das despesas de capital, o que poderia ter um efeito substancial negativo sobre nós. Em 1997, uma conferência internacional sobre aquecimento global foi concluída com um acordo conhecido como Protocolo de Kyoto, que demandou reduções de determinadas emissões que podiam contribuir com os aumentos das concentrações dos gases de efeito estufa na atmosfera. O Brasil assinou o Protocolo de Kyoto, mas outros países não ratificaram o mesmo que expirou em 2012. No entanto, ele formou a base para uma variedade de propostas e regulamentos nacionais, subnacionais e internacionais com foco na redução dos gases de efeito estufa. Um novo protocolo está sendo negociado internacionalmente, e o Brasil, entre outros países, indicou sua intenção de participar dessa extensão do Protocolo de Kyoto. O Brasil, por exemplo, comprometeu-se a diminuir suas emissões para níveis abaixo dos projetados para 2010 e estabelecer metas domésticas para controle de desflorestamento nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Não podemos prever se as iniciativas reguladoras ou de legislação de controle das condições climáticas do futuro, sejam elas internacionais ou locais, serão adotadas, ou quando. Esperamos, porém, que haja um aumento das leis relacionadas a gases de efeito estufa e mudança climática que possa nos afetar de forma significativa, diretamente por aumento das despesas de capital e investimentos para obedecer a elas, e indiretamente afetando preços de transporte, energia e outros meios de abastecimento. Além disso, os efeitos físicos das mudanças climáticas também podem afetar nossas operações de forma substancial e adversa, por exemplo alterando a temperatura do ar e os níveis da água, e nos sujeitando a riscos climáticos incomuns ou diferentes. Tanto as novas leis e regulamentos relativos a mudança climática, mudanças nos regulamentos existentes e efeitos físicos da mudança climática podem resultar no aumento de passivos e de despesas de capital, e tudo isso pode ter um efeito substancial negativo sobre nossos negócios e sobre os resultados das operações. Diversos outros riscos podem ter um efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais e financeiros. Nossas operações estão sujeitas a diversos outros riscos que afetam nossas florestas e nossos processos de fabricação, incluindo incêndio, estiagem, doenças, greves, fechamentos de portos, custos de embarque, panes elétricas e explosões em fábricas, as quais teriam um efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais e financeiros. Riscos Relacionados ao Brasil As condições econômicas e políticas do Brasil e as percepções dessas condições no mercado internacional têm um impacto direto sobre nosso negócio e nosso acesso aos mercados internacionais de capital e de dívida, e podem afetar negativamente nossos resultados operacionais e nossa situação financeira. Nossas operações são conduzidas no Brasil, mas a maior parte de nossa celulose é vendida a clientes internacionais. Dessa forma, nossa situação financeira e nossos resultados operacionais dependem em parte das condições econômicas do Brasil. O produto interno bruto (PIB) do Brasil, em reais, aumentou em 0,9% em 2012 e 2,3% em 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, a agência de estatísticas oficial brasileira. Em 2014, o PIB teve um crescimento de 0,1%, de acordo com as estimativas do Relatório Focus publicado pelo Banco Central. Alguns pontos que causam preocupação são o custo do capital humano, o custo de propriedades (aluguel ou compra) e outras necessidades locais. No entanto, os desdobramentos futuros na economia brasileira poderão afetar as taxas de crescimento do Brasil e, consequentemente, esses produtos. Como resultado, esses desdobramentos podem prejudicar nossas estratégias comerciais, nossos resultados operacionais ou nossa situação financeira. O governo brasileiro busca restringir condições incomuns de mercado, como os preços do fornecimento, especulações anormais e as taxas de câmbio, frequentemente intervindo na economia do país e, ocasionalmente, realiza mudanças significativas em suas políticas e regulamentações. Nossos negócios, nossa situação financeira e nossos resultados operacionais poderão 23 ser afetados negativamente por mudanças em políticas governamentais, bem como em fatores econômicos em geral, incluindo: flutuações da moeda; taxas de juros; liquidez dos mercados domésticos de capitais e de empréstimos; disponibilidade de mão de obra qualificada; políticas que afetam a infraestrutura logística do Brasil; política fiscal; políticas de controle cambial; outros desdobramentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o país; e inflação Historicamente, o Brasil vivenciou altas taxas de inflação. A inflação, bem como os esforços do governo para combatê-la, teve efeitos negativos sobre a economia brasileira, principalmente antes de 1995. As taxas de inflação ficaram 5,8% em 2012 e 5,9% em 2013 e 6,4% em 2014, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA. Nossos custos de produção de caixa e despesas operacionais são substancialmente denominados em Reais e tendem a aumentar com a inflação brasileira, pois nossos fornecedores e prestadores de serviços geralmente aumentam os preços para refletir a desvalorização da moeda. Caso a taxa de inflação aumente mais rapidamente que qualquer outra taxa de valorização do Dólar, então, como são expressas em Dólares, nossas despesas operacionais poderão aumentar. A inflação, as medidas para combatê-la e a especulação pública sobre possíveis medidas adicionais também poderão contribuir de maneira relevante para a incerteza econômica no Brasil e, dessa forma, enfraquecer a confiança do investidor no país, afetando, portanto, nossa capacidade de acessar os mercados de capitais internacionais. Historicamente, o cenário político do país influenciou o desempenho da economia brasileira e as crises políticas afetaram a confiança dos investidores e do público em geral, o que resultou na desaceleração econômica e elevou a volatilidade de valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras. Os desdobramentos futuros nas políticas do governo brasileiro e/ou a incerteza a respeito de quando e se tais políticas e regulamentações poderão ser implementadas, fatores que estão fora de nosso controle, podem ter um efeito negativo substancial sobre a Companhia. Mudanças nas leis tributárias do Brasil poderão ter impacto negativo sobre os impostos aplicáveis aos nossos negócios. O governo brasileiro implementa com frequência mudanças nos regimes fiscais que poderão nos afetar e a nossos clientes. Essas mudanças incluem alterações nas alíquotas fiscais em vigor e, ocasionalmente, a promulgação de impostos temporários, cujos recursos são direcionados a finalidades designadas pelo governo. Algumas dessas mudanças poderão resultar em aumentos na carga tributária, o que pode afetar negativamente a lucratividade do setor e aumentar os preços de nossos produtos, restringir nossa capacidade de fazer negócios em nossos mercados existentes e nos mercados alvo e prejudicar os nossos resultados financeiros. Não há garantia de que conseguiremos manter nosso fluxo de caixa e lucratividade projetados após quaisquer aumentos nos impostos brasileiros aplicáveis à Companhia e às nossas operações. Poderemos ser afetados por ações governamentais que atingem os mercados e a economia brasileira. 24 O governo brasileiro exerceu e continua a exercer influência substancial sobre muitos aspectos do setor privado. Ele pode, por exemplo, impor algumas restrições ao mercado de exportação, criando tributos de exportação sobre qualquer produto, incluindo nossa principal fonte de receita (celulose de mercado), afetando as margens e a lucratividade de empresas de exportação. Além disso, o governo brasileiro, por meio do BNDES, detém ou controla muitas empresas, incluindo algumas das maiores do país. Por exemplo, o BNDES, através de sua subsidiária integral BNDESPar, é uma acionista controladora de nossa Companhia juntamente com a VID, conforme os termos do Acordo de Acionistas, que historicamente tem sido um de nossos credores mais importantes. As variações nas taxas de juros podem aumentar o custo de serviço da nossa dívida e afetar negativamente nosso desempenho financeiro geral. Nossos resultados financeiros são afetados por mudanças nas taxas de juros, como a Taxa Interbancária do Mercado de Londres (LIBOR), o Certificado de Depósito Interbancário do Brasil (CDI) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A taxa CDI apresentou variação significativa no passado em resposta à expansão ou à retração da economia brasileira, ao controle da inflação, às políticas governamentais do país e a outros fatores. A taxa CDI ficou em 11,57% ao ano, 9,77% ao ano e 6,90% ao ano em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, respectivamente. A TJLP foi reduzida de 5,5% o ano em 27 de junho de 2012 para 5,0% o ano em 31 de dezembro de 2012 até 31 de dezembro de 2014. No primeiro trimestre de 2015, a TJLP aumentou para 5,5% ao ano. Um aumento significativo nas taxas de juros, principalmente na TJLP ou na LIBOR, teria um efeito negativo substancial sobre nossas despesas financeiras já que grande parte de nossa dívida (empréstimos do BNDES e Linha de Crédito de Pagamento Antecipado de Exportação) está indexada a estas taxas. Por outro lado, uma redução significativa na taxa CDI pode afetar negativamente a receita financeira gerada com nossas atividades de investimento, já que uma parte relevante de nosso capital vem do mercado monetário Brasileiro, relacionado ao CDI. A fim de mitigar esses riscos e nos beneficiarmos das taxas de juros mais baixas, contratamos vários swaps de LIBOR e TJLP a taxas pré-fixadas. Vide o “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas Sobre os Riscos de Mercado”. As condições econômicas e de mercado em outros países, incluindo países em desenvolvimento, poderão afetar de maneira substancial e negativa a economia brasileira e, portanto, o preço de mercado de nossas ADSs. O mercado de valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras é influenciado por condições econômicas e de mercado no Brasil e, em graus diferentes, pelas condições de mercado em outros países, incluindo países da América Latina e em desenvolvimento. Embora as condições econômicas sejam diferentes em cada um deles, a reação dos investidores aos desdobramentos em um país poderá provocar a variação em mercados de capitais de outros. Os desdobramentos ou as condições em outros países, incluindo países em desenvolvimento, afetaram significativamente a disponibilidade de crédito na economia brasileira e resultaram em saídas consideráveis de recursos e reduções na quantidade da moeda estrangeira investida no Brasil. Eles também limitaram o acesso a mercados de capitais internacionais, tudo o que poderá afetar de forma substancial e negativa nossa capacidade de tomar empréstimos a uma taxa de juros aceitável ou de aumentar o capital acionário quando e se houver a necessidade de fazê-lo. A volatilidade nos preços de mercado dos valores mobiliários brasileiros aumenta periodicamente, e a percepção dos investidores em relação ao aumento no risco devido à crise em outros países, incluindo países em desenvolvimento, também poderá levar a uma redução no preço de mercado de nossas ADSs. Um déficit de eletricidade e consequente racionamento de eletricidade podem afetar negativamente nossos negócios e os resultados das operações. A energia hidroelétrica é a principal fonte de energia do setor brasileiro. Baixos níveis de investimento e chuvas abaixo da média resultaram, no passado, em baixos níveis de reservatório da capacidade hidroelétrica das regiões brasileiras do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Fontes alternativas de geração de energia estão frequentemente atrasadas devido a questões reguladoras ou devido a outros empecilhos. Entre 2000 e 2001, por exemplo, o governo brasileiro instituiu um programa de racionamento e redução do consumo, com o objetivo de reduzir o consumo de eletricidade de meados de 2001 até o começo de 2002. Esse programa estabeleceu limites sobre o consumo de energia de usuários industriais, comerciais e residenciais. 25 Em 2014 nós geramos internamente aproximadamente 117% das exigências de energia elétrica para o nosso processo de produção de celulose. Da quantidade total de energia térmica e elétrica que geramos, 88% foi a partir de combustíveis renováveis, como biomassa e licor negro, subprodutos do processo de produção de celulose, e 12% de combustíveis não-renováveis comprados por nós, como por exemplo óleo combustível e gás natural. No entanto, se o Brasil apresentar déficits na eletricidade disponível (devido a condições hidrológicas, limitações de infraestrutura ou outros motivos), políticas semelhantes ou outras políticas podem ser colocadas em prática a fim de limitar ou racionar a utilização de energia elétrica. Embora acreditemos que estamos adequadamente preparados em termos de energia, pois somos autossuficientes e até vendemos o excesso de energia elétrica para a grade brasileira, nossas vendas podem ser negativamente afetadas pelo efeito negativo que o déficit de energia pode ter sobre o ambiente macroeconômico. Além disso, também podemos ser afetados de forma adversa pelo impacto do déficit de energia sobre as atividades de nossos principais fornecedores de matérias-primas. Qualquer dito déficit e respectivo racionamento de energia poderia ter um efeito negativo sobre nossos negócios e sobre os resultados das operações. Estiagem no sudeste do Brasil, resultando em falta de água e racionamento, pode afetar negativamente nossos negócios e os resultados das operações. A região sudeste do Brasil está atualmente passando por uma severa estiagem, resultando em uma drástica falta de água e na implementação de racionamento para controlar o uso. Apesar de acreditarmos que a maioria de nossas operações não será afetada por essas condições, nossa Unidade de Jacareí, que possui duas linhas de fibra, está localizada na área afetada e depende do fornecimento de água do rio Paraiba do Sul. Aliás, o consumo de água dessa unidade está abaixo do limite permitido pela licença. Além disso, é a fábrica mais eficiente em termos de uso da água entre todas as nossas operações industriais e 90% da água utilizada por essa unidade é devolvida ao rio Paraiba do Sul após tratamento dos efluentes. Ademais, continuamos a melhorar a eficiência do consumo de água da fábrica e criamos um plano de contingências para a Unidade de Jacareí, se for exigido. No entanto, não podemos garantir que medidas governamentais para tratar das condições de estiagem não terão um impacto sobre as operações da Unidade, podendo afetar negativamente nossos negócios e os resultados das operações. Riscos Relacionados às Nossas Ações e ADSs Os controles e as restrições de câmbio sobre remessas ao exterior poderão afetar negativamente os detentores de nossas ADSs. As companhias poderão ser afetados negativamente se o governo brasileiro impuser restrições sobre as remessas para investidores estrangeiros dos rendimentos de seus investimentos no Brasil e, como fez no passado, sobre a conversão do real em moedas estrangeiras. Essas restrições podem prejudicar ou impedir a conversão de dividendos, distribuições, ou os recursos de qualquer venda de ações ou ADSs, conforme o caso, em Dólares e a remessa de Dólares para o exterior. Não podemos garantir que o governo não tomará esse tipo de medida ou medidas similares no futuro. Os detentores de nossas ADSs podem ser afetados negativamente por atrasos ou pela recusa do governo em conceder qualquer aprovação exigida para a conversão de pagamentos em reais e remessas ao exterior a respeito das ações, incluindo ações subjacentes às ADSs. Neste caso, nosso depositário de ADSs distribuirá ou deterá os reais que não puder converter para a conta dos detentores de ADSs que não foram pagos. Os detentores de nossas ADSs poderão enfrentar dificuldades para entregar citação ou aplicar sentenças contra nós e outras pessoas. Somos constituídos e estamos sujeitos às leis do Brasil e a maior parte de nossos conselheiros, diretores e a nossa empresa de auditoria independente residem ou estão localizados no Brasil. Substancialmente todos os nossos ativos e os ativos dessas outras pessoas estão localizados no Brasil. Consequentemente, poderá não ser possível aos detentores das ADSs fazer entregar citações judiciais a nós ou a essas outras pessoas dentro dos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil, ou executar contra nós ou essas outras pessoas sentenças proferidas nos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil. Como as sentenças de tribunais norte-americanos acerca de responsabilidades civis, com base nas leis federais de valores mobiliários dos EUA, somente poderão ser executadas no Brasil se certas condições forem atendidas, os detentores de nossas ADSs poderão enfrentar mais 26 dificuldades para proteger seus interesses devido a medidas tomadas por nós, por nossos conselheiros ou diretores do que enfrentam os acionistas de uma companhia norte-americana. A volatilidade e a iliquidez relativas dos mercados de valores mobiliários do Brasil poderão afetar negativamente os detentores de nossas ADSs. Os investimentos em valores mobiliários, como nossas ações ordinárias ou ADSs, de emissores de países de mercados emergentes, incluindo o Brasil, envolvem um maior grau de risco que os investimentos em valores mobiliários de emissores de países mais desenvolvidos. O mercado de valores mobiliários do Brasil é substancialmente menor, menos líquido, mais concentrado e mais volátil que os grandes mercados de valores mobiliários nos Estados Unidos.Há também uma concentração significativamente maior no mercado de valores mobiliários brasileiro do que nos principais mercados de valores mobiliários nos Estados Unidos. Essas características poderão limitar substancialmente a capacidade de vender as ações ordinárias subjacentes às ADSs pelo preço e no momento em que os detentores desejarem fazê-lo. Em 31 de dezembro de 2014, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) tinha uma capitalização de mercado de US$687 milhões. Em comparação, em 31 de dezembro de 2014, a S&P 500 tinha uma capitalização de mercado de US$18,7 trilhões. É possível que um mercado líquido e ativo jamais se desenvolva para nossas ações ordinárias ou ADSs e, consequentemente, a capacidade dos detentores de nossas ADSs de vendê-las pelo preço ou no momento desejado poderá ser prejudicada de forma significativa. Os detentores de nossas ADSs poderão enfrentar dificuldades para proteger seus interesses, pois como uma companhia brasileira estamos sujeitos a diferentes normas e regulamentos corporativos e nossos acionistas poderão ter menos direitos e não tão bem definidos. Os detentores de ADSs não são acionistas diretos de nossa Companhia e não podem exercer os direitos de acionistas de acordo com nosso Estatuto Social e com as leis brasileiras. Nossos assuntos corporativos são regidos por nosso Estatuto Social e pelas leis brasileiras, que diferem dos princípios legais que seriam aplicáveis caso fôssemos constituídos em uma jurisdição nos Estados Unidos ou em qualquer lugar fora do Brasil. De acordo com as leis brasileiras, os direitos de um detentor de nossas ações ordinárias de proteger seus interesses a respeito das medidas tomadas por nós, por nossos conselheiros ou diretores poderão ser mais reduzidos e não tão bem definidos quanto de acordo com as leis de outras jurisdições. Apesar de a utilização de informações privilegiadas e a manipulação de preços serem crimes de acordo com as leis brasileiras, os mercados de valores mobiliários do país não são tão altamente regulamentados e supervisionados quanto os mercados de valores mobiliários dos EUA ou os mercados em algumas outras jurisdições. Além disso, as normas e as políticas contra negociações para interesse próprio ou para preservar os interesses de acionistas poderão ser menos bem definidas e aplicadas no Brasil que nos Estados Unidos e em alguns outros países, o que poderá colocar os detentores de nossas ações ordinárias ou ADSs em uma possível desvantagem. Adicionalmente, a divulgação exigida das companhias abertas no Brasil poderá ser menos completa ou informativa que a exigida de companhias abertas nos Estados Unidos ou em alguns outros países. Os detentores de nossas ADSs talvez não consigam exercer seus direitos de voto. Os detentores de nossas ADSs somente poderão exercer os direitos de voto de suas ações ordinárias subjacentes de acordo com as disposições do contrato de depósito de nosso programa de ADSs, ou o Contrato de Depósito da Fibria, de acordo com o qual, os detentores de ADSs apenas poderão votar mediante a entrega de instruções de voto a nosso Depositário. Como nosso Depositário aparece em nossos registros de ações e não os detentores de ADSs, tais detentores não podem exercer seus direitos de voto sem a representação de nosso Depositário, exceto se eles devolverem suas ADSs para cancelamento em troca de nossas ações ordinárias. Além disso, de acordo com o Contrato de Depósito da Fibria, nosso Depositário somente notificará os detentores de nossas ADSs de uma votação futura e providenciará o envio de cartões de votação por procuração a esses detentores se solicitarmos nosso Depositário a fazê-lo. De acordo com nosso Estatuto Social, a primeira convocação de assembleia de acionistas deve ser publicada com no mínimo 15 dias de antecedência da respectiva assembleia, e a segunda convocação deve ser publicada com no mínimo 8 dias de antecedência da assembleia, no caso de quórum insuficiente para aprovar os assuntos incluídos na primeira assembleia. 27 Consequentemente, poderá não haver tempo suficiente para os detentores de ADSs devolverem suas ADSs e retirarem as ações ordinárias subjacentes, ou receberem um cartão de votação por procuração a tempo de garantir que eles possam fornecer ao nosso Depositário instruções de voto. Nosso Depositário e seus agentes não são responsáveis pelo não envio de cartões de votação por procuração a tempo de os detentores de ADSs votarem as ações ordinárias subjacentes às suas ADSs ou entregarem instruções de voto da forma por nós instruída ou por não tomar nenhuma dessas medidas. Em decorrência disso, os detentores de ADSs talvez não consigam exercer os direitos de voto inerentes às ações ordinárias subjacentes às suas ADSs. Uma permuta de ADSs por ações representa risco de perda de certas vantagens de remessas de moeda estrangeira e de vantagens fiscais brasileiras. As ADSs são beneficiadas pelo certificado de registro de capital estrangeiro, que permite a nosso Depositário converter dividendos e outras distribuições a respeito de ações ordinárias em moeda estrangeira e remeter os recursos para o exterior. Os detentores de ADSs que permutam suas ADSs por ações ordinárias terão direito de tomar como base o certificado de registro de capital estrangeiro do depositário por cinco dias úteis contados da data de permuta. Posteriormente, eles não terão direito de remeter divisas ao exterior, exceto se obtiverem seu próprio certificado de registro de capital estrangeiro, ou exceto se eles estiverem qualificados de acordo com a Resolução nº 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que permite que certos investidores comprem e vendam ações em bolsas de valores do Brasil sem obter certificados de registro separados. Se os detentores de ADSs não estiverem qualificados de acordo com a Resolução nº 2.689/00, eles geralmente estarão sujeitos a menores impostos nas remunerações de nossas ações ordinárias. Não pode haver garantia de que o certificado de registro do nosso Depositário, ou que qualquer certificado de capital estrangeiro obtido pelos detentores das ADSs, não será afetado por futuras alterações legislativas ou regulatórias, ou que restrições adicionais legais brasileiras para o investimento nas ADSs não podem ser impostas no futuro. Os detentores de nossas ações estarão sujeitos e os detentores de nossas ADSs podem estar sujeitos ao imposto de renda brasileiro sobre os ganhos de capital provenientes das vendas de ações ou ADSs. A lei brasileira nº 10.833/03 dispõe que ganhos sobre a alienação de ativos localizados no Brasil por pessoas não residentes no país, seja para outras pessoas não residentes ou para residentes no país, estão sujeitos à tributação brasileira. As ações ordinárias devem ser tratadas como ativos localizados no Brasil para fins legais, e os ganhos sobre a alienação de ações ordinárias, mesmo por pessoas não residentes no país, devem estar sujeitos à tributação brasileira. Além disso, as ADSs poderão ser tratadas como ativos localizados no Brasil para fins legais e, portanto, os ganhos sobre a alienação de ADSs por pessoas não residentes no país poderão estar sujeitos à tributação brasileira. Apesar de os detentores de ADSs fora do Brasil poderem ter bases para afirmar que a Lei nº 10.833/00 não se aplica a vendas ou a outras alienações de ADSs, não é possível prever se esse entendimento prevalecerá, em última instância, nos tribunais do Brasil, considerando o escopo geral e incerto da Lei nº 10.833/03 e a ausência decisões judiciais a esse respeito. Os detentores de nossas ADSs poderão não conseguir exercer os direitos de preferência de nossas ações. Os detentores de nossas ADSs talvez não consigam exercer os direitos de preferência das ações ordinárias subjacentes às suas ADSs, a menos que uma declaração de registro nos termos do Securities Act dos Estados Unidos de 1933, e alterações posteriores (o “Securities Act”) esteja em vigor a respeito aos direitos ou a uma isenção das exigências de registro do Securities Act. Não somos obrigados a protocolar uma declaração de registro a respeito das ações ou outros valores mobiliários relacionados a esses direitos de preferência e não podemos garantir aos detentores de nossas ADSs que protocolaremos qualquer referida declaração de registro. Salvo se protocolarmos uma declaração de registro ou se uma isenção de registro se aplicar, os detentores de nossas ADSs poderão receber apenas os recursos líquidos da venda de seus direitos de preferência por parte do depositário ou, caso os direitos de preferência não possam ser vendidos, os direitos prescreverão. As sentenças dos tribunais brasileiros a respeito de nossas ações serão pagas apenas em Reais. 28 Caso sejam instaurados processos judiciais nos tribunais do Brasil a fim de executar nossas obrigações a respeito das ações ordinárias, não seremos obrigados a quitar nossas obrigações em outra moeda que não seja o real. De acordo com as limitações de controle de câmbio no Brasil, uma obrigação no Brasil de pagar valores denominados em uma moeda que não o real somente poderá ser quitada em moeda brasileira à taxa de câmbio determinada pelo Banco Central em vigor na data em que a sentença for proferida, e tais valores serão ajustados para refletir as variações da taxa de câmbio na data de pagamento efetiva. A taxa de câmbio vigente talvez não proporcione aos investidores estrangeiros indenização integral por qualquer reivindicação decorrente ou relacionada às nossas obrigações a respeito das ações ordinárias ou das ADSs. 29 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A FIBRIA A. História e Desenvolvimento da Fibria Somos constituídos de acordo com as leis da República Federativa do Brasil com a razão social de Fibria Celulose S.A., sociedade anônima de capital aberto com prazo de duração indeterminado. Somos uma sociedade anônima de capital aberto, operando nos termos da Lei das Sociedades por Ações. Nossa sede e escritório principal estão localizados naRua Fidêncio Ramos, 302, Torre B, 3º andar, 04551010, São Paulo, SP, Brasil (telefone: 55 11 2138-4565). Nosso site é www.fibria.com.br/ir. Entretanto, as informações contidas em nosso site não estão incorporadas por referência e não devem ser consideradas parte deste relatório anual. Nossas operações tiveram início em 1988, quando o Grupo Votorantim, um dos maiores grupos de empresas privadas na América Latina, adquiriu a Celpav Celulose e Papel Ltda., ou Celpav, uma produtora de celulose e papel estabelecida no estado de São Paulo. Iniciamos a produção em 1991, após a expansão e modernização de nossas instalações. Em setembro de 1992, o Grupo Votorantim adquiriu as Indústrias de Papel Simão S.A., ou Papel Simão, que estavam listadas na BM&FBOVESPA. A Celpav e a Papel Simão passaram posteriormente por um processo de incorporação e, em 1999, a razão social da Papel Simão foi alterada para Votorantim Celulose e Papel S.A. No dia 5 de novembro de 2009, adotamos a razão social de Fibria Celulose S.A. e, no dia 31 de dezembro de 2009, nós e a Aracruz fomos fundidas para formar a Fibria (a entidade sucessora). Vide o “Item 4 - Informações sobre a Fibria – A. História e Desenvolvimento - Aquisição da Aracruz”. No dia 19 de abril de 2000, concluímos uma oferta registrada de 7.920.000 ADSs, cada uma representando 500 ações preferenciais, e as ADSs foram listadas na NYSE sob o código “VCP”. Das 7.920.000 ADSs oferecidas na época, vendemos 2.047.648 e alguns de nossos acionistas venderam as 5.872.352 ADSs restantes. Concomitantemente, 440.000.000 ações preferenciais foram vendidas no Brasil. Devido à mudança da razão social de VCP para Fibria no dia 5 de novembro de 2009, com a Aquisição da Aracruz, o último dia de negociação das ações da VCP na NYSE sob o código VCP foi o dia 17 de novembro de 2009. A partir de 18 de novembro de 2009, o código foi alterado para “FBR”. Aumentamos, expandimos e modernizamos nossas operações por meio da expansão orgânica de nossas fábricas de celulose e instalações de produção de papel, da alienação de ativos e linhas de negócios que não consideramos parte de nosso negócio principal e da aquisição seletiva de participações acionárias em outras empresas de celulose e papel. Bahia Produtos de Madeira Em 1998, como parte da estratégia de diversificação para outros negócios de produtos florestais, a Aracruz adquiriu a Tecflor Industrial S.A., ou Tecflor, para a produção de produtos de madeira sólida. A Tecflor passou então a se chamar Aracruz Produtos de Madeira ou APM. Em 2001, a APM buscou expandir a presença de sua marca Lyptus® de madeira serrada de alta qualidade nos mercados doméstico e internacional e estabeleceu uma parceria comercial com a norte-americana Weyerhaeuser Co., ou Weyco, uma das maiores companhias florestais do mundo, para a distribuição exclusiva do Lyptus® nos mercados norte-americanos. Em outubro de 2004, a Aracruz vendeu dois terços das suas ações na APM para a Weyerhaeuser do Brasil Participações Ltda., subsidiária da Weyco, por um valor total de US$18,6 milhões. Após da Aquisição da Aracruz, a APM passou a se chamar Bahia Produtos de Madeira ou BPM. Atualmente somos detentores de 33,33% das ações da BPM e possuímos certos direitos a voto conforme determinado no acordo de acionistas da APM. Em 31 de julho de 2014, adquirimos 100% do capital da WOP- Wood Participações Ltda, anteriormente Weyerhaeuser do Brasil Participações Ltda por R$6.716 milhões, que detinha 66.67% do capital da nossa associada Bahia Produtos de Madeira S.A. A partir dessa data a Companhia detém indiretamente 100% do capital da Bahia Produtos de Madeira S.A. Aquisição de Participação na Ripasa Em 2005, por meio de uma joint venture de 50% com a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A., ou Suzano, adquirimos as ações ordinárias e preferenciais da Ripasa S.A. Celulose e Papel, ou 30 Ripasa. No dia 31 de março de 2005, finalizamos a aquisição, por meio de uma joint venture de 50%, de uma participação indireta de 77,59% (nossa participação - 38,80%) no capital com direito a voto e de uma participação indireta de 46,06% (nossa participação – 23,03%) no capital total da Ripasa por US$275 milhões. Além disso, foi realizada a opção de compra para a aquisição de ações ordinárias e ações preferenciais em até 6 anos, totalizando 22,41% do capital com direito a voto e 13,45% do capital total da Ripasa. Adquirimos nossa participação nessas ações adicionais por R$298 milhões. Na época dessa aquisição, os principais ativos da Ripasa eram a fábrica de celulose e papel de Americana e três outras fábricas de papel localizadas em Embu, Cubatão e Limeira, no estado de São Paulo. Em abril de 2006, a Ripar, uma joint venture entre nós e a Suzano, foi liquidada por dissolução e seus únicos ativos, as ações na Ripasa, foram distribuídos igualmente entre nós e a Suzano. Em maio de 2006, os acionistas da Ripasa aprovaram uma operação de reestruturação societária na qual os acionistas (exceto nós e a Suzano) receberam ações de nossa Companhia, ações da Suzano e dinheiro em permuta de suas ações da Ripasa. Nessa operação, emitimos 12.532.009 ações preferenciais aos antigos acionistas da Ripasa. Após essa operação, detínhamos 50% do capital social da Ripasa. Em março de 2007, nós vendemos nossa participação de 50% na fábrica de papel localizada em Embu à Suzano, por R$41,1 milhões. A fábrica de papel de Embu tinha uma capacidade de produção anual de 48 quilotons de papel cartão. Em novembro de 2007, nós e a Suzano vendemos nossas participações nas fábricas de papel detidas pela Ripasa, localizadas em Cubatão e Limeira, à MD Papéis por um total de R$122 milhões. A fábrica de papel de Cubatão tinha uma capacidade de produção de aproximadamente 61 quilotons por ano de papéis gráficos, editoriais e especiais para imprimir e escrever. A fábrica de papel de Limeira tinha capacidade de produção anual de aproximadamente 58 quilotons de papel cartão. O Projeto Losango Em 2005, anunciamos o início do processo de licenciamento ambiental para a implementação de uma fábrica de celulose branqueada de eucalipto com capacidade nominal total de 1,5 milhão de toneladas de celulose ao ano, a ser construída no estado do Rio Grande do Sul (com nome de “Projeto Losango”). Em decorrência da Aquisição da Aracruz em 2009, possuíamos uma carteira diferente de possíveis projetos de expansão, incluindo duas antigas Unidades da Aracruz (Veracell II e uma quarta linha de produção na Unidade da Aracruz), e estas, juntamente com a Unidade de Três Lagoas, que teve início em março de 2009, eram todos projetos existentes. Dessa forma, avaliamos várias alternativas para o Projeto Losango, incluindo um desinvestimento total das terras e florestas. Em 30 de junho de 2011, a Administração aprovou o desinvestimento dos ativos do projeto Losango e estabeleceu um programa específico para a identificação de um potencial comprador. A partir de 30 de junho de 2011, passamos a classificar os ativos do Projeto Losango como mantidos para venda. Em 10 de setembro de 2012, recebemos e aceitamos uma oferta vinculante da CMPC Celulose Riograndense S.A. para compra dos ativos florestais e terrenos do Losango, consistindo em aproximadamente 100 mil hectares de áreas próprias, e quase 39 mil hectares de áreas florestais de eucalipto nessas áreas próprias e em áreas arrendadas de terceiros, pelo valor total de R$615 milhões. A transação não incluiu os acordos de programas de parceria desenvolvidos em áreas do Losango, que serão mantidas e honradas pela Fibria. Em 28 de dezembro de 2012, anunciamos o encerramento do Contrato de Compra e Venda e a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o recebimento da primeira parcela, no valor de R$470 milhões, e o depósito da segunda parcela, no valor de R$140 milhões em uma conta caução a ser desembolsada após a obtenção das aprovações governamentais aplicáveis restantes e o atendimento a outras condições precedentes. Em novembro de 2014, recebemos um adicional de R$7 milhões como adiantamento da CMPC. A parcela remanescente de R$5 milhões será paga a nós mediante transferência efetiva dos contratos existentes relacionados ao ativo e das aprovações governamentais aplicáveis. O contrato de compra e venda determina um período de 48 meses, com opção de renovação pela CPMC por mais 48 meses, para obter as aprovações governamentais exigidas. Se a aprovação não 31 for obtida, seremos obrigados a devolver à CMPC o valor de R$477 milhões pago a nós, acrescido de juros, e os depósitos judiciais feitos pela CMPC serão revertidos. Desde a assinatura do Contrato de compra e venda firmado com a CMPC, temos atuado no sentido de obter as aprovações necessárias, tais como o preenchimento de todas as condições precedentes, a renovação parcial da licença operacional das áreas e a documentação a ser apresentada às agências governamentais apropriadas. O consistente progresso na obtenção dessas aprovações durante 2014 indica que será alcançada uma resolução favorável. Concluímos que esses ativos devem continuar sendo classificados como ativos mantidos para venda. Porém, a conclusão da venda não depende apenas de nós, mas de várias aprovações governamentais, o que tem sido mais moroso do que o esperado. Dessa forma, nós reclassificamos o valor total como ativo não circulante em 31 de dezembro de 2014 Permuta de Ativos com a International Paper Em fevereiro de 2007, transferimos nossa fábrica de celulose e papel Luiz Antônio e aproximadamente 60.000 hectares de florestas localizados no estado de São Paulo para a International Paper Investments (Holland) B.V., uma subsidiária integral da International Paper, em troca da fábrica de celulose em Três Lagoas que, na época, estava em construção, e aproximadamente 100.000 hectares de florestas no entorno. Na época que recebemos a fábrica de celulose de Três Lagoas, a International Paper financiou integralmente a construção dessa fábrica em um contrato de empreitada. A fábrica Luiz Antônio tinha capacidade anual de produção de 410 quilotons de celulose e 355 quilotons de papel não revestido. Como parte dessa operação, concordamos em adquirir 100 quilotons de BEKP por ano em termos competitivos para utilização em outras instalações, nos termos de um contrato de fornecimento de longo prazo. Em março de 2009, começamos a operar nossa fábrica de Três Lagoas localizada no estado do Mato Grosso do Sul. Essa fábrica atingiu com êxito sua capacidade estimada, aumentando nossa capacidade anual em 1,3 milhão de toneladas de celulose de mercado. O valor total investido neste projeto foi de R$3.991 milhões. O valor inclui os desembolsos feitos diretamente pela Fibria e os ativos que recebemos através do Acordo de Troca de Ativos assinado com a International Paper. Como parte dessa operação, concedemos à International Paper o direito de construir, às suas custas, até duas máquinas de papel adjacentes e integradas à fábrica de celulose de Três Lagoas. A International Paper exerceu essa opção e construiu uma fábrica de papel com capacidade de produção anual de 200 a 250 quilotons de papel para imprimir e escrever adjacente à fábrica de celulose de Três Lagoas. Essa fábrica de papel iniciou sua produção no primeiro trimestre de 2009. Com relação ao exercício dessa opção, a International Paper celebrou um contrato de fornecimento de longo prazo nos termos do qual forneceremos à International Paper celulose, serviços públicos e outros serviços a taxas baseadas em nossos atuais custos operacionais. Caso a International Paper exerça seu direito de construir a segunda fábrica de papel adjacente à fábrica de celulose Três Lagoas, as condições contratuais seguirão aquelas estabelecidas para a primeira fábrica de papel: seremos obrigados a transferir à International Paper certos lotes do imóvel nas quais a máquina de papel e as instalações acessórias serão construídas; e a International Paper celebrará um contrato de fornecimento de longo prazo segundo o qual forneceremos a ela celulose, serviços públicos e outros serviços a taxas baseadas em nossos atuais custos operacionais. Em 2012, a Fibria e a International Paper concordaram em estender a opção da International Paper de construir uma nova máquina para produção de papel na unidade de Três Lagoa. O novo contrato dá à International Paper a opção de iniciar a segunda máquina de papel entre 2016 e 2018. 32 Alienação da Fábrica de Papel de Mogi das Cruzes Em maio de 2007, vendemos nossa fábrica de papel especial localizada na cidade de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, ao acionista controlador da Comércio e Indústria Multiformas Ltda. por R$57 milhões. A fábrica de papel de Mogi da Cruz tinha capacidade de produção anual de 20 quilotons de papel industrial e especial. Joint venture com a Ahlstrom Em maio de 2007, anunciamos a intenção de celebrar um contrato de joint venture com a empresa finlandesa Ahlstrom para a produção de papel em nossa instalação localizada em Jacareí, estado de São Paulo. O contrato foi concluído em setembro de 2007 e a Ahlstrom adquiriu uma participação de 60% dessa nova joint venture para os ativos de papel na fábrica de Jacareí, denominada Ahlstrom VCP Indústria de Papéis Especiais S.A. (“Ahlstrom VCP”), com uma opção de adquirir os 40% restantes em até dois anos. Em setembro de 2008, de acordo com várias opções que faziam parte do contrato com a Ahlstrom, vendemos à Ahlstrom nossa participação remanescente de 40% na joint venture por US$42 milhões. As partes também celebraram um contrato de longo prazo pelo qual a Fibria fornecerá celulose de eucalipto, serviços públicos e outros serviços à Ahlstrom VCP na fábrica de Jacareí a preços competitivos, a fim de parcialmente dar suporte à capacidade de produção anual de aproximadamente de 105.000 toneladas por ano de papéis livres de madeira não revestidos. Contrato de Negócio Estratégico (SBA) com a Oji Paper Em agosto de 2007, anunciamos a celebração de um SBA de longo prazo com a Oji Paper Co. Ltd. ou Oji Paper. O contrato nos permitiu ampliar ainda mais nossa oferta de tecnologias de papel térmico no Brasil e na região da América Latina, permitindo a expansão, pela Oji Paper, de sua presença mundial como líder de mercado em tecnologia térmica. Com a celebração do SBA, conseguimos usufruir da tecnologia da Oji Paper, bem como de suas subsidiárias globais, incluindo a tecnologia da Kanzaki Specialty Papers, Inc (KSP), da Kanzan Spezialpapiere GmbH (Kanzan) e da Oji Paper Thailand Ltd. (OPT). O SBA, associado à conclusão da expansão de nossa fábrica de Piracicaba em 2008, possibilitou a manutenção de produtos de qualidade aprimorada e melhorou o valor aos nossos clientes. Em 11 de agosto de 2011, assinamos um termo de exclusividade para a Oji Paper negociar a venda dos ativos (planta industrial e prédio), que formam o complexo conhecido como Unidade Piracicaba. A venda foi concluída em 29 de setembro de 2011 pelo valor de US$313 milhões. Após a alienação da Piracicaba, a Fibria agora concentra suas operações na produção de celulose. Devido à alienação da Piracicaba para a Oji Paper em setembro de 2011, o SBA foi extinto e todos os royalties devidos foram pagos pela Fibria à Oji Paper. Constituição da Conpacel Em agosto de 2008, a Ripasa fez um aporte de seus ativos, exceto a fábrica de celulose e papel de Americana, à Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda., companhia recentemente constituída em que nós e Suzano detínhamos individualmente 50% do capital social. Em setembro de 2008, a Ripasa foi transformada em Conpacel, uma unidade de compartilhamento de custo e produção, ou consórcio, em que tínhamos uma participação indivisível de 50% nos ativos, passivos e operações. No dia 21 de dezembro de 2010, celebramos um acordo vinculante com a Suzano a respeito da venda de nossa participação de 50% na Conpacel, que consiste em (1) uma fábrica de celulose e papel localizada na cidade de Americana, no estado de São Paulo, e (2) terras totalizando aproximadamente 76 mil hectares relacionados à fábrica e aproximadamente 71 mil hectares de área florestal (dos quais 33 53 mil hectares eram próprios e 18 mil hectares eram arrendados), por um preço de compra total de R$1,450 milhão. Concluímos a venda em 31 de janeiro de 2011. A fábrica de celulose e papel da Conpacel consistia em uma fábrica de celulose com capacidade de produção anual de 650 quilotons e em uma fábrica de papel com capacidade de produção anual de 390 mil toneladas. No dia 21 de dezembro de 2010, também celebramos um acordo vinculante com a Suzano para a venda da KSR, nossa unidade de negócios de distribuição de papel, por um preço de compra total de R$50 milhões. O fechamento da venda da KSR ocorreu no dia 28 de fevereiro de 2011. Alienação da Unidade Produtora de Guaíba Em 7 de outubro de 2009, celebramos um contrato de compra e venda com a Empresas CMPC S.A. (CMPC) para a venda de (1) nossa fábrica de celulose e papel localizada na cidade de Guaíba, no estado do Rio Grande do Sul, (2) terras totalizando uma área de aproximadamente 212 mil hectares de área florestal relacionada a essa fábrica (dos quais 32 mil hectares foram arrendados por meio de parcerias), (3) licenças e autorizações para um projeto de expansão da capacidade de produção da fábrica de celulose para aproximadamente 1,75 milhão de toneladas por ano, e (4) todo o capital social da Aracruz Riograndense, à qual nos referimos conjuntamente como a Unidade Produtora de Guaíba, por um preço de compra total de R$2.416 milhões, o que gerou um ganho de capital de R$33 milhões. A fábrica de celulose e papel de Guaíba consistia em uma fábrica de celulose com capacidade anual de 450 quilotons e em uma fábrica de papel com capacidade anual de 60 quilotons de papel para imprimir e escrever. Oferta Pública Primária de Ações Ordinárias Em 8 de março de 2012, a Fibria anunciou uma oferta pública primária de ações ordinárias de emissão da Companhia. Em 30 de abril de 2012, 86.000.000 ações foram emitidas ao preço unitário de R$15,83/ação (US$8,43/ação), totalizando R$1.361 milhões (sem a colocação de um lote suplementar). A Oferta Pública esteve de acordo com a estratégia de fortalecer a nossa estrutura de capital. Alienação de ativos florestais e terras Em 8 de março de 2012, como parte de nossa estratégia para fortalecer nossa estrutura de capital, firmamos um contrato vinculante com o Fundo Florestas do Brasil (o "Fundo") por meio da subsidiária Caravelas Florestal S.A., para a venda de certas florestas e terras localizadas no sul da Bahia, consistindo em 16.152 mil hectares de florestas de eucalipto para madeira e celulose, com produção média anual de 660 metros cúbicos de madeira. Em 29 de junho de 2012, a Fibria assinou um contrato de compra e venda relativo a esses ativos no valor total de R$235 milhões. Um pagamento em espécie de R$200 milhões foi recebido como adiantamento na mesma data. Como resultado do processo de due diligence conduzido pelo comprador, o preço de venda foi ajustado para R$200 milhões. Em 7 de dezembro de 2012 a transação foi concluída mediante recebimento de uma notificação de aceitação assinada pelo comprador.Vide a Nota 1(d) (iii) de nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes a 2013. Em 15 de novembro de 2013 celebramos um Contrato de Compra de Ações e Outros Acordos com a Parkia para venda de determinado terreno localizado nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, somando um total de aproximadamente 210 mil hectares. Em 30 de dezembro de 2013, após obter aprovações mandatórias reguladoras, bem como após a conclusão de uma auditoria pela Parkia, a Primeira Alteração ao Contrato de Compra de Ações e Outros Acordos foi concluída e assinada, na qual a área total sujeita à transação foi ajustada a aproximadamente 206 mil hectares de terras, pelo total de R$1.402.584.000,00, dos quais R$500.000.000,00 foram recebidos por nós após assinatura do contrato. O saldo restante de R$902.584.000 foi recebido por nós durante o primeiro trimestre de 2014, após o cumprimento de determinadas obrigações e exigências legais cumpridas por nós. 34 Podemos ter direito a um valor extra, limitado a R$247.515.000,00, em três pagamentos separados, cada um de até um terço do valor, na sétima, décima quarta e vigésima primeira data de aniversário do contrato. O direito a essa quantia depende da apreciação do terreno em cada um desses aniversários, medida de acordo com suposições de medição pré-definidas estabelecidas no contrato e ajustadas pela variação do IGP-M nas datas de pagamento reais. Atualmente celebramos contratos de parceria florestal com a Parkia por um período de até 24 anos, durante o qual continuaremos a administrar nossas florestas no terreno vendido. Em troca do direito de usar o terreno para nossas atividades florestais, a parceria florestal concede à Parkia o direito de receber 40% do volume de madeira (em metros cúbicos - m3), produzidos por nós nos terrenos durante cada ciclo de colheita, e com um "teto” estabelecido por contrato. A transação está de acordo com nossa estratégia de fortalecer nossa estrutura de capital por meio do pagamento antecipado da dívida. Vide Nota Nº1(e) de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Investimento em Capital – Ensyn Com um investimento inicial de US$20 milhões, a Fibria adquiriu aproximadamente 6% das ações votantes da Ensyn e concordou em estabelecer uma joint venture (F&E Technologies LLC), com participações iguais, que foi devidamente incorporada em Delaware para futuros investimentos na produção de combustíveis líquidos e químicos provenientes de biomassa no Brasil. Em 2014, firmamos com a Ensyn Corporation, uma Alteração ao Contrato de Compra de Ações 2012, para a compra, pela Companhia, de participação adicional de 3% do capital da Ensyn por US$10 milhões. Isso aumentou nossa participação para cerca de 9% do capital da Ensyn e nos proporcionou certos direitos que, se exercidos, nos permitirão subscrever um adicional de US$15 milhões em seu capital. Aquisição da Aracruz e Operações Relacionadas Visão Geral da Aracruz Antes de sua aquisição, a Aracruz era a maior produtora mundial do mercado de celulose, de acordo com a Hawkins Wright, com capacidade de produção anual de celulose de aproximadamente 2,9 milhões de toneladas em 31 de dezembro de 2008, incluindo 50% da capacidade de produção anual de celulose da Veracel. Naquela data, a base de área florestal da Aracruz consistia de um total de florestas de aproximadamente 403,7 mil hectares localizados em três estados brasileiros, incluindo 50% da área florestal da Veracel, consistindo de aproximadamente 258,5 mil hectares de áreas plantadas e aproximadamente 145,2 mil hectares de áreas preservadas. A Aracruz produzia BEKP em suas fábricas de celulose da Aracruz e de Guaíba, e detinha uma participação de 50% na Veracel, que detém e opera uma fábrica de celulose com capacidade de produção anual de 1,1 milhão de toneladas, bem como ativos de áreas florestais relacionadas. A Aracruz produzia papel não revestido em sua fábrica de papel em Guaíba, que tinha capacidade de produção anual de 60 quilotons. Em 2008, a Aracruz produziu 3.106 quilotons de celulose de eucalipto, registrando receita líquida consolidada das vendas de celulose de R$3.539 milhões, e produziu 56 quilotons de produtos de papel, registrando uma receita líquida consolidada das vendas de papel de R$115 milhões. Aquisição da Aracruz Em outubro de 2001, adquirimos 127.506.457 ações ordinárias da Aracruz, representando 28,0% de seu capital social com direito a voto e 12,35% da então participação total no capital social da Aracruz, a fim de aumentar nossa exposição ao mercado internacional de celulose, e contabilizamos esse investimento pelo método de equivalência patrimonial. Em janeiro de 2009, adquirimos a Arapar e a São Teófilo, cujos ativos exclusivos consistiam de um total de 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto, da Aracruz, por R$2,710 milhões. Nos termos do contrato de compra e venda, o preço de compra pode 35 ser pago em seis parcelas semestrais sem juros, como segue: (1) R$500 milhões foram pagos em janeiro de 2009; (2) R$500 milhões foram pagos no período de abril, maio e julho de 2009; (3) R$500 milhões foram pagos em janeiro de 2010; (4) R$500 milhões foram pagos em junho de 2010; (5) R$410 milhões foram pagos em janeiro de 2011; e (6) R$300 milhões foram pagos em julho de 2011. Em abril de 2009, adquirimos da Família Safra 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto da Aracruz por R$2,710 milhões. Nos termos do contrato de compra e venda dessas ações, o preço de compra foi pago em seis parcelas semestrais sem juros da seguinte forma, exceto conforme especificado abaixo: (1) R$600 milhões foram pagos em dinheiro em abril de 2009; (2) R$500 milhões foram pagos em janeiro de 2010; (3) R$500 milhões foram pagos em junho de 2010; (4) R$400 milhões foram pagos em outubro de 2010, com juros a partir de julho de 2009 à taxa de 105% do CDI ao ano; (5) R$410 milhões foram pagos em janeiro de 2011; e (6) R$300 milhões foram pagos em julho de 2011. Após a Aquisição da Aracruz, detínhamos 37,05% do capital social total, incluindo 84,00% do capital social com direito a voto da Aracruz. Como resultado dessas aquisições, de acordo com as IFRS, consolidamos integralmente os ativos, os passivos e os resultados operacionais da Aracruz e de suas subsidiárias consolidadas em nossas demonstrações financeiras consolidadas de 1º de janeiro de 2009. Aumento de Capital Em abril e maio de 2009, emitimos e vendemos (1) 62,1 milhões de ações ordinárias para nosso acionista controlador, VID, através da aplicação de R$1.000 milhões de adiantamentos anteriormente emitidos para aumentos de capital e R$180 milhões em dinheiro, (2) 43,6 milhões de ações preferenciais ao BNDESPar em permuta de 56,9 milhões de ações ordinárias da Aracruz, representando 12,49% do capital social total, inclusive 5,51% do capital social votante, da Aracruz, (3) 95,8 milhões de ações preferenciais ao BNDESPar por R$1.820 milhões em dinheiro, e (4) um valor agregado de 9,3 milhões de ações preferenciais às famílias Lorentzen, Moreira Salles, Almeida Braga e Safra pelo valor agregado de R$180 milhões. Vinculado desse aumento de capital, a BNDESPar subscreveu debêntures emitidas pela VID que eram conversíveis em ações ordinárias de nossa Companhia detidas pela VID. Nos termos dessas debêntures, a VID foi obrigada a investir os recursos líquidos que recebeu da BNDESPar para adquirir ações de nossa Companhia. No dia 3 de setembro de 2009, a BNDESPar exerceu sua opção de converter as Debêntures da VID. Como resultado dessa conversão, a VID transferiu 30.526.316 ações ordinárias de nossa Companhia para a BNDESPar, após o que a VID detinha 35,2% e a BNDESPar 41,8% de nosso capital social total em 30 de setembro de 2009. Conversão de Ações Preferenciais da VCP em Ações Ordinárias A respeito da Aquisição da Aracruz, começamos a implementar uma reestruturação societária para simplificar nossa estrutura de capital. No dia 30 de maio de 2009, a fim de preparar nossa Companhia para a eventual migração de nossas ações ordinárias ao segmento do Novo Mercado da BMFBOVESPA, nossos acionistas aprovaram a conversão de todas as nossas ações preferenciais em circulação em ações ordinárias pela relação de permuta de 0,91 ação ordinária por uma ação preferencial. Essa conversão entrou em vigor no dia 12 de agosto de 2009, em decorrência da qual passamos a ter uma única classe de ações composta exclusivamente por ações ordinárias. Como resultado dessa conversão, as participações da VID e da BNDESPar no capital social total da nossa Companhia mudaram de 40,7% e 35,4%, respectivamente, para 35,2% e 40,8%, respectivamente. Oferta Pública de Compra Obrigatória No dia 1º de junho de 2009, anunciamos o início de uma oferta pública obrigatória para compra de todas e quaisquer ações ordinárias em circulação da Aracruz. O leilão referente a essa oferta pública ocorreu na BM&FBOVESPA no dia 1° de julho de 2009, quando adquirimos 13.828.307 ações ordinárias, representando 3,04% das ações ordinárias em circulação e 1,34% do total do capital social em circulação da Aracruz, por um preço de aquisição total de R$236,6 milhões, pago de acordo com o mesmo cronograma de pagamento acordado pela família Safra com os antigos acionistas da Arapar e da 36 São Teófilo a respeito da Aquisição da Aracruz. Após essa operação, detínhamos 43,89% do capital social total, incluindo 99,53% do capital social com direito a voto da Aracruz. Incorporação por Meio de Permuta de Ações Como parte de nossa reestruturação societária, em 24 de agosto de 2009, a Fibria e a Aracruz realizaram assembleias gerais extraordinárias nas quais foi aprovada a Incorporação por Meio de Permuta de Ações, de acordo com a qual (1) cada ação ordinária emitida e em circulação da Aracruz (exceto as ações ordinárias detidas direta ou indiretamente pela Fibria ou a respeito das quais o detentor exerce direitos de recesso) foi permutada por 0,1347 ação ordinária da Fibria; (2) cada ação preferencial emitida e em circulação da Aracruz (exceto as ações preferenciais detidas pela Fibria) foi permutada por 0,1347 ação ordinária da Fibria; e (3) a Aracruz se tornou uma subsidiária integral da Fibria. A realização da Incorporação por Meio de Permuta de Ações ocorreu no dia 17 de novembro de 2009 nas instalações da BM&FBOVESPA. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os detentores de ações ordinárias e ações preferenciais classe A da Aracruz que não votaram a favor da Incorporação por Meio de Permuta de Ações, incluindo aqueles que se abstiveram de voto ou que não compareceram à Assembleia Geral Extraordinária da Aracruz, tiveram direito de retirar seu capital da Aracruz no período de recesso programado para expirar no dia 28 de setembro de 2009. No dia 28 de setembro de 2009, nós e a Aracruz anunciamos que o prazo final para o exercício dos direitos de recesso havia sido prorrogado até 12 de novembro de 2009. No dia 28 de outubro de 2009, protocolamos uma declaração de registro F-4 perante a SEC, que foi declarado válido pela SEC no dia 12 de novembro de 2009, para registrar a emissão de nossas ações a detentores das ações preferenciais classe B da Aracruz (incluindo as ações preferenciais classe B da Aracruz que eram representadas por ADRs) residentes nos Estados Unidos. Após a Incorporação por Meio de Permuta de Ações, a VID detinha 29,3% e a BNDESPar detinha 33,6% de nosso capital social total. O último dia de negociações de ADR da Aracruz foi 17 de novembro de 2009, e seu preço final de mercado foi de US$21,25. Em 31 de dezembro de 2008, o preço de mercado de um ADR da Aracruz era de US$11,28. Incorporação da Arapar e da São Teófilo à Fibria Como parte da reestruturação societária, as assembleias gerais extraordinárias da Fibria, da Arapar e da São Teófilo aprovaram, no dia 21 de dezembro de 2009, a incorporação da Arapar e da São Teófilo pela Fibria, sendo a Fibria a sociedade sucessora. Essa incorporação entrou em vigor no dia 31 de dezembro de 2009. Incorporação da Aracruz à Fibria Como parte da reestruturação societária e a fim de maximizar as sinergias da Aquisição da Aracruz, em vigor em 31 de dezembro de 2009, a Aracruz foi incorporada pela Fibria, sendo esta a sociedade sucessora. Nossa Estrutura Acionária Somos controladas em conjunto da VID, subsidiária integral da VPar (holding do Grupo Votorantim), e da BNDESPar, subsidiária do BNDES. A VPar é controlada pela Hejoassu Administração S.A., ou Hejoassu, que, por sua vez, é controlada pela família Ermírio de Moraes. Como resultado da compra da participação societária adicional da Aracruz e da reorganização da Fibria, ambas ocorridas no primeiro semestre de 2009, de nossa oferta de permuta de ações em circulação da Aracruz e da incorporação da Aracruz à nossa Companhia, nossa estrutura acionária e nossas principais subsidiárias em 31 de dezembro de 2013 são apresentadas no quadro abaixo. 37 Em 31 de dezembro de 2014, a Fibria possuía 553.934.646 ações ordinárias. Investimentos em Bens de Capital Nossos investimentos em bens de capital totalizaram R$1.287 milhões em 2013 e R$1.078 milhões em 2012. O aumento em 2012 é explicado pelo investimento não recorrente de uma maior renovação florestal na Unidade Aracruz e pelos diversos projetos sustentáveis. A tabela abaixo estabelece a divisão dos nossos investimentos em bens de capital mais significativo para os períodos indicados: 2014 2013 (em milhares de Reais) 2012 Expansão Industrial ................................................... Expansão Florestal ...................................................... Subtotal da Expansão ............................................... Segurança/ Meio Ambiente ....................................... Renovação Florestal (inclui o adiantamento para compra de madeira – programa de parceria) ........................ 38 74 112 18 8 65 73 31 4 66 70 47 1.102 849 730 Manutenção, TI, P&D, Modernização ....................... Subtotal de Manutenção ........................................... 50% Veracel ............................................................... Total ........................................................................... 252 1.372 107 1.591 253 1.133 81 1.287 166 943 65 1.078 Para 2015, a Administração aprovou um orçamento de R$1,7 bilhão para desembolsos de capital no futuro. O aumento em relação a 2014 é principalmente explicado pela inflação, taxa de câmbio e pela segunda fase de investimentos em caminhões a fim de reduzir os custos de transporte de madeira. B. Visão Geral dos Negócios Visão geral da indústria da celulose A indústria mundial de celulose é dividida basicamente em dois grupos de categorias desse produto: a mecânica, que é a celulose produzida apenas com uso de processos baseados na energia mecânica, e a química, que engloba a celulose produzida depois do tratamento químico de lascas e 38 cavacos de madeira com soda cáustica. Em todo o mundo são produzidas 168 milhões de toneladas todos os anos, das quais 82% é celulose química segundo estatísticas do mercado. As duas categorias são subdivididas em: celulose integrada, que é aquela produzida na produção cativa da mesma companhia ou grupo, e celulose de mercado, que é a celulose produzida para comercialização. O mercado de celulose soma 56 milhões de toneladas, o que representa 41% de toda a celulose química. O mercado da celulose química pode ser subdividido em diversas categorias diferentes, dependendo da espécie de madeira. Os dois principais grupos são o de madeira lenhosa, que reúne as espécies que dão celulose de fibras curtas, e de madeira macia, cujas espécies dão celulose de fibras longas. As áreas tropicais são mais propensas à produção da celulose de fibras curtas, ao passo que a celulose de fibras longas só é produzida em áreas temperadas. A celulose de fibra curta representa 54% do mercado total de celulose, com 30 milhões de toneladas. A Fibria produz celulose de eucalipto, espécie originária da Austrália mas que se adaptou excepcionalmente bem ao clima brasileiro. Na realidade, é no Brasil onde as árvores de eucalipto desenvolvem a maior produção no mundo inteiro. A celulose de eucalipto é responsável por 67% de todo o mercado de celulose de fibras curtas, com uma demanda de 20 milhões de toneladas em 2014. Visão Geral da Indústria (1) Fonte: Papel&Papel Cartão, Consumo de FibrasFibra Reciclada e Celulose: RISI | Celulose de Mercado, Fibra Curta e Eucalipto: PPPC 406 Global milhões100 t – Dezembro de 2014 – considera a demanda de 2014. Capacidade do mercado de celulose 59% 41% Fibras Recicladas Somos a maior 238 milhões t Celulose produtora mundial de celulose de mercado, de acordo com a Hawkins Wright, 168 milhões t com capacidade total de produção de celulose de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas anuais de eucalipto, conforme mostrado no gráfico abaixo. 82% 18% Mecânica Ranking 30 milhões t Química no mercado de celulose de capacidade 138 milhões t (000 toneladas) 59% Plantas Integradas 82 milhões t 41% Celuulose de Mercado 56 milhões t 46% 54% Fibra Curta 30 milhões t Fibra Longa/Outras 26 million t 33% Acácia/Outras 10 milhões t 67% Eucalyptus 20 milhões t 74% Outros Produtores de Celulose de Eucalipto: 15 milhões t 39 26% Tradução da imagem: Verde claro: Celulose branqueada de fibra curta (BKSP) Verde escuro: Celulose branqueada de fibra longa (BHKP) Cinza: Celulose não branqueada (UKP) Laranja: Celulose mecânica (MP) Fonte: Hawkins Wright – Dezembro de 2014 A capacidade de produção de celulose de eucalipto cresceu mais do que todas as demais categorias, aumentando 94% entre 2006 e 2014, até totalizar mais de 22 milhões de toneladas métricas, com a maioria desse crescimento ocorrendo na América Latina. Volumes maiores dos produtores latino-americanos, que detêm estoques reguladores e em trânsito (conforme as fábricas na região chegam mais adentro do continente), maior espaço de carga, gerenciamento de estoques próprios por fornecedores onde o faturamento é realizado sobre o consumo de celulose, e não sobre a entrega, e o aumento na distância e alcance da distribuição geográfica da celulose com o recente aumento da importância da China no mercado aumentaram o inventário mínimo necessário para a distribuição de eucalipto. De acordo com a Nota de Pesquisa Especial lançada pelo Pulp and Paper Products Council (PPPC) recentemente, o nível equilibrado global de produtores de celulose de fibra curta nos inventários é atualmente de 39 dias, um aumento de 10 dias desde 2000. Porém, para os produtores latino-americanos a média do inventário fica em 43 dias , já que quase 90% da produção de celulose de fibra curta da América Latina é exportada para fora da região, em comparação com somente 38% das regiões da América do Norte e Nórdica. Evolução do estoque de celulose branqueada de fibra curta do produtor (dias de suprimento) 40 Fonte: PPPC (World-20) Demanda do mercado de celulose A celulose é usada basicamente na produção de três tipos de papel: imprimir e escrever, para fins sanitários e papeis especiais. Os papeis de imprimir e escrever são usados em jornais, revistas, catálogos, livros, na impressão comercial, formulários, material de escritório, cópias e impressão digital. O papel destinado a fins sanitários é usado basicamente para higiene pessoal. Integram este grupo o lenços e papel higiênico, lenços faciais, toalhas de papel, papeis de embalagem e guardanapos. A seu turno, os papeis especiais são fabricados de acordo com especificações com finalidades bastante específicas. Os tipos de papeis especiais englobam papeis sem carbono, papeis decorativos, papeis de segurança, autoadesivos e papel para cigarros. Em 2008 a demanda do mercado registrou crescimento negativo de 0,9%, ou 470 mil toneladas, ao passo que em 2009 o crescimento foi zero. É importante frisar que a demanda do mercado de celulose foi afetada diretamente pela crise do aperto de crédito ao longo desse período. À medida que a economia mundial começou a se recuperar da crise em 2010 o setor verificou um crescimento de 2,3%, ou 1,0 milhão de toneladas. Em 2011, a despeito de todas as incertezas que pairam sobre as economias europeia e norteamericana, a demanda global do mercado de celulose atingiu um volume total de 52,5 milhões de toneladas, o que representa aumento de 4,7%, ou 2,4 milhões de toneladas, em relação a 2010. O ambiente econômico permaneceu instável em 2012, mas a movimentação no sentido de criar estoques, particularmente na China, levou a demanda global por celulose a registrar crescimento de aproximadamente 1,2% durante o ano. A região da Europa era a principal região consumidora do mercado, com demanda total de 17,8 milhões de toneladas, seguida pela China, com demanda de 14,4 milhões de toneladas em 2012. A demanda por celulose continuou a crescer em 2013, orientada principalmente pela nova capacidade do papel que entrou no mercado naquele ano. O aumento de 3,2% (ou 1,3 milhão de toneladas extras) teve principalmente o apoio das vendas de celulose de fibra curta para a China (devido a um forte crescimento nos setores de papel sanitário e papel de pasta química) e uma surpreendente repercussão na América do Norte (resultante de novos usos do papel sanitário, do aumento do poder de compra do consumidor e da substituição da celulose integrada pela celulose de mercado). Em 2014, os principais mercados de celulose, quais sejam o norte-americano, europeu e chinês, registraram crescimento na demanda de celulose durante o ano em decorrência da continuidade da onda de investimentos em novas máquinas de papel iniciada em 2013, especialmente na China. O nível favorável do preço da madeira de fibra curta também contribuiu para o crescimento na demanda 41 de celulose devido a certo nível de substituição de outras fontes de fibra, tais como papel reciclado e pasta não lenhosa [nonwood pulp]. A demanda por eucalipto ficou estável em 2010, cresceu 7,8% em 2011, 2,3% em 2012, 7,8% em 2013 e 8,7 em 2014 . As projeções do PPPC para a demanda global de eucalipto apontam para um crescimento médio de 5,4% entre 2014 e 2015, bem superior à média global de 2,9% da demanda por celulose de mercado para o mesmo período. Segundo apontam as previsões, esse aumento será baseado no crescimento das categorias de papeis sanitários e na expansão dos papeis de imprimir e escrever na Ásia. Demanda Total por Celulose de Mercado e Participação de Mercado do Eucalipto Fonte: PPPC Tradução da imagem: Verde: Demanda total do Mercado de Celulose Laranja: Participação Acionária de Eucalipto Dinâmica dos preços da celulose Tratando-se de uma mercadoria mundial, os preços do mercado de celulose são afetados por dinâmicas macroeconômicas, assim como os preços de qualquer outra mercadoria. O gráfico adiante é uma comparação das tendências dos preços do mercado de celulose de fibras longas com o Economist Commodity Index desde 1980. 42 Fonte: Hawkins Wright e The Economist, dezembro de 2014 Tradução da imagem: Preço da celulose versus outras mercadorias A principal variável responsável pela formação dos preços do mercado de celulose é o equilíbrio entre a oferta e a procura. Essa relação caracteriza a disponibilidade de celulose para comercialização no mercado em face da real demanda do mercado pela mercadoria. Essa relação pode ser analisada a curto, médio e longo prazo. Na indústria da celulose, normalmente define-se curto prazo como os próximos 12 meses. Nesse período, as variáveis que afetarão o equilíbrio são: a velocidade operacional das unidades produtoras de celulose instaladas, o desempenho do maquinário de celulose instalado (o que resulta em consumo de celulose) e o nível dos estoques em toda a cadeia de suprimento. O evento mais recente que restringiu o suprimento das fábricas de celulose foi o terremoto de 2010 no Chile. Por causa do terremoto, a produção no Chile foi parada, o que limitou o fornecimento e teve impacto direto sobre os preços. Além disso, as máquinas de papel podem afetar a demanda de celulose visto que tais máquinas ajustam sua produtividade às variações do cenário econômico e a sazonalidade do mercado. As demandas por papeis de imprimir e escrever são mais afetadas por mudanças econômicas e sazonalidade do que a demanda por papeis sanitários, pois estes são ligados à higiene das pessoas. Conforme a demanda enfraquece e o suprimento permanece constante, os estoques podem aumentar e caracterizar um impacto negativo sobre os preços. Na indústria da celulose pode-se considerar médio prazo o período de 1 e 5 anos adiante. O resultado entre a oferta e a procura a médio prazo será um reflexo, essencialmente, dos anúncios dos projetos de fábricas de papel e celulose. O cenário a curto prazo e com respeito à taxa de crescimento relativo esperada entre oferta e procura afetarão as projeções de preços da celulose naquele período. Esta expectativa de preços médios é de grande importância pois as companhias utilizam esse valor para decidir sobre novos projetos de unidades fabris. O longo prazo na indústria é definido como o tempo superior a 5 anos. Embora a estrutura de custos de produção deva ser observada a curto e médio prazos, seu maior impacto será na formação dos preços da celulose a longo prazo. A estrutura de custo da indústria da celulose definirá o preço de equilíbrio desse produto, o qual indica o valor mínimo pelo qual o produtor de maior custo ainda terá vantagem se continuar suas atividades. O gráfico abaixo mostra o custo-caixa de produção de acordo com a capacidade de produção por tonelada, o qual tem impacto sobre o preço da celulose: 43 Custo Caixa de Produção de Caixa em U.S.$./t em capacidade cumulativa da BHKP (Curva de suprimento da Europa CIF - 2014) Fonte: Hawkins Wright ( Dezembro de 2014) Os preços da celulose são cotados por região e dependem de seus “Incoterms”. As regiões possuem suas próprias dinâmicas, porém o preço usado como referência na indústria continua sendo o(s) preço(s) europeus, pois este continua sendo a região com o maior mercado consumidor de celulose. O gráfico abaixo mostra o comportamento dos preços da celulose de fibra curta no mercado europeu desde 2006 e a sua volatilidade histórica, resultante dos fatores descritos acima. Celulose de fibra curta FOEX Europa (US$/t) Fonte: FOEX Perfil da Fibria Somos a maior produtora mundial de celulose de mercado, de acordo com a Hawkins Wright e a PPPC, com capacidade total de produção de celulose de eucalipto de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas por ano. Acreditamos que somos um dos produtores de BEKP de menor custo do mundo, devido principalmente às nossas economias de escala, instalações produtivas modernas e estrategicamente localizadas, curto ciclo de extração de nossas árvores e nossa utilização de tecnologia de ponta em nossas operações. No primeiro semestre de 2009, adquirimos o controle da Aracruz e incorporamos totalmente os resultados operacionais da Aracruz em nossas demonstrações financeiras 44 consolidadas em 1º de janeiro de 2009. Em setembro de 2009, adotamos a marca “Fibria” em nossas operações de celulose e papel. Nossa base florestal é ampla e diversificada. Em 31 de dezembro de 2014, ela era constituída de aproximadamente 968 mil hectares (próprios e arrendados, excluindo as áreas do programa de parceria florestal, a base florestal ligada à venda de ativos florestais no sul do Estado da Bahia e o Losango) localizados em sete estados do Brasil. Aproximadamente 561 mil hectares de nossa área de florestas total consistiam em áreas plantadas e aproximadamente 343 mil hectares de áreas de conservação com vegetação nativa, ou áreas preservadas. Produzimos celulose branqueada de eucalipto nas três plantas de celulose a seguir, controladas 100% por nós: a planta da Aracruz, localizada no estado do Espírito Santo, com capacidade de produção anual de 2,3 milhões de toneladas e que adquirimos como parte da Aquisição da Aracruz; a planta de celulose de Três Lagoas, localizada no estado do Mato Grosso do Sul, com capacidade de produção anual de 1,3 milhão de toneladas e cujas operações começaram em 30 de março de 2009; e a planta de celulose de Jacareí, localizada no estado de São Paulo, com capacidade de produção anual de 1,1 milhão de toneladas. Além disso, temos uma participação de 50,0% na Veracel, que controla e opera uma planta de celulose no município de Eunápolis, estado da Bahia, com capacidade de produção anual de 1,12 milhão de toneladas. De acordo com as IFRS, incluímos nossa participação proporcional dos resultados operacionais da Veracel em nossos resultados operacionais consolidados. Em 2014 produzimos 5.274 quilotons de celulose (inclusive 50% da produção de celulose da Veracel) e registramos receitas líquidas consolidadas de R$7.084 milhões. Em 2013, produzimos 5.259 quilotons de celulose (incluindo 50,0% da produção de celulose da Veracel) e registramos receita líquida consolidada de R$6.917 milhões. Em 2014, nossa produção de celulose teve a seguinte destinação: 51% para papeis sanitários, 31% para papeis de imprimir e escrever e 18% para papeis especiais. Nossa composição nos expõe ao segmento de papeis sanitários com baixa dependência do segmento de imprimir e escrever, trazendo mais estabilidade através do ciclo econômico. As exportações representaram 91% de nosso volume de vendas de celulose tanto em 2014 como em 2013. Exportamos produtos de celulose de um terminal e depósito que operamos no porto de Santos, no estado de São Paulo, e de Portocel, terminal portuário especializado que é operado por nossa subsidiária Portocel Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A., ou Portocel, que está localizado a aproximadamente 3 quilômetros de nossa fábrica da Aracruz, no estado do Espírito Santo. Operamos também um terminal portuário localizado na cidade de Caravelas, no estado da Bahia, a partir do qual transportamos madeira para a nossa planta da Aracruz, e um terminal portuário na cidade de Belmonte, no sul do estado da Bahia, a partir do qual transportamos celulose produzida pela Veracel à Portocell. O mapa a seguir apresenta a localização das instalações de produção e dos terminais portuários que operamos: 45 Tradução da imagem: Verde: Terminal portuário Laranja: Unidade de celulose 46 Nossos Pontos Fortes Liderança mundial em celulose de mercado Somos a maior produtora de celulose de mercado, de acordo com a Hawkins Wright e a PPPC, com capacidade de produção de celulose total de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas em 31 de dezembro de 2014, com vendas anuais de cerca de 90% aos mercados internacionais. Segundo estatísticas de mercado, em 2014 nós atendemos aproximadamente 26% da demanda mundial de BEKP, cerca de 18% da demanda mundial de celulose branqueada de fibra longa de mercado para celulose kraft e aproximadamente 10% da demanda mundial de celulose química de mercado. Nossa liderança tem como base a sustentabilidade de nossas operações florestais (em decorrência do ciclo de extração mais curto no Brasil em comparação a outros países relevantes), nossa tecnologia de ponta (incluindo instalações modernas e métodos avançados de clonagem), nossa alta produtividade, nossa forte base de clientes e nossos relacionamentos de longo prazo com nossos clientes. Baixos custos de produção Nossas operações eficientemente estruturadas no Brasil resultam em custos caixa de produção relativamente baixos. Acreditamos que somos uma das produtoras de BEKP de menor custo no mundo. Nossos baixos custos de produção em relação a muitos de nossos concorrentes devem-se a vários fatores, incluindo: nossas consideráveis economias de escala; nossas técnicas florestais avançadas de manejo do plantio, manutenção e extração de nossas florestas; nossas fábricas modernas; nosso ciclo de colheita de árvores relativamente curto; e custos relativamente baixos de energia e produtos químicos. As condições climáticas e de solo no Brasil nos permitem a extração de nossas árvores de eucalipto entre 6 a 7 anos após o plantio, ao mesmo tempo em que os ciclos de extração de outras espécies de florestas no sul dos Estados Unidos, no Canadá e na Escandinávia podem durar de 25 a 70 anos. Os ciclos de extração de nossos principais concorrentes estrangeiros no mercado de BEKP (Espanha, Portugal e Chile) são de aproximadamente 8 a 10 anos. Em 2014 melhoramos nossa cultura de gestão de custos com a implementação da metodologia Zero Based Budgeting (ZBB), incluindo despesas operacionais e desembolsos de capital como escopo para o ciclo orçamentário de 2015. O orçamento anual ZBB é um processo muito detalhado, estruturado e interativo a fim de facilitar um debate financeiro significativo entre os gerentes e executivos. O processo ZBB baseia-se no desenvolvimento de uma profunda visibilidade aos direcionadores de custo e no uso dessa visibilidade para definir metas orçamentárias. Contratamos a firma de consultoria Catalitica Experience para nos auxiliar na implementação do ZBB. Instalações produtivas modernas Nossas fábricas adotaram os projetos, as tecnologias e os processos de produção mais modernos em decorrência de nossos investimentos significativos. A tecnologia e os processos de produção avançados utilizados em nossas fábricas nos permitem utilizar um menor volume de matérias-primas, principalmente substâncias químicas, o que reduz consequentemente nossos custos de produção. Além disso, nossas fábricas têm vantagens sobre aquelas mais antigas, principalmente em termos de redução de emissões e descarte de resíduos sólidos, oferecendo um processo de produção de celulose mais otimizado, eficiente e viável em termos ambientais. As fábricas de Três Lagoas e Veracel têm um dos menores custos de produção de celulose de mercado por tonelada do mundo. Isso é o resultado de tecnologia de ponta, incluindo processos e equipamentos modernos associados à eficiência em florestas e operações industriais, bem como distâncias curtas entre as florestas e as fábricas. 47 Pesquisa e tecnologia de ponta A Fibria iniciou os plantios de eucalipto no final da década de 1960, utilizando sementes do Horto Florestal de Rio Claro (SP). Naquela época, quatro espécies foram consideradas adequadas: Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus alba. Durante os anos 70 o desempenho específico de E. grandis e E. urophylla comprovou-se o mais adequado às nossas condições ambientais e ao processo de fabricação de celulose. Desde então, muitas árvores de qualidade superior foram desenvolvidas como resultado do programa de criação e da utilização de clonagem comercial. As florestas clonadas apresentaram ganhos significativos em produtividade, uniformidade e qualidade de madeira, nos proporcionando uma posição de destaque no mercado mundial. A Fibria atualmente utiliza um grupo de clones selecionados em suas plantações. Estes clones são frequentemente substituídos por novos para assegurar a evolução da produtividade e variedade genética suficiente na paisagem. Tecnologias de criação de ponta estão sendo usadas para desenvolvimento de gerações avançadas de clones de eucaliptos. Essas técnicas envolvem a seleção de plantas superiores e o cruzamento entre esses indivíduos por sucessivas gerações. Além disso, a Fibria trabalha constantemente em métodos de silvicultura alternativos para aumentar a produtividade dos plantios. A combinação de silvicultura e melhoramento genético é essencial para manter uma produção sustentável e a saúde dos ecossistemas a longo prazo, o que representa um desafio extra devido às incertezas climáticas e econômicas.O desenvolvimento de genótipos adaptados, juntamente com as melhorias obtidas com as práticas de silvicultura , são essenciais para os serviços ambientais disponibilizados pelas florestas para as futuras gerações. Graças ao progresso contínuo, a área utilizada atualmente para atender nossas fábricas de celulose é metade da área necessária há 40 anos, quando os níveis de produtividade florestal eram muito menores. O desenvolvimento de produtos acompanhou o estudo de novos processos que têm como objetivo permitir a criação de novos produtos e incentivar aqueles que já existem, inclusive alternativas para melhorar os processos dos clientes e/ou desempenho dos produtos, especialmente com respeito a força e suavidade. Isso nos permitiu oferecer continuamente produtos diferenciados, apesar de operarmos em um mercado de commodity. Nossas colaborações com outras empresas de renome nos levou a desenvolver diferentes produtos a partir de biomassa e de subprodutos, e isso pode representar novas oportunidades de negócios no futuro. Operações integradas Nossas operações são integradas verticalmente. O processo tem início com a produção de mudas de eucalipto em viveiros, de onde as mudas são depois retiradas e levadas para nossas enormes florestas. Nas florestas, as mudas são plantadas e depois disso cortadas e transportadas para nossas unidades de produção, onde a celulose é produzida. Depois disso, a celulose é levada até terminais portuários pertencentes e operador pela própria empresa, a fim de ser distribuída para nossos clientes. Nossas atividades de transporte e logística são eficientes e diversificadas. A localização estratégica de nossas florestas e unidades de produção nos permite incorrer custos de transporte mais baixos. A distância média de nossas florestas às nossas fábricas é menor que a de muitos de nossos concorrentes nacionais e internacionais, resultando em eficiências em logística (por exemplo, alguns de nossos concorrentes na China atendem suas necessidades de matéria-prima com madeira importada da Rússia). O Portocel, o terminal portuário que operamos no estado do Espírito Santo, está localizado a aproximadamente 3 quilômetros da fábrica da Aracruz. Isso nos dá uma capacidade eficiente para exportar a celulose produzida nessa unidade, e para receber a celulose que vem da Veracel. Além disso, exportamos produtos de celulose a partir de um terminal e depósito que operamos no porto de Santos, no estado de São Paulo. Base de clientes Temos relacionamentos de longo prazo com os líderes mundiais de fabricação de papel, principalmente no segmento de papel higiênico. Temos tradicionalmente como foco os produtores de papel especial que valorizam a qualidade de celulose e o abastecimento confiável, alguns dos quais são nossos clientes há décadas. Condução de nossas operações de modo sustentável 48 Estamos comprometidos em conduzir nossos negócios e recursos de forma sustentável, de acordo com padrões mundiais de sustentabilidade. Em 2014, a Fibria foi incluída nas carteiras de 2014/2015 dos índices de sustentabilidade the Dow Jones World e Dow Jones Emerging Markets, que compreende as melhores empresas, em termos de sustentabilidade, no mundo (DJSI World) e nos mercados emergentes (DJSI Emerging Markets), respectivamente. Além disso, a Fibria foi novamente listada no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) — uma lista de companhias cujas ações são listadas na BM&FBOVESPA e que demonstram um nível elevado de comprometimento com as melhores práticas nas áreas de sustentabilidade e de governança corporativa. Nós consideramos a sustentabilidade uma dimensão essencial de nossa estratégia e implementamos uma governança corporativa em questões de sustentabilidade para que a sustentabilidade seja considerada durante todo o nosso processo. Temos um Comitê de Sustentabilidade que desempenha um papel consultivo junto ao Conselho de Administração, coordenado pelo nosso presidente. O Comitê de Sustentabilidade reúne-se três vezes por ano para avaliar a nossa estratégia de sustentabilidade e sua implementação e inclui peritos independentes. Vinculada aos diretores, a Comissão Interna de Sustentabilidade, formada por gerentes de nossos diversos departamentos, tem por missão colocar em execução a estratégia definida pelo Comitê de Sustentabilidade e inserir a sustentabilidade na nossa cultura organizacional. Por fim, em cada Unidade, temos Conselhos de Relacionamento Locais que avaliam as demandas junto às partes interessadas locais. Em 2013, nós atualizamos nossa Matriz de Materialidade, que identifica as questões mais relevantes para a companhia e para a sociedade, levando em conta sua estratégia e a visão de suas partes interessadas, sendo essa Matriz ainda considerada relevante. A Matriz de Materialidade foi elaborada com base em entrevistas com 28 pessoas, as quais 10 ocupam posições-chave na Fibria e 18 representam pessoas de organizações, setores ou comunidades com laços próximos à companhia. Esse último grupo de pessoas era formado especificamente por clientes, fornecedores, investidores, funcionários do governo, membros de ONGs, moradores de comunidades próximas, fornecedores de madeira independentes, profissionais de certificação e pesquisadores. O trabalho resultou na definição de 24 temas, divididos em quatro dimensões: econômica, governança e gestão, meio-ambiente e social. Desse total, os dez temas mais importantes foram escolhidos pelas partes interessadas . Certificações, comprometimentos voluntários ao setor e regulamentações Desenvolvimento local e impacto na comunidade Expansão dos negócios Geração de valor por meio de inovação Gestão Financeira Gestão social e ambiental da cadeia de fornecedores Gestão Florestal – biodiversidade, uso da terra Relações governamentais Transparência e engajamento das partes interessadas Uso da água Metas de sustentabilidade de longo prazo Em 2011, mediante a recomendação do Comitê de Sustentabilidade, a Fibria reforçou seu comprometimento com a questão ao introduzir um conjunto de Metas de Longo Prazo, que sinaliza a trajetória até 2025. A definição dessas metas baseou-se em uma metodologia de pensamento em sistemas, e foi conduzida por meio de uma série de workshops ao longo de três meses, envolvendo 40 executivos de nossos 12 diferentes departamentos com a coordenação de especialistas da Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS). As discussões levaram em consideração as questões prioritárias constantes na Matriz de Materialidade da Fibria e os riscos sociais e ambientais identificados na ferramenta de Gerenciamento de Riscos Corporativos (ERM), e identificou um conjunto de 90 variáveis que afetam, direta ou indiretamente, a gestão florestal e a produção e a venda de celulose. Essas variáveis foram agrupadas e formam seis temas-chave que irão guiar as atividades da Fibria até 2025: mercado e retorno aos 49 acionistas; ecoeficiência; modelo de gestão florestal; relacionamento e comunicação com stakeholders; aceitação social e legitimidade; gestão de pessoal e cultura organizacional. A intersecção entre essas questões nos levou a estabelecer as Metas de Longo Prazo para 2025. Essas metas não são inteiramente abrangentes nem estáticas e podem envolver ou incluir novos comprometimentos, à medida que o mercado, nós ou a sociedade assim exigirmos. Além disso, as Metas de Longo Prazo não substituem as ferramentas convencionais de gestão, incluindo as Metas de Curto Prazo, que serão alinhadas às de Longo Prazo. As Metas de Longo Prazo para 2025 são as seguintes: Otimizar o uso dos recursos naturais Nossa meta é reduzir em um terço a área necessária para a produção de celulose Como: aumentando a produtividade de 10 toneladas de celulose/hectare/ano, em 2011, para 15 toneladas/hectare/ano, com novos clones plantados em 2025, por meio de: técnicas convencionais de melhoramento genético melhoria da gestão florestal aumento da produtividade industrial menor concentração fundiária maior disponibilidade de terras para outros usos aumento de competitividade e maior retorno aos acionistas Benefícios: Resultados de 2014: 11,3 toneladas de celulose por hectare ao ano (potencial de novos clones plantados em 2014 50 O gráfico abaixo demonstra os ganhos de produtividade esperados até 2025: Tradução da imagem: Evolução Esperada de MAICel Aumento Anual Médio (adt/ha/ano) Ano de plantação 2010 –2025 Contribuir para a mitigação do efeito estufa Nossa meta é duplicar a absorção de carbono da atmosfera, através do aumento da captação dalíquida de 5,5 milhões tCO2eq/ano, em 2011, para 11,1 milhões tCO2eq/ano, em 2025, por meio de: aumento das áreas florestais (plantios de eucalipto e reservas nativas) restauração de áreas degradadas com espécies nativas redução da concentração na atmosfera de gases causadores de efeito estufa Benefícios: Nota: captação líquida anual de carbono da atmosfera é definida pela diferença entre a captação total pelas florestas plantadas e nativas e as emissões de carbono diretas e indiretas de operações florestais, industriais e de logística, ao longo do ciclo de produção de celulose, desde o viveiro até o cliente. Proteger a biodiversidade Nossa meta é promover a restauração ambiental em 40 mil ha de áreas próprias, entre 2012 e 2025, por meio de: plantios de espécies florestais nativas estimulo à regeneração natural de espécies nativas enriquecimento da fauna e flora, inclusive de espécies ameaçadas, nos biomas Mata Atlântica e Cerrado ampliação dos serviços ambientais - sequestro de carbono e disponibilidade e qualidade da água, entre outros - de áreas cujas características originais foram alteradas devido à atividade humana Benefícios: Nota: meta não considera o apoio da Fibria a projetos de restauração em áreas de terceiros, desenvolvidos em convênios com outras entidades. Resultados de 2014: 10,6 mil hectares em recuperação de 2012 a 2014. 51 Aumentar a ecoeficiência Nossa meta é reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais destinados a aterro, através de: Redução de 60 kg/ tonelada de celulose, em 2011, para 5kg/tonelada de celulose, em 2025 por meio de: diminuição da geração de resíduos nas fábricas reutilização de resíduos no solo Redução dos impactos e riscos causados por aterros industriais Aumento da ecoeficiência nos nossos processos de produção Redução de custos com disposição de resíduos e substituição de insumos Benefícios: Resultados de 2014: redução de 32% nos resíduos sólidos industriais em aterros em relação a 2013 Fortalecer a interação entre empresa e sociedade Nossa meta é atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas, por meio de: Elevação do índice de aprovação nas comunidades vizinhas, de 50%, em 2011, para 80%, em 2025, por meio de: melhoria da qualidade do relacionamento com as comunidades apoio a projetos de desenvolvimento local inserção da comunidade na nossa cadeia de valor convivência harmoniosa com as comunidades vizinhas ambiente propício ao desenvolvimento local Benefícios: Nota: índice de aprovação medido por pesquisas. Resultados de 2013: 72,56% de aprovação em média (a pesquisa é conduzida duas vezes ao ano e o próximo resultado será divulgado em 2015) Fortalecer a interação entre empresa e sociedade Nossa meta é ajudar a comunidade a tornar autossustentáveis 70% dos projetos de geração de renda, apoiados pela empresa, pela: Evolução de 5% de projetos autossustentáveis, em 2011, para 70%, em 2025, por meio de: ampliação do modelo PDRT – Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial promoção de capacitação técnica e gerencial, por meio de consultorias e parcerias atração de apoio de outros parceiros inclusão social das comunidades, reduzindo sua vulnerabilidade socioeconômica protagonismo da comunidade em seu processo de desenvolvimento aumento da qualificação gerencial e técnica dos membros das comunidades autonomia das comunidades, em relação ao setor privado ou ao público estímulo à construção de capital social redução dos conflitos e manutenção da boa convivência com comunidades vizinhas Benefícios: 52 Resultados de 2014: 7% dos projetos são considerados auto-sustentáveis. Governança Corporativa Possuímos um forte departamento de Governança, Risco e Compliance (GRC), que está diretamente ligado ao CEO e que se reporta ao Comitê de Auditoria Estatutária, que abarca os seguintes processos: aderência às políticas de risco; derivativos, precificação da dívida e investimentos, análises de risco de mercado e crédito; gestão de crise; planejamento de continuidade dos negócios e Enterprise Risk Management (ERM). A meta do ERM é garantir por meio de uma metodologia bem definida que todos os riscos relevantes sejam mapeados e analisados, com o tratamento e controle apropriados, de acordo com as políticas de Gestão de Riscos aprovadas pelo Conselho de Administração. Vide “Item 7. Principais Transações de Acionistas e Partes Relacionadas – B. Transações de Terceiros” e “Item 16B – Código de Ética”. Em 2014, desenvolvemos a Política de Aderência à Legislação sobre Competitividade (Antitrust) e a Política sobre Eucalipto Geneticamente Modificado (GMEucalyptus), e ambos foram aprovados pelo Conselho de Administração, a fim de manter nossos negócios dentro dos níveis mais altos de integridade e transparência. A fim de melhorar de forma contínua as normas de governança e ética nós, entre outras iniciativas de melhoria da governança, revisamos nosso Código de Conduta em 2014. A terceira edição do documento inclui novos tópicos específicos, tais como “Corrupção” e traz importantes atualizações aos tópicos já existentes. O Código de Conduta é a base de nossa identidade. É onde nós expressamos nossos valores fundamentais e não negociáveis que indicam as direções que devemos seguir a fim de manter uma atitude de trabalho honesta e positiva. Em vista dos desafios atuais dos negócios e em linha com nossos Valores e Crenças, nós estruturamos nosso Programa de Compliance em 2014. Para a Fibria, compliance significa cumprir e fazer executar leis, regras, regulamentos e compromissos internos e externos, quer tenham sido assumidos de forma voluntária ou imposta sobre a organização. Essa iniciativa representa a maturidade do nosso modelo de governança, uma evolução resultante da cultura de compliance atual. O novo programa assume a adoção de medidas de compliance preventivas, criando evidência positive de proteção para a organização, contribuindo para mitigar possíveis sanções e preservando nossa reputação como um ativo intangível. Nossas Estratégias Aumentar nossa participação no mercado de celulose internacional Pretendemos tirar vantagem de nossos pontos fortes para aumentar ainda mais nossa participação no mercado de celulose internacional. Focamos nossos esforços de marketing na venda de BEKP aos fabricantes de papel higiênico, um segmento de mercado que, além de ser mais estável que outros, passou por um aumento global de consumo a uma taxa de crescimento anual total de aproximadamente 3,41% no período de 2008 a 2014. De acordo com uma recente pesquisa feita pela RISI, espera-se que o crescimento do consumo global de papel higiênico se acelere a uma taxa anual de 3,8% de 2014 a 2019, sendo a China a responsável por em torno de 37% do aumento do consumo total de papel higiênico durante esse período. Acreditamos que podemos aumentar ainda mais nossa participação de mercado alavancando nossas relações de longo prazo com clientes e focando em atendimento ao consumidor e customização de produtos. Continuamos nos esforçando para atender as necessidades de nossos clientes, fornecendo produtos de celulose customizados com especificações que facilitam sua fabricação de produtos de papel específicos. Esforçamo-nos para atingir um grau elevado de satisfação de clientes e estamos trabalhando para melhorar ainda mais o gerenciamento de nosso estoque, que acreditamos nos permitirá reduzir o tempo de nossas entregas e oferecer melhores serviços à nossos clientes. 53 Elevar nossa saúde financeira e governança corporativa Nosso endividamento consolidado total em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foi de R$8.327 milhões e R$9.773 milhões, dos quais 88,4% e 69,6% representaram endividamento de longo prazo, respectivamente. Temos implementado uma abordagem consistente e disciplinada com foco na redução de dívidas e custos com o objetivo de melhorar nossa estrutura de capital, recuperar e manter nosso grau de investimento e assegurar o financiamento para nossa estratégia de crescimento em condições de mercado favoráveis. Desde a criação da Fibria, nós seguimos implementando um Plano de Gestão de Passivo que inclui (1) a emissão de notas Fibria para 2019, 2020 e 2021, totalizando US$ 2,5 bilhões; (2) a venda da unidade de Guaíba por US$ 1,430 bilhão em dezembro de 2009; (3) a venda da Conpacel e da KSR por R$1,5 bilhão em dezembro de 2010 (os produtos dessas vendas foram recebidos em janeiro e fevereiro de 2011, respectivamente; (4) a venda da unidade de Piracicaba por US$ 313 milhões em setembro de 2011, (5) uma oferta de títulos que totalizou R$1.361 milhões em abril de 2012, (6) a venda de ativos não estratégicos, tais como terrenos e ativos florestais na Bahia e a alienação do Losango por R$470 milhões em dezembro de 2012, (7) a venda de ativos (terrenos) não estratégicos para a Parkia em 2013 gerando R$1,65 bilhão, (8) o pagamento antecipado da dívida mais cara, por exemplo o resgate total em 2014 de nossos Títulos de 2019, 2020 e 2021 e a liquidação antecipada de pré-pagamentos de exportação e notas de crédito de exportação a custos não atrativos e (9) a emissão de dívida a custos e prazos mais atrativos, por exemplo a emissão de Títulos de 2024 registrados junto à SEC no valor de US$600 milhões em maio de 2014 com vencimento em dez anos e sujeitos a uma taxa de juros fixos de 5,25% ao ano, e também a emissão de um empréstimo de pré-pagamento de exportação sindicalizado no valor de US$500 milhões sujeito a uma taxa de juros média de 1,43% ao ano sobre a LIBOR trimestral e com um prazo médio de 5 anos. Os Títulos de 2024 representaram nossa primeira oferta de dívidas registrada na SEC (em oposição à dívida privada), que em nossa opinião reflete a estabilidade que alcançamos nos últimos anos, nos permitindo obter economias em precificação e um público investidor mais amplo. O ano de 2014 foi marcado por iniciativas de gestão de passivos. A Companhia liquidou antecipadamente mais de US$2 bilhões de sua dívida, incluindo a recompra total de três títulos da dívida – Fibria 2019, Fibria 2020 e Fibria 2021 (com cupons de 9,25%, 7,5% e 6,75% a.a., respectivamente) e contratou novas dívidas em condições melhores de custo e prazo. Essas iniciativas irão gerar economias anuais de aproximadamente US$27 milhões a partir de 2015. A Fibria alcançou um nível de endividamento que é adequado para seu porte a um custo que está em linha com o que é praticado por outras empresas brasileiras de baixo risco com acesso aos mercados de capitais internacionais. Atualmente é possível dizer que a Companhia está acessando o mercado de capitais a custos competitivos ao grau de investimento. Para obter uma descrição mais detalhada do Plano de Gestão de Passivo, vide o “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras — B. Liquidez e Recursos de Capital — Plano de Gestão de Passivo.” Além disso, a fim de melhorar nosso acesso a fontes de capital, em 2010 elevamos o nível de listagem de nossas ações no Novo Mercado da BM&FBOVESPA. O Novo Mercado impõe normas de governança corporativa mais rigorosas de qualquer segmento de listagem da BM&FBOVESPA. Ao atingir esse objetivo, implementamos todos os ajustes administrativos exigidos para cumprir as normas do segmento de listagem, incluindo a indicação de membros independentes de nosso Conselho de Administração, e fizemos mudanças necessárias em nosso Estatuto SocialAumentar eficiências operacionais Pretendemos manter o foco em nossas operações de baixo custo por meio de maiores eficiências operacionais e economias de escala. Para isto, pretendemos continuar: focando na redução de nossos custos de madeira por meio do aumento da produção de eucalipto, continuando a investir na melhoria genética de nossas árvores; tirando vantagens das condições climáticas e do solo no Brasil e do curto ciclo de extração das árvores de eucalipto; e melhorando a eficiência de nossas operações por meio de mais investimentos em equipamentos de extração, instalações produtivas e tecnologia da informação avançada. 54 Continuar a desenvolver tecnologia de ponta na área florestal As atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico tornaram possível a melhoria de nossa produtividade, ao mesmo tempo em que reduziram o impacto de nossas operações sobre o meio ambiente. Na área florestal, um intenso programa de pesquisa e a adoção de práticas florestais modernas aumentaram significativamente nossa competitividade. O melhoramento genético das árvores de eucalipto nos possibilitou plantar clones de árvores selecionadas, resultando em maior produtividade. Realizamos atualmente 100% de nossas operações de plantio com mudas clonadas. Atingimos uma maior eficiência no processo e melhor qualidade das mudas em decorrência de um procedimento pioneiro de multiplicação de clones. Acreditamos que fazemos uso de tecnologia de ponta no plantio e colheita de árvores e no armazenamento e transporte de madeira com um sistema totalmente mecanizado. No final da década de 2010, o valor médio anual de celulose produzida foi de cerca de 11 de toneladas por hectare por ano, em comparação a 6,4 toneladas durante a década de 1970. Com relação a isso, uma das metas de longo prazo é reduzir em um terço a área necessária para a produção de celulose, aumentando a produtividade. A meta é alcançar 15 toneladas de celulose por hectare ao ano em plantações estabelecidas até 2025, com base no melhoramento genético, no aprimoramento da gestão florestal e no aumento da produtividade industrial. Ao continuar focando em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de última geração, focamos em fortalecer nossa posição como um dos líderes em desenvolvimento de tecnologia na área florestal, manter nosso recorde de produtora de baixo custo, ao mesmo tempo em que atendemos nossos padrões de produção de alta qualidade, aumentar a gama de produtos que oferecemos a nossos clientes e manter nossa reputação como uma fabricante socialmente responsável e amiga do meio ambiente. De modo geral, esse posicionamento nos levou a uma análise profunda sobre como aumentar o valor de nossa biomassa florestal, em que os biocombustíveis são os mais proeminentes. Em 2012, a Fibria e a Ensyn criaram uma aliança estratégica que inclui o estabelecimento de uma joint venture de participações iguais para produção de combustíveis líquidos provenientes de celulose no Brasil, bem como um investimento de US$20 milhões da Fibria na Ensyn Corporation. O objetivo da joint venture entre Ensyn e Fibria é combinar as forças de cada parte para criar uma produtora de combustíveis líquidos renováveis a partir da celulose. Em 2014, a Fibria fez um investimento patrimonial adicional de U.S.$10 milhões na Ensyn, elevando sua participação para cerca de 9%. De forma similar ao movimento com a Ensyn, em 2014 algumas outras tecnologias e/ou negócios alternativos sobre biorrefinaria foram profundamente investigados. Sustentabilidade Para a Fibria, sustentabilidade abrange: a redução de resíduos, desenvolvimento de uma força laboral qualificada e comprometida com projetos de promoção do crescimento e bem-estar das comunidades vizinhas, preservação e recuperação de florestas nativas, controle sustentável de pragas, gestão com transparência e o fortalecimento dos canais de comunicação com a sociedade civil, o governo e os meios de comunicação. Em essência, acreditamos que a prática de ações sustentáveis é parte integrante de nosso negócio. A sustentabilidade engloba o reconhecimento da opinião pública, a lealdade de clientes, o orgulho dos empregados e a confiança de parceiros e vizinhos. Ademais, ela aumenta a lucratividade e nos torna mais fortes para atender as necessidades de um mercado cada vez mais exigente e cioso do delicado equilíbrio ambiental do planeta. Relacionamentos com as Comunidades Nós operamos em sete estados brasileiros, onde detemos fábricas, plantações de eucalipto e áreas de preservação. Ao lado de nossas áreas, há fornecedores de madeira independentes com quem temos contratos a longo prazo para suprimento de matéria-prima para celulose. Mantivemos uma variedade de relações com diversas comunidades (tradicionais ou não) que são atingidas principalmente por suas atividades florestais. Portanto, relações de qualidade com as comunidades adjacentes às nossas operações são essenciais para nosso desempenho. Estamos sempre investindo em processos de contratação da comunidade e em projetos socioambientais criados para aumentar a inclusão social e a qualidade de vida das populações vizinhas. São programas que ajudam a fortalecer seu capital social, gerar trabalhos, 55 aumentar a qualidade de vida local e, acima de tudo, estabelecer um diálogo construtivo em busca de soluções comuns. A Fibria busca assegurar a legitimidade social para seus negócios incentivando a integração dessas comunidades às suas atividades florestais, e ao mesmo tempo busca estabelecer mecanismos de planejamento e monitoramento com o objetivo de identificar, impedir e mitigar os impactos de suas atividades. A Estratégia de Relações com a Comunidade e Investimento Social da Fibria inclui cinco níveis: levantamento e diagnóstico de comunidades atingidas, Matriz de Priorização da Relação, aumento do diálogo, métodos e ferramentas de relacionamento e monitoramento. Em 2014, mais de 6.000 famílias foram beneficiadas de várias maneiras com seu envolvimento nos programas socioambientais da Fibria. Desde 2009, a Fibria tem investido mais de R$100 milhões em seus programas de desenvolvimento social. Em 2014, mais de 1.406 novas famílias aderiram aos projetos sociais da Fibria, totalizando 6.418 famílias, gerando renda a partir desses projetos. Em 2014, 1.844 famílias foram envolvidas no Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT) nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo. O aumento salarial desde o início do projeto corresponde a cerca de 2 a 4 salários mínimos por família. Esses recursos provêm da Fibria e de terceiros, tais como o BNDES, o Instituto Votorantim e membros da Rede Responsável, composta principalmente pelos fornecedores e clientes da companhia Relatório Anual A Fibria adere às diretrizes da Global Reporting Initiative G4 para divulgação do nível Abrangente, assim como à estrutura do International Integrated Reporting Council (IIRC) e submete-se a verificação externa. Por este processo, nós procuramos informar, todos os anos, como estamos enfrentando os desafios e atingindo resultados com respeito a estratégia de sustentabilidade e a visão para o futuro, assim como nosso papel na sociedade. O Relatório Anual abrange detalhes de compromissos e desempenho dos aspectos de governança, econômicos, financeiros, sociais e ambientais do negócio seguindo os princípios de Materialidade, Inclusão de Partes Interessadas, Contexto de Sustentabilidade, Inteireza, Equilíbrio, Comparabilidade, Exatidão, Oportunidade, Clareza e Confiabilidade. O Relatório Anual é amplamente distribuído a todos os grupos interessados na Fibria, de líderes comunitários a ESG, investidores e analistas. Relacionamento com comunidades específicas A Fibria goza de uma relação amigável com a maior parte das comunidades vizinhas. Entretanto, há alguns conflitos em andamento com certas comunidades nas regiões mais carentes do norte do Espírito Santo e do sul da Bahia. Os motivos nem sempre são atribuídos a nós, porém tentamos buscar uma solução, o que até hoje, em muitos casos, não aconteceu. Apesar da complexidade do desafio, lidar com esses conflitos está entre nossas prioridades. Atendemos as comunidades diretamente ou pela contratação de outras partes que também podem contribuir para encontrar soluções, tais como o governo, em seus diversos escalões, ONGs e outras companhias. Algumas comunidades receberam nossa atenção especial, com o desenvolvimento de projetos de inclusão social específicos, muitas vezes com a participação de órgãos governamentais e agências socioambientais independentes. É o caso das comunidades negras, conhecidas como quilombolas (descendentes de escravos fugidos) e comunidades indígenas das etnias Tupiniquim e Guarani. Membros do Movimento Sem Terra (MST) e pescadores são outros casos em questão. Envolvimento com Movimentos Sem-terra Uma área de 11 mil hectares no município de Prado (BA), ocupada por membros do MST desde 2000, deixou de ser um local de tensão e tornou-se uma experiência pioneira na produção rural sustentável. Em uma parceria com o governo da Bahia e a Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). AFibria desenvolveu um projeto que oferece a produção de diversas colheitas de agrofloresta em lotes, maximizando o uso da terra, O Programa Alvorecer representa uma iniciativa sustentável coordenada por 12 engenheiros agrônomos e técnicos contratados pela Fibria e que ali residem. Em 56 2013, o projeto ganhou nova força com a construção de uma escola de agricultura com capacidade de atender a 300 alunos por período. A iniciatvia do Projeto Alvorecer começou em 2011 quando a companhia concordou em negociar com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Bahia (INCRA/Bahia) e facilitar a expropriação da terra. Desde então, o projeto foi se consolidando como o modelo mais avançado de um sistema de produção agrícola cooperativa no país. Relações com os Governos Fibria contribui para o desenvolvimento de políticas públicas por meio de várias organizações da qual é membro, representando os setores da floresta e da celulose e do papel. Contribuições com partidos políticos Fibria não está ligada a partidos políticos, mas faz contribuições financeiras para as campanhas eleitorais de candidatos que considera que são comprometidos com o desenvolvimento sustentável e com a melhoria da administração pública. Na escolha dos candidatos que merecem esse apoio, os seguintes requisitos são levados em consideração, de acordo com Política Eleitoral Política / Doações Políticas da empresa: estrito cumprimento da legislação existente; registro no Tribunal Eleitortal pelos comitês financeiros dos candidatos e/ou partes beneficiadas; total transparência e rastreabilidade dos processos de doação; compromisso com a melhora da aministração pública nos níveis federais, estaduais e municipais; compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável; compromisso com o fortalecimento da cidadania e da democracia Em 2014, nossas doações nos níveis federais e estaduais totalizaram R$4,4 milhões que podem ser verificados em detalhe no site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.gov.br). Nós não fazemos doações para partidos politicos ou candidatos for a do período de eleição. Nossos Produtos Celulose Em 2014, produzimos 5.274 quilotons de celulose, representando 37% da produção brasileira de celulose de fibra curta. Em 2013, produzimos 5.259 quilotons de celulose, equivalentes a 41% da produção total brasileira de celulose de fibra curta. A tabela a seguir estabelece nosso volume de produção de celulose de eucalipto e um detalhamento de nosso volume de vendas de BEKP por mercado nos períodos indicados. Volume de produção ............... Volume de vendas .................. Europa ................................ América do Norte ............... Ásia ..................................... Brasil/Outros ...................... 2014 (mil toneladas métricas) 2013 (mil toneladas métricas) 2012 (mil toneladas métricas) 5.274 5.259 5.299 2.196 41,4% 1.263 23,8% 1.329 25,1% 517 9,7% 2.016 1.451 1.284 447 38,8% 2.188 27,9% 1.338 24,7% 1.300 8,6% 531 57 40,8% 25,0% 24,3% 9,9% 5.305 100% 5.198 100% 5.357 100% Processo de Produção de Celulose O esboço a seguir resume o processo de produção de celulose, o qual compreende três atividades principais: Florestal, industrial e logística: Florestal Produzimos celulose branqueada de eucalipto apenas a partir de árvores de eucalipto plantadas. A celulose branqueada de eucalipto é uma variedade de celulose de fibras curtas de alta qualidade. O eucalipto é uma árvore de madeira dura e sua celulose tem fibras curtas, geralmente melhor adequadas à fabricação de papel higiênico, papel revestido e não revestido para imprimir e escrever e papelão revestido para embalagens. As fibras curtas são ótimas para a fabricação de papel sem madeira com boa capacidade para impressão, suavidade, brilho e uniformidade. Nossa produção de celulose é exclusivamente realizada a partir de madeira extraída de árvores de eucalipto cultivadas em plantações sustentáveis. As árvores de eucalipto estão entre as árvores de crescimento mais rápido do mundo, considerando que as condições climáticas e de solo no Brasil possibilitam rotações de extração das árvores a cada 6 anos, em comparação às rotações de extração de aproximadamente 10 a 12 anos no Chile, e de até 25 anos no sul dos Estados Unidos. Nossas operações florestais são compostas por quatro atividades principais: viveiros, silvicultura, colheita e transporte da madeira da floresta até as unidades. O processo começa nos viveiros, onde são plantadas as mudas. Operamos quatro viveiros localizados nos estados de São Paulo (Jacareí e Capão Bonito), Mato Grosso do Sul e Espírito Santo com uma capacidade de produção total anual de aproximadamente 89 milhões de mudas. Nossas mudas são 100% produzidas com tecnologia de clonagem, um dos processos genéticos mais avançados para formação de árvores de eucalipto em todo o mundo. As mudas levam de 70 a 120 dias para concluir seu desenvolvimento e ficar prontas para o plantio nas florestas, quando então tem início o processo de silvicultura. O plantio do eucalipto é feito segundo a mais avançada tecnologia relativa ao cultivo do solo, combinando as melhores práticas de conservação de recursos naturais e plantio de alta produtividade. Via de consequência, é possível implementar nossa base florestal com mínima perturbação do solo, mantendo micro-organismos e a proteção contra a erosão. A silvicultura é responsável pelo plantio e manutenção das florestas até o início do processo de colheita. Depois de aproximadamente 6 a 7 anos, as árvores de eucalipto são cortadas. Usamos avançados equipamentos automatizados de colheita em nossas florestas. Depois de cortadas, as toras de madeira são transportadas por caminhão, trem ou balsas (ou combinação desses modos) de nossos florestas até as unidades de produção. Durante a colheita, todas as cascas, copas e demais fontes de biomassa permanecem no solo para preservar a fertilidade deste. As toras são então transportadas até nossas unidades de produção onde são descarregadas e levadas por correias transportadoras para serem descascadas e picadas conforme descrito abaixo. Nossa base florestal é ampla e diversificada, e em 31 de dezembro de 2014 consistia em uma área florestal total de aproximadamente 968 mil hectares, localizada em 7 estados brasileiros com aproximadamente 561 mil hectares de áreas plantadas e aproximadamente 343 mil hectares de áreas preservadas (excluindo a base florestal associada à venda de ativos florestais no sul do Estado da Bahia e do Losango A tabela a seguir descreve a localização e a área de nossas florestas em 31 de dezembro de 2013: Estado Florestado 58 Conservação Outros Total (em hectares) São Paulo ......................................................... 77.902 56.993 9.917 144.811 Minas Gerais .................................................... 13.278 13.096 1.259 27.634 Rio de Janeiro .................................................. 1.637 1.517 221 3.376 Mato Grosso do Sul ......................................... 224.992 99.281 18.054 342.326 Bahia(1) ........................................................... 133.531 109.110 19.615 262.256 Espírito Santo .................................................. 108.464 58.308 13.395 180.166 Rio Grande do Sul…………………….. 1.416 4.808 1.534 7.758 Total(2) ............................................................ 561.220 343.112 63.995 968.327 (1) Includes the forests associated with the production facility of Veracel. Excludes forest base linked to the sale of forest assets in Southern Bahia State and Losango. (2) Excludes forestry partnership program areas (129 thousand hectares with 80 thousand forested hectares). Preservação Florestal e Recursos Naturais Toda a nossa madeira é proveniente de plantações de árvores e não de florestas nativas. Desde a década de 1980, cultivamos eucalipto por meio de mudas uniformes propagadas de árvores cuidadosamente selecionadas, plantadas em terrenos já degradados. As características das mudas selecionadas por nós correspondem às diferentes regiões de cultivo. Esse método nos permite (1) aumentar significativamente a produtividade florestal, reduzindo a demanda por novos terrenos; (2) cumprir os regulamentos ambientais; e (3) contribuir para a redução de carbono na atmosfera. De acordo com o Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.727/012), devemos separar 20% de nossas áreas para preservação, conservação e recuperação ambiental. Em 2014, mantivemos o 36%, equivalentes a 346 mil hectares, de nossa base florestal para fins de conservação. Essas áreas consistem de florestas nativas ou zonas ciliares protegidas ou são mantidas a fim de satisfazer interesses ecológicos específicos. Mantemos também um programa de reflorestamento para recuperar áreas degradadas e espécies ameaçadas. Também investimos em estudos ambientais e monitoramento contínuo, em parceria com universidades nacionais e internacionais, centros de pesquisa e consultores, a fim de melhorar as condições ambientais de nossas plantações e garantir a proteção do ecossistema nativo e a disponibilidade de recursos naturais nas áreas em que operamos. Isso é feito por meio da imposição de condições ambientais nos planos para as áreas florestais, antes do início das atividades de transporte e colheita. Em 2014, conduzimos aproximadamente 51 projetos e selecionamos 4 projetos de diferentes institutos de pesquisa relacionados à biodiversidade e a melhorias de gestão florestal. Os projetos incluem diversos tipos de estudos e monitoramento (inclusive da biodiversidade, da água e clima), proteção de espécies ameaçadas, educação ambiental, sequestro de carbono, planejamento paisagístico com foco na biodiversidade e outros. Sistema de Certificação da Floresta Procuramos constantemente alternativas e ferramentas para produção responsável por meio da certificação voluntária e compromissos socioambientais. Os sistemas de certificação são iniciativas para a melhoria contínua de processos, conservação ambiental e práticas de desenvolvimento responsável que beneficiam nosso relacionamento com a sociedade, os órgãos públicos, clientes, fornecedores, empregados e demais partes interessadas. As operações da Fibria são certificadas segundo padrões reconhecidos internacionalmente, tais como ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e certificações florestais como o FSC ® e as práticas sustentáveis de certificação Cerflor/PEFC. As principais certificações da indústria florestal são: o Forest Stewardship Council ® (FSC®), fornecido por uma organização independente, não governamental e sem fins lucrativos, e o Cerflor, criado pelo programa brasileiro de certificação florestal, reconhecido internacionalmente pelo 59 Programa de Endosso de Esquemas de Certificação Florestal - PEFC. O sistema de certificação florestal é dividido em duas categorias: Gerenciamento Florestal, que verifica se a madeira é produzida de acordo com os altos padrões que protegem o meio ambiente, e Cadeia de Tutela, que verifica se a Empresa usa apenas madeira certificada como matéria-prima. Todas as nossas áreas possuem ambas as certificações, conforme demonstrado na tabela abaixo: Unidade Três Lagoas Jacareí Aracruz Veracel FSC® Cerflor/PEFC Certificado Certificado Certificado Certificado Certificado Certificado Certificado Certificado Todas as Unidades da Fibria são certificadas pelas FSC® e CERFLOR/PERC nas categorias Gestão de Floresta e Cadeia de Custódia. Cada sistema tem seus próprios princípios e critérios. Essas certificações atestam que a celulose da empresa é produzida a partir de florestas plantadas gerenciadas com responsabilidade. Em agosto de 2014, a unidade de Três Lagoas obteve a confirmação de continuidade de certificação CERFLOR/PEFC para outro ciclo de cinco anos pela certificação da Bureau Veritas Certification (BVC). Industrial Destacamos os seguintes aspectos de nossas operações industriais: Eco design e ecoeficiência Programa de pegada hídrica Emissão controlada de dióxido de carbono Foco na estabilidade operacional Na operação industrial, a celulose é extraída da madeira por um processo conhecido como Processo Kraft. Dentre as inúmeras vantagens do ponto de vista ambiental, o processo é autossuficiente em energia elétrica e térmica, pois o principal insumo utilizado para produzi-las é a biomassa. O fluxo principal consiste em um processo de cozimento da madeira, um estágio de descoloração, e um estágio final de extração. Assim que a lenha é transportada às nossas unidades de produção, elas são descarregadas e levadas por uma esteira transportadora para serem descascadas e cortadas. Após esse processo, as lascas de madeira são enviadas para os digestores, onde são misturadas com substâncias químicas e cozidas sob temperatura e pressão. Durante esse processo, a lignina e as resinas são removidas da madeira. Uma vez removida, a lignina é utilizada como combustível para produzir energia elétrica e térmica (a vapor) para as fábricas de celulose. Os produtos químicos utilizados são removidos em diversos estágios do processo de produção e reciclados em nossas fábricas de celulose. A celulose não branqueada, então, passa por um processo de deslignificação por oxigênio e branqueamento químico, geralmente utilizando dióxido de cloro, ozônio e peróxido de hidrogênio (em nossa fábrica de Jacareí) ou dióxido de cloro, oxigênio e peróxido de hidrogênio (em nossas fábricas de Três Lagoas e Aracruz). As fibras da celulose são peneiradas, pressionadas e secas. A celulose seca é cortada em folhas e embrulhada, resultando em celulose de mercado. O processo de produção de celulose kraft geralmente envolve a utilização de cloro elementar no branqueamento. Nos últimos anos, a demanda de celulose que é branqueada utilizando pouco ou nenhum cloro cresceu de forma significativa devido às preocupações com os possíveis efeitos cancerígenos de compostos orgânicos de cloro liberados na água. Só produzimos celulose sem cloro elementar, ou celulose ECF, produzida sem a utilização de cloro elementar em seu processo de branqueamento. 60 A tabela a seguir apresenta certas informações a respeito de nossas unidades de produção e sobre a produção nos exercícios indicados: Unidade Unidades de Celulose: Aracruz ............ Três Lagoas ..... Jacareí .............. Veracel (1) ....... Total ................ Local Espírito Santo Mato Grosso do Sul São Paulo Bahia Capacidade de Produção Anual (in thousand tons ao ano) Produção para o Ano Findo em 31 de dezembro de 2014 2013 2012 2.340 2.356 2.346 2.387 1.300 1.100 560 5.300 1.276 1.085 557 5.274 1.272 1.080 561 5.259 1.275 1.076 562 5.299 Eco design e ecoeficiência Como uma empresa ecoeficiente, buscamos o equilíbrio entre os cinco elementos essenciais para a vida de todas as nossas operações (água, ar, energia, terra e pessoas), com o objetivo estratégico de produzir produtos com menor intensidade de carbono. Nossos projetos recentes são baseados no "Eco Design", e todas as nossas operações industriais são gerenciadas de acordo com os princípios "4R" de ecoeficiência (reduzir, reciclar, repensar e reutilizar). Também fazemos parte do programa de produção mais limpa do Programa Ambiental das Nações Unidas. Energia Da quantidade total de energia térmica e elétrica autogerada, 88% vieram de combustíveis renováveis, como biomassa e licor negro, que são derivados do processo de produção de celulose, e 12% de combustíveis não renováveis que adquirimos, como óleo combustível e gás natural. Em 2014, geramos internamente aproximadamente 117% da energia elétrica necessária para o nosso processo de produção de celulose, incluindo o montante de exportação. Substâncias Químicas Utilizamos várias substâncias químicas no processo de branqueamento da celulose. Por possuirmos uma dependência significativa de certas substâncias químicas, celebramos um contrato de longo prazo do tipo “take or pay” com os fornecedores de substâncias químicas, óleo combustível, diesel e gás natural por períodos que variam de um a dez anos, a fim de minimizar essa dependência. Consulte o "Item 8A. Declarações Consolidadas e Outras Informações Financeiras — Compromissos ". Água A água, apesar de não ser um componente de custo significativo de nossas matérias-primas, é essencial à produção de celulose. Em 2014, utilizamos 30,7 metros cúbicos de água por tonelada de celulose (em comparação à taxa de consumo de 25 a 50 metros cúbicos por tonelada, conforme a recomendação do IPPC — Controle e Prevenção Integrados de Poluição — que determina diretrizes de melhor prática de proteção ambiental para fábricas de papel e de celulose e que é amplamente adotado pelo mundo como um padrão reconhecido de produção). Acreditamos que nossas taxas de utilização de água estejam entre as menores do setor de celulose e de papel, e estamos introduzindo continuamente novas tecnologias e implementando melhorias aos nossos processos e métodos industriais para reduzir ainda mais estas taxas. Acreditamos que nosso fornecimento de água seja adequado no momento. 61 A água utilizada nas unidades de Três Lagoas e Jacareí é obtida dos rios Paraná e Paraíba do Sul respectivamente, que são adjacentes às nossas fábricas. Cada sistema de rios se localiza em uma bacia hidrográfica separada, o que reduz o risco geral de indisponibilidade de água em virtude de condições atmosféricas ou hidrológicas negativas. A água utilizada na Unidade Aracruz é fornecida por diversos rios e por um projeto de interesse público desenvolvido por nós e pelos governos municipais de Aracruz e da cidade vizinha Linhares, pelo qual podemos obter água do Rio Doce por meio de um sistema de canais e rios existentes. O projeto fornece água às comunidades locais e aos distritos industriais e químicos do município de Aracruz, bem como irrigação às atividades agrícolas na região Norte do estado do Espírito Santo. A água dessas fontes alimenta um reservatório de 35 milhões de metros cúbicos no local da fábrica. Estimamos que o reservatório da unidade Aracruz tenha água suficiente para atender as necessidades da fábrica por um período de cinco meses na hipótese de estiagem. Na Unidade Aracruz, as águas residuais passam por um processo de tratamento de purificação de duas fases antes de chegarem ao oceano. As fábricas de Jacareí e Três Lagoas utilizam a tecnologia de tratamento de resíduos de fase dupla de borra ativa, o que garante, no mínimo, 95% de remoção da BOD (Demanda Bioquímica de Oxigênio). O governo brasileiro cobra impostos sobre a utilização industrial das águas do rio. Esses impostos não causaram impactos significativos sobre nossos custos. Após a água ter sido utilizada no processo de fabricação, os efluentes resultantes passam por tratamentos mecânicos e biológicos antes de devolvê-los aos rios. Também temos lagoas e reservatórios de emergência que nos permitem evitar liberar efluentes não tratados no meio ambiente natural, no caso de um problema com nosso processo de efluentes, e temos sistemas de controle de liberação para evitar vazamentos de nossas unidades de produção de celulose. Monitoramos constantemente as características de nossos efluentes líquidos por meio de análises químicas, físicas e biológicas para garantir que eles sejam aceitáveis para liberação no meio ambiente. Efluentes Nossas unidades utilizam um processo de duas etapas para tratar os efluentes gerados durante o processo de produção. Durante a primeira etapa, os sólidos, como fibras, argila e carbonatos, são removidos. Na segunda etapa, esses sólidos são tratados biologicamente e separados por microorganismos. Sempre avaliamos a composição dos efluentes líquidos gerados durante o processo de produção e, com os resultados dessas análises, podemos minimizar a geração de efluentes e maximizar a quantidade de efluentes que poderão ser reaproveitados em nossos processos de produção. Resíduos sólidos Temos um programa de manejo de resíduos eficiente para coletar, tratar e descartar os resíduos sólidos, que foi aprimorado recentemente pela adoção das novas técnicas de compostagem adequadas em termos ambientais. Sempre que possível, também identificamos como os resíduos sólidos gerados durante nossos processos de produção de celulose poderão ser utilizados de forma alternativa. O restante dos resíduos sólidos é transformado por sistemas de reciclagem em material orgânico e inorgânico para o uso em nossas florestas ou descartado em aterros sanitários licenciados. Coletamos, tratamos e descartamos a pequena quantidade de substâncias perigosas geradas por nossas instalações de acordo com as leis brasileiras. Emissão controlada de dióxido de carbono A mudança climática pode afetar os resultados de nossos negócios, que têm como base o uso de recursos naturais. Portanto, consideramos riscos físicos e reguladores relacionados à mudança climática, bem como riscos à nossa reputação, em nossa estratégia de negócios. Os riscos físicos estão associados a mudanças nas condições climáticas e disponibilidade de água que puderem prejudicar os serviços ambientais, como por exemplo regulamento climático regional e produção de água, atingindo diretamente nossas atividades e, às vezes, as de nossos fornecedores e 62 clientes. Por esse motivo, avaliamos nossa vulnerabilidade à mudança climática do ponto de vista de toda a cadeia de valores, e adotamos uma abordagem preventiva à administração e operação das atividades industriais e florestais. Nossas principais medidas de prevenção de riscos físicos estão listadas abaixo: controle e monitoramento da produção estudos de melhoria genética da produção de eucalipto a fim de identificar as espécies mais adaptáveis a diferentes condições climáticas; - monitoramento de consumo de água em áreas florestais; Projetos relacionados a aumento da eficiência da energia e estabilidade do processo industrial; Exploração de diferentes meios de transporte; Reutilização e redução de resíduos; e Compilação de um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GHG) de nossas atividade, com foco na pegada de carbono e na Cadeia de Suprimentos CDP. Monitoramento anual dos fornecedores estratégicos nos temas Sustentabilidade através do projeto de coleta de dados da Cadeia de Valor, que busca identificar as melhores práticas e riscos. Em 2014, concluímos nosso sexto inventário de emissão de GFG, utilizando 2013 como base, e ali foram consideradas as atividades industriais e florestais das unidades de Aracruz (ES), Três Lagoas (MS) e Jacareí (SP), bem como as operações de logística de exportação de celulose. O resultado desses estudos mostrou um saldo positivo de emissões, com 0,95 toneladas de CO2 equivalentes sequestradas por tonelada de celulose produzida. Certificação da Bureau Veritas, de acordo com ISO 14064-1 e Protocolo GHG do Programa Brasileiro , uma adaptação oficial do Protocolo GHG certificou o inventário. Nosso inventário de emissão de GHG de 2014 teve como base principalmente o Protocolo GHG, uma protocolo de cálculo desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) e World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), adaptado pelo International Council of Forest & Paper Associations (ICFPA) para os setores de papel e celulose. Em 2010, a BM&FBOVESPA lançou um novo Índice - Índice Carbono Eficiente (ICO2) para aprimorar a adoção de práticas ambientais em direção à mudança climática por empresas brasileiras, e desde então somos selecionados como parte do Índice. Em 2012, foi lançado o ExchangeTraded Fund (ETF) com base no índice ICO2. Estabilidade Operacional O desafio deste conceito consiste em envolver as equipes de operações industriais e florestais em uma única “Estratégia Operacional” em que o ritmo de produção possa ser modulado para cima e para baixo, respeitando os limites imediatos da capacidade de cada setor. Para alcançar maior estabilidade, foi necessário reduzir a frequência e a duração das ocorrências que geraram interrupções e/ou redução no ritmo de produção. Em 2014, a estabilidade operacional foi novamente acima de 90%, evidenciando a excelência operacional como uma das maiores forças competitivas e de criação de valor de nossa empresa. Logística Entrega de Madeira para Nossas Fábricas de Celulose 63 Nossas florestas estão localizadas a uma distância média de 181 quilômetros das nossas fábricas de celulose. Transportamos madeira para nossas fábricas por caminhão, trem e navio-barcaça. Os caminhões e navios-barcaça são de propriedade e são operados por empresas autônomas que transportam madeira de nossas florestas para nossas instalações produtivas. Em 2014, transportamos um total de aproximadamente 18,41 milhões de metros cúbicos de madeira para nossas fábricas, aproximadamente 88% por caminhão, 11% por navio-barcaça e 2% por trem. Apesar de a porcentagem de madeira transportada por navios-barcaça e por trem ser relativamente baixa, ao utilizar esses meio de transporte fomos capazes de reduzir os custos de logística de nossas fábricas de Aracruz e Jacareí. O transporte de madeira para as fábricas representa grande parte dos custos da produção de celulose, reduções em nossas logísticas de transporte e em nossos custos são prioridades para nós. No final de 2002, aprimoramos a infraestrutura ferroviária de nossa unidade de Aracruz e lançamos um sistema de transporte multimodal que combinava transporte marítimo, rodoviário e ferroviário para integrar ainda mais o sistema floresta-fábrica-porto nessa unidade. Além disso, em 2003, foi concluída uma linha de acesso ferroviário com quatro quilômetros de extensão para descarregar remessas de madeira diretamente no pátio da fábrica da Aracruz. Essa melhoria foi importante para otimizar o processo de recebimento da madeira que vem da região Norte do estado de Minas Gerais e de outras áreas no interior do estado do Espírito Santo. Nosso projeto integrado de envio de madeira pelo litoral envolve um sistema integrado de rebocador e barcaça e dois terminais portuários. Esse sistema de transporte marítimo conecta o extremo Sul do estado da Bahia às fábricas do estado do Espírito Santo. O complexo portuário de Portocel, adjacente às fábricas da Aracruz, recebe madeira oriunda de plantações no Sul da Bahia via barcaça. Em setembro de 2002, celebramos um acordo com a MRS Logística S.A., ou MRS, para transportar madeira para a fábrica de celulose de Jacareí e também aprovamos um investimento para construir um terminal ferroviário para descarregar a madeira na fábrica de celulose de Jacareí. O novo terminal de madeira está em operação desde outubro de 2005 e resultou em uma redução significativa nos nossos custos do transporte de madeira. Devido à sua localização no estado do Mato Grosso do Sul, rodeado por águas e sem nenhuma infraestrutura ferroviária, a unidade de Três Lagoas confia completamente em nosso transporte por caminhões da madeira para a fábrica. No dia 17 de setembro de 2010, celebramos um acordo com a Wilson & Sons, para o carregamento e descarregamento de madeira na fábrica de Três Lagoas até setembro de 2016. Planejamento de Distribuição Como resultado de nossa estratégia comercial de reforçar nossa posição no mercado global de celulose, e focar em um relacionamento duradouro com nossos clientes, investimos em tecnologia e desenvolvemos melhores práticas de logística. Nosso planejamento de distribuição é baseado no conceito de sistemas integrados. Portanto, nossas fábricas de celulose, escritórios comerciais e logísticas de terceiros no mundo todo possuem acesso a informações extremamente precisas em tempo real, permitindo que a equipe de planejamento gerencie a cadeia de suprimentos da Fibria com alto padrão, e forneça serviços de logística confiáveis a nossos clientes, mantendo estoques em diversos centros de distribuição localizados na América do Norte, Europa e Ásia. Entrega de Celulose de Nossas Fábricas para os Portos A celulose produzida em nossas fábricas é manuseada e transportada de acordo com os padrões mais rígidos de qualidade, e armazenada em galpões criados especialmente para a celulose – tudo isso operado pelas melhores empresas de logística. A produção de celulose entra em um sistema de rastreamento logo após as linhas de drenagem. O rastreamento é feito por leitura de códigos de barra por toda a cadeia de suprimento, desde o fim da linha de drenagem até o cliente final (produtor de papel). A rastreabilidade da celulose é garantida até o produto chegar à fábrica do cliente, atendendo a todos os requisitos de qualquer sistema de certificação. Fábrica de Três Lagoas 64 A maior parte da produção de celulose de Três Lagoas é exportada para outros países. A celulose é transportada da fábrica para o porto de Santos por um sistema multimodal confiável (caminhão e trem) diariamente. Parte da produção é vendida para a International Paper, uma fábrica de papel próxima de Três Lagoas. Nesse caso, a celulose é bombeada diretamente na fábrica de papel. A parte restante da produção é distribuída para o mercado doméstico por caminhões. Fábrica de Aracruz A produção de celulose da Aracruz é principalmente destinada a exportações. Ela possui uma das configurações de logística de celulose entre a fábrica e o porto mais sofisticadas do mundo, já que a fábrica fica a 3 quilômetros de distância do porto de Portocel, proporcionando confiabilidade operacional e custos de logística competitivos. O transporte de celulose entre a fábrica de celulose e o porto é feito por caminhões especiais, a fim de otimizar e garantir a qualidade dos fardos. Fábrica de Jacareí A produção de Jacareí é destinada ao mercado nacional e internacional. A expedição de celulose para o mercado nacional é feita por caminhões, que fornecem o produto regularmente para nossos clientes localizados na região Sul, garantindo uma entrega de qualidade e pontual. A celulose de exportação é transportada da fábrica para o porto de Santos por trem, diariamente, através de um sistema ferroviário confiável. Fábrica de Veracel A produção da Veracel também é exportada. Um sistema de transporte multimodal (caminhão e barca) conecta a fábrica ao porto nacional de Portocel. Primeiro a celulose é levada por caminhão, através de uma estrada específica, da fábrica até o terminal marítimo de Belmonte. Desse terminal, a celulose é levada até o Portocel por uma barca. Operações Portuárias A celulose produzida para exportação é embarcada em embarcações dedicadas ou embarcações de serviço parcial – providas por transportadoras com contratos vigentes – aos nossos terminais no exterior e em seguida entregue aos nossos clientes. Nós operamos em dois portos, Santos no Estado de São Paulo e Barra do Riacho no Estado do Espírito Santo. Em outubro de 2010, quatro contratos a longo prazo foram assinados com a sul coreana Pan Ocean Co. Ltd., (antiga STX Pan Ocean), válidos por um período de 25 anos para a construção de vinte navios marítimos. Cinco já foram entregues, dos quais o quinto entrou em serviço no primeiro trimestre de 2014. Em setembro de 2014, devido ao pedido de recuperação da Pan Ocean em 2013, as partes envolvidas nos contratos de longo prazo (Fibria, bancos e a Pan Ocean), fixaram um acordo para rescindir 3 (três) contratos de longo prazo e consequentemente a obrigação de entrega das embarcações restantes foi extinta. Com as embarcações dedicadas e embarcações de serviço parcial, a Fibra é capaz de atender plenamente a demanda de exportação com qualidade de serviço e eficiência de custo garantidas Porto de Santos O porto de Santos é localizado no litoral do estado de São Paulo. Desse porto exportamos a celulose produzida nas fábricas de Jacareí e Três Lagoas, localizadas a aproximadamente 150 e 750 quilômetros de distância do porto de Santos, respectivamente. Temos uma concessão do governo do estado de São Paulo para operar um terminal e um galpão neste porto. A concessão foi permitida nos termos de um contrato de arrendamento operacional com a Companhia Docas do Estado de São PauloCODESP que atinge seu vencimento em setembro de 2017. Esse galpão em particular tem uma capacidade de armazenagem de 38 mil toneladas métricas de celulose e suporta exportações da fábrica de Jacareí. A operação do porto facilitou o crescimento de nossas exportações por permitir que carreguemos as embarcações com celulose diretamente de nosso terminal, o que reduz significativamente os custos com frete e manuseio. 65 Para facilitar as exportações para nossa fábrica de Três Lagoas, também assinamos um contrato de longo prazo com um operador de terminal em Santos (a Gearbulk Terminals) para uma capacidade de armazenamento adicional de 50 mil toneladas de celulose em um novo terminal especializado em que a conexão ferroviária e a prioridade das embarcações também foram consideradas. A fim de manter nossa capacidade de exportação a longo prazo, pretendemos participar do novo processo de concessão do porto de Santos, e continuaremos a buscar alternativas competitivas para o transporte de nossa celulose. Portocel A celulose produzida para exportação nas fábricas de celulose da Aracruz e da Veracel é transportada do Porto da Barra do Riacho (Portocel), que fica a aproximadamente 3 quilômetros da Aracruz e a 260 milhas náuticas do terminal de barcaças da Veracel. Esse porto é uma instalação moderna com capacidade de manejar aproximadamente 10 milhões de toneladas de celulose por ano. Esse galpão em particular tem uma capacidade de armazenagem de aproximadamente 220 mil toneladas de celulose (armazenagem estática). Detemos 51% da Portocel, a empresa que opera o terminal do porto de Aracruz. Os outros 49% da Portocel são detidos pela Cenibra, outra fabricante de celulose e uma de nossas concorrentes. Entrega de Celulose do Porto aos Nossos Clientes A maior parte de nossas vendas ao cliente final é entregue de nossos terminais marítimos nos Estados Unidos, no Mediterrâneo e no Leste da Ásia. A esta altura, a Fibria está totalmente comprometida a atender às necessidades dos clientes, vantagens de custo e impactos ambientais na escolha da opção correta dentre os diferentes meios de transporte: ferrovias, caminhões, navios-barcaça e navios de cabotagem. Políticas ambientais A Constituição brasileira confere ao governo federal, aos estados e aos municípios o poder de promulgar leis de proteção ambiental e de emitir regulamentos de acordo com tais leis. Apesar de o governo federal ter o poder de promulgar regulamentos ambientais que preveem os padrões mínimos de proteção ambiental, os governos estaduais têm o poder de promulgar regulamentos ambientais mais rígidos. Os municípios apenas poderão emitir regulamentos a respeito de assuntos de interesse local ou para complementar leis federais ou estaduais. A maior parte dos regulamentos ambientais no Brasil está, então, no nível federal e estadual, e não no nível local, com padrões ambientais estabelecidos nos alvarás de funcionamento emitidos para cada fábrica e não por meio de regulamentos de aplicabilidade geral. Os pedidos de renovação de alvarás de funcionamento são revisados periodicamente. O processo de obtenção de uma licença ambiental inclui o seguinte: a licença preliminar ou provisória - concedida durante o estágio preliminar do planejamento da instalação. A licença aprova o local e o conceito da instalação com base em seu impacto ambiental e estabelece as exigências básicas a serem cumpridas durante os estágios subsequentes da implementação do projeto; a licença de instalação — autoriza a construção da instalação de acordo com as especificações previstas nos planos, programas e projetos aprovados pelas autoridades; e a licença operacional — autoriza a operação da instalação após o recebimento das licenças preliminares e de instalação, e fornece confirmação pelas autoridades de que as medidas e as condições de controle ambiental necessários para a operação da instalação foram satisfeitas. 66 As licenças ambientais são válidas por um prazo específico, porém poderão ser canceladas se qualquer das condições ou exigências impostas pela autoridade responsável pela manutenção da respectiva licença não for cumprida. Ocasionalmente, ocorrem conflitos jurisdicionais entre autoridades de licenciamento ambiental quando a atividade exploratória proposta está em um local que é regulamentado por mais de um município ou estado, ou está sob a jurisdição de ambos os governos estadual e federal. Além disso, dependendo do nível do impacto ambiental que é causado pela atividade exploratória, o procedimento de licenciamento ambiental poderá exigir laudos de impacto ambiental e a realização de audiências públicas, o que poderá aumentar consideravelmente a complexidade e a duração do procedimento de licenciamento, e expor a atividade exploratória a possíveis reivindicações judiciais. Todos os estados brasileiros exigem licenças para a instalação e a operação de nossas fábricas. Esses regulamentos foram introduzidos nos últimos dez a doze anos. Estamos sujeitos aos regulamentos de órgãos ambientais dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, respectivamente conhecidos como Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Instituto Estadual do Meio Ambiente (IEMA), Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) e Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL). De acordo com esses regulamentos estaduais, as autoridades estaduais têm o poder de regulamentar as operações de uma empresa por meio do estabelecimento de normas ambientais específicas da empresa no alvará de funcionamento de tal empresa. Nossas atividades florestais são regulamentadas pelos órgãos ambientais do governo federal e dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais (Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM)), Bahia (Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA)) e Rio Grande do Sul. O plantio e a colheita de árvores estão sujeitos à aprovação prévia do respectivo órgão ambiental estadual ou federal. As leis brasileiras exigem que no mínimo 20% das terras possuídas de uma empresa florestal sejam registradas e mantidas com espécies nativas. Além disso, nossas operações estão sujeitas a várias leis e regulamentos ambientais emitidos por autoridades governamentais com relação a emissões de gases, descartes de elementos, resíduos sólidos e odores. De acordo com as leis do Brasil, as pessoas físicas ou jurídicas que violarem as leis ambientais podem ser punidas por sanções criminais e administrativas. As sanções criminais variam de multas à detenção, no caso de pessoas físicas, incluindo conselheiros, diretores e administradores de empresas, ou dissolução, no caso de pessoas jurídicas. As sanções administrativas incluem multas, suspensão parcial ou total de atividades, confisco ou restrição de incentivos ou benefícios fiscais, e cancelamento ou suspensão de financiamentos de órgãos governamentais. Além das sanções criminais e administrativas, de acordo com as leis ambientais brasileiras, o infrator também deve reparação ou indenizar o dano que foi causado ao meio ambiente e a terceiros. Como as leis ambientais do Brasil utilizam um padrão de responsabilidade objetiva na determinação da obrigação de remediar danos causados ao meio ambiente e de indenizar os terceiros afetados, a imposição de qualquer referida obrigação é feita independentemente do fato de o infrator ser considerado negligente ou não. Além disso, a estrutura corporativa de uma empresa poluidora poderá ser desconsiderada se a estrutura for vista como um obstáculo à recuperação completa dos danos ambientais. Realizamos modificações periódicas nas fábricas a respeito de tecnologia e equipamentos ambientais e a implementação de novos procedimentos para minimizar os riscos ambientais associados a vazamentos e possíveis liberações. Embora a exerçamos controle sobre o cumprimento das exigências legais aplicáveis às nossas atividades, não incorremos custos relativos a seu cuidado, em razão da falta de uma política específica relacionada à área ambiental. Seguro Mantemos seguros de responsabilidade compreensiva com as principais seguradoras para cobrir danos patrimoniais e risco de interrupção dos negócios, bem como a respeito do transporte doméstico e internacional. Nossa apólice de seguro patrimonial possui uma cobertura de risco mínimo 67 de R$5.500.000,00 que acreditamos oferecer uma cobertura mais que suficiente de nossos ativos atuais. Não mantemos cobertura de seguro contra incêndio, doenças e outros riscos às nossas florestas. Há um risco de incêndio e doença associado a nossas atividades florestais; entretanto, acreditamos que o dano total seria minimizado pelos nossos procedimentos de gestão de risco, e o fato de que nossas florestas individuais não são fechadas, eliminando assim, qualquer risco que um incêndio ou doença teria de se espalhar facilmente a quaisquer outras de nossas florestas. Tomamos várias medidas para prevenir incêndios em nossas florestas, incluindo a manutenção de torres de observação contra incêndio, frota de caminhão de bombeiros e equipes da brigada de incêndio, que acreditamos serem métodos de prevenção seguros e de bom custo-benefício. Em cada um dos últimos três exercícios, os incêndios ocorridos em nossas florestas não resultaram em danos relevantes em nossa área total plantada. Considerando a proteção natural fornecida pelas localizações disseminadas de nossas florestas, não acreditamos que segurar nossas florestas teria um bom custo-benefício. Não fazemos provisões para risco de perda contra incêndio ou doença, e todas as perdas e danos que ocorrerem são contabilizados quando incorridas. Não sofremos nenhuma perda relevante devido a incêndio ou doença em nossas florestas. 68 Companhia Controlada Conjuntamente Veracel A Veracel é uma sociedade anônima de capital fechado constituída de acordo com as leis do Brasil, na qual a Fibria e a Stora Enso detêm 50% das participações acionárias (ela era uma joint venture entre a Aracruz e a Stora Enso). A Veracel cultiva e maneja plantações de eucalipto e opera uma planta de celulose na cidade de Eunápolis, no estado da Bahia. A Veracel produz BEKP e tem capacidade de produção anual de 1,12 milhão de toneladas A Fibria e a Stora Enso celebraram um acordo de acionistas que define seus respectivos direitos e obrigações como acionistas da Veracel. Esse acordo de acionistas tem vencimento em janeiro de 2023 e pode ser prorrogado automaticamente por prazos sucessivos de 20 anos, exceto se notificação em contrário for concedida por uma das partes. O acordo de acionistas da Veracel prevê que: a Fibria e a Stora Enso têm o direito de indicar três membros do conselho de administração da Veracel composto por seis membros; sob certas circunstâncias, a Fibria e a Stora Enso poderão ser obrigadas a fazer aportes de capital à Veracel, em termos proporcionais; caso um acionista deixe de cumprir qualquer de suas obrigações a respeito das necessidades de financiamento da Veracel com relação ao plano de investimento e aportes de capital da Veracel, o outro acionista terá direito de exigir que o acionista inadimplente transfira todas (porém não menos que todas) as suas ações para o outro acionista por um valor de mercado descontado, calculado em conformidade com as disposições do acordo de acionistas da Veracel; enquanto a Fibria ou qualquer de suas subsidiárias for acionista da Veracel, a Fibria não adquirirá (ou fará com que seja adquirida) qualquer participação no imóvel na área central da Veracel; e enquanto a Fibria ou qualquer de suas subsidiárias for acionista da Veracel, a Veracel não adquirirá (ou fará com que seja adquirida) qualquer participação no imóvel na área central da Fibria. Em março de 2005, a Aracruz celebrou um Contrato de Fornecimento e Compra de Celulose com a Veracel, de acordo com o qual a Aracruz concordou em comprar 50% da produção anual de celulose da fábrica da Veracel. Esse contrato entrou em vigor em maio de 2005, e permanecerá efetivo enquanto o Acordo de Acionistas da Veracel estiver vigente. C. Estrutura Organizacional O gráfico a seguir mostra nossa estrutura organizacional em 31 de dezembro de 2014 (% do capital total). 69 Tradução da imagem: Brasil Exterior: EUA- Delaware; Canadá – BC; EUA Delaware; Hungria; Ilhas Cayman; Hungria; Áustria; Ilhas Cayman; Suiça; Áustria; Hong Kong; Holanda Nossas operações são conduzidas pela Fibria Celulose S.A. como controladora e principal companhia operacional. Apesar de ser uma companhia independente, somos uma entidade controlada conjuntamente pelo Grupo Votorantim, que possui outros investimentos no Brasil e no exterior, principalmente nos setores de cimento, metalurgia, agronegócios, produtos químicos e serviços financeiros. Vide “Item 4 – Informações sobre a Fibria – A. História e Desenvolvimento da Fibria – Nossa Estrutura Acionária.” Entre as subsidiárias apresentadas no gráfico acima destacamos: Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda: subsidiária integral estabelecida para as operações da fábrica Três Lagoas Portocel Term. Esp BR S.A.: terminal portuário de onde exportamos a produção da Aracruz e da Veracel. É uma joint venture entre a Fibria (51%) e a Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira (49%) Veracel Celulose S.A.: joint venture entre a Fibria Celulose S.A.(50%) e a Stora Enso (50%), na qual temos as operações da Unidade Veracel. - • Fibria Overseas Holding KFT (localizada na Hungria) e Fibria International Celulose GmbH (localizada na Áustria), são as empresas estabelecidas para deter a participação em suas subsidiárias Fibria Trading International KFT (Hungria) e Fibria International Trade GmbH (Áustria), respectivamente, conforme descrito abaixo. Fibria Trading International Commercial and Servicing Limited Liability Company, ou Fibria Trading International KFT em sua forma abreviada (localizada na Hungria e sua subsidiária — Fibria Europe S.A. — localizada na Suíça) e Fibria Celulose (USA) Inc (localizada em Delaware): subsidiárias estabelecidas para a administração, venda, operação, logística, controle e contabilidade dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte. - Fibria International Celulose GmbH (localizada na Áustria) e sua subsidiária, Fibria International Trade GmbH (localizada na Áustria e sua filial localizada em Hong Kong sua subsidiária– Green Parrot B.V. – localizada na Holanda): subsidiárias estabelecidas para a administração, venda, operação, logística, controle e contabilidade de produtos na Europa, Ásia e América do Norte. 70 Fibria Overseas Finance Ltd (Ilhas Cayman) e Voto IV (Ilhas Cayman): estabelecidas a fim de facilitar o acesso aos mercados financeiros internacionais. A Fibria Overseas foi a emissora das Notas da Fibria 2019, 2020 e 2021 e a Voto IV foi a emissora das Notas da Voto IV em 2005. Como parte final do processo de simplificação de nossa estrutura organizacional, a Newark Financial Inc., nas Ilhas Virgens Britânicas, foi dissolvida em 14 de junho de 2012, e Normus Empreendimentos e Participações Ltda., no Brasil, foi incorporada à Fibria Celulose S.A. em 30 de setembro de 2013. Ensyn and F&E Technologies LLC (Delaware – USA). Com investimento inicial de US$20 milhões, a Fibria adquiriu aproximadamente 6% das ações com direito a voto da Ensyn e concordou em estabelecer uma joint venture com participações iguais F&E Technologies LLC) que foi devidamente constituída em Delaware para investimentos futuros na produção de combustíveis líquidos e químicos provenientes de biomassa no Brasil. Em 2014, assinamos com a Ensyn Corporation um Aditamento ao Contrato de Compra de Ações de 2012 para a compra pela Empresa de uma participação adicional de 3% do capital da Ensyn por US$10 milhões. Isso aumentou nossa participação para aproximadamente 9% do capital da Ensyn e também nos proporciona determinados direitos que, se exercidos, nos permitiria subscrever um adicional de US$15 milhões no seu capital. D. Propriedade, Instalações e Equipamento Visão Geral Nossos principais escritórios executivos estão localizados no Estado de São Paulo, onde concentramos nossas funções financeiras, administrativas e comerciais. Unidade Aracruz A Unidade Aracruz é nossa principal fábrica de celulose. Está localizada no Estado do Espírito Santo e é a maior unidade de produção de celulose kraft branqueada de fibra curta do mundo. Adquirimos essa unidade como parte da aquisição da Aracruz. Ela possui três linhas de produção: Fiberline A, Fiberline B e Fiberline C. Sua capacidade normal de produção é de aproximadamente 2,34 milhões de toneladas de celulose de mercado. No final de 2014, essa unidade possuía área total de 346.000 hectares, dos quais 198.947 hectares eram de plantação de eucalipto, 122.595 eram cobertos por ecossistemas naturais preservados (área de preservação), e 24.752 hectares possuíam outros usos. A Unidade Aracruz está localizada a aproximadamente 3 quilômetros das instalações portuárias em Aracruz (Portocel), 51% das quais pertencem a nós. Unidade Jacareí A Unidade Jacareí está localizada no Estado de São Paulo e possui capacidade de produção nominal de aproximadamente 1,1 milhão de toneladas de celulose de mercado. No final de 2014, sua área total cobria 158.242 hectares, dos quais 85.063 eram de plantação de eucalipto, 62.697 hectares eram cobertos por ecossistemas naturais preservados (área de preservação), e 10.483 hectares possuíam outros usos. A celulose produzida na Unidade Jacareí é transportada por trem ao porto de Santos, que fica a 150 km de distância da Unidade. Unidade Três Lagoas A Unidade Três Lagoas começou suas operações comerciais em março de 2009 com uma capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas de celulose de mercado. Essa unidade está localizada no Estado do Mato Grosso do Sul. No final de 2014, a área total da Unidade Três Lagoas era de 342.326 hectares, dos quais 224.992 eram de plantação de eucalipto, 99.281 hectares eram cobertos por ecossistemas naturais preservados (área de preservação), e 18.054 hectares possuíam outros usos. A produção de celulose da Unidade Três Lagoas é transportada da fábrica por um sistema confiável 71 múltiplo (ferroviário e rodoviário) diariamente ao porto de Santos, que fica a 920 km de distância da unidade por ferrovia e 788 km por rodovia. Unidade Veracel Temos uma participação de 50% na Veracel, que é proprietária e opera uma fábrica de celulose no município de Eunápolis, no Estado da Bahia, com capacidade de produção anual de 1,12 milhão de toneladas de celulose de mercado. A celulose produzida na Veracel é transportada para o Portocel, localizado a uma distância de 541 km da unidade. A tabela a seguir estabelece a distância entre nossas florestas (incluindo o transporte de madeira de celulose comprada no mercado) e nossas fábricas, a distância entre essas fábricas e o porto de embarcação e a capacidade nominal de cada fábrica em 31 de dezembro de 2014. Unidade Aracruz .............................................................. Veracel (50%) .................................................... Três Lagoas ....................................................... Jacareí ................................................................ Distância da floresta ou da fábrica de celulose Distância para o porto de Santos Distância para o porto de Portocel 208 km 54 km 76 km 225 km — — 788 km 150 km 3 km 541 km — — Capacidade de celulose (toneladas/ano) 2.340.000 560.000 1.300.000 1.100.000 Florestas de eucalipto Atualmente, obtemos a maior parte de nossa madeira de 560 mil hectares de um total de 968 hectares de florestas cultivadas (São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, não considerando áreas de programas de parcerias florestais, a base florestal ligada à venda de ativos florestais no sul do Estado da Bahia e o Losango). Apesar de termos madeira suficiente para atender às nossas necessidades, de tempos em tempos e quando os termos são atraentes adquirimos madeira de terceiros não relacionados à Fibria para ser utilizada em nossas fábricas de celulose. Em 31 de dezembro de 2014, também possuíamos mais de 2.200 do programa de parceria florestal com tratados de 129 mil hectares de terra com aproximadamente 80 mil hectares de áreas plantadas (a maior parte dos quais nos estados do Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo), tornando nossas fontes de madeira relativamente dispersas. Nossas florestas estão localizadas a uma distância média de 181 km de nossas fábricas de celulose. A legislação florestal brasileira exige que propriedades particulares possuam ao menos 20% de sua área mantida para preservação dos ecossistemas nativos, fragmentos de vida selvagem ou área florestal restaurada (por meio do plantio de espécies nativas). De nossas florestas próprias, aproximadamente 58% são plantações de florestas de eucalipto, enquanto 35% são florestas de preservação e os 7% restantes possuem outros usos. Embora a dispersão de nossas florestas implique em alguns custos adicionais, acreditamos que ela reduza significativamente os riscos de incêndios e doenças. Também buscamos minimizar o risco de incêndios mantendo um sistema de torres de observação de fogo, uma frota de caminhões de bombeiro, brigadas anti-incêndio e carros de patrulha inteiramente equipados que monitoram as áreas 7 dias por semana. Em vista da proteção natural garantida pela dispersão de nossas florestas, acreditamos que a prevenção é uma estratégia-chave para evitar que tenhamos que segurar nossas florestas. Consequentemente, assumimos todos os riscos de perdas com incêndios e outras eventualidades. Adicionalmente, monitoramos anualmente e administramos nossas florestas de modo a prevenir perdas com saúvas e outras infestações de insetos. Não sofremos nenhuma perda com incêndios ou doenças nas florestas que cultivamos, nem tivemos nosso fornecimento de madeira ou operações comprometido por esses tipos de ocorrências. Em 2014, como parte de nossos esforços de reflorestamento, plantamos aproximadamente 72.000 hectares de eucalipto, a fim de manter o fornecimento de madeira para nossas fábricas e nossa produção de celulose. As florestas de eucalipto cultivadas produziram entre 35 e 42 metros cúbicos de madeira por ano, perfazendo uma média de 230 vm3/ha/ano aproximadamente com 6 anos de cultivo. A produtividade de nossas florestas reflete as excelentes condições climáticas e geológicas para o 72 cultivo de eucalipto em todos os estados brasileiros, com suficiente incidência tanto de sol como de chuva. Em 2014, operamos quatro viveiros e produzimos 96 milhões de plantas (estacas enraizadas/mudas) nesses viveiros, sendo todas plantadas em nossas florestas ou fornecidas ao Programa Poupança Florestal. A fim de desenvolver nossas florestas de eucalipto, selecionamos árvores após testes genéticos de campo precisos, e essas árvores selecionadas são clonadas (cultivares) e então multiplicadas em larga escala por meio de um processo de propagação vegetativa (estacas enraizadas). A propagação vegetativa nos permite plantar árvores com as características genéticas mais favoráveis para a produção de celulose. Essas características incluem crescimento rápido, boa qualidade das fibras de madeira, resistência a doenças e galhos “autopodáveis”. A maior padronização garantida pela clonagem também nos permite aumentar a mecanização da colheita de árvores e do transporte até a fábrica, facilitando o ajuste dos equipamentos e das máquinas às condições topográficas. Continuamos a rever nossos esforços para melhorar nossa relação com as comunidades e buscar o bem comum, como parte de nossa contribuição ao desenvolvimento social e econômico. Por exemplo, convidamos mais uma vez nossos vizinhos para ingressar no Programa Poupança Florestal, que é uma oportunidade tanto de participar dos benefícios florestais como de diversificar sua cadeia produtiva e aumentar a renda de suas propriedades em projetos de parceria. Em 31 de dezembro de 2014, produtores rurais locais, em sua maior parte donos de pequenas propriedades, já haviam plantado 5 mil hectares (incluindo a Veracel) de florestas com o nosso apoio. Expansão Planos de expansão futura dependerão das condições dos mercados globais. Possíveis projetos incluem a expansão de três fábricas existentes: Três Lagoas II, que representa uma capacidade adicional de 1,5 milhão de toneladas de celulose de mercado; Veracel II, com capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas (50% da Fibria e 50% da Stora Enso) e uma capacidade adicional de 1,5 milhão de toneladas proveniente de uma quarta linha na Unidade Aracruz. Continuamos investindo no desenvolvimento da base florestal da Três Lagoas II. A combinação entre aquisição e arrendamento de terras tem o intuito de manter o custo de produção de caixa do projeto a níveis competitivos, especialmente garantindo uma distância pequena entre floresta e fábrica. A expansão da Unidade Três Lagoas é um dos projetos que têm o objetivo de manter nossa liderança global em termos de escala e baixos custos de produção no setor de celulose de mercado. Entretanto, em função de um ambiente econômico global incerto e do número de projetos de celulose anunciados que devem chegar ao mercado nos próximos anos, e tendo em vista nosso objetivo de gerar valor para nossos acionistas, a recomendação de executar o projeto será submetida ao nosso Conselho de Administração em 2015 levando em consideração os prospectos financeiros e do mercado. Ensyn Em linha com nossa estratégia de complementar o negócio de celulose e explorar as oportunidades dentro da cadeia de valor do setor florestal, em outubro de 2012 a Fibria anunciou o estabelecimento de uma aliança com a Ensyn Corporation (“Ensyn”), uma empresa privada constituída em Delaware, EUA. A Ensyn desenvolveu a tecnologia comercialmente comprovada denominada Rapid Thermal Processing™ (“RTP”), que converte madeira e outros tipos de biomassa não provenientes de alimentos em combustíveis líquidos e químicos renováveis. O principal combustível líquido renovável produzido pela Ensyn, o Renewable Fuel Oil™ (“RFO”) substitui o petróleo e possui múltiplas funções, que incluem aquecimento, conversão em combustíveis para transporte e geração de energia em motores a diesel. Com investimento inicial de US$20 milhões, a Fibria adquiriu aproximadamente 6% das ações com direito a voto da Ensyn e concordou em estabelecer uma joint venture com participações iguais (F&E Technologies LLC) que foi devidamente constituída em Delaware para investimentos futuros na produção de combustíveis líquidos e químicos provenientes de biomassa no Brasil. Em 2014, assinamos com a Ensyn Corporation, um Aditamento ao Contrato de Compra e Venda de Ações 73 de 2012, para a compra pela Empresa de uma participação adicional de 3% do capital da Ensyn por US$10 milhões. Isso aumentou nossa participação para aproximadamente 9% do capital da Ensyn e também nos proporciona determinados direitos que, se exercidos nos permitiria subscrever um adicional de US$15 milhões no seu capital. ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO ESCLARECIDOS DA EQUIPE Não temos nenhum comentário não esclarecido pendente da Equipe da SEC. ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS A seguinte discussão de nossa situação financeira e nossos resultados operacionais deve ser lida com as nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas e correspondentes notas explicativas dos períodos de 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 incluídas neste relatório anual, que foi preparado de acordo com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) conforme publicadas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board – IASB), assim como com as informações apresentadas em “Apresentação dos Dados Financeiros e Outros Dados” e “Item 3. Principais Informações – A - Dados Financeiros Selecionados”. Esta seção contém demonstrações futuras que envolvem riscos e incertezas. Nossos resultados efetivos poderão ser significativamente diferentes dos resultados discutidos nas considerações sobre estimativas e projeções devido a vários fatores como, entre outros, os apresentados no “Item 3. Principais Informações – D. Fatores de Risco” e as questões apresentadas neste relatório anual de forma geral. Visão Geral Somos a maior produtora de celulose de mercado do mundo, de acordo com a Hawkins Wright e com a PPPC, com uma produção total de celulose de eucalipto de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas por ano. Acreditamos ser uma das produtoras de BEKP com custo mais baixo no mundo, principalmente devido às nossas economias de escala, nossas instalações produtivas inovadoras e estrategicamente localizadas, o curto ciclo de extração de nossas árvores e a utilização de tecnologia de ponta em nossas operações. No primeiro semestre de 2009, adquirimos o controle da Aracruz e incorporamos totalmente os resultados operacionais da Aracruz em nossas demonstrações financeiras consolidadas em 1º de janeiro de 2009. Em setembro de 2009, adotamos a marca “Fibria” em nossas operações de celulose e papel. Fatores que Afetam Nossos Resultados Operacionais Nossos resultados operacionais foram afetados pela alienação de outros ativos de celulose e de papel no período de três exercícios encerrado no dia 31 de dezembro de 2013 (Conpacel, KSR e Piracicaba). Além disso, nossos resultados operacionais para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 foram afetados, e nossos resultados operacionais continuarão a ser influenciados, por vários fatores, incluindo: a expansão ou a contração da capacidade global de produção para os produtos que vendemos e a taxa de crescimento da economia global; flutuações nos preços de mercado internacionais de nossos produtos, que são denominados ou referenciados em Dólares, e que pode afetar significativamente nossa receita líquida; a taxa de crescimento do PIB global e brasileiro, que afeta a demanda doméstica por nossos produtos e, consequentemente, nosso volume de vendas; nossas taxas de utilização de capacidade, que afetam significativamente o custo de produção de nossos produtos e poderá levar a reduções ao valor recuperável nossos ativos; 74 os resultados operacionais daquelas companhias em que temos ou tivemos participações acionárias minoritárias ou controle acionário compartilhado, como a Veracel, uma parte dos quais são ou foram consolidados em nossos resultados operacionais conforme exigido pelas IFRS; variações na taxa de câmbio Real/Dólar, incluindo a desvalorização do Real em relação ao Dólar de 9% em 2014, 11% em 2013, 8,2% em 2012, que afetaram (1) os valores expressos em Reais de nossa receita líquida, nossos custos de vendas e alguns de nossas despesas operacionais e de outras naturezas que são denominadas ou referenciadas em Dólar, e (2) nossas despesas financeiras líquidas como resultado de nossos passivos denominados em Dólares que exigem que realizemos pagamentos de principal e de juros em Dólares o nível de nosso endividamento em aberto, as variações nas taxas de juros de referência no Brasil, principalmente na taxa LIBOR, que afetam nossas despesas com juros sobre nossa dívida com taxa flutuante denominada em Dólares, e as variações na taxa CDI, que afetam nossas despesas com juros sobre nossa dívida com taxa flutuante denominada em Reais; as taxas de inflação no Brasil, que foram de 6,4% em 2014, 5,9% em 2013 e 5,8% em 2012 e conforme calculadas pelo IPCA, e os efeitos de inflação (deflação) sobre nossas despesas operacionais denominadas em Reais e nossa dívida denominada em Real que está indexada para considerar os efeitos de inflação ou juros remunerados nas taxas que são ajustadas parcialmente pela inflação; e mudanças nas políticas contábeis e na Lei das Sociedades por Ações, conforme discutido em outra seção deste documento. Nossa situação financeira e nossa liquidez são influenciadas por vários fatores, incluindo: nossa capacidade de gerar fluxos de caixa de nossas operações; taxas de juros e oscilações nas taxas de câmbio brasileiras e internacionais em vigor, que afetam as exigências de nosso serviço da dívida; nossa capacidade de continuar obter empréstimo de instituições financeiras do Brasil e internacionais e de vender nossos títulos de dívida nos mercados de valores mobiliários nacionais e internacionais a taxas aceitáveis, que são influenciadas por vários fatores discutidos neste documento; nossas exigências de investimentos em bens de capitais, que consistem principalmente da manutenção de nossas instalações operacionais, da expansão de nossa capacidade de produção, de aquisições e de atividades de pesquisa e desenvolvimento; a exigência, de acordo com nosso estatuto social, para que paguemos dividendos em termos anuais em um valor igual a, no mínimo, 25% de nosso lucro líquido ajustado, exceto se nosso Conselho de Administração considerar tal pagamento inconsistente com a nossa situação financeira; e mudanças nas políticas contábeis e na Lei das Sociedades por Ações. Efeitos de Variações nos Preços de Celulose Os preços no mercado internacional de nossos produtos de celulose apresentaram variação significativa, e acreditamos que eles continuarão a variar à luz dos desdobramentos econômicos globais, como o aumento na demanda por celulose na China. Os aumentos significativos dos preços no mercado internacional de nossos produtos e, consequentemente, os preços que podemos cobrar provavelmente aumentarão nossa receita líquida e nossos resultados operacionais na medida em que conseguimos manter nossas margens operacionais e os preços elevados não reduzirem o volume de vendas de nossos produtos. Por outro lado, as reduções significativas dos preços no mercado 75 internacional de nossos produtos e, consequentemente, os preços que podemos cobrar provavelmente reduzirão nossa receita líquida e nossos resultados operacionais, caso não consigamos aumentar nossas margens operacionais ou esses preços reduzidos não resultem em maior volume de vendas de nossos produtos. Os preços mundiais de celulose são cíclicos, pois a demanda por papel depende fortemente das condições econômicas em geral e a capacidade de produção se ajusta lentamente às mudanças na demanda. Para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2013, os preços de tabela médios da BEKP na América do Norte, na Europa e na Ásia foram US$870, US$ e US$791 por tonelada, respectivamente, No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, os preços médios de mercado de BEKP na América do Norte, na Europa e na Ásia foram de US$846, US$745 e US$609 por tonelada, respectivamente. Temos relacionamentos de vendas de longo prazo com substancialmente todos os nossos clientes de celulose e de papel nos mercados domésticos e de exportação. Esses contratos preveem em geral a venda de nossa celulose de mercado por preços anunciados por nós a cada mês. Esses preços poderão variar entre as diferentes áreas geográficas onde nossos clientes estão localizados. Os acordos de preços nos termos de nossos contratos de longo prazo são, em geral, consistentes com os preços de nossas outras vendas dentro da mesma região e seguem a tabela de preços de BEKP estabelecida, anunciada pelos principais produtores de celulose do mundo. Cenário econômico brasileiro Nossos resultados operacionais e a situação financeira, conforme divulgados em nossas demonstrações financeiras consolidadas, são afetados pela taxa de inflação do Brasil e a taxa de valorização ou depreciação do real em comparação ao Dólar, considerando a taxa média anual. A tabela abaixo mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a valorização (desvalorização) do real em comparação ao Dólar e a taxa de câmbio e a taxa de câmbio média do final dos períodos apresentados: 2014 2013 2012 2011 2010 Inflação (IPCA) ......................... 6,4% 5,9% 5,8% 6,5% 5,9% Desvalorização (valorização) do dólar norte americano vs. Real (ano a ano) .................... 9% 11% 8,2% 11,2% (4,5)% Fim do ano/período-taxa de câmbio—U.S.$ 1,00 ............... R$2,66 R$2,34 R$2,04 R$1,88 R$1,66 Média (ponderada diariamente) da taxa de câmbio (1) U.S.$ 1,00 ............ R$2,35 R$2,16 R$1,95 R$1,67 R$1,76 (1) The average (daily) exchange rate é the sum of the closing exchange rates at the end of each business day divided by the number of business days in the período. Efeitos das Flutuações nas Taxas de Câmbio entre o Real e o Dólar Nossos resultados operacionais e nossa situação financeira são, e continuarão sendo, afetados pela taxa de desvalorização ou valorização Dólar dos Estados Unidos real em relação ao Real porque: uma parte substancial de nossa receita é denominada em ou atrelada ao Dólar; uma parte substancial de nossos custos é incorrida em Reais; temos certas despesas operacionais, custos com algumas de nossas matérias-primas e efetuamos certos gastos que são denominados ou atrelados a Dólares; e temos valores significativos de passivos denominados em Dólares que exigem que realizemos pagamentos de principal e de juros em Dólares. 76 A maioria de nossas vendas de celulose é realizada no mercado de exportação a preços com base nos preços nos mercados internacionais expressos em Dólares. Apesar de a maior parte de nossa receita de vendas domésticas ser em Reais, substancialmente todos os nossos produtos são vendidos a preços com base nos preços de mercados internacionais que são determinados em Dólares. Quando o Dólar dos Estados Unidos sofre valorização em relação ao Real, supondo que os preços nos mercados internacionais para nossos produtos se mantenham constantes em Dólares, nossa receita de vendas líquidas proveniente de vendas de exportação aumenta e, em geral, tentamos aumentar os preços domésticos de nossos produtos em Reais, o que pode resultar em volumes reduzidos de vendas domésticas dos nossos produtos. Por outro lado, quando o Dólar dos Estados Unidos sofre depreciação em relação ao Real, supondo que os preços nos mercados internacionais para nossos produtos se mantenham constantes em Dólares, nossa receita de vendas líquidas proveniente de vendas de exportação cai e, em geral, reduzimos os preços domésticos de nossos produtos em reais, o que pode resultar em um aumento dos volumes de vendas domésticas dos nossos produtos. Em períodos de alta volatilidade da taxa de câmbio Real/Dólar, há geralmente um descompasso entre o momento em que o Dólar sofre valorização ou desvalorização e o momento em que conseguimos repassar o aumento ou a redução de custos em Reais para nossos clientes no Brasil. Os desequilíbrios dos preços caem quando a taxa de câmbio Real/Dólar está menos volátil. Nosso endividamento consolidado denominado em Dólares representou 93% (incluindo swaps de moedas) de nosso endividamento em aberto em 31 de dezembro de 2014. Consequentemente, quando o Real sofre valorização em relação ao Dólar: os custos com juros de nossos endividamentos denominados em Dólares apresentam queda em reais, queda essa que afeta positivamente nossos resultados operacionais em Reais; o valor de nosso endividamento denominado em Dólares apresenta queda em Reais, e nossos passivos totais e nossas obrigações de serviço de dívida em reais apresentam queda; e nossas despesas financeiras líquidas tendem a cair em decorrência de ganhos de câmbio que devemos registrar. Uma desvalorização do Real em relação ao Dólar tem efeitos opostos. As obrigações de serviço de dívida denominada em Dólares fornecem uma proteção natural contra nossas vendas de exportação, que permitem que geremos recebíveis a pagar em moedas estrangeiras, porém elas não são totalmente cobertas. Dessa forma, celebramos com frequência as operações com derivativos para minimizar flutuações da taxa de câmbio em nossa exposição líquida denominada em Dólares. Uma parte significativa de nosso endividamento está atrelada e é amortizada principalmente com os recursos de nossas exportações. Esse endividamento é denominado em Dólares e geralmente está disponível a um custo mais baixo que os outros tipos de financiamento disponíveis. Em geral, empenhamos uma parte de nossos recebíveis como garantia das obrigações contínuas de serviço de dívida, geralmente para cobrir as próximas parcelas do principal e dos juros. Esses contratos também contêm certos compromissos financeiros e de outras naturezas. Efeito do Nível de Endividamento e das Taxas de Juros Em 31 de dezembro de 2014, nosso endividamento total em aberto em termos consolidados era de R$8.327 milhões. O nível de nosso endividamento resulta em despesas financeiras significativas que são refletidas em nossas demonstrações do resultado. Os resultados financeiros consistem de despesas com juros, variações cambiais de ativos e passivos denominados em Dólar e em outras moedas estrangeiras, perdas ou ganhos com derivativos, e outros itens conforme estabelecido na nota explicativa 32 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício de 2014. Em 2014, registramos uma despesa financeira líquida total de R$1.635 milhões, consistindo principalmente em R$476 milhões em juros sobre empréstimos e financiamentos e R$499 milhões em encargos financeiros nas recompras parciais de Bonds e R$722 milhões de perdas cambiais estrangeiras sobre empréstimos e financiamentos e outros ativos e passivos. Em 2013, registramos uma despesa financeira líquida total de R$2.054 milhões, que consistia principalmente em R$576 milhões de juros sobre empréstimos e financiamentos, R$350 milhões em encargos financeiros nas recompras parciais de Bonds e R$933 milhões de prejuízos de câmbio estrangeiro sobre empréstimos , financiamentos e 77 outros ativos e passivos. As taxas de juros que pagamos dependem de vários fatores do mercado, incluindo nossas taxas de juros e nossas avaliações de risco, do nosso setor e da economia brasileira realizada por possíveis credores nossos, possíveis compradores de nossos títulos de dívidas e agências de classificação que nos avaliam e avaliam nossos títulos de dívida. A S&P, a Moody's e a Fitch mantêm classificações de nossa Companhia e de alguns de nossos títulos de dívida. Quaisquer futuros rebaixamentos na classificação provavelmente resultariam no aumento dos juros e de outras despesas financeiras relacionadas a empréstimos e títulos de dívida, e poderiam ter um efeito negativo sobre nossa capacidade de obter tal financiamento em termos satisfatórios ou nos valores solicitados por nós. Sazonalidade O padrão de sazonalidade do setor de celulose de mercado está historicamente correlacionado ao da produção de papel. A produção mundial de papel normalmente aumenta ao final das férias de verão no hemisfério norte, assim como no Natal e no Ano Novo. Contudo, em decorrência de fatores específicos, incluindo paralisação de máquinas de celulose e de papel, início das operações de novas capacidades, mudanças na estrutura de custo do setor e aumento da demanda global de celulose, as tendências de sazonalidade observadas no passado para o setor da celulose poderão estar sujeitas a mudanças no futuro. Discussão a respeito das políticas contábeis essenciais e estimativas Políticas contábeis essenciais são aquelas que são importantes para descrever nossa situação financeira consolidada e nossos resultados operacionais e exigem poder de análise e decisão, estimativas e premissas mais difíceis, subjetivos ou complexos por parte da administração. A aplicação dessas políticas contábeis essenciais exige com frequência poder de análise e decisão pela administração a respeito dos efeitos de assuntos que são inerentemente incertos com relação aos nossos resultados operacionais e ao valor contábil de nossos ativos e passivos. Nossos resultados operacionais e nossa situação financeira poderão ser diferentes daqueles previstos em nossas demonstrações financeiras consolidadas, se nossa experiência efetiva for diferente das premissas e estimativas da administração. A fim de fornecer um entendimento de nossas políticas contábeis essenciais, incluindo algumas das variáveis e premissas subjacentes às estimativas, e a sensibilidade dessas premissas e estimativas a diferentes parâmetros e condições, apresentamos a seguir uma discussão de nossas políticas contábeis essenciais relacionadas a: reconhecimento de receita e provisão para contas duvidosas; análise da vida útil e do valor recuperável de ativos de longa duração; ativos biológicos; ativos contingentes, passivos e obrigações legais; valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros imposto de renda e contribuição social; impairment do ágio; e benefícios a funcionários. Reconhecimento de receita Reconhecemos receita quando: (1) o valor de receita pode ser calculado com confiança; (2) é provável que benefícios econômicos futuros fluam para nós; e (3) quando critérios específicos foram satisfeitos em cada uma de nossas vendas, incluindo transferência de propriedade e transferência do risco do produto ao cliente com base no “Incoterm” (termos comerciais pré-definidos publicados pela 78 Câmara Internacional do Comércio) utilizado e da confirmação de crédito disponível por parte do cliente para que a venda possa ser concluída. A receita é o valor líquido, após deduções fiscais, descontos e devoluções de vendas. (i) Celulose – mercado doméstico – as vendas são feitas principalmente a crédito, exigíveis dentro de uma média de 12 dias. (ii) Celulose – mercado de exportação – os pedidos de exportação são atendidos normalmente a partir de depósitos de terceiros localizados próximos a mercados estratégicos, vendas são principalmente realizadas por crédito, pagáveis em média dentro de 24 dias. A receita é reconhecida quando o risco de propriedade da celulose foi transferido para o cliente de acordo com os termos específicos da transação. Contratos de exportação geralmente estabelecem a transferência do risco com base nos Incoterms (2010), e o momento da transferência do risco, segundo o Incoterm correspondente, é o momento em que a receita é reconhecida. A provisão para contas duvidosas é registrada em uma quantidade a qual consideramos suficiente para cobrir quaisquer prejuízos prováveis sobre a realização de nossas contas a receber de clientes, e está incluída em nossas despesas de venda. Nossa política de contabilidade para estabelecimento de provisão para reservas para contas duvidosas exige que todas as faturas sejam individualmente analisadas pelos departamentos jurídico, de cobrança e de crédito, a fim de determinar o valor provável dos prejuízos esperados. A provisão para contas duvidosas é registrada em uma quantidade a qual consideramos suficiente para cobrir quaisquer prejuízos prováveis sobre a realização de nossas contas a receber de clientes, e está incluída em nossas despesas de venda. Nossa política de contabilidade para estabelecimento de provisão para reservas para contas duvidosas exige que todas as faturas sejam individualmente analisadas pelos departamentos jurídico, de cobrança e de crédito, a fim de determinar o valor provável dos prejuízos esperados. Análise da vida útil e do valor recuperável de ativos de longa duração Nós analisamos os ativos de longa duração que serão mantidos e utilizados em nossas atividades para verificar se sofreram perda no valor recuperável sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Nós reduzimos o valor contábil líquido se o valor contábil exceder o valor recuperável. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, realizamos testes de impairment e análises de sensibilidade sobre as principais suposições, conforme detalhado na Nota 37 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício de 2014, e não foram reconhecidos prejuízos de impairment. Ativos Biológicos Ativos biológicos são mensurados pelo valor justo, deduzidos dos custos estimados de venda. A exaustão é calculada com base na expectativa do volume total a ser extraído. Os ativos biológicos correspondem às florestas de eucalipto provenientes exclusivamente de plantações renováveis e são destinados à produção de celulose branqueada. Em decorrência das melhorias nas técnicas de manejo florestal, incluindo o melhoramento genético das árvores, o ciclo da extração por meio da substituição ocorre em aproximadamente seis a sete anos. O valor justo é determinado utilizando o método de fluxo de caixa descontado, considerando o volume de madeira, separado por ano de plantio, e medido pelo valor de venda equivalente de madeira em pé. O preço médio de venda foi estimado com base nos preços do mercado local e baseado em pesquisas de operações reais, ajustado para refletir o preço da floresta. Os volumes utilizados na avaliação são consistentes com a extração média anual de cada região. As principais premissas utilizadas por nós para determinar o valor justo de seus ativos biológicos são descritas na Nota 18 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício de 2014. 79 Nossa política corporativa exige que realizemos avaliações do valor justo dos ativos a cada semestre. Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos contingentes e obrigações legais são: (1) ativos contingentes são reconhecidos somente quando há evidência de que sua realização é praticamente certa, geralmente quando uma sentença favorável e transitada em julgado for obtida e pela qual o valor puder ser medido. Os ativos contingentes com êxito provável são apenas divulgados nas notas explicativas às demonstrações financeiras; (2) passivos contingentes são provisionados na medida em que esperamos que seja provável ter que desembolsar fluxos de caixa e se o valor puder ser estimado de modo confiável. As ações fiscais e cíveis são provisionadas quando as perdas são avaliadas como prováveis e os valores envolvidos podem ser mensurados de modo confiável. Quando a expectativa de perda é possível, é divulgada uma descrição dos processos e dos valores envolvidos em notas explicativas às demonstrações financeiras. As ações trabalhistas são provisionadas com base no percentual histórico de desembolsos. Passivos contingentes avaliados como perda remota não são provisionados nem divulgados; e (c) as obrigações legais são registradas como contas a pagar. Conforme discutido na nota explicativa 24 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 incluídas neste relatório anual, somos parte em ações trabalhistas, cíveis e fiscais em várias esferas judiciais. As provisões para contingências contra possíveis resultados desfavoráveis de ações em andamento são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, conforme sustentadas pelo parecer de advogados externos. Além disso, somos parte em ações fiscais e cíveis, que ocorrem no curso normal dos negócios, avaliadas como perda possível, conforme opinião de advogado externos. Nenhuma provisão foi registrada para cobrir possíveis resultados desfavoráveis decorrentes dessas ações. Valor Justo de Derivativos e Outros Instrumentos Financeiros No caso de instrumentos financeiros derivativos e outros instrumentos financeiros, fazemos suposições, com base em dados observáveis no mercado, quanto a futuras taxas de câmbio e de juros para reconhecer o valor justo de cada instrumento. Derivativos são inicialmente reconhecidos ao valor justo na data em que o contrato do derivativo é celebrado e são posteriormente reavaliados ao valor justo. As mudanças no valor justo são registradas nas Demonstrações de lucros e prejuízos, na linha “Resultado de instrumentos financeiros derivativos”. O valor justo dos instrumentos financeiros que não são negociados em um mercado ativo é determinado usando as técnicas de avaliação. A Fibria vale-se de critérios para selecionar uma variedade de métodos e faz suposições que são principalmente baseadas nas condições de mercado existentes no final de cada período de relatório. Também utilizamos julgamentos para selecionar situações e quantias na análise se sensibilidade incluída na Nota 5 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para 2014. Quaisquer alterações às prerrogativas utilizadas para cálculos envolvendo o valor justo de instrumentos financeiros poderia afetar de forma significativa nossa posição financeira. Derivativos embutidos em contratos principais não derivativos devem ser separados quando seus riscos e características não estiverem intimamente relacionados àqueles de contratos principais e não forem medidos pelo valor justo por meio de lucros ou prejuízos. Derivativos embutidos sem opção são separados do contrato principal em conformidade com seus termos substantivos explícitos ou implícitos, de modo que tenham valor justo zero no reconhecimento inicial. Os valores estimados pela administração também são comparados com o Valor Justo (MtM) apresentado pelos bancos (contrapartes) e com as estimativas realizadas por um consultor financeiro independente. A administração acredita que o valor justo estimado para os instrumentos que seguirem os métodos descritos na Nota 6.2 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para 2014 seja confiável. 80 Os métodos utilizados para avaliação do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos (inclusive derivativo embutido) utilizados por nós consideram metodologias geralmente utilizadas no mercado e fundamentadas por bases teóricas amplamente testadas. Um resumo das metodologias utilizadas para fins de determinação do valor justo é apresentado em nossas demonstrações financeiras consolidadas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 incluídas neste relatório anual. Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda diferido é reconhecido utilizando o método do passivo para diferenças temporárias surgidas entre as bases de cálculo de ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras consolidadas. Entretanto, os passivos fiscais diferidos não são reconhecidos caso sejam decorrentes do reconhecimento inicial do ágio; o imposto de renda diferido não é reconhecido caso decorra do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma transação que não seja uma combinação de empresas e que no momento da transação não afete nem a contabilização nem o resultado tributável. O imposto de renda diferido é determinado por meio da utilização de alíquotas fiscais (e leis) que foram promulgados ou substancialmente promulgados até a data do balanço patrimonial e espera-se que sejam aplicadas quando o respectivo imposto de renda diferido for realizado ou o passivo de imposto de renda diferido for liquidado. Os ativos de imposto de renda diferido são reconhecidos apenas na medida em que for provável que o lucro tributável futuro estará disponível, contra o qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas. O imposto de renda diferido é estabelecido nas diferenças temporárias decorrentes de investimentos em subsidiárias, exceto quando o momento da reversão da diferença temporária seja controlado por nós e seja provável que a diferença temporária não será revertida no futuro previsível. Os ativos e passivos de imposto de renda diferido são compensados quando há um direito legalmente exequível de compensar ativos fiscais correntes contra passivos fiscais correntes; e os ativos e passivos de impostos de renda diferido sejam relacionados aos impostos de renda lançados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma entidade tributável ou entidades tributáveis diferentes quando houver uma intenção de liquidar os saldos em termos líquidos. Temos um histórico de imposto de renda recorrente, que é geralmente compensado com transferências de prejuízos fiscais. Acreditamos, com base em projeções de renda aprovadas pelo nível adequado de Governança Corporativa que a realização dos ativos de imposto diferido é lucrativa para os próximos anos vindouros. Redução ao valor recuperável do ágio De acordo com as IFRS, o ágio não está sujeito a amortização, porém passa anualmente por um teste de redução ao valor recuperável (impairment). Mediante a aquisição de um negócio, o ágio é alocado às unidades geradoras de caixa (CGUs) ou a um grupo de CGUs que devem se beneficiar da combinação de negócios oriunda do ágio. Cada CGU ou Grupo de CGUs aos quais o ágio for alocada representa o mais baixo nível dentro da entidade em que o ágio for monitorado para fins de administração interna. Quando o teste de impairment do ágio é realizado, o valor contábil dos ativos e passivos da CGU ou grupo de CGUs para os quais o ágio está alocado é comparado ao seu valor recuperável. Nós realizamos um teste de impairment em 31 de dezembro de 2014, e não reconhecemos nenhuma perda nessa data. O ágio alocado a esses grupos de CGUs totalizou R$4.231 milhões em 31 de dezembro de 2014. Ao medir o valor em uso, usamos os fluxos de caixa descontados. Um período de dez anos de fluxo de caixa foi considerado, e um valor adicional foi calculado para a perpetuidade do fluxo de caixa do décimo ano, descontado a valor presente usando a taxa WACC, menos a estimativa de crescimento do PIB Brasil. Um período de dez anos foi utilizado uma vez que a Administração considera que o 81 preço da celulose pode ser afetado por diversos fatores, que costumam ser identificados em períodos maiores que o ciclo de produção florestal, que é de aproximadamente sete anos. As principais premissas usadas para determinar o valor em uso em 31 de dezembro de 2014 são: Assunções Preço médio líquido da celulose-Dólar norte americano/tonelada . Taxa de câmbio media no período- R$/ Dólar norte americano ...... U.S.$607,00 R$2,50 Taxa de desconto - WACC (nominal e real) .................................. 12,02% e 6,43% A Administração determinou a margem bruta com base no desempenho anterior e nas expectativas de desenvolvimento do mercado. As médias ponderadas de crescimento utilizadas são compatíveis com as previsões apresentadas nos relatórios do setor. Benefícios a funcionários As práticas contábeis relativas a benefícios a funcionários são as seguintes: (a) Obrigações previdenciárias: participamos de planos de previdência administrados por uma entidade de previdência privada, que fornecem benefícios de aposentadoria aos funcionários, classificados como planos de contribuição definida. Estes consistem em um plano de previdência segundo o qual pagamos contribuições fixas a uma entidade separada, e não temos obrigação legal de efetuar contribuições adicionais caso o fundo não possua ativos suficientes para honrar os benefícios relativos aos serviços prestados pelo funcionário durante o atual período e períodos anteriores. As contribuições representam custos líquidos e são registradas na Demonstração de lucros e prejuízos do período em que são devidas. O valor das contribuições no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi R$9,3 milhões (R$8,8 milhões em 31 de dezembro de 2013 e R$8,5 milhões em 31 de dezembro de 2012), conforme divulgado na nota 28(b) às nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório anual. (b) Assistência médica (pós-aposentadoria): algumas de nossas subsidiárias costumavam oferecer benefícios de assistência médica pós-aposentadoria a seus funcionários. Essa política estabelecia um benefício vitalício a determinado grupo de funcionários. Esse benefício foi descontinuado há mais de cinco anos, e, portanto, o plano não está mais disponível a novos participantes desde julho de 2007. O passivo relativo ao plano de saúde para funcionários aposentados está apresentado ao valor presente da obrigação, no valor de R$91,4,6 milhões em 31 de dezembro de 2014 (R$76,4 milhões em 31 de dezembro de 2013 e R$93,9milhões em 31 de dezembro de 2012). A obrigação de benefício definido é estimada anualmente por nossos atuários qualificados independentes. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado por meio de uma estimativa da saída futura de caixa, utilizando a taxa de desconto divulgada na nota 28(c) às nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório anual. As alterações ao atual valor dos passivos do plano com respeito aos juros acumulados são imediatamente reconhecidas na Demonstração de lucros e prejuízos. As alterações no presente valor dos passivos do plano com respeito aos ganhos e prejuízos atuariais são reconhecidas diretamente no capital dos acionistas, em “Outra receita abrangente`. (c) Planos de participação nos lucros e bônus: reconhecemos um passivo e uma despesa com bônus e participação nos lucros na demonstração de resultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas estabelecidas pela administração e são registradas na demonstração de resultado. O valor registrado como despesas no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi 82 R$69,6 milhões (R$55.7 milhões em 31 de dezembro de 2013 e R$56.4 milhões em 31 de dezembro de 2012). (d) Remuneração com base em ações: (i) Plano de Opção de Ação Phanton: oferecemos um plano de remuneração no qual o valor do benefício é determinado com base nas variações na cotação de mercado das ações da companhia, com base em um preço mínimo pré-determinado e em uma data de mensuração estabelecida. O plano consiste em pagamentos em espécie, e, portanto, não envolve a emissão e/ou a entrega de ações para seus fins. Nosso diretor-presidente e nossos diretores executivos são elegíveis ao plano. As obrigações são registradas como provisão para os valores pagáveis ao CEO e aos diretores, com uma entrada correspondente na Demonstração de resultado, com base no valor justo dos benefícios concedidos e no período de carência. O valor justo desse passivo é remensurado a cada período contábil. Os detalhes acerca desse plano de remuneração estão apresentados na nota 29 às nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório anual. (ii) O Plano de Opção de Ação: operamos uma transação liquidada com capital próprio de acordo com a qual a entidade recebe serviços de funcionários como contraprestação para instrumentos de capital (opções) da Empresa. O valor de mercado dos serviços do funcionário recebidos em troca pela concessão das opções é reconhecido como uma despesa contra a reserva de capital. Nosso CEO, diretores e gerentes gerais são elegíveis para o plano. O valor total a ser gasto é determinado por referência ao valor de mercado das opções concedidas, incluindo quaisquer condições de desempenho de mercado e o impacto de quaisquer condições de não aquisição e excluindo-se o impacto de qualquer serviço e condições de aquisição de desempenho que não sejam condições de mercado. As condições de serviço e de desempenho que sejam condições de mercado estão incluídas nas premissas sobre o número de opções que são esperadas ser exercíveis. A despesa total é reconhecida durante o período de aquisição que é o período durante o qual todas as condições de aquisição especificadas devem ser satisfeitas. No final de cada período de relatório, revisamos nossas estimativas do número de opções que são esperadas ser exercíveis com base nas condições de aquisição que não sejam condições de mercado. Se necessário, reconhecemos o impacto da revisão nas estimativas originais na Demonstração de lucros e prejuízos, com o ajuste correspondente ao capital próprio. Os detalhes referentes a esse plano de compensação são apresentados na Nota 29(ii) de nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas no corpo deste relatório anual . Novos pronunciamentos contábeis As normas abaixo foram publicadas e são vigentes para futuros períodos a partir de 1 de janeiro de 2015. Não adotamos essas normas inicialmente. IFRS 9 – Instrumentos Financeiros – trata da classificação, mensuração e reconhecimento de ativos financeiros e passivos financeiros. IFRS 9 foi publicado em novembro de 2009 e outubro de 2010. Ela substitui as partes do IAS 39 referentes a classificação e mensuração de instrumentos financeiros. IFRS 9 exige que os ativos financeiros sejam classificados em duas categorias de mensuração: aqueles mensurados pelo valor de mercado e aqueles mensurados no custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A classificação depende do modelo de negócio da empresa para gerenciar seus instrumentos financeiros e das características do fluxo de caixa contratual do instrumento. Para passivos financeiros, a norma retém a maioria das exigências do IAS 39. A principal mudança é que nos casos onde a opção de valor justo é adotada para passivos financeiros, a parte de uma mudança do valor justo que é devida a um risco de crédito próprio da entidade é reconhecida no resultado abrangente ao invés de na demonstração de resultado, a menos que isso crie uma divergência contábil. A norma será vigente em 1 de janeiro 2018. A Empresa atualmente está avaliando o impacto de se adotar a IFRS 9. 83 IFRS 15 – Receita – Esta norma contábil estabelece os princípios contábeis a serem seguidos pelas entidades para determinar e mensurar a receita quando a receita deve ser reconhecida. Essa norma entrará em vigor em 2017 e substituirá a IAS 11. Contratos de Construção, IAS 18 – Receita e interpretações correspondentes. A Empresa atualmente está avaliando os impactos de se adotar a IFRS 15. IAS 41- Agricultura – Essa norma atualmente requer que os ativos biológicos relacionados com atividade agrícola sejam mensurados no valor de mercado menos os custos de venda. A IASB determinou que “plantas ao portador” são definidas como aquelas usadas para produzir frutas/regenerar por vários anos, mas a planta em si, uma vez madura, não sofra mudanças relevantes. Esse benefício econômico futuro único das “plantas ao portador” é proveniente da produção agrícola que gera. Um exemplo de “planta ao portador” são as macieiras e laranjeiras e videira, dentre outras. Quando as raízes das plantas são mantidas no solo para uma segunda safra ou são colhidas mas a raiz não é vendida, a raiz atende a definição de uma “planta ao portador”. Essa situação se aplica a florestas colhidas mais de uma vez durante seu gerenciamento. Essa alteração entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2016. A Empresa atualmente está avaliando os impactos da adoção e com base em nossa experiência com ativos biológicos e considerando os níveis históricos da colheita onde a raiz da planta é mantida para a segunda colheita, que representa em média, aproximadamente 10% de nossa área total plantada, não acreditamos que a alteração da IAS 41 irá impactar significativamente a Empresa. A interpretação a seguir foi publicada pela IASB, sendo vigente para os períodos anuais com início após 1 de janeiro de 2014: IFRIC21 – Penhoras – fornece orientação sobre quando reconhecer o passivo por uma penhora imposta por um governo tanto para penhoras que são contabilizadas em conformidade com a IAS 37 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e aqueles onde o prazo e valor da penhora são certos. Não inclui impostos de renda. A Empresa atualmente não está sujeita a penhoras significativas e por esse motivo o impacto da adoção dessa nova interpretação não é significativo. Não há outras interpretações de IFRS ou IFRIC que ainda não estejam vigentes que a Empresa espera ter um impacto significativo na posição financeira e resultados das operações da Empresa. Principais componentes de nosso Resultado Operacional Impostos sobre vendas e outras deduções da receita Nossa receita líquida derivada de nossas operações domésticas está sujeita a imposto sobre consumo PIS/COFINS e imposto sobre valor agregado estadual ICMS. A alíquota de imposto sobre consumo PIS/COFINS é de 1,65% e 7,6%, respectivamente. A alíquota do ICMS varia de 7% a 18%, dependendo do produto vendido e do estado brasileiro em que ele é entregue. As receitas de vendas de exportação não estão sujeitas aos impostos brasileiros. As deduções consistem em descontos de venda oferecidos aos nossos clientes e restituições sobre exportações. Nossa receita líquida é, em sua maior parte, denominada em Dólares. Custo de vendas O custo de vendas consiste, principalmente, de custo de produção de caixa de celulose vendida, depreciação, exaustão e amortização, e frete. O custo de vendas é predominantemente denominado em Reais. Despesas comerciais As despesas comerciais consistem em despesas com vendas e distribuição, principalmente com terminal, carregamento de celulose, comissões de vendas e provisão para contas duvidosas. As despesas comerciais são, na maior parte, denominadas em Reais. 84 Despesas gerais e administrativas Os principais componentes de nossas despesas administrativas são pessoal, serviços terceirizados (incluindo o custo de consultores e auditores externos), e despesas com depreciação e amortização, entre outros. As despesas administrativas são, na maior parte, denominadas em Reais. Outras receitas (despesas) operacionais líquidas As outras receitas (despesas) operacionais líquidas são formadas, em sua maior parte, pelas mudanças no valor justo de ativos biológicos, despesas com remuneração variável a funcionários, ganho de capital de prêmio de crédito IPI (em 2012), ganho de capital sobre a alienação da unidade de Piracicaba (em 2011), ganho de capital sobre venda de terreno (2013) e outros. Resultados financeiros Os resultados financeiros incluem, principalmente: (i) os rendimentos dos investimentos financeiros, em sua maioria denominados em Dólares; (ii) ganhos e perdas financeiros líquidos de instrumentos financeiros derivativos; (iii) despesas com juros e custos de resgate antecipados sobre empréstimos denominados, em sua maioria, em Dólares, e (iv) ganhos e perdas de câmbio estrangeiro. A. Resultados Operacionais Resultados das Operações A tabela a seguir apresenta certos itens extraídos de nossa de nossa demonstração de ganhos e perdas e receita (perda) abrangente para os exercícios indicados: (em milhares de Reais, exceto se indicado de outra forma) 2014 Receitas ................................................................. Custo de vendas ................................................. 7.083.603 (5.545.537) Lucro bruto .......................................................... 1.538.066 Resultado operacional (despesas) Despesas de venda ............................................. Geral e administrativa ....................................... Participação em prejuízos do associado ............ Outros resultados operacionais, líquidos ........... (365.214) (285.622) (622) 770.007 Receita antes do resultado financeiro e despesas ................................................................ Resultado financeiro ......................................... Despesas financeiras ......................................... Resultado dos instrumentos derivativos financeiros, líquido ....................................... Prejuízo de taxa de câmbio, líquido ................. 2013 2012 6.917.406 6.174.373 (5.382.688) (5.237.258) 1.534.718 (347.538) (300.131) — 823.398 937.115 (298.052) (286.002) (592) 354.026 118.549 175.729 1.656.615 1.710.447 706.495 133.950 (1.040.597) 110.723 (1.016.526) 167.646 (944.405) (6.236) (721.842) (215.313) (932.907) (184.465) (735.001) (1.634.725) (230.620) (2.054.023) (1.696.225) Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda ..... 21.890 (343.576) (989.730) Imposto de Renda .............................................. Circulante ......................................................... Diferido ............................................................ (46.280) 186.942 (619.606) 265.600 (42.167) 333.927 85 Lucro (prejuízo) líquido para o ano................... 162.552 (697.582) (697.970) Atribuível a Acionistas da Companhia .................................. Participação não controladora .......................... 155.584 6.968 (706.422) 8.840 (704.706) 6.736 Lucro (prejuízo) líquido para o ano................... 162.552 (697.582) (697.970) Lucro (prejuízo) básico por ação (em Reais) .... 0,28 (1,28) (1,34) Lucro (prejuízo) diluído por ação (em Reais) ... 0,28 (1,28) (1,34) A tabela a seguir apresenta nosso volume vendido e receita operacional líquida por tipo de produto: 2014 2013 2012 Celulose: Volume (em milhares de toneladas) Doméstica .............................................................. Exportação .............................................................. Total .................................................................. 517 4.788 5.305 447 4.751 5.198 531 4.826 5.357 Receita operacional líquida (em milhões de R$) Doméstica .............................................................. Exportação ............................................................. Subtotal ............................................................. Serviços, alocados no segmento da celulose ......... Total de celulose ............................................ 591 6.412 7.003 80 7.083 504 6.342 6.846 72 6.918 508 5.598 6.106 68 6.174 Preços médios (em R$ por tonelada) ......................... 1.320 1.317 1.140 A discussão abaixo baseia-se em nossas demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRS emitidas pelo IASB. Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 em comparação como o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 Em 2014, a demanda da celulose excedeu as expectativas caracterizada, por um crescimento de 11% ao longo de 2013. Com referência ao fornecimento de celulose, os fechamentos de capacidade inesperados ajudaram a manter o mercado equilibrado. Esse cenário permitiu que o mercado absorvesse novas ofertas mantendo os estoques dos fabricantes em linha com a média histórica. Em setembro, o preço do PIX/FOEX BHKP Europa atingiram seu nível mais baixo (US$724/t), mas vem apresentando recuperação gradual, corroborada pelo aumento de 1% no 4Q14 durante o trimestre anterior. Os fundamentos positivos principalmente do lado da demanda, permitiram que o volume de vendas de 2014 fosse superior a 2013, e no último trimestre que houvesse um novo anúncio de aumento de preços pela Fibria a partir de janeiro de 2015 (Europa US$770/t). Finalmente o custo de caixa de produção de 2014 ficou 3% acima de 2013, abaixo da inflação registrada no período. Em outubro a Fibria informou a seus acionistas e ao mercado em geral que Votorantim Industrial S.A. e BNDESPAR renovaram o Acordo de Acionistas da Companhia, prorrogando sua duração em 5 anos, isto é, até 29 de outubro de 2019, entre outros termos e condições. O Acordo de Acionistas foi arquivado como Anexo a este relatório anual. Em 9 de julho a Fibria passou a ser contemplada com o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras – Reintegra, que tem por objetivo devolver parcial ou integralmente o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados, com 86 vigência a partir de 1º de outubro de 2014. O ressarcimento do crédito equivale a 3% das receitas com exportação baseadas no preço de transferência e pode ocorrer de duas formas: (i) compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela Receita Federal; ou (ii) em espécie, podendo ser solicitado no prazo de até 5 anos, contado do encerramento do trimestre civil ou da data efetiva da exportação, o que ocorrer por último. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Empresa reconheceu os créditos totalizando R$37 milhões a título do programa Reintegra, o qual foi registrado na rubrica (custos dos produtos vendidos” na Demonstração de resultado. Ver nota 14(a) das Demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Em 2014, a produção de celulose alcançou 5.274 mil toneladas, o volume de vendas totalizou 5,305 mil toneladas (101% da produção anual), aumento de 2% na comparação com 2013, explicado pela elevação das vendas principalmente para o mercado europeu. Os estoques de celulose encerraram o ano em 48 dias, 2 dias a menos que em 2013. O custo de caixa de produção foi 1% maior, devido principalmente ao maior custo com madeira e ao efeito da taxa de câmbio, parcialmente compensado por nossas vendas de energia. Estamos totalmente preparados para enfrentar qualquer cenário adverso com respeito a possibilidade de racionamento da energia elétrica em 2015, tendo em vista que é autossuficiente em eletricidade. Em 2014, a Fibria produziu 117% da energia necessária para seu processo de produção de celulose. Continuaremos a buscar iniciativas com o objetivo de minimizar sua estrutura de custos e manter o aumento do custo caixa de produção em 2015 abaixo da inflação, sendo o Orçamento Base Zero entre os mais importantes. Em 2014 intensificamos nossa cultura de gestão de custo com a implementação da metodologia de Orçamento Base Zero (OBZ), incluindo as despesas operacionais e despesas com capital como escopo para o ciclo de orçamento de 2015. O orçamento anual OBZ é um processo muito detalhado, estruturado e interativo com vistas a facilitar o debate financeiro significativo entre gerentes e executivos. O processo OBZ está baseado no desenvolvimento de visibilidade profunda nos direcionadores de custo e uso dessa visibilidade para estabelecer metas de orçamento. A redução no resultado financeiro foi em 2014 uma despesa líquida explicada pela gestão do passivo destinada a reduzir o principal e o custo da dívida. A dívida bruta em Dólares totalizou $3,135 milhões (equivalente a R$8,327 milhões), 25% abaixo em Dólares em comparação com 2013. Fibria encerrou 2014 com uma posição de caixa de R$778 milhões, incluindo ajustes a preço de mercado dos derivativos. Conforme indicado em 2014, as novas iniciativas de gestão de passivo têm contribuído para reduzir o custo total da dívida de 3,4% p.a. enquanto que o prazo médio mantido permaneceu em 55 meses. Em 2014, amortizamos o valor total de R46,636 milhões do valor principal da dívida, dos quais R$3,176 milhões se referem a resgate antecipado de nossos títulos. O prêmio pago por nós nessas transações de recompra foi de R$365 milhões. Essas iniciativas irão gerar economias anuais de aproximadamente US$27 milhões nos juros a partir de 2015. A dívida líquida/EBITDA Ajustada em Dólares fechou o período em 2,4x e 2,7x em Reais. A dívida líquida consiste da dívida total menos a posição de caixa. Como resultado desses fatores expostos acima, contabilizamos um lucro líquido de R$163 milhões comparado a um prejuízo de R$698 milhões em 2013. O Estatuto da Empresa garante um dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido após contribuição das reservas legais. Assim o dividendo obrigatório relativo ao exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2014 foi R$37 milhões Receita Líquida Nossas receitas líquidas aumentaram em 2% de R$6.917 milhões em 2013 para R$7.084 milhões em 2014, devido ao um aumento no volume de vendas e valorização de 9% do Dólar durante o período, dado que o preço líquido médio em Reais permaneceu fixo. O aumento no preço médio da celulose é descrito no _”Item 5. Revisão e Prospectos Operacionais e Financeiros – Efeitos das Flutuações sobre o Preço da Celulose.” O volume de vendas aumentou de 5,198 quilotons em 2013 para 5.305 quilotons em 2014, ou 2%, principalmente devido a um aumento nas vendas a Europa (180 quilotons, ou 9%) e Asia (45 quilotons ou 4%) e Brasil/América do Sul (70 quilotons, ou 16%) em 2014 em comparação com 2013, 87 parcialmente compensado por uma diminuição nas vendas para a América do Norte (188 quilotons ou 13%). As vendas de exportação da celulose constituíram 91,6% de nossa receita líquida da celulose e 91,3% de nosso volume de vendas de celulose em 2014, em comparação com 92,6% e 91,4%, respectivamente, em 2013. Em 2014, 41,4% de nosso volume total de vendas foram entregues para a Europa, 23,8% para a América do Norte e 25,1% para a Ásia, em comparação com 38.8%, 27,9% e 24.7%, respectivamente, em 2013. Descontos são frequentemente concedidos aos clientes mais importantes, localizados na Europa e América do Norte. Custo de Vendas O custo de vendas aumentou 3,0%, para R$5.545 milhões em 2014, em comparação com R$5.383 milhões em 2013 após o aumento de nossa receita líquida e, substancialmente como resultado do impacto da valorização do dólar frente ao real, que resultou em custos de frete mais altos, denominados em dólares americanos e em mais alto custo de produção de caixa. O custo de produção de caixa constitui um dos principais componentes de nosso custo de vendas. O custo de produção de caixa consiste principalmente do custo de vendas excluindo-se depreciação, exaustão, amortização e frete. Em 2014, os principais componentes do custo de produção de caixa eram, por ordem de magnitude: madeira, produtos químicos, manutenção e pessoal, representando aproximadamente 50%, 23%, 11%, 7% e 3%, respectivamente. Não houve diferenças significativas na composição de custo de produção de caixa em 2014 em comparação com 2013. Em 2014, nosso custo de produção de caixa de celulose por tonelada era de R$519, um aumento de 3% em comparação com 2013, de R$505 por tonelada, principalmente como resultado de custos de madeira mais altos e efeito da taxa de câmbio, particularmente compensado por nossas vendas de energia. A participação de madeira de terceiros no custo de produção de caixa foi de 11% em 2014 em comparação com 9% em 2013. A inflação anual para 2014 foi 6,4% (IPCA) consequentemente, nosso custo de produção de caixa foi de 3,4% mais baixo do que a inflação para o período. A Fibria continuará a buscar sua meta de manter seu custo de caixa de 2015 abaixo da inflação. Como consequência do acima, nossos lucros brutos não tiveram mudanças significativas em 2014 em comparação com 2013 (um aumento de 0,2% em 2014). Em 2014, nossa margem bruta permaneceu fixa em comparação com 2013 (22%). Despesas com vendas As despesas com vendas aumentaram 5,1%, para R$365 milhões em 2014 em comparação com R$348milhões em 2013, principalmente devido a despesas mais altas de serviços de terceiros, taix como despesas com manuseio, armazenagem e transporte e o efeito da taxa de câmbio como resultado da valorização de 9% do Dólar Americano frente ao Real. Como porcentagem de nossa receita líquida, nossas despesas de venda aumentaram 5,2% em 2014, em comparação com 5.0% em 2013. Despesas Gerais e Administrativas As despesas gerais e administrativas diminuíram 4,8%, para R$286 milhões em 2014, em comparação com R$300 milhões em 2013. Essa redução ocorreu principalmente devido a uma redução de R$8,5 milhões mas despesas com mão de obra. R$5,3 milhões em depreciação, amortização e R$4,0 milhões em honorários de consultoria, legais e outros honorários pagos a consultores externos parcialmente compensado por um aumento de R$2,3 milhões em doações e patrocínio devido a doações para as eleições do Brasil em 2014. Como porcentagem de nossa receita líquida, nossas despesas administrativas diminuíram para 4,0% em 2014, em comparação com 4,2% em 2013. Participação em Prejuízosde Associadas A participação em prejuízos de associadas foi R$622 mil em 2014, em comparação com zero em 2013, como resultado do prejuízo de nossa joint venture F&E Technologies LLC. 88 Outras Receitas Operacionais (Despesas), Líquidas Outra receita operacional, de valor líquido de R$770 milhões em 2014 em comparação com outra receita operacional, líquida, de R$823 milhões em 2013. Essa redução líquida foi principalmente resultado de (1) ganho de capital sobre venda de terreno de R$527 registrado em 2013 contra zero em 2014 relativo ao projeto Asset Light, conforme descrito na Nota 1(e) de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014; (2) reversão da provisão para contingências no valor de R$14 milhões em 2014 contra R$116 milhões em 2013, (3) um decréscimo de R$50 milhões no ganho do valor justo de ativos biológicos de R$102 milhões em 2013 para R$52 milhões em 2014, parcialmente compensado por (4) R$852 milhões de créditos fiscais reconhecidos em 2014 (substancialmente Crédito BEFIEX conforme descrito em nossa Nota 24(d)(i) nas nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014) em comparação com um total de R$107 milhões em 2013 e, (5) R$68 milhões de prejuízos sobre alienação de propriedade, planta e equipamento em 2014, em comparação com o ganho de R$221 milhões em 2013. Resultados Financeiros As despesas financeiras somaram R$1.635 milhões em 2014, em comparação com R$2.054 milhões em 2013, principalmente devido a: Receita financeira: A receita financeira aumentou para R$134 milhões em 2014 de R$111 milhões em 2013, devido a R$30,3 milhões de juros sobre créditos fiscais reconhecidos em 2014 (principalmente BEFIEX) parcialmente compensados por um decréscimo de R$5,6 milhões em ganhos sobre investimentos de capital do uso de caixa e de valores mobiliários negociáveis para liquidação de dívida em 2014. Despesas financeiras: As despesas financeiras aumentaram para R$1.041 milhões de R$1.017 milhões durante 2013 devido a um aumento de R$148,3 milhões relativos a encargos financeiros em recompras parciais de Títulos, parcialmente compensadas por um decréscimo de R$100,1 milhões em juros sobre empréstimos e financiamentos e R$26 milhões em outras despesas financeiras. Prejuízo com variação cambial, líquido: Os prejuízos com variação cambial foram de R$722 milhões em 2014, comparados a R$933 milhões em 2013, principalmente devido à valorização do Dólar Americano frente ao Real em 2014. Resultado de instrumentos financeiros de derivativo, líquido: nossas despesas líquidas com instrumentos financeiros de derivativos foram R$6,2 milhões em 2014 em comparação com R$215,3 milhões em 2013 principalmente devido à valorização do Dólar frente ao Real em 2014 impactando nossos swaps de dívida pendentes. Impostos de Renda A alíquota de imposto de renda estatutário corporativo brasileiro e contribuição social é de 34%. Com início em 2013, iniciamos o pagamento de impostos de renda sobre os lucros gerados pelas subsidiárias estrangeiras em conformidade com o artigo 74 da Medida Provisória 2.158/01, que estipula que os lucros ganhos a cada ano por subsidiárias estrangeiras controladas estão sujeitos ao pagamento de imposto de renda e contribuição social no Brasil no mesmo ano, a uma taxa de 34% aplicada aos lucros contábeis das subsidiárias antes do imposto de renda. A repatriação desses lucros nos anos subsequentes não está sujeita à tributação futura no Brasil. Registramos uma provisão para impostos de renda sobre as subsidiárias estrangeiras pelo regime de competência. Decidimos iniciar o pagamento desses impostos principalmente para mitigar qualquer risco de lançamentos futuros de impostos nessa matéria. Em 2014, a lei 12.973 substituiu o Artigo 74 confirmando que os ganhos das subsidiárias no exterior estão sujeitas ao pagamento de imposto de renda e contribuição social no Brasil conforme acumulem. A alíquota de imposto vigente aplicável aos nossos impostos antes do imposto e contribuição social foi (642,6)% e (103,3)% para os exercícios findos em 31 dezembro de 2014 e 2013, respectivamente. O benefício de imposto de renda (para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 foi R$141 milhões em comparação com uma despesa de R$354 milhões para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2013. 89 Além da mudança no lucro contábil antes do imposto, os motivos principais para as mudanças incluíram: i. Ganhos de câmbio líquidos reconhecidos por nossas subsidiárias estrangeiras que usam o Real brasileiro como moeda funcional. Como o Real Brasileiro não é usado para fins fiscais no país estrangeiro este ganho de câmbio líquido não é reconhecido para fins fiscais no país estrangeiro, nem tampouco ficará sujeito a imposto no Brasil. O efeito tributário deste imposto isento foi R$123 milhões e R$114 milhões nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014 e 2013, respectivamente, refletindo a desvalorização do Real brasileiro em relação a essas moedas estrangeiras (principalmente o Dólar Norteamericano e o Euro); e ii. A redução dos impostos e penalidades tendo optado por aderir a Anistia de Imposto e Programa de Refinanciamento (REFIS) no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013 que gerou a despesa de R$560 milhões em 2013. Inexistência de participação controladora Não houve mudanças significativas em “participações minoritárias" em 2014 em comparação com 2013. Lucro (Prejuízo) Líquido Como resultado do acima, geramos um prejuízo de R$162,6 milhões em 2014, em comparação com um prejuízo de R$697,6 milhões em 2013. Como uma porcentagem da receita líquida, a receita líquida foi de 2,3% em 2014, comparado com um prejuízo de 10,1% em 2013, Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 comparado ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012 Em 2013, o mercado da celulose viu uma nova capacidade entrar em operação, mas também viu encerramentos anunciados durante todo o período, representando aproximadamente 1,1 milhão de toneladas, ajudando o saldo de fornecimento da indústria (aumento líquido de aproximadamente 515 mil toneladas). No lado da demanda, houve um aumento nos embarques de celulose de eucalipto no ano sobretudo para a China e América do Norte. Os estoques dos produtores de madeira de lei começaram a cair em agosto, encerrando o ano em 39 dias, em linha com a média histórica. Como resultado desses eventos, o preço médio da celulose em Dólares cresceu 5% em comparação com o ano de 2012. Em paralelo, a valorização do Dólar durante o ano continuou a conduzir o preço da celulose em Reais, esse aumento foi o fator significativo no EBTIDA anual ajustado de registro da Fibria. Em 15 de novembro de 2013, nós (atráves da Controladora Fibria Celulose S.A e sua subsidiária Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda) celebrou um Contrato de Compra e venda de Ações e Outras Avenças com a Parkia para a venda de certa terra localizada no estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo para um total de aproximadamente 210 mil hectares. Em 30 de dezembro de 2013, após a obtenção de aprovação regulamentar obrigatória assim como a conclusão de uma auditoria na Parkia, a Primeira Alteração ao Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças foi concluída e assinada, de acordo com a qual a área total sujeita à transação foi ajustada para aproximadamente 206 mil hectares de terras, para um valor total de R$1,402,584 mil, dos quais R$500,000 mil foi recebido por nós mediante assinatura do contrato. Em janeiro de 2014, recebemos R$710,702 mil. O saldo remanescente, no valor de R$902,584 mil foi recebido por nós durante o primeiro trimestre de 2014, após o cumprimento de determinadas obrigações e registros legais pela Empresa. Temos o direito a um valor adicional limitado a R$247,515 mil em três pagamentos separados, cada pagamento sendo até um terço do valor no 7º, 14º e 21º aniversário do acordo. O direito a esse valor é condicional à valorização da terra em cada um dos aniversários, medida de acordo com as premissas de medição pré-definidas estabelecidas no acordo e ajustada pela variação do índice IGP-M através das datas de pagamento. 90 Em 30 de dezembro de 2013, assinamos com as subsidiárias da Parkia, um Acordo de Parceria de Silvicultura e um Acordo de Fornecimento de Madeira em Pé, ambos com um prazo de 24 anos (ou quatro ciclos de colheita de aproximadamente 7 anos), durante os quais continuaremos a operar nossas florestas localizadas na terra vendida. O acordo não estabelece quaisquer disposições de renovação ou prorrogação no seu prazo original. Em troca do direito de uso da terra por nós, para nossas atividades de silvicultura, o acordo de parceria de silvicultura concede à Parkia o direito de receber 40% do volume de madeira (em metros cúbicos – m3), produzido por nós na terra durante cada ciclo de colheita, limitado ao “limite” contratualmente estabelecido. Ver Nota Nº1 (e) e Nº38 de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Em 25 de novembro de 2013, decidimos pagar as obrigações do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) referentes a tributação de ganhos de nossas subsidiárias estrangeiras, decorrentes do lançamento de imposto, aderindo ao Programa de Refinanciamento de Imposto (REFIS – “Lucros no Exterior”) estabelecido pelo Artigo 74 da Medida Provisória 2.158-35/01. O valor total pago em uma única parcela, com a redução de 100% das penalidades e multas, taxas em atraso e encargos legais totalizou R$560 milhões. Desse valor, usamos os prejuízos a compensar e os créditos de base de contribuição social negativa para compensar R$168 milhões ou 30% do principal, resultando em um pagamento a vista de R$392 milhões. Em 2013, as vendas da Fibria totalizaram 5,2 milhões de toneladas (produção de 98% durante o período), baixa de 3% em comparação com 2012 quando registramos volumes de vendas e estoques abaixo de 50 dias. Além disso, a disponibilidade da celulose foi reduzida como resultado do volume de produção mais baixo. Os estoques fecharam 2013 em 50 dias. O custo caixa de produção para o exercício foi de R%505/toneladas, até 6,7% durante 2012, principalmente devido ao custo mais elevado da madeira, prejuízos de câmbio estrangeiro e custo mais alto de matérias primas. Excluindo-se o efeito de valorização do Dólar e o impacto das chuvas na Unidade de Aracruz, o aumento teria sido abaixo da inflação de 2013. Ano a Ano, o aumento de 5% foi principalmente como resultado dos custos mais elevados do transporte da madeira, maior necessidade de consumo de produtos químicos, energia e madeira (principalmente em razão do impacto das chuvas no Estado do Espírito Santo na Unidade de Aracruz) (grandemente justificado pelas chuvas na Unidade de Aracruz), além do impacto de R$7/t do efeito do câmbio estrangeiro. O aumento na despesa financeira em 2013, é explicado pela valorização do Dólar frente ao Real, parcialmente compensado pelo declínio de 16% nas despesas com juros apesar da valorização do Dólar de 11% evidenciando nossos esforços de reduzir nosso custo de dívida. A dívida bruta foi US$4,172 milhões, baixa de 21% ano a ano. Considerando o recebimento do primeiro pagamento para a venda da terra à Parkia no valor de R$500 milhões e o fluxo de caixa operacional, fechamos o ano com uma posição de caixa de R$1,924 milhões. A posição de caixa consiste de caixa e equivalente de caixa a 2,6x e equivalente de caixa mais valores mobiliários comercializáveis menos saldo de passivo líquido dos instrumentos de derivativo. A Dívida Líquida/ EBITDA Ajustado em Dólares fechou o período em 2,6x, tivesse o recebimento do segundo pagamento da venda da terra para Parkia no valor de R$903 milhões (R$605 milhões recebidos em 29 de janeiro de 2014) sido considerado, essa razão teria sido 2,3x em Dólares, e 2,5x em Reais. Dívida líquida composta da dívida total menos posição de caixa. Como resultado desses fatores, geramos prejuízos de R$697,6 milhões, principalmente explicados pela valorização do Dólar frente ao Real no período e o impacto do imposto de renda e contribuição social em razão dos prejuízos reconhecidos no programa de pagamentos de impostos REFIS- “Lucros no Exterior” conforme explicado acima. Receita Líquida Nossas receitas líquidas aumentaram em 12,0%, passando de R$6.174 milhões em 2012 para R$6.917 milhões em 2013, embora o volume de vendas diminuiu em 3%, tal redução foi compensada por um aumento de 16% no preço médio da celulose em Reais, graças à valorização de 11% do Dólar no período. O aumento no preço médio líquido da celulose é descrito no Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras – Efeitos das Variações no Preço da Celulose. 91 O volume de vendas diminuiu de R$5.357 quilotons em 2012 para 5.198 quilotons em 2013, ou 3%, principalmente em razão da diminuição nas vendas para a Europa (172 quilotons, ou 8%) e Brasil/América do Sul (84 quilotons, ou 16%) em 2013 em comparação a 2012). As exportações de celulose constituíram 92,6% de nossa receita líquida de celulose e 91,4% de nosso volume de vendas de celulose em 2013, comparados a 91,7% e 90,1%, respectivamente, em 2012. Em 2013, 38,8% de nosso volume de vendas total foi enviado para a Europa, 27,9% para a América do Norte e 24,7% para a Ásia, em comparação a 40,8%, 25% e 24,3%, respectivamente, em 2012. Frequentemente concedemos descontos aos nossos principais clientes localizados na Europa e na América do Norte. Custo de Vendas O custo de vendas aumentou em 2,8%, passando de R$5.237 milhões em 2012 para R$4.383 milhões em 2013, como resultado, principalmente, do impacto da valorização do Dólar frente ao Real, que resultou em custos mais elevados de frete denominados em dólares americanos e custo mais elevado de produção de caixa compensados pela redução de 3% no volume de vendas de celulose, conforme descrito acima. O custo caixa de produção de celulose é um dos principais componentes do nosso custo de vendas. O custo caixa de produção consiste principalmente do custo de vendas excluindo depreciação, depleção, amortização e frete. Em 2013, os principais componentes do custo caixa de produção foram, em ordem de magnitude: madeira, produtos químicos, manutenção, combustível e pessoal, que representaram 45%, 23%, 12%, 10% e 6%, respectivamente. Não houve diferenças significativas na composição do custo caixa de produção em 2013 em comparação com 2012. Em 2013 nosso custo caixa de produção por tonelada foi R$505, um aumento de 6,7% em comparação com 2012, de R$473 por tonelada, principalmente como resultado de custos mais elevados de transporte, maior necessidade de consumo de produtos químicos, energia e madeira (principalmente devido ao impacto das chuvas do estado do Espírito Santo na unidade de Aracruz), e o impacto de R$7/t da valorização média do Dólar Americano (11%) frente ao Real. Esses impactos foram parcialmente compensados pelos custos fixos mais baixos como resultado de impostos sobre a folha de pagamento reduzidos com início em janeiro de 2013, e um decréscimo nos custos de manutenção (R$4/t) como parte de nossas iniciativas de redução de custos. A Inflação de 2013 foi de 5,9% (IPCA) enquanto que o Dólar valorizou 11% em comparação com o Real. Aproximadamente 15% do custo de produção de caixa estão denominados em Dólares Americanos. Se excluirmos R$7/t de impacto de câmbio e R$2/t não recorrentes, resultantes do impacto das chuvas do estado do Espírito Santo na unidade de Aracruz, o aumento no custo de produção de caixa anual teria sido 4,6%, portanto, abaixo da taxa de inflação para o período. Em consequência do acima, nosso lucro bruto aumentou em 63,8% para R$1,535 milhões em 2013 de R$937 milhões em 2013. Nossa margem bruta aumentou de 22,2% em 2013 para 15,2% em 2012. Despesas Comerciais As despesas comerciais aumentaram em 16,6% para R$348 milhões em 2013 em comparação com R$298 milhões em 2012, devido principalmente a despesas com terminal mais altas, mudanças nos mix de vendas geográficas e efeitos de câmbio estrangeiro como resultado da valorização de 11% do Dólar Americano frente ao Real, Como porcentagem de nossa receita líquida, nossas despesas líquidas aumentaram para 5% em 2013 de 4,8% em 2012. Despesas Gerais e Administrativas As despesas gerais e administrativas aumentaram em 4,9%, para R$300 milhões em 2013 de R$286 milhões em 2012. Esse resultado é explicado principalmente devido a um aumento de R$8,33 milhões em honorários de consultoria e legais e outros honorários pagos a consultores externos e um 92 aumento de R$8,31 milhões em despesas com mão de obra compensado parcialmente por uma redução de R$3,71 milhões em despesas com doações e patrocínio. Como porcentagem de nossa receita líquida, nossas despesas gerais e administrativas decresceram 4,3% em 2013 de 4,6% em 2012. Participação em Prejuízos de Associadas A participação em prejuízos de associadas foi zero em 2013, em comparação com um prejuízo de R$0,6 milhões em 2012, como resultado de uma baixa de um investimento minoritário na Bahia Produtos de Madeira S.A. Outras Receitas (Despesas) Operacionais Líquidas Outras receitas operacionais líquidas, totalizaram R$823 milhões em 2013, comparadas a outras despesas operacionais líquidas de R$354 milhões em 2012. Esse aumento líquido se deu principalmente como resultado de (1) ganho de capital sobre a venda de terreno de R$527 milhões contabilizado em 2013, referente ao projeto Asset Light, conforme descrito na Nota 1(e) às nossas demonstrações financeiras consolidadas; (2) reversão da provisão para contingências no valor de R$116 milhões compensados por (3) decréscimo de R$196 milhões no ganho de valor justo de ativos biológicos de R$298 milhões em 2012 para R$102 milhões em 2013 e (4) R$221 milhões de prejuízos na alienação de ativo imobilizado em 2013 em comparação com R$64 de ganho em 2012. Resultados Financeiros As despesas financeiras somaram R$2.054 milhões em 2013, em comparação com R$1,696 milhões em 2012, principalmente em razão de: Receita financeira: A receita financeira sofreu redução de R$111 milhões em 2012 de R$168 milhões em 2012, principalmente como resultado de um menor retorno sobre os uso de caixa e valores mobiliários negociáveis para liquidação de dívida em 2013.) Despesas financeiras: as despesas financeiras aumentaram de R$1,017 milhões em 2013 de R$944 milhões durante 2012, em função de um aumento de R$199 milhões em despesas relacionadas a encargos financeiros na recompra parcial dos Títulos e R$30 em outras despesas financeiras compensados por uma redução de R$106 milhões em empréstimos financiamento e R$51 milhões em comissões de empréstimo. Ganho (perda) cambial: As perdas com variação cambial totalizaram R$933 milhões em 2013, comparadas a R$735 milhões em 2012, principalmente devido à valorização do Dólar Americano frente ao Real em 2013. Impostos de Renda A alíquota de imposto de renda estatutário corporativo brasileiro e contribuição social é de 34%. Com início em 2013, iniciamos o pagamento de impostos de renda sobre os lucros gerados pelas subsidiárias estrangeiras em conformidade com o artigo 74 da Medida Provisória 2.158/01, que especifica que os lucros ganhos a cada ano por subsidiárias estrangeiras controladas estão sujeitos ao pagamento de imposto de renda e contribuição social no Brasil no mesmo ano, a uma taxa de 34% aplicada aos lucros contábeis das subsidiárias antes do imposto de renda. A repatriação desses lucros nos anos subsequentes não está sujeita à tributação futura no Brasil. Registramos uma provisão para impostos de renda sobre as subsidiárias estrangeiras pelo regime de competência. Decidimos iniciar o pagamento desses impostos principalmente para mitigar qualquer risco de lançamentos futuros de impostos nessa matéria. A taxa de imposto efetiva aplicável aos nosso lucroantes do imposto e contribuição social foi (103)% e 29,5% para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2013 e 2012 respectivamente. A despesa de imposto de renda para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013 foi R$354 milhões em comparação com um benefício de R$292 milhões para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. Além da mudança no lucro contábil antes do imposto, os motivos principais para as mudanças incluíram: 93 Ganhos de câmbio reconhecidos por nossas subsidiárias estrangeiras que usam o Real brasileiro como moeda funcional. Como o Real Brasileiro não é usado para fins fiscais no país estrangeiro este ganho de câmbio líquido não é reconhecido para fins fiscais no país estrangeiro, nem tampouco ficará sujeito a imposto no Brasil. O efeito tributário deste imposto isento foi R$114 milhões e R$75 milhões nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2013 e 2012, respectivamente, refletindo a desvalorização do Real brasileiro em relação a essas moedas estrangeiras (principalmente o Dólar (Estados Unidos) e o Euro); e (ii) No final de novembro de 2013, aderimos ao REFIS- “Lucros no Exterior” ao incluir os três lançamentos de imposto descrito na Nota 24(b)(i) em nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. O valor total a ser pago em uma única parcela com 100% de redução em multas, penalidades, juro e encargos legais foi R$560 milhões, cujo impacto foi registrado em nossos resultados do quarto trimestre de 2013. Desse valor, usamos R$168 milhões de prejuízos fiscais a compensar equivalentes a 30% do principal resultando em desembolso de caixa efetivo de R$392 milhões. Participação Minoritária Não houve mudanças significativas na participação minoritária em 2013 quando comparado a 2012. Lucro/Prejuízo Líquido Como resultado do que foi exposto acima, geramos um prejuízo de R$697.6 milhões em 2013, em comparação com um prejuízo de R$698 milhões em 2012. Como porcentagem da receita líquida, o prejuízo foi de 10,1% em 2013, em comparação 11,3% em 2012. B. Liquidez e Recursos de Capital Nossas principais fontes de liquidez foram, historicamente, os fluxos de caixa provenientes de atividades operacionais, de financiamento e de empréstimos de curto e longo prazo. Acreditamos que essas fontes continuarão a ser os principais meios pelos quais atendemos nossas necessidades de fluxo de caixa. Nossas necessidades de caixa significativas incluem o seguinte: capital de giro; serviço da dívida; e investimentos em bens de capital. Os empréstimos de longo prazo foram utilizados, em geral, para financiar nossos principais projetos de investimentos em bens de capital e, historicamente, tiveram como principal fonte contratos de pagamento antecipado de exportação, de acordo com os quais nós ou uma subsidiária integral tomamos recursos ao oferecer como garantia os contratos de exportação (vide Nota Explicativa 23 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014) ou programas de financiamento para aquisição de bens de capital oferecidos pelo BNDES, uma parte relacionada (vide Nota Explicativa 16 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014). Os vencimentos programados desses empréstimos de longo prazo foram estruturados para corresponder ao fluxo de caixa esperado da conclusão dos projetos de investimento em bens de capital relacionados e, consequentemente, reduzir o risco de qualquer deterioração significativa de nossa posição de liquidez. Também utilizamos títulos ou notas emitidos nos mercados internacionais por subsidiárias integrais ou pelas subsidiárias do Grupo Votorantim, todas domiciliadas principalmente em outros países. Vide a Nota 23 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Nossa capacidade de acessar fontes de financiamento 94 de longo prazo não foi, até o momento, afetada significativamente pelos efeitos da crise financeira global, apesar de os vencimentos e os custos poderem apresentar aumento por esse motivo. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as contas ‘caixa e equivalentes de caixa’ e ‘títulos e valores mobiliários’ somaram R$1.195 milhões e R$2.388 milhões, respectivamente. Do total de caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários em 31 de dezembro de 2014, 71,5% estava denominado em Reais e investido tanto em ativos públicos como privados. O valor justo de derivativos financeiros representou um saldo de passivos líquidos de R$417 milhões em 31 de dezembro de 2014. Em 31 de dezembro de 2014, não tivemos depósitos e investimentos com nossa afiliada, Banco Votorantim S.A. Vide o “Item 7. Acionistas Majoritários e Operações com Partes Relacionadas – B. Operações com Partes Relacionadas” e a Nota Explicativa 16(a) às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Em 31 de dezembro de 2014, nosso balanço apresentava um saldo positivo de capital de giro (incluindo caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários, empréstimos e financiamentos correntes e derivativos) de R$1.162 milhões, comparado a R$1.359 milhões em 31 de dezembro de 2013. Não esperamos ter nenhuma dificuldade em cumprir nossas obrigações de curto prazo, visto que nosso ativo circulante em 31 de dezembro de 2014 era equivalente a 1,6 vezes o nosso passivo circulante. Além disso, acreditamos que não teremos nenhuma dificuldade em acessar os mercados de capitais ou bancários, se necessário. Nossa estratégia de dívida para os próximos anos é utilizar uma porção significativa de nosso fluxo de caixa consolidado para pagamento do principal e os juros desse endividamento. Além disso, possuímos iniciativas de gerenciamento de passivo para reduzir o custo de nossa dívida, sempre que houver oportunidades de mercado. Fontes de recursos Nosso fluxo de caixa de atividades operacionais, de investimento e de financiamento são afetados por diversos fatores. Os principais fatores que afetam nosso fluxo de caixa operacional são (i) o volume de produtos vendidos e o preço de mercado da celulose, (ii) a taxa de câmbio entre o real brasileiro e o Dólar norte-americano, e (iii) o custo de nossas matérias-primas. As atividades de investimento são afetadas, principalmente, (i) pelo nosso programa de investimentos em bens de capital, e (ii) pela nossa decisão de alienar alguns de nossos ativos de longa duração. Por fim, nosso fluxo de caixa de atividades de financiamento está diretamente relacionado ao nível de novas dívidas incorridas por nós e do pagamento de dívidas existentes. Atividades Operacionais O fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de R$2.227 milhões em comparação com R$2,164 milhões em 2013, um aumento de 2,9% principalmente devido a um aumento de 106% no lucro antes dos impostos de renda do exercício impactado principalmente por (i) um decréscimo de 20% nas despesas financeiras líquidas, (R$1.635 milhões em 2014, comparado a R$2.054 milhões em 2013), devido principalmente a um decréscimo de 23% no prejuízo de câmbio. Adotamos o método de fluxo de caixa indireto para divulgar nossa demonstração de fluxo de caixa. Vide “Demonstrações Consolidadas de Fluxos de Caixa” com relação ao “Item 5. Análise e Perspectivas Financeiras e Operacionais”. Usos dos recursos Atividades de investimento O caixa líquido proporcionado pelas atividades de investimento foi de R$356 milhões em 2014 comparado ao caixa líquido utilizado nas atividades de investimento, de R$434 milhões em 2013 95 Em 2014, as atividades de investimento para as quais utilizamos caixa consistiram principalmente de (1) Investimentos de R$1.540 milhões em propriedade, planta, equipamento, ativos intangíveis e floresta, (2) R$51 milhões com respeito a adiantamentos para aquisição de madeira no programa de parceria florestal e (3) R$27 milhões referentes a pagamento feito para aquisição adicional de participação, principalmente a compra adicional de 3% do capital da Ensyn conforme detalhado na Nota 17 (a) às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Além disso, geramos caixa principalmente consistindo de (1) R$903 milhões de produtos da venda de terreno e construção relativos ao projeto Asset Light conforme mencionado na Nota 1(e) e em nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014 e (2) R$409 milhões em valores mobiliários negociáveis. Em 2013, atividades de investimento nas quais utilizamos caixa consistiram predominantemente de (1) investimentos de R$1,190 milhões em ativos imobilizados e florestais e (2) R$97 milhões referentes a adiantamento para aquisição de madeira do programa de parceria de silvicultura. Além disso, geramos caixa principalmente consistindo de (1) R$500 milhões do produto de venda de terra e construção relacionados com o projeto Asset Light conforme mencionado na Nota 1(e) às nossas demonstrações financeiras consolidadas e (2) R$1,204 milhões em valores mobiliários comercializáveis. Em 2012, as atividades de investimento nas quais utilizamos caixa consistiram principalmente de (1) investimentos de R$1.002 milhões em ativos imobilizados e florestais; e (2) R$661 milhões provenientes de títulos e valores mobiliários. Além disso, recebemos o valor de R$470 milhões como adiantamento relativo à alienação dos ativos do Projeto Losango e R$275 milhões como resultado da venda de imobilizado. Atividades de Financiamento O caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento, que incluem empréstimos quirografários e garantidos de curto e longo prazo e amortização de dívidas resultaram no uso de caixa de R$ 2.644 milhões em 2014 e R$2.276 milhões em 2013. Em 2014, levantamos R$4.346 milhões, principalmente do financiamento por meio de linhas de crédito de pagamento antecipado de exportação junto a instituições financeiras e a emissão de US$600 milhões de valor principal agregado de nossos 5,25% de Notas Sêniores devido em 2024. Em 2014, amortizamos o valor total de R$6.636 milhões do valor principal da dívida, dos quais R$3.176 milhões referem-se ao resgate antecipado de nossos Títulos emitidos. O prêmio pago por nós nesta transação de recompra foi de R$365 milhões. O valor de R$3,460 milhões foi usado para liquidação de outras dívidas em aberto. Em 2013, levantamos R$1.279 milhões, principalmente por financiamentos através de linhas de crédito de pagamento antecipado de exportação com instituições financeiras. Em 2013, amortizamos um valor total de R$3,320 milhões do valor principal dos quais R$1,851 milhões referem-se a resgate antecipado de nossos títulos emitidos O prêmio pago por nós nessa transação de recompra foi R$236 milhões e R$1,469 milhões a liquidação de outras dívidas em aberto. Em 2012, levantamos R$864 milhões, principalmente através de financiamento por linhas de crédito de pagamento antecipado de exportação com instituições financeiras e nos mercados de dívida internacionais. Em abril de 2012, concluímos a emissão de 86 milhões de ações ordinárias sem valor nominal através de uma oferta de participação societária de ações, resultando em um aumento líquido de capital de R$1,343 milhões. Durante 2012, amortizamos R$2,411 milhões de nossas dívidas em aberto. Ademais, temos acesso a linhas comerciais-financeiras de curto e longo prazo para apoiar qualquer necessidade de caixa que poderia eventualmente surgir. Fluxo de caixa de operações descontinuadas Em dezembro de 2010, anunciamos a venda das operações da nossa Conpacel e da KSR por R$1,5 bilhão. Essas operações foram concluídas e os recursos foram recebidos em 31 de janeiro e 28 de fevereiro de 2011. De acordo com as IFRS, ambas as operações foram consideradas operações descontinuadas para os exercícios encerrados em 2010 e 2009. 96 Dívida Créditos de exportação (pré-pagamentos, ACE e ACC) Em dezembro de 2014, celebramos um contrato de pagamento antecipado de exportação com 11 bancos no valor de US$500 milhões (equivalentes a R$1,4 bilhões), dos quais US$130 milhões terão vencimento até 2019 e uma taxa de juro de 1,30% ao ano sobre a LIBOR trimestral, US$191 milhões terão vencimento até 2019 com taxa de juro de 1,40% ao ano sobre a LIBOR trimestral e US$179 milhões terão vencimento até 2020 e uma taxa de juro de 1,55% ao ano sobre a LIBOR trimestral. Essa linha foi usada para empréstimos de pagamento antecipado e financiamento com custos mais elevados e vencimentos menos atraentes. Em dezembro de 2014, celebramos dois contratos para exportação (ACC) no valor de US$70 milhões (equivalente a R$182 milhões), com vencimentos em 24 de dezembro de 2014 e 14 de janeiro de 2015 e taxa de juro fixa de 0,18% ao ano. Os contratos foram liquidados nas datas de vencimento correspondentes. Ao longo de 2014, a Empresa, por meio de operação conjunta Veracel, celebrou contratos de exportação (ACC) no valor de US$135 milhões (equivalente a R$316 milhões). Com vencimentos entre julho de 2014 e junho de 2015 e taxa de juro fixa entre 0,87% e 0,98% ao ano. Em 31 de dezembro de 2014, o saldo em aberto era US$61 milhões (equivalente a R$162 milhões). Em março de 2014, a Empresa, por meio de sua subsidiária Fibria Trading International GMBH, celebrou um contrato de pagamento antecipado de exportação com quatro bancos estrangeiros, no valor de US$200 milhões (equivalente a R$465 milhões), com pagamentos de juro trimestrais de 1,75% ao ano mais US$ LIBOR trimestral (que pode ser reduzida para 1,55% ao ano dependendo do nível de alavancagem e classificação de risco da Empresa) com prazo de cinco anos. Em março de 2014, a empresa por meio de sua subsidiária Fibria Trading International GMBH, celebrou um contrato de pagamento antecipado de exportação no valor de US$100 milhões (na época equivalentes a R$232 milhões), com pagamentos trimestrais de juros de 1,625% ao ano mais a LIBOR trimestral com prazo de cinco anos. Em abril de 2013, por meio da Fibria Trading International KFT, celebramos um contrato de pagamento adiantado de exportação com três bancos, no valor de US$100 milhões (equivalente a R$202 milhões), com vencimento até 2018 e uma taxa inicial de juros de 1,625% ao ano sobre a LIBOR. Em fevereiro de 2012, a Veracel firmou um contrato de pagamento antecipado de exportação no valor de US$33 milhões (na época, equivalentes a R$56 milhões), com pagamento de juros semestrais, a 5% a.a. + LIBOR e uma só parcela de principal com vencimento em 2017. Em maio de 2011, firmamos um contrato de pagamento antecipado de exportação com um consórcio de bancos no valor de US$300 milhões (na época, equivalentes a R$489 milhões), com juros trimestrais à taxa LIBOR + 1,8% a.a., que pode ser reduzida para 1,60% dependendo do nível de alavancagem e da classificação de risco), com prazo de oito anos. Em setembro de 2010, a Empresa, por meio de sua subsidiária Fibria Trading International GMBH, firmou um Contrato de Crédito de Exportação com 11 bancos no valor de US$800 milhões (na época, equivalentes a R$1,4 bilhões), com vencimentos até 2018, com incidência da LIBOR trimestral mais 2,755% ao ano, que pode ser reduzida para 2,30%, dependendo da alavancagem e classificação de risco da Empresa. Os empréstimos são garantidos por contratos de exportação, e as prestações vencem nas datas dos embarques. Essa linha foi utilizada para amortizar dívida com custos mais altos e vencimentos menos favoráveis. Em março de 2011, a Empresa amortizou antecipadamente o valor de US$600 milhões (na época, equivalentes a R$993 milhões), com fundos da procedentes da venda da CONPACEL e a emissão da Garantia 2021 da Fibria. Em dezembro de 2014, a Empresa amortizou antecipadamente o saldo remanescente no valor de US$191 milhões (na época, equivalentes a R$507 milhões), com fundos provenientes do novo contrato de pagamento antecipado de exportação liberado no valor de US$500 milhões. 97 Em setembro de 2010, celebramos um contrato bilateral de pagamento antecipado de exportação cujo valor agregado do principal é US$250 milhões (na época, equivalentes a R$423 milhões) com vencimentos até 2020, com taxa LIBOR semestral de +2,55% a.a., que pode ser reduzida a 2,30% dependendo de nosso nível de alavancagem e classificação de risco. Os empréstimos são garantidos por contratos de exportação, e as parcelas vencem nas datas de embarque. Essa linha foi utilizada para amortização de dívida com custos mais altos e vencimentos menos favoráveis. Em dezembro de 2014, a Empresa amortizou o empréstimo no valor de US$250 milhões (na época, equivalentes a R$662 milhões). Em março de 2010, a Empresa celebrou um Contrato de Crédito de Exportação bilateral, conforme alterado, com um consórcio de bancos no valor de US$535 milhões (na época, equivalentes a R$956 milhões) com juros trimestrais à taxa LIBOR mais 2,95% a.a. com vencimento até 2017. Os financiamentos são garantidos por contratos de exportação e as parcelas têm vencimento nas datas da embarcação. Em 31 de março de 2010, fundos totalizando US$ 314 milhões (na época, equivalentes a US$559 milhões) foram liberados, e o saldo restante de US$ 221 milhões (na época, equivalentes a R$389 milhões) foi liberado em 6 de abril de 2010. Essa linha foi totalmente utilizada para amortizar a dívida com custos mais elevados e vencimentos menos favoráveis. Em abril de 2011, a empresa pagou antecipadamente o valor de US$200 milhões, sem quaisquer alterações nas demais condições do contrato. Em 2013, na data de vencimento, o valor de US$43 milhões, foi pago. Em 2014, também na data de vencimento o valor de US$32 milhões (na época, equivalentes a R$73 milhões), foi pago e o vencimento final foi renegociado para agosto de 2019. Após essa transação, o saldo remanescente do principal desses contratos é de US$160 milhões (equivalentes, na época a R$426 milhões). Em setembro de 2009, a Fibria-MS celebrou um contrato de pagamento antecipado de exportação de US$182 milhões com duas instituições financeiras atuando como coordenadoras e a Finnvera, uma agência de crédito à exportação (ECA), como credora. Somos a garantidora dessa linha de crédito de taxa flutuante. Sobre o empréstimo incidem juros à taxa LIBOR + 2,825% a 3,325% a.a. (essa margem está sujeita a reajustes com base em nosso índice de alavancagem). Os pagamentos do principal são efetuados semestralmente, de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2018. Em 31 de dezembro de 2013, o saldo devedor era de R$96,5 milhões (na época, equivalentes a R$226 milhões). Em 18 de fevereiro de 2014, antecipamos o saldo total devido. Notas nacionais com taxa variável Em junho de 2013 celebramos um contrato com o Banco do Brasil e contratou uma NCE (Nota de Crédito à Exportação) no valor total de R$498 milhões, com vencimento em 2018 e taxa de juros de 105.85% de CDI. Esse contrato também está vinculado a um contrato de swap a fim de realizar a conversão da moeda de reais para dólares e trocar a taxa variável pela taxa fixa, sendo o custo final 4.16% a.a. mais moeda de câmbio estrangeiro. Em setembro de 2012, Companhia contratou uma NCE e um contrato de swap de juros relacionado à Nota no valor agregado de principal de R$173 milhões. A nota de crédito e o contrato de swap a ela relacionado vencem em 2020 e sobre eles incidem juros equivalentes a 100% do CDI a serem pagos semestralmente e amortização do principal em quatro pagamentos anuais a partir de 2017. Esse contrato está também vinculado a um contrato de swap de taxa de juro com vistas a realizar a conversão da moeda de Reais para Dólares e trocar a taxa variável pela taxa fixa, sendo o custo final de 4,90% a.a. mais moeda de câmbio estrangeiro. Em setembro de 2010, celebramos uma Nota de Crédito de Exportação (NCE), para um valor principal agregado de R$428 milhões com vencimento em 2018 e taxa de juro de CDI + 1,85%. Esse contrato também está vinculado a um contrato de swap com vistas a conversão da moeda de Reais para Dólares e trocar a taxa variável para taxa fixa, sendo o custo final 5,45% a.a. mais a moeda de câmbio estrangeiro. Em junho de 2013, a Empresa antecipou o pagamento do valor de R$206 milhões (40% do saldo em aberto) da NCE junto ao banco Safra Bank, havia sido obtido uma redução no custo para o saldo remanescente de 100% da CDI mais 1,85% a.a. até 100% da CDI amis 0,85% a.a. e vencimento final em 2018. Em dezembro de 2014, a Empresa pagou antecipadamente 100% do saldo remanescente deste contrato, no valor de R$326 milhões. Notas nacionais com taxa fixa 98 Em dezembro de 2009, a Fibria contratou um financiamento de R$73 milhões com o Banco do Brasil referindo-se ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste à taxa fixa de 8,5% a.a. em Reais e um período de carência de seis meses (com um desconto de 15% em caso de cumprimento das obrigações contratuais). Esta é uma linha oferecida pelo governo com o propósito de incentivar, através de financiamento, os investimentos da região do Centro Oeste do Brasil. Esse valor vence em dezembro de 2017. Voto-Votorantim IV Em 24 de junho de 2005, celebramos um contrato de empréstimo com Votorantim Overseas Trading Operations Limited IV ("VOTO IV"), uma entidade de controle conjunto com a Votorantim Participações, que levantou US$400 milhões nos mercados de capital internacionais (equivalentes então a R$955 milhões), acumulando juros de 7,75% e com vencimento em 2020. Recebemos 50% do total de fundos levantado, isto é, US$200 milhões, equivalentes na época a R$477 milhões. Em 2013 antecipamos um valor total de US$42 milhões. Como resultado desse resgate antecipado, reconhecemos as despesas financeiras totalizando R$13,5 milhões, dos quais R$12,3 milhões estavam relacionados aos prêmios pagos na transação de recompra e R$1,2 milhões, relacionados com à amortização proporcional dos custos operacionais das Notas. Em 2014, amortizamos o valor total de US$61 milhões (equivalentes a R$138 milhões). Como resultado do resgate antecipado, reconhecemos as despesas financeiras totalizando R$33 milhões, dos quais R$30 milhões eram referentes aos prêmios pagos na operação de recompra e R$3 milhões referentes à amortização proporcional dos custos da operação das Garantias. Depois desse resgate antecipado, o saldo principal devedor dessas Garantias em 31 de dezembro de 2014 era de US$97 milhões (equivalentes então a R$257 milhões). Notas internacionais de taxa fixa Fibria 2020 e Fibria 2019 Em outubro de 2009, a Empresa por meio da Fibria Overseas Finance Ltd., levantou US$ 1 bilhão (“Fibria 2019”, na época, equivalentes a R$1,7 bilhões) no mercado internacional, com vencimento em dez anos, acrescidos de juros semestrais a 9,25% a.a. Em maio de 2010, a Empresa anunciou uma oferta de troca dos Títulos Fibria 2019 por Títulos Fibria 2020, a fim de reduzir custos com juros, aumentar a liquidez da garantia e renegociar cláusulas do acordo. A participação na oferta da troca foi de 94%. Em maio de 2010, por meio da Fibria Overseas Finance Ltd., a empresa levantou US$750 milhões (“Fibria 2020”), equivalentes na época a R$1,3 milhões), nos mercados internacionais, com vencimento em dez anos e opção de recompra a partir de 2015, acrescidos de juros a 7,50% a.a. Em julho de 2012, a Empresa fez uma oferta de resgate antecipado dos Títulos Fibria 2020, e como resultado resgatou-se antecipadamente o valor de US$514 milhões (equivalentes a R$1,0 bilhões) da dívida emitida nos Títulos Fibria 2020., com produto da oferta pública de ações. A recompra antecipada gerou um encargo de R$151 milhões registrados sob a rubrica “Despesas Financeiras” correspondendo a R$62 milhões do prêmio oferecido aos obrigacionistas pelo resgate antecipado e R$89 milhões dos custos da operação gastos na recompra. Ao longo de 2013, a Fibria antecipou e cancelou com seus próprios recursos o saldo remanescente no valor de US$666 milhões (equivalentes a R$1,3 bilhões) da “Fibria 2020”, com vencimento original em maio de 2020. Como resultado do resgate antecipado, reconhecemos despesas financeiras no valor de R$302 milhões, dos quais R$193 milhões eram referentes a prêmios pagos na operação de recompra e R$109 milhões referentes à amortização proporcional dos custos de transação dos Títulos. Em março de 2014, a Fibria antecipou e pagou, com seus próprios recursos o saldo remanescente no valor de US$690 milhões (equivalentes a R$1,6 bilhões) da “Fibria 2020”, com vencimento original em maio de 2020. Como resultado do resgate antecipado, reconhecemos despesas financeiras no valor de R$300 milhões, dos quais R$180 milhões eram referentes a prêmios pagos na operação de recompra e R$120 milhões referentes à amortização proporcional dos custos de transação dos Títulos 99 Em outubro de 2014, a Fibria antecipou e cancelou com seus próprios recursos, o saldo remanescente no valor de US$63 milhões (equivalentes, na época, a R$153 milhões) da “Fibria 2019”, com vencimento original em outubro de 2019 e taxa de juro fixa de 9,25% a.a. Como resultado do resgate antecipado, reconhecemos as despesas financeiras totalizando R$7 milhões referentes a prêmios pagos na operação de recompra. Notas Fibria 2021 Em março de 2011, nós, por meio da Fibria Overseas Finance Ltd., levantamos US$750 milhões (“Fibria 2021”) nos mercados internacionais, com vencimento em dez anos e opção de recompra a partir de 2016, acrescidos de juros semestrais a 6,75% a.a. Durante 2013, a Fibria antecipou e cancelou um total de US$189 milhões (equivalentes a R$411 milhões). Como resultado desse resgate antecipado, reconhecemos as despesas financeiras no valor de R$31 milhões referentes a prêmios pagos nas operações de recompra e R$4 milhões referentes à amortização proporcional dos custos de transação das Notas. Durante 2014, a Fibria antecipou e cancelou, com seus próprios recursos, 100% do saldo remanescente no valor de US$561 milhões (equivalentes a R$1,3 bilhões). Como resultado do resgate antecipado, reconhecemos despesas financeiras totalizando R$160 milhões, dos quais R$150 milhões foram referentes a prêmios pagos na operação de recompra e R$10 milhões referentes à amortização dos custos de transação dos Títulos. Notas Fibria 2024. Em maio de 2014, por meio de nossa subsidiária Fibria Overseas Finance Ltda, levantamos US$600 milhões por emissão de uma oferta totalmente registrada na SEC do então denominado “Título Fibria 2024”, um valor, na época, equivalente a R$1,3 bilhões), com vencimento em dez anos, acrescido de juros de 5,25% ao ano. Os fundos foram recebidos em 12 Maio de 2014 e uma parte dos proventos foi usada para resgate antecipado dos Títulos Fibria 2021”. Isso representou nossa primeira oferta de dívida registrada SEC (em oposição à dívida privativamente colocada), que acreditamos reflete a estabilidade que temos alcançado nos últimos anos, permitindo que alcancemos economias no preço e maior público investidor. Financiamento do BNDES O BNDES tem sido uma importante fonte de financiamento de dívida para nossos investimentos em bens de capital. Em 2014, a Fibria celebrou quatro novos contratos através de um limite de crédito de R$1,7 bilhões definidos em 2011, no valor de R$26 milhões (financiamento de investimentos da indústria), R$27 milhões (financiamento de projetos de TI), R$25 milhões (aquisição de caminhões) e R$5 milhões (projetos sociais). Em 2014, um total de R$283 milhões foi liberado junto ao BNDES para nós (R$267 milhões em 2013). Empréstimos junto ao BNDES são garantidos por ônus criados sobre os ativos imobilizados e garantia bancária. Sobre a maior parte de nossos empréstimos com o BNDES incidem juros indexados a uma taxa de juro de longo prazo nominal, TJLP. Os outros empréstimos com o BNDES são indexados à UMBNDES (média ponderada da variação cambial em uma cesta de moedas, predominantemente o Dólar) mais spread e pré-fixado. Em 31 de dezembro de 2014, o BNDES representou aproximadamente 21% de nosso endividamento financeiro, e espera-se que permaneça como fonte significante de financiamento no futuro. Vide abaixo os detalhes sobre os valores e vencimentos: Em milhões de R$ Índice TJLP ............................................................. UMBNDES .................................................. PRE-FIXADO……………………………. 1.191 472 93 1.756 Vencimento 2023 2022 2020 Para mais informações sobre contratos financeiros com o BNDES, vide o Anexo 4.6 incorporado por referência neste relatório. 100 Vencimentos Em 31 de dezembro de 2014, nossa dívida de curto prazo totalizava R$965 milhões. Em 31 de dezembro de 2014, os vencimentos anuais da nossa dívida eram os seguintes: Ano Valor (Em milhões de R$ ) 2015 ................................................................................................... 2016 ................................................................................................... 2017 ................................................................................................... 2018 ................................................................................................... 2019 ................................................................................................... 2020 ................................................................................................... 2021 ................................................................................................... 2022 ................................................................................................... 2023 ................................................................................................... 2024 …………………...……………………………………………. Total ............................................................................................... 965 593 967 1.219 1.678 1.019 246 59 9 1,571 8,326 Compromissos Financeiros Os compromissos financeiros requeridos sob alguns empréstimos a longo prazo foram renegociados em junho de 2012, a fim de mitigar os efeitos das flutuações nas taxas de câmbio. A renegociação resultou nas seguintes alterações: (a) compromissos financeiros mensurados com base nas informações consolidadas convertidas em dólar (em oposição às informações financeiras consolidadas em reais) e (b) o índice dívida líquida/EBITDA Ajustado aumentou para um índice máximo de 4,5x a partir de junho de 2012. A medição dos índices com base nas informações convertidas em dólares norte-americanos reduz os efeitos das alterações em taxas de câmbio em comparação com as taxas com base em informações mensuradas em Reais. Uma parte substancial de nossa dívida é denominada em dólares norte-americanos, e como resultado, particularmente, a valorização do dólar norte-americano frente ao real teve impactos fortes sobre o índice quando mensuradas em Reais. De acordo com os critérios de cálculo prévios em caso de valorização do dólar norte-americano, o valor da dívida líquida no final do período aumentaria quando da medição em reais. De acordo com os critérios revisados pela conversão do EBITDA Ajustado de reais para dólares norte-americanos à taxa de câmbio média de cada trimestre, o impacto da desvalorização do real é mitigado. Em dezembro de 2014, nosso índice dívida líquida/EBITDA Ajustado era 2,4x em dólares norte-americanos (2,7x em R$). Vide a Nota 4 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Dez./ 2014 e depois Índice de Cobertura do Serviço de Dívida (1) – índice mínimo ..................................................... Dívida Liquida ao Índice do EBITDA Ajustado (2) – índice máximo ........................................... 1,0 4,5 (1) O índice da cobertura do serviço da dívida é definido como (a) EBITDA Ajustado (para os últimos quatro trimestres) traduzidos em Dólares Norte-americanos na taxa de câmbio média de cada trimestre, mais o saldo de caixa, equivalente de caixa e valores mobiliários negociáveis no final do período traduzidos em Dólares dos Estados Unidos nas taxas de câmbio do final do período divididos por (b) exigências de pagamento de serviços para os quatro trimestres subsequentes mais juros pagos durante os últimos quatros trimestres traduzidos em Dólares dos 101 Estados Unidos no final do período traduzidos em Dólares dos Estados Unidos nas taxas de câmbio de final de período de cada trimestre mais o valor do contrato de hedging que está agendado para vencer dentro do prazo de um ano. (2) Definido como índice de (a) dívida liquida consolidada trocado para taxa de fechamento de final de período do Dólar Norte-americanos mais o valor de mercado dos contratos de hedging menos o saldo do caixa, equivalente de caixa e valores mobiliários negociáveis no final do período traduzidos em dólar Norte-americanos nas taxas de câmbio de final de período divididos pelo EBITDA Ajustado (para os últimos quatro trimestres trocados para Dólares NorteAmericanos na taxa de câmbio média de cada trimestre). Muitos desses instrumentos também contêm outras avenças que restringem, entre outras coisas, a capacidade da Fibria e de suas subsidiárias de: fazer uma fusão ou consolidação com outras empresas ou de outro modo alienar todos ou substancialmente todos os nossos ativos; consumar determinadas vendas e trocas; efetuar determinados pagamentos restritos, inclusive o pagamento de dividendos; ou celebrar determinadas operações com as afiliadas; Além disso, os instrumentos que regem uma parte substancial da nossa dívida contêm cláusulas de inadimplemento cruzado ou de antecipação cruzadas, de forma que a ocorrência de um evento de inadimplemento de um desses instrumentos poderia desencadear um evento de inadimplemento segundo outra dívida ou permitir que os credores nos termos de outra dívida antecipem essa dívida. Os principais eventos de inadimplemento nos termos do nosso contrato de pagamento antecipado de exportação incluem: não pagamento do valor de principal ou juros; inexatidão de qualquer declaração, garantia ou certificação fornecida; inadimplemento cruzado e inadimplemento cruzado de sentença, sujeito a um mínimo acordado de US$50 milhões ou US$75 milhões dependendo do contrato correspondente; sujeito a determinados períodos de saneamento, violação de qualquer obrigação de acordo com o contrato; determinados eventos de falência ou insolvência da Fibria ou determinadas de suas subsidiárias. Em 31 de dezembro de 2013, estávamos em conformidade com todos os compromissos exigidos para empréstimos a longo prazo. Vide Nota Explicativa 23 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2013 e o “Item 5. Análise e Perspectivas Financeiras e Operacionais – A. Resultados Operacionais – Resultados das Operações”. Desdobramento do EBITDA e do EBITDA Ajustado (Instrução CVM 527/2012): EBITDA Ajustado (em milhões de R$) 102 2014 2013 Lucro (prejuízo) do período 163 (698) (+/-) Resultados financeiros, líquido 1.635 2.054 (+) Imposto de renda (141) 354 (+) Depreciação, amortização e desgaste 1.874 1.862 EBITDA 3.530 3.573 (+) Participação 1 - (52) (102) (+/-) Lucro (ganho) em disposição do ativo imobilizado 75 (581) (+) Prejuízos acumulados em créditos de ICMS 88 91 (-) Créditos fiscais/reversão da provisão para contingências (851) (184) EBITDA Ajustado 2.791 2.796 (-) Valor de Mercado dos Ativos Biológicos EBITDA e EBITDA Ajustado não são medidas definidas pelas Normas de Divulgação de Informações Financeiras brasileiras e internacionais e representam lucro (prejuízo) no período antes de juros, imposto de renda e contribuição social, depreciação, amortização e exaustão. A Companhia está apresentando o EBITDA Ajustado de acordo com a Instrução CVM 527 de 4 de outubro de 2012, adicionando ou subtraindo do valor do ganho patrimonial, a provisão para perdas sobre ICMS a recuperar, perdas (ganhos) com a redução do valor do ativo imobilizado, o valor justo de ativos biológicos e créditos fiscais originados da reversão da provisão para contingências, a fim de propiciar informações mais exatas sobre sua capacidade de gerar caixa, pagar sua dívida e sustentar seus investimentos. Nenhuma dessas duas medidas deve ser considerada como uma alternativa ao lucro operacional e fluxo de caixa operacional da Companhia como indicador de liquidez para os períodos em questão. Favor observar que essas medidas podem não ser comparáveis a medidas similares preparadas por outras empresas. Plano de Gestão de Passivos Desde 2009, temos implementado uma abordagem focada na redução de dívida e respectivos custos visando a melhoria da nossa estrutura de capital, recuperação e manutenção da nossa classificação de grau de investimento e obtenção de financiamento seguro para o nosso crescimento estratégico em condições favoráveis de mercado. Em 2014, como parte do nosso plano de gestão de passivos, celebramos as seguintes operações: Resgates e pagamentos antecipados: Em 18 de fevereiro de 2014, antecipamos o pagamento do saldo total em aberto no valor de US$96,5 milhões (equivalentes a R$234 milhões) junto a agência de crédito para exportação Finnvera (ECA. Resgate antecipado do total do saldo remanescente dos nossos Títulos de 2020 no montante de US$690 milhões (equivalente a R$1,6 bilhão) com vencimento em 26 de março de 2014 por meio da cláusula Make-Whole Premium. Em 2014, nós resgatamos o saldo total remanescente dos nossos Títulos de 2021 no montante de US$561 milhões (equivalente a R$1,29 bilhão) por meio de compras no mercado, oferta e resgate make whole. Liquidação antecipada do saldo total remanescente dos Títulos de 2019 no montante de US$63 milhões (equivalente a R$153 milhões), com liquidação em 30 de outubro de 2014. Em junho de 2014, nós resgatamos antecipadamente o total de US$61 milhões (equivalente a R$138 milhões) com relação ao Título “VOTO IV”, emitido pela nossa operação conjunta VOTO IV, com vencimento original em junho de 2020, com taxa de juros fixa de 7,75% a.a. 103 Em dezembro de 2014, nós resgatamos integralmente nosso pré-pagamento de exportação junto ao Itaú no montante de US$250 milhões (equivalente a R$662 milhões) com o pagamento de juros semestrais correspondente a Libor + 2,50% a.a., a vencer em 2020. Em dezembro de 2014, nós resgatamos integralmente nosso pré-pagamento de exportação junto a sete bancos no montante de US$189 milhões (equivalente a R$503 milhões) com pagamento de juros trimestrais correspondente a Libor + 2,33% a.a., a vencer em 2018. Em dezembro de 2014, nós resgatamos integralmente nossa nota de crédito de exportação (NCE) em reais junto ao Safra no montante total de R$326 milhões com um custo correspondente a CDI + 0,85% a.a. e caixa, a vencer em 2018. Em março de 2014, a Companhia cancelou uma linha de crédito rotativo contratada em maio de 2011, por meio da Fibria International Trade GmbH junto a 11 bancos estrangeiros. A linha de crédito era de quatro anos, com um valor total de US$500 milhões. Os pagamentos deveriam ser feitos em base trimestral para custos com juros entre 1,4% a.a. a 1,7% a.a., acrescido de LIBOR trimestral, quando utilizado. A Companhia não utilizou essa linha de crédito. Emissões: Em março de 2014, a Companhia por meio da Fibria International Trade GmbH firmou um contrato de pré-pagamento de exportação com o Citibank, no montante de US$100 milhões (então equivalente a R$232 milhões), com juros trimestrais a pagar correspondentes à taxa LIBOR trimestral acrescida de 1,625% a.a., com prazo de cinco anos, e parcelas anuais de US$7 milhões em 2014, US$21 milhões em 2017, US$43 milhões em 2018 e US$ 28 milhões em 2019. Em março de 2014, a Companhia por meio da Fibria International Trade GmbH firmou um contrato de pré-pagamento de exportação com quatro bancos estrangeiros, no montante de US$200 milhões (então equivalente a R$465 milhões) com juros trimestrais a pagar correspondentes à taxa LIBOR trimestral acrescida de 1,75% a.a. (que pode ser reduzido a 1,55% a.a.) com prazo de cinco anos, e parcelas anuais de US$57 milhões em 2017, US$86 milhões em 2018 e US$57 milhões em 2019. Em 7 de maio de 2014, a Companhia, através de sua subsidiária Fibria Overseas Finance Ltd., levantou US$600 milhões (por meio do Título registrado na SEC "Fibria 2024" então equivalente a R$1,3 bilhão), a vencer em dez anos, sujeito a taxa de juros fixos de 5,25% a.a. Em dezembro de 2014, firmamos um contrato de pré-pagamento de exportação junto a 11 bancos no montante de US$500 milhões (então equivalente a R$1,4 bilhão), dos quais US$130 milhões vencem até 2019 e uma taxa de juros de 1,30% a.a. sobre a LIBOR trimestral, US$191 milhões vencem até 2019 e uma taxa de juros de 1,40% a.a. sobre a LIBOR trimestral e US$180 milhões vencem até 2020 e uma taxa de juros de 1,55% a.a. sobre a LIBOR trimestral. Essa linha foi utilizada para resgatar antecipadamente empréstimos e financiamentos com custos maiores e vencimentos menos atrativos. No primeiro trimestre de 2014, a Companhia obteve duas linhas de crédito rotativo em moeda local junto ao Banco Bradesco e Banco Itaú, no valor total de R$300 milhões e R$250 milhões, respectivamente, que estão disponíveis por quatro anos e taxa de juros de 100% da CDI acrescidas de 2,1% a.a. quando inteiramente utilizadas. Durante o período de nãoutilização, a Companhia pagará uma comissão em reais de 0,35% a.a. e 0,33% a.a. trimestralmente e mensalmente, respectivamente. Em março de 2014, a Companhia, por meio da Fibria International Trade GmbH obteve uma linha de crédito rotativo junto a 11 bancos estrangeiros no montante de US$280 milhões disponíveis por quatro anos, com juros a pagar trimestralmente correspondentes à taxa LIBOR acrescida de 1,55% a.a. a 1,70% a.a. sobre os valores gastos. Para valores não utilizados, é cobrado da Companhia o correspondente a 35% do custo de juros acordado em base trimestral. Política de Gestão de Passivos e Liquidez 104 Em maio de 2011, aprovamos nossa Política de Gestão de Passivos e Liquidez e a revisamos em dezembro de 2013 com a qual formalizamos nossa intenção de reduzir nossa alavancagem. Portanto, buscamos atingir o grau de investimento permitindo o acesso a linhas de crédito com custos mais atraentes. Ademais, essa política formaliza nossa meta de manter um índice de Dívida Líquida/EBITDA Ajustado dentro da faixa de 2,0x e 2,5x. No entanto, a Fibria pode atingir, temporariamente, um índice máximo de alavancagem de 3,5x durante seu ciclo de expansão. Em nenhum momento, a Fibria tomará decisões administrativas e estratégicas que farão esse índice exceder a 3,5x. A política também formalizou a meta de manter a liquidez necessária para o ciclo de conversão de caixa e de cumprir obrigações financeiras de curto prazo. Ela também determina que nós mantenhamos um saldo de caixa mínimo, formado pela soma de: (i) um saldo de caixa operacional mínimo, refletindo o ciclo de conversão de caixa, e (ii) um saldo mínimo para cobertura do serviço de dívida, que inclui juros e principal de curto prazo. Além disso, nós poderemos buscar liquidez adicional através de uma facilidade de crédito rotativo, atendendo ao saldo de caixa mínimo de acordo com a metodologia das agências de classificação de risco. Investimentos em bens de capital Nossos investimentos em bens de capital (Capex) totalizaram R$1.591 milhões em 2014, R$1.287 milhões em 2013 e R$1.078 milhões em 2012. O aumento de 24% em relação a 2013 é explicado principalmente pelo aumento da renovação florestal, por sua vez devido ao (i) Contrato de Parceria Florestal e Contrato de Suprimento de Madeira Madura em Pé com a Parkia em 2013 em decorrência da venda de 206 mil hectares de terra e (ii) custos maiores com a compra de madeira de terceiros. Vide Nota 1(e) de nossas demonstrações financeiras consolidadas. A tabela abaixo estabelece a divisão dos nossos investimentos em bens de capital mais significativos para os períodos indicados: 2014 2013 (em milhões de Reais) 2012 Expansão Industrial .............................................. Expansão Florestal ............................................... Subtotal da Expansão ......................................... Segurança/ Meio Ambientet ................................. Renovação Florestal (inclui o adiantamento pela compra de madeira – programa de parceria) ..... 38 74 112 18 8 65 73 31 4 66 70 47 1.102 849 730 Manutenção, TI, P&D, Modernização ................. Subtotal de Manutenção ..................................... 50% Veracel ......................................................... Total ..................................................................... 252 1.372 107 1.591 253 1.133 81 1.287 166 943 65 1.078 Para 2015, a Administração aprovou um orçamento de R$1,7 bilhão para despesas de capital futuras. O aumento em relação a 2014 é explicado principalmente pela inflação, taxa de juros e pelo segundo estágio de investimentos em caminhões para reduzir custos de transporte de madeira. C. Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças etc. Como produtora de celulose, buscamos obter um melhor entendimento do processo de produção global e obter vantagens competitivas através de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Por meio da tentativa de identificar as características da celulose final, as quais são essenciais para a produção de celulose e papel de alta qualidade, introduzimos novos desafios ao nosso programa de reprodução de árvores e melhoramos nossos processos a fim de desenvolvemos produtos inovadores de altíssima qualidade. As atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas dentro do nosso centro de pesquisas são direcionadas para o aumento da produtividade de nossas florestas, melhorando a qualidade da madeira de eucalipto utilizada como nossa matéria-prima, aumentando a eficiência do nosso processo produtivo e rendimento industrial, e no desenvolvimento de novos produtos inovadores de alta qualidade, de maneira sustentável. Esses esforços são realizados não 105 apenas dentro das nossas instalações de pesquisas, mas também na parceria com diversas universidades, fornecedores e institutos privados de pesquisa. Nosso orçamento total, incluindo gastos operacionais e de capital em pesquisa e desenvolvimento, foi de R$47 milhões em 2014 e R$45 milhões em 2013. Nossos investimentos em pesquisa e desenvolvimento têm sido proporcionais ao nosso crescimento e aos nossos esforços contínuos em manter nossa vantagem competitiva. Essa estratégia permitiu que desenvolvêssemos florestas sustentáveis de alta qualidade a custos menores e com o mínimo de impacto ambiental, e continuar a fornecer ao mercado produtos inovadores e reforçando nossos relacionamentos de longo prazo com clientes-chave. Até o final de 2010, a quantidade anual média de celulose produzida por hectare era de 11 toneladas métricas, comparada a 6,4 toneladas métricas obtidas na década de 1970. Com referência a isso, uma das nossas metas a longo prazo é manter a redução da quantidade de terra necessária para a produção de celulose, como resultado do aumento da produtividade por meio de melhorias genéticas, de gestão florestal e de desempenho industrial. Centro Tecnológico Fibria O principal objetivo do Centro Tecnológico Fibria é agregar valor ao negócio global. Nossa carteira de projetos de pesquisa inclui atividades que variam de seleção artificial de plantas a propagação para desenvolvimento de novos produtos. Como produtores de celulose, buscamos ganhar uma melhor compreensão de todo o processo de produção e obter vantagens competitivas por investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Nossa tecnologia florestal tem como foco a qualidade da madeira e produtividade e sustentabilidade florestal por meio de pesquisa em melhoramento genético, biotecnologia florestal, fisiologia das plantas, nutrição do solo e da planta, silvicultura, proteção florestal e desenvolvimento ambiental. Esse intenso programa de pesquisa aumentou muito nossa competitividade. Nós atualmente realizamos 100% de nosso plantio com clones melhorados que são propagados de forma eficiente como consequência de procedimentos de viveiros. Com respeito a isso, durante os últimos anos uma nova tecnologia de propagação de clones foi criada para aumentar a capacidade de enraizamento e qualidade da planta, e ao mesmo tempo reduzir os custos de produção. Esse novo conceito envolve produção de microcolheitas em biorreatores de imersão temporários. Como resultado dessa tecnologia interna, duas patentes foram recentemente registradas no Brasil e nos Estados Unidos. Acreditamos que esse novo conceito de propagação estabeleça novos padrões para os viveiros de eucalipto. A fim de adiantar os ganhos de uma nova variedade, uma nova estratégia chamada Genome Wide Selection (GWS) está sendo desenvolvida na Fibria. O GWS tem como base uma seleção antecipada de clones de eucalipto superiores por meio da análise do perfil do DNA (ou marcadores moleculares). Ao implementar essa técnica, que é completamente nova no setor florestal, esperamos diminuir os ciclos de plantio antecipando a seleção de materiais superiores. Uma nova plataforma de produção para genótipos de árvores intensivos e diferentes modelos estatísticos foi testada para aumentar a eficiência do método. Os resultados preliminares obtidos pela Fibria apontam para perspectivas muito promissoras. A Fibria também mantém um nível significativo de investimento em programas de biotecnologia (por exemplo, transformação genética para fins de pesquisa, poliploide) envolvendo parcerias nacionais e internacionais. As principais metas deste programa são avaliar o potencial dessas tecnologias a fim de gerar uma “nova” variabilidade genética e aumentar a produtividade industrial e florestal sustentável. A Fibria aumentou os esforços em relação à proteção de propriedade intelectual e desenvolvimento. Vitórias obtidas em 2014 no campo da propriedade intelectual incluem, por exemplo: Atualização de Políticas Internas sobre Patentes, que inclui novas diretrizes para Segredos Comerciais, Desenvolvimento de uma matriz de decisão em inovações com relação a questões de propriedade intelectual -PI (patentes, segredo comercial ou publicações defensivas); e uma série de iniciativas de PI. Além disso, em 2014, nove novos IP foram identificados e os respectivos usos para proteção estão sob processo de preenchimento. Além disso, duas novas variedades de Eucalipto receberam proteção concedida pelo National Plant Varieties Protection Service, demonstrando o sucesso nos esforços de melhoria genética. 106 Em uma empresa de base florestal, a manutenção e aumento da produção de biomassa florestal, junto com a redução de custos de silvicultura é fundamental, especialmente em regimes de administração altamente intensivos. A otimização dos recursos disponíveis aos processos florestais pode ser alcançada por meio da nutrição da planta, fertilidade e conservação do solo, práticas de silvicultura e novos modelos de produção. Estamos atingindo esses objetivos pelo desenvolvimento e uso de sistemas de silvicultura de precisão específicos que otimizam a alocação dos recursos disponíveis, e ao mesmo tempo monitoram a fertilidade do solo e sua conservação. Os resultados desses processos de monitoramento conduzidos durante as duas últimas décadas revelaram, em especial na última década, que a fertilidade pode ser aperfeiçoada através de programas de gestão nutricional. Nesse sentido, durante 2014 desenvolvemos atividades relacionadas a (i) análise e recomendação de novos fertilizantes, incluindo subprodutos das nossas fábricas, utilizando um sistema único de fertilização em único de fertilização em todos as nossas instalações, (ii) disseminação e início do uso de parâmetros de conservação do solo no planejamento florestal, (iii) recomendação de pacotes específicos considerando o custo da madeira no portão da fábrica, com base no conceito de gestão intensiva. Nos últimos anos, a redução nas formulações nutricionais, a extensão da administração automatizada e o controle da fertilização já levaram a ganhos em logística, custos e segurança no uso de fertilizantes. Nós também realizamos estudos contínuos a fim de manter a floresta saudável e reduzir o uso de pesticidas químicos. Nossas pesquisas focaram a análise de clones resistentes a doenças e o aumento do uso de controle biológico de pragas. Respondemos a todas as perguntas sobre derrogação de pesticidas, contribuindo para manter a certificação FSC em todas as nossas unidades. Nossos pesquisadores estão incentivando a ideia de criar uma nova política de regulamentação FSC para o uso de pesticida químico, considerando os aspectos da silvicultura e as normas para segurança ambiental, em vez de somente as características químicas das moléculas. A fim de estar preparado para futuros desafios, o Centro de Tecnologia iniciou as atividades no Laboratório de Proteção de Saúde da Floresta e dos Recursos Naturais. Esse novo laboratório vem sendo utilizado para produzir agentes de controle biológico de pestes, avaliar a resistência a doenças em todos os clones de Eucalipto da Fibria e diagnosticar problemas florestais, ajudando a manter nossa sustentabilidade. Em 2014 conduzimos projetos de pesquisa focadas na avaliação e gestão de riscos para fatores bióticos e abióticos em plantações de eucalipto de acordo com mudanças climáticas globais. Além disso, desenvolvemos um roteiro para guiar as atividades de pesquisa nos próximos anos, considerando os crescentes desafios e oportunidades de inovação tecnológica na gestão de pragas e doenças. Ademais, temos realizados estudos específicos desde 1993 na quantidade e qualidade de água de superfície e subterrânea por meio da monitoração do lençol freático em localizações representativas em nossas plantações e por meio das nossas unidades de produção, as quais continuam a indicar que não tem havido mudanças substanciais na composição da água nesses lençóis freáticos, confirmando ainda que nossos processos de plantação e produção não estão contaminando os lençóis freáticos da região. Estudos específicos sobre Ecofisiologia Florestal basedos em nossos “Laboratórios ao Ar Livre” (Projeto Bacias Hidrográficas da Fibria e Rede de Torres de Fluxo Eddy-Covariance) estão sendo conduzidos, permitindo-nos compreender melhor os efeitos das mudanças climáticas nas plantações de eucalipto. Mensurações diretas de trocas de dióxido de carbono entre floresta-atmosfera, água e energia nos permitem observar o metabolismo do ecossistema completo. A Rede de Torres de Fluxo EddyCovariance nas Unidades da Fibria foi instalada em 2011-2012 e propicia um registro contínuo da troca de CO2 no ecossistema, evaporação e fluxo de energia entre a atmosfera e as plantações de eucalipto, com resolução de tempo por hora. Em todas as quatro torres de fluxo da Fibria, a floresta está acumulando carbono e contribuindo para a “depressão” terrestre para carbono que está atualmente reduzindo o crescimento atmosférico de CO2. Os fluxos de carbono na atmosfera permitem uma visão do crescimento das florestas de cima para baixo e são complementados por mensurações terrestres da vegetação e da camada humífera em grandes e pequenos pedaços de terra onde podemos identificar quais componentes na floresta estão ganhando e perdendo carbono. A combinação de carbono a curto prazo e os fluxos de trocas de água observados nas torres com mudanças a longo prazo na biomassa observadas em pedaços de terra permanentes provêm uma pressão muito forte para desenvolver e avaliar modelos de processo no ecossistema, que utilizamos para estimar a produtividade de madeira em diferentes cenários climáticos. Em nossa busca contínua por um melhor desempenho ambiental, nós começamos utilizar a abordagem dos Serviços do Ecossistema para integrar tópicos de pesquisa e melhorar as práticas de 107 gestão de paisagem. O planejamento técnico para conservação de biodiversidade tem como base principalmente os ativos no banco de dados de biodiversidade da Fibria, que compreendem todas as informações sobre espécies de fauna e flora registradas nas áreas da Fibria desde 1992, com foco especial nas aves, usadas como indicadores da funcionalidade da paisagem florestal administrada. Também para planejamento de conservação nós utilizamos nosso software Fibria Bioindex, o qual combina os principais indicadores para análise ecológica da paisagem de nossas áreas de gestão florestal compreendendo plantações e áreas de vegetação natural (Floresta Tropical ou fragmentos de Savana). Com base em todas essas abordagens, nós prestamos de forma contínua consultoria técnica para melhorar as práticas operacionais florestais a fim de conservar a biodiversidade. Em 2014, o Centro de Tecnologia iniciou um grupo de triagens de campo para testar novos métodos a serem aplicados à melhoria de nosso programa de recuperação de florestas nativas, assim como novas abordagens de agrofloresta a fim de permitir que as comunidades vizinhas produzam NTFP (produtos florestais não lenhosos) na camada sub-bosque (understory) das áreas de plantio de eucalipto. Também inovamos na gestão de nossa carteira de pesquisa da biodiversidade nas áreas da Fibria, tendo lançado em 2014 uma convocação pública para propostas de pesquisa da biodiversidade, que recebeu 40 propostas dos quais 4 estudos foram escolhidos e estão sendo apoiados pela Fibria. Todos os esforços tecnológicos da Fibria têm como objetivo melhorar a biodiversidade, mas também aumentar o valor dos serviços de ecossistema oferecidos por nossa paisagem de produção florestal. Nossa equipe de pesquisa e desenvolvimento avalia continuamente novas tendências e avanços no mercado em que operamos, permitindo o desenvolvimento de novos produtos e a entrada em novos mercados. Em especial, estivemos acompanhando desenvolvimentos recentes nas tecnologias de produção que resultam em biocombustíveis ou produtos alternativos baseados em biomassa. A biorrefinaria é um assunto importante da nossa carteira de projetos. Nosso roteiro sobre biorrefinarias é frequentemente atualizado, e o laboratório correspondente tem recebido investimentos consideráveis em equipamentos de alta tecnologia para permitir a caracterização de matérias-primas e produtos, inclusive biocombustíveis. Essas capacidades e direcionadores junto com o estabelecimento de alianças estratégicas estão pavimentando o caminho para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de bioprodutos e/ou biocombustíveis. Os projetos em andamento visam as diferentes e mais promissoras alternativas, não apenas utilizando a biomassa florestal na natureza, mas também ao fluxo circulante do processo de Kraft, como por exemplo os da lignina. Dentro desse âmbito de aumento do valor de nossa biomassa florestal, em 2014 a Joint Venture criada pela Fibria e Ensyn avançou na avaliação de possíveis locais para instalação da primeira unidade RTP no Brasil. Na mesma direção, clientes em potencial e candidaturas foram avaliados. Importantes triagens no uso de óleo combustível renovável foram realizadas com resultados muito satisfatórios. Além disso, novas tecnologias e oportunidades de negócio no campo de biorrefinaria foram avaliadas e podem resultar na entrada em e no fortalecimento de mercados que não os de óleo combustível renovável. Em termos de nossos processos de produção de celulose e papel, no último ano avaliamos e introduzimos importantes mudanças de configuração a fim de aumentar ainda mais força da fibra. Essa abordagem, associada ao feedback recebido dos clientes, tem uma ligação estreita, como um circuito fechado, com o programa de reprodução de árvores. Junto com aquilo que chamamos de trinômio madeira x processo x produto e as vantagens de se ter essa equipe trabalhando lado a lado, fomos capazes de apoiar a estratégia Fibria, que é considerada uma das melhores parceiras comerciais e de P&D por alguns de nossos importantes clientes. Entre os esforços no desenvolvimento de produtos, nossa equipe focou em aumentar a participação BEKP na composição do papel e/ou em ajudar clientes a melhorar o desempenho de seus produtos. Esses esforços estão divididos em dois fluxos principais: (a) olhando à frente para definir propriedades específicas nas fibras de BEKP através de mudanças nos processos de provisionamento florestal, branqueamento, cozimento e produção de celulose e/ou (b) determinando as práticas recomendadas para o uso de BEKP em sistemas diferentes de tecnologias de produção de papel, refino e preparação de estoque como um todo. Um exemplo de engenharia de aplicação ao produto está em nosso desenvolvimento, junto com nossos parceiros, de refino de intensidade ultra baixa pelo uso de refinadores cônicos. Esses esforços também tiveram o apoio de importantes investimentos em capacidades como novos refinadores piloto e uma máquina de papel de bench scale. Esse tipo de tecnologia e conhecimento técnico oferece a nossos clientes o aprimoramento do uso da celulose de eucalipto e o desempenho de seus produtos finais. D. Informações sobre Tendências 108 As principais tendências que influenciam nossos níveis de venda, produção e estoque são: os padrões e ciclos de compra de celulose por produtores de papel, preços de papel e celulose, o nível de estoque de celulose nas mãos dos produtores de celulose no mercado global, condições econômicas globais e o efeito das flutuações cambiais. Continuamos a buscar oportunidades de crescimento para criar valor aos nossos acionistas através da expansão do negócio, fortalecimento do desempenho operacional e rentabilidade e/ou melhorias tecnológicas e de produto, sempre no contexto de uma estratégia focada no longo prazo. Para informações adicionais sobre as tendências em nossos negócios, vide o “Item 4 - B. Visão Geral do Negócio – Nossas Estratégias”, “Item 4 - B. Visão Geral do Negócio – Efeitos da flutuação nos preços da celulose” e “Item 5 – Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras - A. Resultados Operacionais”. Para os riscos que afetam nossos negócios, vide o “Item 3 - Informações Importantes – D. Fatores de Risco”. E. Acordos não declarados no Balanço Patrimonial Participamos de diversos acordos não declarados no balanço patrimonial, principalmente relacionados a garantias e contratos take or pay. Também temos diversas operações de swap que estão descritas no “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre os Riscos de Mercado”. Todas essas operações estão ainda descritas em outra parte deste relatório anual. Vide as Notas Explicativas 12 e 26 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. F. Divulgação Tabular de Obrigações Contratuais A tabela abaixo resume nossas obrigações e compromissos contratuais significativos em 31 de dezembro de 2014. Esta tabela não reflete as operações de swap discutidas no “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre os Riscos de Mercado”. Menos de um ano Total de compromissos de endividamento (1) ....................... Leasing operacional (2) ................... Obrigações de compra (3) ............... Contribuições da previdência privada (4) ................................................ Total de obrigações contratuais e compromissos (5) ........................ Pagamentos Devidos pelo Período De um a De três a Mais de três anos cinco anos cinco anos (em, milhões de Reais) Total 1,157 249 395 2,105 493 425 4,353 724 389 2,203 2,222 770 9,818 3,688 1,979 8 15 15 53 91 1,809 3,038 5,481 5,248 15,576 (1) Os valores informados na tabela são os fluxos de caixa não descontados e como tal diferem dos valores apresentados no balanço patrimonial consolidado. (2) Inclui arrendamentos de terreno e transporte marítimo (local e exportação). (3) Inclui contratos take-or-pay. Possuímos contratos take-or-pay de longo prazo firmados com fornecedores de energia, transporte, diesel e produtos químicos por um período médio de 9,8 anos para os quais as obrigações contratuais são de R$202 milhões ao ano. (4) Representa uma contribuição de R$4 milhões ao ano, em média. (5) Exclui valores das saídas de caixa prováveis que são esperados na liquidação de contingências devido a incertezas relacionadas ao cronograma de pagamentos. Estamos sujeitos a contingências relacionadas a processos tributários, civis, trabalhistas e outros e constituímos provisões para processos legais relacionados a determinadas perdas prováveis e estimáveis resultantes de processos tributários, civis, trabalhistas de R$302 milhões em 31 de 109 dezembro de 2014. Vide “Item 8. Informações Financeiras — A. Declarações Consolidadas e Outras Informações Financeiras - Compromissos — Contingências”. ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E FUNCIONÁRIOS A. Conselheiros e Administração Sênior Somos administrados por um Conselho de Administração e por uma Diretoria. O endereço da administração da nossa Companhia é Rua Fidêncio Ramos, 302, 3º andar, São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil. Conselho de Administração Nosso Conselho de Administração é obrigado a ser reunir quatro vezes ao ano e extraordinariamente sempre que os interesses corporativos assim o exijam. Os membros do Conselho de Administração são nomeados em Assembleias Gerais de Acionistas e atuam por períodos de dois anos. As responsabilidades do nosso conselho incluem a determinação das nossas estratégias gerais de negócio, a eleição da Diretoria e a supervisão da administração. Em 31 de dezembro de 2014, o Conselho de Administração estava constituído pelos seguintes membros: Nome Membro Desde Idade Cargo José Luciano Duarte Penido ...................................... 2009 66 Presidente Maria Paula Soares Aranha ...................................... 2013 58 Substituto João Carvalho de Miranda ......................................... 2009 52 Vice-presidente Sergio Augusto Malacrida Junior............................... 2014 41 Substituto Raul Calfat ................................................................. 2009 62 Membro Paulo Henrique de Oliveira Santos ........................... 2009 56 Substituto Carlos Augusto Lira Aguiar ....................................... 2012 69 Membro Julio Sergio de Souza Cardozo................................... 2014 70 Substituto João Henrique Batista de Souza Schmidt................... 2014 36 Membro Julio Cesar Maciel Ramundo ..................................... 2011 45 Membro Laura Bedeschi Rego de Mattos ................................ 2011 39 Substituto Eduardo Rath Fingerl ................................................. 2009 61 Membro Leonardo Mandelblatt de Lima Figueiredo ............... 2013 38 Substituto Marcos Barbosa Pinto................................................. 2014 37 Membro Arminio Fraga Neto.................................................... 2014 57 Substituto Alexandre Gonçalves Silva ........................................ 2009 68 Membro José Ecio Pereira da Costa Junior ............................ 2013 63 Substituto Apresentamos abaixo uma descrição biográfica resumida de cada Membro do nosso Conselho de Administração: 110 José Luciano Duarte Penido. O Sr. Penido atua como Presidente do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde novembro de 2009. Anteriormente, de 2004 a 2009, foi Presidente e CEO da Votorantim Celulose S.A., atual Fibria, tendo também atuado como membro do Conselho daquela companhia. Entre 1992 e 2004, foi CEO da Samarco Mineração. O Sr. Penido é membro independente do Conselho de Administração da Copersucar S.A. e da Química Amparo Ipê, membro do Comitê de Governança Corporativa e Sustentabilidade do Santander Brasil S.A. e membro da Diretoria do WBCSD - World Business Council for Sustainable Desenvolvimento. João Carvalho de Miranda. O Sr. Miranda é membro e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde novembro de 2009, além de CEO da Votorantim Industrial S.A. desde janeiro de 2014. Ele ingressou na Votorantim como CFO e Diretor de Relações com Investidores de março de 2009 a dezembro de 2013. Antes de ingressar na Votorantim, ocupou o cargo de CEO do Citibank N.A. no Chile, e atuou como Líder Corporativo do Citibank N.A. no Brasil, de 1998 a 2004. O Sr. Miranda é membro do Conselho de Administração e membro do Comitê Financeiro da Votorantim Cimentos S.A., membro do Conselho de Administração da Votorantim Siderurgia e da Votorantim Metais S.A. Raul Calfat. O Sr. Calfat é membro do Conselho de Administração da Fibria desde dezembro de 2009 e o CEO da Votorantim Industrial S.A. de janeiro de 2012 a dezembro de 2013. Em janeiro de 2004, assumiu a posição de Diretor Executivo Administrativo na Votorantim Investimentos Industriais, e em janeiro de 2006 se tornou responsável por todos os negócios industriais da Companhia. Anteriormente, de 1996 a 2003, ocupou o cargo de CEO da Votorantim Celulose e Papel e atuou como Presidente da Associação de Celulose e Papel de São Paulo entre 1993 e 1995, e como Vice-Presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel de 1996 a 2004. O Sr. Calfat é Presidente do Conselho de Administração, membro do Comitê de Pessoal e Remuneração, membro do Comitê Financeiro e membro do Comitê de Relações Institucionais da Votorantim Participações S.A. Ele também é membro independente do Conselho de Administração, Presidente do Comitê de Partes Relacionadas e membro do Comitê de Auditoria da Duratex S.A. e membro do Conselho de Administração da Ibá. Carlos Augusto Lira Aguiar. O Sr. Aguiar é membro do Conselho de Administração desde janeiro de 2012. Foi Presidente e CEO da Fibria desde a criação da Companhia em agosto de 2009 até junho de 2011. Anteriormente, foi Presidente da Aracruz Celulose S.A. de abril de 1998 até dezembro de 2009, tendo ingressado na Companhia em 1981, atuando em diversas posições gerenciais nas áreas de Produção, Qualidade e Engenharia. Em 1985, foi promovido a Diretor Industrial e, durante o período de 1993 a 1998, atuou como Vice-Presidente de Operações Florestais e Industriais. O Sr. Aguiar iniciou sua carreira na indústria de Papel e Celulose em 1970, ocupando diversos cargos administrativos na área de produção e projetos. O Sr. Aguiar é Presidente do Conselho de Administração da Veracel Celulose S.A. e da Ibá. A empresa mencionada acima, Aracruz Celulose S.A., foi incorporada na Companhia, sendo que a Veracel Celulose S.A. pertence ao mesmo grupo econômico da Companhia. João Henrique Batista de Souza Schmidt. O Sr. Schmidt é membro do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde outubro de 2014 e atualmente ocupa o cargo de Conselheiro Executivo de Desenvolvimento Corporativo da Votorantim Industrial S.A. O Sr. Schmidt possui mais de 14 anos de experiência em investment banking, e anteriormente atuou como Conselheiro Administrativo da Goldman Sachs no Brasil. Antes da Goldman Sachs, o Sr. Schmidt trabalhou no Citigroup no Brasil. O Sr. Schmidt também é membro do Conselho de Administração da Citrosuco S.A. Sr. Julio Cesar Maciel Ramundo. O Sr. Ramundo é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde dezembro de 2011. Atua como Diretor Executivo do 111 BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social desde maio de 2011, sendo responsável pelas áreas de Mercado de Capitais, Industrial e Capital de Risco. Ingressou no BNDES em 1992, onde ocupou diversas posições gerenciais, principalmente na divisão industrial. O Sr. Ramundo é formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, e possui MBA com louvor pela London Business School da University of London, na Inglaterra. O Sr. Ramundo é membro do Conselho de Administração da Granbio. Eduardo Rath Fingerl. O Sr. Fingerl é membro do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde dezembro de 2009. De abril de 2006 até abril de 2011, o Sr. Fingerl foi diretor das áreas e Mercado de Capitais, Capitais de Risco e Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Ingressou no BNDES em maio de 1976 e fez carreira no banco atuando em diversas posições. De agosto de 1989 até junho de 1993, atuou no setor privado como Diretor Técnico da FBDS – Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável e Diretor da PQB – Petroquímica da Bahia S.A. O Sr. Fingerl é membro independente do Conselho de Administração da Vetria Mineração S.A. e da EcoRodovias S.A., e também participa do Comitê de Investimentos, Finanças e Riscos. Marcos Barbosa Pinto. O Sr. Pinto ingressou na Gávea Investimentos em maio de 2011 como Sócio. Antes de ingressar na Gávea, o Sr. Pinto atuou como membro da Comissão de Valores Mobiliários – CVM (2007-10) e consultor chefe do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (2005-06). O Sr. Pinto também atuou como advogado na Morrison & Foerster LLP na Califórnia (2001-02) e na Levy & Salomão Advogados em São Paulo (2003-04), onde ele prestou consultoria a clientes em uma série de fusões e aquisições bem como em transações de private equity. O Sr. Pinto possui LL.B. e Ph.D. em Direito pela Universidade de São Paulo, e LL.M. pela Yale Law School e Mestrado em Economia pela Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ). Foi também pesquisador visitante na Columbia University e lecionou Direito Corporativo na Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ). O Sr. Pinto é atualmente membro do conselho da Multiterminais, Unidas e Chilli Beans. Alexandre Gonçalves Silva. O Sr. Silva é membro independente do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde dezembro de 2009. De 2001 a 2007 atuou como Presidente e CEO da GE do Brasil. Anteriormente, foi Presidente e CEO da GE Celma, uma companhia de reparos e reforma de turbinas de aviões localizada em Petrópolis, Rio de Janeiro. Em seus 40 anos de carreira, trabalhou a maior parte de seu tempo em setores diversos da indústria aeronáutica comercial. O Sr. Silva é atualmente Presidente do Conselho de Administração da Embraer e membro dos Conselhos de Administração da Tecsis, Nitroquimica, Alupar, Fundação M. Cecilia e Amcham. SUBSTITUTOS Maria Paula Soares Aranha. A Sra. Maria Paula Aranha é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde abril de 2013. Também é a coordenadora do nosso Comitê de Auditoria Estatutária desde maio de 2013. Ela era membro do Conselho Fiscal da Fibria Celulose S.A. de abril de 2011 a abril de 2013. Desde 2005 vem atuando no campo de consultoria de controle, governança corporativa e gestão de risco operacional. Antes, atuou como Superintendente de Planejamento e Controle da Aliança do Brasil Companhia de Seguros (afiliada do Banco do Brasil). A Sra. Maria Paula entrou para o Banco do Brasil S.A. em 1981 e fez carreira no banco, atuando como Gerente de Departamento de Controle e Gerente Executiva de Controle e Distribuição. A Sra. Maria Paula Aranha é membro do Conselho de Administração e coordenadora do Comitê de Auditoria Estatutário da Paranapanema S.A. Sergio Augusto Malacrida Junior. O Sr. Malacrida é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A desde abril de 2014. É também membro do Comitê Financeiro desde setembro de 2013. Ele atualmente é Diretor de Tesouraria e Diretor de Relações com 112 Investidores da Votorantim Industrial. O Sr. Malacrida foi sócio da PR & A Financial Products, sócio da Vinci Partners, CFO da Vanguarda Agro e tesoureiro da Fibria. O Sr. Malacrida é membro do Comitê Financeiro da Votorantim Cimentos, membro do Comitê Financeiro da Funsejem e membro do Conselho de Administração da Votorantim Energia. Ele é formado em Economia (FEA/USP) e possui Mestrado (MsC) em Matemática (IME / USP). Paulo Henrique de Oliveira Santos. O Sr. Santos é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde dezembro de 2009. Em janeiro de 2011 ele assumiu o cargo de Diretor de Fusões e Aquisições e Negócios Emergentes da Votorantim Industrial S.A., e desde 2000 ele detém o cargo de Presidente da Votorantim Novos Negócios – VNN, atuando no mercado de private equity e capital de risco. Em 2013, ele ocupava a posição de CEO Atuante da Votorantim Cimentos. De 1997 a 2000, foi Diretor Financeiro da Votorantim Metais. O Sr. Santos é membro do Conselho de Administração da Tivit S.A. e da Votorantim Cimentos S.A. Julio Sergio de Souza Cardozo. O Sr. Cardozo é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. e membro do Comitê de Auditoria Estatutário da Fibria como especialista financeiro. Ele é palestrante, consultor de negócios e professor pleno. O Sr. Cardozo é professor no Programa de Mestrado em Ciências Contábeis na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em cursos de MBA como professor convidado em vários programas no país. Foi sócio na Ernst & Young por mais de 20 anos e após sua aposentadoria ele fundou a Julio Sergio Cardozo & Associates, uma firma de consultoria com sede na cidade de São Paulo. Possui diploma equivalente a PhD em Contabilidade & Finanças, especialização (Majors) em Auditoria & Controles Internos – formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O Sr. Julio Cardozo é membro do Conselho de Administração e Presidente do Comitê de Auditoria da AVISTA Credit Card e também Presidente do Comitê de Auditoria da Saraiva S.A. Laura Bedeschi Rego de Mattos. A Sra. Mattos é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde dezembro de 2011. Desde abril de 2012 ela tem participado do Comitê Financeiro da Companhia. A Sra. Mattos é Chefe do Departamento de Supervisão e Gestão de Carteiras no BNDESPAR. Ela começou sua carreira no Banco Nacional de Desenvolvimento em 2002, e anteriormente foi Chefe do Departamento de Securities Investment e gerente de investimentos no mesmo departamento. Antes disso ela trabalhou na FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia) e na Fundação COPPETEC (Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos). A Sra. Mattos é membro substituto do Conselho de Administração da OI S.A., ALL S.A. e Vale S.A. Leonardo Mandelblatt de Lima Figueiredo. O Sr. Mandelblatt é membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. desde abril de 2013. De outubro de 2009 até os dias atuais, o Sr. Mandelblatt é responsável pela gestão da carteira de ativos do BNDESPAR. Ele atualmente administra os ativos da carteira dos setores de papel, celulose e bens de capital. De janeiro a setembro de 2009 ele foi responsável pela gestão da Carteira de Ativos da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI não relacionada ao controle da empresa; gestão de títulos privados de renda fixa emitidos por instituições não financeiras; gestão de terceirização de recursos aplicados em: (i) carteiras administradas, (ii) Fundos de Investimento em Private Equity; (iii) Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). De 2003 a 2008, ele ocupou vários cargos na BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. – BB DTVM, como consultora de investimento, gerente de fundos de renda fixa (fundos ID; fundo de crédito privado; fundos de índice de preços e fundos de renda fixa); e gerente de private equity fund, e foi responsável pela criação e gestão da BB Ações Construção Civil e pela gestão da BB Ações Siderurgia. O Sr. Mandelblatt é membro do Conselho de Administração da Tupy S/A e membro substituto do Conselho de Administração da IOCHPE-MAXION S/A. 113 Arminio Fraga Neto. O Sr. Arminio Fraga é sócio fundador da Gavea e Presidente dos seguintes comitês: Investimento, Private Equity e fundos Multimarket, Executivo e Remuneração, e membro do Comitê de Risco e Fundo Imobiliário do Grupo Gavea. De 2009 a 2013, Arminio Fraga foi Presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa. De 1999 a 2002 ele foi Presidente do Banco Central do Brasil e antes disso ele foi Conselheiro de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, de 1991 a 1992. De 1993 a 1999 ele foi Conselheiro Administrativo da Soros Fund Management em Nova York, com foco em mercados emergentes. Além disso, Arminio Fraga foi VicePresidente da Salomon Brothers em Nova York de 1989 a 1991, com foco em arbitragem em mercados emergentes. Ele também foi Economista Chefe e Gerente de Operações no Banco Garantia de 1985 a 1988. Arminio Fraga lecionou regularmente em universidades no Brasil, tais como na Pontifícia Universidade Católica e na Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, e lecionou no exterior na Columbia University de 1993 a 1999 e na Wharton School de 1988 a 1989. Arminio Fraga também publicou trabalhos acadêmicos em várias revistas especializadas no Brasil e no exterior. O Sr. Arminio Fraga é membro do Conselho Consultivo da JP Morgan Chase & Co., membro do Conselho de Administração do Group of Thirty, membro do Conselho Consultivo da Peterson Institute For International Economics e membro do Conselho de Administração do Instituto Desiderata. José Ecio Pereira da Costa Junior. O Sr.Pereira é um membro substituto do Conselho de Administração da Fibria Celulose S.A. Ele é membro do Comitê de Auditoria Estatutário desde maio de 2013. Ele foi Presidente do Conselho Fiscal de dezembro de 2009 a abril de 2013. Em dezembro de 2007 ele começou a empresa de consultoria em gestão de negócios JEPereira Consultoria em Gestão de Negócios. De junho de 2002 a junho de 2007 ele atuou como sócio de auditoria na Deloitte Touche Tohmatsu no Brazil, no setor de auditoria e consultoria. Ele se formou em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas Foundation – FGV e em Contabilidade na Faculdade São Judas Tadeu. O Sr. Pereira é membro do Conselho de Administração e Presidente do Comitê de Auditoria da Gafisa S.A., membro do Conselho de Administração da Princecampos Participações S.A., membro do Conselho Consultivo da CVI Refrigerantes Ltda., membro do Comitê de Auditoria da Votorantim Cimentos S.A., Votorantim Metais S.A. e membro do Conselho de Administração da IBEF-PR. Diretoria Os diretores a seguir foram nomeados pelo nosso Conselho de Administração. Eles são membros da nossa diretoria e nossos representantes legais. A diretoria se reúne periodicamente para analisar a produção, bem como as operações comerciais e financeiras. Nossos diretores são os seguintes: Nome Idade Cargo Marcelo Strufaldi Castelli ............... Paulo Ricardo Pereira da Silveira ... 50 52 Guilherme Perboyre Cavalcanti...... 46 Luiz Fernando Torres Pinto ............ 61 Henri Philippe van Keer ................. Aires Galhardo ............................... 47 37 Diretor Presidente Diretor de Operações Industriais, Engenharia e Suprimentos Diretor Financeiro & Diretor de Relações com Investidores Diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional Diretor Comercial e Logística Internacional Diretor de Operações Florestais Apresentamos abaixo uma descrição biográfica resumida de cada diretor que não é membro do nosso Conselho de Administração: Marcelo Strufaldi Castelli. Marcelo Strufaldi Castelli foi assumiu o cargo de DiretorPresidente em 1o de julho de 2011. Anteriormente, o Sr. Castelli atuou como nosso diretor executivo de Papel, Planejamento, Aquisição e Operações Florestais e Tecnologia desde 28 de agosto de 2009. O Sr. Castelli atuou, também, como diretor de cadeia de fornecimento e estratégia da nossa Companhia, onde ele atuou como membro da diretoria desde dezembro de 2006. Além disso, desde que ingressou 114 na nossa Companhia em 1997, o Sr. Castelli ocupou diversos cargos, inclusive gerente de recuperação, serviços públicos e ambientais, gerente geral da fábrica de Jacareí e diretor associado de operações. Antes disso, o Sr. Castelli trabalhou na Suzano, Bahia Sul e Aracruz. O Sr. Castelli possui o grau de bacharel em Engenharia Mecânica pela Universidade de Mogi das Cruzes e em Administração de Empresas pelas Faculdades Associadas de São Paulo (FASP). O Sr. Castelli participou, também, de cursos na IMD na Suíça e possui o título de Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Dom Cabral (FDC). Paulo Ricardo Pereira da Silveira. O Sr. Silveira foi nomeado diretor executivo de Indústria e Engenharia em junho de 2013. O Sr. Silveira trabalha para o setor de papel e celulose há 27 anos. Antes de ser Diretor Executivo, ele era o Gerente Geral da Indústria de nossa unidade de Aracruz. Antes, trabalhou para empresas como Riocell, Klabin e Aracruz Celulose. O Sr. Silveira é formado em Engenharia Química pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e tem mestrado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UGRS) e mestrado em Finanças Corporativas na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Guilherme Perboyre Cavalcanti. O Sr. Cavalcanti foi nomeado Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Fibria em 1 de fevereiro de 2012. O Sr. Cavalcanti entrou para a Vale S.A. em 2005, como diretor global de finanças corporativas até julho de 2010, quando foi nomeado Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Vale. Anteriormente, atuou em empresas como as Organizações Globo, o Banco UBS/Pactual e o Banco Banif/Primus. Possui mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ. Luiz Fernando Torres Pinto. Ingressou na Fibria em 24 de outubro de 2011 como Diretor Executivo de Desenvolvimento Organizacional e Humano. Antes de juntar-se à Fibria, o Sr. Pinto ocupou diversos cargos de gerência em recursos humanos, produção industrial e unidades de negócio nas seguintes Companhias: SunCoke Energy, Cenibra, Aracruz Celulose e Paranasa. O Sr. Pinto é bacharel em Engenharia Química pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestre em Administração de Empresas em Gerenciamento Corporativo pela Fundação Dom Cabral, e possui especialização em RH pela Stanford Business School. Henri Philippe van Keer. O Sr. Van Keer foi nomeado Diretor Executivo de Logística e Comercial e Internacional em maio de 2012. Antes de se tornar Diretor Executivo da Fibria, o era Gerente Geral do Departamento Comercial (junho de 2011). Atuou como Vice-Presidente (CEO) da Valcon Energy, uma companhia especializada na produção de energia limpa, por dois anos e meio (entre janeiro de 2008 e maio de 2010). Mesmo assim, ocupou cargos na Aracruz Celulose S.A.: Gerente Geral do Brasil (entre 2002 e 2007) e Gerente de Vendas de Área na Europa (entre 1996 e 2002). Ademais, atuou como Diretor de Vendas na EMI Area-Chambéry, uma companhia de equipamentos/máquinas para produção de papel na França (entre 1994 e 1996), bem como no CSNE – (Serviço Nacional Francês) em São Paulo (entre 1992 e 1994). O Sr. van Keer é formado em engenharia pelo Institut National Polytechnique de Grenoble, France, com cursos de reciclagem na Ecole de Management de Lyon (Fr) & Cranfield School of Management (UK) MBA. Aires Galhardo. O Sr. Galhardo atua como diretor das Operações Florestais da Fibria desde junho de 2011. O Sr. Galhardo entrou para a nossa Companhia em julho de 2007, ocupando diversos cargos de gerência em Operações Florestais. Antes disso, o Sr. Galhardo trabalhou na Ambev (Cia de Bebidas das Américas), gerenciando as operações de logística durante 5 anos. O Sr. Galhardo é bacharel em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, bem como mestre em Administração de Empresas, também pela Fundação Getulio Vargas. Conselho Fiscal Desde 2004, temos um Conselho Fiscal permanente, que é um órgão corporativo independente da nossa administração e dos nossos auditores independentes. Na Assembleia Extraordinária de Acionistas realizada em 26 de abril de 2013 o Comitê Estatutário de Auditoria foi formado, e a mesma assembleia aprovou a alteração de nossos Estatutos em que o Conselho Fiscal tornou-se órgão corporativo não permanente, e só será instalado mediante solicitação dos acionistas. Para o exercício fiscal de 2013 o Conselho Fiscal foi nomeado. 115 Os membros do nosso conselho fiscal não podem ser membros do nosso Conselho de Administração ou da diretoria, nem podem ser nossos funcionários ou do Grupo Votorantim, ou cônjuge ou parente de qualquer membro da nossa administração. Nosso Conselho Fiscal é constituído de três e cinco membros que são eleitos na assembleia ordinária de acionistas para o período de um ano. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações brasileira, qualquer grupo de acionistas minoritários que detenha pelo menos 10% das ações com direito a voto também tem o direito de eleger separadamente um membro do conselho fiscal. Na tabela a seguir estão os nomes, as idades e os cargos dos membros do nosso Conselho Fiscal, bem como seus respectivos substitutos, cada qual foi nomeado para atuar até abril de 2014: Nome Mauricio Aquino Halewicz .................... Geraldo Gianini ..................................... Gilsomar Maia Sebastião ........................ Antonio Felizardo Leocadio ................... Sérgio Mamede Rosa do Nascimento...... Carlito Silverio Ludwig ......................... Idade Ano da Primeira Eleição Cargo 41 64 39 42 60 67 2013 2009 2013 2014 2013 2014 Membro Substituto Membro Substituto Membro Substituto Comitê de Auditoria Estatutário As normas da NYSE exigem que as companhias listadas tenham um Comitê de Auditoria Estatutário que (i) seja constituído de pelo menos três conselheiros independentes que sejam todos letrados em finanças, (ii) atendam as normas da SEC com relação a Comitês de Auditoria para companhias listadas, (iii) tenham pelo menos um membro com conhecimento em gestão financeira e contábil, e (iv) que seja regido por um documento constitutivo por escrito que remeta ao propósito exigido do comitê e detalhe as responsabilidades exigidas. Nosso Comitê de Auditoria Estatutário, o qual, sujeito a determinadas exceções, é equivalente ao comitê de auditoria dos EUA, foi constituído na reunião do nosso Conselho de Administração realizada em 18 de dezembro de 2009. Em 26 de abril de 2013 o Comitê de Auditoria e Risco tornou-se o Comitê de Auditoria Estatutário – CAE de acordo com as resoluções da Assembleia Extraordinária de Acionistas, pela promulgação de nossos Estatutos dentro dos termos da Norma CVM 509 de 16 de novembro de 2011, que operará em caráter permanente. Em 27 de maio de 2013 o Conselho de Administração aprovou o estabelecimento do Comitê de Auditoria Estatutário e suas Normas Internas, e nomeou seus membros. O CAE cumpre com todos os requisitos e presta assistência ao nosso Conselho de Administração em questões que envolvam nossa contabilidade, controles internos, relatoria financeira e compliance. Nosso Comitê de Auditoria Estatutário recomenda a indicação dos nossos auditores independentes ao Conselho de Administração e analisa a remuneração e coordena com nossos auditores independentes. Nosso Comitê de Auditoria Estatutário avalia, também, a eficiência da nossos controles financeiros internos e de conformidade jurídica. Nosso Comitê de Auditoria Estatutário é composto por pelo menos três (3) e no máximo cinco (5) membros nomeados pelo Conselho de Administração por um período de cinco anos. Todos os membros do nosso Comitê de Auditoria Estatutário atendem aos requisitos de independência de associação ao comitê de auditoria estabelecidos de acordo com as normas da SEC. O Conselho de Administração determinou que Julio Sergio Souza Cardozo seja o “especialista financeiro” do comitê de auditoria, dentro do contexto das normas adotadas pela SEC com relação à divulgação dos especialistas financeiros aplicáveis a conselhos de auditoria em registros periódicos de acordo com a Securities Exchange Act dos EUA. Os membros do Comitê de Auditoria Estatutário são os seguintes Nome Membro desde Idade Julio Sergio Souza Cardozo .............. 01 de outubro de 2014 70 Maria Paula Soares Aranha ............... 27 de maio de 2013 58 José Ecio Pereira da Costa Junior ..... 27 de maio de 2013 63 116 A partir de 31 de dezembro de 2014, os membros do Comitê de Auditoria Estatutário, tanto individualmente como em grupo, detêm diretamente pelo menos 1% das nossas ações ordinárias. Nosso Comitê de Auditoria Estatutário é regido por um Regimento Interno que foi aprovado pelo Conselho de Administração em maio de 2013, o qual estabelece as normas com respeito aos deveres e às responsabilidades do comitê, sua estrutura e funcionamento, bem como os direitos e obrigações de seus membros. . Comitês Consultivos Também temos cinco comitês consultivos constituídos de membros do Conselho e outros, com poderes para fazer recomendações para a apreciação do Conselho. Esses são: Comitê de Auditoria Estatutário, Comitê Financeiro, o Comitê de Inovação, Comitê de Pessoal e Remuneração e o Comitê de Sustentabilidade, cada qual com seu próprio regulamento interno para atuar de acordo com o nosso estatuto social. O Comitê de Auditoria Estatutário supervisiona a qualidade e integridade dos relatórios financeiros, a adesão às normas jurídicas, estatutárias e regulatórias, a adequação de processos relacionados à gestão de Riscos e às atividades dos auditores internos e independentes. O Comitê Financeiro oferece assessoria em assuntos macroeconômicos, bem como em estratégia financeira e políticas de gestão de risco de mercado e de caixa. O Comitê de Inovação auxilia a Diretoria a analisar iniciativas relacionadas a pesquisa e inovação tecnológica nas áreas florestais e industriais, e no gerenciamento em relação a novos produtos e processos. O Comitê de Pessoal e Remuneração tem a tarefa de analisar as políticas, estruturas e práticas de recursos humanos, bem como a política de remuneração, entre outros assuntos relacionados. O Comitê de Sustentabilidade aconselha o nosso Conselho de Administração sobre todos os assuntos relativos à sustentabilidade, avalia as propostas de investimentos em termos de sustentabilidade e impacto e monitora a implementação das políticas, estratégias e atividades relacionadas à sustentabilidade das nossas operações. B. Remuneração Em 2014, a remuneração anual total paga aos nossos diretores executivos e diretores foi de R$50,407 milhões. Os detalhes estão estabelecidos na tabela abaixo: 2014 (em milhões de Reais) Benefícios de curto prazo para diretores e conselheiros ..... Benefícios de longo prazo para diretores e conselheiros ..... Programa de benefício – Direitos de Ações “Fantasmas” e Planos de Opções de Ações ............................................. 25.862 16.611 7.934 50.407 A Lei das Sociedades por Ações Brasileira exige que os membros do nosso conselho fiscal recebam remuneração igual a pelo menos 10% do valor médio pago aos nossos diretores. C. Práticas do Conselho Em geral, nosso Conselho de Administração se reúne normalmente ao menos quatro vezes ao ano e extraordinariamente sempre que necessário, de acordo com os nossos interesses ou quando é convocado pelo Presidente do Conselho ou pela maioria dos Membros do Conselho de Administração. Nosso Conselho de Administração é responsável, entre outras coisas, pelo estabelecimento de nossas políticas comerciais gerais, pela eleição dos nossos diretores e a supervisão da sua administração. A diretoria se reúne periodicamente para analisar a produção, bem como as operações comerciais e financeiras. Tanto o nosso Conselho de Administração quanto a Diretoria são regidos por seus respectivos Regimentos Internos, ambos aprovados pelo Conselho de Administração em fevereiro de 2010, os quais estabelecem as normas com respeito aos deveres e às responsabilidades de cada Conselho, sua estrutura e funcionamento, bem como os direitos e obrigações dos seus membros. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações Brasileira e o nosso estatuto social, os membros do Conselho de Administração são eleitos pelos detentores de nossas ações ordinárias nas 117 assembleias ordinárias de acionistas. Os membros do Conselho de Administração da Fibria atuam por mandatos de dois anos. Em abril de 2013 os membros oficiais e substitutos foram eleitos para ocupar um mandato até que a Assembleia Geral Extraordinária seja realizada em 2015. D. Funcionários Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos 4.294 funcionários. Terceirizamos muitas de nossas operações e substancialmente todo o nosso transporte de madeira, celulose e outras matérias-primas. Essas operações ocupavam 13.204 pessoas em 31 de dezembro de 2014. Diversos sindicatos representam nossos funcionários e eles são considerados instituições bem organizadas. Os acordos coletivos anuais relacionados aos funcionários que não são executivos foram renovados em 2014 para o próximo ano, exceto pelo acordo dos funcionários industriais da nossa unidade de Três Lagoas, que ainda está em negociação, os acordos formalizados resultaram em um aumento do salário base de até 7,1%, inclusive o pessoal administrativo, industrial e florestal. Acreditamos que temos um relacionamento muito bom com nossos funcionários. Em março de 2000, começamos a participar do plano de pensão do Grupo Votorantim (Funsejem), o qual foi disponibilizado a todos os funcionários. Para mais informações detalhadas, vide “Plano de Pensão de Contribuição Definida” abaixo. Em dezembro de 2005, estabelecemos provisões para os custos com benefícios pósaposentadoria com previsão de pagamento aos funcionários atuais, antigos ou inativos quando da aposentadoria. Para mais informações detalhadas, vide “Plano de Benefício Pós-Aposentadoria” abaixo. . Plano de Pensão de Contribuição Definida Em março de 2000, começamos o copatrocinar um plano de contribuição definida multiempregador do Grupo Votorantim (Funsejem), o qual está disponível a todos os funcionários. Para os funcionários abaixo de um determinado nível de remuneração, fazemos uma contribuição limitada a 1,5% da remuneração do funcionário. Para funcionários acima desse nível de remuneração, fazemos uma contribuição de até 6% da remuneração do funcionário. As contribuições adicionais podem ser feitas a critério do funcionário. As contribuições passam a ter direitos adquiridos a partir de vários percentuais, dependendo dos anos de serviço do funcionário, e passarão a ter plenos direitos adquiridos quando da aposentadoria, morte ou invalidez do funcionário, desde que o funcionário tenha, pelo menos, um ano de serviço. As contribuições dos funcionários totalizaram R$ 9.3 milhões em 2014 eR$8,5 milhões em 2013. Os ex-funcionários da Aracruz participavam do ARUS – Fundação Aracruz de Seguridade Social, plano de pensão privado e sem fins lucrativos, operando como um fundo multi-patrocinado. Como resultado da Aquisição da Aracruz em 2009, todos os funcionários optaram por transferir suas contribuições feitas no ARUS para o Funsejem, uma vez que o ARUS foi extinto. Plano de Participação nos Lucros De acordo com as leis federais brasileiras, as companhias que operam no Brasil são obrigadas a dividir os lucros com os funcionários a partir do exercício de 1996. Em 1996, instituímos um plano de participação nos lucros para os nossos funcionários e, além disso, oferecemos seguro-saúde e vida, transporte, refeição e treinamento. De acordo com o programa, a participação nos lucros de cada funcionário está atrelada aos nossos resultados operacionais e financeiros. Os funcionários são elegíveis para receber um pagamento máximo de até 2,5 salários mensais pagáveis em fevereiro do ano seguinte. O pagamento é efetuado se as metas definidas estabelecidas pela administração forem atingidas pela unidade de processamento ou industrial no qual o funcionário trabalha e com base no desempenho individual de cada funcionário. Os sindicatos que representam nossos funcionários concordaram com este plano de participação nos lucros. Plano de Benefícios Pós-Aposentadoria 118 Assistência Médica aos aposentados Nós celebramos um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e Papel do Estado de São Paulo para fornecer o financiamento de um plano de assistência médica vitalícia (SEPACO) para todos os nossos funcionários, seus dependentes, até eles atingirem a maioridade, e seus cônjuges. Nossa política da Companhia determina que o custo do benefício seja alocado a partir da data de contratação até a data na qual o funcionário se tornar elegível para receber o benefício de assistência médica. O valor registrado como despesas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 era de R$8 milhões, R$4 milhões e R$5 milhões, respectivamente Os métodos atuariais baseiam-se em assunções econômicas e biométricas, como seguem: Assunções Atuariais 2014 Taxa de desconto - % ................................................................. Taxa de crescimento real de custos médicos - % ....................... Taxa de aumento de utilização de assistência médica - % ......... Inflação de longo prazo - % ....................................................... Tabela biométrica da mortalidade geral ..................................... Tabela biométrica da mortalidade geral para inválidos .............. 2013 6,00 3,0 3,0 5,0 AT-2000 IAPB 57 6,25 3,0 3,0 5,0 AT-2000 IAPB 57 Com base em nosso relatório atuarial independente, a posição dos cálculos atuariais é a seguinte: 2014 (em milhares de Reais Reconciliação de responsabilidades Valor presente das obrigações atuariais ....................................... Custo do serviço atual ...................................................................... Jurso em obrigações atuariais ....................................................... Benefícios pagos .......................................................................... (Lucros) prejuízos ......................................................................... Alienação………………………………………………………… Saldo das obrigações atuariais .......................................................... 2013 76.579 93.934 12.697 (3.945) 7.288 (1.185) 91.434 7.750 (3.684) (21.421) 76.579 Pesquisa de clima organizacional Nossa primeira pesquisa de clima organizacional foi conduzida em 2010, alcançando 77% da participação total. Alcançamos o resultado de 59,0% a favor (nível de satisfação). Com base nos resultados, grupos de trabalho foram formados por toda a nossa Companhia, envolvendo gerentes e profissionais da área de Desenvolvimento Organizacional e Humano. A partir desses grupos de enfoque, nós conduzimos iniciativas para aprimorar o clima organizacional, a motivação dos funcionários e o nosso desempenho. Na segunda edição da pesquisa de clima organizacional, promovida em 2012, apresentamos um aumento de nove pontos percentuais em relação à edição de 2010, alcançamos 68% a favor e também 85% dos participantes, aumentando 8 pontos percentuais em comparação à anterior e mantivemos o foco na gestão do clima organizacional. Uma nova pesquisa de clima foi feita em 2014, alcançando 91,3% de participação total, um número recorde de participantes, o que é um resultado excelente, também em comparação ao mercado. Obtivemos o resultado de 72,4% a favor, 4,6 pontos percentuais acima dos resultados de 2012. Com respeito às nossas metas de Cultura de Alto Desempenho, implementamos em 2014 uma metodologia que avalia a satisfação e medimos um novo indicadorchave: comprometimento. Com mais de 75 anos de experiência, credibilidade e alcance global, o Gallup foi escolhido para nos apoiar na Pesquisa de Clima 2014 a fim de desenvolver e implementar o 119 Q12™, onde os indicadores de comprometimento orientados pela metodologia da Pesquisa de Clima correlacionam os resultados do desempenho com grande impacto na atividade de gerentes e a sustentabilidade dos negócios. Pretendemos melhorar as ferramentas dos gerentes para lidar com suas equipes, aumentando o valor para a organização. Com base nos resultados, os gerentes e suas equipes desenvolverão planos de ação para implementar oportunidades de melhoria. E. Titularidade das Ações Em 31 de dezembro de 2014, os membros do nosso Conselho de Administração e nossos diretores, tanto individualmente quanto em conjunto, detinham diretamente menos de 1% das nossas ações ordinárias. Para informações sobre a propriedade beneficiária da família Ermírio de Moraes, vide “Item 7 – A. Acionistas Majoritários e Operações com Partes Relacionadas – Acionistas Majoritários”. A tabela abaixo lista o valor das ações detidas diretamente por cada membro individual de nosso Conselho de Administração ou diretor e sua porcentagem representativa relativa ao total das ações em circulação em 31 de dezembro de 2014: Número de Ações Ordinárias Conselho de Administração José Luciano Duarte Penido ..................................................................... Maria Paula Soares Aranha ...................................................................... João Carvalho de Miranda ....................................................................... Sergio Augusto Malacrida Junior.......................................................... Raul Calfat ............................................................................................... Paulo Henrique de Oliveira Santos .......................................................... Sergio Augusto Malacrida Junior ........................................................ Carlos Augusto Lira Aguiar ................................................................ Julio Sergio de Souza Cardozo ............................................................ João Henrique Batista de Souza Schmidt ............................................ Julio Cesar Maciel Ramundo ................................................................... Laura Bedeschi Rego de Mattos .............................................................. Eduardo Rath Fingerl ............................................................................... Leonardo Mandelblatt de Lima Figueiredo .............................................. Marcos Barbosa Pinto .......................................................................... Arminio Fraga Neto ............................................................................. Alexandre Gonçalves Silva ...................................................................... José Ecio Pereira da Costa Junior ............................................................ 2.001 0 15 0 70 1 0 2.431 0 0 0 0 616 0 0 0 1 0 Diretoria .................................................................................................. Marcelo Strufaldi Castelli ........................................................................ Paulo Ricardo Pereira da Silveira ............................................................ Luiz Fernando Torres Pinto ..................................................................... Henri Philippe van Keer ........................................................................... Aires Galhardo ......................................................................................... Guilherme Perboyre Cavalcanti ............................................................... Total ........................................................................................................ Fonte: Itaú Custódia 0 3.000 0 5.000 0 0 13.135 ITEM 7. ACIONISTAS MAJORITÁRIOS E OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A. Acionistas Majoritários 120 Em 31 de dezembro de 2014, a Fibria possuía 553.934.646 ações ordinárias. A tabela abaixo apresenta certas informações em 31 de dezembro de 2014, com relação a (i) qualquer pessoa conhecida por nós como detentora de mais de 5% das nossas ações ordinárias em circulação e (ii) o total de ações ordinárias detidas pelos membros do nosso Conselho de Administração, Conselho Executivo e Conselho Fiscal. 31 de dezembro de 2014 Número de ações % do total Acionistas Ações Ordinárias Votorantim Industriais S.A. ................................................... BNDES Participações S.A. .................................................... J. Safra Asset Management Corp... ........................................ Gávea Investimentos Ltda............................................ Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal .... . Ações em tesouraria………………………………………... Público (Ações em circulação) .............................................. Total de Ações Ordinárias .................................................. 162.974.335 168.296.658 33.217.145 939.527 13.149 342.824 160.151.008 553.934.646 29,42 30,38 6,00 5,22 0,00 0,06 28,91 100,00 (1) Segundo a Primeira Alteração do Acordo de Acionistas, a BNDESPar deve deter 20,589% do capital total durante os primeiros três anos (até outubro de 2017) da assinatura da Primeira Alteração do Acordo de Acionistas, que ocorreu no dia 29 de outubro de 2014, e 10,2945% pelos dois anos seguintes (de outubro de 2017 a outubro de 2019). B. Operações com Partes Relacionadas Participamos de diversas operações com partes relacionadas, as quais estão descritas na Nota Explicativa 16 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 constantes deste relatório anual. Durante 2013 continuamos a refinar nossa governança corporativa com o desenvolvimento de uma Política de Transações de Partes Relacionadas aprovada por nosso Conselho de Administração. Essa Política tem como objetivo estabelecer procedimentos padrão a serem observados na execução das transações com partes relacionadas e em situações em que pode haver um conflito de interesses, de modo a garantir que essas transações sejam realizadas sob os termos do mercado e reveladas e refletidas em nossos registros de forma completa e correta. Nossas transações comerciais e financeiras com nossas subsidiárias, associados, empresas do Grupo Votorantim e outras partes relacionadas são realizadas segundo os preços e condições normais do mercado, com base nos termos e taxas usuais aplicáveis a terceiros. Encontra-se abaixo um resumo da natureza e das condições das operações com partes relacionadas: Acionistas Controladores Temos um contrato com a VID relacionado a serviços prestados pelo Centro de Serviços Compartilhados da Votorantim, o qual fornece terceirização de serviços operacionais relacionados a atividades administrativas, departamento pessoal, equipe de apoio, contabilidade, impostos e infraestrutura de tecnologia da informação que são compartilhados pelas companhias do Grupo Votorantim. O contrato estabelece uma remuneração global de R$10,7 milhões e tem prazo de um ano, com renovação anual mediante a confirmação formal pelas partes. Além disso, a VID presta diversos serviços relacionados à consultoria tecnológica, treinamentos, inclusive programas de melhoria de gestão. Esses serviços são também prestados a todo o Grupo Votorantim, pelos quais reembolsamos à VID, a preço de custo, os encargos correspondentes. Temos contratos de financiamento como o BNDES, o acionista majoritário da BNDESPAR, para financiar investimentos em infraestrutura e a aquisição de equipamentos e máquinas, bem como a 121 expansão e modernização de nossas fábricas (Vide a Nota Explicativa 23(e) de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014). A administração acredita que essas operações foram contratadas em condições consistentes com aquelas realizadas com partes independentes, com base nos estudos técnicos realizados quando esses contratos foram celebrados. Subsidiária Temos um contrato para venda de madeira para a Bahia Produtos de Madeira S.A., com vencimento em 2019 e renovável por 15 anos. . Empresas do Grupo Votorantim Temos um contrato de aquisição de energia da Votener-Votorantim Comercializadora de Energia Ltda. para suprir nossa unidade em Jacareí, Aracruz e Três Lagoas. Como essas unidades já geram sua própria energia, o contrato tem o objetivo de maximizar a competitividade da matriz energética. O valor total a ser pago ou recebido com a venda de energia pode variar com base nas necessidades e consumo de energia por essas unidades. O valor total contratado é de cerca de R$700 mil pelos serviços de comercialização de energia a serem prestados pela Votener, com vencimento em 30 meses até 31 de dezembro de 2015, podendo ser renovado por meio de acordo entre as partes. Em caso de rescisão antecipada do contrato, essa parte é obrigada a pagar todas as obrigações incorridas até a efetiva data de rescisão do contrato. A Companhia possui um contrato de instrumentos financeiros derivativos com o Banco Votorantim S.A. O Contrato de Acionistas limita os investimentos entre empresas a R$200 milhões para títulos e valores mobiliários e R$220 milhões do valor nocional para instrumentos derivativos. A Companhia possui, por meio de sua operação conjunta VOTO IV, um valor a receber de US$3 milhões (na época equivalente a R$8 milhões) com a Votorantim Participações, com vencimento em julho de 2015. A Companhia possui um acordo com a Votorantim Cimentos para o fornecimento de suprimentos para construção de estradas, tais como rochas e rochas calcárias, pelo valor aproximado de R$11,7 milhões. Este acordo pode ser rescindido a qualquer momento com aviso prévio de 30 dias, sem quaisquer penalidades contratuais. A Companhia possui contratos de arrendamento de terras com a Votorantim Metais Ltda., relativos a aproximadamente 22.400 hectares, os quais vencem em 2019, totalizando R$76,5 milhões. A Companhia possui contratos de arrendamento de terras com a Companhia Brasileira de Alumínio - CBA e a Votorantim Cimentos relativos a aproximadamente 2.062 hectares, com vencimento em 2023, totalizando R$4,1 milhões. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, nenhuma provisão para redução ao valor recuperável foi reconhecida sobre os ativos envolvidos das partes relacionadas. O valor total anual autorizado pela Assembleia Geral Anual realizada em 25 de abril de 2014 para a remuneração do Conselho de Executivos, Conselho de Administração, Conselho de Diretores, Conselho Fiscal, Comitês de Auditoria, Risco, Compensação e Sustentabilidade para 2014 foi de R$51,0 milhões. As despesas com remuneração em 2014 incluem (i) benefícios a curto prazo a executivos e diretores (R$25,9 milhões); (ii) benefícios a longo prazo a executivos e conselheiros (R$16,6 milhões); e (iii) programa de benefícios – Opções de Ações Phantom (R$7,9 milhões). Benefícios a longo prazo incluem compensação fixa (salários e honorários, pagamento de férias e 13º salário), encargos sociais e contribuições ao INSS, FGTS e programa de compensação variável. Os benefícios a longo prazo referem-se ao programa de compensação variável. No terceiro trimestre de 2010 122 a Companhia aprovou um programa de benefício com base no aumento no valor de suas ações (consultar nota 28 de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014). Benefícios a curto prazo a executivos e diretores não incluem compensação para membros dos Comitês de Risco, Auditoria, Compensação e Sustentabilidade de R$1,4 milhões para o exercício findo em dezembro de 2014. A Companhia não possui um plano pós-emprego ativo, e não oferece qualquer outro benefício, com por exemplo licença paga adicional por tempo de serviço. Garantias Nós não prestamos garantias em favor das demais empresas do Grupo Votorantim. . C. Participações de Peritos e Consultores Não se aplica. ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras Vide “Item 3 - Principais Informações – A. Dados Financeiros Selecionados” e “Item 18. Demonstrações Financeiras.” Contingências Estamos sujeitos a diversas contingências com respeito a ações fiscais, trabalhistas e outras reivindicações. Vide a Nota Explicativa 24 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2013 e as discussões sobre nossas políticas contábeis críticas. Somos parte de determinados processos jurídicos no Brasil surgidos no curso normal de nossos negócios, e estabelecemos provisões quando acreditamos que ser razoavelmente possível estimar as perdas prováveis. Com relação a alguns desses processos, efetuamos depósitos judiciais (incluídos na linha outros ativos não circulantes), os quais somente nos serão liberados mediante sentença a nosso favor. As provisões para ações judiciais e outras, bem como depósitos judiciais, são as seguintes: 2014 2013 Depósitos Judiciais Provisão Líquido Em milhares de Reais Depósitos Judiciais Provisão Natureza das ações . Fiscal ................. Trabalhista ......... Cível .................. Total ............... 88,858 52,304 16,400 157,562 100,604 11,746 86,921102,906 15,985 174,179 121,875 55,250152,442 97,192 27,361 10,961 9,503 25,164 15,661 302,144 144,582 151,674280,512 128,838 Net Questões Jurídicas Somos parte de diversas ações judiciais decorrentes de nossas atividades comerciais normais. Essas incluem em geral ações ambientais, administrativas, trabalhistas, fiscais e cíveis. Contudo o valor de qualquer passivo que possa surgir com respeito a essas ações não pode ser previsto com exatidão, e 123 em nossa opinião, exceto como descrito abaixo, tais ações, se decididas desfavoravelmente, não teriam, no todo ou em parte, um efeito negativo substancial em nossa condição financeira. Acreditamos que nossas provisões para processos judiciais são suficientes para atender as perdas razoavelmente estimadas e prováveis, na hipótese de sentenças judiciais desfavoráveis, e que o resultado final dessas questões não terá um efeito substancial em nossa condição financeira ou resultados operacionais. Não podemos estimar o valor de todos os potenciais custos em que possamos incorrer ou penalidades que possam ser impostas a nós, exceto aqueles valores para os quais temos provisões. Processos Fiscais Instauramos vários processos judiciais nos quais pleiteamos a restituição ou contestamos a imposição de determinados impostos. Segue abaixo uma descrição de alguns dos nossos processos fiscais, administrativos e judiciais mais significativos. Incentivo Fiscal – Agência para o Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) Nós possuímos unidades de negócios localizadas dentro da zona de desenvolvimento regional da ADENE. Como essa região é considerada prioritária para o desenvolvimento do país, em dezembro de 2002, solicitamos e recebemos da Receita Federal o direito a benefícios por reduções no imposto de renda de pessoa jurídica, e adicionais não reembolsáveis calculados sobre os lucros operacionais (conforme definido) das fábricas A e B da Aracruz (período de 2003 a 2013) e da fábrica C (período de 2003 a 2012). No dia 9 de janeiro de 2004, o benefício foi cancelado pelo Ministério da Integração, e nós continuamos utilizando os benefícios, pois estava recorrendo da Decisão do Ministério da Integração. Ainda assim, a Receita Federal do Brasil nos enviou um auto de infração em dezembro de 2005, exigindo o pagamento dos valores do incentivo fiscal utilizados entre 2003 e 2004, acrescidos de juros, porém sem a incidência de multa, totalizando R$316 milhões. O Tribunal Administrativo Federal cancelou a parcela do termo de constatação relacionada aos benefícios de 2003, e a parcela referente a 2004 foi mantida. Por conta dessa decisão, o valor da infração foi reduzido para R$101 milhões, atualizado em 31 de dezembro de 2013. Vamos recorrer da decisão do Tribunal Administrativo Federal em um Tribunal de Justiça. Nossa administração, apoiada por nossa assessoria jurídica, acredita que a decisão de cancelar os benefícios fiscais é errônea e não deve ser mantida, seja com relação aos benefícios já utilizados, seja com relação a períodos futuros. Quanto aos benefícios utilizados, de acordo com a posição da nossa assessoria jurídica externa, nossa administração acredita que o pagamento do imposto exigido é injustificado, já que utilizamos os benefícios de acordo com os parâmetros legais e em conformidade com as determinações da Receita Federal do Brasil e com os relatórios de qualificação da ADENE. Considerando os fatos ocorridos em 2004, decidimos encerrar o uso dos benefícios fiscais a partir de 2005, até que uma sentença seja obtida quanto a essa questão. De acordo com a posição de nossa assessoria jurídica externa, a administração entende que a probabilidade de resultado desfavorável com relação aos benefícios fiscais utilizados até 2004 e aos não utilizados a partir de 2005 é considerada possível, portanto nenhuma provisão foi registrada. IRPJ/CSLL - aprovação parcial Temos uma quantidade de solicitações aguardando aprovação de créditos de imposto de renda junto à Receita Federal Brasileira, totalizando R$ 134 milhões. As autoridades aprovaram somente R$ 83 milhões, o que gerou uma dívida de R$51 milhões (R$176.360 atualizado em 31 de dezembro de 2014). Entramos com um recurso a tempo contra a rejeição dos créditos fiscais e obtivemos uma decisão parcialmente favorável. Com base na opinião dos nossos advogados internos e externos, a probabilidade de perda é possível e, como tal, nenhuma provisão foi registrada com relação a isso. 124 IRPJ/CSLL - Newark Em dezembro de 2007 e dezembro de 2010, a Fibria recebeu dois autos de infração no valor total de R$237 milhões, em que a Receita Federal cobrou Imposto de Renda e Contribuição Social da Newark Financial Inc., uma empresa estrangeira controlada pela VCP Exportadora e Participações Ltda. (sucedida pela Fibria), referentes ao exercício fiscal de 2005. De acordo com o parecer da assessoria, nós determinamos que a probabilidade de perda no primeiro auto de infração (dezembro de 2007 - R$120 milhões) é remota, e a probabilidade de perda no segundo auto de infração (dezembro de 2010 - R$101 milhões) é possível, portanto, nenhuma provisão foi registrada a esse respeito. Auto de infração – IRPJ/CSLL – Permuta de ativos industriais e florestais Em dezembro de 2012, um auto de infração no valor de R$ 1,7 bilhões (vide nota 24 das nossas demonstrações financeiras consolidadas) foi emitido pela Receita Federal Brasileira contra nós, com relação ao IRPJ e aos impostos de CSLL como resultado de um acordo assinado entre a Fibria (na época VCP) e Internation Paper. O assunto era a troca de ativos industriais e florestais entre as duas companhias. Em 9 de janeiro de 2013, movemos um recurso junto à Receita Federal Brasileira. Em 13 de novembro de 2013 ficamos cientes da decisão de aceitar a apelação da Companhia contra a notificação de tributação fiscal emitida pela Secretaria da Receita Federal Brasileira com respeito ao swap de ativos industriais e florestais entre nós e a International Paper. O valor atualizado até 31 de dezembro de 2014 era de R$ 1.971 milhões. Essa é uma decisão administrativa de primeira instância, e o procurador de justice será notificado a realizar um recurso de ofício. Com base na posição de nossos consultores jurídicos internos e externos, a probabilidade de prejuízo é possível, e nenhuma provisão foi registrada com respeito a isso. IRPJ/CSLL – Fibria Trading International Em outubro de 2013, um auto de infração no valor de R$271 milhões foi emitido pela Receita Federal do Brasil contra nós, com relação ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e à Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido durante o período desde 2010, entre a Fibria Trading International – FTI e a Fibria. O valor do auto era de R$303 milhões até dezembro de 2014. Em 28 de novembro de 2013, movemos um recurso com a Receita Federal Brasileira. Em dezembro de 2014, tomamos conhecimento da decisão aceitando o recurso da Companhia contra o auto de infração emitido pela Receita Federal. Essa é uma decisão da primeira instância administrativa e o promotor público moveu um recurso obrigatório. A reivindicação aguarda uma decisão final do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Com base na posição de nossos assessores internos e externos, a probabilidade de perda é possível e nenhuma provisão foi registrada com relação a isso. IRPJ/CSLL — Fibria Trading International, NORMUS and FOH Em junho de 2014, um auto de infração fiscal no valor de R$272 milhões foi emitido pela RFB contra nós, com relação ao IRPJ e à CSLL, durante o período desde 2010, entre a Fibria Trading International – FTI, NORMUS e a Fibria S.A. O valor do auto de infração era de R$289 milhões até dezembro de 2014. Com base na posição de nossos assessores internos e externos, a probabilidade de perda é possível e nenhuma provisão foi registrada com relação a isso. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de 2014. IRPJ/CSLL — Fibria Overseas Holding Em outubro de 2014, um novo auto de infração fiscal no valor de R$73 milhões, foi emitido pela RFB contra nós, com relação à CSLL, no lucro de um ajuste patrimonial no investimento em 125 empresas controladas estrangeiras durante o período desde 2009, entre a VCP Overseas Holding Kft. e Normus em 2009. Movemos um recurso com a Receita Federal Brasileira. Com base na opinião de nossos advogados internos e externos, a probabilidade de perda é possível e, como tal, não foi registrada nenhuma provisão com relação a isso. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de 2014. Outros Passivos Fiscais A Fibria possui mais de 600 processos jurídicos com valores individuais de menos de R$100 milhões. O valor envolvido em todos esses processos jurídicos é de R$2,3 bilhões. O valor médio de cada processo é de R$3,8 milhões Ações Trabalhistas Somos parte de aproximadamente 5.612 ações trabalhistas movidas por ex-funcionários, terceiros e sindicados, que reivindicam o pagamento do verbas rescisórias, prêmios de saúde e segurança, hora extra, tempo de deslocamento, doença ocupacional e indenização por acidente de trabalho, danos morais e tangíveis, indexação subestimada da multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ações Cíveis Somos parte de aproximadamente 1.176 ações cíveis, a maioria das quais se refere a pedidos de indenização de ex-funcionários ou terceiros com relação a doenças ocupacionais alegadas e indenização por acidente de trabalho, ações de cobrança e situações de falência, reembolsos de fundos reclamados de proprietários de terras inadimplentes e ações de reconhecimento de posse movidas com o propósito de proteger o nosso patrimônio. Temos seguros de responsabilidade civil que cobrem, dentro dos limites estabelecidos na apólice, decisões desfavoráveis em varas cíveis em pedidos de indenização de perdas. Comentários relevantes sobre processos fiscais Em janeiro de 1995, movemos uma ação fiscal reivindicando o reembolso do Incentivo Fiscal denominado “Crédito-Prêmio de IPI”. Após decisão final favorável à Companhia, que determinava o reembolso desses créditos, reconhecemos o montante de R$170,6 milhões (sendo R$77,5 milhões em 2013 e R$93,2 milhões em 2012) sob “Outros ativos”, em “Ativos não circulantes” em contrapartida de “Outras receitas operacionais”, líquido dos honorários advocatícios. Enviamos uma solicitação formal para a emissão da precatória relacionada ao processo judicial. Em março de 2014, entramos com uma solicitação para um crédito-prêmio do IPI, relacionado à decisão final favorável da justiça obtida por nós em outubro de 2013, para incentivos fiscais em exportações (BEFIEX) no período entre dezembro de 1993 e maio de 1997. O crédito-prêmio do IPI foi um benefício fiscal a companhias exportadoras, estabelecido como uma forma de remuneração paga para a aquisição de matéria-prima. Diversas disputas jurídicas surgiram com relação à data de rescisão do benefício. Em 2 de junho de 2014, obtivemos aprovação da autoridade fiscal federal para usar o crédito-prêmio IPI no valor de R$ 860.764 milhões (R$568.104 milhões, líquido de imposto de renda), resultante das exportações durante o prazo do Programa BEFIEX. Registramos o crédito como um ativo sob “Outros ativos” e como um crédito no Demonstrativo de lucro ou prejuízo sob “Outros lucros operacionais”, e será utilizado para compensar pagamentos futuros de impostos federais. Comentários relevantes sobre processo civil 126 Em junho de 2012, uma Ação Civil Pública foi movida pelo Ministério Público Federal para proibir os caminhões da Companhia de utilizar rodovias federais acima de restrições de peso e suposto dano às rodovias federais, o meio-ambiente e a ordem econômica. O valor atualizado de R$1.042.376 mil em 31 de dezembro de 2014 foi fornecido pelo Ministério Público Federal para o processo. A Companhia entrou com um recurso bem-sucedido contra a decisão e também moveu recurso para os outros assuntos da Ação. O processo está em seu estágio inicial. Depósitos judiciais remanescentes (consolidados) Até 31 de dezembro de 2014 temos o montante de R$135.640 (R$106.060 milhões em dezembro de 2013) depositados judicialmente para casos considerados por assessores jurídicos externos como sendo de perda possível ou remota, para os quais nenhuma provisão foi constituída. As contingências referem-se a PIS, COFINS, Impostos sobre a Renda e contribuições ao INSS, dentre outras com montantes menores. Os depósitos também incluem R$41.084 do saldo de crédito do REFIS – “Lucros no Exterior”, conforme detalhado na Nota 25 de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. Controvérsias sobre Posse de Terra Em abril e outubro de 2006 e em dezembro de 2009, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA publicou editais informando que os Relatórios de Identificação Técnica emitidos pelas comissões estabelecidas pelo INCRA concluíram que aproximadamente 34.430 hectares das terras localizadas no Espírito Santo são considerados território das Comunidades Quilombolas de Linharinho, de São Jorge e de São Domingos. Desta área total, cerca de 25.330 hectares são de nossa propriedade e posse legítimas. Os processos ainda estão em andamento, pendentes de decisão do INCRA. Estamos confiantes de que a aquisição desta área por nós foi realizada em conformidade com a lei e registrada nos órgãos públicos competentes. A Fibria foi citada em março de 2014 sobre a ação civil movida pelo Ministério Público Federal no município de São Mateus (Estado do Espírito Santo) com relação às escrituras de terrenos adquiridos pela Companhia na região norte do estado do Espírito Santo. Foi emitida uma medida liminar bloqueando cerca de 6.000 hectares do terreno da Fibria em São Mateus, e exigindo que o BNDES suspendesse qualquer lei ou financiamento indireto ou misto a favor da Fibria ou para a plantação de celulose de eucalipto nos municípios de São Mateus e Conceição da Barra (Estado do Espírito Santo). A Fibria respondeu através da defesa e do Agravo, que suspendeu os efeitos da medida liminar emitida. O Ministério Público Federal moveu um recurso, e foi deferido, restaurando a liminar. A posição da Fibria é que a aquisição do terreno foi realizada de acordo com as leis aplicáveis e práticas utilizadas na época e os assuntos ainda estão sendo disputados judicialmente. Veracel Nós e Stora Enso possuímos, cada uma, 50% da Veracel, a propriedade conjunta regulamentada pelo Acordo de acionistas. Em maio de 2014, demos início na arbitragem contra Stora Enso por suposta violação de suas obrigações de certas disposições do Acordo de Acionistas. Compromissos As obrigações contratuais e compromissos significativos que afetam nossa liquidez são dívidas de curto prazo, dívidas de longo prazo, contratos take-or-pay, contratos de arrendamentos e investimentos em bens de capital. A Fibria celebrou contratos de longo prazo take-or-pay com fornecedores de energia, transporte, diesel e produtos químicos para o período médio de 8 anos. Os contratos estabelecem cláusulas de rescisão e suspensão de fornecimento devido ao não cumprimento com essas obrigações essenciais. As obrigações contratuais assumidas em 31 de dezembro de 2014 representam R$202.361 milhões a.a. (R$228 milhões em 31 de dezembro de 2013). Vide nota 26 para as nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. 127 Dividendos Aspectos Gerais De acordo com a Lei das Sociedades por Ações brasileira, devemos alocar 5% do nosso lucro líquido anual para uma reserva legal (utilizada apenas para compensação de qualquer déficit acumulado ou para aumentar o capital social) que não deverá exceder o valor equivalente a 20% do capital social. Além disso, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações brasileira, após a alocação de quaisquer valores para a reserva legal, poderemos, sujeito à aprovação dos acionistas, efetuar alocações do saldo remanescente para uma reserva de contingência contra perdas futuras. Como determinado pela Lei das Sociedades por Ações brasileira e refletido em nosso estatuto social, no fim de cada exercício fiscal, todos os acionistas tem o direito de receber um dividendo obrigatório, também conhecido como Distribuição Obrigatória. A companhia deverá distribuir pelo menos 25% do seu lucro líquido, após impostos, dedução das perdas acumuladas e dedução de quaisquer valores alocados à participação dos funcionários e da administração, e reduzido ou aumentado, conforme possa ser o caso, pelos seguintes valores: o valor alocado para a reserva legal e o valor alocado para a reserva de contingência e qualquer valor baixado com relação à reserva de contingência acumulada em exercícios fiscais anteriores. Os dividendos deverão ser distribuídos dentro de 60 dias a partir da assembleia de acionistas na qual a distribuição foi aprovada, exceto se uma deliberação dos acionistas determine outra data, no máximo no fim do exercício fiscal no qual o dividendo foi declarado. Entretanto, a Lei das Sociedades por Ações brasileira permite que uma companhia suspenda a distribuição obrigatória dos dividendos se o Conselho de Administração relatar à assembleia de acionistas que a distribuição seria incompatível com a condição financeira da companhia, sujeita à aprovação pela assembleia dos acionistas e análise pelo Conselho Fiscal. O lucro líquido não distribuído devido à suspensão mencionada aqui deverá ser atribuído a uma reserva especial e, se não absorvido pelas perdas subsequentes, deverá ser pago como dividendo tão logo a situação financeira da companhia permita. As regras referentes à suspensão aplicam-se aos detentores de ADSs. Os valores disponíveis para a distribuição são determinados com base nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com os requisitos da Lei das Sociedades por Ações brasileira. Além disso, os valores decorrentes dos benefícios de incentivos fiscais ou restituições são apropriados para uma reserva de capital distinta, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações brasileira. Essa reserva de incentivo de investimento não está, normalmente, disponível para distribuição, contudo, ela pode ser utilizada para absorver perdas de acordo com determinadas circunstâncias ou ser capitalizada. Os valores apropriados a esta reserva não estão disponíveis para distribuição como dividendos. A Lei das Sociedades por Ações brasileira permite que uma companhia pague dividendos intermediários a partir de lucros pré-existentes e acumulados para o exercício fiscal ou semestre anterior, com base nas demonstrações financeiras aprovadas por seus acionistas. Podemos preparar demonstrações financeiras semestrais ou para períodos mais curtos. Nosso Conselho de Administração poderá declarar uma distribuição de dividendos com base nos lucros relatados nas demonstrações financeiras semestrais. O Conselho de Administração poderá, também, declarar a distribuição de dividendos intermediários com base nos lucros anteriormente acumulados ou na reserva de lucros os quais são relatados nessas demonstrações financeiras ou na última demonstração financeira anual aprovada por deliberação na assembleia de acionistas. 128 Em geral, os acionistas que não residem no Brasil devem registrar seu investimento de capital perante o Banco Central para que dividendos, recursos de vendas ou outros valores com respeito a suas ações elegíveis sejam remetidos para o exterior. As ações ordinárias subjacentes às ADSs são detidas no Brasil pelo Banco Itaú S.A., também conhecido como o custodiante, como agente do depositário, o qual é o detentor registrado constante dos registros do agente de registro de nossas ações. Os pagamentos de dividendos e distribuições em dinheiro, se houver, são feitos em reais ao custodiante, em nome do depositário, o qual converte tais recursos em Dólares e faz com que esses Dólares sejam entregues ao depositário para distribuição aos detentores de ADSs. Na hipótese de que o custodiante não consiga converter imediatamente a moeda brasileira recebida como dividendo em Dólares, o valor em Dólares a pagar aos detentores de ADSs pode ser afetado negativamente por desvalorizações da moeda brasileira que ocorram antes de os dividendos serem convertidos. De acordo com a atual Lei das Sociedades por Ações brasileira, os dividendos pagos às pessoas que não sejam residentes no Brasil, incluindo detentores de ADSs, não estarão sujeitos ao imposto de renda retido na fonte brasileiro, exceto para os dividendos declarados com base nos lucros gerados antes de 31 de dezembro de 1995, os quais estarão sujeitos ao imposto de renda retido na fonte brasileiro nas várias alíquotas do imposto. Vide o “Item 10. – Informações Adicionais – E. Tributação – Determinadas consequências do imposto brasileiro”. As leis brasileiras permitem o pagamento de dividendos apenas em reais limitado ao lucro não distribuído indicado em nossas demonstrações financeiras preparadas de acordo como as IFRS. Em 31 de dezembro de 2014, em nossas demonstrações financeiras preparadas de acordo com as IFRS, registramos lucro não distribuído – Reserva para Investimentos de R$110.854 milhões. O lucro não distribuído como relatado de acordo com as IFRS poderá ser utilizado para efetuar o pagamento de dividendos discricionários adicionais, mas não podemos garantir ao investidor que efetuaremos os pagamentos de dividendos a partir desses lucros não distribuídos no futuro próximo. Nenhuma distribuição de dividendo poderá ser feita se o déficit acumulado for reportado de acordo com as IFRS, exceto se o saldo negativo for eliminado por meio da reversão de outras reservas. Pagamento de dividendos Em 2009, além dos fatores descritos acima e em vista da Aquisição da Aracruz, o aumento resultante do nosso nível de dívida, o programa de gestão de passivo e nosso plano de negócios de longo prazo e, como permitido, pelos estatutos aplicáveis da Lei das Sociedades por Ações brasileira, nosso Conselho de Administração recomendou que nenhum dividendo ou juros sobre o capital próprio fosse pago com respeito aos resultados reportados de 2009. A Assembleia Geral de Acionistas realizada em 30 de abril de 2010 aprovou o não pagamento. Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, nosso Conselho de Administração propôs na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 28 de abril de 2011 a distribuição de dividendos relativos ao exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2010 no montante de R$0,30 por ação, totalizando R$142 milhões, e também o pagamento dos dividendos relacionados ao exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2009, considerando que nossa situação financeira permitiu tal dividendo. Esse dividendo refletiu apenas o dividendo mínimo obrigatório estabelecido em nosso estatuto social e como determinado pela Lei das Sociedades por Ações brasileira. Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, nosso Conselho de Administração recomendou que nenhum dividendo ou juros sobre o capital próprio fosse pago com respeito aos resultados reportados de 2013 e 2012 devido ao prejuízo registrado nesses períodos. Para o exercício de 2014, com relação ao lucro líquido de R$163 milhões, seguindo a Lei das Sociedades por Ações e o nosso Estatuto Social, os dividendos mínimos a serem pagos totalizam R$37 milhões, correspondendo a 25% do lucro líquido ajustado. B. Mudanças Significativas Não ocorreu nenhuma mudança significativa ou evento pós-fechamento do balanço patrimonial datado de 31 de dezembro de 2013, exceto os eventos já descritos neste relatório anual. 129 ITEM 9. A OFERTA E LISTAGEM A. A Oferta e os Detalhes da Listagem As ADSs são listadas na Bolsa de Valores de Nova York sob o código “FBR.” Nossas ações ordinárias são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo sob o código “FIBR3” (antes de 18 de novembro de 2009, negociávamos sob o código “VPCA4”). Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos aproximadamente 12,100 acionistas registrados na BM&FBOVESPA. Informações de Preço de Mercado A tabela abaixo estabelece, para os períodos indicados, os preços de fechamento máximos e mínimos relatados em reais nominais para cada ação preferencial (até 12 de agosto de 2009) e ações ordinárias (de 12 de agosto de 2009 em diante) na Bolsa de Valores de São Paulo. A tabela abaixo também estabelece, para os períodos indicados, os preços de venda máximos e mínimos relatados por ADS no último dia de cada respectivo trimestre. Vide o “Item 3 – Principais Informações – A. Dados Financeiros Selecionados – Taxas de Câmbio” para obter informações com respeito às taxas de câmbio aplicáveis durante os períodos estabelecidos abaixo: Reais por Ação (Ação preferencial até 12 de Agosto de 2009, e Ações Ordinárias depois disso) Alto Baixo Dólares Norte Americanos por ADS Alto Baixo 2010 ............. Anual 40,80 24,47 24,13 13,73 2011 ............. Anual 27,95 12,57 16,78 6,68 2012…. Anual 23,60 12,37 11,50 6,01 2013 …… Primeiro Semestre Segundo Semestre Terceiro Semestre Quarto Semestre Anual 26,33 25,25 29,22 29,45 29,45 21,48 20,98 24,10 26,11 20,98 13,05 12,77 12,76 13,15 13,15 10,90 10,37 10,39 11,37 10,37 2014 Primeiro Semestre Segundo Semestre Terceiro Semestre 27,65 25,83 27,05 23,82 20,10 20,91 11,68 11,38 11,47 10,11 9,14 9,48 24,38 12,38 10,03 33,13 20.10 12,38 9,14 27,05 30,01 31,79 33,13 32,83 22,49 24,38 29,50 29,79 29,14 11,47 12,23 12,38 12,22 12,27 10,21 10,03 11,81 11,00 11,30 37,25 32,30 13,28 12,13 Quarto Semestre 33,13 Anual Preço da Ação nos seis meses mais recentes Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro (até 19 de fevereiro de 2015) B. Plano de Distribuição Não se aplica. 130 C. Mercados Negociação na Bolsa de Valores de São Paulo A liquidação das operações realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo é efetuada três dias úteis após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são feito através dos serviços de câmaras de compensação distintas para cada bolsa, que respondam por empresas de corretagem. O vendedor é obrigado a entregar as ações às câmaras de compensação no segundo dia útil após a data de negociação. A câmara de compensação para a Bolsa de Valores de São Paulo é a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC. Para melhor controlar a volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo adotou um sistema de “circuit breaker” pelo qual o pregão pode ser suspenso por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que os índices das bolsas de valores caírem abaixo dos limites de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao índice registrado no pregão anterior. A Bolsa de Valores de São Paulo possui menor liquidez do que a Bolsa de Valores de Nova York ou as outras grandes bolsas no mundo. Em 31 de dezembro de 2014, o total da capitalização de mercado das 66 companhias listadas no Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) foi equivalente a aproximadamente US$687 bilhões, e as dez maiores companhias listadas no Ibovespa representavam aproximadamente 62% do total de negociações no ano. Embora quaisquer das ações em circulação de uma companhia listada possa ser negociar na bolsa de valores brasileira, na maioria dos casos muito menos da metade das ações listadas estão disponíveis atualmente para negociação ao público, o restante é detido por pequenos grupos de controladores, por empresas governamentais ou por um acionista principal. Em 31 de dezembro de 2014, representamos aproximadamente 1% de capitalização de mercado de todas as companhias listadas no Ibovespa. A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo por pessoas que não residam no Brasil está sujeita a determinadas limitações de acordo com a legislação tributária e de investimento estrangeiro no Brasil. Vide o “Item 10 - Informações Adicionais – E. Tributação” e “Item 10. Informações Adicionais – D. Controles Cambiais”. Padrões de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo possui três segmentos de listagem: Nível 1; Nível 2; e Novo Mercado Esses segmentos de listagem foram projetados para a negociação das ações emitidas por companhias que se comprometeram em cumprir voluntariamente as práticas de governança corporativa e os requisitos de divulgação, além daqueles já exigidos pela Lei das Sociedades por Ações brasileira. A inclusão de uma companhia em qualquer um dos novos segmentos exige adesão a uma série de regras de governança corporativa destinadas a aumentar os direitos dos acionistas e melhorar a qualidade das informações fornecidas pelas sociedades anônimas brasileiras. Após ter sido listada no Nível 1 de Governança Corporativa desde 14 de novembro de 2001, em 20 de maio de 2010, concordamos em cumprir com a elevação do nível de governança corporativa e requisitos de divulgação estabelecidos pela Bolsa de Valores de São Paulo com o intuito de nos qualificarmos para uma listagem diferenciada como uma companhia admitida no “Nível de Exigências de Governança Corporativa do Novo Mercado”. Como resultado, nos comprometemos, entre outras coisas, a: (i) manter uma estrutura de capital social composta exclusivamente de ações ordinárias; (ii) garantir que as ações representativas de 25% do total do nosso capital social em circulação sejam detidas por investidores que não sejam conselheiros, diretores e quaisquer acionistas controladores; (iii) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a titularidade difusa das ações sempre que for feita uma oferta pública; (iv) cumprir com os padrões mínimos de divulgação trimestral; (v) cumprir estritamente as políticas de divulgação com 131 respeito às operações que envolvam nossos valores mobiliários efetuadas quaisquer acionistas controladores, nossos conselheiros e diretores; (vi) colocar um cronograma dos eventos corporativos disponíveis aos nossos acionistas; (vii) ofertar direitos tag-along aos acionistas minoritários (significa que, mediante a aquisição de uma posição controladora, o comprador deverá também concordar em comprar as ações dos acionistas minoritários pelo mesmo preço pago pelas ações na participação controladora); (viii) em caso de cancelamento de registro das ações, conduzir uma oferta pública de compra de nossas ações ordinárias ao preço pelo menos igual ao valor econômico determinado de acordo com uma avaliação; (ix) apresentar um balanço patrimonial anual nos moldes ou conciliado ao GAAP dos EUA ou às Normas Internacionais de Contabilidade; (x) estabelecer mandato de dois anos para todos os membros do Conselho de Administração; (xi) exigir que pelo menos 20% do nosso Conselho de Administração consista de conselheiros independentes; e (xii) submeter à arbitragem, por meio da Câmara de Arbitragem do Mercado, todas as controvérsias e divergências que envolvam a nós, aos membros do nosso Conselho de Administração, Diretoria, Conselho Fiscal ou acionistas relacionadas à aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação ou efeito dos regulamentos e acordo de adesão ao Novo Mercado, nosso estatuto social, a Lei das Sociedades por Ações do Brasil ou as regras do CMN, do Banco Central, da CVM ou da Câmara de Arbitragem do Mercado ou as regras sob competência da Câmara de Arbitragem do Mercado. Todos os membros do Conselho de Administração, nossa Diretoria e nosso Conselho Fiscal assinaram um Termo de Anuência dos Administradores, nos termos do qual eles assumem a responsabilidade pessoal pelo cumprimento do acordo de adesão ao Novo Mercado, as regras da Câmara de Arbitragem do Mercado os regulamentos do Novo Mercado. Diferenças Significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e os Padrões de Governança Corporativa da NYSE Vide o “Item 16G. Governança Corporativa – Diferenças Significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e os Padrões de Governança Corporativa da NYSE”. D. Acionistas Vendedores Não se aplica. E. Diluição Não se aplica. F. Despesas da Emissão Não se aplica. ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS A. Capital Social Não se aplica. B. Memorando de Constituição e Contrato Social Nosso estatuto social está apenso como Anexo 1 a este relatório anual. As informações de outro modo contempladas por este Item foram previamente reportadas em nossa declaração de registro no Formulário F-4 protocolado perante a Comissão em 28 de outubro de 2009 (Reg. nº 333-162703). Essa descrição não pretende ser completa e é totalmente qualificada por referência ao nosso Estatuto Social, à Lei das Sociedades por Ações brasileira e às normas e aos regulamentos da CVM. 132 C. Contratos Substanciais Acordo de Acionistas da Fibria De acordo com os termos do Contrato de Investimento celebrado entre a BNDESPar, a VID e nós (como interveniente), a VID e a BNDESPar celebraram O Primeiro Aditivo ao acordo de acionistas da Fibria, segundo o qual a aprovação de determinados assuntos dependerão do voto afirmativo da BNDESPar; inclusive: a) redução do capital social, exceto para absorção de prejuízos; b) aprovação do orçamento anual da Companhia e/ou suas Companhias Controladas, na medida em que a razão da Dívida Líquida ao EBITDA permaneça acima de 3,5 (três e meio) c) proposta de plano de recuperação extrajudicial, pedido de recuperação judicial ou falência da Companhia ou das Controladas; d) liquidação ou dissolução da Companhia ou de qualquer Controlada; e) uma redução ou o não pagamento do dividendo obrigatório pela Companhia; f) participação da Companhia em grupos de empresas; g) Redução no nível de listagem na BM&FBOVESPA ou baixa de registro como companhia pública; h) alteração ao Estatuto Social implicando na alteração do objeto social, Conselho Fiscal, controle difuso e manutenção da dispersão da base de ações; i) conversão, consolidação, cisão ou incorporação, envolvendo ações, envolvendo a Companhia e suas Controladas, inclusive a realização de troca ou pagamento em espécie utilizando ações; j) aumento de capital social, emissão de ação ou qualquer titulo convertível ou permutável por ações, inclusive a determinação do preço de emissão das ações a serem emitidas e o preço do valor mobiliário convertível ou permutável por ações.; k) operações entre a Companhia e/ou as suas Controladas, de um lado e qualquer Parte Relacionada do outro lado, em qualquer valor acima de R$ 20.000.000 (vinte milhões de reais) por ano, exceto qualquer contrato (i) de comercialização de energia elétrica com um valor global anual de até R$ 200.000.000 (duzentos milhões de reais); (ii) de serviços compartilhados (por exemplo, serviços administrativos, financeiros, logísticos e de tecnologia da informação) com um valor global anual de até R$ 25.000.000 (vinte e cinco milhões de reais); (iii) investimentos financeiros em condições de mercado de até R$ 200.000.000 (duzentos milhões de reais); e (iv) contratos de proteção de fluxo de caixa com exposição global em um valor equivalente em moeda nacional de até US$ 220.000.000 (duzentos e vinte milhões de dólares norte-americanos) o limite é aplicado ao valor de referência do contrato – valor nacional); l) alienação ou oneração, pela Companhia e/ou suas Controladas, sobre os ativos permanentes que, individualmente ou cumulativamente tenham , em um período de 12 (doze) meses, um valor acima de 5% (cinco por cento) dos ativos totais, calculados com base no ITR mais recente; m) qualquer proposta para a criação de reservas, provisões ou para mudança de critérios contábeis com valor que, individualmente ou cumulativamente tenham, em um período de 12 (doze) meses, um valor acima de cinco (5%) dos ativos totais, calculados com base no ITR mais recente ; 133 n) assinatura de contratos de qualquer natureza no valor individual superior a R$700 milhões (setecentos milhões de reais), pela Companhia e/ou suas Controladas, com exceção dos contratos dispostos nos outros itens da presente Cláusula; o) investimentos de capital não dispostos no plano orçamentário ou de negócios aprovado pelo Conselho de Administração e desde que tenham um valor individual acima de R$700.000.000 (setecentos milhões de reais); p) nossa aquisição de participação substancial, como definido pelas leis aplicáveis, não disposta no plano orçamentário e de negócios aprovado pelo nosso Conselho de Administração, desde que com um valor individual acima de R$700.000.000 (setecentos milhões de reais); q) os assuntos dispostos nas letras (k), (n), (o) e (p) da presente Cláusula 5.3 no caso de tais assuntos resultarem em uma razão Dívida Líquida e EBITDA com um nível acima de 3,5 (três e meio) r) criação de ônus ou garantias pela Companhia e/ou suas Controladas para garantir o cumprimento de obrigações de terceiros, exceto as obrigações de Controladas; s) aquisição de qualquer participação acionária em companhias cujo principal negócio não esteja disposto no escopo dos objetos sociais da Companhia, ou investimentos em negócios que não estejam relacionados ao objeto social da Companhia; e t) qualquer proposta de distribuição de dividendos ou participações acionárias em que a redução do caixa da Companhia e/ou de suas controladas não resulte em um aumento da razão Dívida Líquida e EBITDA com um nível acima de 3,5 (três e meio) Contratos arquivados como Anexos As declarações, garantias e avenças que prestamos em qualquer contrato que seja entregue como anexo a este relatório foram prestadas exclusivamente para o benefício das partes de tal contrato, inclusive, em alguns casos, para o propósito alocação de risco entre as partes desses contratos, e não serão consideradas como declaração, garantia ou avença a outros. Além disso, tais declarações, garantias ou avenças eram precisas apenas na data em que foram prestadas. Consequentemente, tais declarações, garantias e avenças não deverão ser reconhecidas como representação exata do estado atual dos nossos negócios. Para informações adicionais sobre nossos contratos substanciais, vide o “Item 5 - Perspectivas e Análise Financeiras e Operacionais – B. Liquidez e Recursos de Capital.” D. Controles de Câmbio Não há restrições sobre a titularidade de nossas ações ordinárias por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas fora do Brasil. Entretanto, o direito de converter pagamentos de dividendos e recursos da venda das ações ordinárias em moeda estrangeira para remeter tais quantias ao exterior está sujeito às restrições de controle de câmbio e à legislação de investimento estrangeiro, as quais, em geral, requerem, entre outras coisas, a obtenção de um registro eletrônico no Banco Central. De acordo com a Resolução nº 2.689, os investidores estrangeiros podem investir em quase todos os ativos financeiros e conduzirem quase todas as operações disponíveis nos mercados de capitais e financeiros brasileiros, desde que alguns requisitos sejam cumpridos. De acordo com a Resolução nº 2.689, a definição de investidor estrangeiro inclui pessoas físicas, jurídicas, fundos mútuos e outras empresas de investimentos coletivos que estão domiciliadas ou sediadas no exterior. 134 Os investidores que, de acordo com a Resolução nº 2.689, não estejam em um Paraíso Fiscal ou um país que não cobre imposto de renda ou no qual a alíquota de imposto de renda máxima seja inferior a 20% têm direito a um tratamento fiscal favorável. Vide a seção “Considerações Substanciais sobre Impostos – Considerações Substanciais sobre Imposto no Brasil”. Resolução nº 1.927 dispõe sobre a emissão de recibos depositários em mercados estrangeiros com respeito a ações de emissores brasileiros. Foi protocolado um pedido para aprovação das ADSs tanto pelo Banco Central quanto pela CVM de acordo com o Anexo V, e recebemos a aprovação final antes da Oferta da ADSs. Um registro eletrônico, que substituiu o Certificado de Registro aditado, foi emitido em nome do depositário com relação às ADSs e é mantido pelo Custodiante em nome do Depositário. Esse registro eletrônico foi realizado através do SISBACEN. De acordo com o registro eletrônico, o Custodiante e o Depositário estão aptos para converter os dividendos e demais distribuições com relação às ações ordinárias representadas pelas ADSs em moeda estrangeira e remeter os proventos ao exterior. Se um detentor de ADSs permutar as ADSs por ações ordinárias, o detentor terá direito de continuar atuando com base no registro eletrônico do Depositário por apenas cinco dias úteis após a permuta. Depois disso, o detentor deverá obter seu próprio registro eletrônico. A menos que as ações ordinárias sejam detidas de acordo com a Resolução nº 2.689 por um investidor devidamente registrado ou um detentor de ações ordinárias que solicite e obtenha um novo registro eletrônico, esse detentor poderá ser capaz de obter e remeter Dólares norte- americanos para o exterior ou em outras moedas mediante a alienação das ações ordinárias, ou as distribuições referentes a estas. Além disso, se o investidor estrangeiro residir em um paraíso fiscal ou não for um investidor registrado de acordo com a Resolução nº 2.689, o investidor também estará sujeito a um tratamento fiscal menos favorável. Direitos de Preferência Cada um dos nossos acionistas possui direito de preferência geral para subscrever ações ou valores mobiliários convertíveis em qualquer aumento de capital, na proporção de sua participação acionária, exceto (i) em caso de concessão e exercício de qualquer opção de ação para adquirir ou subscrever ações do nosso capital social; e (ii) no contexto de um aumento de capital decorrente de fusão, agrupamento de ações e/ou cisão implementada de acordo com a Lei das Sociedades por Ações brasileira. Um período mínimo de 30 dias após a publicação da notificação da emissão de ações ou valores mobiliários convertíveis é permitido para o exercício do direito, e o direito é negociável. Entretanto, de acordo com o nosso estatuto social, nosso Conselho de Administração pode eliminar esse direito de preferência ou reduzir o período de 30 dias, caso nossa emissão de debêntures seja convertida em ações, bônus de subscrição ou ações dentro dos limites autorizados pelo estatuto social: (i) através de uma bolsa de valores ou de uma oferta pública, ou (ii) através de uma permuta de ações em uma oferta pública para adquirir o controle de outra companhia de capital aberto. Exceto como descrito acima, se um aumento de capital que (i) manteria a proporção do capital representado por ações preferenciais e ordinárias, os detentores de ações ordinárias e preferenciais terão o direito de preferência de subscrever nossa mais recente emissão de ações, na proporção a suas participações acionárias em cada classe de ações; (ii) modificaria a proporção do capital representado pelas ações ordinárias ou preferenciais, os detentores das ações ordinárias e preferenciais terão o direito de preferência de subscrever a nossa recente emissão de ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, na proporção a suas participações acionárias, e para a outra classe de ações apenas na medida do necessário para prevenir a diluição da suas participações em suas ações; e (iii) criaria uma nova classe ou tipo de ações, todos os acionistas terão o direito de preferência de subscrever a nossa recente emissão de ações dessa nova classe ou tipo, na proporção das suas participações. O investidor talvez não consiga exercer os direitos de preferência relacionados às ações preferenciais subjacentes a suas ADSs, a menos que uma declaração de registro de acordo com o Securities Act esteja em vigor com respeito às ações às quais os direitos estejam relacionados, ou uma isenção da exigência de registro do Securities Act esteja disponível e o depositário de ADS determine tornar os direitos disponíveis ao investidor. Vide o “Item 3. – Principais Informações– D. Fatores de Risco– Detentores de nossas ADSs poderão não conseguir exercer os direitos de preferência de nossas ações.” 135 Direito de Retirada A Lei das Sociedades por Ações brasileira dispõe que, sob determinadas circunstâncias, um acionista tem o direito de retirar sua participação acionária da companhia e receber o pagamento pela parte do patrimônio líquido atribuível à sua participação acionária. Esse direito de recesso poderá ser exercido por um acionista dissidente ou sem direito a voto, se os votos proferidos por pelo menos 50% das ações com direito a voto nos autorizarem a: estabelecer novas ações ou aumentar desproporcionalmente uma classe existente de ações preferenciais relacionadas a outras classes de ações, exceto se essa ação estiver disposta ou for autorizada pelo estatuto social (atualmente, nosso estatuto social autoriza tal ação); modificar uma preferência, privilégio ou condição de resgate ou amortização conferida em uma ou mais classes de ações preferenciais, ou para criar uma nova classe com privilégios mais amplos do que as classes existentes de ações preferenciais; reduzir a distribuição obrigatória de dividendos; alterar nosso objeto social; celebrar uma operação de incorporação com outra companhia (inclusive se formos incorporados por uma de nossas companhias controladoras) ou de consolidação, exceto como descrito no quarto parágrafo seguinte desta lista; transferir todas as nossas ações a outra companhia ou para tornar nossa Companhia uma subsidiária integral dessa outra companhia, conhecida como incorporação de ações, exceto como descrito no quarto parágrafo seguinte desta lista; aprovar a aquisição do controle de outra companhia ao preço que exceder determinados limites estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações brasileira, exceto como descrito no quarto parágrafo seguinte desta lista; aprovar nossa participação em um grupo centralizado de empresas, como definido nos termos da Lei das Sociedades por Ações brasileira, e sujeito às condições ora estabelecidas, exceto como descrito no quarto parágrafo seguinte desta lista; ou conduzir uma cisão que resulte em (a) mudança do nosso objeto social, exceto se os ativos e passivos da companhia cindida forem contribuídos a uma companhia que conduza de maneira substancial as mesmas atividades, (b) redução no dividendo obrigatório ou (c) qualquer participação em um grupo centralizado de empresas, como definido nos termos da Lei das Sociedades por Ações brasileira. Além disso, se essa empresa resultante de uma incorporação de ações, consolidação ou cisão de uma companhia listada não se tornar uma companhia listada dentro de 120 dias da assembleia de acionistas na qual essa decisão seja tomada, os acionistas dissidentes ou sem direito a voto também poderão exercer seus direitos de retirada. Apenas os detentores de ações afetadas negativamente pelas mudanças mencionadas no primeiro e segundo itens acima poderão retirar suas ações. O direito de retirada caduca 30 dias após a publicação da ata da assembleia de acionistas relevante. Nos dois primeiros casos mencionados acima, entretanto, a deliberação está sujeita à confirmação pelos acionistas preferenciais, a qual deverá ser obtida em uma assembleia extraordinária realizada dentro de um ano. Nesses casos, o prazo de 30 dias é contado a partir da data em que a ata da assembleia extraordinária for publicada. Nós teríamos direito de reconsiderar qualquer ação que dê origem a direitos de avaliação dentro de 10 dias após o vencimento desses direitos, se a retirada de ações dos acionistas dissidentes colocaria em risco nossa estabilidade financeira. A Lei das Sociedades por Ações brasileira permite que companhias resgatem suas ações ao valor econômico estabelecido na Lei das Sociedades por Ações brasileira, sujeitas a determinados 136 requisitos. Devido ao nosso estatuto social atualmente não estabelecer que nossas ações estejam sujeitas à retirada ao seu valor econômico, nossas ações estariam sujeitas à retirada ao seu valor contábil, determinado com base no último balanço patrimonial aprovado pelos acionistas. Se a assembleia de acionistas quer permitir os direitos de avaliação ocorrer mais de 60 dias após a data do último balanço patrimonial aprovado, um acionista poderá demandar que suas ações sejam avaliadas com base em um novo balanço patrimonial preparado em uma data dentro de 60 dias dessa assembleia de acionistas. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações brasileira, em caso de consolidação, fusão, incorporação de ações, participação no grupo de empresas e aquisição do controle de outra companhia, o direito de se retirar não é aplicado se as ações passarem por determinados testes relacionados à liquidez e a dispersão do tipo ou classe de ações em questão no mercado. Nesses casos, os acionistas não estarão autorizados a retirar suas ações se as ações forem um componente de um índice de valores mobiliários geral no Brasil ou no exterior admitido para negociação nos mercados de capitais, como definido pela Comissão de Valores Mobiliários brasileira, e as ações detidas por pessoas físicas não afiliadas com o acionista controlador representem mais da metade das ações em circulação do tipo ou classe relevante. E. Tributação A discussão a seguir contém uma descrição das consequências substanciais do imposto de renda federal no Brasil e Estados Unidos da compra, titularidade e alienação de ações preferenciais ou ADSs, mas não pretende ser uma descrição compreensiva de todas as considerações fiscais que possam ser relevantes a esses assuntos com base nas circunstâncias particulares de um detentor. Este resumo baseia-se nas leis fiscais do Brasil e nas leis do imposto de renda federal dos Estados Unidos em vigor na data deste relatório anual, as quais estão sujeitas à alteração, possivelmente com efeito retroativo, e a diferentes interpretações. O investidor deverá pedir orientação a seus próprios consultores fiscais quanto às consequências fiscais brasileiras, norte-americanas, bem como outras consequências da compra, titularidade e alienação de ações ordinárias ou ADSs, inclusive, em particular, o efeito de qualquer imposto causa mortis, doação ou impostos mínimos alternativos, bem como de leis fiscais estaduais, federal dos EUA e de outros países. Embora não exista nenhum tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades fiscais dos dois países têm realizado discussões que possam culminar em tal tratado. Entretanto, não há garantias de se ou quando um tratado entrará em vigor ou como ele afetará os detentores norte-americanos de ações ordinárias ou ADSs. Para os propósitos de tributação brasileira, há dois tipos de Detentores Estrangeiros de ações ordinárias ou ADSs: (a) Detentores Estrangeiros que não sejam residentes ou domiciliados em um paraíso fiscal (isto é, um país ou local que não cobre imposto de renda, ou onde a alíquota máxima do imposto de renda é inferior a 20% ou onde a legislação interna imponha restrições à divulgação da composição acionária ou da titularidade do investimento), e que, no caso dos detentores de ações ordinárias, estejam registrados no Banco Central e na CVM para investir no Brasil de acordo com a Resolução do Banco Central nº 2.689; e (b) outros Detentores Estrangeiros, os quais incluem todos e quaisquer não residentes do Brasil que invistam em valores mobiliários de companhias brasileiras através de quaisquer outros meios e tipos de investidores que estejam localizados em paraísos fiscais. Os investidores mencionados no item (a) acima estão sujeitos a um regime tributário favorável no Brasil, como descrito abaixo. Considerações de Imposto no Brasil A discussão a seguir resume as consequências de imposto no Brasil relevantes da aquisição, titularidade e alienação das nossas ações ordinárias ou ADSs por um detentor que não esteja domiciliado no Brasil para os fins de tributação brasileira e, no caso das ações ordinárias, que tenha registrado seu investimento nesses valores mobiliários perante o Banco Central como um investimento em Dólares (nesse caso, um Detentor Estrangeiro). A Resolução nº 2.689 do Banco Central permite que investidores estrangeiros, que inclui pessoas físicas, pessoas jurídicas, fundos mútuos e demais empresas de investimento coletivo, 137 domiciliadas ou sediadas no exterior, possam investir em quase todos os ativos financeiros e conduzirem quase todas as operações disponíveis nos mercados de capitais e financeiros brasileiros, desde que determinados requisitos legais e regulatórios sejam cumpridos. Os investidores estrangeiros devem: (a) nomear pelo menos um representante no Brasil com poderes para tomar medidas referentes ao investimento estrangeiro; (b) preencher o formulário de registro de investimento estrangeiro apropriado; (c) registrar-se como um investidor estrangeiro perante a Comissão de Valores Mobiliários brasileira; e (d) registrar o investimento estrangeiro perante o Banco Central. Os valores mobiliários e demais ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros de acordo com a Resolução nº 2.689 deverão ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custodia de uma instituição devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de valores mobiliários está restrita a operações conduzidas em bolsas de valores ou mercados de balcão licenciados pela CVM, exceto para a transferência resultante de uma reestruturação societária, que ocorra por força da lei ou segundo testamento, mediante a morte de um investidor, ou como consequência do cancelamento da listagem das ações relevantes na bolsa de valores e o cancelamento do registro na CVM. Tributação de dividendos Como resultado da legislação fiscal adotada em 26 de dezembro de 1995, os dividendos baseados nos lucros gerados após 1o de janeiro de 1996, inclusive dividendos pagos em espécie, a serem pagos por nós com relação às ações ordinárias estão isentos de imposto retido na fonte. Os dividendos de ações referentes aos lucros gerados antes de 1o de janeiro de 1996 não estão sujeitos ao imposto brasileiro, desde que a ação não seja resgatada por nós ou vendida no Brasil dentro de cinco anos após a distribuição dos dividendos da ação. Os dividendos referentes aos lucros gerados antes de 1o de janeiro de 1996 estão sujeitos ao imposto retido na fonte à alíquota de 15% ou 25%, dependendo do ano em que os lucros foram gerados. Tributação de ganhos Operações realizadas fora de bolsa de valores, bolsa de mercadoria ou de futuros brasileiras (ou instituições semelhantes) Em geral, os detentores estrangeiros estão sujeitos ao imposto de renda aplicado à alíquota de 15% sobre os ganhos realizados na alienação ou permuta de ações ordinárias, se a operação for realizada fora de qualquer bolsa de valores, bolsa de mercadoria ou de futuros brasileiras (e, também, no caso de resgate de ações em operação que ocorra fora da bolsa de valores), exceto para um Detentor em Paraíso Fiscal que, nesse caso, está sujeito a uma alíquota de imposto de renda de 25%. Se esses ganhos forem relacionados às operações conduzidas no mercado de balcão brasileiro com intermediação (ou no caso das operações realizadas em mercados sujeitos à liquidação futura), a retenção do imposto de renda de 0,005% dos proventos brutos será também aplicada e poderá ser compensada contra o eventual imposto de renda devido sobre ganhos de capital. Operações realizadas na bolsa de valores, bolsa de mercadoria ou de futuros brasileiras (ou instituições semelhantes) Alienação de Valores Mobiliários: Alienação de valores mobiliários: **ADSs: Os ganhos realizados fora do Brasil por um detentor estrangeiro sobre a alienação de ativos localizados no Brasil a outro detentor estrangeiro não estavam sujeitos ao imposto brasileiro até 29 de dezembro de 2003. Entretanto, de acordo com a Lei nº 10.833, promulgada nessa data, os ganhos de capital realizados sobre a alienação desses ativos por um Detentor Estrangeiro estão sujeitos à tributação no Brasil (com alíquota de 15% ou 25%, dependendo do caso), independentemente de se a venda ou a alienação foi feita por um Detentor Estrangeiro a outro residente ou não no Brasil. No momento, nenhuma jurisprudência definitiva foi estabelecida com respeito a esse assunto. Não há fundamentos para sustentar que os ganhos realizados pelo Detentor Estrangeiro sobre a alienação das ADSs a outro que não seja residente no Brasil não são tributados no Brasil, com base no argumento de que a ADSs não constituiriam ativos localizados no Brasil para os fins da Lei nº 10.833/03. Entretanto, 138 não podemos garantir ao investidor como as colheitas brasileiras interpretariam a definição de ativos localizados no Brasil com relação à tributação de ganhos realizados por um Detentor Estrangeiro sobre a alienação das ADSs a outro Detentor que não seja residente no Brasil. Como resultado, os ganhos sobre a alienação das ADSs por um Detentor Estrangeiro a um residente no Brasil, ou mesmo ao Detentor Estrangeiro, caso as colheitas determinem que as ADSs constituiriam ativos localizados no Brasil, poderão estar sujeitos ao imposto de renda no Brasil de acordo com as normas descritas acima. É importante esclarecer que, para os fins de tributação brasileira, as normas de imposto de renda sobre ganhos relacionados à alienação de ações ordinárias ou ADSs variam dependendo do domicílio do Detentor Estrangeiro, a forma pela qual esse Detentor Estrangeiro registrou seu investimento perante o Banco Central e/ou como a alienação foi conduzida como descrito abaixo. **Ação Ordinária: Com relação à alienação das ações ordinárias, como elas são ativos localizados no Brasil, o Detentor Estrangeiro estará sujeito ao imposto de renda sobre os ganhos apurados, conforme as normas descritas abaixo, independente de se a alienação for conduzida no Brasil ou com um residente brasileiro. Os ganhos apurados na alienação das ações ordinárias realizada na bolsa de valores brasileira (a qual, em princípio, deverá incluir também as operações conduzidas no mercado de balcão organizado) são: Isentos de imposto de renda, quando apurados por um Detentor Estrangeiro que (1) tenha registrado seu investimento no Brasil perante o Banco Central, de acordo com as normas da Resolução nº 2.689/00 (“Detentor 2.689”), e (2) não seja um Detentor em Paraíso Fiscal; ou Sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15% em qualquer outro caso, inclusive os ganhos apurados por um Detentor Estrangeiro que não seja um Detentor 2.689, ou seja um Detentor em Paraíso Fiscal. Nesses casos, uma retenção de imposto de renda de 0,005% aplicar-se-á, também, sobre os proventos brutos e poderá ser compensada com o eventual imposto de renda devido sobre o ganho de capital. Permuta de valores mobiliários via depósito O depósito de ações ordinárias na permuta por ADSs poderá estar sujeito ao imposto brasileiro sobre ganho de capital à alíquota de 15%, se o valor previamente registrado no Banco Central quanto ao investimento estrangeiro nas ações ordinárias for inferior (1) ao preço médio por ação preferencial em uma bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações foi vendido no dia de depósito; ou (2) se nenhuma ação ordinária for vendida nesse dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações ordinárias foi vendido nos 15 pregões imediatamente anteriores a esse depósito. Nesse caso, a diferença entre o valor previamente registrado e o preço médio das ações ordinárias calculado conforme acima será considerado um ganho de capital (embora haja fundamentos para contestar essa tributação). Quando do recebimento dessas ações ordinárias subjacentes, o detentor estrangeiro registrado segundo a Resolução nº 2.689 estará autorizado a registrar o valor em Dólares dessas ações no Banco Central como descrito abaixo no item “–Capital Registrado.” Entretanto, se esse detentor estrangeiro não estiver registrado de acordo com a Resolução nº 2.689, ele estará sujeito a um tratamento tributário menos favorável como descrito abaixo. Exercício de direitos de preferência Quaisquer exercícios de direitos de preferência relacionados às ações ordinárias não estarão sujeitos à tributação brasileira. Entretanto, qualquer ganho sobre a alienação ou cessão dos direitos de preferência referentes às ações ordinárias, por um detentor de ações ordinárias ou pelo depositário em nome dos detentores de ADSs, estará sujeito à tributação brasileira na mesma alíquota aplicável à venda ou alienação de ações ordinárias. Juros sobre o capital próprio 139 A distribuição juros nominal sobre o capital próprio com relação às ações preferenciais ou ordinárias, como uma forma alternativa de pagamento de dividendo aos acionistas ou agentes depositários que sejam residentes brasileiros ou não, está sujeita ao imposto de renda retido na fonte à alíquota de 15% (exceto para aqueles acionistas ou beneficiários residentes em paraísos fiscais ou de baixa tributação – vide mais comentários abaixo). Esses pagamentos, sujeitos a determinadas limitações, são dedutíveis do imposto de renda brasileiro e de contribuição social tão logo o pagamento de uma distribuição de juros seja creditada na conta do acionista e aprovada em nossa assembleia geral de acionistas e seja calculada por referência à taxa de juros TJLP determinada pelo Banco Central periodicamente, e não poderá ser maior entre: 50% do lucro líquido (após a dedução da contribuição social sobre lucro e antes de considerar essa distribuição e a provisão para o imposto de renda) para o período do qual o pagamento está sendo feito; ou 50% da quantia dos lucros retidos e das reservas de lucros que existirem a partir do início do período do qual o pagamento está sendo feito. A atual Lei das Sociedades por Ações brasileira estabelece que o pagamento de juros sobre o capital próprio pode ou não ser considerado como parte do dividendo obrigatório. No caso do pagamento desses juros ser considerado como parte do dividendo obrigatório, seremos obrigados a pagar um valor adicional para garantir que o valor líquido recebido pelos acionistas, após o imposto de renda, seja pelo menos igual ao dividendo obrigatório. A distribuição dos juros sobre o capital próprio seria proposta pelo nosso Conselho de Administração e sujeita a uma declaração subsequente pelos acionistas em uma assembleia geral. Beneficiários residentes ou domiciliados em paraísos fiscais ou jurisdições de baixa tributação A lei nº 9.779/99, em vigor a partir de janeiro de 1999, declara que, com exceção de determinadas circunstâncias definidas, a receita derivada de operações por um beneficiário, residente ou domiciliado em um país considerado paraíso fiscal está sujeito à alíquota de imposto de renda retido na fonte de 25%. Consequentemente, se a distribuição de juros sobre o capital próprio for feita ao beneficiário residente ou domiciliado em um paraíso fiscal, a alíquota do imposto de renda aplicável será de 25%, em vez de 15%. Considera-se como paraíso fiscal, para este propósito, qualquer país ou local que não cobre imposto de renda ou que cobre imposto de renda a uma alíquota máxima inferior a 20% (há também uma interpretação de acordo com a qual a definição de paraíso fiscal para este propósito também abranja um país ou local onde a legislação interna imponha restrições sobre a divulgação da composição acionária ou os titulares beneficiários dos investimentos). Atualmente, os referidos países/locais considerados como paraísos fiscais estão listados no regulamento fiscal brasileiro. Outros impostos brasileiros relevantes Não há impostos sobre herança, doação ou sucessão no Brasil que sejam aplicáveis à titularidade, transferência ou alienação de ações ordinárias ou ADSs por um detentor estrangeiro. Entretanto, alguns estados brasileiros podem cobrar impostos sobre doação e impostos causa mortis sobre doações feitas ou heranças deixadas por pessoas físicas ou pessoas jurídicas não residentes ou domiciliadas nesse estado a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas nesse estado no Brasil. Não há impostos de selo, emissão, registro ou encargos ou obrigações semelhantes a pagar pelos detentores de ações ordinárias ou ADSs. Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF/ Câmbio) Em observância ao Decreto 6.306/07, a conversão em moeda estrangeira ou a conversão em real dos recursos recebidos ou remetidos por uma entidade brasileira referentes a investimento estrangeiro no mercado de valores mobiliários do Brasil, incluindo os recursos referentes a investimentos de Detentor Não Brasileiro em ações ordinárias e ADSs, poderá estar sujeita ao Imposto sobre Operações de Câmbio (“IOF/Câmbio”). Atualmente, para a maioria das operações de câmbio relacionadas a este tipo de investimento, a alíquota do IOF/Câmbio é zero, mas o Ministro da Fazenda 140 tem poderes legais para aumentar a qualquer momento a alíquota até 25%, porém somente em base futura. Imposto sobre Títulos e Valores Mobiliários (IOF/Valores Mobiliários Financeiros) Em observância ao Decreto 6.306/07, o Imposto sobre Títulos e Valores Mobiliários (o IOF/Valores Mobiliários Financeiros) poderá ser aplicado sobre operações envolvendo títulos e valores mobiliários, mesmo se essas operações forem conduzidas na bolsa brasileira de ações, futuros e mercadorias. A alíquota aplicável para operações de renda variável atualmente é 0%, mas o Ministro da Fazenda tem poderes legais para aumentar a qualquer momento a alíquota até 1,5% por dia sobre o valor da operação, porém somente em base futura. Imposto sobre transações de emissão da ADS (Emissão de IOF) De acordo com o Decreto-Lei 6.306/07, desde 24 de dezembro de 2013 o Imposto sobre Transações Financeiras cobrado sobre a emissão de uma ADS protegida por ações negociadas na bolsa de valores do Brasil foi reduzido a taxa zero. Porém, o Ministério da Fazenda tem poder legal para aumentar essa taxa a qualquer momento. Capital Registrado O valor de um investimento em ações ordinárias detidas por detentor não brasileiro qualificado de acordo com a Deliberação no 2.689 e com registro na CVM, ou por depositário representante deste detentor, pode ser registrado no Banco Central; este registro (o valor registrado é denominado capital registrado) permite remeter moeda estrangeira para fora do Brasil, convertida à taxa comercial , comprada com os recursos da distribuição dessas ações ordinárias e com os valores realizados da alienação dessas ações. O capital registrado para cada ação preferencial comprada como parte da oferta internacional, ou comprada no Brasil após essa data, e depositada com o Depositário, será equivalente ao seu valor de compra em Dólares. O capital registrado para uma ação preferencial resgatada após entrega de uma ADS será o equivalente em Dólares (i) ao preço médio da ação preferencial na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações foi vendido no dia da resgatada, ou (ii) se nenhuma ação ordinária foi vendida nesse dia, ao preço médio da ação preferencial na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações foi vendido no 15o pregão imediatamente antes do resgate. O valor em Dólares das ações ordinárias é determinado com base nas taxas comerciais médias cotadas pelo Banco Central nessa data (ou, se o preço médio das ações ordinárias é determinado de acordo com a cláusula (ii) acima, a média da cotação dessas taxas nas mesmas 15 datas usadas como base para determinar o preço médio das ações ordinárias). Um detentor não brasileiro de ações ordinárias poderá enfrentar demora na realização desses registros, o que poderá ocasionar o atraso no envio de remessas ao exterior. Esse atraso poderá afetar de maneira adversa o valor em Dólares norte- americanos recebidos pelo detentor não brasileiro. Considerações sobre Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos A discussão a seguir sintetiza as principais considerações sobre o imposto de renda federal dos Estados Unidos com relação à compra, titularidade e alienação das ações ordinárias ou ADS por um detentor norte-americano (conforme definido abaixo) das referidas ações ordinárias ou ADS na forma de bens de capital (geralmente, bens detidos para investimento). Este sumário tem como base o Código Tributário dos Estados Unidos de 1986 (o “Código”), regulamentos do Tesouro, pronunciamentos administrativos da Receita Federal dos Estados Unidos (Internal Revenue Service - “IRS”) e decisões judiciais, todos conforme vigentes nesta data e sujeitos a alterações (possivelmente com refeito retroativo) e interpretações diferentes. Este sumário não descreve quaisquer implicações nos termos das leis fiscais estaduais, locais ou não norte americanas, ou qualquer aspecto das leis fiscais federais dos Estados Unidos além da tributação do imposto de renda. Esse resumo não considera o imposto Medicare recentemente promulgado de 3,8% sobre determinadas receitas de investimento. Ademais, o presente sumário não pretende discutir todas as consequências relevantes do imposto de renda federal dos Estados Unidos que possam ser pertinentes aos detentores norteamericanos das ações ordinárias ou ADSs, e não considera as circunstâncias específicas de qualquer 141 investidor em particular, alguns dos quais (como por exemplo, entidades isentas , bancos ou outras instituições financeiras, seguradoras, corretoras, negociadores de valores mobiliários que optam por usar o método contábil da marcação a mercado para seus valores mobiliários, empresas de investimento regulamentadas, fundos de investimento imobiliário, expatriados norte-americanos, investidores sujeitos à alternativa do imposto mínimo, associações (partnerships) e outras entidades de repasse, investidores que detêm ou que são tratados como se detivessem 10% ou mais do nosso capital com direito a voto, investidores que detêm as ações ordinárias ou ADS como parte das operações de straddle, hedge, conversão ou operação de venda construtiva ou outra operação integrada e detentores norte-americanos (conforme definido abaixo) cuja moeda funcional não é o Dólar) podem estar sujeitos a regras fiscais tributárias especiais. Conforme utilizado abaixo, “detentor norte-americano” significa o proprietário beneficiário de ações ordinárias ou ADS que, para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos, seja: (i) pessoa física ou residente nos Estados Unidos; (ii) sociedade anônima (corporation) (ou entidade tributável como sociedade anônima) constituída ou organizada de acordo com as leis norte-americanas, ou leis estaduais do país ou do Distrito de Columbia; (iii) patrimônio cuja renda esteja sujeita ao imposto de renda federal dos Estados Unidos, independentemente de sua fonte; ou (iv) truste se (A) um tribunal nos Estados Unidos conseguir exercer supervisão primária da administração do truste e uma ou mais pessoas norte-americanas tiverem autoridade para controlar todas as decisões significativas do truste ou (B) o truste tiver realizado eleição válida que esteja em vigor de acordo com os regulamentos aplicáveis do Tesouro para ser tratado como pessoa norte-americana. Se uma associação ou outra entidade tributável como associação for detentora de ações ordinárias ou ADSs, o tratamento fiscal da associação geralmente dependerá da situação do sócio e das atividades da associação. Sócios de associações detentoras de ações ordinárias ou ADS devem consultar seus consultores fiscais. Em geral, para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos, os detentores de American Depositary Receipts que representem ADSs serão tratados como proprietários beneficiários das ações ordinárias representadas pelas ADSs. Tributação das Distribuições Em geral, as distribuições relacionadas às ações ordinárias ou ADSs constituirão dividendos para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos, conforme descrito acima em “Considerações sobre Imposto no Brasil”, na medida em que sejam feitas com base em nossos rendimentos e lucros correntes ou acumulados, conforme determinado nos termos dos princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Se uma distribuição exceder o valor de nossos rendimentos e lucros correntes e acumulados, conforme determinado de acordo com os princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos, será tratada como retorno não tributável do capital até o limite da base de cálculo do detentor norteamericano nas ações ordinárias ou ADSs, e após isso como ganho de capital. Conforme utilizado abaixo, o termo “dividendo” significa distribuição que constitui dividendo para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos. O valor bruto de quaisquer dividendos (incluindo valores retidos com relação a impostos brasileiros) pagos sobre as ações ordinárias ou ADSs geralmente estará sujeito à tributação federal nos Estados Unidos na forma de lucros ordinários e esses dividendos não serão elegíveis a dedução permitida às sociedades anônimas. Os dividendos pagos em moeda brasileira serão incluídos no lucro bruto do detentor norte-americano no valor em Dólares calculado com base na taxa de câmbio vigente na data em que os dividendos forem recebidos pelo detentor norte-americano, ou no caso dos 142 dividendos recebidos com relação à ADSs, na data em que os dividendos forem recebidos pelo depositário ou agente, independentemente de ser convertidos em Dólares norte- americanos. A base de cálculo para um detentor norte-americano em qualquer moeda brasileira distribuída será equivalente ao seu valor em Dólares na data do recebimento, e qualquer ganho ou perda reconhecido após a subsequente alienação da moeda brasileira geralmente será ganho ou perda em moeda estrangeira tratada como lucro ordinário ou perda ordinária de fonte norte-americana. Se os dividendos pagos em moeda brasileira são convertidos em Dólares na data em que são recebidos pelo detentor norteamericano ou pelo depositário ou seu agente, conforme o caso, os detentores norte-americanos em geral não são obrigados a reconhecer ganho ou perda em moeda estrangeira com relação à receita de dividendo. Os detentores norte-americanos devem consultar seus consultores fiscais com relação ao tratamento de ganho ou perda em moeda estrangeira, caso qualquer moeda brasileira recebida pelo detentor norte-americano ou pelo depositário ou seu agente não seja convertida em Dólares na data do recebimento. Sujeito a certas exceções para posições de curto prazo e cobertas, o valor de dividendos, em Dólares, recebidos por um indivíduo em relação às ADSs estará, geralmente, sujeito ao imposto de renda federal dos Estados Unidos, a uma taxa máxima de 20% se os dividendos representam “renda de dividendo qualificado”. Os dividendos pagos sobre as ADSs serão tratados como receita de dividendo qualificado se (i) as ADSs forem prontamente negociáveis em um mercado de valores mobiliários estabelecido nos Estados Unidos, (ii) o detentor norte-americano cumprir o período de retenção exigido com relação às ADSs (geralmente mais de 60 dias durante o período de 121 dias com início 60 dias antes da data ex-dividendo) e (iii) nós não fossemos no exercício anterior ao exercício em que o dividendo foi pago, e não formos no exercício em que o dividendo é pago, uma companhia de investimento estrangeiro passivo ("PFIC"). As ADSs estão listadas na Bolsa de Valores de Nova York, e deverão se qualificar como prontamente negociáveis em um mercado de valores mobiliários estabelecido nos Estados Unidos desde que estejam listadas nesse mercado. No entanto, não há garantias de que as ADSs serão ou continuarão a ser prontamente negociáveis. Com base em nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas, e em dados relevantes do mercado e em dados dos acionistas, acreditamos que não fomos tratados como PFIC para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos no ao exercício fiscal de 2013. Além disso, com base nas nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e expectativas atuais com relação ao valor e à natureza de nossos ativos, a origem e a natureza de nossas receitas, além de dados relevantes de mercado e dados dos acionistas, não esperamos nos tornar uma PFIC no exercício fiscal de 2014. Por essas determinações estarem baseadas na natureza da nossa receita e de nossos ativos ocasionalmente, e por envolverem a aplicação de normas fiscais complexas, não há como garantir que não seremos considerados uma PFIC no exercício em curso (ou qualquer exercício fiscal anterior ou posterior). Com base na orientação existente, não fica claro se os dividendos recebidos em relação às ações ordinárias (na medida em que não são representadas por ADSs) serão tratados como receita de dividendo qualificado, uma vez que as próprias ações ordinárias não estão listadas em uma bolsa de valores dos Estados Unidos. Além disso, o Tesouro Norte-Americano anunciou que a IRS continua estudando normas de acordo com as quais os detentores de ADSs ou ações preferenciais e os intermediários por meio dos quais esses valores mobiliários são detidos poderão determinar se os dividendos serão tratados como dividendos qualificados. Como esses procedimentos ainda não foram emitidos, não sabemos ao certo se conseguiremos cumpri-los. Os detentores norte-americanos de ADSs e ações ordinárias devem consultar seus consultores fiscais com relação à disponibilidade de dividendos com alíquota reduzida tendo em vista suas próprias circunstâncias particulares. Os dividendos que pagamos geralmente constituem receita de fontes não norte-americanas e estarão sujeitos a diversas classificações e outras limitações para fins de créditos fiscais estrangeiros nos Estados Unidos. Sujeitos a limitações aplicáveis em geral de acordo com as leis fiscais federais dos Estados Unidos, o imposto retido no Brasil sobre esses dividendos, se houver, será tratado como imposto de renda estrangeiro que pode ser creditado contra uma obrigação de imposto de renda federal dos Estados Unidos incorrida por um detentor norte-americano (ou a critério do detentor norteamericano, se ele optar por não reivindicar um crédito fiscal estrangeiro com relação a quaisquer impostos estrangeiros pagos durante um exercício fiscal, todo imposto de renda estrangeiro pago poderá ser deduzido no cálculo do lucro tributável desse detentor norte-americano). Em geral, normas especiais serão aplicáveis ao cálculo de créditos fiscais estrangeiros com relação à receita de dividendos sujeitos a alíquotas preferenciais do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Os detentores norte-americanos devem estar cientes de que a IRS demonstrou preocupação com relação ao 143 fato de que as partes que recebem transferências de ADSs podem estar tomando medidas inconsistentes com a reivindicação de créditos fiscais estrangeiros por detentores norte-americanos das ADSs. Nesse sentido, a discussão acima relacionada à credibilidade da retenção de imposto sobre dividendos no Brasil poderá ser afetada por futuras medidas que a IRS venha a tomar. Tributação de Ganhos de Capital Depósitos e resgates de ações ordinárias por detentores norte-americanos em troca de ADSs não resultarão na realização de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. No geral, a perda ou ganho, se houver, realizada por um detentor norte-americano após a venda ou outra alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs estará sujeita a imposto de renda federal dos Estados Unidos como ganho ou perda de capital em um valor igual à diferença entre o valor realizado na venda ou outra alienação tributável e a base de cálculo ajustada do detentor norteamericano nas ações ordinárias ou ADSs. Esse ganho ou perda de capital será um ganho ou perda de capital de longo prazo se na ocasião da venda ou outra alienação tributável as ações ordinárias ou ADSs forem detidas há mais de um ano. De acordo com as leis fiscais federais dos Estados Unidos, o ganho líquido de longo prazo de determinados detentores norte-americanos poderá ser tributado a alíquotas preferenciais (geralmente 20% para detentores norte-americanos não corporativos). A possibilidade de dedução de perdas de capital está sujeita a certas limitações nos termos do Código. O ganho, se houver, realizado por um detentor norte-americano no momento da venda ou outra alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs em geral é contabilizado como ganho de fonte nos Estados Unidos para fins de crédito de imposto estrangeiro nos Estados Unidos. Consequentemente, se um imposto retido no Brasil incidir sobre uma venda ou alienação de ações ordinárias ou ADSs, o detentor norte-americano talvez não consiga obter benefícios efetivos de crédito de imposto estrangeiro nos Estados Unidos com relação ao imposto retido no Brasil. Alternativamente, o detentor norte-americano poderá deduzir todo o imposto de renda estrangeiro pago durante o exercício fiscal se não optar por reivindicar crédito de imposto estrangeiro referente a quaisquer impostos estrangeiros pagos durante o exercício fiscal. Os detentores norte-americanos devem consultar seus consultores fiscais com relação à aplicação das regras de crédito de imposto estrangeiro com relação a seus investimentos em ações ordinárias ou ADSs, bem como à alienação de tais ações. Regras sobre Companhia de Investimento Estrangeiro Passivo (PFIC) Caso 75% ou mais de nosso rendimento bruto obtido em qualquer exercício fiscal (incluindo nossa parte pro rata do rendimento bruto de qualquer companhia tratada como uma pessoa jurídica para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos, norte-americana ou estrangeira, na qual se considera que detemos, direta ou indiretamente, 25% ou mais das ações em termos de valor) seja rendimento passivo, ou alternativamente, se 50% ou mais de nossos ativos em qualquer exercício fiscal (cuja média é calculada trimestralmente ao longo do ano, e normalmente determinados com base no valor justo de mercado, incluindo nossa parte pro rata dos ativos de qualquer companhia tratada como uma pessoa jurídica para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos, norte-americana ou estrangeira, na qual se considere que detemos, direta ou indiretamente, 25% ou mais das ações em termos de valor) são detidos para a produção de, ou produzem, rendimentos passivos, então seremos uma PFIC. Com base em nossa receita, ativos e operações atuais e projetados, não esperamos que as ações ordinárias ou ADSs sejam consideradas ações de uma PFIC em nosso exercício fiscal em curso ou futuros. No entanto, uma vez que determinar se as ações ordinárias ou ADSs constituem ações de uma PFIC terá como base a composição de nossa receita e ativos, e a composição da receita e ativos de entidades nas quais temos detemos pelo menos 25% de participação, periodicamente, e por haver incertezas na aplicação de regras relevantes, não há garantia de que as ações ordinárias ou ADSs não serão consideradas ações de uma PFIC em qualquer exercício fiscal. Se as ações ordinárias ou ADSs fossem ações de uma PFIC em qualquer exercício fiscal, os detentores norte- americanos (incluindo determinados detentores norte-americanos indiretos) estarão geralmente sujeitos a consequências fiscais adversas. Um detentor norte-americano que possua ações de uma PFIC é tributado a alíquotas regulares de imposto de renda sobre qualquer ganho realizado na venda ou permuta de ações, e em quaisquer “distribuições excedentes” recebidas. Distribuições excedentes são valores recebidos por um indivíduo norte-americano com relação às suas ações em qualquer exercício fiscal, que exceda 125% 144 da média de distribuições recebidas pelo detentor dos Estados Unidos ou nos três anos anteriores ou durante o período no qual o detentor norte-americano detiver as ações antes do exercício fiscal atual, o que for mais curto. Tais detentores norte-americanos também estariam sujeitos à incidência de juros sobre ganhos ou distribuições excedentes alocáveis a exercícios anteriores no período de retenção do detentor norte-americano durante o qual fomos considerados PFIC. Se formos considerados PFIC em um exercício fiscal, os dividendos sobre nossas ações ordinárias ou ADSs não seriam “receita de dividendo qualificado” sujeita a alíquotas preferenciais do imposto de renda federal nos Estados Unidos. Ademais, se fôssemos uma PFIC, os detentores norte- americanos geralmente seriam obrigados a cumprir com as exigências de apresentação anual de informações. Os detentores norteamericanos devem consultar seus consultores fiscais com relação à aplicação das regras de PFIC a ações ordinárias ou ADSs. Retenção para Garantia de Imposto nos Estados Unidos e Apresentação de Informações O detentor norte-americano de ações ordinárias ou ADSs poderá, sob determinadas circunstâncias, estar sujeito à apresentação de informações e a “retenções adicionais” com relação a determinados pagamentos feito para esse detentor norte- americano, como dividendos pagos por nós ou o produto de uma venda ou outra alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs, a menos que esse detentor norte-americano (i) seja uma sociedade anônima ou se enquadre em outras categorias de isenção, e provar tal fato quando assim solicitado, ou (ii) no caso de ou (ii) no caso da retenção adicional, forneça um número de identificação de contribuinte correto, certifique que é uma pessoa norte-americana e que não está sujeito a retenção adicional e cumpre de outro modo os requisitos aplicáveis das regras de retenção adicional. A retenção adicional não é um imposto adicional. Qualquer valor retido nos termos dessas regras poderá ser creditado contra uma obrigação de imposto de renda federal nos Estados Unidos do detentor norte-americano ou poderá ser reembolsado, desde que as informações necessárias sejam fornecidas em tempo hábil para a IRS. Nos termos das leis federais de imposto de renda e dos regulamentos do Tesouro norteamericano, determinadas categorias de detentores norte-americanos devem apresentar informações sobre seu investimento ou envolvimento em uma sociedade anônima estrangeira. Por exemplo, as autoridades fiscais norte-americanas geralmente impõem obrigações de divulgação de declarações de impostos (e respectivas multas) a detentores norte-americanos que detêm determinados ativos financeiros estrangeiros em valor acima de U$50.000. A definição dos ativos financeiros estrangeiros especificados inclui não somente contas financeiras mantidas em instituições financeiras estrangeiras, mas também, a menos que detidas em mantidas contas por uma instituição financeira, quaisquer ações ou quaisquer valores mobiliários emitidos por uma pessoa não norte-americana, qualquer instrumento financeiro ou contrato detido para investimento cuja emissora ou contraparte não seja uma pessoa norte-americana e qualquer participação em entidade estrangeira. Os detentores norte-americanos poderão estar sujeitos a essas exigências de divulgação de informações a menos que suas ações ordinárias ou ADSs sejam mantidas em uma conta em uma instituição financeira nacional. As multas por não apresentar determinadas informações são significativas. Os detentores norte-americanos devem consultar seus consultores fiscais com relação às exigências de apresentação de informações e, se aplicável, as obrigações de registro relacionadas às regras de PFIC. Tributos sobre Assistência Médica Em adição à regular tributação federal norte-americana sobre a renda, certos indivíduos, estados ou custodiantes são sujeitos à tributação de 3,8% sobre suas “receitas líquidas de investimento”, que podem incluir toda ou uma parcela da renda advinda da distribuição relacionada à ações ordinárias ou ADSs e o ganho líquido da venda, troca ou outra alienação de ações ordinárias ou ADSs. Investidores norte-americanos devem buscar o aconselhamento de seus assessores fiscais para verificar a aplicabilidade desta tributação. F. Dividendos e Agentes de Pagamento Não se aplica. 145 G. Declarações de Especialistas Não se aplica. H. Documentos em Exibição Estamos sujeitos aos requisitos de informações do Securities Exchange Act de 1934, conforme alterado, em virtude dos quais apresentamos relatórios e outras informações para a Comissão. Esses materiais, incluindo o presente relatório anual e seus anexos, poderão ser inspecionados e copiados na Sala de Consulta Pública da Comissão em 100 F Street, N.E., Washington, D.C. 20549-2521. Cópias dos materiais poderão ser obtidas da Sala de Consulta Pública da Comissão em 100 F Street, N.E., Washington, D.C. 20549-2521 de acordo com as taxas estabelecidas. O público poderá obter informações sobre a operação da Sala de Consulta Pública ligando para a Comissão nos Estados Unidos no telefone 1 800 SEC-0330. Além disso, a SEC mantém um website na internet em www.sec.gov no qual o investidor poderá acessar esses materiais eletronicamente. O material por nós arquivado poderá ser inspecionado nos escritórios da Bolsa de Valores de Nova York em 20 Broad Street, New York, New York 10005, na qual nossas ADSs estão listadas. Também registramos eletronicamente demonstrações financeiras e outros relatórios periódicos na CVM. O site da CVM é www.cvm.gov.br. Cópias de nossos relatórios anuais no Formulário 20 F e documentos anexos, além de nosso estatuto social, estarão disponíveis para inspeção em nossa sede social, ou em nosso site em www.fibria.com.br/ir. As informações incluídas no nosso site, porém, não são incorporadas por referência e não deverão ser consideradas parte deste relatório anual. I. Informações de Subsidiárias Não exigidas. ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO Estamos expostos a vários riscos de mercado, incluindo variações nas taxas de câmbio e taxas de juros. O risco de mercado é a perda potencial resultante de variações adversas nos preços e taxas de mercado, como taxas de câmbio e taxas de juros. Vide também Nota 4.2.1.(a) de nossas demonstrações financeiras consolidadas para 2014. Aspectos Gerais Estabelecemos uma estrutura rígida de políticas internas com relação a nossa exposição a moedas, preços de commodities, taxa de juros, riscos de contraparte, investimentos em caixa e endividamento e liquidez. Essas políticas são continuamente revisadas por nosso Comitê Financeiro em resposta a diferentes cenários macroeconômicos. A conformidade com essas políticas é monitorada por um departamento independente GRC (Governança, Risco e Compliance) , que se reporta diretamente ao nosso CEO e ao Comitê de Auditoria Estatutário. Também usamos instrumentos convencionais, principalmente opções, NDFs, Zero Cost Collars (ZCC) e swaps, para minimizar a volatilidade das oscilações das taxas de câmbio sobre nossa receita. Para parte de nossa receita, utilizamos contratos de futuros ou principalmente opções de moedas para fixar certas receitas em reais de acordo com nosso orçamento e nossos objetivos. Os ganhos e perdas não realizados nesses contratos são registrados em nosso balanço patrimonial como ativo ou passivo e em nossa demonstração de operações em “Resultados de instrumentos financeiros derivativos”. Utilizamos contratos de swap de taxa de juros entre moedas para reduzir nossa exposição a moedas estrangeiras e também consideramos o hedge natural, de acordo com nosso faturamento e nossa dívida. Outros instrumentos financeiros também têm sido bastante utilizados como parte de uma estratégia financeira destinada a otimizar oportunidades nos mercados brasileiros de câmbio e taxa de 146 juros. Como vários outros exportadores brasileiros, temos acesso a fontes de financiamento de longo prazo calculadas em Dólares. As oportunidades podem surgir entre as taxas de juros mais baixas pagáveis sobre os créditos de exportação denominados em Dólares comparadas às taxas de juros brasileiras. Nossa dívida em moeda estrangeira reflete a estratégia de continuar a emprestar recursos em Dólares. Obtivemos sucesso na prorrogação do vencimento médio da nossa dívida ao longo do tempo. O percentual da nossa dívida de curto prazo (isto é, a dívida, incluindo a parcela corrente da dívida de longo prazo, com vencimento em 12 meses) comparado à nossa dívida total era de 11,6% em 31 de dezembro de 2014 e 30,4% em 31 de dezembro de 2013 . Riscos associados à moeda estrangeira Nossa exposição à moeda estrangeira dá origem a riscos de mercado associados a variações na taxa de câmbio em relação ao Dólar. A maior parte de nossa dívida é denominada em Dólares. Nossas receitas são denominadas em Dólares ou vinculadas ao Dólar (as vendas de celulose no mercado doméstico são denominadas em reais mas vinculadas a preços em Dólares), portanto nossa dívida denominada em Dólares funciona até certo ponto como um hedge natural para essa exposição. Em nossa demonstração de resultado, as receitas são convertidas para reais à taxa de câmbio em vigor no momento da venda. Por outro lado, nossa dívida é convertida para reais utilizando-se a taxa de câmbio do fechamento. A diferença entre estas taxas pode gerar um descasamento na conversão de nossas receitas e dívida para reais. A fim de minimizar o efeito do descasamento de moedas em nossas medições de obrigações financeiras, conseguimos alterar os contratos segundo os quais essas obrigações estão estabelecidas para que estas medições sejam feitas em termos de Dólares. A tabela a seguir apresenta o valor contábil de nossos ativos e passivos denominados em Dólares: 2014 Ativos em moeda estrangeira Caixa e equivalentes de caixa ....... Valore mobiliários ........................ Contas de clientes a receber ......... Passivos em moeda estrangeira Empréstimos e financiamento ...... Contas a pagar .............................. Instrumentos derivativos .............. Exposição do passivo ....................... 2013 280 61 496 1.247 98 376 837 1.721 6.280 72 538 7.281 99 464 6.891 7.844 (6.054) (6.123) Análise de sensibilidade Nosso fator de risco significativo, considerando o período de três meses para a avaliação, é nossa exposição ao Dólar. Adotamos como cenário provável o valor justo considerando o rendimento do Mercado em 31 de dezembro de 2014. Considerando esse cenário projetado à taxa de câmbio média de R$2,3542 observada durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a receita líquida teria aumentado 12,3%, representando um valor aproximado de R$868 milhões durante um período de 12 meses considerando o volume e preços de venda do ano de 2014. 147 Para calcular o provável cenário da taxa de câmbio de fechamento na data em que essa demonstração financeira consolidada foi utilizada (R$ x US$ = 2,6562). Uma vez que os valores já são reconhecidos na demonstração financeira consolidada, não há feitos adicionais na demonstração de renda nesse cenário. Nos cenários “Possível” e “Remoto”, o dólar norte-americano é considerado a valorizar/desvalorizar em 25% e 50%, respectivamente, antes de imposto, com respeito ao provável. Portanto, a seguinte tabela apresenta a alteração no valor justo dos derivativos, empréstimos e valores mobiliários negociáveis, nos cenários com taxas de câmbio adversas acima mencionados . . (em milhões de Reais) Impacto de uma valorização/ desvalorização do Real comparado ao Dólar Norte Americano no valor de mercado – valores absolutos Possível (25%) Remota (50%) Instrumentos derivativos ........... Empréstimos e financiamento ... Valores mobiliários .................... 876.808 1.452.161 60.494 2.258.680 2.904.322 120.987 Impacto total .............................. 2.268.475 5.042.015 Fluxo de caixa e risco de taxa de juros Nosso lucro líquido e nossos fluxos de caixa operacional são substancialmente independentes de variações nas taxas de juros de mercado, pois não possuímos ativos remunerados significativos. Nossos caixa e equivalentes de caixa são em sua maioria denominados em reais e atrelados à taxa CDI. Em 31 de dezembro de 2014, o CDI estava em 11,57% a.a., e em 31 de dezembro de 2013, a taxa CDI era 9,77% a.a.. Nosso risco de taxa de juros decorre de nossa dívida. Nossa dívida é principalmente denominada em Dólares e, em menor medida, em Reais. A dívida denominada em Dólares está exposta a taxas fixas (principalmente as Notas emitidas pela Fibria – Notas de 2024) e à taxa LIBOR (principalmente Contratos de Pagamento Antecipado de Exportação). A dívida denominada em Reais está exposta a taxas fixas, à taxa CDI e à TJLP. A tabela abaixo fornece informações sobre nossos principais instrumentos sensíveis a taxas de juros e classifica nossas exposições por moeda e tipo de taxa de juros (flutuante ou fixa). 2015 Ativos: Caixa e equivalentes de caixa Taxa flutuante denominada em Reais ............................................... Taxa fixa denominada em Dólares Norte Americanos ........................... Valores mobiliários ............................ Taxa flutuante denominada em Reais ............................................... Taxa flutuante denominada em Dólares Norte Americanos .............. Total de ativos expostos ..................... Passivos: Taxa flutuante denominada em Reais ............................................... 2016 2017 Após 2017 Total 461 — — — 461 280 — — — 280 181 683 — — — — — 51 181 734 621 — — — 51 673 61 1.144 — — — — 51 61 1.195 405 258 397 848 1.907 148 Taxa flutuante denominada em Dólares Norte Americanos ............. Taxa flutuante denominada em Reais ............................................... Taxa flutuante denominada em Dólares Norte Americanos ............. Total de passivos expostos ................. 253 301 537 3.091 4.181 33 34 34 37 139 274 — — 1.825 2.099 965 593 967 5.801 8.327 Instrumentos Derivativos A maior parte de nossa receita é denominada em Dólares. Temos opções de moeda (“zero cost collars”) para proteger nosso fluxo de caixa de curto prazo contra variações cambiais negativas. Também temos swaps de taxas de juros e swaps de moeda para proteger nosso endividamento. Os nossos swaps de taxa de juros protegem a taxa LIBOR e nossos swaps de moeda protegem, trocando essa divida por dívida denominada em Dólares. Vide as Notas 2.6 e 2.7 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014 para uma discussão sobre as políticas contábeis relativas a derivativos e outros instrumentos financeiros. Em 31 de dezembro de 2014, nossos derivativos eram como segue: (i) Swaps em que recebemos LIBOR de três meses e paga taxa fixa de juros, com valor nocional de US$538 milhões e último vencimento em maio de 2019. Esse swap foi contratado para fixar o custo do empréstimo subjacente e reduzir o risco de nosso fluxo de caixa. A soma do valor justo desses contratos a termo resultou em um passivo líquido de R$3 milhões em 31 de dezembro de 2014. (ii) Um swap de moeda no qual recebemos CDI e pagamos uma taxa fixa em Dólares. O objetivo dessa operação de swap é proteger uma dívida denominada em Real, convertendo-a em dívida denominada em Dólares. O valor nocional é de US$405 milhões e o vencimento mais longo é agosto de 2020. Em dezembro de 2014, a soma do valor justo desses swaps resultou em um passivo líquido de R$215 milhões. (iii) Um swap de moeda no qual recebemos TJLP em Reais e pagamos uma taxa fixa em Dólares. O valor nocional total é de US$181 milhões, e o mais longo vencimento é dezembro de 2017. Em 31 de dezembro de 2014 a soma do valor justo desses swaps resultou em um passivo líquido de R$197 milhões. (iv) Um swap de moeda no qual recebemos uma taxa fixa em Reais e pagamos uma taxa fixa em Dólares. O valor nocional é de US$192 milhões, com vencimento mais longo em julho de 2019. Em 31 de dezembro de 2014 a soma do valor justo desses swaps resultou em um passivo líquido de R$110 milhões. (v) Uma estratégia baseada em opções Colar ( ou “coleira” ) Juro Zero, que fornece um piso e um teto para a taxa de câmbio Dólar-Real. Este instrumento é utilizado para proteger nossa receita em Dólares abaixo de um determinado limite em termos de Reais. Em 31 de dezembro de 2014, o valor nocional era de US$1.465 milhões, e a soma dos valores justos resultou em um passivo líquido de R$19 milhões. (vi) Um derivativo embutido, em que recebemos uma taxa fixa em Dólares e pagamos uma taxa flutuante em Dólares (Índice de Preço ao Consumidos dos EUA). Esse derivativo embutido provém dos Contratos de Parceria Florestal e Suprimento de Madeira Madura em Pé com a Parkia. Uma vez que a assinatura dos contratos foi em 30 de dezembro de 2013, o valor justo do derivativo embutido em 31 de dezembro de 2013, o valor justo do derivativo embutido em 31 de dezembro de 2014 era R$ 121 milhões. Vide “Item 4. Informações sobre a Fibria — A. História e Desenvolvimento da Fibria — Alienação de ativos e terreno florestais”. Vide também Nota 11.(e) de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014. 149 Os seguintes procedimentos foram adotados para a mensuração de contratos de derivativos em 31 de dezembro de 2014: (i) Swaps: foram mensurados pelo fluxo de caixa futuro, considerando as taxas contratuais ou projetadas até o vencimento, descontadas a valor presente utilizando taxas de mercado relativas a cada moeda, conforme divulgadas pela BM&FBOVESPA e Bloomberg, considerando tanto o risco de crédito da Companhia quanto o risco da contraparte; (ii) Opções de Moeda: foram calculadas utilizando a fórmula de precificação de opções Garman-Hohlhagen, uma variação da fórmula de Black and Scholes, considerando tanto o risco de crédito da Companhia quanto o risco da contraparte. A volatilidade foi obtida a partir de taxas de mercado para opções conforme divulgadas pela BM&FBOVESPA. (iii) Swap CPI dos EUA (derivativo embutido) – os fluxos de caixa futuros do período dos passivos foram projetados pela curva swap CPI dos EUA (construída com Valores Mobiliários do Tesouro Protegidos pela Inflação (TIPS) – publicados pela Bloomberg). Os fluxos de caixa do período do ativo foram avaliados pela taxa fixa estabelecida no começo do derivativo embutido. O valor justo do derivativo embutido é o atual valor da diferença entre os dois períodos. Todas as nossas contrapartes em derivativos são instituições financeiras, a maior parte delas com classificação equivalente a A/A2 ou superior (obtida da Fitch, S&P ou Moody’s) ou brAA- / AA3.br. A tabela a seguir demonstra o valor nocional e o valor justo de nossos derivativos financeiros em 31 de dezembro de 2014: Valor nominal (em milhões de Dólares Norte Americanos) — 405 538 181 192 1,465 NDF (U.S.$) ...................................... Swap CDI x USD .............................. Swap LIBOR 3M x Fixa ................... Swap TJLP x USD ............................ Swap BRL x USD ............................. Colar Custo Zero ............................... Valor do mercado a partir em 31 de dezembro de 2014 (em milhões de Reais) (215) 3 (197) (110) (19) (538) Para mais informações sobre riscos associados ao precedente, vide Nota 4 de nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014 aqui depositado. 150 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DIFERENTES DE AÇÕES O Citibank, N.A., na qualidade de depositário, concordou em nos restituir os valores referentes às despesas por ela incorridas relacionadas ao estabelecimento e manutenção do nosso programa de ADS. O depositário concordou em restituir à Companhia o valor referente às taxas habituais e anuais referentes à listagem em bolsa de valores. Também foi acordado o pagamento referente aos custos gerais de manutenção dos ADRs e a nossa restituição anual e despesas com determinados programas de relações com investidores ou atividades promocionais especiais. Em alguns casos, o depositário concorda em efetuar nossos pagamentos adicionais com base em quaisquer indicadores de desempenho aplicáveis com relação ao ADR. Há limites sobre o valor das despesas que o depositário restituirá a nós, mas o valor da nossa restituição não está necessariamente vinculado ao valor das taxas que o depositário cobra dos investidores. Durante o ano-calendário de 2014, o depositário nos restituiu o valor de US$1.613 mil (líquido de impostos). O depositário cobra taxas de entrega e resgate das ADSs diretamente dos investidores que depositam ações ou entregam as ADSs para fins de resgate ou dos intermediários que atuam em seu nome. O depositário cobra taxas referentes a distribuição feita para investidores mediante dedução de tais taxas os valores distribuídos ou mediante venda de uma parte dos bens passíveis de distribuição com o objetivo de pagar as taxas. O depositário poderá cobrar a taxa anual referente aos serviços de depositário mediante dedução das distribuições de caixa ou faturamento direto aos investidores ou por meio de débito a contas do sistema de escrituração dos participantes que atuam em nome deles. PARTE II ITEM 13. INADIMPLÊNCIA, DIVIDENDOS EM ATRASO E MORA Vide as discussões no “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras – B. Liquidez e Recursos de Capital – Compromissos Financeiros”. ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS NOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E DESTINAÇÃO DOS RECURSOS Não há. ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS Controles e Procedimentos de Divulgação: A administração, com a participação de nosso diretor-presidente e diretor financeiro, após a avaliação da eficácia dos nossos controles e procedimentos de divulgação (como definido no U.S. Securities Exchange Act de 1934 de acordo com as Regras 13a-15(e)) no final do período coberto por este relatório anual, concluiu que, naquela data, nossos controles e procedimentos de divulgação garantiam, de forma apropriada, que as informações que estávamos obrigados a divulgar nos relatórios que arquivamos ou submetemos de acordo com o Exchange Act são registradas, processadas, resumidas e divulgadas nos períodos especificados nas regras e formulários da Comissão e acumuladas e comunicadas à administração, incluindo nosso diretor-presidente diretor financeiro, para permitir decisões oportunas relacionadas à divulgação solicitada. Relatório da Administração Sobre Controle Interno das Informações Financeiras: A administração da Fibria é responsável por estabelecer e manter controles internos eficazes sobre as informações financeiras, conforme definido nas Regras 13a-15(f) de acordo com o Securities Exchange Act de 1934. O controle interno da Fibria sobre as informações financeiras é um processo que tem como objetivo fornecer garantia razoável da confiabilidade dos relatórios financeiros e a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas para fins externos de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. 151 Por conta destas limitações inerentes, os controles internos sobre as informações financeiras podem não impedir ou detectar declarações incorretas. Ademais, as projeções de qualquer avaliação de eficácia em períodos futuros estão sujeitas ao risco que os controles possam tornar-se inadequados por conta de mudanças nas condições, ou de que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos que podem sofrer deterioração. A administração avaliou a eficácia dos controles internos da Fibria sobre as informações financeiras em 31 de dezembro de 2014. Ao fazer esta avaliação, a administração adotou o critério estabelecido em Controle Interno – Estrutura Integrada (2013) emitida pelo Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO). Com base nessa avaliação, a administração concluiu que em 31 de dezembro de 2014 os controles internos da Fibria sobre os relatórios financeiros eram eficazes. Mudanças nos controles internos. Não houve mudanças nos controles internos sobre informações financeiros no período coberto por este relatório anual que tenham significativamente afetado, ou possam razoavelmente afetar de maneira relevante nossos controles internos sobre informações financeiros. Relatório de Certificação dos Auditores Independentes. A eficácia de nossos controles internos sobre informações financeiras em 31 de dezembro de 2014 foi auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, uma firma de contabilidade registrada, conforme estabelecido no parecer de certificação aqui incluído. ITEM 16A. ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA Nosso Conselho de Administração determinou que o Sr. Julio Sergio de Souza Cardozo, membro de nosso Conselho de Administração e do nosso Comitê de Auditoria Estatutário, atue como especialista em finanças do comitê de auditoria de acordo com os termos da Lei Sarbanes-Oxley e regulamentações relacionadas. ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA Nosso Conselho de Administração adotou um código de conduta (“Código de Conduta”) que se aplica a todos os membros do Conselho, fornecedores e funcionários da Fibria, incluindo os membros de nosso departamento financeiro, nosso diretor-presidente, diretor financeiro e nosso diretor de contabilidade. Nenhuma isenção, explícita ou implícita, a cláusulas do Código de Conduta foi concedida ao nosso diretor-presidente, diretor financeiro e diretor de contabilidade em 2014. Uma cópia do Código de Conduta foi arquivada como Anexo 11.1 a este relatório anual. Nosso Código de Conduta aborda, entre outros, os seguintes tópicos: conduta honesta e ética, incluindo a postura ética em casos de conflitos de interesses reais ou aparentes nos relacionamentos pessoais e profissionais; divulgação completa, adequada, precisa, oportuna e compreensível nos relatórios e documentos que arquivamos ou submetemos à SEC e em outras comunicações que fazemos ao público; conformidade com as leis, regras e regulamentações governamentais aplicáveis; e informação interna imediata de violações relacionadas ao Código da Fibria ao Ouvidor. Para manter os mais altos padrões de governança, a cada dois anos a Fibria revisa o seu Código de Conduta para garantir a atualização do documento de acordo com as melhores práticas e regulamentações. Em 2014 foi aprovada uma revisão pelo nosso Conselho. Alguns tópicos foram atualizados e novos foram incluídos na versão nova, como, por exemplo, ‘Corrupção”, para deixar ainda mais claro os nossos padrões relacionados a questões de integridade. Além disso, conduzimos diversas ações de conscientização para reforçar a importância da integridade corporativa, compliance e 152 instrumentos de governança – o Código de Conta e o Ouvidor. Ocorreu uma campanha de ética no primeiro semestre, foram aplicadas apresentações e treinamentos com relação à ética corporativa e ao Código de Conduta da Fibria aos líderes das equipes e foi implementado um site trazendo orientações em como utilizar o canal de denúncia de forma apropriada, apresentando exemplos práticos de condutas de negócios corretas e incorretas, FAQ, entre outras medidas. Em 2013 implementamos uma política específica para prevenção de corrupção, aprovada por nosso Conselho de Administração. As normas para a conduta de nossos empregados, inclusive os terceirizados, administração e acionistas no caso de doações, gratificações e presentes, bem como entretenimento, por exemplo, foram esclarecidas nesta apólice, tendo em vista manter a conduta de nossos negócios sempre dentro dos mais altos níveis de integridade e transparência. A política enfatiza também nossa intolerância à conduta irregular, a aplicação de medidas disciplinares em casos de atos impróprios comprovados, e destaca a capacidade de todos no relato de qualquer atividade suspeita ao Ouvidor. Além disso, expandimos as sessões de treinamento ao vivo para todos os funcionários com respeito a essas questões. Entre algumas iniciativas importantes de treinamento, destacamos a revisão das políticas de anticorrupção e políticas antitruste, do código de conduta e do processo da due diligence da cadeia de suprimentos considerando essas regras. Também discutimos e distribuímos um manual e guia de programa de compliance para todos os funcionários. Além disso, foram estabelecidos canais para identificar novas obrigações através das áreas de negócios para evidências positivas. ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DO PRINCIPAL AUDITOR A tabela a seguir estabelece, por categoria de serviço, o total de honorários pagos por serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014 e 201. Ano findo em 31 de dezembro 2014 (Em milhares de Reais) Honorários de Auditoria ............................ Honorários relacionados a serviços fiscais Honorários Relacionados à Auditoria Total ............................................................... 4,653 150 947 5,750 2013 3,908 90 91 4,089 Honorários de Auditoria Os honorários de auditoria em 2014 e 2013 consistiram nos pagamentos totais faturados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes relacionados à auditoria integrada de nossas demonstrações financeiras anuais, análise das demonstrações financeiras trimestrais e auditorias estatutárias de nossas subsidiárias, de nossas ofertas de títulos e nossos controles internos sobre as informações financeiros, com base nos critérios estabelecidos em Controle Interno - Estrutura Integrada emitido pelo Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO). Honorários Relacionados à Auditoria Os honorários relacionados à auditoria consistiram nos pagamentos totais cobrados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes e referem-se (i) à consultoria na implementação dos sistemas GRC/SAP, em 2014, e (ii) em 2013, aos serviços prestados em conexão com a avaliação e análise de controles relacionadas a contingências trabalhistas e sistemas de TI e emissão de relatórios especiais de garantia. Honorários Relacionados a Serviços Fiscais Os honorários relacionados a serviços fiscais em 2014 e 2013 consistiram nos pagamentos totais cobrados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes relacionados a serviços fiscais de procedimentos de auditoria. Inclui honorários cobrados relacionados à análise das declarações de imposto de renda da Fibria Celulose S.A. e à base de cálculo de créditos fiscais da Befiex (em 2014). 153 Políticas e Procedimentos de Pré-Aprovação Nosso Conselho de Auditoria Estatutário pré-aprova, com base nas recomendações do Comitê de Auditoria, todas as auditorias, serviços relacionados à auditoria e outros serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Quaisquer serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes que não estejam especificamente inclusos no escopo da auditoria devem ser pré-aprovados pelo nosso Conselho de Administração antes de qualquer contratação. De acordo com lei Sarbanes-Oxley de 2002, os comitês de auditoria e risco possuem permissão para aprovar determinados honorários de serviços relacionados à auditoria, serviços fiscais e outros serviços nos termos de uma exceção irrelevante antes da conclusão de uma contratação de auditoria. Em 2014 e 2013, nenhum dos honorários pagos à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes foi aprovado nos termos da exceção irrelevante. ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM PARA OS COMITÊS DE AUDITORIA Não se aplica. ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELA EMISSORA E PELAS COMPRADORAS AFILIADAS Operações de ações em tesouraria e capital integralizado adicional: (i) Em 23 de março de 2010, readquirimos 309.451 ações de nossa emissão a um preço médio de R$33,99 por ação, em uma transação referente ao acordo entre a VCP e a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A. para a aquisição de participação controladora na R$33,99 estabelecido em novembro de 2004 (Nota Explicativa 25(c) às nossas demonstrações financeiras consolidadas). (ii) Em 2 de julho de 2009, determinados acionistas exerceram o direito de retirada de 36.670 ações preferenciais, em uma transação referente à Aquisição da Aracruz. Com base no valor de resgate de R$20,61 por ação, o valor devido aos acionistas dissidentes foi de R$0,756 milhão (Nota Explicativa 26(a) às nossas demonstrações financeiras consolidadas). ITEM 16F. ALTERAÇÕES DO AUDITOR CREDENCIADO DA DECLARANTE Não se aplica. ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA Diferenças Significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e os Padrões de Governança Corporativa da NYSE Estamos sujeitos às normas de listagem de governança corporativa da NYSE. Na qualidade de emissora privada estrangeira, as normas aplicáveis a nós são consideravelmente diferentes das normas aplicadas pelas empresas listadas nos EUA. Segundo as regras da NYSE, somos obrigados somente: (i) a possuir um comitê ou conselho de auditoria, de acordo com uma isenção aplicável disponível para emissores privados estrangeiros, que cumpra com determinados requisitos, conforme discutido abaixo, (ii) a fornecer pronta certificação por parte de nosso diretor-presidente de qualquer não -conformidade significativa com quaisquer regras de governança corporativas, e (iii) a fornecer uma breve descrição de diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativas e as práticas de governança corporativas da NYSE que devem ser seguidas pelas empresas listadas nos EUA. A discussão das diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativas e aquelas exigidas das empresas listadas nos EUA segue abaixo. Maioria de Conselheiros Independentes As regras da NYSE exigem que a maioria do conselho deva consistir de conselheiros independentes. A independência é definida por diversos critérios, incluindo a falta de relacionamento significativo entre o conselheiro e a empresa listada. A legislação brasileira não impõe exigência 154 semelhante. Segundo os termos da legislação brasileira, nosso Conselho de Administração e nossa administração não precisam testar a independência dos conselheiros antes da eleição do Conselho. Porém, tanto a Lei das Sociedades por Ações e a CVM estabeleceram regras que exigem que os conselheiros cumpram determinados requisitos de qualificação e que abordem questões de remuneração, obrigações e responsabilidades , bem como as restrições aplicáveis aos diretores executivos e conselheiros de uma companhia. Nós não temos maioria de conselheiros independentes na composição do Conselho de Administração. Sessões Executivas As regras da NYSE requerem que aqueles que não sejam conselheiros administrativos se reúnam regularmente em reuniões executivas agendadas sem a presença da administração. A Lei das Sociedades Por Ações não impõe exigência semelhante. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, até um terço dos membros eleitos para o Conselho de Administração podem ocupar cargos administrativos. Em nosso caso, nenhum dos membros ocupa um cargo executivo ou de conselheiro. Os conselheiros não têm autorização expressa para inspecionar a administração e, assim sendo, não se exige que nossos conselheiros se reúnam regularmente sem a administração. Consequentemente, nossos conselheiros geralmente não comparecem a reuniões executivas. Comitê de Nomeação/Governança Corporativa As regras da NYSE requerem que as empresas listadas tenham um Comitê de Nomeação / Governança Corporativa composto somente por conselheiros independentes e regido por um estatuto oficial que estabeleça objetivos exigidos do comitê e detalhe suas responsabilidades , que incluem, entre outras coisas, a identificação e seleção de indicados para o conselho e desenvolva um conjunto de princípios de governança aplicáveis à companhia. Não precisamos, segundo a legislação brasileira aplicável, possuir um Comitê de Nomeação / Comitê de Governança Corporativo, e consequentemente, até o momento, não o definimos. Os conselheiros são eleitos por nossos acionistas em uma assembleia geral ordinária. Nossas práticas de governança corporativa são adotadas por todo o conselho. Comitê de Remuneração As regras da NYSE exigem que as empresas listadas tenham um Comitê de Remuneração composto inteiramente por conselheiros independentes e regido por um estatuto oficial que estabeleça os objetivos exigidos do comitê e detalhe suas responsabilidades, que incluem, além de outras coisas, a análise de metas corporativas relevantes à remuneração do Diretor- Presidente, avaliação do desempenho do Diretor-Presidente e aprovação dos níveis de remuneração do Diretor-Presidente e a recomendação ao conselho de uma remuneração, remuneração por incentivo e planos de ações aplicáveis a outras funções que não a de diretor-presidente. De acordo com a legislação brasileira vigente, não é exigida a existência de um Comitê de Remuneração, apesar de termos instaurado um comitê de assessoria (que não é composto inteiramente de membros do conselho ) para fornecer assessoria em assuntos dessa natureza. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o valor total disponível para remuneração de nossos conselheiros e diretores executivos e para o pagamento de participação nos lucros de nossos diretores executivos é definida por nossos acionistas na assembleia geral ordinária. O Conselho de Administração é então responsável pela determinação da remuneração e participação nos lucros de cada diretor executivo individualmente, assim como pela remuneração do conselho e dos membros dos comitês. Ao fazer tal determinação, o conselho analisa o desempenho de cada diretor executivo e cada uma das metas que precisam ser atingidas durante o exercício. Comitê de Auditoria Estatutário Segundo a Regra 303A.06 da NYSE e os requisitos da Regra 10A-3 da Securities and Exchange Commission, as empresas nacionais listadas devem possuir um comitê de auditoria composto inteiramente de conselheiros independentes que cumprem com a Regra 10A-3. Além disso, o comitê de auditoria deve ter um estatuto oficial que atenda as questões destacadas na Regra 303.A.06(c) da NYSE, contar com uma função de auditoria interna e cumprir com as exigências da NYSE e da Regra 10A-3. Não há exigência de um comitê de auditoria segundo a legislação brasileira e há recursos nessa legislação que exigem a adaptação da regra do comitê de auditoria independente, conforme permitido pela Regra 303A.06 e da Regra 10A-3 da NYSE. Na qualidade de emissora privada estrangeira, a Fibria cumpre com a Regra 303A.06 e a Regra 10A-3. Nosso comitê de 155 auditoria, equivalente ao comitê de auditoria dos EUA, foi instaurado na reunião de nosso Conselho de Administração ocorrida em 18 de dezembro de 2009 e se tornou um órgão estatutário corporativo por resolução da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 26 de abril de 2013. Ele cumpre com todos os requisitos e presta assistência ao nosso Conselho de Administração em questões que envolvam nossa contabilidade, controles internos, relatoria financeira e compliance. Nosso comitê de auditoria recomenda a indicação dos nossos auditores independentes ao Conselho de Administração e analisa a remuneração e coordena com nossos auditores independentes. Nosso comitê de auditoria avalia, também, a eficiência da nossos controles financeiros internos e de conformidade jurídica. Aprovação dos Planos de Remuneração em Ações pelos Acionistas As regras da NYSE exigem que seja dada a oportunidade de voto aos acionistas em todos os planos de remuneração por ações e alterações relevantes nesses planos, com exceções limitadas. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os acionistas devem aprovar todos os planos de opções de compra de ações. Além disso, qualquer emissão de novas ações que exceda o capital autorizado de ações está sujeita à aprovação dos acionistas. Não temos nenhum plano de remuneração em ações. Diretrizes de Governança Corporativa As regras da NYSE exigem que as empresas listadas adotem e divulguem diretrizes de governança corporativa. Não adotamos nenhuma diretriz de governança corporativa formal além daquelas exigidas pelas leis brasileiras aplicáveis. Acreditamos que as diretrizes de governança corporativa aplicáveis a nós de acordo com a Lei das Sociedades por Ações estão em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela NYSE. Código de Conduta e Ética Empresarial As regras da NYSE exigem que as empresas listadas adotem e divulguem um código de conduta e ética empresarial para os conselheiros, diretores e funcionários, e divulguem imediatamente qualquer isenção ao código para conselheiros e diretores executivos. As leis brasileiras aplicáveis não impõem exigência semelhante. Entretanto, alteramos o nosso código de conduta para adequá-lo às exigências da Lei Sarbanes-Oxley e das regras da NYSE. Acreditamos que nosso código, conforme alterado, aborde significativamente as questões que devem ser discutidas de acordo com as regras da NYSE. Uma cópia do Código de Conduta foi arquivada como Anexo 11,1 a este relatório anual. Para uma discussão mais aprofundada do nosso Código de Conduta, vide o “Item 16B. – Código de Conduta”. Função de Auditoria Interna As regras da NYSE exigem que as empresas listadas mantenham uma função de auditoria interna para fornecer à administração e ao comitê de auditoria avaliações contínuas dos processos de gestão de risco e do sistema de controles internos da companhia. As leis brasileiras não exigem que as companhias mantenham uma função de auditoria interna. Entretanto, como melhor prática, mantemos a função de auditoria interna. Nossa função de auditoria interna está sob a supervisão do Comitê de Auditoria Estatutário. ITEM 16H. DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DAS MINAS Não se aplica. PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Não se aplica. ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras consolidadas a seguir são parte integrante deste relatório anual, juntamente com o parecer dos auditores independentes: 156 Relatório da Administração Sobre Controle Interno das Informações Financeiras .............................................................................................................................................. F-2 Parecer dos Auditores Independentes .............................................................................................................................................. F-4 Balanços Patrimoniais Consolidados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 .............................................................................................................................................. F-8 Demonstrações Consolidadas de Lucro e Prejuízo referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 .............................................................................................................................................. F-10 Demonstrações Consolidadas Do Resultado Abrangente referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 .............................................................................................................................................. F-11 Demonstrações Consolidadas de Mutação do Patrimônio Líquido referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 .............................................................................................................................................. F-12 Demonstrações Consolidadas de Fluxo de Caixa referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 .............................................................................................................................................. F-13 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas .............................................................................................................................................. F-15 Todos os anexos aos quais uma provisão é feita nos termos das regulamentações contábeis aplicáveis da Comissão não são necessários, segundo as respectivas instruções , ou não são aplicáveis e, sendo assim, foram omitidos ITEM 19. ANEXOS Anexo Número Descrição 1# Tradução para o inglês do Estatuto Social 2.(a)(1)** Formulário do Contrato de Depósito Alterado e Consolidado, datado de 12 de agosto de 2009, celebrado entre nós, o Citibank N.A., na qualidade de depositário, e os Detentores e Proprietários Beneficiários de ADRs, incluindo o formulário de ADRs. 2.(a)(2) ******** Tradução Livre das Regras de Listagem do Novo Mercado 2.(b)(1)**** Instrumento datado de 24 de junho de 2005, celebrado entre a Voto-Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited, na qualidade de emissora, The Bank of New York, na qualidade de fiduciário, The Bank of New York, na qualidade de agente de transferência, 157 agente de pagamento e declarante, The Bank of Tokyo- Mitsubishi Ltd., Escritório de Londres, na qualidade de agente de pagamento principal, e Votorantim Participações S.A., Votorantim Celulose e Papel S.A., Cimento Rio Branco S.A., e Companhia Níquel Tocantins, na qualidade de garantidores. 2.(b)(2) ++++ Instrumento datado de 12 de maio de 2014 celebrado entre a Fibria Overseas Finance Ltd., Fibria Celulose S.A. e Deutsche Bank Trust Company Americas, com relação às Notas Seniores de 5,25% com vencimento em 2024. 2.(b)(4) A Companhia concorda em fornecer à Comissão mediante solicitação qualquer instrumento referente a dívidas de longo prazo da Companhia ou qualquer uma de suas subsidiárias onde o valor total dos títulos de dívida de longo prazo autorizados nos termos do referido instrumento não excede 10% da totalidade dos ativos consolidados da Companhia. 3,1.+++++ Contrato de Investimento, datado de 19 de janeiro de 2009, celebrado entre nós, VID, BNDESPar e VPar. 3,2## Formulário do Acordo de Acionistas, datado de 29 de outubro de 2009, celebrado entre nós, VID, BNDESPar e VPar. 3,3*** Primeiro Aditivo ao Acordo de Acionistas, datado de 29 de outubro de 2014, celebrado entre nós, VID, BNDESPar e VPar. 4,1+ Contrato de Câmbio datado de 19 de setembro de 2006 entre a Votorantim Celulose e Papel S.A. e a International Paper Investments (Holland) B.V. 4,2+++ Contrato de Financiamento datado de julho de 2008 mediante linha de crédito de R$540.000.000,00 entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a VCP. 4,3******** Contrato de Compra e Venda de Quotas, datado de 22 de setembro de 2011, celebrado entre a Companhia e a Oji Paper Co. Ltd., juntamente com contratos acessórios. 4,4### Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Obrigações, datado de 15 de novembro de 2013, celebrado entre a Companhia e a Parkia Participações S.A. e o Primeiro Aditivo ao Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Obrigações, datado de 30 de dezembro de 2013. 6 Vide a Nota 35 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014 para obter explicações sobre o cálculo do lucro por ação. 8 Vide as Notas 2 e 17 às nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014 para obter informações sobre nossas subsidiárias. 11.1‡ Tradução para o inglês do Código de Ética. 12.1‡ Regra 13a-14(a)/15(d)-14(a) Certificado do Diretor-Presidente. 12.2‡ Regra 13a-14(a)/15(d)-14(a) Certificado do Diretor Financeiro 158 13.1‡ Seção 1350 Certificado do Diretor-Presidente 13.2‡ Seção 1350 Certificado do Diretor Financeiro 23.01 Consentimento da Firma de Contabilidade Independente Pública Registrada ** Aqui incorporado por referência à nossa declaração de registro no Formulário F-6 arquivado em 24 de junho de 2009 (Arquivo nº 160187). *** Aqui incorporado por referência ao nosso relatório anual no Formulário 6-K arquivado em 03 de novembro de 2014 (Arquivo nº 001-15018). **** Aqui incorporado por referência ao nosso relatório anual no Formulário 20-F arquivado em 29 de junho de 2006 (Arquivo nº 001-15018). ***** Aqui incorporado por referência à nossa apresentação no Formulário 20-F arquivado em 29 de junho de 2006 (Arquivo nº 001-15018). ******** Aqui incorporado por referência ao nosso relatório anual no Formulário 20-F arquivado em 29 de fevereiro de 2012 (Arquivo nº 001-15018). + Aqui incorporado por referência ao nosso relatório anual no Formulário 20-F arquivado em 1º de fevereiro de 2007 (Arquivo nº 001-15018). ++ Aqui incorporado por referência ao nosso relatório anual no Formulário 6-K arquivado em 24 de fevereiro de 2015 (Arquivo nº 001-15018). +++ Aqui incorporado por referência ao nosso relatório anual no Formulário 20-F arquivado em 30 de junho de 2009 (Arquivo nº 001-15018). ++++ Aqui incorporado por referência ao Anexo 4.2 referente à nossa apresentação no Formulário 6-K arquivado em 12 de maio de 2014 (Arquivo nº 001-15018). +++++ Aqui incorporado por referência à nossa apresentação no Formulário 6-K arquivado em 27 de janeiro de 2011 (Arquivo nº 001-15018). ## Aqui incorporado por referência ao Anexo 3.1.10 do Anexo 3.1 referente à nossa apresentação no Formulário 6-K arquivado em 27 de janeiro de 2011 (Arquivo nº 00115018). # Aqui incorporado por referência à nossa apresentação no Formulário 6-K arquivado em 26 de maio de 2012 (Arquivo nº 001-15018). ### Aqui incorporado por referência à nossa apresentação no Formulário 20-F arquivado em 28 de fevereiro de 2014 (Arquivo nº 001-15018). ± Aqui incorporado por referência à nossa apresentação no Formulário 20-F arquivado em 27 de fevereiro de 2013 (Arquivo nº 001-15018). ‡ Arquivado com este documento. 159 Fibria Celulose S.A. Demonstração consolidada em 31 de dezembro de 2012 e parecer da empresa pública de auditoria independente registrada Relatório da Administração Sobre Controle Interno das Informações Financeiras 1 A administração da Fibria Celulose S.A. e suas controladas (a “Companhia”) são responsáveis por estabelecer e manter um controle interno eficaz das informações financeiras e pela avaliação da eficácia do controle interno das informações financeiras. 2 O controle interno das informações financeiras da Companhia é um processo desenvolvido ou supervisionado pelo Comitê de Auditoria da Companhia, o diretor presidente e os diretores executivos, e executado pelo conselho de administração, a administração e outros órgãos da empresa, a fim de proporcionar garantias razoáveis quanto à confiabilidade das informações financeiras e à preparação das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (“IFRS”) aprovadas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (“IASB”). O controle interno das informações financeiras da Companhia inclui políticas e procedimentos que (a) estão relacionados à manutenção de registros que, com detalhes razoáveis, refletem de forma precisa e completa as operações e alienações de ativos da Companhia; (b) oferecem uma garantia razoável de que as operações são registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS aprovadas pelo IASB, e de que os recebimentos e gastos da Companhia estão sendo feitos apenas mediante autorização da administração e dos administradores da Companhia; e (c) oferecem uma garantia razoável com relação à prevenção ou detecção pontual de qualquer aquisição, uso ou alienação não autorizada dos ativos da Companhia que possa ter um impacto significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas. 3 Devido às suas limitações inerentes, o controle interno das informações financeiras pode não prevenir ou detectar oportunamente quaisquer erros de apresentação relevantes. Portanto, mesmo os sistemas considerados eficazes podem oferecer apenas uma garantia razoável com relação à preparação e apresentação de demonstrações financeiras. Ademais, as projeções de qualquer avaliação de eficácia para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles se tornem inadequados devido a mudanças nas condições, ou de que o grau de atendimento às políticas ou procedimentos diminua. 4 A eficácia do controle interno das informações financeiras da Companhia em 31 de dezembro de 2014 é baseada nos critérios estabelecidos em Controle Interno – Estrutura Integrada, emitido pelo Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO). De acordo com essa avaliação, a administração concluiu que, em 31 de dezembro de 2014, o controle interno das informações financeiras da Companhia é eficaz. São Paulo, 28 de janeiro de 2015 /s/ Marcelo Strufaldi Castelli /s/ Guilherme Perboyre Cavalcanti Marcelo Strufaldi Castelli Guilherme Perboyre Cavalcanti Diretor-Presidente Diretor Financeiro e de Relações com Investidores 160 Parecer da empresa pública de auditoria independente registrada Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Fibria Celulose S.A. 1 Em nossa opinião, os balanços patrimoniais consolidados e as declarações consolidadas de resultado, mudanças no patrimônio líquido e fluxos de caixa representam de forma adequada, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da Fibria Celulose S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2012, e 31 de dezembro de 2011, e os resultados de suas operações e seus fluxos de caixa para cada um dos três anos do período encerrado em 31 de dezembro de 2012, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade. Também em nossa opinião, a Companhia manteve, em todos os aspectos relevantes, um controle interno eficaz das informações financeiras em 31 de dezembro de 2012, de acordo com critérios estabelecidos pelo Controle Interno – Estrutura Integrada, emitido pelo Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO). A administração da Companhia é responsável por essas demonstrações financeiras, por manter um controle interno eficaz das informações financeiras, e pela avaliação da eficácia do controle interno das informações financeiras, incluídas no relatório da administração anexo sobre o controle interno das informações financeiras. Temos a responsabilidade de manifestar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras e sobre o controle interno das informações financeiras da Companhia, com base em nossas auditorias integradas. Nós conduzimos nossas auditorias de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos) e as Normas Internacionais de Auditoria. Essas normas exigem que nós planejemos e realizemos as auditorias a fim de obter garantias razoáveis de que as demonstrações financeiras estão livres de erros de apresentação relevantes, e de que o controle interno eficaz das informações financeiras foi mantido em todos os aspectos relevantes. Nossa auditoria das demonstrações financeiras incluiu o estudo, com base em testes, de evidências que comprovam os montantes e as divulgações das demonstrações financeiras, avaliando as práticas contábeis utilizadas e as estimativas significativas fornecidas pela administração, além de avaliar a apresentação geral das demonstrações financeiras. Nossa auditoria do controle interno das informações financeiras incluiu a compreensão do controle interno das informações financeiras, avaliando o risco de que existam deficiências relevantes, e testando e avaliando a concepção e eficácia operacional do controle interno com base no risco avaliado. Nossas auditorias também incluíram a realização de outros procedimentos que consideramos necessários perante as circunstâncias. Acreditamos que nossas auditorias sirvam de fundamento razoável para nossas opiniões. 2 O controle interno de uma companhia sobre as informações financeiras é um processo criado para oferecer uma garantia razoável quanto à confiabilidade das informações financeiras, e à preparação das demonstrações financeiras para fins externos de acordo com as práticas contábeis geralmente aceitas. O controle interno de uma companhia sobre as informações financeiras inclui políticas e procedimentos que (a) estão relacionados à manutenção de registros que, com detalhes razoáveis, reflitam de forma precisa e completa as operações e alienações de ativos da companhia; (b) oferecem uma garantia razoável de que as operações são registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis geralmente aceitas, e de que os recebimentos e gastos da 161 Companhia estão sendo feitos apenas mediante autorização da administração e dos administradores da Companhia; e (c) oferecem uma garantia razoável com relação à prevenção ou detecção pontual de qualquer aquisição, uso ou alienação não autorizada dos ativos da Companhia que possa ter um impacto significativo sobre as demonstrações financeiras. 3 Devido às suas limitações inerentes, o controle interno das informações financeiras pode não prevenir ou detectar oportunamente quaisquer erros de apresentação relevantes. Ademais, as projeções de qualquer avaliação de eficácia para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles se tornem inadequados devido a mudanças nas condições, ou de que o grau de atendimento às políticas ou procedimentos diminua. São Paulo, 30 de janeiro de 2013 /s/ PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 162