Conforme arquivado na Securities and Exchange Commission em 08 de abril de 2013 UNITED STATES SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION Washington, D.C. 20549 FORMULÁRIO 20-F TERMO DE REGISTRO DE ACORDO COM O ART. 12(b) OU 12(g) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 OU RELATÓRIO ANUAL DE ACORDO COM O ART. 13 OU 15(d) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 RELATIVO AO EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 OU RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO DE ACORDO COM O ART. 13 OU 15(d) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 OU RELATÓRIO DE EMPRESA SHELL DE ACORDO COM O ART. 13 OU 15(d) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 ⌧ Número de arquivo na Comissão: 001-14862 BRASKEM S.A. (Denominação exata da Requerente tal como especificado em seu estatuto social) Não se aplica (Tradução da denominação da Requerente para o inglês) República Federativa do Brasil (Jurisdição de constituição) Av. das Nações Unidas, 8.501 São Paulo, SP—CEP 05425-070 Brasil (Endereço do escritório principal) Marcela Aparecida Drehmer Andrade Braskem S.A. Av. das Nações Unidas, 8.501 São Paulo, SP—CEP 05425-070 Brasil Telefone: + (55 11) 3576-9000 Fax: + (55 11) 3576-9532 (Nome, telefone, e-mail e/ou número de fax e endereço do contato da Companhia) Valores mobiliários registrados ou a registrar de acordo com o Art. 12(b) do Exchange Act: Nome de cada classe Ações Preferenciais, Classe A, sem valor nominal, cada qual representada por American Depositary Receipts Nome de cada bolsa no qual estão registrados Bolsa de Valores de Nova York Valores mobiliários registrados ou a registrar de acordo com o Art. 12(g) do Act: Nenhum Valores mobiliários sujeitos a obrigação de apresentação de relatório de acordo com o Art. 15(d) do Act: Nenhum O número total de ações emitidas de cada classe da Braskem S.A. em 31 de dezembro de 2012 era: 451.688.652 Ações Ordinárias, sem valor nominal 345.002.878 Ações Preferenciais, Classe A, sem valor nominal 593.818 Ações Preferenciais, Classe B, sem valor nominal Assinalar se a Requerente é uma emissora conhecida e tradicional, como definido na Regra 405 do Securities Act. Sim ⌧ Não Se este for um relatório anual ou de transição, assinalar se a Requerente é obrigada a arquivar relatórios de acordo com o Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934. Sim Não ⌧ Assinalar se a Requerente (1) entregou todos os relatórios exigidos pelo Art. 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 nos 12 meses anteriores (ou período menor, conforme exigido da Requerente) e (2) estava sujeita a tais exigências de apresentação de documentos nos últimos 90 dias. Sim ⌧ Não Assinalar se a Requerente apresentou eletronicamente e postou em seu site na Internet, se houver, todos os Arquivos de Dados Interativos cuja apresentação e postagem é exigida de acordo com a Regra 405 do Regulamento S-T (§232.405 desse capítulo) nos 12 meses anteriores (ou período menor, conforme exigido da Requerente). Sim Não Assinalar se a Requerente, quanto à apresentação de documentos, é classificada como grande, regime acelerado ou regime não acelerado, conforme definição de regime acelerado e muito acelerado na Regra 12b-2 do Exchange Act. (Assinalar um): Grande, acelerado ⌧ Acelerado Não acelerado Assinalar que base de contabilidade a Requerente utilizou para elaborar as demonstrações financeiras constantes desta apresentação: USGAAP Normas Internacionais de Relatório Financeiro emitidas pelo International Accounting Standards Board ⌧ Outra Se a resposta à questão acima tiver sido “Outra”, assinalar que item de demonstrações financeiras a Requerente optou por seguir. Item 17 Item 18 Se este for um relatório anual, assinalar se a Requerente é uma empresa shell (conforme definição na Regra 12b-2 do Exchange Act). Sim Não ⌧ SUMÁRIO Página APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS ................................................................................................... ii ADVERTÊNCIA SOBRE DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS ................................................................................................................. iv PARTE I ITEM 1. IDENTIDADE DE CONSELHEIROS, DIRETORES E CONSULTORES ........................................................................... 1 ITEM 2. ESTATÍSTICAS REFERENTES À OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO ................................................................... 1 ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES .............................................................................................................................................. 1 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE ACOMPANHIA ......................................................................................................................... 15 ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO SOLUCIONADOS DOS FUNCIONÁRIOS............................................................................... 58 ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS ................................................................................ 58 ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS ....................................................................................................... 96 ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ....................................................... 109 ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................................................................................... 114 ITEM 9. OFERTA E LISTAGEM ..................................................................................................................................................... 120 ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS ...................................................................................................................................... 124 ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO ...................................... 141 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES ............................................................................... 144 PARTE II ITEM 13. INADIMPLÊNCIA, DIVIDENDOS EM ATRASO E MORA ......................................................................................... 145 ITEM 14. MODIFICAÇÕES RELEVANTES NOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E NO USO DOS RECURSOS .................... 145 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS .............................................................................................................................. 145 ITEM 16A. PERITO FINANCEIRO DO CONSELHO FISCAL ...................................................................................................... 145 ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA ...................................................................................................................................................... 145 ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES PRINCIPAIS ................................................................................ 146 ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM EM BOLSA PARA COMITÊ DE AUDITORIA ................................. 146 ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORAS AFILIADAS ............................................................ 147 ITEM 16F. MUDANÇA DOS AUDITORES DA REQUERENTE .................................................................................................. 147 ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................................................................................................................... 147 ITEM 16H. DIVULGAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DE MINAS................................................................................................... 149 PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................................................. 150 ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................................................. 150 ITEM 19. ANEXOS ........................................................................................................................................................................... 150 ASSINATURAS ......................................................................................................................................................................................... 152 i APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS Todas as referências aqui contidas a “real”, “reais” ou “R$” indicam a moeda de curso corrente no Brasil. Todas as referências a “dólares norte-americanos”, “dólares” ou “US$” indicam a moeda de curso corrente nos Estados Unidos da América. Todas as referências aqui contidas (1) a “Companhia”, “nós”, “nosso(a)” e variações indicam a Braskem S.A. e suas subsidiárias consolidadas e entidades controladas em conjunto e (2) a “Braskem” indicam unicamente a Braskem S.A. Todas as referências neste documento a “Braskem Europe” se referem à empresa Braskem Europe GmbH e suas controladas consolidadas, inclusive a Braskem America, Inc. (Braskem America). Em 03 de abril de 2012, a taxa de câmbio comercial para venda divulgada pelo Banco Central do Brasil (Banco Central) era de R$2,0239 para US$1,00. A taxa de câmbio comercial para venda em 31 de dezembro de 2012 era de R$2,0435 para US$1,00, em 31 de dezembro de 2011 era R$1,876 para US$1,00, e em 31 de dezembro de 2010 era de R$1,666 para US$1,00, sempre de acordo com informações do Banco Central. A taxa de câmbio entre o real e o dólar flutua consideravelmente e a taxa de câmbio comercial para venda em 03 de abril de 2012 pode não ser um indicativo de taxas de câmbio futuras. Ver “Item 3. Principais informações—Taxas de câmbio” para maiores informações relativas às taxas de câmbio da moeda brasileira (Real) desde 1º de janeiro de 2008. Apenas visando à conveniência do leitor, alguns valores incluídos no “Item 3. Principais informações—Informações financeiras selecionadas” e em outras partes do presente relatório anual foram convertidos de reais em dólares pela taxa comercial de venda informada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2012, de R$2,0435 para US$1,00. Tais conversões não deverão ser consideradas como declarações de que tais valores foram, poderiam ter sido ou seriam convertidos em dólares àquela taxa de câmbio ou a qualquer outra. Da mesma forma, tais conversões não devem ser interpretadas como se os valores em reais representassem, tivessem sido ou pudessem ser convertidos em dólares naquela ou em qualquer outra data. Demonstrações financeiras Demonstrações financeiras da Braskem Os livros e registros da Braskem são mantidos em reais. Nossas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2012 e 2011 e relativas aos três exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 foram auditadas, conforme informado no relatório aqui contido, e estão incluídas neste relatório anual. As demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório anual foram elaboradas em conformidade com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards, ou IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board. Participação de mercado e outras informações Este relatório anual contém informações sobre a participação de mercado no setor petroquímico brasileiro da Companhia e de sua capacidade de produção em relação à de outras empresas atuantes no setor petroquímico do Brasil e da América Latina, dos Estados Unidos e do mundo. Tais informações têm por base dados obtidos de terceiros e considerados confiáveis. A participação no mercado brasileiro foi calculada dividindo-se o volume de vendas líquidas de produtos específicos da Companhia no mercado interno pelo consumo total desses produtos no mercado brasileiro, segundo estimativas da Associação Brasileira de Indústrias Químicas e de Produtos Derivados (ABIQUIM). As informações relativas à capacidade de produção de outras empresas atuantes no setor petroquímico brasileiro e a estimativa do consumo interno brasileiro total de produtos petroquímicos foram extraídas principalmente de relatórios publicados pela ABIQUIM. As informações relativas à capacidade de produção de outras empresas atuantes no setor petroquímico global, dos Estados Unidos e da América Latina, os preços internacionais de produtos petroquímicos e o consumo per capita em algumas regiões geográficas foram extraídas principalmente de relatórios publicados pela IHS, Inc. (IHS). As informações relativas ao tamanho do setor de distribuição de produtos químicos e da participação da Companhia nesse setor foram extraídas principalmente de relatórios publicados pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos. As informações relativas às importações e exportações brasileiras foram extraídas do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (ALICE-Web), produzido pela Secretaria de Comércio Exterior e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Embora não exista nenhum motivo para se acreditar que essas informações sejam imprecisas em qualquer aspecto relevante, não foi feita nenhuma verificação independente da capacidade de produção, da participação de mercado, do tamanho do mercado ou de dados semelhantes fornecidos por terceiros ou extraídos de publicações especializadas ou de caráter geral. As informações relativas ao consumo interno aparente de alguns de nossos produtos são fornecidas com base nas informações disponíveis do governo brasileiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da ABIQUIM e em nossas estimativas internas. O consumo interno aparente é equivalente à produção interna, acrescida das importações e deduzidas as exportações. O consumo interno aparente de qualquer período pode diferir do consumo real, porque esta medida não leva em consideração as variações nos níveis de estoque da cadeia de suprimento de petroquímicos. ii Capacidade de produção e volume de vendas Neste relatório anual: • “capacidade de produção” significa a capacidade anual projetada de uma determinada unidade, calculada com base em uma produção durante 24 horas por dia ao longo de um ano, deduzindo-se o tempo de paradas programadas para manutenção periódica; e • “tonelada” significa uma tonelada métrica, que equivale a 1.000 quilogramas ou 2.204,62 libras. Arredondamento Alguns dos montantes constantes do presente relatório anual foram submetidos a ajustes e arredondamentos. Consequentemente, totalizações numéricas incluídas em algumas tabelas podem não representar exatamente a soma aritmética dos montantes que as precedem. ADVERTÊNCIA SOBRE DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS Este relatório anual contém declarações prospectivas. Algumas das questões objeto de explanação relativas às operações comerciais e desempenho financeiro da nossa Companhia, incluem declarações prospectivas segundo o significado do Securities Act de 1933, com alterações (Securities Act) ou do Securities Exchange Act de 1934, com alterações (Exchange Act), ambos dos Estados Unidos. As afirmações de natureza hipotética, que dependam de acontecimentos ou condições futuros ou que a eles se refiram ou que incluam palavras como “esperar”, “prever”, “pretender”, “planejar”, “acreditar”, “estimar’ e expressões similares, são afirmações prospectivas. Embora a administração acredite que essas afirmações prospectivas se baseiem em pressupostos razoáveis, elas estão sujeitas a vários riscos e incertezas e são feitas levando-se em conta as informações às quais atualmente a administração tem acesso. As afirmações prospectivas podem ser influenciadas por diversos fatores, entre os quais: • conjuntura geral econômica, política e comercial nos mercados em que a Companhia atua, no Brasil e no exterior, inclusive demanda e preços de produtos petroquímicos; • oscilações das taxas de juros, da inflação e das taxas de câmbio do real em relação ao dólar; • natureza cíclica do setor petroquímico mundial; • concorrência no setor petroquímico brasileiro e mundial; • preços da nafta, do gás natural, do propeno e de outras matérias-primas; • medidas tomadas pelos principais acionistas da Companhia; • capacidade de implantar a estratégia de financiamento e captar fundos em termos satisfatórios; • progresso na integração das operações de empresas ou ativos que vierem a ser adquiridos no futuro, de modo a auferir os benefícios previstos com essas aquisições; • alterações em leis e regulamentos, incluindo, entre outros, aqueles que versam sobre questões tributárias e ambientais e tarifas de importação em outros mercados em que a Companhia atua ou para os quais exporta seus produtos; • alterações futuras em políticas brasileiras e ações relacionadas por parte do governo brasileiro; • prosseguimento da atual situação de desaquecimento econômico mundial ou maior retração da economia brasileira e mundial; • desfecho de processos de grande monta relativos a tributação, questões trabalhistas e outras questões legais e • outros fatores mencionados ou discutidos no “Item 3. Principais Informações — Fatores de risco.” As informações prospectivas não constituem garantia de desempenho futuro, podendo os resultados ou acontecimentos efetivos diferir de forma relevante das expectativas expressas nessas informações. Quanto às informações prospectivas, relacionadas a resultados financeiros futuros e outras projeções, os resultados reais serão diferentes em razão da incerteza inerente a estimativas, previsões e projeções. Em vista dessas incertezas, os investidores em potencial não devem basear-se unicamente nessas informações. As declarações prospectivas são válidas apenas na data em que são feitas e a administração não assume nenhuma obrigação de atualizá-las em função de novas informações ou acontecimentos futuros, ou de divulgar publicamente eventuais revisões dessas declarações de modo a refletir acontecimentos ou circunstâncias posteriores ou a ocorrência de fatos não previstos. iv PARTE I ITEM 1. IDENTIDADE DE CONSELHEIROS, DIRETORES E CONSULTORES Não se aplica. ITEM 2. ESTATÍSTICAS REFERENTES À OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO Não se aplica. ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES Informações financeiras e outras informações selecionadas As informações selecionadas a seguir devem ser lidas em conjunto com a “Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”, “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras” e nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas e suas respectivas notas explicativas, que estão incluídas neste relatório anual. As informações financeiras selecionadas em 31 de dezembro de 2012 e 2011 e para o período de três anos findo em 31 de dezembro de 2012 foram extraídas de nossas demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com as normas de IFRS e inclusas neste relatório anual. As informações financeiras selecionadas em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foram extraídas de nossas demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com as normas de IFRS e não estão inclusas neste relatório anual. As informações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2010 e 2009 foram nossas primeiras demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as normas de IFRS. Assim, apresentamos somente as informações relativas aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011, 2010 e 2009. Foram incluídas informações relativas aos dividendos e/ou juros sobre o capital próprio pagos a detentores de ações ordinárias e ações preferenciais da Companhia a partir de 1° de janeiro de 2008 em reais e em dólares convertidos de reais à taxa de venda comercial em vigor na data do pagamento, como exposto no “Item 8—Informações financeiras —Dividendos e política de dividendos —Pagamento de dividendos.” Elaboramos as demonstrações financeiras individuais em concordância com o BRGAAP para certos fins, incluindo o cálculo de dividendos. 2012(1) (em milhões de US$, exceto valores por ação e quando indicado) Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 2011(2) 2010(2)(3) 2009(4) (em milhões de reais, exceto valores por ação e quando indicado) Dados da demonstração de resultado: Receita líquida ................................................................................................ US$17.378,7 Custo de produtos vendidos ................................................................(15.762,2) Lucro bruto ................................................................................................1.616,5 Receitas (despesas): Despesas com vendas................................................................ (197,4) Despesas com distribuição ................................................................ (276,5) Despesas gerais e administrativas ................................................................ (488,5) Despesas com pesquisa e desenvolvimento ................................ (52,0) Equivalência patrimonial ................................................................ (12,6) Resultado de combinação de negócios ................................ — Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas................................ 163,3 Lucro operacional ................................................................ 752,8 Resultado financeiro: Despesas financeiras ................................................................ (1.909,7) 259,5 Receitas financeiras ................................................................ Lucro (prejuízo) antes de IR e CSLL ................................................................ (897,4) 388,3 Imposto de renda e contribuição social ................................................................ Lucro (prejuízo) de operações continuadas ................................ (509,1) 147,8 Lucro (prejuízo) de operações descontinuadas................................ US$(361,3) Lucro (prejuízo) líquido ................................................................ R$35.513,4 (32.210,0) 3.303,4 R$32.497,1 (28.819,4) 3.677,7 R$25.025,7 (21.028,9) 3.996,8 R$16.136,1 (13.529,7) 2.606,4 (403,4) (565,0) (998,3) (106,2) (25,8) — 333,9 1.538,6 (319,2) (480,5) (934,8) (99,1) (1,7) 30,0 (3,6) 1.868,8 (353,6) (335,5) (931,1) (78,8) 18,2 975,3 (96,6) 3.194,7 (298,8) (300,7) (648,3) (63,1) 3,2 102,1 3,7 1.404,3 (3.902,5) 530,2 (1.833,7) 793,4 (1.040,3) 302,0 R$(738,3) (3.551,7) 765,0 (917,9) 373,7 (544,2) 56,0 R$(488,2) (1.692,0) 364,9 1.867,6 6,1 1.873,7 15,8 R$1.889,5 685,4 (331,3) 1.758,4 (1.359,9) 398,5 Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores ................................ US$(357,8) Lucro líquido atribuível aos acionistas não controladores ................................ (3,5) (731,1) (7,2) (496,5) 8,3 R$1.895,3 (5,8) R$398,5 — 1 R$398,5 Lucro (prejuízo) por ação: Básico: Ações ordinárias ................................................................ Ações preferenciais classe "A” ................................................................ ADS ................................................................................................ Diluído: Ações ordinárias ................................................................ Ações preferenciais classe "A” ................................................................ ADS ................................................................................................ (1,2975) (1,2975) (0,6921) (0,6921) 2,6816 2,5683 0,7551 0,7842 1,5684 (1,2970) (1,2970) (2,5940) (0,6919) (0,6919) (1,3838) 2,6810 2,5677 5,1354 0,7554 0,7845 1,5690 ___________________ (1) (2) (3) (4) Convertido para conveniência do leitor, usando a taxa de venda divulgada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2012, de R$2,0435 = US$1,00. As informações financeiras relativas a 2011 e 2010, apresentadas para fins de comparação com 2012, foram reapresentadas para refletir os impactos das operações descontinuadas da Cetrel S.A. Distribuidora de Água Camaçari (antiga Braskem Distribuidora S.A. ou Braskem Distribuidora), IQ Soluções & Química S.A. à qual nos referimos como QuantiQ, e IQAG Armazéns Gerais Ltda. (IQAG). Inclui a Braskem America a partir de 1º de abril de 2010. Quattor Participações S.A., ou Quattor (cujo nome foi alterado posteriormente para Braskem Qpar) e as subsidiárias Unipar Comercial e Distribuidora S.A., ou Unipar Comercial, e Polibutenos S.A. Indústrias Químicas, ou Polibutenos, a partir de 1º de maio de 2010. As informações financeiras relativas a 2009 não foram reclassificadas para refletir os impactos das operações descontinuadas mencionadas na nota 2 anterior, uma vez que não houve impactos materiais em 2009. 2012(1) (em milhões de US$, exceto quando indicado) Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 2011 2010(2) 2009 (em milhões de reais, exceto quando indicado) Dados do balanço patrimonial: Caixa, equivalentes e outros investimentos mantidos para venda ...................................................................... Contas a receber de clientes – curto prazo ..................... Estoques ......................................................................... Imobilizado liquido ........................................................ Total do ativo ................................................................. Empréstimos e financiamentos de curto prazo (inclui parcela corrente da dívida de longo prazo)............. Debêntures de curto prazo (inclui parcela corrente das debêntures) ............................................................. Empréstimos e financiamentos de longo prazo .............. Debêntures de longo prazo ............................................. Capital social.................................................................. Patrimônio líquido (inclui participação de minoritários) US$1.608,8 1.138,5 2.007,4 10.363,0 20.143,7 3.287,6 2.326,5 4.102,1 21.176,8 41.163,6 R$2.986,8 1.843,8 3.623,5 20.622,7 37.397,2 R$2.624,3 1.894,6 3.015,7 19.366,3 34.477,5 R$2.945,0 1.666,5 1.721,8 10.947,7 23.371,8 898,5 1.836,0 1.391,8 1.206,4 1.890,5 — 7.671,0 — 3.936,0 4.239,7 — 15.675,6 — 8.043,2 8.663,8 — 13.753,0 19,1 8.043,2 9.979,9 517,7 11.004,3 — 8.043,2 10.408,3 316,7 7.434,9 500,0 5.473,2 4.978,6 Informações de fluxo de caixa Caixa líquido gerado por (usado em): Atividades operacionais ............................................. Atividades de investimento ........................................ Atividades de financiamento ...................................... US$1.258,5 (1.387,0) 310,2 R$2.571,8 (2.834,3) 633,9 R$2.777,5 (2.866,5) 494,7 R$2.720,4 (2.387,6) (388,3) R$598,7 (824,7) 495,3 Outras informações Investimentos de capital: Imobilizado ............................................................... Investimentos em outras sociedades ......................... US$1.366,7 — R$2.792,9 — R$2.252,5 619,2 R$1.689,0 939,4 R$811,7 (1,5) 3.097,4 1.123,1 1.524,9 1.149,8 484,0 2.949,9 1.212,1 1.546,8 1.086,9 504,9 Outras informações financeiras e operacionais Volume de vendas no mercado interno (em milhares de toneladas):(3) Eteno ............................................................................. Propeno ......................................................................... Polietileno ..................................................................... Polipropileno................................................................. PVC 3.329,3 1.170,4 1.668,2 1.233,3 560,9 2.253,2 994,6 1.048,4 698,5 457,4 ___________________ (1) (2) (3) Convertido para conveniência do leitor, usando a taxa de venda divulgada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2012, de R$2,0435 = US$1,00. Inclui a Braskem America a partir de 1º de abril de 2010, Quattor e as subsidiárias Unipar Comercial e Polibutenos, a partir de 1º de maio de 2010. Inclui vendas entre empresas do grupo. As vendas entre empresas do grupo de eteno totalizaram aproximadamente 2.805.500 toneladas em 2012, 2.606.100 toneladas em 2011, 2.511.500 toneladas em 2010 e aproximadamente 1.928.300 toneladas em 2009. As vendas entre empresas do grupo de propeno totalizaram aproximadamente 950,000 toneladas em 2012, 905.400 toneladas em 2011, aproximadamente 926.300 toneladas em 2010 e aproximadamente 628.800 toneladas em 2009. 2 Taxas de câmbio O regime de câmbio brasileiro permite a compra e a venda de moedas estrangeiras e a transferência internacional de reais por qualquer pessoa física ou jurídica, independentemente do valor, respeitados alguns procedimentos reguladores. Desde 1999, o Banco Central permite que a taxa de câmbio real/dólar flutue livremente e, desde então, ela de fato oscilou consideravelmente. No passado, o Banco Central interveio ocasionalmente visando controlar movimentações instáveis das taxas de câmbio. Não se pode prever se o Banco Central ou o governo brasileiro continuará a permitir que o real flutue livremente ou se intervirá no mercado de câmbio por meio de sistema de bandas cambiais ou por outra forma. O real pode apresentar substancial valorização ou desvalorização frente ao dólar. Além disso, a legislação brasileira prevê que, sempre que houver um desequilíbrio grave na balança de pagamentos do país ou sérias razões para prever tal desequilíbrio, poderão ser impostas restrições a remessas de capital estrangeiro para o exterior. Não se pode assegurar que tais medidas não virão a ser tomadas pelo governo brasileiro no futuro. Ver “—Fatores de risco—Riscos relativos ao Brasil—As políticas de controle cambial do governo brasileiro podem aumentar o custo do serviço da dívida expressa em moeda estrangeira, afetar negativamente a capacidade de efetuar pagamentos referentes às obrigações de dívidas expressas em moeda estrangeira e comprometer a liquidez da Companhia” e “—Fatores de risco—Riscos relativos às ações preferenciais classe A e ADSs—Controles cambiais e restrições a remessas ao exterior podem afetar negativamente os detentores de ADSs e as correspondentes ações preferenciais classe A”. A tabela a seguir apresenta a taxa de venda do dólar no mercado comercial nos períodos e datas indicados. As informações da coluna “Média” representam a média das taxas de câmbio vigentes no último dia de cada mês nos anos apresentados. Ano Máxima 2008 2009 2010 2011 2012 2,500 2,422 1,881 1,902 2,112 Reais por dólar Mínima Média 1,559 1,702 1,655 1,535 1,702 1,834 1,990 1,759 1,675 1,955 Fim do Ano 2,337 1,741 1,666 1,876 2,043 Reais por dólar Máxima Mínima 2,038 2,022 2,107 2,031 2,112 2,044 2,047 1,988 1,989 1,957 2,019 1,953 2,019 2,018 Mês Outubro de 2012 Novembro de 2012 Dezembro de 2012 Janeiro de 2013 Fevereiro de 2013 Março de 2013 Abril de 2013 (até 03 de abril) ______________ Fonte: Banco Central Fatores de risco Riscos relativos à Companhia e ao setor petroquímico A natureza cíclica do setor petroquímico pode reduzir nossa receita líquida e nossa margem bruta. A indústria petroquímica, incluindo os mercados em que atuamos, é cíclica e sensível a mudanças globais em oferta e demanda. Essa natureza cíclica pode reduzir nossa receita líquida de vendas e nossa margem bruta, inclusive pelas seguintes razões: • desaquecimentos nos negócios e na atividade econômica em geral podem causar diminuição da demanda por nossos produtos; • com a queda global da demanda, podem haver pressões competitivas para baixar preços; e • se decidirmos ampliar nossas fábricas ou construir novas instalações, podemos fazê-lo com base na estimativa de uma demanda futura que talvez não se concretize ou se concretize em níveis abaixo do previsto. Historicamente, os mercados internacionais de produtos petroquímicos passaram por períodos alternados de oferta limitada, o que acarretou aumento dos preços e margens de lucro, seguidos por expansão na capacidade de produção, resultando em excesso de oferta e diminuição dos preços e margens de lucro. Os preços no setor petroquímico brasileiro seguem o setor petroquímico mundial e os preços de nossos produtos vendidos no Brasil são fixados tomando por referência os preços dos mercados internacionais. Nossa receita líquida de vendas e nossa margem bruta estão cada vez mais vinculadas a condições da indústria global, sobre as quais não temos controle, na medida em que a demanda mundial e interna por petroquímicos está fortemente relacionada ao crescimento econômico. 3 Diversas empresas petroquímicas anunciaram planos de construir capacidade adicional de eteno, principalmente na Ásia, no Oriente Médio e na América do Norte. Segundo a IHS, 34,3 milhões de toneladas de capacidade anual de eteno estão programadas para serem ativadas entre 2013 e 2017. Com base no crescimento histórico da demanda por polietileno, polipropileno e PVC, acreditamos que a capacidade adicional introduzida no mercado em 2012 e 2011 e que se espera seja introduzida no mercado durante os próximos anos será absorvida pelo mercado no médio prazo. Entretanto, no curto prazo, esperamos que a produção gerada por esse aumento em capacidade possa levar a uma pressão contínua sobre os preços nos mercados internacionais e em um aumento na concorrência de importados nos mercados brasileiros, que poderiam afetar negativamente nossas receitas de vendas, margens brutas e resultados operacionais em geral. Fatores macroeconômicos globais têm produzido, e podem continuar a produzir, efeitos negativos sobre as margens que colocamos em nossos produtos. Nosso resultado operacional pode ser materialmente afetado por condições adversas nos mercados financeiros e condições econômicas negativas em geral. Pioras no ambiente econômico de determinadas regiões geográficas onde comercializamos nossos produtos podem reduzir substancialmente a demanda por nossos produtos e resultar na queda do volume de vendas. Ambientes de recessão econômica podem afetar negativamente nosso negócio, em função da redução da demanda por nossos produtos. A volatilidade da economia mundial que teve início em setembro de 2008 teve um efeito negativo no crescimento econômico brasileiro e tem produzido, e poderá continuar a ter, um efeito adverso sobre o crescimento econômico nos países para os quais exportamos nossos produtos. A crise de dívida soberana na Europa causou um impacto negativo no sistema financeiro mundial no segundo semestre de 2011, o que levou à redução na demanda por petroquímicos. Em 2012, o crescimento da economia brasileira diminuiu, chegando a 0,9% do PIB, comparado a 2,7% em 2011 e 7,5% em 2010. Tais fatores contribuíram parcialmente para o aumento de apenas 1,7% na demanda global por resinas termoplásticas em 2012, ao passo que no Brasil tal crescimento foi de 1,9% em 2012. Apesar dos sinais de melhoria nos Estados Unidos, o ritmo de recuperação dessa economia e das economias europeias ainda é incerto. Somado a isso, a instabilidade política no Oriente Médio, sanções e outras ações relativas ao Irã, ou eventos semelhantes que possam ocorrer no futuro podem levar a efeitos imprevisíveis sobre a economia global ou as economias das regiões afetadas. Nossa capacidade de exportar para outros países é uma função do nível de crescimento econômico nesses países e outras condições econômicas, incluindo taxas de inflação e juros vigentes. Acreditamos que a contínua crise na economia global, combinada ao aumento da capacidade global da indústria petroquímica, pode levar à queda na lucratividade do setor petroquímico mundial e, consequentemente, a margens menores dos nossos produtos. Adicionalmente, quebras no equilíbrio global entre demanda e oferta podem prejudicar nossa habilidade de exportar nossos produtos em razão de uma queda na demanda interna por esses produtos. Períodos de prolongada volatilidade da atividade econômica em nossos principais mercados de exportação podem continuar a reduzir a demanda por alguns de nossos produtos e levar a maiores pressões de preços por importadores brasileiros, o que pode afetar negativamente nossos resultados operacionais. Enfrentamos concorrência de produtores de polietileno, polipropileno, PVC e outros produtos petroquímicos. Enfrentamos concorrência no Brasil de produtores brasileiros e internacionais de polietileno, polipropileno, PVC e outros produtos petroquímicos. Nossas operações nos Estados Unidos enfrentam concorrência naquele país de outros produtores americanos de polipropileno. Nossas operações na Alemanha enfrentam concorrência na Europa e nos outros mercados de exportação que atende por parte de produtores europeus e de outros países de polipropileno. Em geral, os preços de nossos produtos de segunda geração vendidos no Brasil são fixados tomando por referência os preços cobrados por produtores estrangeiros nos mercados internacionais e os preços do polipropileno vendido nos Estados Unidos são estabelecidos com base nos índices do setor ou em negociações com seus clientes. Geralmente determinamos os preços de nossos produtos de segunda geração exportados do Brasil com base nos preços praticados no mercado à vista internacional. Como resultado da ativação anunciada da nova capacidade de eteno, em particular no Oriente Médio e na China, somado ao aumento da concorrência de produtores de eteno que utilizam gás como matéria-prima nos Estados Unidos, devido a seus custos de matéria-prima relativamente mais baixos, a administração prevê que poderemos enfrentar concorrência cada vez mais intensa de outros produtores de produtores de segunda geração, tanto no Brasil com nos mercados estrangeiros nos quais ela vende esses produtos. Adicionalmente, a valorização do real em relação ao dólar norte-americano, como tem ocorrido recentemente, aumenta a competitividade do preço de produtos importados em reais, o que tem causado um aumento na concorrência no Brasil por parte de outros produtores de produtos de segunda geração. Alguns dos concorrentes estrangeiros são empresas substancialmente maiores, que contam com recursos financeiros, produtivos, tecnológicos e de marketing superiores aos da Companhia. Custos mais altos da matéria-prima podem aumentar o custo de vendas e prestação de serviços e diminuir a margem bruta, afetando negativamente nosso resultado financeiro total. A nafta, um derivado do petróleo bruto, é a principal matéria-prima utilizada por nossa Unidade de Petroquímicos Básicos e, indiretamente, por nossas outras unidades de negócios. Em 2012, a nafta respondeu, direta e indiretamente, por cerca de 49,3% dos custos consolidados de vendas e serviços prestados. 4 Adquirimos nafta para ser utilizada por nossa Unidade de Petroquímicos Básicos da Petróleo Brasileiro S.A.— Petrobras (Petrobras) a preços baseados em diversos fatores, que incluem os preços da nafta e de uma série de outros derivados de petróleo praticados pelo mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia, a volatilidade dos preços desses produtos nos mercados internacionais, a taxa de câmbio dólarreal e o nível de parafinidade da nafta entregue. O preço da nafta comprada de outros fornecedores internacionais também está atrelado ao preço do Mercado Amsterdã-RoterdãAntuérpia, que oscila principalmente de acordo com variações no preço em dólares do petróleo bruto nos mercados internacionais. Em 2012, o preço médio da nafta no Mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia em dólares aumentou 0,5%, passando de US$931,12 por tonelada em 2011 para US$936,06 por tonelada em 2012. O preço da nafta em dólares apresentou volatilidade em 2012, devido principalmente à especulação e problemas relacionados à oferta no mercado de petróleo, subindo da média de US$950,6 por tonelada em janeiro de 2012 para uma média de US$1.068,8 por tonelada em março de 2012, caindo posteriormente para US$729,5 por tonelada em junho de 2012, e voltando a subir para US$938,5 por tonelada em dezembro de 2012. A partir de 31 de dezembro de 2012, o preço da nafta em dólares aumentou para uma média de US$991,9 em fevereiro de 2013. O preço da nafta pode manter a trajetória volátil. Além disso, futuras variações no preço do dólar norte-americano podem efetivamente causar um aumento dos custos da nafta em reais. Um aumento da nafta reduziria a margem bruta da Companhia e afetaria negativamente seu resultado financeiro total, na impossibilidade de repasse desse aumento de custos aos clientes, e poderia reduzir o volume de vendas de nossos produtos. A volatilidade política no Oriente Médio tem produzido e pode continuar a produzir efeitos negativos na produção de petróleo e na volatilidade dos preços, consequentemente elevando os preços da nafta e de outros produtos petroquímicos no mundo todo. A volatilidade do preço da nafta e a tendência de elevação do preço do petróleo e da nafta têm efeitos na competitividade de preços de nossos craqueadores derivados de nafta e de nossas resinas. Como as tendências relativas aos preços da nafta e do etano têm oscilado mais em anos recentes do que a média histórica, os produtores de eteno e de produtos de resina derivados de etano vêm tendo custos de matéria-prima mais baixos do que os produtores dos mesmos produtos derivados de nafta. Consequentemente, aumentos significativos nos diferenciais de preços entre a nafta e o gás aumentam a competitividade dos produtos derivados de etano, e podem resultar em pressões de preço nos mercados internacionais e numa maior vulnerabilidade da Companhia à crescente concorrência no Brasil por parte de produtos importados. Novas reservas de gás natural na América do Norte podem levar a uma redução nos preços globais de polietileno, o que reduziria nossa margem bruta, causando um impacto negativo em nosso desempenho financeiro geral. Durante os últimos anos, o uso de etano como matéria-prima para a produção de eteno aumentou, devido à diferença entre o custo do gás natural e do petróleo (de onde se obtêm a nafta e condensados). As reservas de gás natural aumentaram, especialmente na América do Norte, conforme observou-se uma evolução na tecnologia de extração desse gás. A fim de aumentar sua competitividade global, a maior parte dos produtores de eteno nos Estados Unidos, que possuem a flexibilidade de utilizarem etano como matériaprima, converteram suas plantas para o uso de etano como matéria-prima. Como resultado do aumento das reservas de gás natural na América do Norte, (1) o gás natural voltou a ser uma alternativa de baixo custo para produtos derivados de petróleo, e (2) a produção adicional de gás aumentou a pressão de preço sobre o etano. Caso essa tendência permaneça, novos concorrentes poderão surgir no mercado de eteno. Os produtores de polietileno na América do Norte têm se beneficiado da condição de baixo custo do preço do gás natural, e o aumento na competitividade de produtores de polietileno na América do norte pode causar uma redução no preço interno e internacional do polietileno, o que reduzia nossa margem bruta, causando um impacto negativa em nosso desempenho financeiro geral. Não fazemos hedge contra variações no preço da nafta, ficando assim expostos a flutuações no preço de nossa principal matériaprima. Atualmente, não fazemos hedge de nossa exposição a flutuações do preço da nafta, que está vinculado à taxa de câmbio real/dólar. Apesar das tentativas de repassar os aumentos no preço da nafta ao preço dos produtos, em períodos de alta volatilidade do preço da nafta em dólares ou da taxa de câmbio real/dólar, existe uma defasagem entre a data do aumento do preço da nafta em dólares ou da desvalorização do real frente ao dólar e a data na qual podemos efetivamente repassar tal aumento de custo em reais a nossos clientes no Brasil. Assim, se houver um aumento brusco dos preços da nafta em dólares ou uma desvalorização brusca do real frente ao dólar, como ocorreu no quarto trimestre de 2008 e no terceiro trimestre de 2011, é possível que não possamos repassar imediatamente todos os correspondentes custos com nafta aos clientes no Brasil, o que provavelmente reduziria nossa margem bruta e nosso lucro líquido. A Companhia depende da Petrobras para o fornecimento de uma parcela significativa de suas necessidades de nafta, etano e propano. A Petrobras é a única fornecedora de nafta no Brasil, e tem historicamente fornecido cerca de 70% da nafta consumida por nossa Unidade de Petroquímicos Básicos. A Petrobras produz a maior parte da nafta que vende para nós e importa o restante. Além disso, a empresa também é a única fornecedora atual de etano e propano e fornece todo o etano e o propano consumido por nossa subsidiária Rio Polímeros S.A. (RioPol), que opera o polo petroquímico localizado em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, ou o Polo do Rio de Janeiro. 5 Nosso volume de produção e nossas receitas de vendas provavelmente cairiam, e nosso desempenho financeiro em geral seria afetado negativamente, nas seguintes hipóteses: • danos significativos às refinarias da Petrobras ou às instalações portuárias por meio das quais a Petrobras importa nafta, ou a quaisquer dos dutos que ligam a Companhia às instalações da Petrobras, seja em consequência de acidente, desastre natural, incêndio ou por outro motivo qualquer; • a eventual rescisão, pela Petrobras, dos contratos de fornecimento de nafta, etano ou propano à Companhia, que dispõem que a Petrobras pode rescindir o por diversas razões descritas no “Item 4. Informações sobre a Companhia—Unidade de Petroquímicos Básicos—Matérias-primas da Unidade de Petroquímicos Básicos”. Adicionalmente, apesar de alterações regulatórias terem extinguido o monopólio da Petrobras no mercado brasileiro de nafta, o que permitiu à Companhia importar nafta, qualquer revés na continuidade do processo de desregulamentação da indústria de óleo e gás no Brasil pode aumentar os custos de produção. As Unidades de Poliolefinas e de Vinílicos dependem de nossas plantas de petroquímicos básicos para o fornecimento de suas necessidades de eteno e propeno. A Unidade de Petroquímicos Básicos é a única fornecedora de eteno à Unidade de Vinílicos, a única fornecedora de eteno às plantas da Unidade de Poliolefinas, e a principal fornecedora de propeno às plantas de polipropileno de nossa Unidade de Poliolefinas. Como o custo de armazenamento de eteno e propeno é significativo e não existe no Brasil infraestrutura adequada que possibilite a importação de grandes volumes desses produtos, nossas plantas de poliolefinas e nossa Unidade de Vinílicos dependem grandemente do eteno e do propeno fornecidos por nossas plantas de petroquímicos básicos, seu volumes de produção e receita líquida de vendas proveniente das vendas de produtos vinílicos e de poliolefinas diminuiriam e seu desempenho financeiro como um todo seria negativamente afetado nas seguintes hipóteses: • eventuais danos significativos às instalações de nossa Unidade de petroquímicos Básicos por meio das quais é produzido eteno ou propeno, ou ao duto ou outras instalações que conectam nossas plantas de vinílicos e poliolefinas às nossas plantas de petroquímicos básicos, seja em consequência de acidente, desastre natural, incêndio ou outro motivo; • eventuais reduções significativas do fornecimento de nafta à Unidade de Petroquímicos Básicos, tendo em vista que a nafta é a principal matéria-prima utilizada por nossa Unidade de Petroquímicos Básicos na produção de eteno e propeno; ou • eventuais reduções significativas no fornecimento de etano ou propano à subsidiária RioPol, tendo em vista que o etano e o propano são as principais matérias-primas usadas pela RioPol na produção de eteno e propeno. Dependemos da Petrobras para uma parcela significativa do propeno que utilizamos no Brasil para a produção de polipropileno. Em 2012, 44,3% do propeno utilizado por nossa planta de poliolefinas foi fornecida pela Petrobras. Como o custo da armazenagem e do transporte do propeno é substancial e o Brasil não possui infraestrutura adequada para permitir a importação de grandes quantidades desses produtos, dependemos grandemente do propeno fornecido pela Petrobras, e os volumes de produção e a receita líquida de vendas dos produtos de polipropileno cairiam, e nosso desempenho financeiro em geral seria negativamente afetado, nas seguintes hipóteses: • eventuais danos significativos às refinarias da Petrobras ou a quaisquer das tubulações que conectam nossas plantas de polipropileno às instalações da Petrobras, seja em consequência de acidentes, desastres naturais, incêndio ou outro motivo; ou • rescisão, pela Petrobras, dos contratos de fornecimento para a Companhia, que dispõem que a que a Petrobras pode rescindir o por diversas razões descritas no “Item 4. Informações sobre a Companhia—Unidade de Poliolefinas—Matérias-primas de Nossa Unidade de Poliolefinas”. O eventual rebaixamento na classificação da Companhia ou de seus títulos de dívida provavelmente resultaria em aumentos das taxas de juros e de outras despesas financeiras relacionadas aos empréstimos e títulos de dívida, podendo reduzir sua liquidez. A Standard & Poor’s Ratings Services, divisão de The McGraw-Hill Companies, Inc., ou Standard and Poor’s, a Moody’s Investors Services, ou Moody’s, e a Fitch, Inc., ou Fitch, atribuem classificações à Companhia e seus títulos de dívida. Atualmente, a Standard and Poor’s, a Moody’s e a Fitch atribuem classificações à Companhia em termos locais e globais. Em termos globais, a classificação atribuída em moeda local para a Companhia pela Standard & Poor’s é “BBB (stable)” e em moeda estrangeira, “BBB (stable)”; a da Moody’s em moeda local foi alterada para “Baa3 (negative)” e em moeda estrangeira, “Baa3 (negative)”; a da Fitch foi alterada em moeda local para “BBB-/Negative Outlook” e em moeda estrangeira, “BBB-/Negative Outlook.” Qualquer decisão dessas agências de classificação de rebaixar as classificações da Companhia e seus títulos de dívida no futuro teria como provável resultado o aumento das taxas de juros e outras despesas financeiras relacionadas aos empréstimos e títulos de dívida, e a inclusão de covenants financeiros 6 nos instrumentos que regulem novas dívidas, podendo reduzir expressivamente a capacidade de captação de recursos da Companhia em condições satisfatórias ou nos valores necessários para assegurar sua liquidez. Alguns dos acionistas podem determinar o resultado de atos ou decisões societários, o que pode afetar os detentores de ações preferenciais classe A e ADSs da Companhia. A companhia Odebrecht S.A. (Odebrecht), direta ou indiretamente, através de sua subsidiária integral Odebrecht Serviços e Participações S.A. (OSP) detém 38,38% do capital social em circulação da Companhia, incluindo 50,11% do capital votante. Pessoas indicadas pela Odebrecht constituem a maioria dos membros do conselho de administração da Companhia. de acordo com o acordo de acionistas, do qual a OSP e a Petrobras são partes, aqui designado Acordo de Acionistas da Petrobras, a Companhia concordou em praticar determinados atos somente após a Odebrecht e a Petrobras chegarem a um consenso com relação a eles, e que a Odebrecht terá o poder exclusivo de aprovar o plano de negócios da Companhia, conforme descrito no “Item 7. Principais acionistas e operações com partes relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas.” Desta forma, a Odebrecht terá a possibilidade de determinar o resultado da maioria dos atos e decisões societários que requerem a aprovação dos acionistas ou do conselho de administração – em alguns casos, com a anuência da Petrobras — o que poderia afetar os detentores de ações preferenciais classe A e American Depositary Shares, ou ADSs. Pode haver conflitos de interesses nas operações com partes relacionadas. A Companhia tem contas a receber de clientes e contas a pagar correntes e de longo prazo com algumas de suas afiliadas e outras partes relacionadas, entre elas a Petrobras, sua única fornecedora interna de nafta. A Petrobras detém 36,2% do capital circulante da Companhia, e 47,0% de seu capital votante. Os referidos saldos de contas a receber e a pagar são provenientes, sobretudo, da compra e venda de bens, a preços e em condições equivalentes às condições e preços médios pagos das operações que realizamos com terceiros, exceto pelos preços que pagamos em nossos contratos para compra de nafta da Petrobras, que, na opinião da administração, são mais adequados aos produtos recebidos da Petrobras em comparação com os produtos e preços praticados em operações realizadas com outros terceiros. A Companhia também realiza operações financeiras e outras com alguns de seus acionistas diretos e indiretos. Essas e outras operações comerciais e financeiras entre a Companhia e suas afiliadas poderiam dar margem a conflitos de interesses. Podemos fazer aquisições significativas que, se não totalmente integradas, poderão afetar negativamente o resultado operacional. Podemos fazer aquisições significativas no futuro. Aquisições envolvem riscos, entre os quais: • a empresa adquirida pode não alcançar os resultados esperados; • pode não ser possível conservar ou contratar pessoas essenciais das empresas adquiridas; • pode não ser possível obter as sinergias e/ou economias de escala esperadas; • pode haver passivos não previstos; e • pode haver implicações de defesa da concorrência. Se não houver possibilidade de integrar ou administrar com êxito as empresas adquiridas, é possível que não se concretizem as previsões de economias de custos, crescimento da receita e níveis de integração, o que poderia resultar em diminuição da rentabilidade ou prejuízos operacionais. Podemos enfrentar dificuldades não previstas na implantação do Projeto Etileno XXI, de forma que tal projeto poderia deixar de proporcionar os benefícios esperados para a Companhia. Em 2012, a Companhia iniciou a construção de um complexo de olefinas, o Complexo México, localizado no estado mexicano de Veracruz. Para mais informações sobre o Projeto Etileno XXI, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—Investimentos de capital—Projetos de Joint Ventures – Projeto Etileno XXI” e “Item 4. Informações sobre a Companhia—Acordos Relacionados ao Projeto Etileno XXI.” A Braskem Idesa S.A.P.I. ou Braskem Idesa, nossa joint venture com o Grupo Idesa, S.A. de C.V. um dos principais grupos petroquímicos do México, ou Idesa, para o desenvolvimento do Projeto Etileno XXI deverá realizar significativos investimentos de capital para implantação do projeto. A possibilidade de a Companhia atingir seus objetivos estratégicos em relação a esse projeto dependerá, em grande parte, da implantação bem-sucedida, tempestiva e eficaz em termos de custos de tal projeto. Estes são fatores que poderiam afetar tal implantação: • o resultado das negociações com governos, fornecedores, clientes ou outros; 7 • condições de mercado capazes de afetar negativamente a capacidade da Braskem Idesa de captar os financiamentos necessários para a implantação dos projetos; • dificuldades na obtenção das licenças requeridas ou no cumprimento das regulamentações aplicáveis; • ocorrência de dificuldades técnicas imprevistas (entre elas problemas técnicos que podem atrasar a entrada em funcionamento ou interromper a produção do Projeto Etileno XXI ou resultar em tempo parado inesperado das unidades da Braskem Idesa); • atrasos na entrega de equipamentos ou serviços de terceiros pelos fornecedores da Braskem Idesa; • a não conformidade dos equipamentos fornecidos por esses fornecedores com as capacidades esperadas e • atrasos decorrentes do fato de terceiros fornecedores ou contratados não cumprirem suas obrigações de maneira tempestiva e eficaz do ponto de vista dos custos. Embora a administração acredite que as estimativas de custos e os calendários de implantação do Projeto Etileno XXI sejam razoáveis, não se pode assegurar que os custos reais ou o prazo real exigido para finalizar a implantação do projeto não superem substancialmente as atuais estimativas. Eventuais estouros significativos de custos ou atrasos poderiam prejudicar ou impedir a implantação do plano de negócios da Companhia em sua versão original e resultar em receitas e lucro líquido abaixo do esperado. Futuros reajustes de tarifas sobre importações que concorrem com nossos produtos poderiam forçar uma baixa em nossos preços. Atualmente, a Companhia se beneficia de tarifas impostas pelo Governo Brasileiro que lhe permitem cobrar preços internos de poliolefinas e vinílicos que incluem um fator baseado nas tarifas incidentes sobre importação de produtos comparáveis. No entanto, em outras ocasiões, o governo brasileiro já usou tarifas de importação e exportação como instrumento de políticas econômicas, razão pela qual as tarifas podem variar consideravelmente, sobretudo aquelas incidentes sobre produtos petroquímicos. Em 2004, por exemplo, o governo baixou em 1,5% as tarifas da maioria dos produtos termoplásticos produzidos pela Companhia. Em setembro de 2012, o governo brasileiro aumentou as taxas de importação de produtos relacionados a diversos setores, inclusive a taxa de importação do polietileno. Em outubro de 2012, houve aumento da tarifa de importação do polietileno de 14% para 20%. Futuras alterações de tarifas poderiam causar um aumento na concorrência por parte de importados e levar a Companhia a baixar seus preços no mercado interno, o que provavelmente resultaria em diminuição da receita líquida de vendas e poderia afetar negativamente o desempenho financeiro como um todo. Nossos negócios estão sujeitos a rígida regulamentação ambiental, e a promulgação de novos regulamentos poderia exigir expressivos investimentos de capital e aumento dos custos operacionais. Assim como outros produtores petroquímicos brasileiros, estamos sujeitos a rigorosa legislação e regulamentação ambiental brasileira, federal, estadual e municipal, relativas à saúde humana, ao manejo e descarte de resíduos sólidos e perigosos e às descargas de poluentes na atmosfera e na água. Os produtores petroquímicos ficam por vezes sujeitos a percepções desfavoráveis do mercado em consequência do impacto ambiental de seu negócio, o que pode ter um efeito adverso sobre seus resultados operacionais. As operações nos Estados Unidos e na Alemanha que adquirimos como parte da Aquisição da Sunoco Chemicals, descrita no “Item 4. Informações sobre a Companhia—Histórico e Desenvolvimento da Companhia—Aquisição da Sunoco Chemicals” e da Aquisição da Dow Polipropileno, descrita no “Item 4. Informações sobre a Companhia—Histórico e Desenvolvimento da Companhia— Aquisição da Dow Polipropileno”, estão sujeitas a um grande número de leis, regulamentos, normas e portarias federais, estaduais e locais daqueles países relativas a poluição, proteção do meio ambiente e geração, armazenamento, manuseio, transporte, tratamento, descarte e reparação de substâncias e resíduos perigosos. As leis e regulamentos ambientais dos Estados Unidos podem nos responsabilizar pela conduta de terceiros ou por atos que, quando praticados, cumpriam os requisitos então aplicáveis, a despeito de negligência ou falha. São de particular importância nesse sentido (1) os programas reguladores a serem estabelecidos para implementar normas de qualidade do ar de acordo com as Normas Nacionais para a Qualidade do Ar Ambiente no tocante a ozônio e partículas finas, promulgadas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos e (2) várias medidas legislativas e reguladoras atualmente em fase de análise, discussão ou implementação nos Estados Unidos que versam sobre as emissões de gases do efeito estufa. Os custos e investimentos de capital relativos a questões ambientais, de saúde ou segurança estão sujeitas a exigências reguladoras em evolução e dependem da época da promulgação e entrada em vigor das correspondentes normas específicas. Ademais, mudanças nos regulamentos ambientais poderiam inibir ou interromper nossas operações ou exigir modificações em suas instalações. Desta forma, questões ambientais, de saúde ou segurança podem resultar em custos ou passivos significativos e não previstos. Os produtos que fabricamos estão sujeitos a risco de incêndio, explosões e outros perigos. Nossas operações estão sujeitas a riscos, tais como incêndios, explosões e outros acidentes, associados à fabricação de produtos petroquímicos e ao armazenamento e transporte de insumos e produtos petroquímicos. Esses riscos podem acarretar danos pessoais e 8 perda de vidas, graves danos ou destruição de imóveis e equipamentos e danos ambientais. Um acidente de grandes proporções em uma de nossas plantas ou instalações de armazenamento pode nos obrigar a suspender temporariamente nossas operações, resultando em altos custos de reparação e perda de receita líquida de vendas. Por exemplo, em maio de 2011, nossa unidade de cloro soda em Alagoas passou por um vazamento de cloro e ruptura de um equipamento, causado por um aumento anormal e imprevisível na concentração de tricloroamina gerada pelo processo de produção dessa planta. Como resultado do vazamento de cloro, aproximadamente 150 residentes locais foram examinados para verificar contaminação respiratória pelo pronto socorro do hospital local. Todos foram liberados dentro de 24 horas. A ruptura no equipamento resultou na hospitalização de cinco funcionários da Mills Estruturas e Serviços de Engenharia S.A. que trabalhavam na unidade, três dos quais tiverem alta do hospital no dia seguinte. Como consequência destes incidentes, nossa unidade de cloro soda foi temporariamente parada por aproximadamente duas semanas. Apesar da cobertura de seguros em relação a danos causados por incêndio e lucros cessantes em razão de paradas ocasionadas por incêndio, explosão ou avarias elétricas, os proventos de tais seguros podem não estar disponíveis em tempo hábil ou ser insuficientes para cobrir todos os prejuízos em caso de sinistro. O desfecho desfavorável de processos em curso pode diminuir nossa liquidez e afetar negativamente nosso desempenho e nossa situação financeira. A Companhia é e pode voltar a ser no futuro parte em numerosas disputas tributárias, cíveis e trabalhistas envolvendo, entre outros aspectos, reivindicações monetárias. Se forem proferidas decisões desfavoráveis em um ou mais desses processos, a Companhia poderá ter de pagar quantias substanciais. Para alguns desses processos, não foi constituída provisão no balanço patrimonial, ou foram constituídas provisões para parte dos montantes em questão, com base na avaliação da administração e no parecer dos advogados quanto à probabilidade de êxito nesses processos. Para mais informações sobre processos judiciais, vide “Item 8. Informações financeiras—Processos judiciais.” Agitações trabalhistas podem afetar nossas operações significativa e negativamente. Agitações trabalhistas em nossas plantas e instalações podem produzir um efeito negativo relevante em nossa condição financeira ou resultados operacionais. Por exemplo, em agosto de 2010, os funcionários sindicalizados da planta em Neal, West Virginia, entraram em greve e, durante esse período, a planta foi operada sob a supervisão da administração até maio de 2011, quando a Braskem America assinou um novo acordo coletivo. Embora a Companhia acredite que mantenha um bom relacionamento com seus funcionários, ações trabalhistas futuras, inclusive greves, podem ter um impacto negativo substancial em seu desempenho financeiro. Desastres naturais, condições climáticas extremas e gerais podem afetar nossos negócios significativa e negativamente. Algumas de nossas instalações estão localizadas em regiões que podem ser afetadas por desastres naturais, tais como inundações, terremotos, furacões, tornados e outros, o que poderia causar a interrupção de nossas operações ou das operações de nossos clientes, além de prejudicar ou destruir a infraestrutura necessária para transportar nossos produtos como parte da cadeia de fornecimento. Tais eventos poderiam exigir a realização de paradas de manutenção, causar atraso nas entregas do estoque existente ou resultar em reparos custosos, substituição de equipamento ou outros custos, todos os quais poderiam produzir um impacto negativo e material em nosso desempenho financeiro. Riscos relativos ao Brasil As condições econômicas e políticas do país, bem como as políticas econômicas e outras políticas do governo brasileiro, podem afetar negativamente a demanda por nossos produtos, nossa receita líquida de vendas e desempenho financeiro em geral. A economia brasileira tem sido caracterizada por intervenção frequente e por vezes ampla do governo brasileiro, bem como por ciclos econômicos instáveis. O governo brasileiro, com frequência, altera as políticas monetária, tributária, creditícia, tarifária e outras com o fim de influenciar o curso da economia do Brasil. As medidas tomadas pelo governo brasileiro visando controlar a inflação e implementar outras políticas já incluíram controles de salários e preços, bloqueio do acesso a contas bancárias, imposição de controles de capital e limitações às importações. Nossos resultados operacionais e nossa situação financeira e patrimonial podem ser negativamente afetados por fatores tais como: • flutuações nas taxas de câmbio; • políticas de controle cambial; • taxas de juros; • inflação; • políticas tributárias; • expansão ou contração da economia brasileira, medida pelas taxas de crescimento do PIB; 9 • liquidez nos mercados financeiros e creditícios internos e • outros acontecimentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos ou Brasil ou que afetem o país. A incerteza acerca do fato de possíveis mudanças em políticas ou normas afetarem estes ou outros fatores pode contribuir para as incertezas econômicas no Brasil e para intensificar a volatilidade nos mercados acionários brasileiros e nos valores mobiliários emitidos no exterior por emissores brasileiros. O Presidente do Brasil tem poderes consideráveis para determinar políticas e atos governamentais relativos à economia do país e que, desta forma, afetam as operações e o desempenho financeiro das empresas. Embora não acreditemos que a atual presidente Dilma Rousseff irá alterar significativamente as políticas adotadas atualmente, não podemos garantir que as políticas que poderiam ser implantadas pela União e pelos governos estaduais não irão afetar negativamente os negócios da Companhia, os resultados de suas operações e sua situação financeira. Mudanças futuras na política industrial e ações relacionadas por parte do governo brasileiro podem produzir um impacto negativo e material na demanda por nossos produtos, bem como em nossa receita líquida de vendas e desempenho financeiro em geral. Atualmente nos beneficiamos de algumas políticas industriais e ações relacionadas por parte do governo brasileiro, que visam fortalecer a economia interna e determinadas industriais locais. Algumas dessas políticas e ações incluíram recentemente reduções em encargos trabalhistas para a indústria transformadora de plástico, um programa de incentivo à competitividade de produtores brasileiros de plástico em mercados de exportação através do refinanciamento de impostos federais sobre exportações, intervenção do governo federal visando uniformizar tarifas de importação em portos locais e aumento dos encargos de importação sobre certos produtos, entre eles o polietileno. Tais políticas industriais podem ter duração limitada e serem renovadas ou descontinuadas à critério do governo brasileiro. Não é possível prevermos ou controlarmos quais políticas serão renovadas ou descontinuadas e se haverá propostas ou implantação de alterações futuras à política industrial brasileira. Caso se encerrem as políticas industriais que nos beneficiam, ou sejam implementadas políticas que nos prejudiquem, nossos negócios, resultados operacionais e condições financeiras podem ser afetados negativamente. Flutuações da taxa de câmbio real/dólar podem aumentar a inflação no Brasil e aumentar o custo de serviço da dívida da Companhia expressa em moeda estrangeira, podendo, ainda, afetar negativamente seu desempenho financeiro como um todo. A taxa de câmbio entre o real e o dólar e as taxas relativas de depreciação e valorização do real afetaram os resultados das operações da Companhia e podem continuar a fazê-lo. A moeda brasileira sofreu desvalorizações em diversas ocasiões nas últimas quatro décadas. Ao longo desse período, o governo brasileiro introduziu vários planos econômicos e várias políticas cambiais, entre as quais desvalorizações súbitas, minidesvalorizações periódicas (durante as quais a periodicidade de ajustes variou de diária a mensal), controles cambiais, mercado de câmbio duplo e regime de câmbio flutuante. Ocorreram oscilações expressivas da taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar e outras moedas. Em 2008, principalmente em resultado da volatilidade financeira internacional, investidores estrangeiros retiraram bilhões de reais da BM&FBOVESPA, o que levou à desvalorização de 31,9% do real em relação ao dólar norte-americano. Em 2009 e 2010, o real valorizou-se 25,5% e 4,3% ante o dólar, respectivamente. O real registrou desvalorização de 12,6% e de 9,0% em relação ao dólar norte-americano em 2011 e 2012, respectivamente. A desvalorização do real em relação ao dólar também poderia resultar em pressões inflacionárias adicionais no Brasil em razão do aumento geral do preço de produtos e serviços importados. Adicionalmente, a desvalorização do real pode enfraquecer a confiança dos investidores no Brasil e reduzir o valor de mercado das ações preferenciais classe A e das ADSs. Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar poderá levar à deterioração da conta corrente e do balanço de pagamentos do país, podendo, também, reprimir o crescimento proveniente das exportações. Em 31 de dezembro de 2012, o valor total da dívida da Companhia em moeda estrangeira, exclusivamente em dólares norteamericanos, montava a R$12.107,0 milhões (US$5.924,6 milhões), representando 69,1% do endividamento total, excluindo os custos de operações. Em 31 de dezembro de 2012, o total de caixa e equivalentes de caixa denominados em moeda estrangeira somava US$983,2 milhões. Uma desvalorização expressiva do real em relação ao dólar ou a outras moedas poderia aumentar as despesas financeiras em função de prejuízos cambiais que seriam incorridas pela Companhia e poderia reduzir sua capacidade de honrar o serviço da dívida em moeda estrangeira. Como exemplo, as desvalorizações de 9,0% e de 12,6% do real frente ao dólar em 2011 e 2012 contribuíram significativamente para o prejuízo líquido registrado naqueles anos. Os preços da nafta, a mais importante matéria-prima da Companhia, e de algumas outras matérias-primas, são expressos em dólares ou atrelados ao dólar. Em 2012, a nafta representou, direta e indiretamente, 49,3% do custo consolidado de produtos vendidos e serviços prestados. Quando o real se deprecia em relação ao dólar, o custo em reais das matérias-primas indexadas e denominadas em dólares aumenta, e a receita operacional em reais pode diminuir, na medida em que a Companhia não consegue repassar o custo de tais aumentos a seus clientes, como ocorreu no primeiro semestre de 2012 e como poderá ocorrer novamente no futuro. 10 As medidas de combate à inflação tomadas pelo governo brasileiro poderão contribuir de forma significativa para a incerteza econômica no Brasil e poderão reduzir a demanda dos produtos da Companhia. Historicamente, o Brasil apresentou altas taxas de inflação. A inflação, bem como os esforços do governo para combatê-la, acarretou efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira, especialmente antes de 1995. A taxa de inflação medida pelo Índice Geral de Preços—Disponibilidade Interna (IGP-DI) alcançou 2.708% em 1993. Embora as taxas de inflação tenham sido substancialmente menores a partir de 1994 do que em períodos anteriores, as pressões inflacionárias persistem. As taxas de inflação foram de 9,1% em 2008, (1,4%) em 2009, 11,3% em 2010, 5,0% em 2011 e 8,10% em 2012, conforme apurado pelo IGP-DI. As medidas de combate à inflação, adotadas pelo governo brasileiro, muitas vezes incluíram a manutenção de uma política monetária rigorosa com altas taxas de juros, causando restrição à disponibilidade de crédito e redução na taxa de crescimento econômico. A inflação, as medidas para combatê-la e a especulação pública acerca de possíveis medidas futuras também podem contribuir de forma relevante para a incerteza econômica no Brasil e para o aumento da volatilidade no mercado brasileiro de valores mobiliários. O Brasil poderá voltar a apresentar níveis elevados de inflação no futuro. Fatores como a elevação dos preços do petróleo, a depreciação do real e medidas governamentais futuras, buscando a manutenção do valor do real em relação ao dólar, poderão acarretar aumento da inflação brasileira. Períodos de inflação mais alta poderão fazer diminuir a taxa de crescimento da economia brasileira, o que levaria a uma redução da demanda dos produtos da Companhia no Brasil e de suas receitas líquidas de vendas. Também é provável que a inflação aumente alguns dos custos e despesas da Companhia, que talvez não possam ser repassados aos consumidores, o que resultaria em diminuição da margem de lucro e do lucro líquido. Ademais, inflação alta, em geral, acarreta taxas de juros internas mais elevadas, e em consequência, os custos do serviço da dívida da Companhia em reais poderão aumentar, causando a redução do lucro líquido. A inflação e seu efeito sobre as taxas de juros internas podem, além disso, levar à redução da liquidez nos mercados internos de capitais e crédito, o que poderia prejudicar a capacidade da Companhia de refinanciar sua dívida nesses mercados. A eventual diminuição da receita líquida de vendas ou do lucro líquido da Companhia ou a eventual deterioração de sua situação financeira provavelmente acarretariam a diminuição do preço de mercado de suas ações preferenciais classe A e ADSs. Flutuações das taxas de juros poderiam elevar o custo do serviço de nossa dívida e prejudicar nosso desempenho financeiro como um todo. Nossas despesas financeiras são afetadas por mudanças das taxas de juros que incidem sobre a dívida com taxas variáveis. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia registrava, entre outras obrigações, R$2.536,2 milhões de empréstimos, financiamentos e debêntures remunerados pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), R$1.556,0 milhões de empréstimos, financiamentos e debêntures remunerados pela taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e R$2.040,2 milhões de empréstimos e financiamentos remunerados pela LIBOR (London Interbank Offered Rate). A TJLP incorpora um fator de inflação, sendo fixada trimestralmente pelo Banco Central. A TJLP e a taxa CDI apresentaram expressivas oscilações no passado, em função da expansão ou contração da economia brasileira, inflação, políticas do governo brasileiro e outros fatores. Vide “Item 11. Informações Quantitativas e Qualitativas sobre Risco de Mercado”. Um aumento significativo de qualquer uma dessas taxas de juros poderia afetar negativamente nossas despesas financeiras e nossos resultados financeiros como um todo. As políticas de controle cambial podem aumentar o custo do serviço de nossa dívida em moeda estrangeira, afetar nossa capacidade de efetuar pagamentos referentes a essa dívida e afetar nossa liquidez. No Brasil, a compra e a venda de moeda estrangeira estão sujeitas a controle governamental. Muitos fatores poderiam levar o governo brasileiro a instituir políticas mais restritivas de controle cambial, incluindo o volume das reservas cambiais do Brasil, a disponibilidade de câmbio suficiente na data de vencimento de pagamentos no exterior, o volume de encargos de serviço da dívida do Brasil em relação à economia como um todo, a política do Brasil no tocante ao Fundo Monetário Internacional e restrições políticas às quais o Brasil porventura esteja sujeito. Uma política mais restritiva poderia aumentar o custo de serviço, as dívidas da Companhia e outros passivos expressos em moeda estrangeira. Nossa dívida em dólares representava em conjunto 69,1% de nossa dívida consolidada em 31 de dezembro de 2012. Se deixarmos de efetuar pagamentos no âmbito de qualquer uma dessas obrigações, ficará caracterizada a inadimplência, o que poderia reduzir nossa liquidez, bem como o preço de mercado de nossas ações preferenciais classe A e ADSs. Mudanças na legislação fiscal podem resultar em aumentos em determinados tributos diretos e indiretos, o que pode reduzir a margem bruta da Companhia, afetando negativamente seu desempenho financeiro em geral. O governo brasileiro introduz ocasionalmente mudanças do regime fiscal que podem aumentar a carga tributária da Companhia e de seus clientes. Tais mudanças incluem alterações de alíquotas e, às vezes, a criação de tributos temporários, cuja receita é vinculada a finalidades governamentais específicas. Não se pode prever as mudanças da legislação tributária brasileira que poderão ser propostas e aprovadas no futuro. No entanto, futuras mudanças dessa legislação poderão resultar em elevação da carga tributária total da Companhia, o que poderia reduzir sua margem bruta e afetar negativamente seu desempenho financeiro como um todo. 11 Riscos relativos às ações preferenciais classe A e às ADSs Os detentores de nossas ações preferenciais classe A podem não receber dividendos ou juros sobre o capital próprio. Nos termos do nosso Estatuto Social, devemos, sob circunstâncias normais, pagar a nossos acionistas ao menos 25% de nosso lucro líquido anual na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio, conforme calculado e ajustado segundo o BRGAAP (que, para esta finalidade, é idêntico às IFRS). Esse lucro líquido ajustado pode ser capitalizado, utilizado para absorver perdas ou retido de outra maneira, conforme facultado pelo BRGAAP, e pode não estar disponível para ser pago sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio. A Lei das Sociedades por Ações permite que uma empresa de capital aberta como a nossa suspenda a distribuição obrigatória de dividendos em qualquer exercício particular caso nosso Conselho de Administração informe a nossos acionistas que tais distribuições seriam desaconselháveis em vista de nossa condição financeira ou disponibilidade de caixa. Detentores de ações preferenciais classe A ou ADSs podem não receber nenhum dividendo ou juros sobre o capital próprio em qualquer exercício, caso nosso Conselho de Administração assim o determine ou caso nossas operações não gerem lucro. Nossas ações preferenciais classe A e os ADSs têm direitos de voto limitados e não têm direito a votar na aprovação de operações societárias, incluindo incorporações ou fusões da Companhia com outras empresas, ou na declaração de dividendos. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e do estatuto social, os detentores de ações preferenciais classe A e, por conseguinte, das ADSs, não têm direito a votar em assembleias de acionistas, salvo em circunstâncias muito limitadas. Essas circunstâncias limitadas relacionam-se diretamente a direitos essenciais dos detentores de ações preferenciais classe A, tais como a modificação de termos básicos das ações preferenciais classe A ou a criação de nova classe de ações preferenciais com direitos superiores. Os detentores de ações preferenciais sem direito a voto podem eleger um membro e o respectivo suplente para nosso conselho de administração e nosso conselho fiscal. Os detentores de ações preferenciais classe A e ADSs não têm direito a votar na aprovação de operações societárias, inclusive incorporações ou fusões da Companhia com outras empresas, ou na declaração de dividendos. Vide “Item 10. Informações Adicionais—Descrição do Estatuto Social da Companhia—Direitos de Voto”. Os detentores de ADSs podem ter dificuldade para exercer até mesmo seus direitos de voto limitados nas assembleias gerais. Segundo a lei brasileira, apenas os acionistas registrados como tal em nossos registros societários podem participar de nossas assembleias de acionistas. Todas as ações preferenciais classe A subjacentes às ADSs são registradas no nome do depositário. Os detentores de ADSs poderão exercer seus direitos de voto limitados em relação às ações preferenciais classe A representadas pelas ADSs apenas em conformidade com o acordo de depósito relativo às ADSs. Há limitações práticas à capacidade dos detentores de ADSs de exercer seus direitos de voto em função de medidas adicionais envolvidas na comunicação com os detentores de ADSs. Por exemplo, a Companhia é obrigada a publicar um edital de convocação para assembleias gerais em determinados jornais do Brasil. Na medida em que os detentores das ações preferenciais classe A façam jus a votar em uma assembleia geral, eles poderão exercer esses direitos de voto através do comparecimento à assembleia, pessoalmente ou através de representante. Em contrapartida, os detentores de ADS serão notificados por carta da realização da assembleia geral após notificação feita ao depositário de American Depositary Receipt (ADR), solicitando que seja enviado um aviso aos detentores de ADS. Para exercerem seus direitos de voto, os detentores de ADSs precisam instruir o depositário em tempo hábil. O procedimento de notificação levará mais tempo no caso dos detentores de ADSs do que no caso dos detentores das ações preferenciais classe A. Caso o depositário não receba instruções em tempo hábil em relação à totalidade ou a parte das ADSs, ele concluirá que os detentores das referidas ADSs estão o instruindo a outorgar uma procuração discricionária a uma pessoa indicada pela Companhia para votar em nome das ADSs, exceto em circunstâncias limitadas. Nas circunstâncias limitadas nas quais os detentores das ADSs têm direitos de voto, eles podem não receber o material relativo ao voto a tempo de instruir o depositário a votar em relação às ações preferenciais classe A correspondentes a suas ADSs. Além disso, o depositário e seus agentes não serão responsabilizados se deixarem de cumprir as instruções de voto dadas pelos detentores das ADSs ou pela maneira pela qual tais instruções forem cumpridas. Da mesma forma, os detentores das ADSs podem não conseguir exercer seus direitos de voto, não lhes cabendo qualquer direito de regresso caso as ações preferenciais classe A correspondentes a suas ADSs não sejam votadas como solicitado. Controles cambiais e restrições a remessas ao exterior podem afetar negativamente os detentores de ADSs e as correspondentes ações preferenciais classe A. O governo brasileiro pode impor restrições temporárias à conversão de moeda brasileira em moedas estrangeiras e à remessa a investidores estrangeiros dos proventos de seus investimentos no país. A legislação brasileira permite que o governo imponha tais restrições sempre que houver um desequilíbrio significativo na balança de pagamentos do Brasil ou razões para acreditar que tal desequilíbrio venha a ocorrer. O governo brasileiro impôs restrições a remessas durante cerca de seis meses de 1990. Essas restrições podem dificultar ou impedir que o custodiante brasileiro das ações preferenciais classe A, correspondentes às ADSs, ou que os detentores que tiverem trocado suas ADSs pelas ações preferenciais classe A correspondentes, convertam dividendos, distribuições ou os proventos resultantes de uma venda de tais ações, em dólares e remetam tais dólares ao exterior. Neste caso, o custodiante brasileiro das ações preferenciais classe A manterá sob sua guarda os valores em reais que não puderem ser convertidos em nome dos detentores das ADSs que não tiverem recebido seus pagamentos. Nem o custodiante e nem o depositário serão obrigados a investir os reais, sobre os quais não incidirão juros. 12 Caso detentores de ADSs as troquem por ações preferencias classe A, podem estar arriscados a perder temporariamente a capacidade de remeter moedas estrangeiras ao exterior ou ter essa capacidade restringida, além de perder o direito a certas vantagens fiscais brasileiras. O custodiante brasileiro para as ações preferenciais subjacentes às ADSs deve obter um número de registro eletrônico junto ao Banco Central de modo a permitir que o depositário remeta dólares ao exterior. Os detentores de ADSs beneficiam-se do certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro do Banco Central obtido pelo custodiante para o depositário, que o permite converter dividendos e outras distribuições com relação às ações preferenciais classe A em dólares e remeter a quantia resultante dessa conversão ao exterior. Caso detentores de ADSs decidam a trocá-las pelas ações preferenciais subjacentes, eles somente poderão contar com o certificado de registro do custodiante no Banco Central por cinco dias úteis após a data da troca. A partir dessa data, não poderão mais remeter dólares ao exterior a não ser que obtenham um novo certificado de registro de capital estrangeiro em relação às ações preferenciais, o que pode resultar em despesas e causar atrasos no recebimento de distribuições. Vide “Item 10. Informações Adicionais—Controles Cambiais”. Adicionalmente, caso os detentores de ADSs que as trocarem por nossas ações preferenciais classe A não se qualifiquem segundo as normas que regem os investimentos estrangeiros, ficarão normalmente sujeitos a um tratamento fiscal menos favorável dos dividendos e das distribuições relativas a nossas ações preferenciais, bem como dos rendimentos da venda dessas ações. Vide “Item 10. Informações Adicionais—Tributação—Considerações sobre Tributos Brasileiros”. Os detentores de ADSs podem enfrentar dificuldades para proteger seus interesses porque, como empresa brasileira, a Companhia está sujeita a diferentes regras e regulamentos, e os acionistas podem contra com menos direitos ou com direitos pouco definidos. Os detentores das ADSs não são acionistas diretos da Companhia, não podendo assim fazer valer os direitos de acionistas conferidos pelo estatuto da Companhia e pela Lei das Sociedades por Ações. Os assuntos societários da Companhia são regidos por seu estatuto e pela Lei das Sociedades por Ações, que diferem dos princípios legais que se aplicariam se a Companhia tivesse sido constituída em uma jurisdição dos Estados Unidos, como o estado de Delaware ou de Nova York, ou em outro lugar fora do Brasil. Mesmo que o detentor de ADSs converta suas ADSs e passe a ser um acionista direto, seus direitos como detentor de ações preferenciais classe A correspondentes às ADSs nos termos da Lei das Sociedades por Ações, no sentido de proteger seus interesses com relação a atos do conselho de administração, podem ser em menor número e menos bem definidos do que seriam de acordo com a legislação de outras jurisdições. Embora a negociação com informações privilegiadas (insider trading) e a manipulação de preços sejam crimes previstos na legislação brasileira, os mercados de valores no Brasil não são tão regulamentados e nem tão bem supervisionados como os mercados de valores norte-americanos ou em outras jurisdições. Ademais, regras e políticas contra self-dealing ou atinentes à preservação dos interesses dos acionistas podem ser menos bem definidas e menos executadas no Brasil do que nos Estados Unidos da América e em alguns outros países, o que pode colocar os detentores das nossas ações preferenciais classe A e das ADSs em uma situação de potencial desvantagem. Relatórios sobre informações corporativas podem ser, ademais, menos completos ou informativos do que no caso de companhias abertas nos Estados Unidos da América ou em alguns outros países. Os detentores de ADSs podem ter dificuldade em obter citações ou execução de sentenças contra a Companhia e outras pessoas. A Companhia é uma sociedade por ações constituída de acordo com as leis do Brasil, e todos os seus conselheiros e diretores, bem como auditores independentes, são residentes ou domiciliados no Brasil. A maior parte dos ativos da Companhia e das pessoas acima mencionadas estão localizados no Brasil. Assim, pode não ser possível que os detentores de ADSs citem devidamente a Companhia ou outras pessoas acima mencionadas nos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil, ou que façam executar contra a Companhia ou essas outras pessoas sentenças proferidas nos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil. Além disso, como uma parcela substancial de nossos ativos e todos os nossos conselheiros e diretores estão fora dos Estados Unidos, qualquer sentença obtida nos Estados Unidos contra nós ou quaisquer de nossos conselheiros ou diretores pode não ser executável nos Estados Unidos. Como as decisões de tribunais dos Estados Unidos referentes à responsabilidade civil com base nas leis federais de valores mobiliários daquele país somente podem ser executadas no Brasil se determinadas condições forem cumpridas, a dificuldade dos detentores em proteger seus interesses no caso de atos tomados pela Companhia ou seus conselheiros ou diretores pode ser maior do que a que teriam acionistas de uma empresa dos Estados Unidos. Vendas efetivas ou potenciais de um número significativo de ações preferenciais classe A podem reduzir o preço de mercado de nossas ações preferenciais classe A e ADSs. A venda de uma quantidade substancial de nossas ações preferenciais classe A poderia exercer um efeito negativo sobre o preço de mercado das referidas ações e das ADSs. Se, no futuro, forem feitas vendas significativas de ações preferenciais classe A pela OSP ou outro acionista atual ou futuro, o preço de mercado das ações preferenciais classe A da Companhia e, por extensão, das ADSs poderá cair significativamente. Consequentemente, os detentores de ADSs podem não conseguir vender tais ADSs por preço igual ou superior ao de sua compra. 13 Detentores de ADSs ou de ações preferenciais classe A nos Estados Unidos podem não ter os mesmos direitos de preferência que os acionistas brasileiros possuem, de acordo com a legislação brasileira, na subscrição de ações resultantes de aumentos de capital realizados por nós. Segundo a lei brasileira, se emitirmos novas ações em troca de caixa ou ativos como parte de um aumento de capital, com algumas exceções, devemos conceder a nossos acionistas direitos de preferência na ocasião da subscrição das ações correspondentes a suas respectivas participações em nosso capital social, de modo a permitir-lhes manter suas porcentagens existentes. Podemos não ter a permissão legal para garantir que os detentores de ADSs ou ações preferenciais classe A nos Estados Unidos possam exercer seus direitos de preferência em futuros aumentos de capital, a não ser que (1) protocolemos um termo de registro para uma oferta de ações resultantes do aumento de capital junto à U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), ou (2) a oferta de ações resultantes do aumento de capital se qualifique para obter a isenção das exigências de registro do Securities Act. Na ocasião de eventuais futuros aumentos de capital, iremos avaliar os custos e as potenciais obrigações associadas ao protocolo de um termo de registro para uma oferta de ações junto à SEC e quaisquer outros fatores que consideremos importantes para determinar se iremos ou não protocolar tal termo de registro. Não podemos garantir aos detentores de ADSs ou ações preferenciais classe A nos Estados Unidos que iremos protocolar um termo de registro junto à SEC de modo a lhes permitir participar de nossos eventuais aumentos de capital. Consequentemente, a participação desses detentores na Companhia pode ser diluída. As leis fiscais brasileiras podem produzir um efeito adverso nos tributos aplicáveis à alienação de nossas ADSs e ações preferenciais. Segundo a Lei no. 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, se um investidor não residente no Brasil vender seus ativos localizados no Brasil, a operação estará sujeita a tributação no Brasil, mesmo se tal alienação ocorrer fora do Brasil ou for realizada a outro investidor não residente. Alienações de nossas ADSs entre não residentes, entretanto, não estão atualmente sujeitas a tributação no Brasil. Ainda assim, caso o conceito de “alienação de ativos” seja interpretado como incluindo a alienação entre investidores não residentes de ativos localizados fora do Brasil, essa lei poderia resultar na incidência de impostos retidos na fonte em casos de alienação de ADSs efetuada entre investidores não residentes no Brasil. Em função do fato de que, na data deste relatório anual, a Lei no. 10.833/2003 não possui orientação judicial quanto a sua aplicação, não somos capazes de prever se uma interpretação que aplique tais leis fiscais a alienações de nossas ADSs entre não residentes poderia prevalecer nos tribunais brasileiros. Vide “Item 10. Informações Adicionais—Tributação—Considerações sobre Tributos Brasileiros”. A volatilidade e liquidez relativas dos mercados de valores brasileiros podem afetar negativamente os detentores de nossas ações preferenciais classe A e ADSs. O mercado de valores mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido e mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários dos Estados Unidos. A BM&FBOVESPA, a principal bolsa de valores brasileira, apresentou valor de mercado de R$2.524 bilhões (US$1.236 bilhões) em 31 de dezembro de 2012 e volume diário médio de negociação de R$7,3 bilhões (US$3,7 bilhões) em 2012. Em comparação, o valor de Mercado total das empresas (incluindo empresas dos EUA e não dos EUA) listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) foi de US$14,1 trilhões em 31 de dezembro de 2012 e a NYSE registrou um volume médio diário de negociação de US$54,0 bilhões em 2012. Há também uma concentração significativamente maior nos mercados brasileiros de valores mobiliários. As dez maiores empresas em termos de valor de mercado representaram aproximadamente 52% do valor de mercado total da BM&FBOVESPA em 31 de dezembro de 2012. As dez ações mais negociadas em termos de volume responderam por cerca de 43% de todas as ações negociadas na BM&FBOVESPA em 2012. Essas características de mercado podem restringir substancialmente a capacidade dos detentores de ADS de vender as correspondentes ações preferenciais classe A ao preço e na ocasião em que desejarem fazê-lo e, consequentemente, podem afetar negativamente o preço de mercado das ADSs. Acontecimentos em outros mercados emergentes podem reduzir o preço de mercado das ações preferenciais classe A e das ADSs. O preço de mercado das ADSs pode recuar em função de declínios nos mercados financeiros internacionais e na economia mundial. Apesar das diferenças econômicas em cada país, a reação dos investidores a acontecimentos em um país podem afetar os mercados de valores mobiliários e os valores mobiliários de emissores de outros países, inclusive do Brasil. Os mercados brasileiros de valores mobiliários são, em graus variados, influenciados pelas condições econômicas e de mercado de outros países emergentes, em especial os da América Latina. Eventuais desdobramentos econômicos negativos em outros mercados emergentes, podem afetar negativamente a confiança dos investidores em valores mobiliários emitidos por empresas brasileiras, prejudicando seu preço de mercado e liquidez. Tais acontecimentos podem, de forma mais direta, afetar a capacidade de captação de recursos da Companhia quando necessário e o preço de mercado de suas ações preferenciais classe A e ADSs. A imposição de IOF pode influenciar indiretamente o preço e a volatilidade de nossas ADSs e ações preferenciais. A legislação brasileira impõe o Imposto sobre Operações de Câmbio, ou IOF Cambial, sobre a conversão de reais em moeda estrangeira e de moedas estrangeiras em reais. A lei brasileira também impõe o Imposto sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores Mobiliários, ou IOF/Títulos, sobre operações envolvendo títulos, inclusive aquelas conduzidas em uma bolsa de valores brasileira. O objetivo desses impostos é diminuir o ritmo de entradas de capital estrangeiro no mercado brasileiro para fins especulativos e a apreciação do real face ao dólar. A imposição desses tributos pode desencorajar o investimento estrangeiro em ações de empresas brasileiras, incluindo a Companhia, em função de custos de operações mais altos, e podem ter um impacto negativo no preço e na volatilidade de nossas ADSs e ações 14 preferenciais na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na BM&FBOVESPA. Vide “Item 10. Informações Adicionais— Tributação—Considerações sobre Tributos Brasileiros”. ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA A Companhia é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com base na capacidade anual de produção de nossas 29 plantas no Brasil, cinco plantas nos Estados Unidos e duas plantas na Alemanha em 31 de dezembro de 2012. É também a única produtora de eteno, polietileno e polipropileno do Brasil. Produz uma linha diversificada de produtos petroquímicos e termoplásticos, com foco estratégico em resinas termoplásticas, inclusive polietileno, polipropileno e PVC. A Companhia é a terceira maior empresa industrial do setor privado brasileiro em termos de receita líquida de vendas de 2011 (o último ano para o qual tais informações estão disponíveis). Registrou receita líquida de vendas de R$35.513,4 milhões e prejuízo líquido de R$738,3 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. Em 31 de dezembro de 2012, as operações de negócios da Companhia estão organizadas em quatro unidades de negócios de produção, que correspondiam aos seus principais processos de produção, produtos e serviços. Eram elas: • Unidade de Petroquímicos Básicos, que inclui a produção e a venda de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, Polo de Triunfo, Polo de São Paulo e Polo do Rio de Janeiro e o suprimento das utilidades produzidas nesses polos para produtores de segunda geração, incluindo alguns produtores detidos ou controlados pela Companhia. Este segmento respondia por uma receita líquida de vendas de R$23.603,0 milhões, ou 51,8%, da receita líquida de vendas de todos os segmentos divulgados, incluindo vendas líquidas às outras unidades de negócios, e registrou margem operacional de 5,3% em 2012; • Unidade de Poliolefinas, que inclui a produção e a venda de polietileno, que inclui a produção do “polietileno verde” fabricado a partir de matéria-prima de fonte renovável, e polipropileno produzido pela Companhia no Brasil. Este segmento respondia por uma receita líquida de vendas de R$14.456,8 milhões, ou 31,7%, da receita líquida de vendas de todos os segmentos divulgados, incluindo as vendas líquidas para nossas outras unidades de negócio, com margem operacional de 3,0% em 2012; • Negócios Internacionais, que inclui as operações da Braskem Europe, consistindo na produção e venda de polipropileno nos Estados Unidos e operações do negócio de polipropileno dos Estados Unidos e na Alemanha, adquiridas da Dow Chemical Company (Dow). Este segmento respondia por uma receita líquida de vendas de R$5.465,2 milhões, ou 12,0%, da receita líquida de vendas de todos os segmentos divulgados, incluindo as vendas líquidas para nossas outras unidades de negócio, com margem operacional de 5,8% em 2012; e • Unidade de Vinílicos, que inclui a produção e venda de PVC e soda cáustica. Este segmento respondia por uma receita líquida de vendas de R$2.019,9 milhões, ou 4,4%, da receita líquida de vendas de todos os segmentos divulgados, incluindo as vendas líquidas para nossas outras unidades de negócio, com margem operacional negativa de 2,8% em 2012. Estratégia da Companhia Nosso objetivo estratégico é sermos a líder mundial na produção de produtos químicos originados de fontes renováveis, atendermos as necessidades de nossos clientes na cadeia de valor do plástico e na indústria química, nos concentrando em PE, PP e PVC no Brasil e nas Américas, enquanto maximizamos o retorno sobre o capital investido por nossos acionistas. Os principais elementos da estratégia incluem: • Diferenciação dos negócios. Reconhecemos a natureza cíclica dos mercados de produtos petroquímicos e acreditamos que, ao nos concentrarmos nos relacionamentos com os clientes, poderemos fomentar sua fidelidade mesmo em períodos de menor demanda. A estratégia de crescimento está centrada em aumentar o consumo dos produtos da Companhia pelos clientes, permitindo a eles substituir materiais não plásticos por termoplásticos. Buscamos formar relacionamentos estreitos e duradouros com os clientes e nos empenhamos em proporcionar a eles assistência e soluções tecnológicas, através de centros de pesquisa no Rio Grande do Sul e em Pittsburgh, Pensilvânia (EUA), os quais desenvolvem processos, produtos e aplicações para o setor petroquímico, e que juntos contavam com cerca de 317 funcionários em 31 de dezembro de 2012. A Companhia objetiva continuar a atuar como parceira de seus clientes no desenvolvimento de novos produtos e aplicações, criando assim novas oportunidades de negócios para eles. As opções de entrega e as condições de crédito oferecidas a nossos clientes são mais flexíveis que a de importadores, que normalmente oferecem entregas apenas até as instalações portuárias, financiadas por cartas de crédito. • Aquisição de insumos tradicionais e renováveis a preços competitivos. A Companhia busca continuar a diversificar as compras de insumos a fim de conseguir preços mais competitivos. Nesse sentido, começamos a importar nafta de menor custo em 2002 e, nos últimos anos, importamos de 25% a 30% de nossos requisitos de insumos principalmente sob contratos de suprimento com fornecedores na África do Norte e na América Latina. Visamos continuar a reduzir nossos custos operacionais por meio de negociações para a compra de insumos a preços competitivos. . 15 Ademais, procuramos diversificar as matérias-primas usadas nos processos de produção. Como parte da Aquisição da Quattor, descrita em “—Histórico e Desenvolvimento da Companhia—Aquisição da Quattor”, adquirimos a RioPol, que utiliza etano e propano como insumos, e a Quattor Química S.A. (Quattor Química), que utiliza hidrocarbonetos de refinaria leve como insumos para parte de sua produção. A Braskem Idesa firmou um contrato de longo prazo para a compra de etano da Pemex Gas y Petroquímica Básica (Pemex Gas), empresa estatal mexicana, em condições comerciais competitivas. Prevemos que o novo complexo petroquímico no Peru que estamos avaliando com a Petróleos de Peru – PetroPeru S.A. (PetroPeru), caso implementado, irá utilizar etano de baixo custo em seus processos produtivos. Em setembro de 2010, abrimos uma nova planta que produz eteno utilizando etanol originado da cana de açúcar, um recurso 100% renovável, que é amplamente utilizado no mercado brasileiro. Utilizamos esse eteno como matéria-prima para produzir polietileno “verde”. • • • Expansão em mercados internacionais selecionados. Como parte da contínua avaliação dos negócios e planos, a administração considera periodicamente um leque de opções e transações estratégicas. De tempos em tempos, são avaliadas diversas possíveis operações estratégicas para ampliar a presença da Companhia no mercado petroquímico global. A administração pretende expandir a capacidade de produção das unidades de negócios nos próximos anos por meia da construção de novas instalações (projetos greenfield) com acesso a fontes competitivas de matérias-primas, seja independentemente ou em conjunto com terceiros e/ou por meio da aquisição de produtores petroquímicos fora do Brasil, que atualmente são concorrentes ou fabricam produtos complementares aos nossos. Em 2012, iniciamos a construção do Complexo México após a conclusão das negociações para o contrato de EPC (engineering, procurement and construction) e acordos financeiros relacionados. O Projeto Etileno XXI aumentará a participação de gás em nossa matriz de matéria-prima a deve incluir uma craqueadora de eteno que produzirá 1,05 milhão de toneladas de eteno por ano a partir de etano, além de duas plantas de polietileno de alta densidade e uma planta de polietileno de baixa densidade com capacidade combinada de produção de 1,0 milhão de toneladas por ano. O início das operações está previsto para o primeiro semestre de 2015. Para mais informações, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—Investimentos de capital—Projetos de Joint Ventures – Projeto Etileno XXI” e “Item 4. Informações sobre a Companhia—Acordos Relacionados ao Projeto Etileno XXI.” Firmamos um memorando de entendimentos com a PetroPeru e a Petrobras para avaliar a viabilidade técnica e econômica da construção de um novo polo petroquímico no Peru que usaria etano como insumo da produção de polietileno. Acreditamos que a capacidade adicional comprada ou desenvolvida juntamente com parceiros de joint ventures nos permitirá manter e ampliar nossa posição de liderança nas Américas e sustentar nossa expansão em mercados estratégicos de exportação. Novas oportunidades de negócio. A administração explora oportunidades de negócios, desenvolvendo novos produtos e tecnologias especializados, incluindo os seguintes: Continuamos a desenvolver processos da fabricação para produzir polímeros “verdes” a partir de matérias-primas renováveis, com vistas a manter sua liderança na produção de resinas ambientalmente sustentáveis, tais como (1) os processos que começamos a utilizar em setembro de 2010 em nossa nova planta que produz eteno usando etanol originado da cana de açúcar, um recurso 100% renovável, e (2) um processo para produzir polipropileno “verde”, em parceria com a Novozymes, líder mundial na produção de enzimas industriais; Continuamos a desenvolver um processo especializado de produção de polietileno de baixa densidade linear, ou PEBDL, e de PEBD que permitirá a produção de termoplásticos com características diferenciadas para o setor de embalagens flexíveis, apresentando maior resistência ao impacto e à perfuração, maior polimento e transparência; e Estamos investindo na fabricação de produtos de desempenho com maior valor adicionado, que permitirão a entrada em novos mercados, como novas aplicações para polietileno de peso molecular ultra-alto (PEPMUA) e outros produtos, entre eles fibras UTEC, que deverão ser comercializadas para aplicação na fabricação de blindagem e no atracadouro de plataformas marítimas de petróleo. Desenvolvimento Tecnológico para Suportar nosso Crescimento e Visão. Estamos buscando uma posição sólida no desenvolvimento tecnológico da química sustentável investindo em pesquisa, desenvolvimento e inovação, com os seguintes focos: Tecnologias que irão romper com o atual modelo tecnológico e que ainda não foram desenvolvidas, ou estão em fase de desenvolvimento; Tecnologias já comprovadas do ponto de vista técnico, mas que ainda estão indisponíveis para compra no mercado; e 16 Tecnologias que já foram desenvolvidas e estão disponíveis para compra no mercado, e que utilizamos para manter e aprimorar a competitividade de nossos negócios existentes. Desenvolvemos uma infraestrutura interna para nos concentrarmos em novas tecnologias, o que inclui a reorganização de nossos departamentos de pesquisa e desenvolvimento em 2011 e a contratação de pessoal especializado em pesquisa e outras especialidades, a fim de desenvolver essas tecnologias. Estamos buscando oportunidades de parcerias com empresas líderes do setor para desenvolver novas tecnologias e acelerar o desenvolvimento de tecnologias convencionais. Demos um importante passo no sentido de desenvolver essa estratégia ao (1) assinar contratos de desenvolvimento conjunto e fornecimento com a Ineos Europe Limited (Ineos), uma companhia líder no desenvolvimento de tecnologias para o setor petroquímico global, por meio dos quais iremos licenciar tecnologias de polietileno para produção de PEAD para o Projeto Etileno XXI e (2) assinar um acordo para desenvolvimento conjunto com a Basell Polyolefins para desenvolver tecnologias para produção de PEBD para o Projeto Etileno XXI. Segundo esse contrato, a Companhia e a Ineos também conduzirão pesquisas e desenvolvimento conjuntos para essas novas plataformas de polietileno. Algumas das tecnologias que estamos licenciando com relação a essa parceria estratégica serão aplicadas em nosso Projeto Etileno XXI no México. Para mais informações sobre o Projeto Etileno XXI, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia - Investimentos de capital— Projetos de Joint Venture — Projeto Etileno XXI” e “Item 4. Informações sobre a Companhia – Acordos Relacionados ao Projeto Etileno XXI” Adicionalmente, estamos intensificando nosso programa para desenvolver e produzir certos catalisadores para nossas plantas que, de outro modo, apenas poderiam ser obtidos de uma única fonte ou de um número limitado de fornecedores, e continuamos a buscar a melhoria de nossos processos produtivos, a fim de alcançar custos de produção mais baixos e maior eficiência operacional. Histórico e desenvolvimento da Companhia A Companhia foi fundada em 1972, como Petroquímica do Nordeste Copene Ltda. com a finalidade de planejar, executar e coordenar as atividades do polo petroquímico localizado em Camaçari, Bahia, ou Polo Petroquímico de Camaçari. A construção do Polo Petroquímico de Camaçari fez parte de uma política de desenvolvimento do governo brasileiro implementada no início da década de 1970 visando diversificar a distribuição geográfica de ativos industriais e promover o crescimento econômico nas diferentes regiões do Brasil. Em 18 de junho de 1974 a Companhia foi constituída como sociedade anônima de acordo com as leis do Brasil (registrada na Junta Comercial do estado da Bahia sob o NIRE no. 29300006939) e foram renomeadas Copene Petroquímica do Nordeste S.A.. Em 2002, alteramos nossa razão social para Braskem S.A. Em 11 de dezembro de 2012, alocamos todo o capital social da Braskem America para a Braskem Europe, passando a Braskem America a ser subsidiária integral da Braskem Europe. Os parágrafos seguintes destacam o desenvolvimento dos negócios da Companhia desde 1º de janeiro de 2010. Aquisição da Sunoco Chemicals Em 1º de abril de 2010, adquirimos a totalidade das ações em circulação da Sunoco Chemicals, cuja denominação social foi alterada para Braskem America, por US$350,7 milhões, excluindo os custos de aquisição. Os ativos da Braskem America compreendem três plantas de polipropileno localizadas em La Porte, no Texas, Marcus Hook, na Pensilvânia e Neal, em West Virginia, com uma capacidade combinada anual de produção de 980.000 toneladas, bem como uma instalação de pesquisa de produtos petroquímicos em Pittsburgh, na Pensilvânia. Em resultado da aquisição da Braskem America, seus resultados foram consolidados em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de abril de 2010. Fundamentação estratégica da Aquisição da Sunoco Chemicals Com a Aquisição da Sunoco Chemicals, a Companhia deu um importante passo rumo à sua internacionalização e consolidação como participante do setor petroquímico dos Estados Unidos. A administração entende que a aquisição da Braskem America proporcionará acesso a matérias-primas a preços competitivos, diversificação das fontes de matérias-primas e acesso a importantes mercados de consumo. A administração entende ainda que essa aquisição pode proporcionar sinergias comerciais e logísticas com o Projeto Etileno XXI, quando este entrar em operação. Além disso, prevê-se que essa aquisição contribuirá para deixar a Companhia em condições de participar de oportunidades de crescimento no mercado da América do Norte, que poderão surgir em razão do prosseguimento da consolidação do setor petroquímico naquela região. Financiamento do preço de compra Em 29 de março de 2010, a Companhia celebrou um contrato de crédito não garantido consorciado no valor do principal de US$210,0 milhões para financiar a Aquisição da Sunoco Chemicals. Os empréstimos no âmbito desse contrato de crédito são remunerados à taxa LIBOR acrescida de 2,625% ao ano, pagáveis trimestralmente sobre o período vencido até abril de 2015. O valor do principal desses empréstimos deverá ser pago em cinco parcelas semestrais iguais a começar em abril de 2013. Realizamos o pagamento antecipado integral destes empréstimos em 22 de julho de 2011. 17 Aquisição da Quattor Em 22 de janeiro de 2010, celebramos um acordo de investimento com Odebrecht, OSP, Petrobras, Petroquisa e União de Indústrias Petroquímicas S.A. (Unipar), aqui designado Acordo de Investimento da Quattor e que dispõe, entre outros elementos: • Em fevereiro de 2010, uma subsidiária da Petrobras, que detinha a totalidade das ações ordinárias da Companhia detidas pela Petrobras e suas controladas, foi incorporada à BRK Investimentos Petroquímicos S.A. (BRK), uma subsidiária da Odebrecht à qual a Odebrecht havia aportado a totalidade das ações ordinárias da Companhia então detidas pela Odebrecht e suas controladas; • A Odebrecht, a OSP, a Petrobras, a Petroquisa e a Companhia firmaram o Acordo de Acionistas da Petrobras que versa, entre outras questões, sobre a votação e a transferência das ações da Companhia; • Em abril de 2010, a Odebrecht e a Petrobras aportaram o total de R$3,5 bilhões ao capital da BRK e a Companhia aumentou seu capital mediante subscrição privada de seus acionistas, em resultado do que recebeu recursos líquidos de R$3.742,6 milhões em troca da emissão de 243.206.530 ações ordinárias e 16.697.781 ações preferenciais classe A; • Em abril de 2010, compramos da Unipar 60% das ações em circulação da Quattor pelo preço total de R$659,5 milhões e a assunção de uma opção de venda concedida pela Unipar à BNDES Participações S.A. – BNDESPAR (BNDESPAR) relativa às ações da RioPol detidas pela BNDESPAR. A Quattor era uma empresa holding que na época da aquisição detinha, direta e indiretamente, 75,0% das ações em circulação da RioPol, 99,3% das ações em circulação da Quattor Petroquímica, 100% das ações em circulação da Quattor Química e 33,3% das ações em circulação da Polibutenos; • Em maio de 2010, compramos da Unipar a totalidade das ações em circulação da Unipar Comercial, pelo valor total de R$27,1 milhões e 33,3% das ações em circulação da Polibutenos, pelo valor total de R$22,4 milhões; • Em junho de 2010, a Companhia completou uma operação de incorporação de ações, mediante a qual emitimos um total de 18.000.087 ações ordinárias em troca das ações remanescentes da Quattor que não possuíamos anteriormente; e • Em dezembro de 2010, realizamos uma oferta na qual adquirimos 0,1% adicionais das ações da Quattor Petroquímica por R$1,8 milhão. Além dessas operações, em maio de 2010 a Companhia adquiriu da Chevron Oronite do Brasil Ltda. (Chevron Brasil) 33,3% das ações em circulação da Polibutenos pelo valor total de R$22,5 milhões. Como resultado dessas aquisições, a Polibutenos se tornou nossa subsidiária integral. No âmbito da aquisição pela BNDESPAR de sua participação acionária na RioPol, a Unipar concedeu à BNDESPAR uma opção de venda, à Unipar, de 190.784.674 ações ordinárias e 30 ações preferenciais da RioPol, representando 15,0% de seu capital total, e a Petrobras concedeu à BNDESPAR uma opção de venda, à Petrobras, de 127.189.783 ações ordinárias e 20 ações preferenciais da RioPol, representando 10,0% do capital social total dessa empresa. Como parte da aquisição da Quattor, assumimos a obrigação da Unipar associada a essa opção. Em agosto de 2010, a BNDESPAR exerceu sua opção de venda de 60% de suas ações da RioPol para a Braskem por R$210,0 milhões e de 40% de suas ações da RioPol para a Petrobras por R$116,4 milhões. O pagamento pelas ações adquiridas pela Braskem será efetuado em três parcelas anuais com início de junho de 2015, e os montantes de cada parcela serão ajustados pela TJLP mais 2,5% ao ano, de junho de 2008 até as respectivas datas de pagamento. Antecedentes e histórico da Quattor Em agosto de 2007, a Petrobras adquiriu o controle da Suzano Petroquímica S.A. (Suzano), constituiu a Quattor e apostou à Quattor a sua participação na Suzano. Em novembro de 2007, a Petrobras e a Unipar decidiram combinar alguns de seus ativos petroquímicos, que foram aportados à Quattor. Em junho de 2008, a Petrobras e a Unipar aportaram à Quattor suas participações na RioPol, PQU – Petroquímica União S.A. (PQU), Polietilenos União S.A. (Polietilenos União) e divisão química da Unipar. Depois dessas operações, a Unipar passou a deter 60% do capital da Petrobras, direta e indiretamente, 40% do capital da Quattor. A denominação social da Suzano foi alterada para Quattor Petroquímica S.A. Em junho de 2009, a PQU e a Polietilenos União S.A. foram incorporadas, formando a Quattor Química. 18 Fundamentação estratégica da Aquisição da Quattor Com a Aquisição da Quattor, demos outro grande passo para a consolidação e o desenvolvimento do setor petroquímico brasileiro e, portanto, de nossa posição no setor petroquímico mundial. Entendemos que a Aquisição da Quattor proporcionará à Companhia os seguintes benefícios estratégicos e financeiros: • Diversificação dos principais insumos — Ao adquirir a RioPol, que opera usando etano e propano como insumos, e a Quattor Química, que utiliza nafta e hidrocarbonetos de refinaria leve fornecidos pela Petrobras, a Companhia diversifica os tipos de insumos usados na atividade de petroquímicos básicos. Além disso, a Aquisição da Quattor permitirá à Braskem otimizar a logística de fornecimento da Petrobras e de fornecedores externos, o que deverá propiciar uma considerável redução de custos nessa área; • Expansão das atividades para obter maiores economias de escala e flexibilidade operacional — Ao expandir o tamanho e o escopo geográfico das atividades, a administração acredita que obterá economias de escala, incluindo menores custos relativos a serviços de manutenção, energia, matérias-primas, suprimentos e logística. Além disso, como a Companhia terá maior capacidade de produção de uma carteira de resinas, será possível otimizar o mix de produção e usar plantas específicas em corridas de produção mais longas de resinas específicas, baixando assim os custos de transição; e • Intensificação da liderança na América Latina – A Aquisição da Quattor permitirá que a Companhia reúna esforços tecnológicos e ações inovadoras a fim de desenvolver novos produtos e aplicações, proporcionando serviços e soluções de valor adicionado à sua clientela. A Braskem também assumirá um papel de liderança no segmento petroquímico, reforçando as ações destinadas a proteger e fortalecer toda a cadeia de valor. Contabilização e impacto financeiro da Aquisição da Quattor Em resultado da aquisição do controle da Quattor, passamos a consolidar os resultados da Quattor e de suas subsidiárias em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010. Como resultado de nossa aquisição do controle da Unipar Comercial, consolidamos os resultados dessa empresa em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010 até sua incorporação à QuantiQ, em 3 de janeiro de 2011. Em consequência da aquisição do controle da Quattor, consolidamos os resultados da Polibutenos em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010. Em 1º de setembro de 2010, a Polibutenos e a Quattor Química foram incorporadas à Quattor. Como resultado da decisão de vender a QuantiQ, registramos as operações desta subsidiária como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010. Análise da Aquisição da Quattor pelo CADE A Aquisição da Quattor foi aprovada pelo CADE em 23 de fevereiro de 2011. Como condição para a aprovação, concordamos em (1) notificar o CADE antes de celebrar eventuais contratos futuros de importação de resinas contendo cláusulas de exclusividade ou estendendo eventuais contratos existentes que contenham cláusulas de exclusividade, e (2) fornecer, periodicamente e de forma confidencial, informações relacionadas a nossos contratos e atividades relativas à importação e à venda de resinas. Reorganização das Empresas Quattor Em junho de 2010, a Braskem adquiriu da Quattor todas as ações da RioPol e da Quattor Petroquímica detidas pela Quattor, e o capital da Braskem na Quattor foi reduzido em R$2.578,4 milhões. Como resultado dessa operação, a RioPol e a Quattor Petroquímica se tornaram subsidiárias diretas da Braskem. Em agosto de 2010, a BNDESPAR exerceu sua opção de venda de 60% de suas ações da RioPol para a Braskem por R$210,0 milhões e de 40% de suas ações da RioPol para a Petrobras por R$116,4 milhões. O pagamento pelas ações adquiridas pela Braskem será efetuado em três parcelas anuais com início de junho de 2015, e os montantes de cada parcela serão ajustados pela TJLP mais 2,5% ao ano, de junho de 2008 até as respectivas datas de pagamento. Também em agosto de 2010, completamos uma operação de incorporação de ações, na qual emitimos um total de 2.434.890 de nossas ações preferenciais classe A para os detentores das ações da RioPol que não possuíamos, em troca dessas ações da RioPol. Em consequência dessa operação, a RioPol se tornou uma subsidiária integral da Braskem. Em setembro de 2010, a Polibutenos e a Quattor Química foram incorporadas à Quattor. Em dezembro de 2011, a razão social da Quattor foi alterada para Braskem Qpar S.A. (Braskem Qpar). 19 Incorporação de Ações da Quattor Petroquímica Em 27 de dezembro de 2010, completamos uma operação de incorporação de ações, na qual emitimos um total de 398.175 de nossas ações preferenciais classe A para os detentores das ações da Quattor Petroquímica que não possuíamos, em troca dessas ações da Quattor Petroquímica. Em consequência dessa operação, a Quattor Petroquímica se tornou uma subsidiária integral da Braskem. Em abril de 2011, a Quattor Petroquímica foi renomeada Braskem Petroquímica S.A. (Braskem Petroquímica). Aquisição da Dow Polipropileno Em 30 de setembro de 2011, adquirimos os negócios de polipropileno da Dow através de um contrato de compra e venda celebrado em julho de 2011, referida neste documento como Aquisição da Dow Polipropileno. O negócio é conduzido através de quatro plantas de polipropileno localizadas em Freeport e Seadrift, estado do Texas, EUA, e Wesseling e Schkopau, na Alemanha. Adicionalmente a essas plantas, de acordo com o contrato de compra e venda, a Companhia adquiriu também o estoque, contas a receber, know-how, tecnologia de certos produtos e processos, e contratos e listas de clientes. Como consequência da conclusão da Aquisição da Dow Polipropileno, a Companhia acredita possuir agora a maior capacidade de produção entre os produtores de polipropileno dos Estados Unidos, além de presença na fabricação de polipropileno no mercado europeu. Todas as exigências para tal aquisição foram atendidas por todas as partes envolvidas em 30 de outubro de 2011. No entanto, conforme disposto nos termos de tal contrato de compra e venda, os ativos, passivos e resultados dos negócios de polipropileno adquiridos foram assumidos retroativamente a partir de 1º de outubro de 2011. Como consequência, os resultados nos negócios de polipropileno foram consolidados nas demonstrações financeiras da Companhia a partir de 1º de outubro de 2011. Acordos Relacionados ao Projeto Etileno XXI Acordos de Financiamento Em dezembro de 2012, a Braskem Idesa celebrou um acordo geral com algumas instituições financeiras para o desenvolvimento, projeto, construção e operação inicial do Complexo México, o qual incluirá uma craqueadora de etano com capacidade de 1.050 mil toneladas anuais para produção de eteno a partir da tecnologia Technip, integrada com duas plantas de polietileno de alta densidade utilizando tecnologia Ineos Innovene S e uma planta de polietileno de baixa densidade utilizando tecnologia Basell Lupotech T. Além disso, os recursos do desembolso inicial serão utilizados para liquidar todos os valores em aberto do empréstimo-ponte celebrado em conexão com o projeto. Em relação ao acordo geral, a Braskem Idesa celebrou oito acordos financeiros individuais com instituições financeiras brasileiras e estrangeiras e bancos de desenvolvimento no valor total de principal de até US$3,2 bilhões. Até o momento, não houve desembolsos dessas linhas de crédito, uma vez que a Braskem Idesa encontra-se em processo de satisfação das condições suspensivas para o desembolso inicial. Todos os valores de tais linhas de crédito serão garantidos pelas ações da Braskem na Braskem Idesa. As condições suspensivas para o desembolso inicial e desembolsos subsequentes segundo o acordo geral incluem a manutenção de um índice de dívida sobre patrimônio após o desembolso, calculado de acordo com o contrato, não superior a 70:30. Contrato de Suporte dos Acionistas (Equity Support Agreement) Em dezembro de 2012, a Companhia, a Braskem Idesa, a Etileno XXI, S.A. de C.V. e a Idesa celebraram um contrato de suporte dos acionistas (equity support agreement) segundo o qual os acionistas da Braskem Idesa se comprometem a realizar e garantir o pagamento de determinadas contribuições de capital à Braskem Idesa. De acordo com o contrato de suporte dos acionistas, as partes deverão realizar um aporte de capital inicial de US$1,4 bilhão proporcional à participação de cada uma na Braskem Idesa (Braskem, 75% e Idesa, 25%). Tal aporte inicial deve ser realizado com dez dias de antecedência ao desembolso do empréstimo feito segundo os acordos de financiamento do projeto (discutidos acima), em valores calculados de acordo com o contrato de suporte dos acionistas. Caso o custo do projeto supere os US$4,5 bilhões contemplados atualmente, os acionistas assumiriam ainda a obrigação de realizar determinados aportes primários e secundários contingentes visando cobrir quaisquer valores adicionais necessários para a conclusão do projeto. O valor contingente primário de capital é de aproximadamente US$344 milhões, a ser pago proporcionalmente à participação das partes. Atualmente, a Companhia não fornece suporte de crédito para a obrigação de financiar sua parcela da obrigação de contingência primária de capital e todo o aporte de contingência secundária de capital, mas caso a mesma deixe de ser classificada como grau de investimento antes da liberação de sua obrigação de aporte inicial e contingente de capital, ela deverá fornecer garantia de caixa ou letras de crédito em valor igual a qualquer contribuição de capital que possa ser exigida segundo o contrato. Contrato de EPC (Engineering, Procurement and Construction) Em setembro de 2012, a Braskem Idesa, como proprietária, e a Ethylene XXI Contractors, S.A.P.I. de C.V. e a Etileno XXI Services B.V. como fornecedores, celebraram um contrato de aliança de engenharia, comissionamento e construção (EPC). O contrato foi alterado e consolidado em dezembro de 2012. Cada fornecedor consiste em uma joint venture entre a Odebrecht Industrial Engineering B.V. ICA Fluor Petroquímica, S.A. de C.V. e a Technip Italy S.p.A. Os pagamentos do contrato de EPC são realizados pelo método “cost-plus”, no qual a Braskem Idesa reembolsa os custos dos fornecedores e paga ainda uma margem de lucro. Os 20 pagamentos pelos custos são realizados anteriormente ao início de cada mês, com base na estimativa dos custos esperados durante aquele mês e conciliados com os custos incorridos efetivamente no mês seguinte. Os pagamentos da margem de lucro são realizados com base no atingimento de marcos estabelecidos no contrato. Qualquer custo excedente será dividido igualmente entre a Braskem Idesa e os fornecedores e quaisquer economias de custo serão divididas também igualmente entre as partes, em ambos os casos até o limite máximo calculado de acordo com o contrato de EPC. O contrato prevê data garantida de 30 de junho de 2015 para conclusão do Complexo México e inclui ainda outras garantias de desempenho e cláusulas de indenização no caso da conclusão exceder a data máxima estipulada. Alterações ao Acordo de Acionistas da Braskem Idesa Em fevereiro de 2010, a Braskem e a Idesa celebraram um acordo de acionistas, ao qual nos referimos como acordo de acionistas da Braskem Idesa, para reger seu relacionamento em relação à Braskem Idesa. Em novembro de 2012, a Braskem e a Idesa celebraram a primeira alteração ao acordo de acionistas da Braskem Idesa, segundo a qual a participação da Companhia na Idesa aumentou para 75% menos uma ação de participação na Braskem Idesa, enquanto a participação da Idesa na Idesa foi reduzida para 25% mais uma ação de participação. Em dezembro de 2012, a Companhia e a Idesa celebraram um segundo aditamento ao acordo de acionistas da Braskem Idesa, segundo o qual a Companhia concorda em financiar até 100% do segundo aporte contingente de capital de acordo com o contrato de suporte dos acionistas. O segundo aporte contingente de capital totaliza aproximadamente US$40 milhões. Venda da Cetrel e da Braskem Distribuidora Em 28 de dezembro de 2012, a Companhia vendeu todas as suas ações da Braskem Distribuidora, que detinha a unidade de tratamento de água, e da Cetrel S.A. – Empresa de Proteção Ambiental (Cetrel), empresa de tratamento de resíduos no polo petroquímico de Camaçari, à Construtora Norberto Odebrecht S.A. (CNO), companhia do Grupo Odebrecht, pelo valor total de R$652 milhões. Em relação a esta venda, a Companhia celebrou contratos com a Braskem Distribuidora (atual Distribuidora de Águas Camaçari) para o fornecimento de água industrial e com a Cetrel para o tratamento e descarte de efluentes e resíduos industriais. Venda Planejada do Negócio de Distribuição Em vista do cenário desafiador na indústria global e os impactos da volatilidade econômica global que levaram à queda na rentabilidade do setor, e em linha com o compromisso da Companhia de concentrar seus investimentos no setor petroquímico, está sendo negociada a venda da QuantiQ e da IQAG, seu negócio de distribuição, o qual não faz parte de seus negócios principais (core business). O processo de venda teve início no último trimestre de 2012 e a Companha espera concluir a venda da QuantiQ e da IQAG durante o primeiro semestre de 2013. Estrutura societária da Companhia O quadro a seguir mostra a estrutura acionária e a estrutura societária das principais subsidiárias da Companhia na data deste relatório anual. Os percentuais em negrito e itálico representam a porcentagem, direta ou indireta, de ações votantes detidas por cada entidade, enquanto as porcentagens não em negrito e itálico representam a porcentagem, direta ou indireta, do capital total detido por cada entidade. Petrobras 47,03% Outros Odebrecht 36,20% 50,11% 38,38% 2,86% 25,42% . Braskem 100% 100% RioPol 100% 100% Braskem Qpar (1) 100% 100% Braskem Petroquímica 100% 100% Braskem Europe ______________________________ (1) A Braskem detém diretamente 96,95% das ações da Braskem Qpar e a Braskem Petroquímica detém os 3,04% restantes. (2) Atualmente classificada como disponível para venda 21 100% 100% QuantiQ (2) Visão geral do setor petroquímico Setor petroquímico mundial A indústria petroquímica transforma diversos insumos, principalmente a nafta (subproduto do refino do petróleo), etano, propano, butano e condensado (subproduto da condensação de gás natural), em bens de consumo e industriais de larga utilização. O setor petroquímico é em geral dividido em produtores de primeira, segunda e terceira geração, de acordo com a fase de transformação das diversas matérias-primas ou insumos petroquímicos. Durante os últimos anos, o uso de etano como matéria-prima para a produção de eteno aumentou, devido à diferença entre o custo do gás natural e do petróleo (de onde se originam a nafta e condensados). As reservas de gás natural aumentaram, especialmente na América do Norte, conforme se observou uma evolução na tecnologia de extração desse gás. A fim de aumentar sua competitividade global, a maior parte dos produtores de eteno nos Estados Unidos, que possuem a flexibilidade de utilizarem etano como matériaprima, converteram suas plantas para o uso do etano como matéria-prima. Aproximadamente 68% da produção de eteno nos Estados Unidos em 2012 utilizou etano como matéria-prima, um aumento de 12% sobre 2008. Desde 2008, a produção total de gás natural a partir de shale gas nos Estados Unidos aumentou 55%, ou 600 milhões de barris por dia, e deve crescer aproximadamente 184 milhões de barris por dia entre 2013 e 2017. No entanto, deverá ser implantada infraestrutura adicional, incluindo dutos, fracionadores e terminais a fim de atender esta oferta crescente. Produtores de primeira geração Os produtores de primeira geração, denominados “craqueadores”, fracionam ou “craqueiam” a nafta, etano, propano, butano ou condensado, seus principais insumos, transformando-os em petroquímicos básicos. Os craqueadores respondem por cerca de 98% da produção mundial de eteno. Os petroquímicos básicos produzidos pelos craqueadores incluem: • olefinas, especialmente eteno, propeno e butadieno; • aromáticos, tais como benzeno, tolueno e xilenos (incluindo paraxileno, ortoxileno e xileno misto), aqui designados “produtos BTX”; e • combustíveis, solventes e outros produtos. O uso de diferentes tipos de insumo resulta em diferentes produtos no processo de craqueamento. Os craqueadores que utilizam nafta como insumo produzem uma quantidade maior de subprodutos e coprodutos, como propeno e produtos BTX, do que os craqueadores que usam etano, propano ou butano como insumos. A nafta é o principal insumo, respondendo por aproximadamente 46% da produção mundial de eteno. A produção de eteno a partir de etano como matéria-prima aumentou para cerca de 34% da produção mundial e deve continuar crescendo devido aos avanços de shale gas na América do Norte. As indústrias petroquímicas da América do Sul, da Ásia e da Europa usam predominantemente nafta como insumo, enquanto aquelas do Oriente Médio e da América do Norte usam principalmente etano, propano ou butano. A IHS informa que a capacidade anual global de produção de eteno em 2012 foi de 149,2 milhões de toneladas. A tabela a seguir mostra a capacidade anual global de produção de eteno por região em 2012. Capacidade de produção de eteno (milhões de toneladas por ano) Região Nordeste da Ásia ................................................................................................................................ América do Norte............................................................................................................................... Oriente Médio .................................................................................................................................... Europa Ocidental ............................................................................................................................... Sudeste da Ásia .................................................................................................................................. América do Sul .................................................................................................................................. CEI e Estados do Báltico ................................................................................................................... Subcontinente indiano ........................................................................................................................ Europa Central ................................................................................................................................... África ................................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................... Fonte: IHS 22 36,0 33,5 28,2 23,7 10,0 5,6 4,0 4,1 2,4 1,9 149,2 Diversas empresas petroquímicas anunciaram planos de construir significativa capacidade adicional de eteno, principalmente na Ásia, Oriente Médio e América do Norte. Segundo a IHS, 34,3 milhões de toneladas de capacidade anual de eteno estão programadas para entrada em operação entre 2013 e 2017. No entanto, é frequente as expansões da capacidade de eteno estarem sujeitas a atrasos, não se podendo prever se e quando a capacidade adicional planejada de fato entrará em operação. Como o eteno precisa ser armazenado e transportado a temperaturas criogênicas, o custo de armazenamento e transporte do eteno é substancial e a maior parte do eteno é utilizada para produzir produtos petroquímicos de segunda geração em plantas localizadas nas proximidades dos polos petroquímicos onde o eteno é produzido. Outros produtos das craqueadoras são vendidos nos mercados internacionais de commodities. Produtores de segunda geração Os produtores de segunda geração processam os petroquímicos básicos comprados das unidades de craqueamento para produzir petroquímicos intermediários, incluindo resinas termoplásticas. Esses petroquímicos compreendem: • polietileno, PVC e poliestireno (produzidos a partir do eteno); e • polipropileno e acrilonitrila (produzidos a partir do propeno). Cerca de 60% da capacidade mundial de eteno são usados para produzir polietileno. A produção anual global de resinas de polietileno, polipropileno e PVC em 2012 foi de aproximadamente 217,0 milhões de toneladas, concentrada na Ásia, seguida pela Europa e pela América do Norte. A IHS calcula que até 2017 a capacidade de produção dessas resinas aumentará em aproximadamente 51,7 milhões de toneladas, basicamente em função do crescimento da produção de polietileno, concentrada no Oriente Médio e na Ásia, sobretudo na China. As resinas de polietileno, polipropileno e PVC são commodities vendidas nos mercados globais de commodities. Os preços dessas resinas são influenciados por fatores macroeconômicos globais, custo das matérias-primas, tendências de demanda nos setores que consomem essas resinas e custos de transporte. A rentabilidade do setor é medida de acordo com o spread entre o custo dos insumos e o preço das resinas produzidas. Como a Ásia é a maior região produtora e consumidora de resinas, bem como o principal comerciante no mercado internacional, a demanda naquela região afeta diretamente os preços a vista em todas as outras regiões. A Companhia utiliza o spread Preço da Resina na Ásia – Custo da Nafta como referência para analisar a rentabilidade do setor petroquímico global. O quadro a seguir mostra o spread Preço de Resina na Ásia – Custo da Nafta do polietileno de alta densidade (PEAD) de 2003 a 2012. Spread Filme PEAD SEA FOB Singapore - Nafta ARA 661 548 674 666 593 548 477 411 409 2011 2012 347 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: IHS 23 2009 2010 Produtores de terceira geração Os produtores de terceira geração (também conhecidos como conversores) adquirem petroquímicos intermediários dos produtores de segunda geração, transformando-os em produtos finais, que incluem: • plásticos (produzidos a partir de polietileno, polipropileno e PVC); • fibras acrílicas (produzidas a partir da acrilonitrila); • elastômeros (produzidos a partir do butadieno, estireno e acrilonitrila); e • embalagens descartáveis (produzidas a partir de poliestireno e polipropileno). Os produtores de terceira geração fabricam vários bens de consumo e industriais, inclusive recipientes e materiais de embalagem, tais como sacos, filme e garrafas, tecidos, detergentes, tintas, autopeças, brinquedos e bens de consumo eletrônicos. Setor petroquímico latino-americano A IHS informa que a capacidade anual de produção de eteno por produtores da América Latina em 2012 foi de 6,8 milhões de toneladas. Detemos e operamos toda a capacidade de eteno do Brasil. A tabela abaixo mostra a capacidade anual global de produção de eteno por país em 2012. Capacidade de produção de eteno (milhares de toneladas por ano) País Brasil .................................................................................................................................................. México ............................................................................................................................................... Argentina ........................................................................................................................................... Venezuela........................................................................................................................................... Colômbia ............................................................................................................................................ Chile ................................................................................................................................................... Total ................................................................................................................................................... 3.952 1.382 880 600 100 49 6.831 A maior parte das resinas de polietileno, polipropileno e PVC produzidas usando os petroquímicos básicos dos craqueadores localizados na América Latina é usada no país em que são produzidas. Historicamente, os produtores de segunda geração do Brasil exportam uma parte de sua produção para outros países da América Latina e do mundo, os produtores de segunda geração da Argentina exportam uma parcela significativa de sua produção para o Brasil e outros países da região e os produtores de segunda geração da Colômbia exportam uma parcela de sua produção, principalmente PVC, para outros países da região. Setor petroquímico brasileiro A produção de petroquímicos de primeira e segunda geração no Brasil concentra-se em quatro polos petroquímicos principais. São eles: • Polo Petroquímico de Camaçari, que entrou em operação em 1978, utiliza a nafta como principal matéria-prima e em 31 de dezembro de 2012 tinha uma capacidade anual de produção de eteno de 1.280.000 toneladas; • Polo Petroquímico de Triunfo, que começou a funcionar em 1982, utiliza a nafta como principal matéria-prima e em 31 de dezembro de 2012 tinha uma capacidade anual de produção de eteno de 1.452.000 toneladas; • Polo Petroquímico de São Paulo, localizado em Capuava, no estado de São Paulo, que entrou em operação em 1972, utiliza a nafta como principal matéria-prima e em 31 de dezembro de 2012 tinha uma capacidade anual de produção de eteno de 700.000 toneladas; e • Polo Petroquímico do Rio de Janeiro, que entrou em operação em 2005, utiliza etano e propano como principais matériasprimas e em 31 de dezembro de 2012 tinha uma capacidade anual de produção de eteno de 520.000 toneladas. Cada polo petroquímico tem um único produtor de primeira geração, também chamado “centro de matérias-primas”. Esse centro fornece petroquímicos básicos às plantas de segunda geração da Companhia e de outros produtores de segunda geração localizados ou não nesses polos. Os petroquímicos básicos, produzidos na forma gasosa ou líquida, são transportados principalmente por dutos às plantas dos produtores de segunda geração, em geral localizadas nas proximidades dos craqueadores, para passarem por processamento adicional. 24 Possuímos e operamos a unidade de craqueamento do Polo Petroquímico de Camaçari desde que este iniciou suas atividades. Detemos uma participação no craqueador do Polo Petroquímico de Triunfo desde 2002 e adquirimos as participações remanescentes nesse craqueador em 2007. Adquirimos os craqueadores dos Polos Petroquímicos de São Paulo e do Rio de Janeiro em abril de 2010. Em 31 de dezembro de 2012, existiam aproximadamente 50 produtores de segunda geração em atividade no Brasil. Somos os únicos produtores de polietileno e polipropileno localizados no Brasil e um dos dois produtores de PVC localizados no Brasil. Os petroquímicos intermediários são produzidos na forma sólida em pellets (grãos) de plástico ou em pó e transportados principalmente por caminhões aos produtores de terceira geração que, em geral, não ficam situados próximo aos produtores de segunda geração. Os produtores de terceira geração fabricam vários bens de consumo e industriais, inclusive recipientes e materiais de embalagem, tais como sacos, filme e garrafas, tecidos, detergentes, tintas, autopeças, brinquedos e bens de consumo eletrônicos. Existem cerca de 11.500 produtores de Terceira geração em atividade no Brasil. Papel da Petrobras no fornecimento de insumos para o setor petroquímico brasileiro Anteriormente a 1995, a Constituição do Brasil concedia ao governo brasileiro um monopólio, exercido por intermédio da Petrobras, sobre a pesquisa, a exploração, a produção, o refino, a importação e o transporte de petróleo bruto e produtos de petróleo refinado (com exclusão de produtos petroquímicos) no Brasil. A Constituição Federal também previa que subprodutos do processo de refino, tais como a nafta, poderiam ser fornecidos no Brasil somente pela Petrobras ou por seu intermédio. A nafta é o principal insumo utilizado no Brasil para produção de petroquímicos básicos, tais como eteno e propeno. Em 1995, a Constituição Federal foi alterada para permitir que as atividades de petróleo e relacionadas a petróleo fossem realizadas por empresas privadas, por meio de concessão ou autorização do governo brasileiro. Em 1997, a Lei no. 9.478/97 regulamentou a Emenda Constitucional de 1995 por meio da criação do Conselho Nacional de Política Energética e da Agência Nacional de Petróleo, encarregados de regulamentar e fiscalizar o setor petrolífero e o setor de energia brasileiro. Subsequentemente à criação da Agência Nacional de Petróleo, foram introduzidas novas regras e regulamentos destinados a gradualmente eliminar o monopólio da Petrobras. A Companhia importa nafta de empresas comerciais e exportadoras e de produtores de petróleo e gás do exterior desde 1997. Em 2012, a Petrobras forneceu 73,0% da nafta consumida pela Companhia, que importou o restante do seu consumo desse produto. Preços e taxas Fixamos os preços do eteno, o principal produto petroquímico de primeira geração que vendemos a terceiros produtores de segunda geração, tomando por referência os preços do mercado internacional. Vide “—Unidade de Petroquímicos Básicos—Vendas e Comercialização da Unidade de Petroquímicos Básicos.” Os preços pagos por produtores de segunda geração por produtos petroquímicos importados de primeira geração refletem, em parte, custos de transporte e tributos. Fixamos os preços de subprodutos de eteno, tal como o butadieno, tomando por referência vários fatores de mercado, inclusive os preços pagos por produtores de segunda geração por produtos importados, que também levam em consideração os custos de transporte e tributos. Os produtores de segunda geração, inclusive a Companhia, em geral fixam os preços de seus produtos petroquímicos tomando por referência diversos fatores de mercado, entre eles os preços pagos por produtores de terceira geração por produtos importados. Os preços pagos por essas importações também refletem custos de transporte e tributos. O governo brasileiro recorre frequentemente a tarifas de importação para implantar políticas econômicas. Dessa forma, em geral as tarifas sofrem grandes variações, sobretudo aquelas incidentes sobre produtos petroquímicos, e podem variar significativamente no futuro. Os tributos sobre a importação de produtos petroquímicos de primeira geração, essencialmente o propeno, foram fixadas em 2,0% em 2004, e os tributos sobre as resinas de polietileno, polipropileno e PVC foram fixadas em 14,0% em 2004. Em 1º de outubro de 2012, o governo brasileiro aumentou a tarifa de importação de polietileno para 20,0%. As importações e exportações na área de livre comércio formada por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, o Mercosul (Mercado Comum do Sul), não estão sujeitas a tributos desde dezembro de 2001. As importações de PVC em suspensão da Colômbia não estão sujeitas a tarifas e as importações de PVC em suspensão da Venezuela estão sujeitas a tarifas reduzidas de 5,6% sob o Programa de Liberalização Comercial, segundo o qual as importações desses países sofrem tarifas mais baixas do que as geralmente aplicáveis. As importações de PVC em suspensão dos EUA e do México estão sujeitas a tarifas de respectivamente 16,0% e 18,0% desde 1992, em resultado da imposição de tributos antidumping pela Câmara de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (CAMEX). Em 2005, o regime de tarifas antidumping foi modificado de modo a aplicar as tarifas em uma escala móvel (de 0% a 16,0% e de 0% a 18,0% para os EUA e o México, respectivamente), na qual a alíquota das tarifas era determinada com base em uma série de fatores, incluindo o preço dos produtos e a probabilidade de que a importação desses produtos vá causar um impacto negativo na indústria local. Contudo, em setembro de 2011, a CAMEX alterou a aplicação de práticas antidumping para importações advindas dos Estados Unidos para uma tarifa ad valorem de 16%, mantendo as tarifas progressivas para o México. Desde 2008, as importações de PVC em suspensão da China estão sujeitas a tributos que vão de 10,5% a 21,6%, enquanto as importações de suspensão de PVC da Coreia do Sul estão sujeitas a tributos que variam entre 0% e 18,9%, dependendo do produtor, 25 em virtude da imposição de tributos antidumping pela CAMEX. Essas tarifas serão recolhidas em agosto de 2013, a menos que sejam prorrogados. Adicionalmente, em dezembro de 2010, a CAMEX impôs uma tarifa antidumping adicional de 10,6% sobre as importações de polipropileno durante um período de cinco anos. O regime de tarifas antidumping está programado para expirar em dezembro de 2015. Em 2012, cerca de 27,0% das resinas de polietileno, polipropileno e PVC brasileiras foram importadas, o que representou uma redução anual de 13,0% no volume de resinas importadas. A Companhia acredita que isso se deveu em grande parte à adoção pelo governo brasileiro de políticas para desencorajar determinados estados a subsidiar as tarifas de importação destas resinas. Para mais informações, vide “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras – Principais Fatores que Afetam os Resultados das Operações da Companhia – Efeitos da Política Industrial Brasileira – Tarifas de Importação em Portos Locais.” Oferta e demanda O consumo per capita de resinas de polietileno, polipropileno e PVC no Brasil aumentou a uma taxa anual composta de 3,5% entre 2002 e 2012, atingindo 24,6 quilos por pessoa em 2012, segundo relatórios da IHS. Contudo, o consumo brasileiro dessas resinas é expressivamente menor que nos Estados Unidos (67,0 quilos por pessoa), na Europa Ocidental (54,8 quilos por pessoa) e no Japão (45,8 quilos por pessoa), de acordo com a IHS. Os mercados brasileiros em que a Companhia atua são cíclicos e sensíveis a alterações da oferta e demanda. A demanda dos produtos petroquímicos da Companhia no Brasil é consideravelmente afetada pelas condições econômicas gerais no Brasil e em outros países do Mercosul, em particular a Argentina. Os mercados brasileiros também são afetados pela natureza cíclica dos mercados internacionais, já que os preços de produtos petroquímicos no Brasil são determinados em parte tomando por referência os preços desses produtos nos mercados internacionais e pelos preços, incluindo tarifas e custos de transporte, pagos pelos importadores de produtos petroquímicos para o Brasil. Tradicionalmente, o segundo e o terceiro trimestres do ano são os períodos de maior venda para a indústria petroquímica no mercado brasileiro. O aumento durante esses seis meses está atrelado em parte à produção de bens de consumo para venda durante o período de festas no fim do ano. A tabela a seguir mostra informações relativas à produção estimada de empresas brasileiras e às exportações e importações dos produtos ali incluído nos anos indicados. As estimativas do consumo interno total supõem que toda a produção nacional seja imediatamente vendida no mercado e que não haja alterações no estoque interno total. Consumo interno Produção aparente brasileira total Total de Total de brasileiro total estimada importações exportações estimado (milhares de toneladas) Olefinas(1)(2) 2011 ............................................................ 5.520,0 3,8 227,8 5.296,0 2010 ............................................................ 5.119,0 0,2 252,7 4.866,5 Aromáticos(2)(3) 2011 ............................................................ 1.446,0 2,9 398,1 1.050,8 2010 ............................................................ 1.399,2 0,3 509,9 889,5 Poliolefinas(4) 2012 ............................................................ 4,161,7 936,9 1.247,6 3.850,9 2011 ............................................................ 3.956,0 1.058,2 1.303,8 3.711,0 2010 ............................................................ 4.134,4 881,8 1.105,1 3.911,1 PVC 2012 ............................................................ 758,6 403,1 2,1 1.159,5 2011 ............................................................ 696,5 477,7 1,4 1.172,8 2010 ............................................................ 724,9 387,0 2,2 1.109,7 __________________________ (1) Inclui eteno, propeno e butadieno. (2) Dados de produção e vendas de olefinas e aromáticos relativos a 2012 estão disponíveis na data deste relatório anual. (3) Inclui benzeno, tolueno e xileno. (4) Inclui polietileno, polipropileno e copolímero de etil vinil acetato (EVA). Fonte: ABIQUIM, ALICE-Web e estimativas da Braskem. 26 Setor de polipropileno da América do Norte O setor de polipropileno da América do Norte é formado por 10 empresas, incluindo a Companhia, com uma capacidade anual combinada de produção de aproximadamente 8,7 milhões de toneladas de polipropileno. A concorrência baseia-se no preço, na qualidade do produto, na entrega do produto, na confiabilidade do fornecimento, no desempenho do produto e no atendimento ao cliente. Em geral, a demanda é função do crescimento econômico, na América do Norte e em qualquer parte do mundo. Com base nas capacidades nominais divulgadas do setor, a Companhia é a quarto maior produtora de polipropileno dos Estados Unidos. A capacidade nominal das plantas de polipropileno da Companhia em 31 de dezembro de 2012 era de aproximadamente 1.450.000 toneladas por ano, ou aproximadamente 15,9% da capacidade total do setor na América do Norte. A demanda por polipropileno na América do Norte em 2012 foi de aproximadamente 7,5 milhões de toneladas, representando um aumento de 0,6% em relação a 7,4 milhões de toneladas em 2011. Setor de Polipropileno da Europa O setor de polipropileno da Europa é formado por 28 empresas, incluindo a Companhia, com uma capacidade anual combinada de produção de aproximadamente 11,8 milhões de toneladas de polipropileno. A demanda por polipropileno na Europa está ligada ao crescimento econômico do continente e do resto do mundo. Em geral, o polipropileno é utilizado principalmente em injetoras, aplicações em fibras, filmes e folhas de plástico. O polipropileno está mais exposto ao setor de bens duráveis que o PEAD, já que o polipropileno é utilizado em quantidades substanciais no setor automotivo. A capacidade nominal das plantas de polipropileno da Companhia em 31 de dezembro de 2012 era de aproximadamente 545 mil toneladas por ano, ou aproximadamente 4,7% da capacidade total do setor na Europa. A demanda total por polipropileno na Europa permaneceu relativamente constante em aproximadamente 10,2 milhões de toneladas em 2012 e 2011. Unidade de Petroquímicos Básicos Em 31 de dezembro de 2012, a Unidade de Petroquímicos Básicos contava com uma das maiores capacidades de produção anual entre todos os produtores de primeira geração da América Latina. Somando-se suas vendas líquidas às outras unidades, a Unidade de Petroquímicos Básicos registrou receita líquida de vendas de R$23.603,0 milhões em 2012, ou 51,8% da receita líquida de vendas de todos os segmentos divulgados. A receita líquida de vendas proveniente de vendas às outras unidades de negócios foi de R$9.883,0 milhões em 2012, representando 41,9% da receita líquida de vendas da Unidade de Petroquímicos Básicos. Anteriormente a 1º de maio de 2010, nossa Unidade de Petroquímicos Básicos consistia em operações conduzidas pela Companhia no Polo de Camaçari e no Polo de Triunfo. Após a aquisição do controle da Quattor em abril de 2010, consolidamos os resultados da Quattor e de suas subsidiárias em nossas demonstrações financeiras e passamos a incluir os resultados das operações de petroquímicos básicos conduzidas nos Polos de São Paulo e do Rio de Janeiro em nosso segmento de Petroquímicos Básicos a partir de 1º de maio de 2010. A Unidade de Petroquímicos Básicos produz: • olefinas, tais como eteno, propeno grau polímero e grau químico, butadieno, isopreno e buteno-1; • Produtos BTX; • combustíveis, tais como gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo, ou GLP; • intermediários, tais como cumeno; e • outros petroquímicos básicos, tais como metal-tércio-butil-éter, ou MTBE, solvente C9 e pirólise C9. Os produtos da Unidade de Petroquímicos Básicos são usados primordialmente na fabricação de produtos petroquímicos intermediários de segunda geração, inclusive aqueles fabricados pela Unidade de Poliolefinas e pela Unidade de Vinílicos. A Unidade também fornece utilidades a outros produtores de segunda geração em cada polo petroquímico em que atua e para outras empresas localizadas fora destes polos, além de prestar serviços a tais produtores. Em 2012, 79,4% da receita líquida de vendas de nossa Unidade de Petroquímicos Básicos (incluindo vendas a outras unidades) foi proveniente da venda de petroquímicos básicos, 10,2% da venda da nafta e de condensados, 4,6% da venda de combustíveis, 3,3% da venda de intermediários e 2,4% da venda de utilidades e serviços. Em 2012, 41,9% da receita líquida de vendas da Unidade de Petroquímicos Básicos foi proveniente de vendas efetuadas às Unidades de Poliolefinas e Vinílicos. Acreditamos que a Unidade de Petroquímicos Básicos tem boas condições de tirar proveito do aumento da demanda de produtos petroquímicos básicos no Brasil, tanto por parte das outras unidades de negócios como de terceiros, e de atuar no mercado internacional. 27 Produtos da Unidade de Petroquímicos Básicos As outras unidades de negócios e terceiros produtos petroquímicos utilizam eteno e propeno produzidos pela Unidade de Petroquímicos Básicos para produzir produtos de segunda geração, tais como polietileno, polipropileno e PVC. Também vendemos butadieno e diversos aromáticos, inclusive produtos BTX, e intermediários, tais com o cumeno, a terceiros produtores petroquímicos, para uso como matérias-primas na produção de diversos produtos de segunda geração, como borracha sintética, elastômeros, resinas, fibras de nylon, etil benzeno (usado para fabricar estireno monômero-poliestireno), cumeno, benzeno alquil linear, ácido tereftalático purificado, dimetil tereftalato, bisfenol A, um insumo da produção de resinas de policarbono, anidrido ftálico, plastificantes e tintas. A tabela a seguir apresenta a composição do volume de vendas de petroquímicos básicos da Unidade de Petroquímicos Básicos (excluindo vendas a outras unidades) nos períodos indicados. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 2011 2010(1) (milhares de toneladas) Vendas no mercado interno (2): Eteno ............................................................................................... Propeno ........................................................................................... Cumeno ............................................................................................ Butadieno ........................................................................................ Produtos BTX (3) ........................................................................... Outros .............................................................................................. Total das vendas de petroquímicos básicos no mercado interno ............. Total das exportações de petroquímicos básicos ..................................... Total das vendas de petroquímicos básicos ............................................. 523,8 220,4 250,5 216,4 744,4 400,9 2.356,4 1.208,0 5.920,8 491,3 217,7 290,9 252,9 679,6 463,0 2.395,4 1.087,5 3.482,9 438,4 322,3 195,5 224,6 643,6 483,7 2.308,1 1.201,2 3.509,3 __________________________ (1) Inclui vendas dos Polos de São Paulo e Rio de Janeiro a partir de 1º de maio de 2010. (2) Adicionalmente, inclui as seguintes vendas a outras unidades: • aproximadamente 2.805.500 toneladas de eteno em 2012, 2.606.100 toneladas de eteno em 2011 e 2.511.500 toneladas em 2010; • aproximadamente 950.000 toneladas de propeno em 2012, 905.400 toneladas de propeno em 2011 e 926.300 toneladas em 2010; e aproximadamente 36.900 toneladas de benzeno em 2012, 23.100 toneladas de benzeno em 2011 e 152.700 toneladas em 2010. • (3) Inclui benzeno, tolueno, ortoxileno, paraxileno e xilenos mistos. Olefinas As olefinas são hidrocarbonetos relativamente instáveis caracterizados por sua estrutura quimicamente ativa, permitindo que outros elementos quimicamente reativos, tal como o oxigênio, sejam adicionados. O eteno e o propeno, que são tipos de olefinas, são a "base" química de muitas resinas plásticas utilizadas na produção de bens de consumo plásticos. Nossos principais produtos de olefinas incluem eteno e propeno, também denominados monômeros. Combinações diferentes de monômeros são polimerizadas ou ligadas formando polímeros ou resinas plásticas com propriedades e características diferentes. Aromáticos Aromáticos são hidrocarbonetos identificados por um ou mais anéis de benzeno ou por possuírem um comportamento químico semelhante ao do benzeno. Aromáticos prontamente reagem, agregando outros grupos moleculares ativos, tais como nitrato e sulfonatos. Condensado Condensado é uma mistura de baixa densidade de líquidos de hidrocarbonetos presentes em forma gasosa no gás natural bruto produzido em muitos campos naturais e recuperados mediante um processo de condensação. A Companhia revende condensado comprado dos fornecedores de matérias-primas para a RPR para refino em nafta, que é então comprado da RPR. Combustíveis A Companhia foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo a produzir e vender gasolina automotiva desde 15de agosto de 2000 e GLP desde 02 de outubro de 2001 nos mercados internacionais e internos e produz e vende gasolina automotiva e GLP desde essas datas. Intermediários O cumeno é o principal produto intermediário produzido pela Unidade de Petroquímicos Básicos. Conhecido também como isopropilbenzeno, o cumeno é produzido a partir do benzeno e do propeno. O cumeno é utilizado como intermediário na síntese de compostos químicos como fenol e acetona. 28 Utilidades A Companhia produz energia elétrica, vapor, ar comprimido e água potável e desmineralizada, sendo alguns desses itens subprodutos dos processos produtivos de petroquímicos básicos. Como resultado da venda da Braskem Distribuidora, a Companhia adquire água para o Polo de Camaçari da Distribuidora de Águas Camaçari. Essas utilidades são utilizadas nos seus próprios processos de produção, inclusive nos da Unidade de Poliolefinas e da Unidade de Vinílicos, sendo também vendidos a outros produtores de segunda geração em cada polo petroquímico em que operamos e a outras empresas localizadas fora destes polos. As instalações de utilidades consistem de unidades para geração de energia termoelétrica, tratamento de água e produção de vapor e ar comprimido. Instalações industriais da Unidade de Petroquímicos Básicos A administração acredita que os processos tecnológicos empregados nas plantas de petroquímicos básicos da Companhia estão entre os mais avançados do mundo. A Unidade de Petroquímicos Básicos possui e opera: • cinco importantes unidades de petroquímicos básicos no Polo Petroquímico de Camaçari (duas unidades de olefinas, duas de aromáticos e uma de utilidades); • quarto importantes unidades de petroquímicos básicos no Polo Petroquímico de Triunfo (duas unidades de olefinas, uma de aromáticos e uma de utilidades); • três unidade de petroquímicos básicos no Polo de São Paulo (uma unidade de olefinas, uma de aromáticos e uma de utilidades); e • duas unidade de petroquímicos básicos no Polo do Rio de Janeiro (uma unidade de olefinas e uma de utilidades). O termo "unidade" tem a acepção de um conjunto de plantas interligadas com a finalidade de produzir olefinas, aromáticos ou utilidades. A tabela a seguir apresenta os principais produtos da Unidade de Petroquímicos Básicos, a capacidade de produção anual em 31 de dezembro de 2012 e a produção anual nos períodos apresentados (inclusive, conforme observado abaixo, a produção de plantas adquiridas anteriormente à aquisição de tais plantas). Produção Exercício encerrado em 31 de dezembro de Principais produtos Capacidade Anual de Produção 2012 2011 2010(1) (em toneladas, exceto gasolina automotiva) Olefinas: Eteno ................................................................................. Propeno ............................................................................. Butadieno (2) .................................................................... 3.752.000 1.585.000 477.000 3.329.758 1.349.142 355.703 3.119.158 1.411.098 314.534 3.276.626 1.520.142 321.708 Aromáticos: Benzeno ............................................................................ Cumeno ............................................................................. Tolueno(3) ........................................................................ Paraxileno ......................................................................... Ortoxileno ......................................................................... Xilenos mistos(3) .............................................................. 979.000 320.000 195.000 203.000 126.000 166.000 651.664 246.243 150.525 184.799 92.656 85.968 818.666 295.529 133.717 139.211 73.843 95.555 908.779 286.284 149.202 161.163 91.402 88.801 Combustíveis e Aditivos: Gasolina automotiva(4)..................................................... ETBE ................................................................................ 1.256.000 372.000 615.004 286.250 867.951 284.241 1.088.788 310.939 __________________________ (1) Inclui receita gerada através da venda destes produtos a partir dos Polos de São Paulo e do Rio de Janeiro a partir de 1º de maio de 2010, como resultado da Aquisição da Quattor. (2) Inclui receita gerada através da venda de butadieno por nossa nova planta de butadieno no Polo de Triunfo, que possui capacidade anual de produção de 103 mil toneladas e iniciou suas operações em setembro de 2012. (3) A produção real poderá exceder a capacidade de produção de acordo com a quantidade de tolueno e xilenos mistos consumidos na produção de paraxileno. (4) Gasolina automotiva em metros cúbicos. 29 Matérias-primas da Unidade de Petroquímicos Básicos Nafta A nafta, um produto derivado do petróleo bruto, é a principal matéria-prima empregada na fabricação dos produtos petroquímicos básicos e representa o principal item do custo de produção e custo operacional da Unidade de Petroquímicos Básicos. A Companhia também usa o condensado como matéria-prima nas unidades de petroquímicos básicos no Polo de Triunfo. O preço da nafta e do condensado comprados pela Companhia flutua principalmente com base em variações do preço internacional do petróleo bruto, que toma por base o dólar. Em 2012 a nafta e o condensado representaram 82,5% do custo total dos produtos vendidos da Unidade de Petroquímicos Básicos, e a nafta a 81,8% do custo consolidado direto e indireto dos produtos vendidos e serviços prestados em 2012. A tabela a seguir apresenta a média dos preços da nafta no mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia nos períodos indicados. 2013 Média(1) ............................................. Mês encerrado em: Janeiro................................................. Fevereiro ............................................. Março .................................................. Abril (até 03 de abril) ......................... Maio .................................................... Junho ................................................... Julho ................................................... Agosto ................................................. Setembro ............................................. Outubro ............................................... Novembro ........................................... Dezembro............................................ 2012 2011 2010 US$936,06 US$1.031,57 US$931,15 US$712,85 932,95 991,86 910,29 874,38 950,61 1.026,88 1.068,84 1.029,51 877,11 729,49 825,40 935,18 966,06 954,59 930,99 938,06 854,71 881,64 981,43 1.052,68 986,41 933,32 979,80 940,13 940,05 882,35 864,61 876,69 715,41 680,83 731,41 736,82 681,24 659,26 629,01 663,58 682,77 755,20 780,33 841,30 ___________________________ (1) Os dados da coluna “Média” representam a média dos preços mensais médios da nafta durante cada ano respectivo. Fonte: IHS Dados de fornecimento e precificação da Unidade de Petroquímicos Básicos Nafta A tabela a seguir mostra a distribuição das compras de nafta pela Unidade de Petroquímicos Básicos nos períodos indicados e por localização geográfica dos fornecedores. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012 2011 2010 Brasil................................................................................................ 73,0% 74,7% 65,5% Argélia ................................................................................................ 10,3 12,6 15,5 Argentina ................................................................................................5,0 6,3 5,3 6,4 13,7 Outros ................................................................................................ 11,7 100% 100% Total................................................................................................ 100% ___________________________ Contratos de fornecimento com a Petrobras Em julho de 2009, a Companhia e a Petrobras firmaram Contrato de Compra e Venda de Nafta Petroquímica, utilizado desde março de 2009. Esse contrato substituiu o contrato entre a Companhia e a Petrobras para o fornecimento de nafta às plantas de petroquímicos básicos localizadas no Polo Petroquímico de Camaçari, que terminou em junho de 2008, e substituiu o contrato de fornecimento de nafta entre a Companhia e a Petrobras para o fornecimento de nafta às plantas de petroquímicos básicos localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo. Este contrato tem prazo de cinco anos, expirando em março de 2014, é automaticamente renovável por outro prazo de cinco anos, a menos que uma das partes notifique à outra, por escrito, com pelo menos um ano de antecedência ao término do contrato, de sua intenção de não renová-lo. 30 Nos termos desse contrato: • a Petrobras compromete-se a vender e entregar nafta às plantas de petroquímicos básicos do Polo Petroquímico de Camaçari e do Polo Petroquímico de Triunfo, para uso exclusivo como matéria-prima; • a Companhia se compromete a comprar um volume mensal mínimo de nafta; • a Companhia fornece à Petrobras uma ordem firme de compra de nafta a cada mês, juntamente com uma estimativa do volume de nafta que comparará nos seis meses seguintes; • a Companhia pode solicitar volumes de nafta acima da ordem firme mensal, que a Petrobras poderá fornecer, a seu critério; • a partir de março de 2009, o preço pago pela Companhia pela nafta tem por base diversos fatores, quais sejam, os preços de mercado da nafta e de vários derivados petroquímicos, a volatilidade dos preços desses produtos nos mercados internacionais, a taxa de câmbio real/dólar e o nível de parafinicidade da nafta entregue; • o contrato será alterado na hipótese de ocorrência de fatos extraordinários e imprevistos que provocarem uma ruptura no equilíbrio econômico-financeiro do contrato; e • a Petrobras pode rescindir o contrato , sem aviso prévio, se (1) a Companhia não sanar uma violação do contrato após um período de tolerância de 30 dias; (2) ocorrer e persistir por mais de 90 dias uma situação de força maior; (3) a Companhia transferir ou der como garantia a totalidade ou parte de seus direitos e obrigações pelo contrato a um terceiro, sem a anuência da Petrobras; (4) houver uma alteração na propriedade ou no objeto social da Companhia que entre em conflito com o objeto do contrato ou (5) a Companhia for dissolvida, entrar em falência ou for liquidada. Em maio de 2006, a Quattor Química (atualmente Braskem Qpar) e a Petrobras celebraram um Contrato de Compra e Venda de Nafta Petroquímica para o fornecimento de nafta as nossas plantas de produtos petroquímicos básicos no Polo de São Paulo, substituindo o acordo anterior de fornecimento de nafta entre as partes. Em outubro de 2010, o contrato foi alterado de modo a estender sua duração até fevereiro de 2014 e incluir uma cláusula estabelecendo que o contrato seja renovável por um período de cinco anos, a menos que uma das partes notifique a outra por escrito, com antecedência mínima de um ano do término do contrato, de sua intenção de não renová-lo. Nos termos do contrato de fornecimento de nafta, conforme alterado: • a Petrobras concorda em vender e entregar nafta as nossas plantas de produtos petroquímicos básicos no Polo de São Paulo para uso exclusivo como matéria-prima; • a Companhia se compromete a comprar um volume anual mínimo de nafta; • a Companhia concorda em fornecer à Petrobras uma ordem de compromisso firme de nafta a cada ano; • o preço pago pela Companhia pela nafta no escopo desse contrato tem por base diversos fatores, entre eles os preços de mercado da nafta e diversos derivados petroquímicos, a volatilidade dos preços desses produtos nos mercados internacionais, a taxa de câmbio real/dólar e o nível de parafinicidade da nafta entregue; • o contrato será alterado na eventualidade de fatos extraordinários imprevistos provocarem a ruptura de seu equilíbrio econômico-financeiro; e • a Petrobras poderá rescindir o contrato sem necessidade de aviso prévio na eventualidade de: (1) a Companhia deixar de sanar uma violação ao contrato após um período de tolerância de 30 dias (2) ocorrer evento de força maior, persistindo por mais de 180 dias; (3) a Companhia transferir ou der em garantia a um terceiro a totalidade ou parte de seus direitos e obrigações pelo contrato sem a prévia anuência da Petrobras; (4) uma alteração da propriedade ou do objeto social da Braskem Qpar que entre em conflito com o objeto do contrato; (5) uma mudança no tipo de entidade, incorporação, venda, cisão ou qualquer outra forma de reestruturação societária da Braskem Qpar que venha a conflitar com a execução do objeto do contrato ou (6) dissolução, falência ou liquidação da Braskem Qpar. Contratos de fornecimento com a SONATRACH A empresa La Société Nationale pour la Recherche, la Production, le Transport, la Transformation et la Commercialisation des Hydrocarbures (SONATRACH) (empresa nacional algeriana de petróleo) é um dos mais importante fornecedores de nafta e condensado importados para a Companhia. A Companhia importa nafta da SONATRACH desde 2002. Anualmente, são negociados o volume mínimo e máximo de nafta e condensado a serem comprados da SONATRACH. Na hipótese de impossibilidade de renovar o contrato de fornecimento com a SONATRACH, a administração acredita que poderia comprar quantidades suficientes de nafta de outros fornecedores, de outras fontes, para atender às necessidades de suprimento das plantas de petroquímicos básicos dos Polos Petroquímicos do Nordeste e do Sul do Brasil. 31 Outros contratos de fornecimento Dentro da estratégia de diversificar as fontes de suprimento de nafta, estamos adquirindo nafta por meio de acordos de fornecimento anual com fornecedores na Argentina, Venezuela e em outros países da América Latina e da África do Norte. Compras de nafta no mercado a vista Além dos fornecimentos de nafta mediante os contratos acima descritos, a Companhia compra ocasionalmente nafta no mercado à vista de fornecedores estrangeiros localizados no norte da África e na América do Sul. Etano e propano O etano e o propano são as principais matérias-primas usadas pela Companhia para produzir seus produtos petroquímicos básicos no Polo do Rio de Janeiro e representam o principal custo de produção e operacional da unidade de petroquímicos básicos do Polo do Rio de Janeiro. O preço do etano e do propano comprados pela Companhia varia principalmente de acordo com as mudanças no preço internacional em dólares desses insumos. Em dezembro de 2000, a RioPol e a Petrobras firmaram um contrato de fornecimento de etano e propano. O prazo inicial desse contrato termina em 2020 e ele é automaticamente renovável por um período de dois anos, a menos que uma das partes avise a outra, por escrito e com pelo menos um ano de antecedência, de sua intenção de não renová-lo. Pelos termos desse contrato: • a Petrobras concorda em vender e entregar etano e propano à planta de petroquímicos básicos da Companhia no Polo do Rio de Janeiro para uso exclusivo como matéria-prima; • a Companhia fica obrigada a comprar e a Petrobras deve entregar um volume anual mínimo de etano e/ou propano; • a Companhia concorda em fornecer à Petrobras uma ordem de compromisso firme de etano e propano a cada mês, juntamente com uma estimativa do volume de etano e propano que comprará nos quatro meses imediatamente seguintes; • o preço do etano e do propano tem por base o preço US Marketscan Mont Belvieu; • o contrato será alterado na eventualidade de ocorrerem fatos imprevistos extraordinários que provoquem uma ruptura no equilíbrio econômico-financeiro do contrato; e • a Petrobras poderá rescindir o contrato sem necessidade de aviso prévio na eventualidade de: (1) a Companhia deixar de sanar uma violação ao contrato após um período de tolerância de 60 dias; (2) ocorrer evento de força maior que persista por mais de 365 dias; (3) a Companhia transferir ou der como garantia a um terceiro a totalidade ou parte dos seus direitos e obrigações pelo contrato sem a anuência prévia da Petrobras; e (4) dissolução, falência ou liquidação da RioPol. Desde o início de suas operações em 2006, a produção da RioPol de petroquímicos básicos foi negativamente afetada pela irregularidade do fornecimento de matérias-primas. Para aumentar a confiabilidade do fornecimento de matérias-primas à RioPol, a Petrobras iniciou melhorias em suas instalações na planta de processamento de Cabiúnas, estado do Rio de Janeiro, e dos dutos de transporte do gás produzido na Bacia de Campos. Essas melhorias foram concluídas durante o segundo trimestre de 2011, e praticamente eliminaram a irregularidade do fornecimento de matérias-primas à planta da RioPol. Como resultado, a planta pode agora operar à sua capacidade de produção anual de 500.000 toneladas de eteno. Hidrocarbonetos de Refinaria Leve Em janeiro de 2005, a Quattor Química e a Petrobras firmaram um contrato de compra e venda de uma cadeia de hidrocarbonetos de refinaria leve, dos quais separamos o eteno e o propeno. Esse contrato prevê que a Companhia e a Petrobras deverão negociar sua renovação antes de seu término em 2020 e que, na eventualidade de a Petrobras não pretender renovar o contrato, ela deverá notificar a Companhia com antecedência mínima de dois anos do término do contrato e cumprir todos os termos e condições do contrato até 2028. Nos termos do contrato: • a Petrobras se compromete a vender e entregar hidrocarbonetos de refinaria leve à planta de petroquímicos da Companhia no Polo de São Paulo para uso exclusivo como matéria-prima; • a Companhia se compromete a adquirir um volume mínimo diário de hidrocarbonetos de refinaria leve; • o preço dos hidrocarbonetos de refinaria leve tem por base diversos índices de mercado; • o contrato será alterado na hipótese de ocorrência de fatos imprevistos extraordinários que provoquem uma ruptura no equilíbrio econômico-financeiro do contrato; e 32 • a Petrobras poderá rescindir o contrato sem necessidade de aviso prévio na eventualidade de: (1) a Companhia deixar de sanar uma violação do contrato após um período de tolerância de 30 dias; (2) ocorrer evento de força maior que impeça a execução do contrato ; (3) a Companhia transferir ou der em garantia a um terceiro a totalidade ou parte de seus direitos, obrigações e créditos pelo contrato sem a anuência prévia da Petrobras, a menos que o terceiro seja um membro do grupo econômico da Companhia; (4) dissolução ou falência da Braskem Qpar; e (5) mudança no tipo de entidade, incorporação, venda, cisão ou outra forma de reestruturação societária da Braskem Qpar que entre em conflito com o objetivo do contrato ou impeça sua execução. Utilidades Geramos aproximadamente 35% de nossas necessidades de consumo de energia do Polo Petroquímico de Camaçari e a CHESF, estatal brasileira de geração de energia elétrica localizada no estado da Bahia e a Companhia de Eletricidade do estado da Bahia – COELBA fornecem o restante. Geramos aproximadamente 27% de nossas necessidades de consumo de energia do Polo Petroquímico de Triunfo, sendo o restante adquirido principalmente de diversas empresas mediante leilões no Mercado Livre de Energia. Geramos aproximadamente 16% de nossas necessidades de consumo de energia do Polo de São Paulo, sendo o restante adquirido principalmente de diversas empresas mediante leilões no Mercado Livre de Energia da Tractebel Energia S.A. Adquirimos a maior parte da energia necessária para o Polo do Rio de Janeiro da Petrobras Energia e da Ampla através de contratos de longo prazo, com vencimento em 2015 e 2021, respectivamente. Vendas e comercialização da Unidade de Petroquímicos Básicos Vendemos produtos petroquímicos básicos principalmente no Brasil, sobretudo a produtores petroquímicos de segunda geração, inclusive as outras unidades de negócios, bem como a clientes dos Estados Unidos, da Europa, da América do Sul e da Ásia. Como acontece comumente com outros produtores de petroquímicos de primeira geração, a Unidade de Petroquímicos Básicos apresenta alta concentração de vendas a um número reduzido de clientes. As vendas líquidas aos 10 maiores clientes da Unidade de Petroquímicos Básicos (com exclusão das vendas entre unidades) representaram 49,7% do total da receita líquida de vendas da Unidade de Petroquímicos Básicos (com exclusão das vendas entre unidades) no Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. A tabela a seguir demonstra nossa receita líquida de vendas no mercado interno e exportações, excluindo vendas inter-companhias, da nossa Unidade de Petroquímicos Básicos para os anos indicados abaixo: Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 2011 2010 (em milhões de reais) Receita líquida: Vendas no mercado interno .............................................................................. Exportação: Europa .......................................................................................................... América do Norte ......................................................................................... América do Sul (exclui Brasil) ..................................................................... Ásia ............................................................................................................... Outros ........................................................................................................... R$7.705,7 R$7.271,0 R$6.122,0 2.343,0 2.009,7 483,3 959,8 226,9 6.022,7 R$13.728,4 3.423,2 2.102,8 564,4 253,5 757,6 7.101,5 R$14.372,5 1.391,9 1.210,3 534,3 220,1 621,8 3.978,4 R$10.100,4 Vendas no mercado interno de Petroquímicos Básicos De acordo com nossa estratégia comercial, a Unidade de Petroquímicos Básicos está focada na formação de relacionamentos de longo prazo com nossos clientes e celebração de contratos para suprimento de longo prazo, os quais preveem quantidades mínimas e máximas a serem compradas e entregas mensais. Os preços praticados no mercado interno para o eteno são determinados tomando por referência os preços de contratos da Europa Ocidental. Os preços no mercado interno praticados para o propeno são determinados de acordo com uma fórmula pela qual 34% do preço é determinado com referência aos preços do Noroeste da Europa e os 66% restantes com base nos preços de contrato da América do Norte. Os preços do butadieno para o mercado interno são determinados por referência ao preço de contratos do Golfo dos EUA e, diferentemente dos preços praticados para outros petroquímicos básicos da Companhia, incluem custos de frete. Os preços praticados no mercado interno para o nossos produtos BTX, incluindo benzeno, paraxileno, ortoxileno e tolueno são fixados por referência aos preços no mercado à vista da América do Norte. Os preços para o mercado interno de solventes são estipulados tomando por referência os preços do mercado internacional, e os preços das olefinas e produtos aromáticos são fixados para o mercado interno tomando por base diversos indicadores de mercado. 33 Exportação de Petroquímicos Básicos Exportamos petroquímicos básicos principalmente a clientes dos Estados Unidos e da Europa. Os preços de exportação: • do benzeno, do tolueno e do paraxileno são estipulados tomando por referência os preços do mercado do Golfo dos EUA; e • do propano, ETBE, ortoxileno, buteno-1 e isopreno, os preços vigentes no mercado europeu. Estamos empenhados em manter a posição de liderança que ocupamos no mercado brasileiro, continuando, ao mesmo tempo, a usar as exportações como proteção a nossas operações e para controlar o equilíbrio entre demanda e produção. Em 2012, as vendas líquidas de exportação da Unidade de Petroquímicos Básicos representaram 25,5% da receita líquida de vendas daquela unidade. Adicionalmente, aplicamos nosso conhecimento de negociação de commodities para aumentar as operações de revenda da nafta e derivados de petróleo nos mercados internacionais. A fim de atender às exigências dos craqueadores de nafta (em termos de tempo, preço e qualidade), mantemos um fornecimento excedente de nafta e revendemos o excesso no mercado spot. Em 2012, as operações de revenda atingiram uma média de R$200,7 milhões por mês. Combustíveis Vendemos gasolina automotiva e GLP à Petrobras e a empresas de distribuição de combustíveis. A Unidade de Petroquímicos Básicos foi autorizada pela ANP a produzir e vender gasolina automotiva a partir de 15 de agosto de 2000. Em 2012, as vendas de gasolina automotiva tipo “A” perfizeram aproximadamente 824.800 metros cúbicos. Os preços de combustíveis no mercado interno são fixados tomando por referência os preços do mercado brasileiro, enquanto os de gasolina automotiva são baseados nos preços vigentes no mercado do Golfo norte-americano. Em 2012, a receita líquida de vendas no mercado interno de gasolina automotiva da Unidade de Petroquímicos Básicos foi de R$925,4 milhões, enquanto a receita líquida de exportações desse produto montou a R$119,4 milhões. Utilidades A Companhia produz eletricidade, vapor, água tratada e ar comprimido para uso próprio e para venda a outros produtores de segunda geração em cada um dos polos petroquímicos que operamos, bem como a empresas localizadas fora desses polos. Os preços das utilidades são fixados com base nos custos de produção. Em 2012, a receita líquida de vendas de utilidades (incluindo vendas a outras unidades da Companhia) foi de R$578,0 milhões. Concorrência Nossos clientes de petroquímicos básicos, em sua maioria produtores petroquímicos de segunda geração cujas plantas se localizam nos Polos Petroquímicos brasileiros, teriam dificuldade em obter seus insumos de outras fontes por preços mais baixos em razão do alto custo de transporte desses produtos bem como de outras dificuldades logísticas. Ademais, como o Brasil logrou a autossuficiência na produção de olefinas, atendendo a demanda interna, as importações desses produtos são geralmente esporádicas e em regra associadas às paradas programadas para manutenção de plantas ou para cobrir a demanda interna não atendida. Ao longo dos últimos anos, conforme aumentou a diferença no custo das matérias-primas nafta e gás para craqueadoras petroquímicas, muitas craqueadoras de nafta, como a Companhia, tiveram suas margens reduzidas pela pressão crescente de preços, uma vez que craqueadores que utilizam gás como matéria-prima têm se tornado produtores de baixo-custo nos mercados mundiais. Contudo, uma vez que craqueadoras à base de gás não podem produzir coprodutos e subprodutos gerados pelas craqueadoras à base de nafta, tais como propeno, butadieno e produtos BTX, houve um aumento nos preços destes produtos no mercado internacional. Além disso, indicadores operacionais mais baixos das refinarias dos Estados Unidos em 2011 reduziram a disponibilidade de propeno nos mercados internacionais. Como consequência dos preços mais altos para tais coprodutos e subprodutos, nossa receita líquida com a exportação destes produtos aumentou significativamente, e acreditamos que este aumento na receita líquida de exportação destes produtos deva se manter no futuro, na medida em que diminua a diferença da competitividade relativa das matérias-primas das craqueadoras. A concorrência desses produtos nos mercados internacionais baseia-se principalmente no preço dos produtos entregues e aumentou desde meados de 2008, quando foi rompido o equilíbrio entre oferta e demanda, devido ao impacto da crise global financeira e creditícia nos consumidores desses produtos. Uma quebra do equilíbrio entre oferta e demanda de nossos produtos de olefinas ocorreu novamente no final de 2011, como resultado de uma redução na demanda global e da persistente demanda reduzida pela Europa ao longo de 2012. Nos mercados internacionais de nossos petroquímicos básicos, a concorrência está representada por um grande número de produtores, alguns deles substancialmente maiores e contando com recursos financeiros, de fabricação, tecnológicos e de marketing expressivamente maiores que os nossos. 34 Unidade de Poliolefinas Em 31 de dezembro de 2012, nossas plantas de produção de poliolefinas registraram a maior capacidade média anual de produção entre todos os produtores de segunda geração de produtos de poliolefinas na América Latina. A Unidade de Poliolefinas gerou receita líquida de vendas de R$14.456,8 milhões em 2012, ou 31,7% da receita líquida de vendas de todos os segmentos. Anteriormente a 1º de maio de 2010, a Unidade de Poliolefinas era composta por operações conduzidas pela Companhia nas nove unidades de polietileno e três unidades de polipropileno no Polo de Camaçari, Polo de Triunfo e em uma unidade no estado de São Paulo. Após a aquisição do controle da Quattor em abril de 2010, consolidamos os resultados da Quattor e de suas subsidiárias em nossas demonstrações financeiras consolidadas e passamos a incluir os resultados das operações de poliolefinas conduzidas em quatro unidades de polietileno e em três unidades de polipropileno adquiridas como parte da Aquisição da Quattor em nosso segmento de Poliolefinas a partir de 1º de maio de 2010. Produtos da Unidade de Poliolefinas Nossa Unidade de Poliolefinas produz: • polietileno, inclusive PEBD, PEBDL, PEAD, PEUAPM e EVA; e • polipropileno. Os produtos fabricados correspondem a um amplo leque de poliolefinas destinados a bens de consumo e aplicações industriais, abrangendo: • filmes de plástico para embalagem de produtos alimentícios e industriais; • garrafas, sacolas de compras e outros recipientes para bens de consumo; • autopeças; e • utilidades domésticas. Prevemos que o crescimento da demanda interna desses produtos continuará a aumentar, em virtude: • do maior consumo de bens de consumo à base de plástico, considerando que o consumo per capita desses produtos é baixo no Brasil em comparação com os Estados Unidos e muitos dos países europeus; e • da tendência de substituição de materiais de embalagem tradicionais, como vidro e papel, por plástico. A tabela a seguir apresenta a composição do volume de vendas da Unidade de Poliolefinas por linha de produto e por mercado nos anos indicados. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012 2011 2010(1) (milhares de toneladas) Vendas no mercado interno: Polietileno(2)............................................................................... Polipropileno ............................................................................... Outros .......................................................................................... Total vendas no mercado interno .................................................... Total exportações ............................................................................ Total vendas Unidade Poliolefinas ................................................. 1.660,5 1.233,3 21,5 2.915,4 1.334,8 4.250,2 1.510,2 1.149,8 20,1 2.680,1 1.334,3 4.014,4 1.530,4 1.086,9 16,4 2.633,7 1.079,9 3.713,6 _______________________ (1) Inclui vendas das plantas de polietileno e polipropileno adquiridas como parte da Aquisição da Quattor a partir de 1º de maio de 2010. (2) Inclui EVA. Prestamos assistência técnica aos clientes com o fim de atender suas necessidades específicas, adaptando e modificando nossos produtos de polietileno e polipropileno. Em particular, desenvolvemos compostos de polipropileno de valor agregado customizados para utilização por nossos clientes em suas aplicações especializadas. A administração acredita que a diversidade de processos tecnológicos nas plantas de poliolefinas constitui uma vantagem competitiva no atendimento às necessidades dos clientes. 35 Produtos de polietileno O polietileno apresenta a estrutura química mais simples de todos os polímeros comerciais, sendo um material bem versátil. O volume de produção mundial de polietileno é o mais alto entre todos os plásticos comerciais. O polietileno é empregado na fabricação de grande variedade de produtos. Nossos clientes compram diferentes resinas de polietileno dependendo do processo industrial que empregam e das características físicas desejadas dos produtos finais por eles fabricados. O PEBD é o mais flexível entre os produtos de polietileno, sendo utilizado em várias aplicações de filme plástico, embalagens para alimentos, revestimento por extrusão, fraldas e artigos higiênicos, bem como tanques de armazenamento de água, peças técnicas e embalagens industriais. O PEBDL é utilizado em aplicações que requerem maior capacidade de vedação e resistência mecânica superior, incluindo filmes plásticos e embalagens flexíveis para alimentos. O PEAD é usado em aplicações que requerem grau maior de rigidez e força, tais como O PEAD é usado em aplicações que requerem maior resistência mecânica, como filmes de alta força, embalagens para alimentos, sacos para mercadorias, dutos de telecomunicações e esgotos, baldes, tampas, recipientes para lixo, garrafas, frascos, capacetes de segurança, artigos esportivos, paletas e brinquedos. Embora cada forma de polietileno seja usada para diferentes aplicações, ocorrem algumas sobreposições nos empregos destas resinas e, com certas modificações, as resinas de polietileno podem ser substituídas umas pelas outras em certos processos de fabricação de produtos finais. A demanda de PEBDL, por exemplo, cresceu desde sua introdução em 1989, reduzindo a demanda de PEBD, visto que os fabricantes de certos recipientes e aplicações de filmes plásticos trocaram seus processos e tecnologia de produção, passando a empregar PEBDL em mistura com PEBD. Produtos de polipropileno O polipropileno é um polímero versátil com alto índice força/peso. Essa resina termoplástica pode ser fabricada com várias propriedades, o que permite sua utilização em diferentes processos, tais como injeção, extrusão, moldagem por sopro e termoformagem. Por meio desses processos, o polipropileno pode ser utilizado como principal matéria-prima de muitas aplicações, inclusive a fabricação de fibras de carpetes, fibras não-tecidos para fraldas, componentes moldados por injeção para embalagens duráveis e automóveis, instrumentos médicos, embalagens flexíveis para doces, macarrão e biscoitos, bem como garrafas para bebidas. O equilíbrio entre as propriedades mecânicas e a alta resistência térmica do polipropileno constitui uma das principais razões pelas quais essa resina termoplástica passou a substituir materiais de engenharia tais como acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS), policarbonato e fibras sintéticas em utilidades domésticas e maquinário. Por ser atóxico e apresentar alta resistência química, o polipropileno pode ser utilizado em aplicações com rígidas especificações sanitárias, inclusive nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Instalações industriais da Unidade de Poliolefinas Em 31 de dezembro de 2012, a Unidade de Poliolefinas contava com 19 plantas. A Unidade de Poliolefinas opera sete plantas localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo, cinco plantas no Polo Petroquímico de Camaçari, cinco plantas no Polo Petroquímico de São Paulo e duas plantas no Polo Petroquímico do Rio de Janeiro. A próxima tabela mostra, para os principais produtos de Poliolefinas da Companhia, a capacidade anual de produção em 31 de dezembro de 2012 e a produção anual dos anos indicados. A Companhia apenas gerou receita de vendas de polietileno e polipropileno a partir de 1º de maio de 2010, como resultado da Aquisição da Quattor. Produção Exercício encerrado em 31 de dezembro de Principais Produtos Polietileno: PEBD/EVA(1)............................................................... PEAD/PEBDL/PEUAPM(2) ......................................... Polipropileno(3) ............................................................ Capacidade Anual de Produção (em toneladas) 801.000 2.230.000 1.965.000 2012 702.625 1.910.685 1.646.618 2011 (em toneladas) 687.964 1.703.171 1.565.493 2010 731.461 1.805.315 1.587.906 ______________ (1) Representa a capacidade e a produção das cinco plantas com linha de produção variável (swing) capazes de produzir dois tipos de resina. (2) Representa a capacidade e a produção das oito plantas com unidade swing, capazes de produzir dois tipos de resinas. A capacidade varia dependendo da produção efetiva. (3) Representa a capacidade e a produção de seis plantas. Em setembro de 2010, a Companhia passou a produzir eteno em uma nova planta do Polo de Triunfo, que produz eteno "verde" utilizando etanol proveniente da cana de açúcar recebido por meio do Terminal Santa Clara como sua principal matéria-prima. Essa planta tem capacidade de produção anual de 200.000 toneladas de eteno. 36 No âmbito da construção dessa nova planta de eteno, implantamos uma série de projetos de melhoria de eficiência em nossas plantas de polietileno no Polo de Triunfo, que resultaram no aumento da capacidade de produção anual de nossas plantas de PEAD/PEBDL em 25.000 toneladas a partir do início da produção de nossa nova planta de eteno, em setembro de 2010. Utilizamos o eteno produzido nessa nova planta para produzir polietileno “verde”, sobre o qual podemos cobrar um ágio devido as suas características de pegada de carbono. Como resultado do início da produção do polietileno “verde”, nos tornamos o primeiro produtor mundial de polietileno produzido inteiramente de recursos renováveis e atual líder no mercado de biopolímeros, em termos de capacidade. Atualmente estamos avaliando a construção de uma nova planta de propeno que irá usar o etanol da cana de açúcar como sua principal matéria-prima. Usaremos o propeno produzido por esta planta na produção de polipropileno “verde”. Esperamos que essa planta tenha uma capacidade de produção anual mínima de 30.000 toneladas. A análise de viabilidade econômica deste projeto foi concluída em 2012 e o projeto deve ser submetido ao conselho de administração em 2013. Matérias-primas da Unidade de Poliolefinas Eteno e propeno Os custos da compra de eteno e propeno, que são os custos diretos mais significativos associados à produção de polietileno e polipropileno da Companhia, responderam, em conjunto, por 88,0% do total de custos variáveis de produção da Unidade de Poliolefinas em 2012. A Unidade de Poliolefinas compra eteno e propeno da Unidade de Petroquímicos Básicos a preços apurados tomando por referência os preços internacionais de eteno. Em 2012, nossa Unidade de Poliolefinas adquiriu a totalidade de suas necessidades de eteno e 56,3% de suas necessidades de propeno de nossa Unidade de Petroquímicos Básicos. Contratos de Propeno com a Petrobras e suas Subsidiárias Em de março de 2007, firmamos dois contratos de cinco anos de fornecimento de propeno com a Refinaria Alberto Pasqualini S.A. (REFAP), uma refinaria detida e operada pela Petrobras. Nos termos destes contratos, devemos comprar um suprimento inicial anual de 92.500 toneladas e 100.000 toneladas de propeno, representando entre 92,5% e 100% da capacidade anual de produção de propeno da REFAP, de 100.000 toneladas. Tais contratos vencem em abril de 2013 e possuem renovação automática para um período de três meses, salvo se rescindidos por uma das partes. Os contratos determinam que: • a REFAP se compromete em vender e entregar propeno à Companhia exclusivamente para ser usado como matéria-prima; e • a Companhia se compromete em comprar, e a REFAP se compromete em vender a preços determinados por referência aos preços do propeno na Costa do Golfo dos Estados Unidos. Esse volume será usado para atender as plantas atuais da Unidade de Poliolefinas no Polo Petroquímico de Triunfo e ficará disponível para suprir demanda adicional que surgir em virtude da ampliação dessas plantas e aquisição de outras. Em setembro de 2005, celebramos com a Petrobras um contrato de 20 anos de fornecimento de propeno, em vigor desde maio de 2008, para a planta da Paulínia, automaticamente renovável por prazos consecutivos de dois anos após o prazo inicial, a menos que rescindido por uma das partes. Nos termos do contrato, a Companhia compra 300.000 toneladas de propeno por ano. De acordo com esse contrato: • a Petrobras se compromete em vender e entregar propeno à Companhia exclusivamente para uso como matéria-prima; e • a Companhia se compromete em comprar, e a Petrobras se compromete em vender a preços apurados tomando por referência os preços da costa do Golfo dos Estados Unidos para o propeno. Entre maio de 2001 e fevereiro de 2006, a Quattor Petroquímica e a Petrobras firmaram cinco contratos de fornecimento de propeno. Esses contratos têm prazos iniciais com vencimento em várias datas entre maio de 2016 e fevereiro de 2026, e dois deles são automaticamente renováveis por um período de cinco anos, a menos que uma das partes notifique a outra por escrito, pelo menos seis meses antes do término do contrato, de sua intenção de não renová-lo. Nos termos dos contratos: • a Petrobras se compromete a vender e entregar propeno às plantas de polipropileno da Companhia nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro para uso exclusivo como matéria-prima; • a Petrobras se compromete a fornecer um total de 440.000 toneladas de propeno à Companhia anualmente; • a Companhia concorda em fornecer à Petrobras uma ordem de compromisso firme de propeno a cada mês, juntamente com uma estimativa do volume de propeno que comprará nos três ou quatro meses imediatamente seguintes; 37 • o preço pago pela Companhia pelo propeno de acordo com esses contratos tem por base principalmente o preço ICIS-LOR do propeno na Costa do Golfo dos EUA; e • o contrato será alterado na eventualidade de ocorrência de fatos imprevistos extraordinários que provoquem uma ruptura no equilíbrio econômico-financeiro do contrato. A Petrobras poderá rescindir o contrato sem aviso prévio na eventualidade de: (1) a Companhia deixar de sanar uma violação ao contrato após um período de tolerância de 30 dias; (2) ocorrer um evento de força maior, embora alguns desses contratos exijam que tal evento persista por mais de 180 dias; (3) a Companhia transferir ou der em garantia a um terceiro a totalidade ou parte de seus direitos e obrigações pelo contrato sem a anuência da Petrobras; (4) alteração da gestão ou objeto social da Braskem Petroquímica que entre em conflito com o objeto do contrato; (5) dissolução, falência ou liquidação da Braskem Petroquímica; e (6) mudança no tipo de entidade, incorporação, venda, cisão ou qualquer outra reestruturação societária da Braskem Petroquímica que entre em conflito com o objeto do contrato ou impeça sua execução. Contratos para Fornecimento de Etanol Em março de 2010, assinamos um contrato para fornecimento de etanol com um grande produtor desse combustível para abastecimento de nossa nova planta, que produz eteno utilizando etanol proveniente da cana de açúcar. Esse contrato entra em vigência em agosto de 2010. Nos termos do contrato, devemos adquirir uma quantidade anual de etanol suficiente para suprir aproximadamente 26% da capacidade dessa planta de eteno. O preço que pagaremos nos termos do contrato é determinado com referência no preço mensal do álcool hidratado carburante, conforme publicado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura (CEPEA/ESALQ). O prazo inicial desse contrato vence em julho de 2015, sendo renovável por um prazo a ser acordado entre as partes. Também compramos etanol por meio de uma série de contratos adicionais para fornecimento de etanol de duração variável celebrados com outros produtores de etanol. O preço que pagamos pelo etanol nos termos da maior parte desses contratos é determinado com referência em indicadores de mercado. Adicionalmente, adquirimos ocasionalmente etanol no mercado à vista, a fim de complementar o fornecimento obtido por meio desses contratos. Outras matérias-primas e Utilidades Além dos custos indiretos, tais como mão-de-obra e manutenção, nossos outros custos associados à produção de polietileno e polipropileno incluem a compra de catalisadores químicos, solventes e utilidades, como eletricidade, água, vapor e nitrogênio. A Unidade de Poliolefinas também utiliza buteno e hexano como matérias-primas na produção de PEAD e PEBDL. O buteno é fornecido pela Unidade de Petroquímicos Básicos e o hexano é importado de fornecedores da África do Sul. As nossas Plantas Unipol®, nos Polos Petroquímicos de Camaçari e do Rio de Janeiro utilizam catalisadores fornecidos pela Univation Technologies. Nossa planta de PEAD no Polo Petroquímico de São Paulo utiliza catalisadores fornecidos pela W.R. Grace & Co. A planta de PEAD (slurry), no Polo Petroquímico de Camaçari, produz seus próprios catalisadores, e os insumos para a produção desses catalisadores são adquiridos de diversos fornecedores a preços de mercado. A Companhia compra a maior parte dos catalisadores utilizados nas plantas de polipropileno da Basell Polyolefins Company N.V, ou Basell, além de importar alguns catalisadores de fornecedores dos Estados Unidos e da Europa. A Companhia compra os catalisadores usados pela Unidade de Poliolefinas na linha swing da planta de PEBDL/PEAD da Basell. A Companhia produz seus próprios catalisadores para as plantas de PEAD usando tecnologia Hoechst, e compra os insumos necessários para produzir esses catalisadores de diversos fornecedores a preços de mercado. A Unidade de Petroquímicos Básicos fornece a maior parte das necessidades de vapor e água às instalações da Unidade de Poliolefinas. Adquirimos vapor e água para a planta de polietileno do Polo do Rio de Janeiro da Lanxess. A água para atender as plantas de polietileno localizadas em Santo André é adquirida da Refinaria de Capuava da Petrobras (RECAP) ou do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (SEMASA). A energia elétrica para cada uma de nossas plantas de Poliolefinas, salvo as Plantas do Complexo de Camaçari, é adquirida de terceiros mediante contratos de compra e venda de eletricidade de longo prazo. No Polo Petroquímico de Camaçari, as plantas de Poliolefinas adquirem a energia elétrica necessária da Unidade de Petroquímicos Básicos. As plantas de poliolefinas do Polo Petroquímico de Camaçari têm condições de comprar eletricidade de fontes alternativas caso a Unidade de Petroquímicos Básicos se veja impossibilitada de atender a demanda total de eletricidade. Em geral, acreditamos que existem fontes alternativas suficientes disponíveis a preços razoáveis para cada um desses outros insumos utilizados no processo de produção de poliolefinas, de maneira que a perda de qualquer fornecedor dado não prejudicaria de forma relevante nossas operações. 38 Vendas e comercialização da Unidade de Poliolefinas A Unidade de Poliolefinas vende produtos de polietileno e polipropileno a cerca de 960 clientes. A Companhia dispõe de um mix diversificado de produtos, que possibilita o atendimento a uma ampla gama de usuários finais em vários setores. Os clientes da Unidade de Poliolefinas são, em geral, produtores de terceira geração que fabricam ampla variedade de bens de consumo e produtos industriais à base de plástico. A receita líquida de vendas efetuadas aos 10 maiores clientes da Unidade de Poliolefinas respondeu por 16,7% da receita líquida total de vendas da Unidade de Poliolefinas em 2012. Nenhum cliente da Unidade de Poliolefinas, isoladamente, respondeu por mais de 3,0% da sua receita total de vendas em 2012, 2011 ou 2010. A tabela a seguir demonstra nossa receita líquida de vendas no mercado interno e exportações da nossa Unidade de Poliolefinas para os anos indicados abaixo: Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 2011 2010 (em mihões de reais) Receita líquida: Vendas no mercado interno .................................................................. Exportações: América do Sul (exclui Brasil) ......................................................... Europa .............................................................................................. América do Norte ............................................................................. Ásia................................................................................................... Outros ............................................................................................... R$10.427,3 R$9.174,1 R$8, 616,4 2.073,1 944,2 655,1 245,8 111,3 4.029,5 1.726,8 968,7 710,2 217,0 58,2 3.680,9 1.569,8 660,6 356,8 151,6 32,4 2.771,2 R$14.456,8 R$12.855,0 R$11.387,6 Vendas no mercado interno A Companhia se empenha em formar relacionamentos duradouros com seus clientes. Dada a natureza cíclica dos mercados de seus produtos petroquímicos, a administração acredita que é possível reforçar a fidelidade dos clientes nos períodos de menor demanda de polietileno e polipropileno, proporcionando uma fonte segura de suprimento a esses clientes nas épocas de demanda elevada. Trabalhamos em estreita relação com nossos clientes para identificar suas necessidades, prestar assistência técnica e coordenar a produção e entrega de nossos produtos. Os clientes submetem propostas anuais apresentando uma estimativa de suas necessidades mensais para o ano vindouro com relação a cada um de nossos produtos de poliolefinas, inclusive especificações técnicas, prazos de entrega e condições de pagamento propostas. Avaliamos mensalmente as propostas com o fim de efetuar eventuais ajustes que sejam necessários, monitorar e assegurar fornecimento adequado para cada cliente. Além das vendas diretas a clientes, a Unidade de Poliolefinas vende produtos no Brasil por intermédio de distribuidores independentes exclusivos. A Unidade de Poliolefinas conta com seis distribuidores e firmou contratos formais com três deles, todos com vencimento em 2015. Escolhemos nossos distribuidores com base em sua capacidade de prestação de serviços completos a seus clientes, inclusive a capacidade de elaborar nossos produtos em bases customizadas. Esses distribuidores vendem nossos produtos de polietileno e polipropileno a fabricantes com necessidades de volume menores, podendo agrupar vários pedidos de produção e entrega a clientes que, do contrário, seria antieconômico atender. Além disso, ao atender clientes menores por meio de uma rede de distribuidores, os gerentes de conta focam seus esforços na prestação de serviço de alta qualidade a um número menor de clientes diretos de maior porte. Exportações O volume de exportações de poliolefinas varia, geralmente, com base no nível da demanda interna dos produtos da Companhia. A Unidade de Poliolefinas tem um escritório de vendas na Argentina, usado para consolidar os esforços de marketing naquele país. A Unidade de Poliolefinas também conta com um escritório de vendas na Holanda, usado para assessorar os clientes europeus, aumentar o conhecimento do mercado europeu, otimizar os processos de logística nesse mercado e fazer parcerias regionais. Além dos escritórios na Argentina e na Holanda, a Unidade de Poliolefinas mantém um escritório nos Estados Unidos, voltado para o desenvolvimento do mercado de plásticos para engenharia com a marca UTEC™. A Companhia também mantém um escritório de vendas no Chile. A Companhia estabeleceu uma posição estratégica no mercado de poliolefinas na América do Sul e na Europa por meio de vendas diretas regulares, distribuidores locais e agentes que conhecem seus respectivos mercados. A estratégia de ampliar a presença nesses 39 mercados estrangeiros destina-se, entre outros aspectos, a reduzir a exposição da Companhia à natureza cíclica do mercado internacional a vista de poliolefinas, por meio da formação de relações duradouras com clientes nos países vizinhos. O principal foco da Unidade de Poliolefinas é manter a posição de liderança no mercado brasileiro, continuando, ao mesmo tempo, a exportar para administrar a relação entre nossa capacidade de produção e a demanda interna de nossos produtos. A administração entende que a presença constante nos mercados de exportação é essencial para ajudar a administrar um eventual excesso de capacidade no mercado brasileiro e manter a posição de liderança no fornecimento de poliolefinas na América do Sul. Preços e condições de vendas A Companhia determina os preços do polietileno para o mercado interno tomando por referência preços de s da América do Norte e, com relação ao polipropileno, preços no mercado a vista do Nordeste da Ásia. Os clientes da Companhia no Brasil podem efetuar pagamento integral contra entrega ou optar por venda a prazo, que requer pagamento integral em 56 dias após a entrega. São cobrados juros dos clientes brasileiros que escolhem opção de pagamento a prazo com base nas taxas vigentes no mercado. Nos últimos anos, alguns estados brasileiros estimularam a importação de polietileno e polipropileno, bem como os produtos finais destes polímeros, através de benefícios fiscais a produtos importados. No entanto, a indústria brasileira pressiona o governo federal pelo reestabelecimento da competitividade da industrial local através da eliminação de tais benefícios para produtos importados no curto prazo. Em 1º de janeiro de 2013, entrou em vigor a legislação que reduz a alíquota máxima de ICMS a ser cobrado pelos estados de 12% para 4% em vendas interestaduais de matéria-prima e outros bens importados que não sejam total ou parcialmente fabricados no Brasil. Como resultado, os estados brasileiros não podem mais buscar atrair importações para portos locais através da oferta de benefícios fiscais na forma de redução da alíquota do ICMS. Para mais informações, vide “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras — Principais Fatores que Afetam os Resultados das Operações da Companhia — Efeitos da Política Industrial Brasileira — Tarifas de Importação em Portos Locais.” As exportações da Unidade de Poliolefinas a compradores de países fora do Cone Sul são realizadas em geral por meio do mercado à vista internacional. A base de clientes nesses mercados consiste principalmente de empresas comerciais exportadoras e distribuidores, a maioria deles com operações na Europa, Estados Unidos da América ou Ásia, principalmente Hong Kong. A precificação tem por base os preços no mercado à vista internacional. Todas as vendas nesses mercados são efetuadas com cartas de crédito. Os preços de exportação de polietileno e polipropileno da Unidade de Poliolefinas para países do Cone Sul baseiam-se em preços regionais e as referidas vendas são em geral realizadas com cartas de crédito ou por meio de cobranças bancárias diretas. Concorrência Somos o único produtor de polietileno e polipropileno no Brasil. Competimos com produtores de poliolefinas localizados na América do Sul e com outros importadores destes produtos. Em 2012 as importações brasileiras de polietileno e polipropileno apresentaram redução de 11,5%, o que representou 24,3% do consumo brasileiro de poliolefinas. Também competimos pelas exportações de nossos produtos de poliolefinas para outros países da América Latina e mercados nos Estados Unidos. Nosso segmento de exportação é um negócio de commodities, e concorremos com uma série de produtores de resinas, alguns deles contando com recursos financeiros, de pesquisa e desenvolvimento, de produção e outros maiores que os nossos. Nossa posição competitiva nos mercados de exportação que atendemos se baseia, essencialmente, nos custos das matérias-primas, preços de venda, qualidade dos produtos e atendimento e assistência ao cliente. Unidade de Negócios Internacionais A Unidade de Negócios Internacionais inclui: • operações da Braskem America, adquiridas em abril de 2010 e que consistem em três unidades de polipropileno nos Estados Unidos, que adquirimos em abril de 2010, e duas unidades de polipropileno nos Estados Unidos, que adquirimos como parte da Aquisição da Dow Polipropileno em setembro de 2011; e • as operações de duas unidades de polipropileno na Alemanha, que adquirimos como parte da Aquisição da Dow Polipropileno em setembro de 2011. Em 31 de dezembro de 2012, as instalações de nossa Unidade de Negócios Internacionais apresentaram a maior capacidade de produção de polipropileno dos Estados Unidos. Nossa Unidade de Negócios Internacionais gerou receita líquida de R$5.465,2 milhões em 2012, ou 12,0% da receita líquida de todos os segmentos divulgados. Em 1º de abril de 2010, adquirimos a totalidade das ações em circulação da Sunoco Chemicals. Os principais ativos da Sunoco Chemichals compreendiam plantas de polipropileno localizadas em La Porte, no Texas, Marcus Hook, na Pensilvânia e Neal, em West Virginia, bem como uma instalação de pesquisa de produtos petroquímicos em Pittsburgh, na Pensilvânia. Como resultado da aquisição da Sunoco Chemicals, os resultados da Braskem America foram integralmente consolidados em nossas demonstrações 40 financeiras a partir de 1º de abril de 2010 e incluímos os resultados da Braskem America em nosso segmento de Negócios Internacionais a partir de então. Em 30 de setembro de 2011, adquirimos os negócios de polipropileno da Dow na Aquisição da Dow Polipropileno. Os principais ativos do negócio incluem quatro plantas de polipropileno localizadas em Freeport e Seadrift, estado do Texas, EUA, e Wesseling e Schkopau, na Alemanha. Como consequência da Aquisição da Dow Polipropileno, a Companhia passou a consolidar integralmente tais ativos em suas demonstrações financeiras consolidadas a partir de 1º de outubro de 2011 e incluir os resultados destes ativos em seu segmento de Negócios Internacionais a partir de tal data. Produtos da Unidade de Negócios Internacionais A Unidade de Negócios Internacionais produz polipropileno. O volume de vendas de polipropileno desta unidade foi de aproximadamente 1.744.600 toneladas em 2012, 1.016.800 toneladas em 2011 e 639.800 toneladas em 2010, respectivamente. Para uma descrição dos usos dos produtos de polipropileno, vide “—Unidade de Poliolefinas”. Instalações Produtivas da Unidade de Negócios Internacionais A tabela abaixo mostra a capacidade de produção anual em 31 de dezembro de 2012 das plantas de polipropileno da Unidade de Negócios Internacionais nos Estados Unidos e na Alemanha, bem como a produção anual para os anos apresentados (inclusive, conforme mencionado abaixo, a produção das unidades adquiridas anteriormente à aquisição das mesmas). Unidade Capacidade de produção anual Estados Unidos (1) ....................................................... Alemanha (2) ................................................................ 1.450.000 545.000 Produção Exercícios findos 31 de dezembro de 2012 2011 2010 (em toneladas) 1.264.772 492.294 1.246.790 523.097 1.321.953 517.238 (1) Nos Estados Unidos, a Companhia adquiriu uma capacidade de produção de 920.000 toneladas de polipropileno por ano, o que foi incluído em nossas demonstrações de resultados a partir de 1º de abril de 2010, como consequência da Aquisição da Sunoco. A Companhia adquiriu ainda a capacidade de produção de 505.000 toneladas de polipropileno por ano, a qual foi incluída em nossas demonstrações de resultados a partir de 1º de outubro de 2011, como consequência da Aquisição da Dow Polipropileno. (2) Na Alemanha, a Companhia adquiriu uma capacidade de produção de 545.000 toneladas de polipropileno por ano, o que foi incluído em nossas demonstrações de resultados a partir de 1º de outubro de 2011, como consequência da Aquisição da Dow Polipropileno. Desde outubro de 2010, fechamos temporariamente uma das linhas de produção de nossa planta de La Porte, Texas, com capacidade de produção anual de 100.000 toneladas. Estamos realizando estudos para decidir se reconfiguramos essa planta para outra utilização ou a encerramos permanentemente. A Braskem implementou um projeto de melhoria de eficiência para a outra linha de produção dessa planta, que aumentou sua capacidade de produção anual em 40.000 toneladas. Matérias-Primas da Unidade de Negócios Internacionais Propeno O maior custo direto associado à produção de polipropileno pela Unidade de Negócios Internacionais é o custo da compra do propeno. A Companhia adquire propeno para as plantas de polipropileno nos Estados Unidos através de uma série de contratos de fornecimento de longo-prazo e no mercado spot. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia mantinha contratos de longo prazo para o fornecimento de 50% a 60% das necessidades de propeno de tais plantas. Esses contratos de fornecimento possuem vencimento entre janeiro de 2014 e agosto de 2031, muitos dos quais possuem renovação automática, salvo se canceladas por uma das partes. A fórmula para cálculo do preço do propeno nos termos desses contratos de fornecimento baseia-se geralmente em preços de mercado. A Companhia acredita que será possível substituir tais contratos de fornecimento de propeno ao seu término por outras fontes em condições pelo menos tão favoráveis à Companhia quanto as condições dos contratos atuais. Parte do propeno fornecido para as nossas plantas na costa do golfo é fornecida através de uma parceria limitada que formamos com um produtor líder de petroquímicos básicos, segundo a qual a Companhia adquire o propeno produzido por uma planta de eteno de tal produtor em La Porte, Texas. Nos termos de tal acordo de parceria, a parceria se compromete em nos fornecer propeno suficiente para produzirmos até 35% da capacidade anual de produção atual de nossas plantas localizadas na costa do golfo dos EUA até 2018, com preço baseado em uma fórmula de custo que inclui um desconto fixo decrescente até 2018. 41 A Companhia celebrou um acordo com a Enterprise Products segundo o qual a Enterprise Products se compromete a construir uma planto de desidrogenação de propano que produzirá propeno utilizando como matéria-prima shale gas e outras fontes não tradicionais. A planta deve iniciar suas operações em 2015. Segundo o acordo, após a conclusão da planta, a Enterprise Products fornecerá para a Companhia propeno suficiente para produção de aproximadamente 65% da capacidade atual de produção anual das plantas do golfo dos Estados Unidos através de um acordo de longo prazo com prazo de 15 anos. Segundo o contrato os preços serão determinados com base no preço de mercado do propano e outros custos de mercado. Em junho de 2012, adquirimos os ativos de splitter de propeno da refinaria Marcus Hook da Sunoco. Utilizaremos os ativos de splitter para converter propeno grau refinaria em propeno grau polímero, que será utilizado na planta de polipropileno de Marcus Hook. A Companhia adquire propeno para a planta de polipropileno na Alemanha através de um contrato de fornecimento de longo prazo que prevê o fornecimento de todo o propeno necessário nesta planta. Um desses contratos tem vencimento em dezembro de 2016 e é renovável automaticamente até dezembro de 2021, enquanto o outro contrato de fornecimento tem vencimento em março de 2021 e é renovável automaticamente por períodos adicionais de um ano, salvo se cancelado por uma das partes. A fórmula para cálculo do preço do propeno nos termos desses contratos de fornecimento baseia-se em preços de mercado. Catalisadores e outras matérias-primas A Braskem compra catalisadores para as plantas de polipropileno de nossa Unidade de Negócios Internacionais de fornecedores confiáveis, com conhecimento técnico especializado relacionado às suas tecnologias específicas de fabricação. A Companhia entende que, em geral, existem fontes alternativas suficientes e a preços razoáveis dos catalisadores usados na produção de polipropileno da dessas plantas, de modo que a perda de um único fornecedor não exerceria um efeito negativo relevante sobre as operações de tais plantas. Utilidades Utilidades e serviços utilizados nas plantas em Marcus Hook (Pensilvânia), Freeport, Seadrift e La Porte (Texas), Neal (West Virginia) e Wesseling e Schkopau (Alemanha) são geradas internamente ou fornecidas através de diversos contratos de fornecimento e serviços. Vapor de água, água, água de incêndio, tratamento de água residual, gás natural, eletricidade e outros serviços são fornecidos através de diversos contratos renováveis automaticamente, salvo se canceladas por uma das partes. Vendas e comercialização dos produtos da Unidade de Negócios Internacionais Nossa Unidade de Negócios Internacionais vende produtos de polipropileno para cerca de 450 clientes. A Companhia possui um mix de produtos diversificado que lhe permite atender uma ampla variedade de clientes finais em diversos setores. Os clientes de nossa Unidade de Negócios Internacionais são produtores petroquímicos de terceira geração que fabricam uma variedade de bens de consumo e industriais que possuem o plástico como matéria-prima. A receita líquida dos 10 principais clientes da nossa Unidade de Negócios Internacionais correspondeu a 37,0% da receita líquida total da Unidade de Negócios Internacionais em 2012. A tabela a seguir demonstra a receita líquida de vendas no mercado interno e exportações da nossa Unidade de Negócios Internacionais para os anos indicados abaixo: Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 2011 2010 (em milhões de reais) Receita líquida: América do Sul ......................................................................................... Europa ...................................................................................................... América do Norte ..................................................................................... Ásia .......................................................................................................... Outros ....................................................................................................... R$— 1.587,3 3.887,9 — — R$5.465,2 R$— 322,2 2.961,6 — — R$3.283,8 R$— — 1.697,8 — — R$1.697,8 Cerca de 50% das vendas de polipropileno da Unidade de Negócios Internacionais são realizadas através de contratos d fornecimento de longo prazo com nossos clientes. Esses contratos têm em geral um prazo inicial de dois anos, sendo automaticamente renováveis por períodos de um ano, a menos que uma parte notifique a outra de sua intenção de não renovar. Os contratos também preveem quantidades mínimas e máximas a serem compradas e entregas mensais. A Companhia comercializa o restante de sua produção de polipropileno da Unidade de Negócios Internacionais através de (1) sua força de vendas direta que procura formar relacionamentos de fornecimento com clientes nacionais e estrangeiros, (2) um número 42 seleto de distribuidores autorizados a representar a marca Braskem nos mercados norte-americano e europeu, (3) revendedores que comercializam esses produtos com marcas próprias nos mercados norte-americano e europeu, e (4) revendedores destes produtos em mercados internacionais. Concorrência A Unidade de Negócios Internacionais é basicamente um negócio de commodities e compete com companhias locais, regionais e internacionais, algumas das quais têm mais recursos financeiros, de pesquisa e desenvolvimento, de produção e outros do que a Companhia. Embora os fatores concorrenciais variem entre as linhas de produtos, a posição competitiva da Companhia se baseia, essencialmente, nos custos das matérias-primas e de produção, preços de venda, qualidade e tecnologia dos produtos, tecnologia de fabricação, acesso a novos mercados, proximidade de mercados e atendimento e assistência ao cliente. Nossos principais concorrentes em vendas de polipropileno na América do Norte são outras grandes companhias petroquímicas internacionais. Em geral, a demanda ocorre em função do crescimento econômico na América do Norte e no restante do mundo. A participação de mercado da Braskem na América do Norte em 2012 foi de 16,5%. Nossos principais concorrentes em vendas de polipropileno na Europa são outras grandes companhias petroquímicas internacionais. Em geral, a demanda ocorre em função do crescimento econômico na Europa e no restante do mundo. Unidade de Vinílicos A Companhia é líder na produção de PVC no Brasil com base no volume de vendas de 2012. Em 31 de dezembro de 2012, suas fábricas de PVC apresentaram a terceira maior capacidade média anual de produção da América Latina. A Unidade de Vinílicos gerou uma receita líquida de venda de R$2.019,9 milhões, ou 4,4%, da receita líquida de vendas de todos os segmentos divulgados em 2012. A Unidade de Vinílicos é a única produtora verticalmente integrada de PVC do Brasil. Nossa produção de PVC é integrada por meio da produção de cloro, eteno e outras matérias-primas. A Unidade de Vinílicos também fabrica soda cáustica, que é utilizada por fabricantes de alumínio e papel e cloro Em 2012, a participação da Companhia no mercado brasileiro de PVC correspondia a aproximadamente 50,1%, com base no volume de vendas da Unidade de Vinílicos. Produtos da Unidade de Vinílicos A tabela a seguir apresenta a composição das vendas da Unidade de Vinílicos por linha de produto e por mercado, nos exercícios indicados. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 20112 2011 2010 (milhares de toneladas) Vendas no mercado interno: PVC(1) .......................................................................................................... Soda cáustica ................................................................................................ Outros(2) ....................................................................................................... Total vendas no mercado interno ...................................................................... Total exportações .............................................................................................. Total vendas Unidade de Vinílicos ................................................................ 560,9 471,6 117,7 1.150,2 0,6 1.150,8 484,0 422,1 111,7 1.017,8 24,0 1.041,8 504,8 470,3 112,0 1.087,1 95,3 1.182,4 ___________________________ (1) Inclui as vendas de produtos da planta de PVC no estado de São Paulo, fechada permanentemente em janeiro de 2010. (2) Inclui cloro, hidrogênio, soda cáustica em flocos e hipoclorito de sódio. PVC Produzimos PVC em suspensão de vários graus. Os graus de PVC produzidos pelo processo de produção de suspensão são os mais amplamente usados, inclusive para utilização na fabricação de tubos e conexões, produtos laminados, calçados, chapas, pisos, isolamento de cabos, conduítes elétricos, embalagens e aplicações médicas. Os graus de PVC dispersão são produtos mais especializados, sendo utilizados na fabricação de brinquedos, couro sintético, materiais para pisos, tampas e lacres de garrafas, tratamentos para prevenção de corrosão em automóveis e revestimentos de papel de parede. Soda cáustica A Unidade de Vinílicos também produz soda cáustica. A soda cáustica é um produto químico primário básico vendido a fabricantes de alumínio, papel e celulose, petroquímicos e outras substâncias químicas, sabões e detergentes e a plantas de tratamento de resíduos. 43 A soda cáustica também é empregada na indústria têxtil, tornando os tecidos mais absorventes e melhorando a força de tingimentos, bem como no processamento de alimentos e na galvanoplastia. A Companhia utilizou 3,7% da produção de soda cáustica em 2012, sendo o restante vendido a terceiros. Instalações industriais da Unidade de Vinílicos A Companhia possui quatro unidades de produção de vinílicos. Duas estão localizadas no Polo Petroquímico de Camaçari e três outras estão localizadas no estado de Alagoas. A tabela abaixo mostra, para cada um dos principais produtos de vinílicos, a capacidade anual de produção em 31 de dezembro de 2012 e a produção anual nos exercícios apresentados. Produção Exercício encerrado em 31 de dezembro de Capacidade Anual de Produção Principais Produtos PVC(1) .................................................................................. Soda Cáustica(2) ................................................................... 710.000 539.000 2012 2011 (em toneladas) 498.621 438.895 393.940 366.923 2010 475.559 460.773 ______________ (1) Representa a capacidade de três plantas e produção de quatro plantas, incluindo produção em 2012 de nossa nova planta de PVC no estado de Alagoas, com capacidade anual de produção de 200 mil toneladas e cujas operações iniciaram em agosto de 2012, além da produção em 2010 de nossa planta de PVC no estado de São Paulo, permanentemente fechada em janeiro de 2010. (2) Representa a capacidade e a produção de duas plantas. Em de maio de 2011, houve um vazamento de cloro na nossa planta de cloro-soda em Alagoas, que foi causado pela falha de determinados equipamentos, além do rompimento de outro equipamento da mesma planta. A causa de ambos os eventos foi um aumento anormal e imprevisível na concentração de tricloramina, que é gerada pelo processo de produção dessa planta. Como resultado do incidente, a planta foi parada temporariamente em 21 de maio de 2011 e teve suas operações reativadas em 9 de junho de 2011. Matérias-primas da Unidade de Vinílicos Eteno O custo direto mais significativo associado à produção de PVC é o custo do eteno, que em 2012 respondeu por 55,9% do custo total das vendas da Unidade de Vinílicos. A Unidade de Petroquímicos Básicos fornece a totalidade do eteno requerido pela Unidade de Vinílicos. Energia elétrica A energia elétrica constitui componente significativo do custo de nossa produção de cloro e soda cáustica. Em 2012, representou 18,9% do custo total de vendas da Unidade de Vinílicos. A Unidade de Vinílicos recebe eletricidade de diversas geradoras mediante contratos de compra de energia de longo prazo. As plantas de soda cáustica de Camaçari e de Alagoas e a planta de PVC de Camaçari compram eletricidade da CHESF, mediante um contrato de longo prazo a findar em 2015. A Companhia Energética de Alagoas S.A., ou CEAL, distribui eletricidade à planta de PVC em Alagoas. O contrato de compra de energia com a CEAL é renovável com prorrogações automáticas de um ano. Esse contrato proporciona à Companhia a opção de comprar a totalidade de seus requisitos de energia com base em uma estimativa anual. As condições de preço do contrato tomam por base tarifas regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Sal Em 2012, a produção da Companhia de cloro e soda cáustica consumiu cerca de 861 mil toneladas de sal. O sal representou 0,5% do custo total de vendas da Unidade de Vinílicos em 2012. A Companhia tem direitos exclusivos de exploração de mina de sal localizada próximo à planta de Alagoas. Segundo nossas estimativas, a mina tem reservas suficientes de sal para permitir a produção de cloro às taxas previstas de produção durante aproximadamente 35 a 45 anos. Dispomos de significativas vantagens de custo em comparação com alguns concorrentes graças aos baixos custos de extração de sal-gema (particularmente em comparação com o sal marinho), baixos custos de transporte, em razão da proximidade da mina de sal de nossa unidade industrial. Outras utilidades Todas as instalações da Unidade de Vinílicos do Polo Petroquímico de Camaçari recebem outras utilidades básicas necessárias da Unidade de Petroquímicos Básicos, inclusive vapor, água purificada e desmineralizada, ar comprimido e nitrogênio. Nossas plantas de cloro e soda cáustica em Alagoas e a planta de PVC em São Paulo suprem suas próprias necessidades de utilidades. 44 Vendas e Comercialização de nossa Unidade de Vinílicos As vendas líquidas aos 10 maiores clientes da Unidade de Vinílicos responderam por 38,8% de sua receita total líquida de vendas em 2012. Um único cliente respondeu por 12,2% da receita total de vendas da Unidade de Vinílicos em 2012, 14,8% em 2011 e 16,0% em 2010. O maior cliente de soda cáustica respondeu por 8,1% do total das vendas desse produto em 2012, 9,3% em 2011 e 10,8% em 2010. Um único cliente representou 60,9% de nossa receita total de dicloroetano (EDC) em 2011 e 58,9% em 2010. A Unidade de Vinílicos produz EDC, principal matéria-prima utilizada na produção de PVC. Em 2012, a Companhia utilizou toda a produção de EDC para processamento de PVC. Embora historicamente a Companhia exporte EDC para terceiros, a Companhia não deve continuar a exportar tal produto no futuro, devido à abertura da nova planta de PVC em Alagoas em agosto de 2012, que resultará na utilização de todo o EDC produzido internamente. Existe uma ligação estrutural entre os mercados de PVC e soda cáustica porque a soda cáustica é um subproduto da produção do cloro necessário para produzir PVC. Quanto maior a demanda por PVC, maior será a produção de soda cáustica, levando a um aumento de oferta deste produto e, geralmente, a preços mais baixos. Por outro lado, quando a demanda de PVC é baixa, os preços da soda cáustica tendem a subir. A tabela a seguir demonstra nossa receita líquida de vendas no mercado interno e exportações da nossa Unidade de Vinílicos para os anos indicados abaixo: Exercícios findos 31 de dezembro de 2012 2011 2010 (em milhões de reais) Receita líquida: Vendas no mercado interno .................................................................. Exportações: América do Norte ............................................................................. Europa .............................................................................................. Ásia................................................................................................... América do Sul (exclui Brasil) ......................................................... Outros ............................................................................................... R$2.017,6 R$1.716,4 R$1.726,4 — — — 2,3 — 2,3 R$2.019,9 — — 12,7 1,4 — 14,1 R$1.730,5 8,5 — 61,0 2,8 0,6 72,9 R$1.799,3 Realizamos a maioria de nossas vendas de PVC e soda cáustica diretamente a clientes brasileiros sem intermediação de distribuidores independentes. Contudo, a Unidade de Vinílicos mantém relações contratuais com três centros de distribuição localizados em Paulínia e Barueri, ambas no estado de São Paulo, e em Joinville, no estado de Santa Catarina, que fornecem suporte logístico. Ademais, operamos três unidades de armazenagem de PVC e seis unidades de tancagem em terminais para soda cáustica, estrategicamente situadas ao longo da costa brasileira, o que os permite entregar nossos produtos a clientes no formato "just-in-time". A Unidade de Vinílicos atua em estreita colaboração com seus clientes, trabalhando em conjunto para melhorar produtos existentes, bem como desenvolver novas aplicações para PVC. Nossos grupos de comercialização e assistência técnica também prestam consultoria a clientes e clientes em potencial que estejam considerando a instalação de equipamentos industriais para fabricação de produtos finais de PVC. Preços e condições de vendas Determinamos os preços internos de nossas resinas de PVC tomando por referência principalmente os preços pagos por produtores de terceira geração brasileiros por importações de PVC, que em geral refletem o preço no mercado a vista do Nordeste da Ásia, mais os encargos de serviço adicionais. O preço de exportação de PVC é em geral maior que o preço do mercado à vista do Nordeste da Ásia e inclui custos de transporte. O prazo de entrega, qualidade e serviços técnicos também afetam os níveis de vendas das resinas de PVC. Estabelecemos nossos preços internos de soda cáustica com base no preço de mercado internacional e preços no mercado interno praticados por nossas três concorrentes no Brasil, levando em conta eventuais impostos de importação e custos de frete. Aproximadamente 24,6% das nossas vendas de soda cáustica em 2012 foram realizadas de acordo com contratos em geral com prazos de um a três anos, podendo incluir tetos e pisos de preços. Os preços que cobramos por nossos produtos PVC e soda cáustica no mercado brasileiro são tradicionalmente mais altos dos que os preços obtidos em nossas exportações desses produtos. A diferença de preços entre os mercados interno e de exportação é em geral resultado de: • custos de transporte; • tarifas, impostos e outras barreiras comerciais; • ágio que reflete a relação oferta/procura mais estreita no Brasil; e 45 • confiabilidade do nosso fornecimento, aliada ao suporte técnico que proporcionamos. Nos últimos anos, alguns estados brasileiros estimularam a importação de polietileno e polipropileno, bem como os produtos finais destes polímeros, através de benefícios fiscais aos importados. No entanto, a indústria brasileira pressionou o governo federal pelo reestabelecimento da competitividade da indústria local através da eliminação de tais benefícios para produtos importados no curto prazo. Em 1º de janeiro de 2013, entrou em vigor a legislação que reduz a alíquota máxima de ICMS a ser cobrado pelos estados de 12% para 4% em vendas interestaduais de matéria-prima e outros bens importados que não sejam total ou parcialmente fabricados no Brasil. Como resultado, os estados brasileiros não podem mais buscar atrair importações para portos locais através da oferta de benefícios fiscais na forma de redução da alíquota do ICMS. Para mais informações, vide “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras — Principais Fatores que Afetam os Resultados das Operações da Companhia — Efeitos da Política Industrial Brasileira — Tarifas de Importação em Portos Locais.” Nossos clientes no Brasil podem efetuar pagamento integral contra entrega ou podem optar por compra a prazo, que requer pagamento integral de 07 a 90 dias a contar da entrega. Cobramos juros de nossos clientes brasileiros que escolhem opções de pagamento mais longas com base nas taxas de mercado vigentes. As condições de vendas para exportações em geral requerem pagamento entre 90 e 120 dias a contar da entrega. Geralmente solicitamos cartas de crédito irrevogáveis para vendas ao mercado externo efetuadas no mercado à vista. Concorrência PVC A Companhia e a Solvay são os dois únicos produtores de PVC do Brasil. A capacidade de produção anual instalada da Solvay no Brasil é de 300.000 toneladas, em comparação com a capacidade anual de produção da Companhia de 710.000 toneladas. As duas fábricas da Solvay estão localizadas em São Paulo e, portanto, mais próximas do principal mercado de PVC do Brasil do que nossas instalações. No entanto, acreditamos que nossas capacidades verticais de produção, nossas modernas plantas de PVC em suspensão, nosso forte atendimento ao consumidor e nossos programas de assistência técnica nos possibilitam concorrer de forma eficiente com a Solvay. A concorrência também está representada por importadoras de PVC. A Solvay, que tem uma fábrica na Argentina, além de suas instalações no Brasil, também é o principal concorrente da Companhia no mercado brasileiro de PVC. As importações representaram cerca de 31,5% do consumo brasileiro de PVC em 2012. O PVC produzido no país tem atualmente preços competitivos em relação ao PVC importado, levando em conta os custos de transporte e os impostos de importação. Também concorremos com outros produtores de termoplásticos que fabricam os mesmos produtos de PVC ou substitutos de produtos da linha de PVC da Companhia. Os termoplásticos consistem principalmente em polietileno e polipropileno, sendo empregados em certas aplicações como substitutos do PVC. Madeira, vidro e metais também são em alguns casos utilizados como substitutos do PVC. Soda cáustica Os quatro maiores produtores de soda cáustica no Brasil responderam por 91,0% da produção do país em 2012. A Companhia e outro companhia petroquímica internacional atuam nesse mercado em todo o Brasil, enquanto os outros produtores nacionais desse produto têm em geral uma atuação local ou regional. As importações representaram 45,3% do total do consumo de soda cáustica no Brasil em 2012. Os principais concorrentes no mercado de soda cáustica em outras partes da América do Sul são a outras companhias petroquímicas internacionais que operam no Brasil e produtores localizados na Costa do Golfo dos EUA. Logística Petroquímicos Básicos Polo de Camaçari O Polo de Camaçari fica situado: • a 36 quilômetros do Terminal Marítimo Madre de Deus (situado na cidade de Madre de Deus, no estado da Bahia), terminal portuário detido e operado pela Petrobras; • a 27 quilômetros da Refinaria Landulfo Alves (situada no estado da Bahia), uma das maiores refinarias do Brasil, detida e operada pela Petrobras; e • a 22 quilômetros do terminal portuário de Aratu (situado no estado da Bahia). 46 O Terminal Marítimo Madre de Deus é usado para descarregar a nafta embarcada das refinarias da Petrobras localizadas fora do estado da Bahia. No terminal portuário de Aratu, usamos (1) o Terminal Matérias-Primas (de propriedade da Companhia) para importar nafta e condensado, (2) o Terminal químico de Aratu (de propriedade da Terminal Químico de Aratu S.A. (TEQUIMAR), empresa brasileira de distribuição, subsidiária da Ultrapar) para distribuir os produtos líquidos da Companhia e (3) o Terminal de Gases (de propriedade da Companhia) para distribuir produtos de gás. Um duto de posse e operado pela Petrobras transporta nafta do Terminal Madre de Deus para a Refinaria Landulfo Alves, onde o duto se interliga com o sistema de dutos de nafta da Refinaria. O sistema de dutos de nafta da Refinaria Landulfo Alves se interliga com o sistema de dutos do terminal portuário de Aratu, por meio do qual nafta é transportada às de plantas de petroquímicos básicos do Polo Petroquímico de Camaçari. Polo de Triunfo O Polo de Triunfo fica situado: • a 24 quilômetros da REFAP (localizada em Canoas, no Rio Grande do Sul); e • a 122 quilômetros do Terminal Almirante Soares Dutra (localizado em Osório, no Rio Grande do Sul), um terminal portuário de posse e operado pela Petrobras Transporte S.A., ou Transpetro, uma subsidiária da Petrobras. A Companhia usa o Terminal Almirante Soares Dutra para descarregar nafta e condensado de petróleo importados ou embarcados de refinarias da Petrobras localizadas fora do estado do Rio Grande do Sul. A Companhia possui um duto operado pela Transpetro que transporta a nafta do Terminal Almirante Soares Dutra para a REFAP, onde o duto se interconecta com o sistema de dutos de nafta da REFAP. A nafta e o condensado de petróleo são transportados para as plantas de petroquímicos básicos da Companhia através do sistema de dutos de nafta da REFAP. Polo de São Paulo O Polo Petroquímico de São Paulo fica situado: • a 100 quilômetros da REFAP; • a 215 quilômetros da REPLAN; • a 40 quilômetros da refinaria Presidente Bernardes da Petrobras, localizada em Cubatão, estado de São Paulo; • a 5 quilômetros da RECAP, localizada em Capuava na cidade de Mauá, estado de São Paulo; e • a 135 quilômetros do Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), um terminal de armazenamento e logística de propriedade da Petrobras, localizado em São Sebastião, estado de São Paulo, através do qual a Petrobras recebe nafta de suas refinarias localizadas fora do estado de São Paulo. A nafta é entregue de cada uma dessas refinarias e do Tebar ao Polo Petroquímico de São Paulo através de dutos de posse e operados pela Petrobras. Polo do Rio de Janeiro O Polo Petroquímico do Rio de Janeiro fica situado a cinco quilômetros da refinaria Duque de Caxias, da Petrobras. O etano e o propano são entregues ao Polo Petroquímico do Rio de Janeiro através de dutos de posse e operados pela Petrobras. Entrega de Petroquímicos Básicos Uma parcela expressiva de produtos petroquímicos básicos e outros produtos produzidos pelas operações de petroquímicos básicos são entregues através de dutos a produtores de segunda geração, incluindo plantas da Companhia, localizados em polos petroquímicos nos quais esses produtos são produzidos. Os produtos vendidos a terceiros para entrega em outros locais são enviados por dutos, trens, caminhões e navios costeiros ou oceânicos. 47 Unidades de Poliolefinas e Vinílicos Todas as plantas de poliolefinas da Companhia no Brasil, com exceção de Paulínia, bem como algumas das plantas de vinílicos no Brasil estão localizadas nos polos petroquímicos e recebem entregas de eteno e propeno, suas principais matérias-primas, através de dutos ligados às craqueadoras da Companhia. O propeno fornecido à planta de polipropileno no Polo de Paulínia pela REPLAN é entregue através de um duto operado pela Petrobras. O propeno fornecido às plantas de polipropileno da Companhia nos Estado s de São Paulo e Rio de Janeiro é entregue através de dutos operados pela Petrobras. O propeno fornecido ao Polo de Triunfo pela REFAP é entregue através de duto. Parte do propeno é entregue por caminhão pela REPAR e REVAP às plantas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O eteno é entregue à planta de vinílicos em Alagoas através de um duto de 477 quilômetros de propriedade da Companhia. Os produtos de poliolefinas e vinílicos da Companhia são expedidos para os clientes das instalações brasileiras por caminhão, trem, navios costeiros e oceânicos. A Companhia não possui, arrenda ou freta veículos para entrega das operações brasileiras, a não ser uma pequena embarcação usada para suas operações no Polo de Triunfo. Unidade de Negócios Internacionais O propeno é entregue à planta de polipropileno em La Porte, no Texas através de um duto vindo de plantas adjacentes de petroquímicos básicos. O propeno é entregue à planta de polipropileno em Marcus Hook, na Pensilvânia, principalmente através de dutos de refinarias adjacentes, sendo o restante entregue por trem ou caminhão. O propeno é entregue à planta de polipropileno de Neal, em West Virginia principalmente por trem, sendo o restante entregue através de um duto vindo de uma refinaria nas proximidades. As plantas de polipropileno em Freeport e Seadrift, Texas e na Alemanha estão localizadas em polos petroquímicos e recebem entregas de propeno através de dutos conectados a instalações e refinarias produtoras de petroquímicos básicos localizadas próximas a tais plantas. O polipropileno produzido pela Unidade de Negócios Internacionais é enviado aos clientes por caminhão, trem e navios costeiros ou oceânicos. A Companhia aluga cerca de 3.900 vagões utilizados na entrega dos produtos produzidos nos Estados Unidos. Tecnologia, pesquisa e desenvolvimento Licenças tecnológicas A Unidade de Petroquímicos Básicos utiliza tecnologia de processo de engenharia mediante acordos não exclusivos de várias fontes de processos específicos de produção. Foram firmados diversos contratos não exclusivos com várias empresas petroquímicas líderes para uso de certas tecnologias e catalisadores na Unidade de Poliolefinas. Alguns dos contratos de licenciamento usados pela Unidade de Poliolefinas permitem o uso da tecnologia em plantas já existentes e futuras. Foram firmados diversos contratos não exclusivos com várias empresas petroquímicas líderes para o uso de tecnologia na Unidade de Vinílicos. A Companhia firmou diversos contratos não exclusivos com diversas empresas petroquímicas líderes para usar certas tecnologias e catalisadores na produção de polipropileno de sua Unidade de Negócios Internacionais. Alguns dos contratos de licença utilizados pela Unidade de Negócios Internacionais permitem a utilização da tecnologia licenciada em plantas atuais e futuras. Caso algum dos contratos ou licenças seja rescindido, a administração acredita que teria condições de substituir a tecnologia em questão por tecnologia comparável ou superior, de outra origem. Não são pagos royalties contínuos nos termos de nenhum dos contratos ou licenças usados pela Unidade de Petroquímicos Básicos ou pela Unidade de Vinílicos. A maioria dos contratos de licenciamento usados pela Unidade de Poliolefinas ou pela Unidade de Negócios Internacionais não requer o pagamento de royalties contínuos. De acordo com os contratos de licenciamento que exigem pagamentos contínuos de royalties, tais pagamentos são efetuados trimestralmente com base no volume de produtos produzidos com a tecnologia licenciada. A Companhia também emprega tecnologia própria nos processos de produção da Unidade de Negócios Internacionais. Desenvolvemos um processo de produção com matérias-primas renováveis que começamos a usar em setembro de 2010 para produzir eteno “verde”, que utilizamos como matéria-prima para fabricação de polietileno “verde”. Conseguimos produzir polipropileno “verde” em pequena escala em nossas instalações de pesquisa. O produto foi certificado como 100% renovável e esperamos ter condições de produzir esse produto em escala comercial dento de cinco anos. Também firmamos um acordo de cooperação tecnológica com a Novozymes, líder mundial na produção de enzimas industriais, para o desenvolvimento de outra tecnologia para o processo de produção de polipropileno “verde”. A planta de cloro-soda da Companhia no Polo de Camaçari usa tecnologia de célula de mercúrio para produzir cloro e soda cáustica, tecnologia essa que não mais pode ser usada em novas unidades de produção de petroquímicos de acordo com a legislação brasileira, em parte devido a questões ambientais relativas a emissões de mercúrio resultantes desse processo de fabricação. O governo brasileiro pode exigir a mudança para a tecnologia de diafragma, mais recente, que é usada na planta de cloro-soda de Alagoas, ou para a tecnologia de membrana. Ainda não foi feita a transição para essas tecnologias mais novas em parte porque o retorno dos investimentos de capital implicados na mudança não seria tão elevado quanto o de outros investimentos potenciais. 48 Pesquisa e desenvolvimento A capacidade da Companhia de competir nos mercados interno e de exportação onde atua depende de sua capacidade de integrar novos processos de produção desenvolvidos por ela e por terceiros, a fim de baixar custos e oferecer novos produtos termoplásticos. Além disso, a capacidade de desenvolver novos produtos e customizar produtos já existentes reforça os relacionamentos com os clientes. Para vencer esses desafios, a Companhia mantém um programa de pesquisa e desenvolvimento implantado principalmente em dois centros de pesquisa: o Centro Braskem de Tecnologia e Inovação, localizado no Polo de Triunfo, e o Centro de Tecnologia da Braskem America, localizado em Pittsburgh, na Pensilvânia. Através desses centros de pesquisa, a Companhia coordena e mantém o programa de pesquisa e desenvolvimento, que inclui (1) a operação de plantas piloto, (2) laboratórios de catálise, polimerização e pesquisa de polímeros e (3) centros de engenharia de processo e automatização. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, que são classificados como despesas, totalizaram R$106,2 milhões em 2012, R$99,1 milhões em 2011 e R$78,8 milhões em 2010. Os centros de pesquisa contam com um quadro de 317 funcionários, que buscam: • desenvolver novos produtos e aplicações em resposta aos requisitos dos clientes; • realizar o upgrade ou melhorar as propriedades e processabilidade de nossos produtos; • identificar oportunidades de mercado para novos produtos; • introduzir melhorias nos processos de produção e reduzir os custos operacionais; e • ampliar e otimizar a capacidade e a flexibilidade de produção de nossas plantas. A Companhia mantém oito plantas piloto que utilizam diversas tecnologias e operam com diversas escalas, de aproximadamente 1/150 das plantas em escala real, até aproximadamente1/400 das plantas em escala real. As plantas piloto são usadas para (1) produzir pequenas quantidades de novos produtos para testá-los em laboratório e com os clientes, (2) desenvolver novas condições e formulações para a criação de novos produtos e (3) aumentar a eficiência dos processos de produção. A Companhia mantém laboratórios de catálise, polimerização e pesquisa de polímeros. Esses laboratórios permitem identificar novos catalisadores e melhorar os catalisadores licenciados existentes. Desenvolvemos ou melhoramos a maior parte dos graus de polietileno e polipropileno que vendemos com base em tecnologia criada ou melhorada pela Companhia. Também mantemos centros de engenharia de processos e automação que ajudam a desenvolver tecnologia avançada de controle de processos, reduzindo os custos razoáveis, obtendo estabilidade operacional e aumentando a produção de poliolefinas. A Companhia mantém contato regular com licenciadores internacionais de tecnologia de processos para adquirir novas tecnologias e melhorias. Testamos regularmente novos processos e seguimos avanços e tendências no setor petroquímico por meio de relações com universidades e consórcios de pesquisa brasileiros e internacionais. Ademais, mantemos contratos contínuos com licenciantes que nos permitem realizar o upgrade de nossa tecnologia com o fim de receber e instalar melhorias desenvolvidas com relação a nossos processos existentes. Investimentos de capital Em 2012, nossos investimentos totais em ativos imobilizados e intangíveis foram de R$2,808.6 milhões, compreendendo principalmente (1) investimentos (capex) de R$1,713 milhões (excluindo juros capitalizados) em vários projetos da Companhia e na manutenção e melhoria de ativos; e (2) R$993 milhões investidos no Projeto Etileno XXI. Os investimentos de capital com bens do imobilizado e ativos intangíveis em 2011 e 2010 totalizaram R$2.264,0 milhões e R$1.706,0 milhões, respectivamente. Adicionalmente, os investimentos em participações em outras sociedades foram de R$619,2 milhões em 2011 e R$939,4 milhões em 2010. Orçamento de Investimentos O orçamento atual para investimentos é de aproximadamente R$2,244 milhões para 2013. Os principais investimentos em 2013 consistem em adições aos projetos mencionados em parágrafos anteriores: • aproximadamente R$1,332 milhões em paradas para manutenção e outras manutenções em nossas plantas; • aproximadamente R$536 milhões relativas à contribuição de capital da Braskem no Projeto Etileno XXI no México; • aproximadamente R$204 milhões em projetos de saúde, meio ambiente e melhoria de qualidade; e • aproximadamente R$173 milhões em novos projetos, tais com o COMPERJ, e melhorias do splitter de propeno adquirido da Sunoco em junho 2012. 49 Aquisições Aquisição da Quattor Em 22 de janeiro de 2010, a Companhia celebrou o Acordo de Investimento na Quattor com Odebrecht, OSP, Petrobras, Petroquisa e Unipar, de acordo com o qual, entre outros termos, a Companhia adquiriu o controle da Quattor e de suas subsidiárias. Para mais informações sobre a Aquisição da Quattor e operações relacionadas, vide “—Histórico e desenvolvimento da Companhia—Aquisição da Quattor”. Aquisição da Sunoco Chemicals Em 1º de abril de 2010, a Companhia adquiriu a totalidade das ações em circulação da Sunoco Chemicals, cuja denominação social foi alterada para Braskem America, por US$350,7 milhões, excluindo custos de aquisição. Para mais informações sobre a Aquisição da Sunoco Chemicals, vide “—Histórico e Desenvolvimento da Companhia —Aquisição da Sunoco Chemicals”. Aquisição da Dow Polipropileno Em 30 de setembro de 2011, adquirimos os negócios de polipropileno da Dow através de um contrato de compra e venda celebrado em julho de 2011. Para mais informações sobre a Aquisição da Dow Polipropileno, vide “—História e Desenvolvimento da Companhia—Aquisição da Dow Polipropileno”. Plantas Greenfield Planta de polietileno verde Em janeiro de 2009, a Companhia iniciou a construção de uma nova planta de eteno no Polo Petroquímico de Triunfo, para produzir eteno usando etanol de cana de açúcar, recebido através do Terminal Santa Clara, como matéria-prima principal da produção de polietileno. A administração acredita que essa planta, que começou a produção em setembro de 2010, seja a primeira produtora do mundo de polietileno fabricado totalmente a partir de recursos renováveis. A planta tem uma capacidade anual de produção de 200.000 toneladas de eteno. O custo total da planta foi de R$488 milhões. Para mais informações a respeito da planta de polietileno "verde", vide “—Unidade de Negócios Internacionais—Operações Renováveis”. Planta de PVC Alagoas Em maio de 2010, a Companhia iniciou a construção de uma nova planta de PVC em Alagoas. A planta, que iniciou produção em agosto de 2012, possui capacidade de produção de 200.000 toneladas por ano. O custo total do projeto foi de aproximadamente R$1.000 milhões. Planta de Butadieno Em março de 2011, a Companhia iniciou a construção de uma nova planta de butadieno no Polo de Triunfo. A planta, que iniciou produção em setembro de 2012, possui capacidade de produção de 103.000 toneladas por ano. O custo total do projeto foi de aproximadamente R$300 milhões. Planta de Polipropileno “Verde” Atualmente a Companhia avalia a construção de uma nova planta de propeno que irá utilizar o etanol da cana de açúcar como sua principal matéria-prima. O propeno produzido por esta planta será utilizado na produção de polipropileno “verde”. Espera-se que essa planta tenha uma capacidade de produção anual mínima de 30,000 toneladas. A análise de viabilidade econômica do projeto foi concluída em 2012 e o projeto deve ser submetido ao conselho de administração em 2013. Projetos de Joint Venture Projeto Etileno XXI Braskem e Idesa constituíram a Braskem Idesa em abril de 2010, para desenvolver, construir e operar um complexo de olefinas, Complexo México, a ser localizado no estado mexicano de Veracruz. O Complexo México deve incluir uma craqueadora de eteno que produzirá 1,05 milhão de toneladas de etano por ano utilizando tecnologia Innovene S licenciada pela Technip Italy S.p.A (Technip), e deve incluir ainda duas plantas de polietileno de alta densidade utilizando tecnologia licenciada pela Ineos Commercial Services UK Limited (sucessora da Ineos Europe Limited) e uma planta de polietileno de baixa densidade utilizando tecnologia Lupotech T licenciada da Basell Polyolefin GmbH. As três plantas de polietileno devem somar capacidade anual de produção de 1,0 milhão de toneladas de PEAD e PEBD. As três plantas de polietileno devem ter capacidade anual combinada de produção de 1,0 milhão de toneladas de PEAD e PEBD. 50 A Braskem Idesa (sucessora da Braskem e da Idesa) é parte em um contrato de fornecimento de etano com a Pemex Gas executado em 19 de fevereiro de 2010, segundo o qual a Pemex Gas fornecerá 66.000 barris por dia de etano para o Complexo México durante 20 anos a preços baseados no preço do etano puro Mont Belvieu. A partir da data planejada para conclusão do projeto, a Braskem Idesa deverá adquirir, e a Pemex Gas deverá fornecer, o volume diário mínimo de etano estipulado no contrato de fornecimento. Em fevereiro de 2010, a Companhia e a Idesa firmaram o acordo de acionistas Braskem Idesa para disciplinar seu relacionamento com respeito à Braskem Idesa, alterado em novembro de 2012 e em dezembro de 2012. O acordo de acionistas Braskem Idesa, conforme alterado, expõe o entendimento das partes com respeito à implantação do projeto e ao relacionamento da Braskem e da Idesa como acionistas da Braskem Idesa. Nos termos do Acordo de Acionistas da Braskem Idesa, conforme alterado: • as partes convencionam que a produção de polietileno da Braskem Idesa será usada principalmente para suprir o mercado mexicano; • as partes se comprometem a envidar os melhores esforços para utilizar a Braskem Idesa como veículo de comercialização de polietileno no México; • a Braskem tem o direito de indicar quatro e a Idesa tem o direito de indicar dois membros do conselho de administração da Braskem Idesa; as decisões consideradas em assembleias gerais ordinárias da Braskem Idesa ou em reuniões do conselho de administração da Braskem Idesa requerem aprovação por maioria simples; antes do início do projeto, desde que a Idesa detenha pelo menos 20% do capital votante da Braskem Idesa, o gerente financeiro da Braskem Idesa será por indicação da Idesa, sujeito à aprovação do conselho, e o diretor presidente e os gerentes de construção, corporativo, industrial e comercial da Braskem Idesa serão indicados pela Braskem, sujeito à aprovação do conselho; • se a Braskem e a Idesa não chegarem a um acordo na votação para aprovar determinadas questões que exigem maioria absoluta de votos em uma assembleia geral extraordinária, (1) a Braskem terá o direito de procurar aprovar as questões por maioria simples dos votos dos acionistas da Braskem Idesa, (2) na eventualidade de tais questões serem aprovadas por maioria simples dos votos dos acionistas da Braskem Idesa, a Braskem terá a opção de comprar a totalidade das ações detidas pela Idesa e (3) caso a Braskem não exerça esse direito, a Idesa terá a opção de vender todas as suas ações da Braskem Idesa para a Braskem; e • quaisquer divergências entre a Braskem e a Idesa decorrentes do Acordo de Acionistas Braskem Idesa serão solucionadas mediante arbitragem. O Acordo de Acionistas Braskem Idesa também prevê direitos de preferência, direitos de tag along e direitos de drag along com respeito à alienação de ações da Braskem Idesa. O custo total estimado do Complexo México é de aproximadamente US$4,5 bilhões, incluindo custos financeiros durante a construção e necessidades iniciais de capital de giro. Conforme previsto, (1) a Braskem e a Idesa contribuirão com aproximadamente 30% do custo total como capital proporcional à participação acionária na Braskem Idesa e (2) o restante será tomado por empréstimo pela Braskem Idesa em acordos de project finance, garantidos por ativos do próprio projeto, junto a agências multilaterais de crédito, agências de crédito à exportação, bancos de desenvolvimento e bancos privados. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia— Acordos Relacionados ao Projeto Etileno XXI.” Projeto COMPERJ Como parte da Aquisição da Quattor, em 22 de janeiro de 2010 a Companhia celebrou um Acordo de Associação com Odebrecht, OSP, Petroquisa e Petrobras com referência à continuidade do desenvolvimento do Polo Petroquímico do Rio de Janeiro, ao qual nos referimos como Unidade Petroquímica COMPERJ, que faz parte do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, um projeto integrado de refinaria e indústria petroquímica sendo desenvolvido pela Petrobras, a ser localizado em Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro. Nos termos do Acordo de Associação, a Braskem iniciou negociações com outras partes do Acordo de Associação para continuar o desenvolvimento, e assumir o controle, da Unidade Petroquímica COMPERJ. Em 14 de dezembro de 2011, a Companhia celebrou um memorando de entendimento não vinculante com a Odebrecht, a OSP e a Petrobras que rege o desenvolvimento da Unidade Petroquímica COMPERJ. De acordo com o memorando de entendimento, a Braskem e a Petrobras deverão preparar conjuntamente o desenvolvimento da Unidade Petroquímica COMPERJ relacionadas a resinas termoplásticas e continuarão a realizar negociações a fim de alcançar a estrutura mais eficiente com base na análise de todos os aspectos técnicos, ambientais, financeiros, legais e fiscais envolvidos no projeto. Isso inclui uma avaliação da possibilidade de a Braskem assumir ou não o controle dos ativos existentes da Unidade Petroquímica COMPERJ. A fase inicial de engenharia já foi concluída e o conselho de administração deve tomar a decisão final a respeito de futuros investimentos no projeto em 2014. Nos termos do Acordo de Associação, caso a Braskem assuma o controle da Unidade Petroquímica COMPERJ, ela terá o direito, enquanto a Petrobras detiver coletivamente uma participação controladora na Unidade Petroquímica COMPERJ, de distribuir os produtos da Unidade Petroquímica COMPERJ a terceiros em termos mutuamente aceitáveis para a Petrobras e a Braskem. 51 A Petrobras também possui um projeto composto por três plantas integradas focadas no setor têxtil: • • • Planta de ácido tereftálico purificado com capacidade produtiva anual de 700 mil toneladas; Planta de PET com capacidade produtiva anual de 450 mil toneladas; Planta de polímeros têxteis e filamentos de poliéster com capacidade produtiva anual de 240 mil toneladas. Atualmente, a Braskem ainda não se posicionou em relação a sua participação nesses projetos. Projeto de polipropileno Propilsur A Polipropileno del Sur S.A. (Propilsur), uma joint venture em que a Companhia e a Petroquímica de Venezuela, S.A. (Pequiven), companhia petroquímica estatal da Venezuela, detêm, cada uma, 49% do capital, foi constituída em novembro de 2008 para desenvolver, construir e operar uma planta de polipropileno com uma unidade integrada de desidrogenação de propano. Se construída de acordo com o plano original, essa planta teria uma capacidade de produção anual de cerca de 450.000 toneladas. Como resultado de desdobramentos nos mercados de crédito e em vista de novas fontes potenciais de insumos, a Companhia e a Pequiven, em conjunto com a PDVSA e o Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela, decidiram reavaliar o plano original de desenvolvimento, tendo como resultado: (1) uma mudança na localização do projeto, do local anteriormente proposto no Polo Petroquímico José, no estado de Anzoategui, na Venezuela, para o Polo de Paraguaná no estado de Falcon, na Venezuela, onde os insumos poderiam ser fornecidos por refinarias localizadas em Paraguaná; (2) uma mudança da escala do projeto. Como houve mudança do local para o Polo de Paraguaná, o plano de desenvolvimento não mais incluiria o desenvolvimento, a construção e a operação de uma unidade integrada de desidrogenação de propano, já que o propeno de refinarias vizinhas será usado como insumo no lugar do propano. A matéria prima será fornecida pela PDVSA, que atualmente estuda alternativas de fornecimento da matéria-prima para o projeto; e (3) uma mudança na capacidade anual de produção para aproximadamente 300 mil toneladas de polipropileno. A Companhia e a Pequiven celebraram um Acordo de Acionistas para regulamentar questões relacionadas à implementação desse projeto e o relacionamento da Braskem e da Pequiven como acionistas da Propilsur, além da resolução de disputas entre as partes relacionadas à Propilsur. As negociações entre a Companhia e a Pequiven prosseguem no tocante à implantação do projeto, inclusive com relação ao potencial de colaboração para atender a cadeia de suprimento na produção de propeno. Não se pode assegurar que tais negociações serão exitosas ou que, se chegarmos a um acordo final com respeito à implantação do projeto, o acordo será nos termos atualmente previstos pela administração da Companhia. Projeto Peru Em maio de 2008, a Braskem, a Petrobras e a Petróleos del Peru - PetroPeru S.A. (PetroPeru) firmaram um termo de entendimentos para estudar a viabilidade técnica e econômica de desenvolver, construir e operar uma planta de polietileno com capacidade anual de produção de até aproximadamente 1.200.000 toneladas usando como matéria-prima etano do Peru. Em dezembro de 2009 e em novembro de 2011, as partes firmaram um novo termo de entendimento com relação a novos estudos sobre o projeto. O memorando de entendimento mais atual possui um prazo de um ano, e é automaticamente renovável por períodos consecutivos de um ano, salvo se cancelado por uma das partes. Caso a implantação desse projeto seja aprovada, ele se localizaria em um novo polo petroquímico integrado na costa do Pacífico do Peru. Orçamento de Investimentos de Capital O total de investimentos de capital para 2013 está orçado em cerca de R$2.244 milhões. Os principais investimentos de capital em 2013 abrangem, além dos projetos mencionados nos parágrafos anteriores: • aproximadamente R$1.332 milhões relacionado a paradas programadas para manutenção e outras despesas de manutenção das plantas; • aproximadamente R$536 milhões relacionado à participação da Braskem no Projeto Etileno XXI, no México; • aproximadamente R$204 milhões relacionado ao projeto de saúde, meio ambiente e melhoria de qualidade; e • aproximadamente R$173 milhões relacionado a novos projetos tais como o COMPERJ e melhorias no splitter de propeno adquirido da Sunoco em junho de 2012. 52 Manutenção A maior parte dos nossos serviços de manutenção é realizada por terceiros. A título exemplificativo, mantemos contratos com a CNO, com a Asea Brown Boveri Ltd., Cegelec Ltda., Rip Serviços Industriais S/A, Cl Engenharia Ltda. e outros prestadores de serviço tendo por objeto a manutenção da Unidade de Petroquímicos Básicos dos Polos de Camaçari e de Triunfo. Realizamos, ademais, algumas de nossas atividades de manutenção periódica, através de nossa pequena equipe de técnicos de manutenção, aos quais incumbe também coordenar o planejamento e a execução dos serviços de manutenção realizados por terceiros. Unidade de Petroquímicos Básicos A manutenção periódica das plantas de petroquímicos básicos requer a paralisação total das plantas de tempos em tempos, sendo o trabalho geralmente concluído em aproximadamente 30 dias. Ocasionalmente procedemos a outras interdições breves de nossas operações sem afetar de maneira relevante nossa produção, principalmente para fins de manutenção, regeneração de catalisadores e limpeza de equipamentos. Além disso, como possuímos duas unidades independentes de Olefinas e duas unidades independentes de Aromáticos no Polo de Camaçari e duas unidades independentes de Olefinas no Polo de Triunfo, podemos dar continuidade à produção de petroquímicos básicos sem interrupção, ainda que certos serviços de manutenção estejam em curso. Foram feitas paradas gerais para manutenção de: • unidade Olefinas 1 e unidade de Aromáticos do Polo de Triunfo em abril de 2008; • unidade Olefinas 1 do Polo de Camaçari em maio e junho de 2008; • unidades Olefinas 2 e Aromáticos 2 do Polo de Camaçari em novembro e dezembro de 2010; • unidade Olefinas do Polo do Rio de Janeiro em julho de 2011; • unidade Olefinas do Polo do Camaçari em dezembro de 2011; e • unidade Olefinas 2 do Polo de Triunfo em novembro de 2011. Programação das próximas paradas: • unidades de Aromáticos 1 e Olefinas 1 do Polo de Camaçari em 2013; • unidade de Olefinas 2 do Polo de Triunfo em 2013; • unidades Olefinas e Aromáticos do Polo de São Paulo em 2014; • unidade Olefinas 1 do Polo de Camaçari em 2014; • unidades Olefinas 1 e Aromáticos do Polo de Triunfo em 2014; e • unidade Olefinas do Polo do Rio de Janeiro em 2017. As últimas manutenções feitas na unidade de Aromáticos 1 do Polo de Camaçari ocorreram conforme segue: • planta de parex, onde é produzido paraxileno, em 2007; • planta de butadieno em maio e junho de 2008; e • planta de regeneração de catalisadores e plantas que constituem o conjunto C8, onde são produzidos ortoxileno e xilenos mistos, em novembro de 2009. Plantas das Unidades de Poliolefinas, Vinílicos e Negócios Internacionais A Companhia mantém um programa de manutenção periódica de cada uma das plantas de poliolefinas. A produção em cada uma das plantas da Unidade de Poliolefinas é em geral interrompida por sete a 20 dias a cada dois anos para permitir vistoria e manutenção periódicas. Além disso, são feitas outras breves interrupções para fins de manutenção que não afetam de maneira relevante a produção de poliolefinas. É feita a coordenação dos ciclos de manutenção das plantas de poliolefinas com aqueles das plantas de petroquímicos básicos. Embora as instalações de petroquímicos básicos precisem ser fechadas por até 30 dias para manutenção, as instalações de poliolefinas podem ser fechadas por períodos menores, já que sua operação e manutenção são menos complexas que as das 53 instalações de petroquímicos básicos. Da mesma forma, a Braskem America procura coordenar os ciclos de manutenção com as rotinas dos maiores fornecedores de cada planta. Dispomos de um programa de manutenção periódica para cada uma de nossas plantas de vinílicos. Nossas plantas de PVC de Camaçari e Alagoas são em geral paralisadas por 15 a 20 dias a cada dois anos, permitindo sua vistoria e manutenção periódica. Nossa planta de soda cáustica e cloro de Alagoas para uma vez por ano, durante três dias, para manutenção de diferentes partes da planta. A planta de soda cáustica e cloro de Camaçari não requer paralisações prolongadas para manutenção, sendo paralisada durante dois ou três dias a cada ano. Operações Descontinuadas Como resultado da decisão de vender a QuantiQ e a IQAG, que constituem os negócios de distribuição da Companhia e constituíam o segmento de distribuição, as operações dessas controladas foram registradas como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010 e não mais integram os resultados do segmento de distribuição. Em vista do cenário desafiador na indústria global e o impacto da volatilidade econômica global que levou à queda na rentabilidade do setor, e em linha com o compromisso da Companhia de concentrar seus investimentos no setor petroquímico, está sendo negociada a venda da QuantiQ e da IQAG, seu negócio de distribuição, o qual não faz parte de seus negócios principais (core business). O processo de venda teve início no último trimestre de 2012 e a Companha espera concluir a venda da QuantiQ e da IQAG no primeiro semestre de 2013. A unidade de distribuição de produtos químicos é a maior distribuidora brasileira de produtos químicos e petroquímicos. A unidade distribui produtos fabricados pela Unidade de Petroquímicos Básicos, e também por mais de 90 empresas nacionais e internacionais. Nossa Unidade de Distribuição de Produtos Químicos distribui uma linha grande e diversificada de mais de 1.000 produtos, assim classificados: • solventes, incluindo solventes alifáticos, solventes aromáticos, solventes sintéticos e solventes ecológicos;; • plásticos de engenharia; • solventes hidrocarbônicos e isoparafinas; e • produtos químicos de finalidades gerais, incluindo óleos para processamento, produtos químicos intermediários, misturas, químicos especiais, farmacêuticos e santopreno. A Unidade de Distribuição de Produtos Químicos distribui produtos a um amplo leque de segmentos de mercado, abrangendo produtos agroquímicos, borracha e produtos químicos para finalidades gerais, alimentos e ração, aromatizantes e fragrâncias, cosméticos e farmacêuticos, produtos residenciais e para outros segmentos industriais, plásticos de engenharia, bem como tintas, resinas, adesivos e construção civil. Nossa Unidade de Distribuição de Produtos Químicos distribui produtos a varejistas de produtos químicos, produtores petroquímicos de terceira geração e outros fabricantes. A Unidade atende aproximadamente 5.000 clientes atuantes em mais de 50 segmentos do mercado, por intermédio de 11 unidades de negócios apoiadas por oito escritórios de venda em todo o Brasil. A Unidade opera cinco centros de distribuição que incluem armazéns e tanques. A Unidade de Distribuição de Produtos Químicos possui centros de distribuição em Guarulhos, no estado de São Paulo, em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, e em Mauá, no estado de São Paulo, e aluga seu centro de distribuição em Simões Filho, no estado da Bahia. Legislação ambiental Em todos os países em que a Companhia está presente suas operações estão sujeitas a legislação federal, estadual e municipal que rege a descarga e emissão de efluentes no meio ambiente e o manejo e descarte de resíduos industriais, assim como a outras leis relacionadas à proteção do meio ambiente. As despesas anuais consolidadas da Companhia com atendimento ao controle ambiental foram de R$256,3 milhões em 2012, R$198,9 milhões em 2011 e R$134,9 milhões em 2010. As despesas consolidadas referentes ao meio ambiente estão relacionadas às políticas da Companhia de contínuo controle e monitoramento ambiental e as operações da Companhia em curso não têm nenhuma obrigação futura relevante no que tange ao meio ambiente. Contudo, é provável que nossos custos de atendimento à regulamentação ambiental aumentem em razão do aumento projetado de nossa capacidade de produção e aumentos projetados dos custos unitários de tratamento e descarte de resíduos industriais, bem como do custo de atendimento a futuras regulamentações ambientais. Havia sido constituída uma provisão para contingências ambientais potenciais no valor de R$32,9 milhões em 31 de dezembro de 2012. 54 Atendimento às Leis Ambientais no Brasil O governo brasileiro promulgou uma Lei de Crimes Ambientais em 1998 impondo sanções criminais a pessoas físicas e jurídicas que causem danos ambientais. As pessoas jurídicas que estiverem poluindo poderão ser multadas em até R$50,0 milhões, ter suas operações suspensas, ser impedidas de firmar contratos com o governo, ser obrigadas a reparar os danos por elas causados e perder o direito a certos benefícios e incentivos fiscais. Os diretores, conselheiros e demais pessoas físicas poderão cumprir penas de até cinco anos de detenção por crimes ambientais. As operações da Companhia atendem, em todos os aspectos significativos, a legislação ambiental atualmente em vigor. Alguns estudos ambientais contratados pela Companhia indicaram casos de contaminação ambiental em algumas de nossas plantas. Ademais, nós e algumas de nossas subsidiárias e diretores de nossa companhia e de nossas subsidiárias recebemos notificações eventuais de violações ambientais e estamos ou estivemos sujeitos a investigações ou procedimentos judiciais em razão de certas alegadas violações ambientais. Essas questões ambientais e quaisquer questões ambientais futuras que possam surgir podem nos sujeitar a multas ou outras sanções civis ou criminais impostas pelas autoridades brasileiras. Estamos tratando de todas as questões ambientais das quais temos ciência e acreditamos que nenhuma dessas questões terá efeito adverso relevante sobre nossos negócios, situação financeira ou operações. Licenças de funcionamento As leis e regulamentos ambientais federais e estaduais brasileiras requerem a obtenção de licenças de funcionamento para nossas unidades industriais. Se qualquer de nossas licenças e alvarás ambientais expirar ou deixar de ser renovada, ou se não obtivermos as licenças e alvarás ambientais necessários, estaremos sujeitos a multas que variam de R$500 a R$50,0 milhões, podendo o governo brasileiro suspender, parcial ou totalmente, nossas atividades e nos impor sanções civis e criminais, ou ambas as penalidades. Cada estado no qual operamos possui suas próprias regras ambientais e as autoridades de cada estado emitiram permissões de operação que devem ser renovadas periodicamente. Além disso, todos os projetos de instalação e operação de instalações industriais no Polo de Camaçari, Polo de Triunfo, Polo de São Paulo e Polo do Rio de Janeiro estão sujeitas a aprovação de diversas agências de proteção ambiental, que devem aprovar os projetos instalados anteriormente ao início das operações, além de renovar tais aprovações periodicamente. As autoridades estaduais emitiram permissões de operações para todas plantas, conforme segue: Polo de Camaçari (BA), Polo de Triunfo (RS), Polo de São Paulo e unidades de Cubatão, Santo André, Mauá e Paulínia (SP), Polo do Rio de Janeiro (RJ) e plantas de Alagoas (AL). A Companhia detém todas as permissões necessárias e não espera ter dificuldade em renovar qualquer uma delas. Resíduos industriais A Companhia Riograndense de Saneamento, ou Corsan, companhia estatal do meio ambiente, opera um sistema integrado para o tratamento de efluentes líquidos, ou Sitel, no Polo Petroquímico de Triunfo. O Sitel trata a água residual gerada pela Companhia e por outros produtores petroquímicos em uma estação de tratamento de efluentes líquidos localizada no Polo Petroquímico de Triunfo. Essa estação de tratamento também compreende um sistema para a coleta e disposição de água residual contaminada. A água residual gerada pela Companhia no Polo do Rio de Janeiro é tratada em uma estação de tratamento de efluentes líquidos localizada naquele Polo. Essa estação de tratamento também compreende um sistema para a coleta e disposição da água residual contaminada. Os resíduos sólidos perigosos são co-processados em fornos de cimento ou incinerados, enquanto outros tipos de resíduos sólidos são despejados em aterros sanitários aprovados pela Companhia. A água residual gerada pela Companhia no Polo de São Paulo é tratada em uma estação de tratamento de efluentes líquidos localizada naquele Polo. Essa estação de tratamento também conta com um sistema de coleta e descarte de água residual contaminada, enquanto resíduos perigosos gerados no Polo de São Paulo são incinerados em fornos de cimento e outros tipos de resíduos sólidos são descartados em aterros sanitários. Cumprimento da Legislação Ambiental dos Estados Unidos As operações da Companhia nos Estados unidos estão sujeitas às leis e regulamentos federais, estaduais e municipais dos Estados Unidos que disciplinam a descarga de efluentes, armazenagem, manejo, gestão, transporte e descarte de material perigoso, resíduos industriais e outros materiais no ambiente; o uso, armazenagem e manejo de vários tipos de produtos e materiais; e proteção da saúde e segurança e do meio ambiente. Em muitos casos, licenças específicas devem ser obtidas para tipos específicos de operações, emissões ou descargas. Acreditamos que as operações da Companhia nos Estados Unidos atendem em todos os aspectos relevantes às leis e regulamentos ambientais federais, estaduais e municipais em vigor naquele país. Como ocorre com o setor petroquímico dos Estados Unidos em geral, o cumprimento das leis e regulamentos existentes e previstos aumenta o custo total de operação das atividades da Braskem America, incluindo custos operacionais e custos de capital para construir, manter e modernizar equipamentos e dependências. Essas leis e regulamentos exigem e prevê-se que continuarão a exigir que a Braskem America incorra em dispêndios de capital e despesas. 55 Nossas instalações nos estados do Texas, Pensilvânia e West Virginia devem manter diversas permissões relativas à qualidade do ar e tratamento de água residual industrial, e cumprir com as exigências regulatórias relativas à gestão de resíduos. A Companhia detém as permissões necessárias para operar suas instalações (ou as mesmas encontram-se em processo normal de renovação) e não espera ter dificuldade em renovar qualquer uma delas. As Normas Nacionais de Qualidade do Ar Ambiente, ou NAAQS, para o ozônio e partículas finas, PM2,5, promulgadas pela EPA resultaram na identificação de áreas de não conformidade em todo o país, entre elas determinadas áreas nos estados do Texas, Pensilvânia e West Virginia, locais onde a Braskem America opera instalações. Como resultado dessas designações de não conformidade pela EPA, as agências locais ou estaduais de controle da poluição do ar irão aplicar exigências de licenciamento e/ou controle com o objetivo de reduzir emissões de precursores de ozônio (óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis) e partículas finas (inclusive precursoras da PM2,5), de forma a demonstrar o cumprimento das NAAQS aplicáveis. Tais exigências podem incluir a imposição de taxas rígidas de compensação e poderiam resultar em maiores exigências de controle de emissões. Vários estados contestaram os padrões de partículas da EPA. Em 2012, a EPA conclui as NAAQS para óxidos de enxofre e óxidos de nitrogênio, determinando a manutenção das normas atuais para tais poluentes. A companhia espera que a manutenção das normas atuais para tais poluentes tenha um pequeno impacto na Companhia. A EPA sinalizou que planeja emitir novas normas em 2013 relacionadas a NAAQS, que devem ser mais rígidas que os padrões atuais e exigir reduções maiores nos níveis de emissão permitidos de certos poluentes. Adicionalmente, existem diversas medidas legislativas e reguladoras a respeito de emissões de gases do efeito estufa em várias etapas de análise, discussão ou implantação pelo Congresso dos Estados Unidos a pela EPA. Embora neste momento não seja possível prever o eventual impacto dessas questões sobre a Braskem America e a indústria petroquímica dos Estados Unidos em geral, elas poderiam acarretar no aumento dos custos de operação e manutenção das instalações da Companhia nos Estados Unidos, bem como dispêndios de capital com novos equipamentos de controle de emissões. Ademais, os regulamentos que limitam as emissões de gases do efeito estufa ou o teor de carbono de produtos, que visam setores específicos como o da fabricação de produtos petroquímicos, poderiam afetar negativamente a capacidade da Companhia de levar adiante as atividades da Braskem America, podendo também fazer diminuir a demanda de seus produtos. Além das exigências de licenciamento e/ou controle que podem resultar da implementação das NAAQS em nível estadual e municipal, a EPA pode promulgar novos ou revisados Padrões de Desempenho de Fontes Novas ou Padrões de Emissão Nacional de Poluentes Perigosos federais que seriam aplicados a certas operações e podem exigir a instalação ou modernização dos equipamentos de controle a fim de satisfazer os limites aplicáveis de emissões e/ou normas operacionais segundo tais programas regulatórios. Leis Ambientais na Alemanha e na União Europeia As operações da Companhia na Alemanha estão sujeitas às leis federais, estaduais e municipais alemãs, bem como regulamentos que regem a descarga de efluentes e emissões no meio ambiente, bem como o manuseio e descarte de resíduos industriais ou relacionados à proteção do meio ambiente e gestão de resíduos. As operações da Companhia na Alemanha atendem em todos os aspectos materiais às leis ambientais alemãs federais, estaduais e locais, bem como os regulamentos em vigor. Assim como no setor petroquímico da União Europeia em geral, o atendimento a leis e regulamentos alemães existentes e futuros aumenta o custo global de operar os negócios na Europa, inclusive custos operacionais e custos de construção, manutenção e atualização de equipamentos e instalações. Tais leis e regulamentos exigem, e devem continuar a exigir, que a Companhia realize gastos de capital e de despesas. Nas instalações de Schkopau e Wesseling, a Companhia deve manter permissões de gestão de ar, radiação e resíduos emitidas pela governo alemão e acordos locais relacionados ao tratamento de água residual industrial. A Companhia detém todas as permissões necessárias, inclusive diversas permissões renovadas em 2012. As instalações europeias estão sujeitas aos regulamentos europeus relativos a gases do efeito estufa e um programa de limite e comercialização de tais emissões. Tais instalações já receberam os créditos necessários para cobrir as operações existentes. A alocação atual do limite e comercialização de créditos para as instalações em Wesseling, Alemanha, se encerraram em 2012 e esperamos que sejam renovadas pelo período de 2013 até 2020. O alocação atual do limite e comercialização de créditos de para a planta de Schkopau na Alemanha foi renovada para o período de 2013 a 2020. A Companhia não possui conhecimento de qualquer nova regulamentação ambiental que possa afetar suas operações na Europa. Da mesma forma, a Companhia não pode estimar o potencial impacto financeiro de quaisquer regulamentos futuros da União Europeia ou da Alemanha. Segurança Adotamos uma política que torna todos os nossos diretores, conselheiros e empregados responsáveis pela segurança de nossos funcionários e pela preservação do meio-ambiente. As plantas brasileiras nos Polos de Camaçari e Triunfo, de Alagoas, Polos de São Paulo e Rio de Janeiro possuem acesso ao fornecimento adequado de água de reservatórios próximos, lagos e caixas d’água, além de estarem equipadas com amplos sistemas de segurança contra incêndio e manterem equipamentos de emergência e equipes de segurança treinadas, além de brigadas de incêndio. 56 Todas as plantas da Companhia nos Estados Unidos e na Alemanha contam com uma brigada local de incêndio, primeiros socorros, resposta a vazamentos e equipes de resgate, as quais passam por extenso treinamento e exercícios. Imobilizado Nossos imóveis consistem principalmente de instalações de produção de petroquímicos em: • Camaçari, no estado da Bahia; • Triunfo, no estado do Rio Grande do Sul; • Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro; • São Paulo, Paulínia, Cubatão, Santo André e Mauá, no estado de São Paulo; • Maceió e Marechal Deodoro, no estado de Alagoas; • nos Estados Unidos em La Porte, Freeport e Seadrift, estado do Texas, Marcus Hook, estado da Pensilvânia, Neal, estado de West Virginia; e • na Alemanha, em Schkopau e Wesseling. A sede executiva da Companhia está localizada em São Paulo, estado de São Paulo, com um escritório de apoio administrativo na cidade de Salvador, Bahia. A Companhia também tem participações em investimentos localizados em outras partes do país. Todas as instalações de produção são de propriedade da Companhia, mas em geral os escritórios administrativos são alugados. A tabela a seguir apresenta os imóveis da Companhia em 31 de dezembro de 2012 segundo a localização das instalações, o tipo de produtos e a dimensão da planta. Tipo de produto ou serviço Local das instalações Petroquímicos básicos.......................................................................... Petroquímicos básicos.......................................................................... Petroquímicos básicos.......................................................................... Petroquímicos básicos.......................................................................... Polipropileno ....................................................................................... Polietileno ............................................................................................ Polietileno ............................................................................................ Polietileno ............................................................................................ Polietileno ............................................................................................ Polietileno ............................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Polipropileno........................................................................................ Soda caustic/cloro ................................................................................ PVC/soda cáustica/cloro ...................................................................... PVC ..................................................................................................... Centro de distribuição .......................................................................... Triunfo Santo André Camaçari Duque de Caxias Paulínia Triunfo Camaçari Cubatão Santo André Duque de Caxias LaPorte, Texas Neal, West Virginia Mauá Duque de Caxias Camaçari Triunfo Marcus Hook, Pennsylvania Freeport, Texas Seadrift, Texas Schkopau, Germany Wesseling, Germany Maceió Camaçari Marechal Deodoro Vila Prudente/Capuava Dimensão da planta (em hectares)(1) 152,8 74,1 65,5 53,0 39,7 30,5 24,5 17,6 15,8 15,0 87,0 27,1 15,8 15,0 13,2 10,0 6,9 8,9 2,5 3,7 26,0 15,0 12,6 186,7 3,2 ______________ (1) Um hectare equivale a 10.000 metros quadrados. Acreditamos que todas as nossas instalações de produção estejam em boas condições de funcionamento. Em 31 de dezembro de 2012, o valor líquido contábil consolidado do ativo imobilizado perfazia R$21.214,5 milhões. 57 As seguintes propriedades estão hipotecadas ou empenhadas em garantia de algumas de nossas operações financeiras: (1) planta de petroquímicos básicos e planta de polietileno no Polo de Triunfo; (2) planta de cloro-soda e planta de PVC no Polo de Camaçari; (3) planta de petroquímicos básicos e planta de polietileno no Polo de São Paulo; (4) planta de cloro-soda e planta de PVC no estado de Alagoas; e (5) planta de petroquímicos básicos, planta de polietileno e planta de polipropileno no Polo do Rio de Janeiro. Seguros Além das apólices descritas abaixo para nossas operações domésticas e internacionais, mantemos outras apólices de seguro para riscos específicos, como cobertura de responsabilidade civil de conselheiros e diretores, acidentes de trabalho, responsabilidade do empregador, veículos e outros tipos de coberturas não incluídas nas apólices. Não prevemos dificuldades para renovar quaisquer de nossas apólices de seguro e acreditamos que nossa cobertura de seguro seja razoável em termos de valores e compatível com os padrões aplicáveis a companhias com operação no setor químico global. Operações no Brasil, Estados Unidos e Alemanha A Companhia mantém seguros para todas as suas plantas contra danos materiais e consequente interrupção de atividades por meio de apólices abrangentes contra “todos os riscos”. O programa de seguro contra todos os ricos para as nossas plantas no Brasil possui valor de reposição total de US$22,1 bilhões para danos à propriedade. O programa de seguro foi contratado através de apólices diversas no Brasil e nos Estados Unidos junto a grandes seguradoras. O atual programa/apólice do tipo “todos os riscos” é válida até abril de 2013. O seguro contra danos materiais para as plantas prevê cobertura de seguro por prejuízos decorrentes de acidentes resultantes de incêndio, explosão e quebra de maquinário, entre outros. Essa cobertura apresenta limite máximo de indenização de US$2 bilhões (cobertura combinada de danos materiais e interrupção de atividades) por sinistro para as plantas brasileiras e US$500 milhões (cobertura combinada de danos materiais e interrupção de atividades, excluindo-se danos causados por vento, que possuem indenização máxima de $200 milhões) para as plantas nos Estados Unidos e Alemanha. Nossas apólices têm franquias de até US$15 milhões, dependendo da planta. A cobertura para interrupção de atividades destas apólices prevê cobertura contra por perdas decorrentes de interrupções devidas a qualquer dano material coberto pela apólice. Os prejuízos permanecem cobertos por um período máximo de indenização que varia entre 12 e 24 meses, com franquias variando entre 45 e 60 dias, dependendo da planta. Como parte do nosso programa de seguro, mantemos também apólice de responsabilidade civil perante terceiros, cobrindo prejuízos referentes a danos causados por nossas operações a terceiros, inclusive poluição ambiental súbita. Operações no México A Companhia mantém um programa de seguro para seu projeto Etileno XXI no México, que prevê cobertura para o projeto durante sua construção e fase de testes até o início das operações, previsto para ocorrer até setembro de 2015. O programa de seguro é comparável a apólices de seguro emitidas por grandes seguradoras no México e inclui: (1) apólices do tipo “todos os riscos” para construção e atrasos no início das operações até o valor total de US$4,1 bilhões, (2) cobertura contra terrorismo no valor de US$900 milhões, (3) cobertura de transporte marítimo de carga limitada a US$50 milhões por carregamento, e (4) atrasos no início das operações no valor total combinado de até US$629 milhões. O projeto inclui ainda extensa cobertura de seguro para terceiros durante o período de construção e teste. ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO SOLUCIONADOS DOS FUNCIONÁRIOS Não se aplica. ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS A discussão a seguir acerca da situação financeira da Companhia e seus resultados operacionais deverá ser lida em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas de 31 de dezembro de 2012 e 2011 e referentes aos três exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, incluídas neste relatório anual, bem como com as informações constantes de “Apresentação de informações financeiras e outras informações” e do “Item 3. Principais informações—Dados financeiros selecionados”. A discussão a seguir contém declarações prospectivas que envolvem riscos e incertezas. Os resultados efetivos da Companhia poderão diferir substancialmente daqueles discutidos nas declarações prospectivas em decorrência de vários fatores, inclusive daqueles que constam da seção "Advertência sobre declarações prospectivas", dos que constam do "Item 3: Principais informações Fatores de Risco”. 58 A discussão e análise da situação financeira da Companhia e seus resultados operacionais foram estruturadas de modo a apresentar o seguinte: • breve visão geral da Companhia e dos principais fatores que influenciam seus resultados operacionais, situação financeira e liquidez; • exame da apresentação financeira e políticas contábeis, inclusive as principais práticas contábeis; • discussão dos principais fatores que influenciam a situação financeira da Companhia e seus resultados operacionais; • discussão dos acontecimentos desde 31 de dezembro de 2012 que podem afetar de maneira relevante a situação financeira da Companhia e seus resultados operacionais; • discussão dos resultados operacionais relativos aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010; • discussão da liquidez e recursos de capital da Companhia, inclusive capital de giro em 31 de dezembro de 2012; • discussão dos fluxos de caixa dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010; • discussão dos compromissos contratuais; e • discussão de dívidas relevantes de curto e longo prazo em 31 de dezembro de 2012. Visão geral A Companhia é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com base na capacidade anual de produção das nossas 35 plantas no Brasil, Estados Unidos e Alemanha em 31 de dezembro de 2012. Somos os únicos produtores de eteno, polietileno e polipropileno no Brasil. Produzimos uma carteira diversificada de produtos petroquímicos e termoplásticos, com foco estratégico em polietileno, polipropileno e PVC. Somos também a terceira maior empresa industrial brasileira do setor privado, com base na receita líquida de vendas de 2011 (o último ano para o qual tal informação está disponível). A Companhia registrou receita líquida de vendas de R$35.513,4 milhões e prejuízo líquido de R$738,3 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. O resultado das operações da Companhia será consideravelmente afetado em períodos futuros em consequência da aquisição das Empresas Quattor no âmbito da Aquisição da Quattor, aquisição da Braskem America, no âmbito da Aquisição da Sunoco Chemicals e do negócio de polipropileno da Dow no âmbito da Aquisição da Dow Polipropileno. Para informações relativas a essas aquisições, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—Histórico e desenvolvimento da Companhia”. Além disso, o resultado das operações foi influenciado nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 e continuará a ser influenciado no futuro por diversos fatores, tais como: • taxa de crescimento do PIB brasileiro, que teve aumento estimado de 0,9% em 2012, 2,7% em 2011 e de 7,5% em 2010, e que afeta a demanda dos produtos da Companhia e, por conseguinte, o volume de suas vendas no mercado interno; • expansão da capacidade global de produção dos produtos vendidos pela Companhia e a taxa de crescimento da economia global; • preço da nafta, a principal matéria-prima da Companhia, no mercado internacional, expresso em dólares, que tem um efeito significativo no custo de produção dos nossos produtos e que apresentou volatilidade nos três anos encerrados em 31 de dezembro de 2012, variando entre US$629 e US$755 por tonelada durante 2010, entre US$854 e US$1.053 por tonelada em 2011 e entre US$729 e US$1.069 em 2012; • preços internos médios dos principais produtos da Companhia em dólares, que apresentam flutuação significativa, com base nas oscilações dos preços internacionais desses produtos que, por sua vez, têm alta correlação com os custos de matériasprimas; • nossas taxas de utilização da capacidade, que aumentaram em 2012, devido principalmente á ausência de paradas programadas e não programadas em nossas plantas comparado a 2011; • política industrial governamental adotada pelo governo brasileiro; • vendas fora do Brasil, que aumentaram para R$15,6 bilhões em 2012 comparado a R$14,1 bilhões em 2011; • variações da taxa de câmbio real/dólar, incluindo desvalorização de 9,0% em 2012 e de 12,6% em 2011 do real em relação ao dólar norte-americano, seguindo a valorização do real frente ao dólar de 4,3% em 2010, o que afetou as despesas 59 financeiras da Companhia em função de seus expressivos passivos em dólares, que requerem o pagamento do principal e dos juros nessa moeda; • nível da dívida em aberto da Companhia, oscilações nas taxas de juros referenciais no Brasil, o que afeta as despesas de juros sobre a dívida em reais a juros variáveis, e oscilações na taxa LIBOR, que afetam as despesas de juros sobre a dívida em dólares a juros variáveis; • taxa de inflação no Brasil, que foi de 7,8% em 2012, 5,1% em 2011 e 11,3% em 2010, sempre apurada pelo IGP-DI, e efeitos da inflação sobre as despesas operacionais em reais e a dívida expressa em reais que é corrigida pelos efeitos da inflação ou remunerada a juros parcialmente ajustados pela inflação; e • políticas fiscais – e consequentes obrigações fiscais - adotadas pelo governo federal e pelos governos dos estados em que a Companhia atua. A situação financeira e a liquidez da Companhia são influenciadas por um elenco de fatores que incluem: • nossa capacidade de gerar fluxos de caixa a partir de nossas operações e nossa liquidez; • a taxas de juros em vigor nos mercados nacional e internacional e flutuação das taxas de câmbio, que afetam o serviço da nossa dívida; • nossa capacidade de continuar tomando empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais e de vender nossos títulos de dívida nos mercados de capitais no Brasil e no exterior, que é influenciada por uma série de fatores discutidos adiante; • nossas necessidades de investimento de capital, que consistem primordialmente na manutenção de nossas instalações operacionais, na expansão da capacidade de produção e nas atividades de pesquisa e desenvolvimento; e • a exigência, em consonância com a legislação brasileira e nossos estatutos, de pagar dividendos anuais em montante equivalente a pelo menos 25% do lucro líquido ajustado, a menos que o conselho de administração considere tal prática incompatível com a situação financeira da Companhia e que essa decisão do conselho seja ratificada pelos acionistas. Apresentação financeira e políticas contábeis Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras consolidadas auditadas em 31 de dezembro de 2012 e 2011 e para cada um dos anos encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 foram elaboradas de acordo com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards, ou IFRS). As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas em conformidade com a Normal Contábil Internacional, ou IAS 27 (Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais) e 31 (Participação em Empreendimento Controlado em Conjunto – joint venture). A partir de 1º de janeiro de 2012, a Companhia adotou a alternativa prevista no IAS 31 segunda a qual investimentos controlados em conjuntos para podem ser avaliados inicialmente por seu custo de aquisição e subsequentemente pelo método de equivalência patrimonial. Anteriormente a esta data, a Companhia consolidava tais investimentos proporcionalmente. Informações anteriores a 1º de janeiro de 2012 não foram reapresentadas, já que a Companhia acredita que as informações relacionadas a empresas controladas em conjunto não sejam relevantes em tais demonstrações financeiras. Como resultado da aquisição do controle da Quattor, a Companhia consolidou a Polibutenos em suas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010. Em maio de 2010, adquirimos (1) 33,3% do capital em circulação da Polibutenos da Unipar e (2) 33,3% das ações em circulação da Polibutenos da Chevron Brasil. Em 1º de setembro de 2010, a Polibutenos foi incorporada pela Quattor. Como resultado da decisão de vender a QuantiQ e a IQAG, as operações dessas controladas foram registradas em nossa demonstração do resultado como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010 e não mais integram os resultados do segmento de distribuição em nossa demonstração do resultado. Como resultado da decisão de alienar nossa antiga controlada Cetrel, a qual vendemos em dezembro de 2012, e nossa antiga controlada Braskem Distribuidora, a qual vendemos em dezembro de 2012, registramos as operações destas controladas como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010. De acordo com as normas IFRS, não foram realizados ajustes ao balanço patrimonial da Companhia. Unidades de negócios e apresentação de dados financeiros das unidades Acreditamos que a estrutura organizacional da Companhia em 31 de dezembro de 2012 refletia as atividades de negócios da Companhia e correspondia aos seus principais produtos e processos de produção. Conforme descrito em “- Resultados Operacionais”, a Companhia não registra mais os resultados de seu segmento de distribuição, uma vez que as operações deste segmento são 60 registradas como operações descontinuadas. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia possuía quatro unidades de produção e segregou seus resultados em quatro segmentos correspondentes para refletir essa estrutura organizacional: • Petroquímicos Básicos - A unidade inclui (1) a produção e venda de petroquímicos básicos no Polo Petroquímico de Camaçari e do Polo Petroquímico de Triunfo, (2) a produção e venda de petroquímicos básicos no Polo de São Paulo e no Polo do Rio de Janeiro a partir de 1º de maio de 2010, como resultado da aquisição do controle da Quattor, e (3) nosso suprimento de utilidades produzidas nestes polos para produtores de segunda geração, inclusive alguns produtores detidos ou controlados pela Companhia. • Poliolefinas - Este segmento inclui a produção e comercialização de polietileno, incluindo a produção de “polietileno verde” a partir de fontes renováveis, e polipropileno pela Companhia, excluindo as operações da Braskem Europe e incluindo a produção e comercialização de polietileno e polipropileno pelas unidades de polietileno e polipropileno adquiridas como parte da Aquisição da Quattor a partir de 1º de maio de 2010, como consequência da aquisição do controle da Quattor pela Companhia. • Negócios Internacionais - Esse segmento inclui (1) as operações da Braskem America, que consistem na produção e venda de polipropileno nos Estados Unidos e (2) após a Aquisição da Dow Polipropileno, as opções das duas plantas de polipropileno na Alemanha. Esse segmento começou a ser divulgado em 1º de abril de 2010 em razão da aquisição da Sunoco Chemicals. • Vinílicos - A unidade inclui a produção e venda de PVC, soda cáustica e EDC. A Companhia produz EDC, principal matéria prima utilizada na produção de PVC. Em 2012, a Companhia utilizou toda a produção de EDC para processamento de PVC. Embora historicamente a Companhia exporte EDC para terceiros, a Companhia não deve continuar a exportar este produto no futuro, devido à abertura da nova planta de PVC em Alagoas em agosto de 2012, que resultará na utilização de todo o EDC produzido internamente. A conciliação dos resultados das operações das unidades em 31 de dezembro de 2012 com os resultados consolidados das operações da Companhia é apresentada adiante em “—Resultados das operações”. Principais políticas contábeis A apresentação de nossa situação financeira e resultados operacionais em conformidade com as IFRS exige que façamos certas avaliações e estimativas sobre os efeitos de questões que possuem naturezas incertas e que afetem o valor contábil de nosso ativo e passivo. Os resultados efetivos poderão diferir dos resultados previstos. A fim de permitir um entendimento de como realizamos nossas avaliações e previsões de eventos futuros, inclusive as variáveis e pressupostos subjacentes às estimativas e a sensibilidade de tais avaliações a diferentes variáveis e condições, incluímos comentários relacionados às seguintes principais políticas contábeis nos termos das IFRS: • Redução ao valor recuperável e depreciação e amortização do ativo imobilizado e ativos não financeiros. O ágio baseado na expectativa de lucratividade futura e o ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2012 montaram respectivamente a R$2.058,9 milhões e R$21.176,8 milhões. O valor do imobilizado e de outros ativos não circulantes, incluindo o intangível (exceto ágio baseado em expectativa de lucratividade futura) é analisado em termos da possível redução ao valor de recuperação sempre que fatos ou mudanças de circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. A recuperabilidade do valor do ágio, baseado em expectativa de lucratividade futura, é analisada anualmente. É reconhecida uma perda por redução ao valor recuperável pelo valor da diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. O valor recuperável é o maior entre (1) o valor justo do ativo menos custos de venda, e o (2) valor em uso. Para fins de avaliação de redução ao valor recuperável, os ativos são agrupados no menor nível para o qual existem fluxos de caixa separadamente identificáveis, que possam ser unidades geradoras de caixa ou segmentos operacionais. Os ativos não financeiros, exceto ágio, que tiverem sofrido uma redução ao valor recuperável são analisados para possível reversão da redução em cada data de relatório. Não registramos redução ao valor recuperável nos exercício encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010. Em 31 de dezembro de 2012, a administração entende que nenhuma unidade geradora de caixa corria risco de redução ao valor recuperável. Os testes de verificação de redução ao valor recuperável de ágio consideram o menor nível de operações geradoras de caixa em (1) o Polo de Triunfo na Unidade de Petroquímicos Básicos, (2) a Unidade de Poliolefinas, e (3) a Unidade de Vinílicos. A taxa de desconto aplicada tem por base a média ponderada do custo de capital da Companhia nas datas pertinentes de avaliação. As projeções utilizam premissas relativas a (1) volumes que consideram a produção atual e projetada; (2) preços com base em um ciclo de preços de aproximadamente cinco anos para os produtos da Companhia; (3) custo de produtos vendidos com base em preços de referência internacionais; e (4) investimentos de capital projetados para os anos futuros. O atual ciclo de preços tem apresentado margens baixas nos últimos três anos, com a mínima registrada em 2012, devido à volatilidade da economia mundial. Mudanças nas margens projetadas em resultado de mudanças no ciclo petroquímico, condições econômicas globais ou decisões estratégicas no sentido de suspender ou encerrar a produção de certos produtos e 61 de fechar as plantas relacionadas poderiam afetar de maneira significativa os débitos por redução ao valor recuperável. O teste de verificação de redução ao valor recuperável realizado em 31 de outubro de 2012 suporta uma flutuação negativa de 5% da margem de contribuição sem alterar o resultado do teste. • Avaliação de instrumentos financeiros derivativos. A Companhia utiliza swaps, contratos a termo e outros instrumentos financeiros derivativos para gerenciar os riscos atinentes a variações cambiais, de juros e do preço de commodities. Tais instrumentos são registrados ao valor justo de mercado estimado, com base nas cotações de mercado de instrumentos similares e práticas correntes de reajuste a valor de mercado, que levam em consideração as curvas de mercado confiáveis de taxas de juros, taxas de câmbio e preços de commodities. • Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos. São reconhecidos imposto de renda e contribuição social diferidos ativos e passivos de acordo com as diferenças entre o valor contábil nas demonstrações financeiras e a base tributária de ativos e passivos, usando as alíquotas de imposto em vigor. A possibilidade de recuperação de impostos e contribuições diferidos ativos é avaliada periodicamente, sendo seu valor contábil reduzido com base no lucro tributável histórico, lucro tributável projetado e época prevista de eventuais reversões das diferenças temporárias existentes. Se alguma das controladas da Companhia operar com prejuízo ou não for capaz de gerar lucro tributável futuro suficiente, ou se houver uma mudança relevante nas alíquotas de imposto efetivas no prazo em que as correspondentes diferenças tributárias passam a ser tributáveis ou dedutíveis, a administração avalia a necessidade de reduzir em parte ou no todo o valor contábil dos impostos e contribuições diferidos ativos. • Provisões e Contingências. A Companhia é parte em numerosos processos judiciais e administrativos, conforme descrito no “Item 8. Informações financeiras—Processos judiciais” e nas Notas 23 e 28 às demonstrações financeiras consolidadas auditadas. A administração registra provisões para contingências quando julga provável a ocorrência de efeitos negativos sobre o resultado das operações ou a situação financeira da Companhia. Para as principais contingências tributárias que consideramos que possam ter efeitos negativos sobre o resultado das operações ou a situação financeira da Companhia, a Companhia divulga informações relevantes relativas aos processos de acordo com o IAS 37. Adicionalmente, as contingências assumidas através de combinações de negócios para as quais seja esperado um resultado desfavorável classificado como possível são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. A Companhia acredita que tais processos legais e administrativos estejam adequadamente reconhecidos ou divulgados nas demonstrações financeiras. • Provisão para créditos de liquidação duvidosa. É registrada uma provisão para contas de liquidação duvidosa em valor considerado suficiente para cobrir perdas estimadas na realização dos recebíveis, levando em conta o histórico de perdas da Companhia e a idade das contas a receber. Além disso, a administração analisa mensalmente os montantes e características das contas a receber em comparação com limites de crédito pré-definidos para os clientes, a fim de concluir se há necessidade de provisões. Em 31 de dezembro de 2012, o total de contas a receber de clientes era de R$2.621,1 milhões e a provisão para créditos de liquidação duvidosa era de R$256,9 milhões. Variações significativas no histórico de perdas com contas a receber, não discerníveis na análise de contas a receber por idade, podem exigir mudanças significativas nas correspondentes provisões. • Planos de pensão. No que diz respeito às obrigações da Companhia como patrocinadora de planos de pensão de benefícios definidos, a administração calcula as obrigações de fundamento com base em cálculos feitos por atuários independentes com o uso de premissas fornecidas pelo gestor do plano, tais como taxas de juros, retornos de investimentos e níveis de inflação, e fornecidas pelos avaliadores, tais como taxas de mortalidade e níveis de emprego futuros. Essas premissas, em conjunto, afetam diretamente o passivo por custos de pensão incorridos e os valores registrados como custos de pensão, mesmo que não se espere que as premissas, individualmente, sejam relevantes. Os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos são amortizados ao longo do tempo de serviço futuro estimado dos funcionários ou ao longo do período estimado de liquidação final do plano, sendo considerado o que apresentar menor valor. • Vida útil de ativos de longa duração. Reconhecemos a depreciação de ativos de longa duração com base na sua vida útil estimada, que, por sua vez, é baseada nas práticas do setor e em experiência prévia. Entretanto, a vida útil real pode variar com base no estado atual das tecnologias em cada unidade. A vida útil do ativo de longa duração também afeta o teste de redução ao valor recuperável. Não acreditamos que haja indicações de mudanças significativas nas estimativas e premissas usadas no cálculo de redução ao valor recuperável de ativos de longa duração. Entretanto, se os resultados reais não forem consistentes com as estimativas e premissas usadas em fluxos de caixa futuros estimando o valor justo dos ativos, poderíamos estar expostos a perdas potencialmente significativas. • Avaliação de ativos e passivos em combinações de negócios. Firmamos certas combinações de negócios de acordo com as IFRS, como descrito na nota 5 das nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Com relação a isto, a Companhia contratou terceiros especializados para realizarem a avaliação do valor justo de ativos adquiridos e passivos assumidos. Alocamos o custo da entidade adquirida aos ativos adquiridos e passivos assumidos, em uma base de valor justo, estimada na data de aquisição. Qualquer diferença entre o custo de aquisição e o valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos é registrada como ágio ou ganho em aquisição vantajosa (bargain purchase). Exercemos julgamento significativo no processo de identificação de ativos e passivos tangíveis e intangíveis, avaliando esses ativos e passivos na determinação da vida útil restante. As premissas usadas para avaliar esses ativos e passivos incluem estimativas de fluxos de caixa 62 descontados ou taxas de desconto e podem resultar em uma diferença entre os valores estimados e reais. Se os resultados reais não forem consistentes com as estimativas e premissas usadas, poderíamos estar expostos a perdas potencialmente significativas. Principais fatores que afetam o resultado das operações da Companhia Efeitos da Aquisição da Quattor, da Aquisição da Sunoco Chemicals e da Aquisição da Dow Polipropileno Aquisição da Dow Polipropileno Em 30 de setembro de 2011, adquirimos o negócio de polipropileno da Dow por US$323 milhões, excluídos o custo de aquisição e após pagos US$166 milhões relacionados a certos pagamentos a fornecedores assumidos pela Companhia. O negócio é conduzido através de quatro plantas de polipropileno localizadas em Freeport e Seadrift, estado do Texas, EUA, e Wesseling e Schkopau, na Alemanha, com capacidade anual total de produção de 1.050 toneladas. Adicionalmente a essas plantas, a Companhia adquiriu também o estoque, contas a receber, know-how, tecnologia de certos produtos e processos, e contratos e listas de clientes. Como consequência da conclusão da Aquisição da Dow Polipropileno, a Companhia acredita possuir agora a maior capacidade de produção entre os produtores de polipropileno dos Estados Unidos, além de presença na fabricação de polipropileno no mercado europeu. A Companhia passou a consolidar os resultados dos negócios de polipropileno adquiridos em suas demonstrações financeiras a partir de 1º de outubro de 2011. A Companhia contabilizou tal aquisição pelo método de compra. Nas demonstrações financeiras para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011, os valores foram alocados, de maneira preliminar, para ativos adquiridos e passivos assumidos pelo adquirente. Foram contratados avaliadores independentes a fim de garantir que os ativos tenham disso adquiridos e os passivos tenham sido assumidos a valor de mercado. Uma vez que o custo de aquisição do negócio de polipropileno da Dow de R$570,7 milhões foi inferior ao valor justo na data de aquisição do patrimônio líquido adquirido de R$600,7 milhões, a diferença de R$30,0 milhões foi reconhecida em nossa demonstração do resultado como ganho em combinação de negócios. No Segundo trimestre de 2012, especialistas independentes concluíram a análise do valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos pela Companhia na Aquisição da Dow Polipropileno. Como consequência, e conforme exigido pelo IFRS 3, a Companha reconheceu os valores dos ajustes nas demonstrações financeiras de 2011, com impacto principalmente (1) na linha "ativo imobilizado" e "imposto de renda diferido" no balanço patrimonial e (2) no reconhecimento de ganho na linha “resultado de combinação de negócios" na demonstração do resultado. A aquisição dos negócios de polipropileno da Dow aumentaram o volume de vendas de polipropileno da Companhia e as receitas líquidas relacionadas a partir de 1º de outubro de 2011, como consequência da consolidação dos resultados consolidados das operações da Braskem America nas demonstrações financeiras da Companhia. Aquisição da Quattor Em 22 de janeiro de 2010, a Companhia firmou o Contrato de Investimento na Quattor com Odebrecht, OSP, Petrobras, Petroquisa e Unipar, que dispõe, entre outros elementos: • Em abril de 2010, a Companhia efetuou um aumento de capital por meio de subscrição privada dos acionistas, em resultado do que recebeu recursos líquidos de R$3.742,6 milhões em troca da emissão de 243.206.530 ações ordinárias e 16.697.781 ações preferenciais classe A. • Em abril de 2010, a Companhia comprou da Unipar 60% das ações em circulação da Quattor, pelo valor total de R$659,5 milhões e a assunção de uma opção de venda concedida pela Unipar à BNDESPAR com respeito às ações da RioPol detidas pela BNDESPAR. A Quattor era uma empresa holding que, no momento da aquisição, detinha, direta e indiretamente, 75,0% das ações em circulação da RioPol, 99,3% das ações em circulação da Quattor Petroquímica, 100% das ações em circulação da Quattor Química e 33,3% das ações em circulação da Polibutenos. • Em maio de 2010, a Companhia adquiriu da Unipar a totalidade das ações em circulação da Unipar Comercial, pelo valor total de R$27,1 milhões, e 33,3% das ações em circulação da Polibutenos, pelo valor total de R$22,4 milhões. • Em junho de 2010, concluímos uma transação de incorporação de ações, mediante a qual a Companhia emitiu um total de 18.000.087 de ações ordinárias para os detentores de ações da Quattor que não eram de nossa propriedade em troca das suas ações da Quattor. • Em dezembro de 2010, concluímos uma OPA pela qual adquirimos um adicional de 0,1% do capital da Quattor Petroquímica por R$1,8 milhão. Em resultado da aquisição do controle da Quattor, os resultados da Quattor e suas subsidiárias estão consolidados nas demonstrações financeiras da Companhia a partir de 1º de maio de 2010. Como resultado da nossa aquisição do controle da Unipar Comercial, 63 consolidamos os resultados da Unipar Comercial em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010 até a sua incorporação à QuantiQ em 3 de janeiro de 2011. Como resultado da nossa aquisição do controle da Quattor, consolidamos os resultados da Polibutenos em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010. Em 1º de setembro de 2010, a Polibutenos e a Quattor Química foram incorporadas pela Quattor. Como resultado da decisão de alienar a QuantiQ, as operações desta controlada estão registradas como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010. Contabilizamos as aquisições da Quattor e da Unipar Comercial de acordo com o método de compra. Como o custo de aquisição da Quattor, de R$1.173,1 milhões, foi mais baixo que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, de R$2.014,5 milhões, a diferença de R$841,5 milhões foi reconhecida em nossos resultados operacionais como o ganho de combinação de negócios. Como o custo de aquisição da Unipar Comercial, de R$27,1 milhões, foi mais baixo que o valor justo na data de aquisição dos ativos líquidos adquiridos, de R$35,1 milhões, a diferença de R$7,7 milhões foi reconhecida em nossos resultados operacionais como o ganho de combinação de negócios. A aquisição da Quattor aumentou o volume de vendas das Unidades de Petroquímicos Básicos e de Poliolefinas da Companhia, bem como as receitas líquidas de venda relacionadas a partir de 1º de maio de 2010, devido à consolidação, em suas demonstrações financeiras, dos resultados consolidados das operações da Quattor e suas subsidiárias consolidadas. O lucro operacional e o lucro líquido da Companhia também poderão ser afetados por uma eventual redução futura do valor de recuperação do ágio registrado em virtude da aquisição das Empresas Quattor. Nos livros da Companhia, esse ágio será amortizado ao longo de dez anos, reduzindo o lucro tributável durante esse período e, por consequência, reduzindo os pagamentos de imposto de renda e contribuição social na medida em que, se não fosse por isso, a Companhia geraria lucro tributável durante esse período. Aquisição da Sunoco Chemicals Em 1º de abril de 2010, a Companhia adquiriu a totalidade das ações em circulação da Sunoco Chemicals, cuja denominação social foi então alterada para Braskem America, por US$350,7 milhões, excluindo custos de aquisição. Os ativos da Braskem America compreendem três plantas de polipropileno localizadas em La Porte, no estado do Texas, Marcus Hook, no estado da Pensilvânia e Neal, no estado de West Virginia, Estados Unidos, com uma capacidade combinada anual de produção de 980.000 toneladas, além de uma instalação de pesquisa petroquímica em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia. Em razão da aquisição da Braskem America, seus resultados foram consolidados nas demonstrações financeiras da Companhia a partir de 1º de abril de 2010. Contabilizamos essa aquisição pelo método de compra. Como o custo de aquisição, de R$620,8 milhões, foi mais baixo que o valor justo na data de aquisição dos ativos líquidos adquiridos, de R$746,9 milhões, a diferença de R$126,1 milhões foi reconhecida em nosso resultado operacional como ganho de combinação de negócios. A aquisição da Braskem America aumentou o volume de vendas de polipropileno da Companhia e a correspondente receita líquida de vendas a partir de 1º de abril de 2010, em razão da consolidação, em suas demonstrações financeiras, dos resultados consolidados das operações da Braskem America. Crescimento do PIB brasileiro e demanda interna dos produtos da Companhia Em 2012, as vendas no Brasil representaram 56,2% da receita líquida de vendas da Companhia. Como empresa brasileira com praticamente todas as suas operações no Brasil, a Companhia é significativamente afetada pela conjuntura econômica do país. O resultado das operações e a situação financeira são e continuarão a ser afetados pela taxa de crescimento do PIB brasileiro, pois os produtos da Companhia são usados na fabricação de um amplo leque de produtos de consumo e industriais. Em razão de nossa expressiva participação em vários dos mercados brasileiros em que vendemos produtos petroquímicos, as flutuações da demanda nacional de polietileno, polipropileno e PVC afetam nossos níveis de produção e receita líquida de vendas. O PIB brasileiro cresceu à média composta anual de 3,9% de 2003 a 2012. De 2003 a 2013, o volume de consumo de polietileno (incluindo EVA), polipropileno e PVC no Brasil aumentou à média composta anual de respectivamente 4,7%, 5,2% e 7,5%. A tabela a seguir mostra as taxas de crescimento do PIB brasileiro e do consumo interno aparente de polietileno, polipropileno e PVC nos períodos apresentados. Exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2011 2010 2009 2012 PIB brasileiro .......................................................... Consumo brasileiro de polietileno .......................... Consumo brasileiro de polipropileno ...................... Consumo brasileiro de PVC.................................... 0,9% 2,9 4,5 (1,1) Fonte: Governo brasileiro, IPEA e ABIQUIM 64 2,7% (3,4) (4,0) 5,7 7,5% 22,8 18,1 18,9 (0,3)% 6,4 (3,4) (10,5) 2008 5,1% 4,4 4,9 27,2 A taxa de crescimento do PIB brasileiro vem flutuando significativamente, e, segundo acreditamos, é provável que a flutuação persista. Nossa administração acredita que o crescimento econômico no Brasil poderia afetar de modo positivo no futuro nossa receita líquida de vendas e resultados operacionais. Contudo, um baixo crescimento econômico ou uma recessão no Brasil provavelmente levaria à redução de nossa receita líquida de vendas futuras, causando efeito negativo em nossos resultados operacionais. Em 2010, o PIB brasileiro cresceu 7,5% e o volume de vendas no mercado interno de resinas aumentou 15,3%, o volume de consumo de polietileno aumentou 22,8%, o de propeno subiu 18,1% e o de PVC cresceu 18,9%. A queda dos preços globais do petróleo e a expressiva desvalorização do real frente ao dólar no segundo semestre de 2008 tiveram por consequência a instabilidade de preços e uma significativa redução das compras dos produtos da Companhia, pois os clientes postergaram as compras e consumiram seus estoques, prevendo baixas nos preços de resinas termoplásticas. Embora a compra de produtos da Companhia por seus clientes tenha se recuperado em 2009, os estoques na cadeia de produção permaneceram abaixo dos níveis anteriores ao longo de todo o ano, os estoques na cadeia de produção começaram a se recuperar em 2010. A economia brasileira reduziu seu ritmo de crescimento em 2011, registrando crescimento do PIB de 2,7%. A menor taxa de crescimento, combinada com o aumento na importação de produtos finais, como resultado dos benefícios fiscais de ICMS oferecidos por certos portos brasileiros e os efeitos da valorização do real durante a maior parte do ano, levaram a uma redução de 0,8% no volume de vendas de resina no mercado interno. Os volumes de consumo aparente de polietileno no Brasil caíram 3,4%, enquanto os de polipropileno caíram 4,0% e de PVC cresceram 5,7%. Apesar de incentivos governamentais, a economia brasileira cresceu abaixo do esperado em 2012, registrando aumento de apenas 0,9% no PIB. Apesar do crescimento moderado, o volume consumido no Brasil aumentou 2,9% para polietileno e 4,5% para polipropileno, devido principalmente à redução das importações de resinas e bens acabados e à desvalorização do Real em relação ao Dólar norte-americano, e apresentou redução de 1,1% para PVC. Em geral, obtemos preços mais altos no Brasil na venda de nossos produtos do que os preços apurados nos mercados internacionais. A diferença de preços entre os mercados domésticos e de exportação resulta: • dos altos custos de transporte de produtos para dentro e para fora do Brasil; • dos custos de armazenamento e outros custos de logística; e • dos custos de tarifas e taxas alfandegárias. Ademais, normalmente somos capazes de cobrar preços mais altos por nossos produtos do que os preços em reais dos produtos importados porque temos condições de fornecer melhores serviços de customização para nossos clientes do que aqueles que vendem produtos importados. Nos períodos em que a demanda interna dos produtos diminui, procuramos ativamente oportunidades de exportação, de forma a manter taxas de utilização de capacidade. Em períodos de aumento da queda na demanda interna por nossos produtos, os volumes de exportação podem recuar, pois incrementamos as vendas dos produtos no mercado interno. Acreditamos que a demanda doméstica por resinas termoplásticas pode continuar a ser afetada por fatores macroeconômicos globais. Além disso, apesar de o volume de vendas de petroquímicos básicos e resinas termoplásticas ter se recuperado significativamente em relação aos níveis registrados no quarto trimestre de 2008, as exportações de petroquímicos básicos agora constituem uma maior porcentagem de nossas vendas do que era o caso historicamente, uma tendência que, em nossa opinião, deverá continuar no futuro. Em dezembro de 2011, o governo federal brasileiro implantou medidas para fomentar o consumo e aumentar a competitividade de produtores brasileiros, entre elas: (1) a redução do IPI para produtos de linha branca (ex. refrigeradores, fogões e máquinas de lavar); (2) aumento da alíquota sobre veículos importados; e (3) a proposta de alteração do sistema de taxação para a importação de produtos têxteis. Acreditamos que tais medidas estimularão a demanda brasileira por nossos produtos de resina. Efeito da ciclicidade na indústria petroquímica O consumo global de produtos petroquímicos aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Em razão deste crescimento, houve períodos de oferta insuficiente de tais produtos. Períodos de capacidade insuficiente, inclusive alguns devidos a escassez de matériasprimas, normalmente acarretaram aumento das taxas de utilização de capacidade e preços no mercado internacional de nossos produtos, levando a aumento dos preços internos e das margens operacionais. Esses períodos foram frequentemente seguidos por períodos de adições à capacidade, que resultaram na queda das taxas de utilização da capacidade e dos preços de venda internacionais, levando à diminuição dos preços internos e das margens operacionais. Acreditamos que essas tendências cíclicas dos preços de venda internacionais e das margens operacionais relativas a escassez e aumento da oferta global poderão persistir no futuro, principalmente em razão do impacto contínuo de quatro fatores genéricos: 65 • as tendências cíclicas dos negócios em geral e das atividades econômicas produzem oscilações na demanda por petroquímicos; • quando a demanda cai, a estrutura de altos custos fixos da indústria petroquímica, que é intensiva de capital, em geral leva os produtores a uma concorrência acirrada de preços a fim de maximizar a utilização de capacidade; • aumentos significativos de capacidade, por meio da expansão ou construção de fábricas, podem levar de dois a três anos para se tornarem operacionais e, por conseguinte, tomam por base necessariamente as estimativas da demanda futura; e • uma vez que a concorrência com relação a produtos petroquímicos tem seu foco no preço, ser um produtor de baixo custo é vital à lucratividade. Isto favorece os produtores com fábricas maiores que maximizam economias de escala, mas a construção de plantas com alta capacidade pode acarretar em aumentos significativos de capacidade que podem suplantar o crescimento corrente da demanda. Diversas empresas petroquímicas anunciaram planos para construir significativa capacidade adicional de produção de eteno, principalmente na Ásia, Oriente Médio e América do Norte. De acordo com a IHS, capacidade anual global de eteno de 34,3 milhões está programada para ativação entre 2013 e 2017, incluindo aproximadamente 14,0 milhões de toneladas de capacidade anual da China e 6,3 milhões de toneladas de capacidade anual do Oriente Médio. Segundo a IHS, a maior parte da nova capacidade da China (5,3 milhões de toneladas de capacidade anual) utilizará carvão como a principal matéria-prima. A maior parte da nova capacidade no Oriente Médio (3,5 milhões de toneladas de capacidade anual) utilizará etano como a principal matéria-prima. No entanto, a expansão da capacidade de eteno é com frequência objeto de atrasos, e não é possível prever quando, e se, a capacidade adicional planejada será ativada. A contração da demanda nos Estados Unidos levou os produtores de resinas termoplásticas daquele país a aumentar o volume de exportações desses produtos na segunda metade de 2008, acarretando uma maior concorrência de preços nos mercados de exportação atendidos pela Companhia, o que resultou na queda das margens das suas vendas de exportação dessas resinas. Em 2009, essa concorrência de preços por parte de produtores dos Estados Unidos arrefeceu até certo ponto depois de sua decisão de fechar, temporária ou permanentemente, uma parte de sua capacidade de produção. No entanto, as pressões internacionais de preços aumentaram em 2010 e continuaram a crescer durante 2011 e 2012, pois a diferença de preços entre a nafta e o gás aumentou e os produtores usando etano como matéria-prima conseguiram manter margens competitivas a preços de vendas mais baixos que aqueles exigidos por alguns produtores com base em nafta. Acreditamos que essa pressão de preços irá continuar em 2013 tendo em vista que a produção de eteno nos Estados Unidos é convertida de nafta para matérias-primas mais competitivas tais como etano, o que resulta em maiores ganhos e consequentemente novos projetos para aumentar a capacidade de etenos baseados em matérias-primas mais leves. Com base no crescimento histórico de demanda de polietileno, polipropileno e PVC, a administração acredita que a capacidade adicional introduzida no mercado em 2011, 2012 e 2013 será absorvida pelo mercado no médio prazo. Contudo, a produção gerada pelo aumento de capacidade pode redundar em continua pressão sobre os preços nos mercados internacionais e intensificação da concorrência das importações nos mercados brasileiros, o que poderia afetar adversamente a receita líquida de vendas, as margens brutas e o resultado total das operações da Companhia. Efeitos da flutuação dos preços da nafta As flutuações do preço da nafta no mercado internacional causam efeitos significativos no custo de nossos produtos vendidos e nos preços que podemos cobrar de nossos clientes por nossos produtos de primeira e segunda geração. A instabilidade política no Oriente Médio, sanções e outras ações relacionadas ao Irã, ou eventos similares que possam ocorrer no futuro e podem causar efeitos imprevisíveis na economia global ou nas economias das regiões afetadas, vêm tendo e podem continuar a ter efeitos negativos sobre a produção de petróleo e volatilidade de preços, consequentemente levando ao aumento dos preços da nafta e de produtos petroquímicos em todo o mundo. Efeitos sobre o custo dos produtos vendidos A nafta é a principal matéria-prima utilizada pela Unidade de Petroquímicos Básicos e, indiretamente, por diversas outras unidades de negócios. Em 2012, as compras de nafta e condensado representaram aproximadamente 82,5% do custo total dos produtos vendidos da Unidade de Petroquímicos Básicos. Nafta e condensado corresponderam a cerca de 81,8% do custo consolidado direto e indireto dos produtos vendidos e serviços prestados em 2012. O custo da nafta varia em conformidade com os preços do mercado internacional, que flutuam dependendo da oferta e procura de petróleo e demais produtos refinados derivados de petróleo. A Companhia compra nafta da Petrobras mediante um contrato de fornecimento de longo prazo, e importa nafta de outros fornecedores através do terminal de Aratu, no estado da Bahia, e do terminal de Osório, da Petrobras, no estado do Rio Grande do Sul. Os preços pagos pela nafta por esses contratos, com exceção do contrato de fornecimento com a Petrobras, estão atrelados às cotações de nafta no mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia. Consequentemente, as flutuações do preço da nafta praticado no mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia têm efeito direto no custo de nossos produtos de primeira geração. 66 Os contratos com a Petrobras preveem preços da nafta com base em diversos fatores, incluindo o preço de Mercado da nafta e outros derivados de petróleo, a volatilidade dos preços desses produtos nos mercados internacionais, a taxa de câmbio real-dólar e o nível de parafinicidade da nafta entregue. A administração acredita que estes contratos tenham reduzido a exposição do custo de seus produtos de primeira geração às oscilações do preço da nafta no mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia. O preço internacional da nafta flutuou significativamente no passado e, segundo acreditamos, a flutuação persistirá no futuro. Aumentos significativos do preço da nafta e, por consequência, de nossos custos de produção, geralmente reduzem nossas margens brutas e resultados operacionais, na medida em que não podemos repassar a totalidade do aumento de custos aos nossos clientes; poderiam, ainda, acarretar a queda do volume de vendas de nossos produtos. Inversamente, reduções significativas do preço da nafta e, consequentemente, de nossos custos de produção, geralmente aumentam nossas margens brutas e resultados operacionais, podendo acarretar o aumento dos volumes de vendas se o custo mais baixo permitir que venhamos a reduzir os preços que praticamos. Nos períodos de grande volatilidade do preço em dólares da nafta, costuma haver uma defasagem entre o aumento ou diminuição desse preço e a ocasião em que a Companhia consegue repassar o aumento ou redução de custos a seus clientes no Brasil. Esses descasamentos de precificação diminuem quando o preço em dólares da nafta é menos volátil. Atualmente, não fazemos hedge de nossa exposição a variações do preço da nafta, porque uma parcela de nossas vendas consiste em exportações devidas em moedas estrangeiras e atreladas aos preços da nafta no mercado internacional e, também, porque os preços de nosso polietileno, polipropileno e PVC vendidos no Brasil refletem, em geral, as alterações dos preços praticados no mercado internacional desses produtos. Efeitos sobre os preços dos produtos da Companhia Os preços cobrados pela Companhia por muitos de seus produtos petroquímicos básicos são estipulados por referência aos preços de contratos europeus desses produtos. Como os produtores europeus de produtos petroquímicos básicos usam principalmente a nafta como matéria-prima, as variações nos preços de contratos europeus são fortemente influenciadas pelas oscilações dos preços da nafta nos mercados internacionais. Na medida em que os preços de nossos produtos baseiam-se nos preços de contrato europeu, os preços desses produtos por nós praticados também são significativamente influenciados pelos preços da nafta no mercado internacional. Negociamos mensalmente os preços em real de alguns de nossos produtos, principalmente polietileno, polipropileno e PVC com nossos clientes no Brasil. Procuramos revisar nossos preços de sorte a refletir (1) alterações nos preços internacionais desses produtos, e (2) a valorização ou desvalorização do real frente ao dólar. No entanto, em períodos de alta volatilidade dos preços internacionais ou nas taxas de câmbio, por vezes não somos capazes de refletir essas alterações integral e rapidamente nos preços que praticamos. Os preços de nossos produtos petroquímicos no mercado internacional flutuaram significativamente e, segundo acreditamos, a flutuação persistirá. A volatilidade do preço da nafta e a tendência de subida no preço de petróleo e nafta têm efeitos na competitividade de preços de nossos craqueadores derivados de nafta e nossas resinas. Como as tendências de preços para nafta e etano divergiram nos últimos anos mais do que historicamente, produtores de eteno e produtos de resina derivados de etano geralmente tiveram custos de matéria-prima mais baixos que produtores desses produtos a partir da nafta. Como consequência, aumentos significativos no diferencial de preços entre nafta e gás aumentam a competitividade de produtos derivados de etano e podem resultar em pressão de preços nos mercados internacionais. Aumentos significativos dos preços de nossos produtos petroquímicos no mercado internacional e, consequentemente, dos preços que poderíamos cobrar, geralmente aumentam a nossa receita líquida de vendas e resultados operacionais à medida que possamos manter nossas margens operacionais, e o aumento de preços não reduza os volumes de vendas de nossos produtos. Inversamente, quedas significativas dos preços de nossos produtos petroquímicos no mercado internacional e, consequentemente, dos preços que poderíamos praticar, geralmente reduzem nossa receita líquida de vendas e resultados operacionais, se não pudermos aumentar nossas margens operacionais ou se a redução dos preços não acarretar aumento dos volumes de vendas de nossos produtos. Utilização da capacidade Nossas operações são intensivas de capital. Em vista disso, a fim de obter custos de produção unitários mais baixos e de manter margens operacionais adequadas, procuramos manter altas taxas de utilização de capacidade em todas as nossas instalações de produção. 67 A tabela a seguir demonstra as taxas de utilização de capacidade relativas às plantas de alguns de nossos principais produtos nos períodos apresentados. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 2011 2010 89% 84% 84% 84% Eteno .................................................................................................... Polietileno ............................................................................................ Polipropileno........................................................................................ PVC (4)................................................................................................ 83% 79 82(2) 86 89%(1) 85(1) 83(1)(3) 93 ______________ (1) Considera a consolidação dos resultados da Quattor a partir de 1º de maio de 2010. (2) Considera a consolidação dos resultados dos ativos adquiridos da Dow polipropileno a partir de 1º de outubro de 2011. (3) Considera a consolidação dos resultados da Braskem America a partir de 1º de abril de 2010. (4) Considera os efeitos da nova planta de PVC no estado de Alagoas em agosto de 2012. A taxa de utilização da capacidade de produção de eteno foi negativamente afetada em 2010 como resultado das paradas programadas para manutenção das unidades Olefinas 2 e Aromáticos 2 no Polo de Camaçari por 52 dias em novembro e dezembro de 2010. A taxa de utilização das nossas plantas de petroquímicos básicos, poliolefinas e vinílicos no Polo de Camaçari e em Alagoas foi impactada negativamente durante o primeiro trimestre de 2011 em razão de uma interrupção no suprimento de energia nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O queda de energia causou danos as nossas plantas de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, o que nos obrigou a fazer reparos nas nossas plantas e reduziu a utilização de capacidade dessas plantas e de plantas relacionadas da nossa Unidade de Poliolefinas e nossa Unidade de Vinílicos, enquanto aumentamos a produção para níveis de utilização normais após o blecaute. Estimamos que, como resultado do blecaute, a produção de eteno tenha caído aproximadamente 90.000 toneladas em 2011, com consequentes quedas na produção de polietileno, polipropileno e vinílicos. Adicionalmente, a taxa de utilização de nossa capacidade de produção de eteno foi impactada negativamente em 2011 pelas paradas programadas de manutenção em Olefinas 1 no Polo de Camaçari por 33 dias em novembro e dezembro de 2011, Olefinas 2 no Polo de Triunfo por 31 dias em outubro e novembro de 2011 e no Polo do Rio de Janeiro por 33 dias em junho, julho e agosto de 2011. Em agosto de 2012, a nova planta de PVC no estado de Alagoas entrou em operação com capacidade anual de produção de 200 mil toneladas. Em junho de 2012, expandimos nossa capacidade anual de produção de butadieno em 100 mil toneladas, após a conclusão de nossa planta de butadieno no Polo Petroquímico de Triunfo, inaugurada formalmente em setembro de 2012. Efeitos da Política Industrial Brasileira O governo brasileiro possui influência significativa em alguns setores da indústria interna, inclusive no setor petroquímico no qual a Companhia opera. O governo brasileiro está engajado ativamente em implantar medidas, administrar a valorização do Real e melhorar a competitividade de fabricantes brasileiros através do plano de incentivo “Brasil Maior”. Além disso, o governo brasileiro adotou, ou considera a adopção, de medidas que aumentem a competitividade de empresas brasileiras, conforme descrevemos a seguir. Reintegra Em dezembro de 2011, o governo brasileiro implantou o programa "Reintegra", que visa ao aumento da competitividade de produtores de plástico brasileiros em mercados internacionais, através do refinanciamento de impostos federais sobre exportações. Como resultado de tal incentivo, a exportação de produtos de terceira geração por companhias brasileiras cresceu, aumentando assim a demanda brasileira por nossos produtos. O programa tinha término programado para o final de dezembro de 2012, porém foi estendido até o final de dezembro de 2013. Acreditamos que este programa ofereça um incentivo para que aumentemos o volume de exportações a partir do Brasil em 2012. Tarifas de Importação em Portos Locais Historicamente, as tarifas sobre importações são estabelecidas pelo governo federal. No entanto, nos últimos anos, cinco estados brasileiros estabeleceram benefícios fiscais a fim de atrair importações para portos locais visando aumentar a receita e desenvolver a infraestrutura local de tais portos, principalmente através da concessão de descontos sobre o ICMS que seria devido a tais estados. Líderes do setor e de associações trabalhistas alegam que tais leis criam subsídios para produtos importados, o que prejudicaria a indústria brasileira. Em 1º de janeiro de 2013, entrou em vigor a legislação que reduz a alíquota máxima de ICMS a ser cobrado pelos estados de 12% para 4% em vendas interestaduais de matéria-prima e outros bens importados que não sejam total ou parcialmente fabricados no Brasil. Salvo limitadas exceções, a redução fiscal não se aplica a bens importados que não possuam substitutos fabricados no Brasil. Como resultado, a partir de 1º de janeiro de 2013, os estados brasileiros não podem mais buscar atrair importações para portos locais através da oferta de benefícios fiscais na forma de redução da alíquota do ICMS. 68 Aumento das Tarifas de Importação de Polietileno Como parte da iniciativa de fortalecer os fabricantes brasileiros, em 1º de outubro de 2012, o governo brasileiro adotou resolução que aumentou as tarifas de importação de 100 produtos de diversas indústrias, inclusive a tarifa de importação do polietileno de 14% para 20%. O aumento de tarifa deve permanecer válido até outubro de 2013, porém poderá ser renovado até outubro de 2014. Efeito das vendas fora do Brasil em nosso desempenho financeiro Como resultado da Aquisição da Sunoco Chemicals e da Aquisição da Dow Polipropileno, parte significativa de nossa capacidade de produção está localizada fora do Brasil e, consequentemente, houve um aumento substancial em nosso volume de vendas e receita fora do Brasil. Além disso, as vendas fora do Brasil aumentaram como consequência da Aquisição da Quattor, empresa que historicamente vendia uma porcentagem maior de seus produtos fora do Brasil do que a Companhia. Ao longo dos últimos anos, conforme aumentou a diferença no custo das matérias-primas nafta e gás para craqueadoras petroquímicas, muitas craqueadoras de nafta, como a Companhia, tiveram suas margens reduzidas pela pressão crescente de preços, uma vez que craqueadoras que utilizam gás como matéria-prima têm se tornado produtores de baixo-custo nos mercados mundiais. Contudo, uma vez que craqueadoras à base de gás não podem produzir coprodutos e subprodutos gerados pelas craqueadoras à base de nafta, tais como propeno, butadieno e produtos BTX, houve um aumento nos preços destes produtos no mercado internacional. Além disso, indicadores operacionais mais baixos das refinarias dos Estados Unidos em 2011 e 2012 reduziram a disponibilidade de propeno nos mercados internacionais. Como consequência dos preços mais altos para tais coprodutos e subprodutos, nossa receita líquida com a exportação destes produtos aumentou significativamente, e acreditamos que este aumento na receita líquida de exportação destes produtos deva se manter no futuro, na medida em que diminua a diferença na competitividade relativa das matériasprimas das craqueadoras. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, 43,8% da receita líquida de vendas foram provenientes das vendas dos nossos produtos fora do Brasil, em comparação com 43,5% em 2011 e 34,7% em 2010. A receita líquida de vendas fora do Brasil diminuiu 10,1% em 2012 e aumentou 59,9% em 2011. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, as vendas para clientes em países das Américas (exceto o Brasil) representaram 58,3% das vendas fora do Brasil. No mesmo período, as vendas para clientes na Europa corresponderam a 31,4% das vendas fora do Brasil, enquanto as vendas para clientes no leste da Ásia responderam por 7,9% das vendas fora do Brasil. O aumento na proporção de vendas para outros países das Américas é principalmente um resultado da nossa aquisição da Sunoco Chemicals e o negócio de polipropileno da Dow e, em menor escala, da Quattor, que vendem uma porcentagem maior dos seus produtos nesses países do que vendemos historicamente. Nossa capacidade de exportar para outros países da América do Sul é resultado do nível de crescimento econômico desses países e demais condições econômicas, inclusive taxas de inflação e de juros em vigor. Acreditamos que a manutenção de um crescimento baixo ou negativo da economia global, em conjunto com o aumento da capacidade global na indústria petroquímica, poderá resultar em quedas globais de lucratividade da indústria petroquímica, e consequentemente uma diminuição da margem dos nossos produtos. Além disso, uma menor demanda global de nossos produtos pode prejudicar nossa capacidade de exportar produtos em resposta a uma queda na demanda interna de tais produtos. A volatilidade econômica global iniciada em setembro de 2008 teve um impacto negativo no crescimento econômico do Brasil e exerceu e pode continuar a exercer um efeito negativo sobre o crescimento econômico dos países para os quais a Companhia exporta seus produtos. A crise de dívida soberana na Europa causou um impacto negativo no sistema financeiro mundial no segundo semestre de 2011, o que levou à redução na demanda por produtos petroquímicos. Em 2011, a economia brasileira reduziu seu ritmo de crescimento e registrou crescimento do PIB de 2,7%, comparado a 7,5% em 2010. A demanda por resinas termoplásticas permaneceu relativamente estável em 2011. Persiste a incerteza acerca do ritmo de recuperação da economia global. Os Estados Unidos mostraram sinais de melhoria; a potencial piora da crise de dívida soberana na Europa, principalmente na Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal, resultaram no aumento das incertezas relativas à recuperação econômica na Europa. Além disso, a instabilidade política no Oriente Médio, bem como sanções e outras ações relacionadas ao Irã podem levar a efeitos imprevisíveis na economia global ou nas economias das regiões afetadas. Efeitos de flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar Os resultados das operações da Companhia e sua situação financeira são e continuarão a ser afetados pela taxa de desvalorização ou valorização do real frente ao dólar por que: • uma parcela substancial da receita líquida de vendas da Companhia é expressa ou está atrelada ao dólar; • os custos de algumas das matérias-primas, principalmente a nafta e alguns catalisadores necessários nos processos de produção, são incorridos em dólares ou estão atrelados a essa moeda; • algumas despesas operacionais e investimentos de outra natureza são expressos em dólares ou estão atrelados a essa moeda; e 69 • a Companhia tem valores significativos de passivos expressos em dólares que exigem o pagamento do principal e juros nessa moeda. Praticamente todas as vendas da Companhia são de produtos petroquímicos para os quais há preços em dólares no mercado internacional. Em geral, a administração procura fixar preços que levem em conta (1) o preço dos produtos petroquímicos da Companhia nos mercados internacionais e (2) no Brasil, as variações da taxa de câmbio real/dólar. Desta forma, embora uma parcela significativa da receita líquida de vendas seja expressa em reais, substancialmente todos os produtos da Companhia são vendidos a preços que tomam por base os preços do mercado internacional, cotados em dólares. Flutuações do real afetam o custo da nafta e de outras matérias-primas atreladas ao dólar ou importadas. O preço da nafta, nossa principal matéria-prima, está atrelado ao dólar. A fórmula de precificação estipulada no contrato com a Petrobras para a compra de nafta para as plantas de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari e no Polo de Triunfo incluem um fator que ajuste o preço de modo a refletir a taxa de câmbio real/dólar. A desvalorização do real frente ao dólar geralmente causa um aumento nos custos de produção de nossos produtos aumentam e nós geralmente procuramos aumentar os preços de nossos produtos em reais (na medida possível à luz das condições de mercado à época vigente no País) o que pode resultar na redução dos volumes de vendas de nossos produtos. Na medida em que nossos aumentos de preço não sejam suficientes para cobrir os aumentos de custo das matérias-primas, nosso lucro operacional diminui. Inversamente, a valorização do real frente ao dólar causa geralmente uma redução nos custos de produção de nossos produtos diminui e geralmente diminuímos os preços de nossos produtos em reais o que pode resultar no aumento de volumes de vendas de nossos produtos. Em períodos de alta volatilidade da taxa de câmbio dólar/real, com frequência há uma defasagem entre a ocasião em que o dólar se valoriza ou desvaloriza e a ocasião em que podemos efetivamente repassar tais aumentos ou reduções de custo em reais a nossos clientes no Brasil. Tais descasamentos de preços diminuem quando as flutuações da taxa de câmbio dólar/real são menos voláteis. Em 31 de dezembro de 2012, a dívida consolidada da Companhia em dólares representou 69,1% do total da dívida em aberto. Assim, quando o real se desvaloriza frente ao dólar: • os custos com juros sobre a dívida expressa em dólares aumenta em reais, afetando negativamente o resultado das operações em reais; • o valor em reais da dívida expressa em dólares aumenta, e o total do passivo e obrigações de serviço da dívida em reais aumenta; e • as despesas financeiras tendem a aumentar como resultado das perdas cambiais que a Companhia registra. A valorização do real frente ao dólar exerce os efeitos inversos. As vendas de exportação e as vendas de nossa Unidade de Negócios Internacionais, que nos capacitam a gerar recebíveis devidos em moedas estrangeiras, tendem a proporcionar um hedge natural contra nossas obrigações de serviço da dívida expressas em dólares, mas não as cobrem integralmente. Com vistas à mitigação adicional de nossa exposição ao risco cambial, procuramos, sempre que possível, celebrar empréstimos para financiamento de exportações visando suprir nossas necessidades de capital de giro, cuja cobertura fica geralmente disponível a custos mais baixos, já que está atrelada a exportações em dólares. Efeito do nível de endividamento e taxas de juros Em 31 de dezembro de 2012, o total da dívida consolidada em aberto, líquida de custos de transação, era de R$17.511,6 milhões. O nível de endividamento da Companhia acarreta despesas financeiras significativas que são refletidas na demonstração do resultado. As despesas financeiras compreendem despesas com juros, variações cambiais de dívida em dólares e outras moedas estrangeiras, ganhos ou perdas cambiais e outros itens, como descrito na Nota 34 às demonstrações financeiras consolidadas auditadas. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, a Companhia registrou um total de R$3.902,5 milhões em despesas financeiras no item despesas financeiras, dos quais R$973,1 milhões se relacionavam a despesas de juros, R$274,9 milhões a despesas relacionadas à variação monetária de financiamentos e R$1.894,8 milhões, a perdas cambiais. As taxas de juros pagas pela Companhia dependem de diversos fatores, incluindo as taxas de juros nacionais e internacionais e as avaliações de risco da Companhia, do setor e da economia brasileira feitas por agências de classificação de risco que avaliam a Companhia e seus títulos de dívida. As agências de risco Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch mantêm classificações da Companhia e seus títulos de dívida. Atualmente, as três agências mantêm suas classificações para a companhia tanto local quanto globalmente. Em termos globais, a Standard & Poor’s mantém uma classificação em moeda local da Companhia de “BBB (estável)” e em moeda estrangeira de “BBB (estável),” a Moody’s mantém uma classificação da Companhia em moeda local de “Baa3 (negativa)” e a Fitch mantém uma classificação da Companhia em moeda local de “BBB-/Negativa” e em moeda estrangeira de “BBB-/Negativa.” Qualquer decisão por parte de tais agências de rebaixamento futuro da classificação de nossa companhia ou títulos de dívida poderá resultar em aumento de juros e outras despesas financeiras relacionadas a empréstimos e títulos de dívida e a inclusão de covenants financeiros nos instrumentos que regem nossa dívida, além de reduzir substancialmente nossa capacidade de obter tais financiamentos em termos satisfatórios ou em 70 montantes necessários, além de nossa liquidez, obrigando a Companhia a dispor de ganhar em dinheiro de acordo com suas obrigações. Efeitos da inflação no Brasil A inflação afeta o desempenho financeiro da Companhia na medida em que aumenta algumas das despesas operacionais expressas em reais (e não atreladas ao dólar). Uma parcela significativa do custo dos produtos vendidos e serviços prestados, no entanto, está atrelada ao dólar, não sendo substancialmente afetada pela taxa de inflação brasileira. Parte da dívida em reais está indexada de modo a levar em conta os efeitos da inflação. Nesse tipo de dívida, o valor do principal é em geral corrigido pelo Índice Geral de Preços – Mercado, de forma que a inflação resulta em aumentos nas despesas financeiras e obrigações de serviço da dívida. Além disso, uma parcela expressiva da dívida em reais é remunerada à TJLP ou taxa do CDI, que são parcialmente ajustadas pela inflação. Efeito dos impostos sobre o resultado Estamos sujeitos a um a gama de tributos federais e estaduais genericamente incidentes, no Brasil sobre suas operações e resultados. A Companhia está em geral sujeita ao imposto de renda federal brasileiro (combinado com a Contribuições Social sobre o Lucro Líquido – CSLL) à alíquota efetiva de 34%, que é a alíquota padrão do imposto de pessoa jurídica no País. Foram concedidas à Companhia certas isenções de impostos federais baseadas na legislação federal que oferece incentivos fiscais a empresas que instalem suas unidades de produção nos estados brasileiros da Bahia e Alagoas. Tais isenções foram concedidas por prazos variáveis a cada uma de nossas plantas industriais localizadas nos referidos estados. A Companhia tem o direito de pagar apenas 25% da alíquota de imposto de renda sobre lucros decorrentes da venda: • do polietileno produzido nas plantas de polietileno do Polo Petroquímico de Camaçari e soda cáustica, cloro e EDC produzidos nas plantas do Polo Petroquímico de Camaçari e Alagoas até 31 de dezembro de 2012, o qual esperamos renovar por períodos futuros; • do PVC fabricado na planta do Polo Petroquímico de Camaçari até 31 de dezembro de 2013; • do polietileno fabricado em uma das plantas de polietileno do Polo Petroquímico de Camaçari até 31 de dezembro de 2016; e • do PVC fabricado na plana de Alagoas até 31 de dezembro de 2019. Cada uma de nossas isenções nos confere o direito de pagar apenas 44,9% da alíquota de imposto de renda devido sobre os lucros decorrentes de produtos fabricados nessas plantas. Devido aos prejuízos operacionais registrados no passado, a Companhia tinha R$1.099,3 milhões de imposto de renda e contribuição social diferidos ativos decorrentes de prejuízos fiscais a compensar com resultados futuros, em 31 de dezembro de 2012. Os prejuízos fiscais relativos ao imposto de renda a compensar no Brasil não prescrevem, porém a compensação anual está limitada a 30% do lucro líquido ajustado. Este limite também afeta a CSLL. As vendas de exportação da Companhia estão atualmente isentas de (1) Programa de Integração Social – PIS, tributo federal de valor agregado incidente sobre produtos industrializados, (2) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, imposto federal sobre o valor agregado, (3) Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, imposto federal de valor agregado sobre produtos industrializados e (4) ICMS. Acontecimentos recentes A seguir são resumidas as principais operações realizadas e outros acontecimentos que afetaram a Companhia desde 31 de dezembro de 2012. Em janeiro de 2013, recebemos os recursos de uma linha de crédito à exportação celebrada em dezembro de 2012 com algumas instituições financeiras internacionais no valor de R$200,0 milhões. Os recursos do empréstimo serão empregados na melhoria de nossa planta de butadieno no Polo de Triunfo e em determinadas instalações do Polo de Triunfo, Polo de Camaçari e Polo de Paulínia. Tal empréstimo possui juros indexados pela taxa flutuante LIBOR mais 1,1% ao ano, devidos semestralmente, com vencimento em novembro de 2022. 71 Resultados Operacionais A discussão que se segue dos resultados operacionais toma por base as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia elaboradas em conformidade com as IFRS. Em razão da nossa aquisição do controle da Quattor, consolidamos os resultados da Quattor e suas subsidiárias em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010. Como resultado da nossa aquisição do controle da Unipar Comercial, consolidamos os resultados dessa empresa em nossas demonstrações financeiras de 1º de maio de 2010 até a sua incorporação pela QuantiQ em 3 de janeiro de 2011. Como resultado da nossa aquisição do controle da Polibutenos, consolidamos os resultados dessa empresa em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de maio de 2010. Em 1º de setembro de 2010, a Polibutenos e a Quattor Química foram incorporadas pela Quattor. Incluímos os resultados da das operações de Petroquímicos Básicos da Quattor, RioPol e suas subsidiárias em nosso segmento de Petroquímicos Básicos a partir da data em que as respectivas demonstrações financeiras destas empresas foram consolidadas nas demonstrações financeiras da Companhia, e incluímos os resultados das operações de poliolefinas da Quattor, Quattor Química (que foi incorporada pela Quattor), RioPol, Braskem Petroquímica (anteriormente conhecida como Quattor Petroquímica) e Polibutenos (que foi incorporada pela Quattor) e suas subsidiárias na nossa unidade de Poliolefinas a partir da data em que as respectivas demonstrações financeiras dessas companhias foram consolidadas em nossas demonstrações financeiras. Como resultado da nossa aquisição da Braskem America, consolidamos inteiramente os resultados da Braskem America e suas subsidiárias em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de abril de 2010 e incluímos os resultados da Braskem America na nossa Unidade de Negócios Internacionais a partir dessa data. Como consequência da aquisição dos negócios de polipropileno da Dow, consolidamos integralmente os resultados deste negócio em nossas demonstrações financeiras a partir de 1º de outubro de 2011, e incluímos os resultados deste negócio em nosso segmento de Negócios Internacionais a partir de tal data. A Companhia alterou a forma de divulgação dos segmentos de Poliolefinas e Negócios Internacionais visando à inclusão da produção do polietileno “verde” no Brasil no segmento de Poliolefinas, o qual se encontrava registrado anteriormente no segmento de Negócios Internacionais. Como resultado da decisão de vender a QuantiQ e a IQAG, as operações dessas controladas foram registradas como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010 e não mais integram os resultados do segmento de distribuição. Como resultado da decisão de alienar nossa antiga controlada Cetrel, a qual vendemos em dezembro de 2012, e nossa antiga controlada Braskem Distribuidora, a qual vendemos em dezembro de 2012, registramos as operações destas controladas como operações descontinuadas a partir de 1º de janeiro de 2010. A discussão dos resultados de nossas unidades de negócio baseia-se nas informações financeiras fornecidas com relação a cada uma das unidades de negócio, apresentadas na tabela a seguir. Até maio de 2009, produzíamos caprolactama e produtos relacionados. Em maio de 2009, fechamos temporariamente a nossa planta de caprolactama. Continuamos a analisar as nossas opções com relação à retomada da produção de caprolactama com base na nossa estimativa da demanda brasileira por esse produto e no nosso custo de produção. Nossas receitas e despesas relacionadas às vendas de caprolactama e produtos relacionados não estão inclusas nas informações financeiras reportadas para as nossas unidades de negócios e estão inclusas em outros segmentos nas tabelas abaixo. As tabelas a seguir mostram o resultado operacional de cada unidade e a conciliação desses resultados com o resultado consolidado das operações. As informações sobre as unidades foram preparadas nas mesmas bases que as informações usadas pela administração para alocar recursos às unidades e avaliar seu desempenho. A avaliação e administração do desempenho das unidades têm por base as informações extraídas dos registros contábeis estatutários mantidos de acordo com as IFRS e refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. 72 Petroquímicos Básicos .......... Poliolefinas ........................... Negócios Internacionais........ Vinílicos ............................... Total segmentos .................... Outros segmentos (2) ............ Unidade Corporativa (3) ....... Reclassificações e Eliminações (4) ........................................... Consolidado .......................... Petroquímicos Básicos .......... Poliolefinas ........................... Negócios Internacionais........ Vinílicos ............................... Total segmentos .................... Outros segmentos (2) ............ Unidade Corporativa (3) ....... Reclassificações e Eliminações (4) .................. Consolidado .......................... Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 Despesas de vendas, gerais, administrativas Outras receitas de distribuição, e Resultado de (despesas) pesquisa e equivalência operacionais, Lucro bruto desenvolvimento patrimonial líquidas (1) Receita líquida de vendas Custo dos produtos vendidos R$23.603,0 14.456,8 5.465,2 2.019,9 45.544,9 72,7 — R$(21.793,5) (13.131,8) (5.272,1) (1.947,8) (42.145,2) (88,0) — R$1.809,5 1.325.0 193,1 72,1 3.399,7 (15,3) — R$(492,0) (868,4) (243,3) (129,7) (1.733,4) (37,9) (301,6) R$— — — — — — (25,8) R$(64,0) (20,0) 364,8 1,8 (282,6) (98,2) 149,5 R$1.253,5 436,6 314,6 (55,8) 1.948,9 (151,4) (177,9) (10.104,2) R$35.513,4 10.023,2 R$(32.210.0) (81,0) R$3.303,4 — R$(2.072,9) — R$(25,8) — R$333,9 (81,0) R$1.538,6 Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 Despesas de vendas, gerais, administrativas de distribuição, e Resultado de Resultado de pesquisa e equivalência combinações Lucro bruto desenvolvimento patrimonial de negócios (em milhões de reais) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (1) Resultado operacional Receita líquida de vendas Custo dos produtos vendidos R$23.080,9 12.854,3 3.283,8 1.730,9 40.949,9 146,3 — R$(20.874,4) (11.729,1) (3.136,8) (1.608,1) (37.348,4) (141,3) — R$2.206,5 1.125,2 147,0 122,8 3.601,5 5,0 — R$(564,5) (850,8) (113,1) (146,3) (1.674,7) (36,3) (122,6) R$— — — — — (0,3) (1,4) R$— — — — — — 30,0 R$(10,7) 10,9 (16,9) (32,1) (48,8) 94,2 (49,0) R$1.631,3 285,3 17,0 (55,6) 1.878,0 62,6 (143,0) (8.599,1) R$32.497,1 8.670,3 R$(28.819,4) 71,2 R$3.677,7 — R$(1.833,6) — R$(1,7) — R$30,0 — R$(3,6) 71,2 R$1.868,8 Receita líquida de vendas Petroquímicos Básicos .......... R$17.794,6 Poliolefinas ........................... 11.386,5 1.697,8 Negócios Internacionais........ 1.799,3 Vinílicos ............................... Total segmentos .................... 32.678,2 Outros segmentos (2) ............ 548,4 Unidade Corporativa (3) ....... — Reclassificações e (8.200,9) Eliminações (4) .................. R$25.025,7 Consolidado .......................... ______________ (1) Inclui pesquisa e desenvolvimento. Custo dos produtos vendidos Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 Despesas de vendas, gerais, administrativas de distribuição, e Resultado de Resultado de pesquisa e equivalência combinações Lucro bruto desenvolvimento patrimonial de negócios (em milhões de reais) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (1) Resultado operacional Resultado operacional R$(15.517,0) (9.880,8) (1.558,0) (1.605,9) (28.561,7) (450,4) — R$2.277,6 1.505,7 139,8 193,4 4.116,5 98,0 — R$(580,0) (645,3) (67,0) (141,0) (1.433,3) (76,9) (188,8) R$— — — — — — 18,2 R$— — — — — — 975,3 R$(49,5) (20,1) (20,4) 0,0 (90,0) (0,3) (6,3) R$1.648,1 840,3 52,4 52,4 2.593,2 20,8 798,4 7.983,2 R$(21.028,9) (217,7) R$3.996,8 — R$(1.699,0) — R$18,2 — R$975,3 — R$(96,6) (217,7) R$3.194,7 (2) Inclui receitas e despesas da Braskem Idesa S.A.P.I e receitas e despesas relacionadas às vendas de ciclohexano e ciclohexanona. Em 2011 e 2010, inclui empresas controladas em conjunto contabilizadas pelo método de consolidação proporcional (RPR, Propilsur e Polimerica). (3) Representa despesas da Braskem que não são alocadas a nenhum segmento em particular. (4) As eliminações são compostas principalmente por vendas inter-segmentos, realizadas em condições de mercado (arm’s length basis). Na discussão a seguir, referências a aumentos ou diminuições em qualquer exercício são feitas pela comparação com o exercício anterior correspondente, exceto se o contexto indicar de outra forma. 73 Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 comparado com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 A tabela a seguir apresenta informações financeiras consolidadas referentes aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 2011. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 2011 % Variação (em milhões de Reais - R$) Receita líquida de vendas ................................................................ R$35.513,4 Custo de produtos vendidos ................................................................ (32.210,0) 3.303,4 Lucro bruto ................................................................................................ Receitas (despesas): (403,4) Com vendas ................................................................................................ (565,0) Com distribuição ........................................................................................ (998,3) Despesas Gerais e Administrativas ............................................................ (106,2) Com pesquisa e desenvolvimento .............................................................. (25,8) Equivalência patrimonial................................................................ — Resultado de combinações de negócios ................................ Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas ................................ 333,9 1.538,6 Lucro operacional .......................................................................................... Resultado financeiro: (3.902,5) Despesas financeiras ................................................................ 530,2 Receita financeira ................................................................ (1.833,7) Lucro (prejuízo) antes do IR e CSLL............................................................. 793,4 Imposto de renda e contribuição social .......................................................... (1.040,3) Lucro (prejuízo) de operações continuadas ................................ 302,0 Resultado de operações descontinuadas ......................................................... R$(738,3) Lucro (prejuízo) ............................................................................................. _____________________________ n.s.: Não significativo. R$32.497,1 (28.819,4) 3.677,7 9,3 11,8 (10,2) (319,2) (480,5) (934,8) (99,1) (1,7) (30,0) (3,6) 1.868,8 26,4 17,6 6,8 7,2 1.417,6 (100,0) n.s. (17,7) (3.551,7) 765,0 (917,9) 373,7 (544,2) 56,0 R$(488,2) 9,9 (30,7) 99,8 112,3 91,2 439,3 51,2 Receita líquida de vendas A receita líquida de vendas aumentou 9,3% em 2012, basicamente em função: (1) do aumento de 66,4% na receita líquida de vendas da unidade de Negócios Internacionais; (2) do aumento de 12,5% da receita líquida de vendas do segmento do segmento de Poliolefinas, e (3) do aumento de 2,3% da receita líquida de vendas do segmento de Petroquímicos Básicos. As reclassificações e eliminações das receitas líquidas de vendas das unidades na consolidação, refletindo principalmente vendas entre empresas de petroquímicos básicos pela Unidade de Petroquímicos Básicos para outras unidades, aumentaram em 17,5% em 2012. Receita líquida de vendas da Unidade de Petroquímicos Básicos A receita líquida de vendas da Unidade de Petroquímicos Básicos aumentou 2,3% em 2012, devido principalmente a (1) um aumento de 16,1% da receita líquida das vendas de petroquímicos básicos (que excluem condensado, combustíveis, intermediários e utilidades) a terceiros por nossas operações de petroquímicos básicos, passando de R$7.817,8 milhões em 2011 para R$9.054,1 milhões em 2012, e (2) um aumento de 13,5% da receita líquida das vendas de petroquímicos básicos às outras unidades de negócios, passando de R$8.540,5 milhões em 2011 para R$9.692,5 milhões em 2012. A receita líquida gerada pelas vendas de: • nafta e condensados apresentou redução de 44,5% de R$4.356,1 milhões em 2011 para R$2.417,4 milhões em 2012, devido principalmente (1) à redução na revenda de nafta em 2012 já que os níveis de consumo interno de nafta se recuperaram após a parada não programada nas unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari em 2011, devido à falta de energia elétrica em 04 de fevereiro de 2011, que afetou a maior parte da região nordeste do Brasil, inclusive as unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, reduzindo o nosso consumo de nafta; e (2) ao aumento de 9,7% no preço médio de mercado Amsterdam-Rotterdam-Antwerp da nafta em dólares norteamericanos de US$931,2 em 2011 para US$1.031,6 em 2012; • intermediários, inclusive cumeno, aumentaram 0,9% de R$766,6 milhões em 2011 para R$773,5 milhões em 2012; • combustíveis cresceu 4,5%, de R$1.048,0 milhões em 2011 para R$1.095,2 milhões em 2012, devido principalmente ao aumento de 10,7% na receita líquida de vendas de gasolina automotiva em 2012, cujos efeitos 74 foram parcialmente compensados por uma redução de 51,8% na receita líquida de vendas gerada pelas vendas de combustíveis (exceto gasolina automotiva); e • utilidades, incluindo vendas a outras unidades da Companhia, aumentou 4,7%, de R$552,0 milhões em 2011 para R$578,0 milhões em 2012. Os fatores que tiveram maior impacto no crescimento da receita líquida de vendas de petroquímicos básicos a terceiros foram (1) o aumento de R$757,4 milhões, ou 34,0%, na receita líquida de vendas de produtos BTX a terceiros e (2) o aumento de R$222,7 milhões, ou 17,3%, na receita líquida de vendas de eteno a terceiros. O volume de vendas de eteno a terceiros, praticamente todo vendido no mercado interno, aumentou 6,6%, de cerca de 499.000 toneladas em 2011 para cerca de 531.900 toneladas em 2012, devido principalmente ao aumento no volume de eteno disponível para exportação como consequência da recuperação do volume em 2012 após a parada não programada de nossas plantas de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari em 2011. Os preços médios praticados nas vendas de eteno aumentaram, sobretudo em resultado do aumento de 8,7% no preço médio de contratos de eteno da Europa Ocidental em euros, segundo a IHS, e dos efeitos da desvalorização de 7,8% do Real em relação ao Euro. O volume de vendas de propeno a terceiros aumentou 8,9%, de aproximadamente 373.300 toneladas em 2011 para 406.600 toneladas em 2012. As vendas de propeno a terceiros no mercado interno tiveram aumento de 1,2%. Os volumes de exportação de propeno tiveram aumento de 19,7% em 2012, devido principalmente ao maior volume de propeno disponível para exportação, como consequência da recuperação da produção em 2012 após a parada não programada das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari em 2011. O preço médio da venda de propeno diminuiu principalmente devido à queda de 20,0% no preço médio dos contratos de propeno na América do Norte em dólares norte-americanos, conforme divulgado pela IHS, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelos efeitos da desvalorização média de 16,7% do Real em relação ao Dólar norte-americano. Os principais fatores por trás do aumento da receita líquida de vendas de produtos BTX a terceiros foram o crescimento de 30,9% na receita líquida de vendas de benzeno a terceiros e o aumento de 43,8% na receita líquida de vendas de paraxileno a terceiros. O volume de vendas de benzeno a terceiros aumentou 3,8%, de aproximadamente 605.000 toneladas em 2011 para 628.200 toneladas em 2012. O volume de vendas internas de benzeno a terceiros aumentou 6,4%, enquanto o volume de exportações de benzeno diminuiu 2,0%. Os preços médios praticados nas vendas de benzeno subiram principalmente devido ao aumento de 12,7% no preço médio do contrato de benzeno no mercado norte-americano em dólares, como informado pela IHS, além dos efeitos da desvalorização média do Real em relação ao Dólar. O volume de vendas de paraxileno a terceiros, totalmente vendido no mercado de exportação, aumentou 20,8%, de 138.400 toneladas em 2011 para cerca de 167.300 toneladas em 2012. Os preços médios para a venda de paraxileno aumentaram principalmente em razão dos efeitos da desvalorização média do Real em relação ao Dólar, cujos efeitos foram parcialmente compensados pela queda de 4,3% no preço médio dos contratos de paraxileno da América do Norte em dólares, conforme divulgado pela IHS. Receita líquida de vendas do Segmento de Poliolefinas A receita líquida de vendas da unidade de Poliolefinas aumentou 12,5% em 2012, devido principalmente ao aumento de 15,5% na receita líquida de vendas gerada pelas vendas de polietileno e pelo aumento de 7,5% na receita líquida de vendas gerada pelas vendas de polipropileno, ambos aumentos como consequência da recuperação de volumes em 2012 em relação à 2011, quando houve uma parada não programada em nossas plantas de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, a qual reduziu a oferta de eteno, e de nossas plantas de poliolefinas no Polo de Camaçari, em ambos os casos devido à falta de energia elétrica em 04 de fevereiro de 2011, que afetou a maior parte da região nordeste do Brasil e que exigiu que a Companhia realizasse reparos nas plantas. reduzindo a utilização da capacidade destas plantas, conforme retomamos aos níveis de utilização normais após a queda de energia. O volume de vendas de polietileno aumentou 5,6%, de aproximadamente 2.300.700 toneladas em 2011 para aproximadamente 2.430.000 toneladas em 2012. Em 2012, o volume de vendas internas de polietileno aumentou 10,2%, enquanto o volume de exportações de polietileno diminuiu 2,1%. Os preços médios praticados nas vendas de polietileno aumentaram essencialmente em virtude dos efeitos da desvalorização média do Real em relação ao Dólar, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelas reduções de 2,3%, 2,4% e 3,1% nos preços médios de contratos da América do Norte em dólares, segundo a IHS, respectivamente de PEAD, PEBDL e PEBD. O volume de vendas de polipropileno aumentou 4,9%, de aproximadamente 1.571.500 toneladas em 2011 para aproximadamente 1.648.800 toneladas em 2012. Em 2012, o volume de vendas internas de polipropileno aumentou 7,3%, enquanto o volume de exportações de polipropileno diminuiu 1,5%. Os preços médios praticados nas vendas de polipropileno aumentaram basicamente em virtude dos efeitos da desvalorização média do Real em relação ao Dólar, cujos efeitos foram parcialmente compensados pela redução de 8,0% nos preços médios spot do Nordeste Asiático, segundo a IHS. 75 Receita líquida de vendas do Segmento de Negócios Internacionais A receita líquida de vendas do segmento de Negócios Internacionais, que inclui os resultados do negócio de propeno adquirido da Dow e o qual passamos a consolidar em nossos resultados a partir de 1º de outubro de 2011, cresceu 66,4% em 2012. O volume de vendas de polipropileno pela Unidade de Negócios Internacionais aumentou 71,6%, de aproximadamente 1.016.800 toneladas em 2011 para aproximadamente 1.744.600 toneladas em 2012. O preço médio da venda de polipropileno por nossa Unidade de Negócios Internacionais aumentou principalmente devido aos efeitos da desvalorização do Real em relação ao Dólar norte-americano, parcialmente compensados pela queda de 20,0% no preço médio dos contratos de polipropileno na América do Norte em dólares norte-americanos, conforme divulgado pela IHS. Receita líquida de vendas do Segmento de Vinílicos A receita líquida de vendas da Unidade de Vinílicos aumentou 16,7% em 2012, principalmente em razão de um aumento de 14,5% na receita líquida das vendas de PVC e de um aumento de 25,7% na receita líquida de vendas de soda cáustica. O volume de vendas de PVC, quase inteiramente comercializado no mercado interno em 2012 e 2011, aumentou 15,9% de aproximadamente 484.400 toneladas em 2011 para cerca de 561.500 toneladas em 2012, principalmente em razão da recuperação de volumes em 2012 em relação a 2011, quando houve uma parada não programa nas plantas de vinílicos como consequência da falta de energia elétrica em 04 de fevereiro de 2011, que atingiu a maior parte da região nordeste do Brasil. Os preços médios praticados nas vendas de PVC caíram principalmente em resultado da redução de 7,8% nos preços médios de PVC no mercado spot do nordeste asiático em dólares, como informado pela IHS, cujos efeitos foram parcialmente compensados pela desvalorização média do Real frente ao Dólar norte-americano. O volume de vendas de soda cáustica, quase inteiramente comercializado no mercado interno em 2012 e 2011, aumentou 11,7% de aproximadamente 422.100 toneladas em 2011 para cerca de 471.600 toneladas em 2012, principalmente em razão da recuperação de volumes em 2012 em relação a 2011, quando houve (1) uma parada não programa nas plantas de vinílicos como consequência da falta de energia elétrica em 04 de fevereiro de 2011, que atingiu a maior parte da região nordeste do Brasil e (2) uma parada não programada em nossa planta de Cloro Soda por 23 dias como resultado dos incidentes ocorridos em 21 de maio de 2011 e 23 de maio de 2011. Os preços médios praticados nas vendas de soda cáustica subiram essencialmente em resultado do aumento de 7,8% no preço médio da soda cáustica no mercado spot norte-americano em dólares, como informado pela IHS, e dos efeitos da desvalorização média do Real em relação ao Dólar norte-americano. Custo dos Produtos Vendidos e Lucro Bruto O custo dos produtos vendidos e serviços prestados aumentou 11,8% em 2012, devido principalmente (1) ao aumento de 68,1% no custo dos produtos vendidos e serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos, (2) ao aumento de 12,0% no custo de produtos vendidos e de serviços prestados do segmento de Poliolefinas e (3) ao aumento de 4,4% no custo de produtos vendidos e de serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos. As reclassificações e eliminações de custo dos produtos vendidos e serviços prestados das unidades em consolidação, refletindo basicamente os custos das compras de petroquímicos básicos pelas Unidades de Poliolefinas e Vinílicos do segmento de Petroquímicos Básicos, subiram 15,6% em 2012. O lucro bruto consolidado diminuiu 9,2% em 2012, enquanto a margem bruta (lucro bruto como porcentagem da receita líquida de vendas) diminuiu de 11,3% em 2011 para 9,4% em 2012. Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados do Segmento de Petroquímicos Básicos O custo dos produtos vendidos e serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos aumentou 4,4% em 2012, devido principalmente aos efeitos do aumento no preço médio de mercado da nafta Amsterdã-Roterdã-Antuérpia em dólares norteamericanos de US$ 931,2 em 2011 para US$1.031,6 em 2012, e aos efeitos da desvalorização média do real ante o dólar norteamericano. A nafta e o condensado responderam por 68,7% do custo dos produtos vendidos e serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos em 2012 e por 60,3% em 2011. O lucro bruto do segmento de Petroquímicos Básicos apresentou redução de 18,0% em 2012, enquanto a margem bruta contraiu de 9,6% em 2011 para 7,7% em 2012. Custo dos Produtos Vendidos do Segmento de Poliolefinas O custo dos produtos vendidos da Unidade de Poliolefinas aumentou 12,0% em 2012, devido principalmente (1) ao aumento de 5,9% no volume total de vendas do legado de operações de poliolefinas do segmento de Poliolefinas, (2) aos efeitos do aumento de 8,7% no preço contratual médio do eteno na Europa Ocidental em euros, conforme divulgado pela IHS e (3) aos efeitos da desvalorização média do Real ante ao Euro e no preço contratual de eteno e propeno deste segmento em reais . 76 O lucro bruto da unidade de Poliolefinas aumentou 17,8% em 2012, enquanto a margem bruta aumentou de 8,8% em 2011 para 9,2% em 2012. Custo dos Produtos Vendidos do Segmento de Negócios Internacionais O custo dos produtos vendidos do segmento de Negócios Internacionais, que inclui os resultados do negócio de propeno adquirido da Do, o qual passamos a consolidar em nossos resultados a partir de 1º de outubro de 2011, cresceu 68,1% em 2012, devido principalmente ao aumento de 71,6% no volume de vendas de polipropileno por este segmento. O lucro bruto do segmento de Negócios Internacionais aumentou 31,4% em 2012, enquanto a margem bruta apresentou queda de 4,5% em 2011 para 3,5% em 2012. Custo dos Produtos Vendidos do Segmento de Vinílicos O custo dos produtos vendidos do segmento de Vinílicos aumentou 21,1% em 2012, devido principalmente (1) ao aumento de 10,5% no volume total de vendas da Unidade de Vinílicos, (2) aos efeitos do custo médio do eteno da Unidade de Vinílicos, devido ao aumento de 8,7% no preço de contrato do eteno na Europa Ocidental em euros, conforme divulgado pela IHS, e aos efeitos da desvalorização média do Real em relação ao Euro e (3) do aumento de 24,0% no custo média da energia. O lucro bruto do segmento de Vinílicos apresentou redução de 41,3% em 2012, enquanto a margem bruta contraiu de 7,1% em 2011 para 3,6% em 2012. Despesas com Vendas As despesas com vendas aumentaram 26,4% em 2012, devido principalmente (1) a maiores despesas com distribuição e armazenagem, como consequência do maior volume de vendas e (2) à consolidação dos resultados do negócio de propeno adquirido da Dow a partir de 1º de outubro de 2011. As despesas com vendas como porcentagem da receita líquida de vendas aumentaram de 1,0% em 2011 para 1,1% em 2012. Despesas com Distribuição As despesas com distribuição aumentaram 17,6% em 2012, principalmente em razão do aumento no volume de vendas. As despesas com distribuição como porcentagem da receita líquida de vendas cresceram de 1,5% em 2011 para 1,6% em 2012. Despesas Gerais e Administrativas As despesas gerais e administrativas aumentaram 6,8% em 2012, devido principalmente (1) à consolidação dos resultados do negócio de polipropileno adquirido da Dow a partir de 1º de outubro de 2011, (2) a despesas de publicidade relacionadas ao patrocínio da conferência Rio+20 e à campanha de comemoração dos 10 anos da Braskem e (3) ao aumento das despesas com pessoal em virtude de acordos coletivos assinados em 2012. As despesas gerais e administrativas como porcentagem da receita líquida de vendas permaneceram estáveis em 2,8% em 2012, comparado a 2,9% em 2011. Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento Despesas com pesquisa e desenvolvimento aumentaram 7,2% em 2012, devido principalmente aos maiores investimentos em melhoria de produtos e processos novos e já existentes. As despesas com pesquisa e desenvolvimento como porcentagem da receita líquida de vendas permaneceram estáveis em 0,3% em 2012 e 2011. Equivalência patrimonial O resultado de equivalência patrimonial foi um prejuízo de R$25,8 milhões em 2012, comparado a um prejuízo de R$1,7 milhão em 2011, devido principalmente ao prejuízo de R$22,2 milhões registrado como participação nos resultados de controladas em conjunto e coligadas, comparado a um lucro de R$3,3 milhões em 2011. Resultado de Combinações de Negócios Os ganhos de combinações de negócios totalizaram R$30,0 milhões em 2011. Os ganhos de combinações de negócios em 2011 consistiram em um ganho de aquisição vantajosa relacionado à aquisição do negócio de polipropileno da Dow. Não registramos ganhos de combinação de negócios em 2012. 77 Outras Receitas (Despesas) Operacionais, Líquidas Outras receitas operacionais líquidas totalizaram R$333,9 milhões em 2012, devido principalmente a: • R$236,0 milhões de indenização que a Sunoco se comprometeu a pagar como resultado da rescisão a partir de 09 de junho de 2012 do contrato de fornecimento de matéria-prima com a Sunoco, para o fornecimento de propeno a uma das plantas de polipropileno nos Estados Unidos; • R$80,5 milhões em relação à porção do desconto realizado como resultado do pagamento antecipado de R$301,8 milhões para liquidar R$403,8 milhões em tributos parcelados a recolher de acordo com o acordo de liquidação celebrado no contexto do programa de parcelamento de impostos estabelecido pela Lei Federal 11.941/09; • ganho de R$107,0 milhões em relação à venda de vagões detidos pela controlada Braskem America; • despesas relacionadas a ajustes de estoque e perdas e baixas de matérias-primas de R$62,9 milhões; e • despesas com depreciação de R$31,5 milhões, relacionadas a unidades inativas. Outras despesas operacionais líquidas totalizaram R$3,6 milhões em 2011, devido principalmente a: • ganhos em processos legais e administrativos no total de R$152,2 milhões; • perdas com venda de imobilizado e investimentos de R$55,5 milhões; • baixa de matérias-primas e máquinas obsoletas no valor de R$52,6 milhões; • despesas com depreciação de R$20,7 milhões, relacionadas a unidades ociosas; e • despesas relacionadas a ajustes de estoque e perdas com mudanças de matérias-primas de R$14,4 milhões. Lucro (Prejuízo) Operacional Como resultado do exposto acima: • o lucro operacional do segmento de Petroquímicos Básicos apresentou redução de 23,2% de R$1.631,3 milhões em 2011 para R$1.253,5 milhões em 2012, enquanto a margem operacional do segmento caiu de 7,1% em 2011 para 5,3% em 2012; • o lucro operacional da Unidade de Poliolefinas aumentou 53,0% de R$285,3 milhões em 2011 para R$436,6 milhões em 2012, enquanto a margem operacional aumentou de 2,2% em 2011 para 3,0% em 2012; • o lucro operacional do segmento de Negócios Internacionais aumentou de R$17,0 milhões em 2011 para R$314,6 milhões em 2012, como resultado da consolidação dos resultados do negócio de polipropileno adquiridos da Dow a partir de 1º de outubro de 2011, enquanto a margem operacional do segmento aumentou de 0,5% em 2011 para 5,8% em 2012; e • o prejuízo operacional da Unidade de Vinílicos aumentou 0,4% de R$55,6 milhões em 2011 para R$55,8 milhões em 2012, enquanto a margem operacional foi negativa, passando de 3,2% em 2011 para 2,8% em 2012. O lucro operacional em base consolidada diminuiu 17,7% em 2012. Como porcentagem da receita líquida de vendas, o lucro operacional passou de 5,8% em 2011 para 4,3% em 2012. Resultado Financeiro O resultado financeiro aumentou 21,0% em 2012, em função do aumento de 9,9% nas despesas financeiras e da queda de 30,7% nas receitas financeiras. Receitas Financeiras As receitas financeiras apresentaram queda de 30,7% em 2012, devido principalmente (1) à diminuição de 48,1% nos ganhos com variações cambiais sobre ativos financeiros, de R$423,1 milhões em 2011 para R$219,7 milhões em 2012, em função da menor desvalorização do Real em relação ao dólar norte-americano de 9,0% em 2012, comparada a 12,6% em 2011 e (2) em menor escala, à 78 redução de 17,5% nas receitas financeiras de juros, de R$266,7 milhões em 2011 para R$220,0 milhões em 2012, como resultado da queda da taxa CDI em 2012. Despesas Financeiras As despesas financeiras aumentaram 9,9% em 2012, devido principalmente (1) ao aumento no ajuste a valor presente – apropriação de R$310,5 milhões em 2012 comparado a R$60,4 milhões em 2011, como resultado de mudanças nos prazos de pagamento de matéria-prima no mercado interno para 90 dias e (2) ao aumento de 14,6% nas perdas cambiais sobre passivos financeiros, de R$1.654,0 milhões em 2011 para R$1.894,8 milhões em 2012, como consequência da desvalorização do Real em relação ao Dólar norte-americano de 9,0% em 2012, comparado a 12,6% em 2011. Imposto de Renda e Contribuição Social A alíquota composta nominal de imposto de renda e contribuição social foi de 34% tanto em 2012 como em 2011. O imposto de renda e a contribuição social representaram um benefício de R$793,4 milhões em 2012 e de R$373,7 milhões em 2011. A alíquota efetiva de imposto aplicada sobre nosso prejuízo operacional foi de 35,7% em 2012, devido principalmente aos efeitos da inclusão de novos passivos fiscais no programa de parcelamento, o que aumentou a alíquota efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 1,5%. A alíquota efetiva de imposto aplicada sobre nosso prejuízo operacional foi de 40,7% em 2011, devido principalmente (1) à contribuição social registrada em anos anteriores, o que aumentou a alíquota efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 8,0%, (2) aos efeitos da inclusão de novos passivos fiscais no programa de parcelamento, o que aumentou a alíquota efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 1,5%, (3) aos efeitos das normas IFRS sobre ajustes de combinações de negócios, que aumentaram a alíquota efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 1,1% uma vez que não há tributação sobre compra vantajosa, e (3) aos efeitos de outras despesas não dedutíveis, que reduziram nossa alíquota em 4,1%. Lucro (Prejuízo) de Operações Continuadas O prejuízo líquido de operações continuadas aumentou 91,2%, de R$544,2 milhões em 2011, ou 1,7% da receita líquida de vendas, para R$1.040,3 milhões, ou 2,9% da receita líquida de vendas em 2012. Receita de Operações Descontinuadas Operações descontinuadas compreendem as operações (1) da QuantiQ e IQAG, que constituíam o segmento de distribuição e que foram classificadas como mantidas para venda a partir de 31 de dezembro de 2012, (2) da antiga controlada Cetrel, vendida em dezembro de 2012 e (3) da antiga controlada Braskem Distribuidora, vendida em dezembro de 2012. Os resultados de operações descontinuadas aumentaram de R$56,0 milhões em 2011 para R$302,0 milhões em 2012. Lucro (Prejuízo) O prejuízo líquido aumentou 51,2%, de R$488,2 milhões em 2011, ou 1,5% da receita líquida de vendas, para R$738,3 milhões, ou 2,1% da receita líquida de vendas em 2012. 79 Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 comparado com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 A tabela a seguir apresenta informações financeiras consolidadas referentes aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2011 e 2010. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 2010 % Variação (em milhões de Reais - R$) Receita líquida de vendas ................................................................ R$32.497,1 Custo de produtos vendidos ................................................................(28.819,4) 3.677,7 Lucro bruto ................................................................................................ Receitas (despesas): (319,2) Com vendas ................................................................................................ (480,5) Com distribuição ........................................................................................ (934,8) Despesas Gerais e Administrativas ............................................................ (99,1) Com pesquisa e desenvolvimento .............................................................. (1,7) Equivalência patrimonial................................................................ (30,0) Resultado de combinações de negócios ................................ Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas ................................ (3,6) 1.868,8 Lucro operacional .......................................................................................... Resultado financeiro: (3.551,7) Despesas financeiras ................................................................ 765,0 Receita financeira ................................................................ (917,9) Lucro (prejuízo) antes do IR e CSLL............................................................. 373,7 Imposto de renda e contribuição social .......................................................... (544,2) Lucro (prejuízo) de operações continuadas ................................ 56,0 Resultado de operações descontinuadas ......................................................... R$(488,2) Lucro (prejuízo) ............................................................................................. _____________________________ n.s.: não significativo R$25.025,7 (21.028,9) 3.996,8 29,9 37,0 (8,0) (353,6) (335,5) (931,1) (78,8) 18,2 975,3 (96,6) 3.194,7 (9,7) 43,2 0,4 25,8 (109,3) (96,9) (96,3) (41,5) (1.692,0) 364,9 1.867,6 6,1 1.873,7 15,8 R$1.889,5 109,9 109,6 (149,1) n.s. (129,0) 254,4 (125,8) Receita líquida de vendas A receita líquida de vendas subiu 29,9% em 2011, basicamente em função: (1) do aumento de 29,7% na receita líquida de vendas da unidade de Petroquímicos Básicos; (2) do aumento de 93,4% da receita líquida de vendas do segmento de Negócios Internacionais, que passamos a consolidar em nossos resultados a partir de 1º de abril de 2010, e (3) do aumento de 12,9% da receita líquida de vendas do segmento de Poliolefinas. As reclassificações e eliminações das receitas líquidas de vendas das unidades na consolidação, refletindo principalmente vendas entre empresas da Unidade de Petroquímicos Básicos para outras unidades, aumentaram em 4,9% em 2011. Receita líquida de vendas da Unidade de Petroquímicos Básicos A receita líquida de vendas do segmento de Petroquímicos Básicos subiu 29,7% em 2011, principalmente em razão (1) da consolidação dos resultados da Quattor e da RioPol a partir de 1º de maio de 2010, cujas operações de petroquímicos básicos geraram uma receita líquida de vendas de R$4.909,7 milhões em 2011, comparada a R$3.454,8 milhões durante o período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010 (período de 2010 durante o qual consolidamos os resultados da Quattor e da RioPol), (2) do aumento de 14,3% da receita líquida das vendas de petroquímicos básicos (que excluem condensado, combustíveis e utilidades) a terceiros do legado de nossas operações de petroquímicos básicos, passando de R$5.637,9 milhões em 2010 para R$6.444,0 milhões em 2011, e (3) do aumento de 9,0% da receita líquida das vendas de petroquímicos básicos às outras unidades de negócios pelo legado das operações de petroquímicos básicos de R$5.593,0 milhões em 2010 para R$6.098,3 milhões em 2011. A receita líquida das vendas de: • nafta e condensados aumentou 121,5% de R$1.966,2 milhões em 2010 para R$4.356,1 milhões em 2011, devido principalmente (1) a paradas não programadas nas unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, devido à falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011, que afetou a maior parte da região nordeste do Brasil, inclusive as unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, reduzindo o nosso consumo de nafta e fez com que a Companhia vendesse a nafta que já havia se comprometido a comprar no mercado internacional, e (2) ao aumento de 30,6% na média do preço de mercado Amsterdam-Rotterdam-Antwerp da nafta em dólares norte-americanos de US$712,9 em 2010 para US$931,1 em 2011; 80 • produtos intermediários, inclusive cumeno, que não produzíamos ou vendíamos anteriormente à aquisição das empresas Quattor, que totalizaram R$766,6 milhões em 2011, comparado a R$426,5 milhões no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010; • combustíveis subiu13,1%, de R$926,7 milhões em 2010 para R$1.048,0 milhões em 2011, devido principalmente ao aumento de 20,5% na receita líquida de vendas de gasolina automotiva em 2011, cujos efeitos foram parcialmente compensados por uma redução de 43,3% na receita líquida de vendas gerada pelas vendas de combustíveis no mercado interno (exceto gasolina automotiva); e • utilidades, incluindo vendas a outras segmentos da Companhia, subiu 3,1%, de R$372,3 milhões em 2010 para R$383,9 milhões em 2011. Os fatores que tiveram maior impacto no crescimento da receita líquida de vendas de petroquímicos básicos a terceiros foram (1) o aumento de R$530,4 milhões, ou 52,2%, na receita líquida de vendas de butadieno, (2) o aumento de R$322,1 milhões, ou 33,3%, na receita líquida de vendas de eteno a terceiros, e (3) o aumento de R$185,2 milhões, ou 9,1%, na receita líquida de vendas de produtos BTX a terceiros. O volume de vendas de eteno a terceiros, praticamente todo vendido no mercado interno, aumentou 185,5% de cerca de 448.300 toneladas em 2010, incluindo 148.600 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, para 1.279.700 toneladas em 2011, incluindo cerca de 187.100 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol. As vendas de eteno no mercado interno para terceiros do legado das operações de petroquímicos básicos cresceu 5,0% em 2011, devido principalmente à parada não programada das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, consequência da falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011 na maior parte da região nordeste do Brasil, que fez com que tivéssemos que realizar certos reparos nas unidades e reduzir a capacidade de utilização das mesmas, conforme reestabelecemos os níveis normais de utilização após a falta de energia. Os preços médios praticados nas vendas de eteno aumentaram, sobretudo em resultado do aumento de 19,7% no preço médio de contratos de eteno da Europa Ocidental em euros, segundo a IHS. O volume de vendas de propeno teve redução de 22,7%, de aproximadamente 482.700 toneladas em 2010 para 373.300 toneladas em 2011, incluindo cerca de 4.300 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol. O volume de vendas de propeno a terceiros no mercado interno caiu 33,8% de aproximadamente 322.300 toneladas em 2010 para aproximadamente 213.400 toneladas em 2011, principalmente em razão (1) da reclassificação das vendas de propeno pela unidade de Petroquímicos Básicos para a Quattor e suas controladas como vendas entre empresas a partir de 1º de maio de 2010, como resultado da aquisição da Quattor, e (2) da parada não programa das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, consequência da falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011 na maior parte da região nordeste do Brasil. Os volumes de exportação de propeno caíram 3,0% em 2011, devido principalmente ao menor volume de propeno disponível para exportação, devido à parada não programa das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari. O preço médio de venda de propeno aumentou principalmente devido (1) ao aumento de 19,6% no preço médio dos contratos de propeno na Europa Ocidental em euros, conforme divulgado pela IHS, e (2) ao aumento de 23,6% no preço médio dos contratos de propeno na América do Norte em dólares norte-americanos, conforme divulgado pela IHS, e aos efeitos da desvalorização média de 4,8% do real em relação ao dólar norte-americano. O volume de vendas de butadieno a terceiros aumentou 3,0% de cerca de 302.500 toneladas em 2010, incluindo 52.100 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, para 311.500 toneladas em 2011, incluindo cerca de 75.900 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol. O volume de vendas de butadieno a terceiros do nosso legado de operações de petroquímicos básicos subiu 2,6%, de aproximadamente 172.500 toneladas em 2010 para aproximadamente 177.100 toneladas em 2011, devido principalmente ao aumento na demanda interna por este produto. Os volumes de exportação de butadieno caíram 24,7% em 2011, devido principalmente ao menor volume disponível para exportação, devido à parada não programa das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari. Os preços médios de venda de butadieno aumentaram principalmente em razão do aumento de 56,4% no preço médio de contratos de butadieno do Golfo dos EUA em dólares, conforme divulgado pela IHS, e aos efeitos da desvalorização média do real em relação ao dólar. Os principais fatores por trás do aumento da receita líquida de vendas de produtos BTX a terceiros foram o crescimento de 40,8% na receita líquida de vendas de tolueno a terceiros e o aumento de 20,2% na receita líquida de vendas de paraxileno a terceiros. O volume de vendas de tolueno a terceiros aumentou 20,8%, de cerca de 139.400 toneladas em 2010, incluindo cerca de 33.200 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, para 168.300 toneladas em 2011, incluindo cerca de 62.300 toneladas vendidas pela Quattor e RioPol. Os preços médios de venda de tolueno aumentaram principalmente em razão do aumento de 32,4% no preço médio de contratos de tolueno da América do Norte em dólares, conforme divulgado pela IHS, e dos efeitos da desvalorização média do real em relação ao dólar. Os volumes de venda de paraxileno a terceiros, integralmente no mercado de exportação, caíram 19,7% de cerca de 172.400 toneladas em 2010 para 138.400 toneladas em 2011, devido principalmente a problemas industriais e operacionais que afetaram a produção. Os preços médios para a venda de paraxileno aumentaram principalmente em razão do aumento de 49,4% no preço médio dos contratos de paraxileno da América do Norte em dólares, conforme divulgado pela IHS, e dos efeitos da desvalorização média do real em relação ao dólar. 81 Receita líquida de vendas do Segmento de Poliolefinas A receita líquida de vendas do segmento de Poliolefinas aumentou 12,9% em 2011, principalmente em razão (1) da consolidação dos resultados da Quattor e da RioPol a partir de 1º de maio de 2010, cujas operações de poliolefinas geraram uma receita líquida de vendas de R$4.282,9 milhões em 2011, comparada a R$3.009,0 milhões no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010 (período de 2010 durante o qual consolidamos os resultados da Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica), e (2) do aumento de 13,9% na receita líquida proveniente das vendas de polipropileno do nosso legado de operações de poliolefinas. Os efeitos de tais fatores foram parcialmente compensados por uma redução de 7,2% na receita líquida de vendas de polietileno pelo nosso legado de operações de poliolefinas, atribuível principalmente à parada não programada nas plantas de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, o que reduziu o fornecimento de eteno, e nas plantas de poliolefinas no Polo de Camaçari, ambas devido à queda de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011 que afetou a maior parte da região nordeste do Brasil, o que fez com que tivéssemos que realizar certos reparos nas unidades e reduzir a capacidade de utilização das mesmas, conforme reestabelecemos os níveis normais de utilização após a queda de energia O volume de vendas de polipropileno aumentou 13,8% de cerca de 1.380.800 toneladas em 2010, incluindo aproximadamente 320.500 toneladas vendidas pela Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, para 1.571.500 toneladas em 2011, incluindo cerca de 584.200 toneladas vendidas pela Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica. As vendas de polipropileno no mercado interno pelo nosso legado de operações poliolefinas apresentou redução de 0,4% em 2011. O volume exportado de polipropileno do nosso legado de operações de poliolefinas aumentou 21,8% devido ao maior volume de polipropileno disponível para exportação, o qual se encontrava reduzido em 2010 devido a paradas programadas de manutenção em uma de nossas unidades. Os preços médios praticados nas vendas de polipropileno aumentaram principalmente em razão do aumento de 16,2% nos preços de polipropileno no mercado spot do nordeste asiático, em dólares, segundo a IHS, e dos efeitos da desvalorização média do real ante ao dólar. O volume de venda de polietileno aumentou 2,8% de cerca de 2.300.700 toneladas em 2010, incluindo cerca de 406.800 toneladas vendidas pela Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, para aproximadamente 2.300.700 toneladas em 2011, incluindo cerca de 843.000 toneladas vendidas pela Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica. O volume de vendas no mercado interno de polietileno pelo nosso legado de operações de poliolefinas sofreu redução de 9,4% em 2011, devido principalmente à parada não programada nas plantas de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari, o que reduziu o fornecimento de eteno, e nas plantas de poliolefinas no Polo de Camaçari, ambas devido à falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011, o que afetou a maior parte da região nordeste do Brasil. O volume de exportações de polietileno pelo nosso legado de operações de poliolefinas sofreu redução de 10,9% em 2011, devido principalmente ao menor volume de polietileno disponível para exportação, consequência da parada não programada nas plantas de petroquímicos básicos e poliolefinas no Polo de Camaçari. Os preços médios praticados nas vendas de polietileno aumentaram essencialmente em virtude dos aumentos de 8,9%, 9,2% e 9,7% nos preços médios de contratos da América do Norte em dólares, segundo a IHS, respectivamente de PEAD, PEBDL e PEBD, e dos efeitos da desvalorização média do real em relação ao dólar. Receita líquida de vendas do Segmento de Negócios Internacionais A receita líquida de vendas do segmento de Negócios Internacionais, que passamos a consolidar em nossos resultados a partir de 1º de abril de 2010, após a Aquisição da Sunoco Chemicals e inclui ainda os resultados de nossas operações de polipropileno adquiridas da Dow, o qual passamos a consolidar em nossos resultados a partir de outubro de 2011, cresceu 93,4% em 2011. O volume de vendas de polipropileno pela Unidade de Negócios Internacionais aumentou 58,9%, de aproximadamente 639.900 toneladas no período de nove meses findo em 31 de dezembro de 2010 (período em 2010 durante o qual consolidamos os resultados da Braskem America) para 1.016.800 toneladas em 2011. O preço médio da venda de polipropileno pela nossa Unidade de Negócios Internacionais aumentou principalmente devido ao aumento de 23,6% no preço médio dos contratos de polipropileno na América do Norte em dólares norte-americanos, conforme divulgado pela IHS, e aos efeitos da desvalorização do real em relação ao dólar norteamericano. Receita líquida de vendas do Segmento de Vinílicos A receita líquida de vendas do segmento de Vinílicos apresentou redução de 3,8% em 2011, devido principalmente às quedas de 4,9% na receita líquida das vendas de PVC e de 81,7% na receita líquida de vendas de EDC, cujos efeitos foram parcialmente compensados por um aumento de 13,3% na receita líquida das vendas de soda cáustica. O volume de vendas de PVC, quase inteiramente comercializado no mercado interno em 2011 e 2010, caiu 4,1% de aproximadamente 505.000 toneladas em 2010 para cerca de 484.400 toneladas em 2011, principalmente em razão da parada não programa das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari e de vinílicos, consequência da falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011 na maior parte da região nordeste do Brasil. Os preços médios praticados nas vendas de PVC aumentaram principalmente em resultado dos efeitos da desvalorização média do real frente ao dólar norte-americano, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento de 7,7% nos preços médios de PVC no mercado spot do nordeste asiático em dólares, conforme divulgado pela IHS. 82 O volume de vendas de EDC, o qual não comercializamos no mercado interno, caiu 73,6%, de aproximadamente 89.200 toneladas em 2010 para cerca de 23.600 toneladas em 2011, principalmente em razão (1) da parada não programa das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari e de vinílicos, consequência da falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011 na maior parte da região nordeste do Brasil e (2) da parada não programada da planta de cloro-soda de Alagoas por 23 dias, devido aos incidentes dos dias 21 e 23 de maio de 2011. Como consequência destes fatores, não realizamos venda de EDC a terceiros durante o segundo e terceiro trimestres de 2011. Os preços médios praticados nas vendas de EDC caíram principalmente em resultado da redução de 8,7% nos preços médios de EDC no mercado spot do nordeste asiático em dólares, como informado pela IHS, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelos efeitos da desvalorização média do real frente ao dólar norte-americano. O volume de vendas de soda cáustica, quase inteiramente comercializado no mercado interno em 2011 e 2010, caiu 11,4%, de aproximadamente 476.200 toneladas em 2010 para cerca de 422.100 toneladas em 2011, principalmente em razão (1) da parada não programa das unidades de petroquímicos básicos no Polo de Camaçari e de vinílicos, consequência da falta de energia elétrica em 4 de fevereiro de 2011 na maior parte da região nordeste do Brasil e (2) da parada não programada da planta de cloro-soda de Alagoas por 23 dias, devido aos incidentes dos dias 21 e 23 de maio de 2011. Os preços médios praticados nas vendas de soda cáustica subiram essencialmente em resultado do aumento de 49,8% no preço médio da soda cáustica no mercado spot norte-americano em dólares, como informado pela IHS, e dos efeitos da desvalorização média do real em relação ao dólar norte-americano. Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados e Lucro Bruto O custo dos produtos vendidos e serviços prestados aumentou 37,0% em 2011, devido principalmente (1) ao aumento de 34,5% no custo dos produtos vendidos e serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos, (2) ao aumento de 101,3% no custo de produtos vendidos e de serviços prestados do segmento de Negócios Internacionais, o qual passamos a consolidar em nossos resultados a partir de 1º de abril de 2010, e (3) ao aumento de 18,7% no custo de produtos vendidos e de serviços prestados do segmento de Poliolefinas. As reclassificações e eliminações de custo dos produtos vendidos e serviços prestados das unidades em consolidação, refletindo basicamente os custos das compras de petroquímicos básicos pelas Unidades de Poliolefinas e Vinílicos do segmento de Petroquímicos Básicos, subiram 8,6% em 2011. O lucro bruto consolidado apresentou redução de 8,0% em 2011. A margem bruta (lucro bruto como porcentagem da receita líquida de vendas) caiu de 16,0% em 2010 para 11,3% em 2011. Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados do Segmento de Petroquímicos Básicos O custo dos produtos vendidos e serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos subiu 34,5% em 2011, devido principalmente (1) à consolidação dos resultados da Quattor e da RioPol a partir de 1º de maio de 2010, cujas operações de petroquímicos básicos registraram custo de produtos vendidos e serviços prestados no total de R$4.340,1 milhões em 2011, comparado a R$2.989,7 milhões no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, e (2) aos efeitos do aumento de 30,6% no preço médio da nafta no mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia em dólares norte-americanos de US$712,9 em 2010 para US$931,1 em 2011, e aos efeitos da desvalorização média do real ante o dólar norte-americano. A nafta e o condensado responderam por 60,3% do custo dos produtos vendidos e serviços prestados do segmento de Petroquímicos Básicos em 2011 e por 66,4% em 2010. O lucro bruto do segmento de Petroquímicos Básicos apresentou redução de 3,1% em 2011, enquanto a margem bruta caiu de 12,8% em 2010 para 9,6% em 2011. Custo dos Produtos Vendidos do Segmento de Poliolefinas O custo dos produtos vendidos do segmento de Poliolefinas aumentou 18,7% em 2011, devido principalmente (1) à consolidação dos resultados da Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica a partir de 1º de maio de 2010, cujas operações de poliolefinas registraram custo de produtos vendidos e serviços prestados no total de R$3.995,4 milhões em 2011 e de R$2.631,6 milhões no período de oito meses findo em 31 de dezembro de 2010, (2) aos efeitos do aumento de 19,7% no preço contratual médio do eteno na Europa Ocidental em euros, conforme divulgado pela IHS, sobre o custo médio do eteno da Unidade de Poliolefinas, (3) aos efeitos do aumento de 19,6% no preço contratual médio do propeno na Europa Ocidental em euros sobre o custo médio do propeno da Unidade de Poliolefinas, conforme divulgado pela IHS. Os efeitos de tais aumentos foram parcialmente compensados pela redução de 4,8% no volume total de vendas do legado de operações de poliolefinas do segmento de Poliolefinas. O lucro bruto do segmento de Poliolefinas apresentou redução de 25,3% em 2011, enquanto a margem bruta caiu de 13,2% em 2010 para 8,8% em 2011. Custo dos Produtos Vendidos do Segmento de Negócios Internacionais O custo dos produtos vendidos no segmento de Negócios Internacionais, o qual passamos a consolidar em nossos resultados a partir de 1º de abril de 2010 após a Aquisição da Sunoco Chemicals e inclui ainda os resultados das operações de polipropileno adquiridas da Dow, o qual passamos a consolidar em nossos resultados a partir de outubro de 2011, cresceu 101,3% em 2011, devido principalmente (1) ao aumento de 58,9% no volume de vendas de polipropileno neste segmento, e (2) aos efeitos do aumento de 83 23,6% no preço contratual médio do propeno na América do Norte em dólares, conforme divulgado pela IHS, sobre o custo médio de propeno da Unidade de Negócios Internacionais, e aos efeitos da desvalorização média do real em relação ao dólar norte-americano. O lucro bruto do segmento de Negócios Internacionais aumentou 5,2% em 2011, enquanto a margem bruta apresentou queda de 8,2% em 2010 para 4,5% em 2011. Custo dos Produtos Vendidos do Segmento de Vinílicos O custo dos produtos vendidos do segmento de Vinílicos subiu 0,1% em 2011, basicamente em virtude (1) do aumento no custo médio do eteno durante o período em que fabricamos os produtos vendidos em 2011 em comparação ao período em que fabricamos os produtos vendidos em 2010, e (2) ao aumento no custo médio de energia durante o período em que fabricamos os produtos vendidos em 2011 em relação a 2010. Os efeitos de tais aumentos foram parcialmente compensados pela redução de 11,9% no volume total de vendas da Unidade de Vinílicos. O lucro bruto do segmento de Vinílicos apresentou redução de 36,5% em 2011, enquanto a margem bruta caiu de 10,7% em 2010 para 7,1% em 2011. Despesas com Vendas As despesas com vendas caíram 9,7% em 2011, devido principalmente à redução nas despesas com vendas em nossas outras operações, como resultado da implantação de um programa de aumento de eficiência das vendas, incluindo a redução da equipe de vendas. Os efeitos de tal redução foram parcialmente compensados pela consolidação dos resultados da Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica a partir de 1º de maio de 2010, o que aumentou as despesas com vendas em R$95,5 milhões em 2011, comparado a R$123,1 milhões no período de cinco meses entre 1º de maio de 2010 e 30 de setembro de 2010, incluindo as despesas de distribuição da Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica. As despesas de vendas como porcentagem da receita líquida de vendas caíram de 1,4% em 2010 para 1,0% em 2011. Despesas com Distribuição As despesas com distribuição aumentaram 43,2% em 2011, principalmente em razão da consolidação dos resultados da Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica a partir de 1º de maio de 2010, o que aumentou as nossas despesas com distribuição em R$146,2 milhões em 2011 em relação aos R$32,2 milhões no período de cinco meses entre 1º de maio de 2010 e 30 de setembro de 2010. As despesas com distribuição da Quattor, RioPol e Braskem Petroquímica durante o período de três meses entre 1º de outubro de 2010 e 31 de dezembro de 2010 foram incluídas como despesas de vendas no período, em linha com as práticas contábeis dessas empresas anteriormente a sua aquisição pela Companhia. As despesas de distribuição como porcentagem da receita líquida de vendas cresceram de 1,3% em 2010 para 1,5% em 2011. Despesas Gerais e Administrativas As despesas gerais e administrativas aumentaram 0,4% em 2011, devido principalmente à consolidação dos resultados da Braskem America a partir de 1º de abril de 2010, o que aumentou as nossas despesas gerais e administrativas em R$64,4 milhões em 2011 em relação aos R$54,2 milhões no período de nove meses findo em 31 de dezembro de 2010. As despesas gerais e administrativas como porcentagem da receita líquida de vendas caíram de 3,7% em 2010 para 2,9% em 2011. Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento As despesas com pesquisa e desenvolvimento aumentaram 25,8% em 2011, principalmente em razão da consolidação, a partir de 1º de abril de 2010, dos resultados do segmento de Negócios Internacionais, que opera o Braskem America Technology Center em Pittsburgh, na Pensilvânia. As despesas com pesquisa e desenvolvimento como porcentagem da receita líquida de vendas permaneceram estáveis em 0,3% entre 2011 e 2010. Resultado de Equivalência Patrimonial O resultado de equivalência patrimonial foi uma perda de R$1,7 milhão em 2011 em relação a um ganho de R$18,2 milhões em 2010, devido principalmente à redução de 85,5% no resultado de empresas controladas em conjunto e coligadas de R$22,5 milhões em 2010 para R$3,3 milhões em 2011, como consequência principalmente (1) do menor lucro líquido registrado pela Borealis Brasil S.A. e (2) dos ajustes no resultado patrimonial da Braskem America e da Quattor, não contabilizados pela Companhia em 2011. Resultado de Combinações de Negócios Os ganhos de combinações de negócios totalizaram R$30,0 milhões em 2011. Tais ganhos consistiram em ganhos por aquisição vantajosa relacionados à aquisição do negócio de polipropileno da Dow. Os ganhos de combinações de negócios totalizaram R$975,3 milhões em 2010. Os ganhos das combinações de empresas em 2010 consistiram de um ganho de aquisição vantajosa de R$841,5 milhões relacionado à aquisição da Quattor, um ganho de aquisição vantajosa de R$126,1 milhões relacionado à aquisição da 84 Braskem America e um ganho de aquisição vantajosa de R$7,7 milhões relacionado à aquisição da Unipar Comercial. Não registramos ganhos de combinação de negócios em 2011. Outras Receitas (Despesas) Operacionais, Líquidas Outras despesas operacionais líquidas totalizaram R$3,6 milhões em 2011, devido principalmente a: • ganhos em processos legais e administrativos no total de R$152,2 milhões; • perdas com venda de imobilizado e investimentos de R$55,5 milhões; • baixa de matérias-primas e máquinas obsoletas no valor de R$52,6 milhões; • despesas com depreciação no total de R$20,7 milhões, relacionadas a unidades ociosas; e • despesas relacionadas a ajustes de estoque e perdas por variação em matérias primas de R$ 14,4 milhões. Outras despesas operacionais líquidas totalizaram R$96,6 milhões em 2010, devido principalmente a: • baixa de matérias-primas obsoletas no valor de R$22,4 milhões; • baixa de projetos descontinuados no valor de R$19,7 milhões; • provisão para a desativação de determinados ativos da Quattor no valor de R$11,0 milhões; • despesas com planos de previdência privada de R$14,0 milhões; e • baixa de adiantamentos a fornecedores no valor de R$12,0 milhões. Lucro (Prejuízo) Operacional Como resultado do exposto acima: • o lucro operacional do segmento de Petroquímicos Básicos apresentou redução de 1,0% de R$1.648,1 milhões em 2010 para R$1.631,3 milhões em 2011, enquanto a margem operacional do segmento caiu de 9,3% em 2010 para 7,1% em 2011; • o lucro operacional do segmento de Poliolefinas apresentou redução de 66,0% de R$840,3 milhões em 2010 para R$285,3 milhões em 2011, enquanto a margem operacional do segmento caiu de 7,4% em 2010 para 2,2% em 2011; • o lucro operacional do segmento de Vinílicos foi de R$55,6 milhões em 2011 em comparação a um lucro operacional de R$52,4 milhões em 2010, enquanto a margem operacional do segmento foi negativa em 3,2% em 2011 em comparação a uma margem operacional de 2,9% em 2010; e • o lucro operacional do segmento de Negócios Internacionais apresentou redução de 67,6%, de R$52,4 milhões em 2010 para R$17,0 milhões em 2011, enquanto a margem operacional do segmento diminuiu para 0,5% em 2011 comparada a 3,1% em 2010. O lucro operacional em base consolidada caiu 41,5% em 2011. Como porcentagem da receita líquida de vendas, o lucro operacional passou de 12,8 % em 2010 para 5,8% em 2011. Resultado Financeiro O resultado financeiro aumentou 110,0% em 2011, em função do aumento de 109,9% nas despesas financeiras, compensado parcialmente pelo aumento de 109,6% nas receitas financeiras. Receitas Financeiras As receitas financeiras aumentaram 109,6% em 2011, devido principalmente aos efeitos do ganho de R$423,1 milhões com variação cambial sobre ativos monetários registrado em 2011, comparado a uma perda de R$15,3 milhões em 2010, como resultado da desvalorização de 12,6% do real em relação ao dólar norte-americano em 2011, comparada a uma valorização de 4,3% do real em relação dólar norte-americano em 2010. 85 Despesas Financeiras As despesas financeiras aumentaram 109,9% em 2011, devido principalmente aos efeitos da perda de R$1.654,0 milhões com variação cambial sobre passivos monetários registrada em 2011, comparada a um ganho de R$466,7 milhões em 2010, como resultado da desvalorização de 12,6% do real em relação ao dólar norte-americano em 2011, comparada a uma valorização de 4,3% do real em relação dólar norte-americano em 2010. Imposto de Renda e Contribuição Social A alíquota composta oficial de imposto de renda e contribuição social foi de 34% tanto em 2011 como em 2010. O imposto de renda e a contribuição social representaram um benefício de R$373,7milhões em 2011 e de R$6,1 milhões em 2010. A alíquota efetiva de imposto aplicada sobre nosso prejuízo operacional foi de40,7% em 2011, devido principalmente (1) à contribuição social registrada em anos anteriores, o que aumentou a alíquota efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 8,4%, (2) aos efeitos da inclusão de novos passivos fiscais no programa de parcelamento, o que aumentou a alíquota efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 1,5%, (3) às normas IFRS sobre ajustes de combinações de negócios, as quais aumentaram à alíquota fiscal efetiva aplicada sobre nosso prejuízo operacional em 1,1%, uma vez que não há incidência de imposto sobre ganhos por aquisição vantajosa, e (4) aos efeitos de outras despesas não dedutíveis, que reduziram nossa alíquota em 3,0%. A alíquota efetiva de imposto aplicável ao lucro operacional foi 0,3% negativa em 2010, principalmente em razão (1) dos efeitos das IFRS sobre ajustes de combinações de negócios, que reduziram nossa alíquota efetiva em 17,8% já que o ganho por aquisição vantajosa não é tributado, e (2) dos efeitos fiscais da aquisição da Quattor, que possuía bases negativas de imposto de renda e contribuição social significativas, que reduziram nossa alíquota efetiva em 15,2% devido à reversão da provisão para avaliação. Lucro (prejuízo) líquido de Operações Continuadas Registramos prejuízo líquido de operações continuadas de R$544,2 milhões em 2011, ou 1,7% da receita líquida de vendas, comparado a um lucro líquido de operações continuadas de R$1.873,7 milhões, ou 7,5% da receita líquida de vendas, em 2010. Receita de Operações Descontinuadas Operações descontinuadas compreendem as operações (1) da QuantiQ e IQAG, que constituíam o segmento de distribuição e que foram classificadas como mantidas para venda a partir de 31 de dezembro de 2012, (2) da antiga controlada Cetrel, vendida em dezembro de 2012 e (3) da antiga controlada Braskem Distribuidora, vendida em dezembro de 2012. Os resultados de operações descontinuadas aumentaram de R$15,8 milhões em 2010 para R$56,0 milhões em 2011. Lucro (prejuízo) líquido Registramos prejuízo líquido de R$488,2 milhões em 2011, ou 1,5% da receita líquida de vendas, comparado a um lucro líquido de R$1.889,5 milhões, ou 7,6% da receita líquida de vendas durante 2010. Liquidez e recursos de capital As principais necessidades de caixa da Companhia em 2013 compreendem: • serviço da dívida; • necessidades de capital de giro; • investimentos de capital relacionados a operações, construção de novas instalações industriais e manutenção e expansão das já existentes; e • pagamento de dividendos referentes às ações, inclusive na forma de juros sobre o capital próprio. As principais fontes de liquidez têm compreendido tradicionalmente: • fluxo de caixa das atividades operacionais; • empréstimos de curto e longo prazos; e • venda de títulos de dívida nos mercados de capitais nacional e internacional. 86 Em 2012, o fluxo de caixa das operações foi usado principalmente em atividades de investimento, necessidades de capital de giro e pagamento do serviço da dívida. Em 31 de dezembro de 2012, a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa totalizava R$3.287,6 milhões. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia registrava capital de giro líquido (definido como (1) ativos circulantes mais ativos não-circulantes mantidos para venda, menos (2) passivos circulantes mais passivos não-circulantes mantidos para venda) de R$35,7 milhões. Fontes e destinações projetadas de caixa A administração prevê que será necessário desembolsar cerca de R$25,1 bilhões para honrar as obrigações e compromissos contratuais de curto prazo, além dos investimentos de capital orçados para 2013, bem como cerca de R$24,5 bilhões adicionais para honrar as obrigações e compromissos contratuais de longo prazo e uma parte dos investimentos de capital orçados para 2014 e 2015 (excluídos os aportes de capital às joint ventures no México e na Venezuela). Tais requisitos de caixa devem ser supridos (1) para nossas operações através da venda de produtos, e (2) nossas dívidas através do fluxo de caixa operacional e novas atividades de financiamento, incluindo novas captações e refinanciamento da dívida atual de curto prazo em seu vencimento. Diversas instituições financeiras se comprometeram a nos fornecer financiamento no futuro, incluindo compromissos do Banco Nacional do Desenvolvimento, ou BNDES, de conceder empréstimos no âmbito da linha de crédito stand-by rotativa (Contrato de Abertura de Limite de Crédito, ou CALC), conforme descrito em “—Endividamento e Estratégia de Financiamento - Linhas de Crédito com o BNDES”. Em 31 de dezembro de 2012, um total de R$2,5 bilhões estava disponível em tais linhas de crédito. Os compromissos acima estão sujeitos a condições prévias, que a administração entende que será capaz de satisfazer no tocante a todos os valores sacados por essas linhas de crédito. A Companhia paga às instituições financeiras taxas pelos respectivos compromissos, que não sejam as linhas de crédito rotativo stand-by com o BNDES. Além disso, contratamos uma linha de Project finance cujos recursos serão utilizados no desenvolvimento do Projeto Etileno XXI. Para mais informações sobre tal linha de crédito, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—História e Desenvolvimento da Companhia—Acordos Relacionados ao Projeto Etileno XXI—Acordos de Financiamento.” Fluxos de caixa Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais O caixa líquido proveniente das atividades operacionais totalizou R$2.571,8 milhões em 2012, R$2.777,5 milhões em 2011, e R$2.720,4 milhões em 2010. O caixa líquido oriundo de atividades operacionais diminuiu R$205,7 milhões em 2012 em relação a 2011, devido principalmente a: • redução de R$535,5 milhões no lucro antes de imposto de renda e contribuição social e após os resultados de operações descontinuadas; • redução de R$625,1 milhões em contas a receber de clientes em 2012, comparada à redução de R$365,9 milhões em 2011, devido principalmente à maior desvalorização do Real em 2012 em relação a 2011, o que impactou diretamente nossas receitas de exportação; • redução de R$426,4 milhões em impostos e contribuições a pagar em 2012, comparada à redução de R$52,1 milhões em 2011, como consequência dos pagamentos parcelados de acordo com o programa federal de pagamento de impostos; e • redução de R$204,4 milhões em juros pagos, de R$802,4 milhões em 2011 para R$1.006,8 milhões em 2012, devido principalmente ao aumento do valor do principal de nossa dívida a pagar. Os efeitos de tais fatores foram parcialmente compensados por: • aumento de R$2.165,5 milhões na linha fornecedores em 2012, comparado ao aumento de R$1.326,0 milhões em 2011, devido ao aumento no preço das principais matérias-primas, inclusive nafta, etano, propano e propeno, além da desvalorização do real em 2012 em relação a 2011; e • aumento de R$389,0 milhões em outras contas a pagar em 2012 comparado à redução de R$212,1 milhões em 2011, devido principalmente a contas a receber incorridas em função do desenvolvimento do Projeto Etileno XXI. O caixa líquido oriundo de atividades operacionais aumentou R$57,1 milhões em 2011 em relação a 2010, devido principalmente a: • aumento de R$1.326,0 milhões na linha fornecedores em 2011, comparado ao aumento de R$683,6 milhões em 2010, devido ao aumento no preço das principais matérias-primas, inclusive nafta, etano, propano e propeno; 87 • redução de R$52,1 milhões em impostos e contribuições a pagar em 2011, comparada à redução de R$601,9 milhões em 2010, como consequência dos pagamentos parcelados de acordo com o programa federal de pagamento de impostos; • aumento de R$187,3 milhões em adiantamentos de clientes em 2011, comparado à redução de R$38,4 milhões em 2010, devido a vendas contratadas de butadieno; e • aumento de R$365,9 milhões em recebíveis de clientes em 2011, comparado ao aumento de R$184,4 milhões em 2010, devido ao aumento na carteira de clientes relacionado à Aquisição da Dow. Os efeitos de tais fatores foram parcialmente compensados por: • redução de R$311,0 milhões em impostos a recuperar em 2011, comparado ao aumento de R$622,2 milhões em 2010, como resultado dos créditos de PIS e COFINS na aquisição de itens do imobilizado, devido principalmente a projetos de expansão da planta de PVC em Alagoas e créditos reconhecidos por decisões favoráveis em processos legais; • redução de R$212,1 milhões em outras contas a pagar em 2011, comparada ao aumento de R$177,9 milhões em 2010, devido à redução em pessoal e encargos e ao pagamento da segunda e terceira prestações segundo o acordo celebrado com um sindicato na Bahia, relativo à resolução de certos litígios ligados ao dissídio coletivo; e • redução de R$356,3 milhões em outras contas a pagar em 2011, comparada ao aumento de R$1,7 milhão em 2010, devido a reduções em adiantamentos a fornecedores de serviços, reduções no valor a pagar de empresas relacionados e acordos legais realizados em 2011. Fluxos de caixa utilizados em atividades de investimento As atividades de investimento consumiram caixa líquido de R$2.834,3 milhões em 2012, R$2.866,5 milhões em 2011 e R$2.387,6 milhões em 2010. Em 2012, as atividades de investimento em que utilizamos caixa de maneira consolidada incluíram essencialmente (1) investimentos de R$1.629,3 milhões em novos projetos de capacidade, incluindo investimentos de R$993,0 milhões na construção de instalações no México, dos quais R$34,0 milhões referem-se à contribuição de participação R$ 357,0 milhões na construção das novas instalações de PVC e R$174,2 milhões na construção da nova planta de butadieno, (2) investimentos de R$486,6 milhões na realização de manutenção de nossas unidades durante paradas programadas, (3) investimentos de R$183,5 milhões na modernização de tecnologia da informação e aumento da confiabilidade dos sistemas, (4) investimentos de R$180,8 milhões na substituição de equipamentos e (5) investimentos de R$173,1 milhões em melhorias de produtividade e segurança. Em 2011, as atividades de investimento em que utilizamos caixa de maneira consolidada incluíram essencialmente (1) investimentos de R$617,0 milhões na aquisição dos negócios de polipropileno da Dow, (2) investimentos de R$886,5 milhões em novos projetos de capacidade, incluindo investimentos de R$517,5 milhões na construção de novas instalações de PVC, R$190,6 milhões na construção de novas instalações no México e R$126,6 milhões na construção da nova planta de butadieno, (3) investimentos de R$469,4 milhões na realização de manutenção de nossas unidades durante paradas programadas, (4) investimentos de R$241,2 milhões na modernização de tecnologia da informação e aumento da confiabilidade dos sistemas, (5) investimentos de R$235,1 milhões em melhorias de produtividade e segurança, e (6) investimentos de R$206,9 milhões na substituição de equipamentos. Em 2010, as atividades de investimento que consumiram caixa em base consolidada consistiram principalmente de (1) investimentos de R$620,8 milhões (líquido do caixa adquirido) para adquirir a Sunoco Chemicals, (2) investimentos de R$245,6 milhões (líquido do caixa adquirido) para adquirir o controle da Quattor, (3) investimentos de R$364,9 milhões para realizar manutenção em nossas plantas durante as paradas programadas, (4) investimentos de R$343,1 milhões na construção de instalações de polietileno "verde", (5) investimentos de R$230,5 milhões na reposição de equipamentos, e (6) investimentos de R$65,5 milhões em melhorias de produtividade. Esses investimentos de capital foram parcialmente compensados pelo recebimento de proventos de R$256,1 milhões com a venda de ativos financeiros mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. Fluxos de caixa aplicados em atividades de financiamento As atividades de financiamento originaram caixa líquido de R$633,9 milhões em 2012, R$494,7 milhões em 2011 e consumiram R$388,3 milhões em 2010. Em 2012: • realizamos um empréstimo de R$732,5 milhões e US$81,5 milhões em linhas de crédito do BNDES; • emitimos e vendemos um total de US$500,0 milhões de principal de Bônus a 5,375% com vencimento em 2022; • emitimos e vendemos um total de US$250,0 milhões de principal de Bônus a 5,75% com vencimento em 2021; 88 • emitimos e vendemos um total de US$250,0 milhões de principal de Bônus a 7,125% com vencimento em 2041; • emitimos e vendemos um total de US$250,0 milhões de principal de Bônus Perpétuos a 7,375%; • tomamos empréstimo de R$300,0 milhões de principal em um acordo de financiamento à exportação celebrados em setembro de 2012 com uma instituição financeira brasileira; • tomamos empréstimo de R$200,0 milhões de principal em um acordo de financiamento à exportação celebrados em janeiro de 2012 com uma instituição financeira brasileira; • tomamos empréstimo de R$100,0 milhões de principal em um acordo de financiamento à exportação celebrados em junho de 2012 com uma instituição financeira brasileira; e • tomamos empréstimo de R$100,0 milhões de principal em um acordo de financiamento à exportação celebrados em novembro de 2012 com uma instituição financeira brasileira; Em 2012, utilizamos caixa para: • pagamento antecipado de R$504,6 milhões, representando todos os valores e juros devidos em três linhas de financiamento de exportação; • pagamento antecipado de R$129,2milhões, representando um empréstimo de capital de giro; • pagamento antecipado de US$600,0 milhões, representando todos os valores devidos em quatro linhas de financiamento de exportação; e • realização dos pagamentos e pagamentos antecipados agendados de diversos instrumentos de dívida em aberto. Adicionalmente, utilizamos o caixa para pagar dividendos no valor total de R$482,1 milhões. Em 13 de agosto de 2012, o Conselho de Administração da Companhia autorizou um programa de recompra de ações, com autorização para recompra de até 13.376.161 ações preferenciais classe A a valor de mercado na BM&FBOVESPA a qualquer momento e de tempos em tempos, até 28 de agosto de 2013. As ações recompradas serão mantidas em tesouraria e poderão ser revendidas ou canceladas. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia havia recomprado 262.300 ações preferenciais classe A pelo valor total de R$3,5 milhões. Em 26 de agosto de 2011, o Conselho de Administração da Companhia autorizou um programa de recompra de ações, com autorização para recompra de até 12.162.504 ações preferenciais classe A a valor de mercado na BM&FBOVESPA a qualquer momento e de tempos em tempos, até 28 de agosto de 2012. As ações recompradas serão mantidas em tesouraria e poderão ser revendidas ou canceladas. Em 2012, a Companhia recomprou 2.007.600 ações preferenciais classe A pelo valor total de R$26,3 milhões. Em 2011: • realizamos um empréstimo de R$690,1 milhões em linhas de crédito do BNDES; • emitimos e vendemos um total de US$750,0 milhões de principal de Bônus a 5,75% com vencimento em 2021; • emitimos e vendemos um total de US$500,0 milhões de principal de Bônus a 7,125% com vencimento em 2041; • tomamos empréstimo de R$1.830,0 milhões de principal e US$200,0 milhões de principal em sete acordos de financiamento à exportação celebrados em 2011; • tomamos empréstimo de R$101,9 milhões de principal e US$250,0 milhões de principal em oito acordos de empréstimos bancários celebrados em 2011; e • tomamos empréstimo de US$1.126,7 milhões de principal em instrumentos de curto-prazo, tais como contratos de ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio). 89 Em 2011, utilizamos caixa para as seguintes finalidades: (1) pagamento antecipado de US$551,9 milhões e R$482,5 milhões, representando todos os valores devidos em cinco linhas de financiamento de exportação; (2) pagamento antecipado de US$210,4 milhões em um acordo de empréstimo sindicalizado não garantido celebrado em março de 2010 para financiar a aquisição da Sunoco Chemicals; (3) pagamento da 14ª emissão de debêntures não garantidas e não conversíveis no valor de R$530,4 milhões no vencimento; (4) resgate total de Bônus Perpétuos a 9,00%, no total de US$200,0 milhões de principal; (5) recompra de um total de US$165,7 milhões de principal de Bônus a 11,75% com vencimento em 2014; (6) recompra de um total de US$144,3 milhões de principal de Bônus a 8,00% com vencimento em 2017; (7) recompra de um total de US$84,7 milhões de principal de Bônus a 9,375% com vencimento em 2015; e (8) realização dos pagamentos e pagamentos antecipados agendados de diversos instrumentos de dívida ativos. Adicionalmente, utilizamos o caixa para pagar dividendos no valor total de R$664,9 milhões. Em 2011, a Companhia recomprou 1.405.400 ações preferenciais classe A pelo valor total de R$19,8 milhões, de acordo com o programa de recompra de ações aprovado em 26 de agosto de 2011. Em 2010: • conduzimos um aumento de capital por meio de uma subscrição particular pelos nossos acionistas que gerou proventos de caixa líquido de R$3.742,6 milhões em troca da emissão de 243.206.530 ações ordinárias e 16.697.781 ações preferenciais classe A; • emitimos Notas a 7,00% com valor total do principal de US$750 milhões com vencimento em 2020; • emitimos Bônus Perpétuos a 7,375% com valor total do principal de US$450 milhões; • tomamos emprestado o valor total do principal de US$320 milhões em três contratos de financiamento pré-exportação; • tomamos emprestado valor total do principal de US$400 milhões em três contratos de pré-pagamento de exportação; • tomamos emprestado o valor total do principal de US$210 milhões em um contrato de crédito para financiar parte do valor de aquisição da Sunoco Chemicals; e • tomamos emprestado US$320,3 milhões em linha de crédito rotativo stand-by com o BNDES, que celebramos em dezembro de 2009, e R$325,7 milhões na linha de crédito com o BNDES para nossas instalações de polietileno “verde” e projetos de investimentos de capital relacionados, que celebramos em junho de 2009. Em 2010, nós usamos caixa para (1) adiantar o pagamento de R$3.913,8 milhões do valor total do endividamento das Empresas Quattor que assumimos como resultado da aquisição da Quattor, (2) adiantar o pagamento de R$559,3 milhões de empréstimos para financiamento de projetos do BNDES, (3) pagar o saldo de US$312,5 milhões de dívida a curto prazo em linha de crédito de prépagamento de exportações com a Petrobras International Finance Company (PIFCo), (4) adiantar o pagamento de R$543,7 milhões em linhas de nota de crédito de exportação, (5) adiantar o pagamento de US$225 milhões em nossa linha de pré-pagamento de exportação de US$725 milhões (6) adiantar o pagamento de US$200,7 milhões de contratos de pré-pagamento de exportação, (7) adiantar o pagamento de US$150 milhões de nossos bônus perpétuos a 9,75% em circulação, e (8) adiantar o pagamento de R$234,1 milhões de um empréstimo de capital de giro com a CEF. Não houve distribuição de dividendos em 2010. Se o conselho de administração não julgar incompatível com a situação financeira e se essa decisão for ratificada pelos acionistas, o pagamento de dividendos é obrigatório pela Lei das Sociedades por Ações e estatutos da Companhia e também pelos acordos com dois dos acionistas da Companhia, podendo assim dar origem a significativas necessidades de caixa em períodos futuros. 90 Compromissos contratuais A tabela a seguir resume as obrigações contratuais e compromissos significativos em 31 de dezembro de 2012 que têm impacto sobre a liquidez da Companhia: Menos de um ano De um a três anos Pagamentos devidos no período De três a cinco Acima de cinco anos anos (em milhões de reais) Total Empréstimos e financiamentos (1) ........................ R$1.912 R$3.739 R$2.320 R$19.657 R$27.628 293 ― ― ― 293 Derivativos (2) ...................................................... Programa de refinanciamento de impostos (3) ...... 105 209 209 714 1.237 Contribuições plano de pensão Petros Copesul 147 ― ― ― 147 (4)..................................................................... Obrigações atuariais de plano de contribuição definida (5) ....................................................... ― ― ― 19 19 Outras obrigações (6) 261 228 94 ― 583 Projeto Etileno XXI (7) 2.549 2.270 ― ― 4.819 17.462 13.036 13.036 879 44.413 Obrigações de compra matérias-primas (8)........... 957 1.234 549 530 3.270 Obrigações de compra energia elétrica e gás (6) ... R$23.686 R$20.716 R$16.208 R$21.799 R$82.409 Total obrigações contratuais ................................. ______________ (1) Consiste na estimativa de pagamentos futuros de amortização mais juros sobre nossos empréstimos e financiamentos, calculados com base nas taxas de juros e taxas de câmbio aplicáveis em 31 de dezembro de 2012 e supondo (i) que todos os pagamentos de amortização e pagamentos no vencimento de nossos empréstimos, financiamentos e debêntures ocorrerão nas datas de pagamento agendadas e (ii) que nossos perpetual bonds sejam resgatados após 100 anos. (2) Consiste basicamente em swaps de moeda estrangeira celebrados para compensar a variação nas taxas de contratos de notas de crédito à exportação Para mais informações, vide Nota 20.1.2 às demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório. (3) Consiste em pagamentos de acordo com o acordo firmado pela Braskem em novembro de 2009 com as autoridades fiscais brasileiras. Para mais informações, vide Nota 21(b) de nossas demonstrações financeiras consolidadas neste relatório. (4) Consiste em pagamentos a participantes do plano de contribuição definida Petros Copesul em relação à retirada do patrocínio do plano. Para mais informações, vide Nota 25.2(a) e 27(a) às demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório anual. (5) Consiste em passivos atuariais relacionados aos planos de contribuição definida Novamont, Braskem Europe e Idesa Servicios. Para mais informações consulte a Nota 25.2 de nossas demonstrações financeiras incluídas neste formulário anual. (6) Consistem em (1) valores a pagar a acionistas não controladores da Braskem Idesa e (ii) valores a pagar a BNDES Participações S.A., como parte da combinação de negócios com a Quattor. Para mais informações, vide Nota 27 às demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório. (7) Consiste em compromissos contratuais para a etapa de engenharia, comissionamento e construção (EPC) do Projeto Etileno XXI e taxa de licenciamento de tecnologia relacionada ao projeto, calculados com base em estimativas de pagamentos e juros contratuais futuros e com base na taxa de câmbio válida para 31 de dezembro de 2012. (8) Corresponde a compromissos de compra de matéria-prima, energia elétrica e gás de acordo com acordos firmes da companhia que definem todas as condições significativas, inclusive volumes fixos ou mínimos a serem comprados; disposições referentes a preço fixo, mínimo ou variável; bem como o cronograma aproximado da operação. Toma por base os preços de compra aplicáveis em 31 de dezembro de 2012. Também estamos sujeitos a passivos potenciais referentes a questões fiscais, trabalhistas, de distribuidores e outras, para as quais as chances de perda são consideradas prováveis, e provisões são mantidas no valor de R$333,2 milhões em 31 de dezembro de 2012. Tais processos relacionam-se principalmente a imposto de renda federal e impostos sobre valor adicionado. Vide “Item 8. Informações financeiras—Processos judiciais” e Notas 23 às demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Estratégia de endividamento e financiamento Em 31 de dezembro de 2012, o total da dívida consolidada em aberto, líquida de custos de transação, era de R$17.511,6 milhões, compreendendo R$1.836,0 milhões de dívida no curto prazo, incluindo a parcela corrente da dívida de longo prazo (10,5% do total da dívida) e R$15.675,6 milhões de dívida de longo prazo (89,5% do total da dívida). Em 31 de dezembro de 2012, não havia dívida em aberto com partes relacionadas em termos consolidados. No consolidado, a dívida em reais em 31 de dezembro de 2012 era de R$5.404,6 milhões (30,9% do total da dívida), enquanto a dívida em moeda estrangeira era de R$12.107,0 milhões (69,1% do total da dívida). Nossa estratégia de financiamento tem sido continuar a alongar o prazo médio de vencimento de nosso endividamento, inclusive mediante a amortização de dívida de curto prazo por meio de empréstimos de longo prazo e emissão de títulos de dívida de longo prazo para aumentar os níveis de liquidez e melhorar a flexibilidade estratégica, financeira e operacional. Nossa estratégia de financiamento para os próximos anos prevê a manutenção de liquidez adequada e um perfil de vencimento da dívida que seja compatível com a geração prevista de fluxos de caixa. Além disso, acreditamos que os investimentos de capital não irão afetar negativamente a qualidade de nossos índices de endividamento ou a abordagem disciplinada na alocação de capital. 91 Endividamento de curto prazo A dívida consolidada de curto prazo, incluindo a parcela corrente da dívida de longo prazo, era de R$1.836,0 milhões em 31 de dezembro de 2012. A Companhia tem linhas de financiamento de curto prazo denominadas em reais junto a várias instituições financeiras no Brasil. Embora não tenha linhas de crédito compromissadas com estas instituições financeiras, a administração acredita que continuará a ser capaz de obter crédito suficiente para financiar as necessidades de capital circulante líquido, considerando seu relacionamento com as referidas instituições financeiras as atuais condições de mercado. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo consolidado das linhas de financiamento de curto prazo em reais era de R$999,6 milhões. A Companhia também obtém adiantamentos sobre determinados contratos de exportação de diversas instituições financeiras brasileiras. Tais adiantamentos geralmente possuem vencimento em menos de um ano e baixas taxas de juros. Esses adiantamentos de contratos de exportação são geralmente garantidos por recebíveis a serem gerados por futuras exportações realizadas sob tais contratos. Em 31 de dezembro de 2012, os adiantamentos a contratos de exportação consolidados em aberto somavam R$173,9 milhões (US$85,1 milhões). Vide Nota 19 às demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório. Endividamento de longo prazo As principais fontes de créditos de longo prazo da Companhia são: • notas a juros fixos emitidas no mercado internacional; • notas de crédito de exportação; • linhas de crédito com o BNDES; • linhas de crédito bancárias; • financiamento de projeto; • BNB/FINAME/FINEP/FUNDES; e • linhas de pré-pagamento de exportação. Alguns dos instrumentos mencionados também contêm outras obrigações que restringem, dentre outras coisas, a capacidade da Companhia e da maioria de suas subsidiárias de assumir garantias ou passar por processo de incorporação ou fusão com outras entidades ou alienar de outra forma a totalidade ou parte substancial de seus ativos. Além disso, instrumentos que representam uma parcela substancial de nosso endividamento contêm cláusulas sobre eventos de inadimplência ou antecipação de vencimentos cruzados, pelos quais a ocorrência de alguma das restrições acima, com base nesse instrumento, poderia dar ensejo a um evento de inadimplência ou permitir que os credores acelerem a dívida decorrente daquele instrumento. Em 31 de dezembro de 2012, R$2.919,3 milhões da dívida em reais e R$496,0milhões da dívida em moeda estrangeira estavam garantidos. Para garantir essa dívida, a Companhia caucionou alguns itens do imobilizado e certas contas a receber As obrigações de garantia dessas dívidas variam de acordo com a respectiva transação. 92 Notas a taxas fixas A Companhia emitiu títulos de dívida a taxas fixas no mercado internacional. Incidem sobre todos os títulos juros semestrais sobre o período vencido, com exceção dos bônus perpétuos, sobre os quais incidem juros trimestrais. A tabela a seguir mostra os títulos a taxas fixas em aberto, o valor do principal em aberto e respectivas datas de vencimento. Valor do principal em aberto em 31 de dezembro de 2012 Título Vencimento final (em milhões de dólares) Notas a 11,75% com vencimento em 2014 .................................................. Notas a 9,375% com vencimento em 2015 .................................................. Notas a 8,00% com vencimento em 2017 .................................................... Notas a 7,250% com vencimento em 2018 (1)............................................. Notas a 7,00% com vencimento em 2020 (1)............................................... Notas a 5,75% com vencimento em 2021 (1)............................................... Notas a 5,375% com vencimento em 2022 (1)............................................. Notas a 7,125% com vencimento em 2041 (2)............................................. Bônus perpétuo a 7,375% (1) ....................................................................... 78,9 65,1 130,2 500,0 747,5 997,5 500,0 750,0 700,0 Janeiro de 2014 Junho de 2015 Janeiro de 2017 Junho de 2018 Maio de 2020 Abril de 2021 Maio de 2022 Julho de 2041 — _____________________________ (1) (2) Representa notas emitidas pela Braskem Finance e garantidas pela Braskem. Representa notas emitidas pela Braskem America Finance e garantidas pela Braskem. Linhas de Crédito de Notas de Exportação A Companhia contratou diversas linhas de notas de crédito à exportação. A tabela abaixo mostra as principais linhas de notas de crédito à exportação em aberto, os valores em aberto de tais linhas, taxas de juros aplicáveis, calendário de amortização e vencimento das mesmas. Data de emissão Novembro de 2012........................................... Dezembro de 2011 ........................................... Fevereiro 2011 ................................................. Junho 2010 ....................................................... Junho 2012 ....................................................... Setembro de 2012 ............................................ Abril 2007(2) ................................................... Novembro 2006(2) ........................................... Abril 2011 ........................................................ Maio 2007(2) ................................................... Agosto 2011 ..................................................... Janeiro 2008(2) ................................................ ________________________________ (1) (2) Principal em Aberto e juros em 31 de dezembro de 2012 (em milhões de reais) 100,6 217,3 297,4 256,5 103,8 305,7 104,0 161,2 456,9 154,3 402,5 316,0 Calendário de Amortização Taxa de Juros 106% do CDI 103% do CDI 99% do CDI 12,13% 103% do CDI 103% do CDI 7,87% 8,1% 112,5% do CDI 7,85% 112,5% do CDI 7,3% Pago no vencimento Pago no vencimento Anual (1) Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Pago no vencimento Vencimento final Novembro de 2013 Dezembro de 2013 Fevereiro 2014 Junho 2014 Junho 2014 Setembro de 2015 Março 2018 Maio 2018 Abril 2019 Maio 2019 Agosto 2019 Fevereiro 2020 O principal desta linha vence com pagamentos de R$50,0 milhões em fevereiro de 2013 e de R$200,0 milhões em fevereiro de 2014. Linha denominada em dólares norte-americanos. Linhas de Crédito com o BNDES Linhas de Crédito a Prazo A Companha contratou uma série de linhas de crédito junto ao BNDES. Os recursos provenientes de tais linhas de crédito foram utilizados para financiar diversos investimentos, entre eles: • expansão da capacidade anual de produção de eteno na unidade de Santo André em 233.000 toneladas; • extensão do gasoduto da REVAP, em São José dos Campos, até a RECAP, em Mauá; • expansão da capacidade de produção anual de polipropileno de uma de nossas unidades no Polo de Triunfo em 100.000 toneladas. 93 • expansão da capacidade anual de produção de PEBD e PEAD em Capuava em 200.000 toneladas; • construção das instalações de polietileno “verde”; • construção da nova unidade de butadieno; • construção das novas instalações de PVC; • construção de um novo poço de sal em Maceió, Alagoas, para abastecer a Unidade de Vinílicos; • substituição de alguns equipamentos em nossa unidade de PVC no Polo de Camaçari; e • projetos de qualidade, produtividade, ambientais, de saúde e segurança em nossas unidades. A tabela abaixo apresenta informações selecionadas a respeito das linhas de crédito a prazo com o BNDES em 31 de dezembro de 2012. Principal em Aberto e Juros (em milhões de reais) Linha Linha de crédito junho de 2006(1) ................................ Empréstimos Cesta de Moedas ................................ 8,1 Empréstimos TJLP ................................................................ 67,1 Linha de crédito agosto de 2007(1) ................................ Empréstimos Cesta de Moedas ................................ 12,6 91,6 Empréstimos TJLP ................................................................ Linha de crédito junho de 2009(2) ................................ 44,4 Empréstimos Cesta de Moedas ................................ Empréstimos TJLP ................................................................ 407,7 Linha de crédito dezembro de 2010(3)................................ Empréstimos Cesta de Moedas ................................ 101,6 351,4 Empréstimos TJLP ................................................................ Empréstimos taxa fixa ................................................................ 43,1 Linha de crédito novembro de 2011(5) ................................ Empréstimos Cesta de Moedas ................................ 28,4 110,1 Empréstimos TJLP ................................................................ Taxa de Juros Calendário de Amortização Vencimento final Cesta de Moedas mais 2,50% TJLP mais 1,0% a 3,0% Mensal Mensal Julho de 2014 Junho de 2014 Cesta de Moedas mais 2,80%; TJLP mais 2,8% a 3,3% Mensal Mensal Abril de 2016 Fevereiro de 2016 Cesta de Moedas mais 2,58% TJLP mais 0% a 4,78% Mensal Mensal Julho de 2017 Junho de 2017 Cesta de Moedas mais 2,58% TJLP mais 0% a 3,58% 5,50% Mensal (4) Mensal (4) Mensal (4) Janeiro de 2020 Dezembro de 2019 Dezembro de 2019 Cesta de Moedas mais 2,45% TJLP mais 0% a 3,45% Mensal Mensal Janeiro de 2021 Dezembro de 2020 ______________ (1) (2) (3) (4) (5) Relativo à Aquisição da Quattor. Relativo à unidade de polietileno “verde” que iniciou operações em setembro de 2010. Relativo à unidade de PVC em Alagoas, que entrou em operação em agosto de 2012. Pagamentos do principal desta série se iniciam em julho de 2013. Relativo à planta de butadieno no Polo de Triunfo, que entrou em operação em setembro de 2012. Cada uma dessas linhas de crédito é assegurada por hipotecas de (1) duas unidades da Quattor localizadas nas cidades de Santo André e Mauá, ou (2) duas unidades da Companhia no Polo de Triunfo (inclusive o terreno onde está localizada essa unidade, bem como certos equipamentos, máquinas e melhorias em tal unidade). Contratação de Linha de Crédito Rotativo Em novembro e dezembro de 2012, a Companhia contratou duas linhas de crédito rotativo com determinadas instituições financeiras nos valores totais de principal de R$450,0 milhões e US$350,0 milhões. Os recursos desses empréstimos serão utilizados para financiar a fabricação e/ou comercialização de produtos químicos, petroquímicos e baseados em etanol, como capital de giro ou para o financiamento de compras de bens e serviços. Os empréstimos possuem juros flutuantes com base nas taxas CDI e LIBOR mais 0,95% e 1,65% por ano. O valor do principal destes empréstimos deve ser pago no vencimento em dezembro de 2015 e dezembro de 2016. Em 31 de dezembro de 2012, os valores em aberto destas linhas de crédito eram de R$450,0 milhões e US$350,0 milhões. Linhas Stand-by de Crédito Rotativo Adicionalmente, contratamos linhas stand-by de crédito rotativo com o BNDES. Os empréstimos segundo essas linhas devem ser utilizados para financiar investimentos em projetos específicos, entre eles: • expansão e modernização de ativos fixos; 94 • aquisição de novas máquinas e equipamentos produzidos no Brasil; • programas relacionados a treinamento e gestão técnica e tecnologia da informação; • programas de investimento social; • investimentos ambientais; e • investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. As taxas de juros para empréstimos concedidos por tais linhas são determinadas na época em que tais empréstimos sejam tomados, com base na TJLP ou na média anual da cesta de moedas publicada pelo BNDES, a taxa Cesta de Moedas. Os empréstimos concedidos nessas linhas possuem vencimento de até 10 anos. O valor em aberto do principal e juros para cada um desses empréstimos será devido em parcelas mensais após o término da carência destes empréstimos, que varia geralmente entre um ano e 18 meses, dependendo dos termos da linha em questão. A tabela abaixo apresenta informações selecionadas a respeito das linhas de crédito rotativo com o BNDES em 31 de dezembro de 2012. Principal Contratado (em milhões de reais) Linha setembro de 2006(1) ................................ R$338,4 Linha Principal em Aberto e Juros (em milhões de reais) Taxa de Juros Média Ponderada Vencimento do Contrato Empréstimos Cesta de Moedas................................ Empréstimos TJLP ................................ Linha junho de 2007 ................................R$600,0 10,7 44,4 Cesta de Moedas mais 1,82% a 2,50% TJLP mais 2,02% a 3,32% Julho de 2014 Maio de 2014 Empréstimos Cesta de Moedas................................ Empréstimos TJLP ................................ Dezembro de 2009(2) ................................ R$500,0 42,5 173,5 Cesta de Moedas mais 1,32% a 2,21% TJLP mais 1,81% a 2,32% Abril de 2015 Abril de 2015 Empréstimos Cesta de Moedas................................ Empréstimos TJLP ................................ Taxa fixa ................................................................ Novembro de 2011 ................................ R$2.460,0 93,4 319,0 14,3 TJLP mais 2,58% a 3,58% 4,5% Janeiro de 2017 Janeiro de 2017 Janeiro de 2017 Empréstimos Cesta de Moedas................................ Empréstimos TJLP ................................ Taxa fixa ................................................................ ______________ 143,2 583,0 64,1 Cesta de Moedas mais 2,42% a 2,45% TJLP mais 2,05% a 3,45% 4,0% Outubro de 2018 Setembro de 2018 Julho de 2018 Cesta de Moedas mais 2,58% (1) (2) Relativo a uma linha CALC junto ao BNDES. Relativo à linha CALC junto ao BNDES, segurada por garantia de uma de nossas craqueadoras no Polo de Triunfo. Os desembolsos dessas linhas dependem da garantia pela Companhia de ativos fixos com valor no mínimo igual ao total em aberto do principal de tais linhas. A Companhia ofereceu como garantia uma de suas craqueadoras no Polo de Triunfo, uma de suas unidades de polietileno no Polo de Triunfo e a unidade de cloro-soda em Alagoas a fim de assegurar tais linhas (inclusive o terreno onde está localizada a planta, bem como certos equipamentos, máquinas e melhorias em tal planta). Linhas de crédito bancárias Entre setembro e dezembro de 2011, a Companhia celebrou cinco acordos de financiamentos, cada um no valor total de US$50,0 milhões, com instituições financeiras brasileiras e estrangeiras. A Companhia utiliza os fundos do empréstimo para a fabricação e venda de produtos químicos, petroquímicos e à base de etanol. Os empréstimos possuem juros de LIBOR + 1,70% mais 2,25%, e vencimento entre março de 2015 e dezembro de 2016. Acordos de Pré-Pagamento de Exportação A Companhia firmou inúmeros contratos de pré-pagamento de exportações. Um dos contratos de pré-pagamento de exportações é garantido por alguns recebíveis de exportação da Companhia. A tabela abaixo mostra os contratos significativos em aberto de prépagamento de exportações, o valor do principal em aberto dessas linhas, a taxa de juros incidente, o cronograma de amortização e as datas de vencimento. 95 Emissão Valor do principal em aberto em 31 de dezembro de 2012 (em milhões de dólares) Maio de 2010 ................................................... Dezembro de 2010 ........................................... 150,0 100,0 Taxa de juros LIBOR + 2,40% LIBOR + 2,47% Cronograma de amortização No vencimento Semestral (1) Vencimento final Maio de 2015 Dezembro de 2017 ______________ (1) A amortização dessa linha começa em dezembro de 2015 Em 3 de dezembro de 2012, o governo federal brasileiro introduziu importantes alterações às normas aplicáveis a novos acordos de pré-pagamento de exportações. Tais regras permitiram financiamentos de pré-pagamento de exportação para operações financeiras com vencimento em até cinco anos, os quais eram limitados anteriormente a 360 dias. Embora as linhas de pré-pagamento de exportações tenham correspondido historicamente por uma parte importante de nossa estratégia de financiamento, em 31 de dezembro de 2012 tais linhas correspondiam a apenas 2,9% de nosso endividamento em aberto. Empréstimo-Ponte entre Companhias Em 13 de fevereiro de 2012, a Braskem Idesa celebrou um contrato de empréstimo segundo o qual a Braskem Netherlands B.V. e a Etileno XXI S.A. de C.V. se comprometem a emprestar um valor total de principal de US$400,0 milhões. O acordo foi alterado em 05 de novembro de 2012 visando aumentar o valor de principal do empréstimo para até US$935,0 milhões. Tal empréstimo possui juros indexados pela taxa LIBOR mais 2,25% por ano, com vencimento em junho de 2013. Em 31 de dezembro de 2012, o valor do principal em aberto neste acordo era de US$314,0 milhões. Operações não registradas contabilmente Atualmente não há operações não registradas contabilmente. ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS Conselheiros e diretores O conselho de administração e a diretoria da Companhia são responsáveis pela operação dos negócios. Conselho de administração da Braskem Nosso Estatuto Social estabelece a existência de um conselho de administração composto de onze conselheiros e onze suplentes. Durante a ausência ou impedimento temporário de um membro efetivo de nosso conselho de administração, o respectivo suplente substitui o membro efetivo ausente ou impedido. Nosso conselho de administração é um órgão deliberativo responsável, entre outros assuntos, pela fixação das políticas e diretrizes para os nossos negócios e os de nossas subsidiárias e controladas. Nosso conselho de administração é também responsável pela fiscalização da diretoria e pelo monitoramento da implantação das políticas e diretrizes periodicamente fixadas pelo próprio conselho de administração. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, nosso conselho de administração é também responsável pela contratação de uma empresa de auditoria independente registrada. Os membros do conselho de administração são eleitos em assembleia geral para mandatos de dois anos, podendo ser reeleitos. Os mandatos de todos os atuais conselheiros expiram em nossa Assembleia Geral Ordinária de 2014. Os membros do conselho de administração da Companhia podem ser destituídos a qualquer tempo, com ou sem justa causa, em assembleia geral de acionistas. O nosso estatuto social não contém quaisquer exigências quanto à cidadania ou residência, e os membros do conselho de administração não precisam ser acionistas de nossa companhia. Nosso conselho de administração é presidido pelo presidente do conselho de administração e, em sua ausência, pelo vice-presidente do conselho. O presidente e o vice-presidente do conselho de administração são eleitos em assembleia geral dentre os conselheiros, têm mandato de dois anos e podem ser reeleitos. Nosso conselho de administração reúne-se ordinariamente quatro vezes por ano, ou em caráter extraordinário, quando convocado pelo presidente, pelo vice-presidente ou por quaisquer outros dois conselheiros. As deliberações de nosso conselho de administração exigem quórum de instalação representado pela maioria dos conselheiros, sendo tomadas por maioria de votos, a não ser alguns atos que requerem o consenso dos indicados da Odebrecht e da Petrobras em conformidade com o Acordo de Acionistas da Petrobras. Vide “Item 7. Principais acionistas e operações com partes relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas—Acordo de Acionistas da Petrobras.” 96 A tabela a seguir apresenta algumas informações relativas aos atuais membros do conselho de administração e seus suplentes: Nome Membro desde Cargo Marcelo Bahia Odebrecht Cláudio Melo Filho Luiz de Mendonça Paulo Oliveira Lacerda de Melo Alvaro Fernandes da Cunha Filho Carla Gouveia Barretto Felipe Montoro Jens Mauro Motta Figueira Alfredo Lisboa Ribeiro Tellechea André Amaro da Silveira José Carlos Cosenza Antonio Aparecida de Oliveira José Alcides Santoro Martins Arão Dias Tisser Newton Sergio de Souza Mônica Bahia Odebrecht Almir Guilherme Barbassa Gustavo Tardin Barbosa Roberto Zurli Machado José de Freitas Mascarenhas Patrick Horbach Fairon Andrea Damiani Maia 25/07/08 03/10/05 27/04/12 27/04/12 06/11/97 15/04/09 31/4/10 27/04/12 15/04/09 15/04/09 12/06/12 30/04/10 27/04/12 25/07/08 15/08/01 31/01/11 30/04/10 28/02/12 27/04/12 15/08/01 13/08/12 30/04/10 Presidente do Conselho Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Conselheiro Suplente Idade 44 45 49 61 64 45 42 42 56 49 61 52 58 37 59 42 65 51 56 71 57 41 Segue-se um sumário da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos dos atuais conselheiros da Companhia e seus suplentes. Conselheiros Marcelo Bahia Odebrecht. O Sr. Odebrecht foi eleito para o conselho de administração por indicação da Odebrecht. É Presidente da Odebrecht S.A. desde o final de 2008. O Sr. Odebrecht é formado em engenharia civil pela Universidade Federal da Bahia – UFBA e tem MBA pelo International Institute for Management Development – IMD, Business School de Lausanne, na Suíça. Alvaro Fernandes da Cunha Filho. O Sr. Cunha Filho foi eleito para o conselho de administração por indicação da Odebrecht. Atualmente, ocupa o cargo de presidente da Valora Participações Ltda. O Sr. Cunha Filho atuou como vice-presidente do conselho de administração da Norquisa de 1997 a 1999, e de 2001 a 2003, tendo também sido conselheiro da Norquisa. Ocupou diversos cargos executivos em subsidiárias e coligadas da Odebrecht. O Sr. Cunha Filho é formado em engenharia civil e tem mestrado em economia pela UFBA. Alfredo Lisboa Ribeiro Tellechea. O Sr. Tellechea foi eleito para o conselho de administração por indicação da Odebrecht. Atuou como um dos vice-presidentes executivos da Braskem de 2007 a 2009 e chefiou a Unidade de Poliolefinas da Braskem de 2008 a 2009. O Sr. Tellechea ocupou anteriormente diversos cargos no Grupo Ipiranga, entre eles o de superintendente chefe da Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga de 2002 a 2006, superintendente chefe da Ipiranga Petroquímica de 2006 a 2007 e diretor presidente da Copesul de 2007 até 2009. É formado em engenharia civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, com pós-graduação em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing —ESPM. Newton Sergio de Souza. O Sr. Souza integra nosso conselho de administração, por indicação da Odebrecht. É diretor jurídico e diretor executivo da Odebrecht desde maio de 1997 e diretor executivo da Norquisa desde abril de 2003. Ocupa diversos cargos executivos em subsidiárias e coligadas da Odebrecht. O Sr. Souza atuou como presidente do conselho de administração da Companhia de Concessões Rodoviárias - CCR. O Sr. Souza também atuou como advogado visitante no escritório de advocacia Dechert, Price & Rhoads (Filadélfia), como advogado sênior do escritório de advocacia Pinheiro Neto Advogados de 1976 a 1982 e como advogado sênior da Divisão da América Latina e Caribe do Banco Mundial (Washington, D.C.) de 1982 a 1987. O Sr. Souza é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRS) e tem mestrado pela University of Pennsylvania. Almir Guilherme Barbassa. O Sr. Barbassa ingressou no conselho de administração como indicado da Petrobras. É diretor financeiro e diretor de relações com investidores da Petrobras desde julho de 2005. O Sr. Barbassa ingressou na Petrobras em 1974 e trabalhou em diversos cargos financeiros e de planejamento, no Brasil e no exterior. Atuou como gerente de finanças corporativas e tesouraria da Petrobras e também em diversas ocasiões como gerente financeiro e presidente de subsidiárias da Petrobras que realizam atividades financeiras internacionais. Foi professor de economia na Universidade Católica de Petrópolis e nas Faculdades Integradas Bennett de 1973 a 1979. Tem mestrado em economia pela FGV. 97 Felipe Montoro Jens. O Sr. Jens foi eleito suplente do conselho de administração por indicação da Odebrecht. É atualmente diretor financeiro da Odebrecht S.A. e responsável pela Odebrecht Participações e Investimentos (OPI). O Sr. Jens trabalhou ainda no grupo Odebrecht nas áreas de planejamento, controladoria, tesouraria, financiamento corporativo de projeto, no Brasil e no exterior (Reino Unido e Singapura) além de servir no conselho de administração das seguintes controladas da Odebrecht: Odebrecht Agroindustrial (açúcar e etanol), Odebrecht Ambiental (água e esgoto), Odebrecht Realizações Imobiliárias (empreendimentos imobiliários), Odebrecht Óleo & Gás (petróleo e gás), Odebrecht Transport (concessões de infraestrutura no Brasil), Odebrecht Defesa e Tecnologia (defesa e tecnologia), Odebrecht Latinvest (concessões de infraestrutura na América Latina) e Odebrecht Energia (geração de energia renovável). Trabalhou ainda na Terna S.p.A (Enel Group S.p.A) na área de desenvolvimento de projetos e finanças estruturadas, na Enron, na divisão internacional de finanças estruturadas e na PricewaterhouseCoopers nas divisões de auditoria e consultoria. É formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e possui mestrado em gestão internacional pela Thunderbird, The American Garvin School of International Management (EUA) Luiz de Mendonça. O Sr. Mendonça foi eleito para o conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. É atualmente diretor presidente da Odebrecht Agroindustrial (antiga ETH Bioenergia). O Sr. Mendonça juntou-se ao Grupo Odebrecht em 2002, quando começou a trabalhar na Braskem, onde ocupou vários cargos, tais como vice-presidente executivo da unidade de poliolefinas, vice-presidente executivo da unidade de petroquímicos básicos e vice-presidente executivo da unidade de polímeros. Atuou ainda como diretor presidente da Braskem QPar S.A. (antiga Quattor Participações). Em 2011, foi indicado como diretor presidente da Braskem America e vice-presidente executivo da unidade internacional da Braskem. Antes de juntar-se à Braskem, o Sr. Mendonça passou grande parte de sua carreira na empresa Rhodia, nos setores de têxteis e químicos, onde ocupou diversos cargos de negócios e operacionais em toda a América Latina, França e Estados Unidos. É formado em engenharia de produção pela Universidade de São Paulo e possui MBA pelo Insead-França. José Alcides Santoro Martins. O Sr. Santoro Martins foi eleito para o conselho de administração da Companhia por indicação da Petrobras. Ocupa o cargo de diretor executivo de gás e energia na Petrobras desde fevereiro de 2012. O Sr. Santoro Martins é funcionário da Petrobras há 33 anos e já ocupou diversos cargos administrativos, além de ter servido no conselho de administração de diversas controladas da Petrobras. Além disso, ocupou o cargo de diretor-gerente da Termobahia S.A., Termoceará Ltda. e da Termomacaé Ltda. entre setembro/outubro de 2008 e março/abril de 2012 e foi diretor administrativo da Sociedade Fluminense de Energia Ltda. entre agosto de 2008 e dezembro de 2011. O Sr. Santoro Martins serviu ainda como diretor de tecnologia no Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER entre fevereiro de 2004 e maio de 2005 e diretor de petróleo, gás e biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) entre maio de 2005 e junho de 2006. É atualmente presidente do conselho da Transportadora Associada de Gás S.A. e membro efetivo do conselho de administração da Petrobras Gas S.A. e da Petrobras Transportes S.A. É formado em engenharia civil pela Universidade de São Paulo (USP). Roberto Zurli Machado. O Sr. Zurli foi eleito para o conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. Trabalhou como consultor em projetos de transporte até 1984, quando se juntou ao BNDES. Entre 1985 e 2006, ocupou vários cargos nas divisões de Transporte, Logística e Telecomunicações do BNDES. Entre 2006 e 2011, atuou como conselheiro suplente das divisões de indústrias básicas, onde era responsável pelos setores de mineração, siderúrgico, químico e petroquímico, papel e celulose e petróleo e gás. O Sr. Zurli foi eleito para o conselho de administração do BNDES em 2011 e ocupa atualmente tal cargo, onde é responsável pela área de infraestrutura, incluindo os setores de energia e transporte, bem como indústrias básicas e estruturação de parcerias público-privadas. É formado em engenharia civil e possui mestrado em engenharia industrial. Patrick Horbach Fairon. O Sr. Fairon foi eleito para o conselho de administração por indicação da Petrobras. Anteriormente, foi membro do nosso conselho de administração entre 2004 e 2007, presidente do conselho de administração da Nova Petroquímica S.A de 2007 a 2008, vice-presidente do conselho de administração da Quattor e suas subsidiárias, e membro do conselho de administração da Petroquímica Suape de 2006 a 2010 e da REFAP de 2003 a 2010. De 2000 a 2005, foi diretor financeiro da Downstream Participações S.A e entre 2004 e 2010 foi diretor executivo da Petroquisa S.A. Entre 2010 e 2012, foi diretor executivo da Braskem. Desde 2012 é gerente executivo da Petrobras Petrochemical Downstream. Também atuou como gerente geral de desenvolvimento de negócios da Petrobras. O Sr. Fairon é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em administração de empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e MBA em finanças pelo COPPEAD. Também participou do Programa de Gestão Avançada no INSEAD, na França, e do Programa de Gestão Executiva da Kellogg, e é pósgraduado em automação pela Petrobras (CENEL). José Carlos Cosenza. O Sr. Cosenza foi eleito para o conselho de administração da Companhia por indicação da Petrobras. Juntou-se à Petrobras em 1976 e atua como diretor de abastecimento de tal empresa desde abril de 2012. Anteriormente, foi gerente de produção na Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), gerente-geral tanto da Refinaria do Paraná (REPAR) quanto da Refinaria de Paulínia (REPLAN) e diretor executivo da Petrobras Argentina e Petrobras Uruguai. Serviu ainda como vice-presidente do projeto de expansão da Refinaria de Pasadena nos Estados Unidos e gerente executivo de refino. É formado em engenharia química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 98 Suplentes Cláudio Melo Filho. O Sr. Melo foi eleito suplente do conselho de administração por indicação da Odebrecht. É atualmente vicepresidente de relações institucionais e políticas da Odebrecht. Atuou como gerente financeiro e gerente de contrato em diversos projetos no Brasil e em Angola para a CNO de 1990 a 2004. É formado em administração de empresas pela Universidade de Brasília e pós-graduado em administração financeira pela Fundação Getulio Vargas - FGV. Antonio Aparecido de Oliveira. O Sr. Oliveira foi eleito suplente do conselho de administração por indicação da Norquisa. É gerente de produtos petroquímicos da Petrobras. Ingressou na Petrobras em 1987 e atuou em diversos cargos técnicos, executivos e gerenciais. Também atuou como membro do conselho de administração da Ipiranga Petroquímica de 2007 a junho de 2008, membro do conselho de administração da Quattor de junho de 2008 a junho 2010 e superintendente corporativo e de planejamento da FINEP. O Sr. Oliveira é formado em engenharia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e possui mestrado em administração de empresas pela UFRJ. Também participou de diversos programas de especialização em administração de negócios e no setor petrolífero, entre eles programas de educação executiva na Wharton School da University of Pennsylvania e na Harvard Business School. André Amaro da Silveira. O Sr. Amaro foi eleito suplente do conselho de administração por indicação da Odebrecht. Foi também presidente da Bento Pedroso Construções S.A., subsidiaria integral do grupo Odebrecht, de agosto de 2006 a julho de 2008. Atuou como um dos vice-presidentes executivos da Braskem de 2008 a 2009 e como chefe de planejamento, suprimento e desenvolvimento de negócios da Braskem de 2008 a 2009. Ocupou diversos cargos no Grupo Odebrecht desde 1988, incluindo o de diretor de planejamento de negócios da Construtora Norberto Odebrecht S.A. de 2003 a 2006 e o de vice-presidente de planejamento estratégico da Odebrecht Bau Ag, na Alemanha, de 1994 a 2007. É formado em engenharia civil pela UFMG, com MBA pelo IMD-International, na Suíça. Carla Gouveia Barretto. A Sra. Barretto foi eleita suplente do conselho de administração por indicação da Odebrecht. A Sra. Barretto é chefe de planejamento estratégico da Odebrecht desde 2008 e é atualmente diretora executiva da área de clientes privados da Odebrecht Properties. Ocupou diversos cargos no Grupo Odebrecht, entre eles o de controller da CNO de 2005 a 2007 e controller da Braskem de 2002 a 2005. É formada em administração de empresas pela Universidade Salvador (UNIFACS), com MBA pela Fundação Dom Cabral. José de Freitas Mascarenhas. O Sr. Mascarenhas integra nosso conselho de administração como suplente, por indicação da Odebrecht. É diretor da Odebrecht desde setembro de 2001, tendo ocupado diversos cargos executivos em outras empresas do Grupo Odebrecht. Atua também como vice-presidente da CNI - Confederação Nacional das Indústrias desde outubro de 1985 e como presidente da Federação das Indústrias do estado da Bahia (FIEB) desde Abril de 2010, cargo que já ocupara entre 1992 a 2002. Ele também foi vice-presidente da Associação Brasileira de Indústrias Químicas e Produtos Derivados entre maio de 1993 e abril de 2008. É também membro do MBC – Movimento Brasil Competitivo. O Sr. Mascarenhas é formado em engenharia civil pela UFBA. Andrea Damiani Maia de Andrade. A Sra. Andrade foi eleita suplente do conselho de administração por indicação da Petrobras. Atua como advogada na Petrobras desde 2004. Atuou como gerente seccional de novos negócios do departamento jurídico da Petrobras. É formada em direito pela USP, com pós-graduação em direito concorrencial pela FGV do Rio de Janeiro. Participou de cursos de extensão em negociações de contratos de gás natural na University of Dundee, na Escócia. Mônica Bahia Odebrecht. A Srta. Odebrecht foi eleita suplente do conselho de administração por indicação da Odebrecht. Desde 2009 atua como diretora da ODBINV S.A, empresa controladora da Odebrecht, e atualmente é diretora de várias empresas do Grupo Odebrecht, atuando, inclusive, como diretora jurídica da Odebrecht. Trabalhou anteriormente nas áreas de engenharia e construção do grupo Odebrecht, sendo responsável pelos setores corporativo e financeiro até 2008. De 2000 a 2002, atuou nas áreas corporativa e financeira de várias empresas químicas e petroquímicas do grupo Odebrecht. De 1999 a 2000, trabalhou na Clifford Chance, U.S LLP, nos Estados Unidos. Trabalha no Grupo Odebrecht desde 1994. A Srta. Odebrecht é bacharel em direito pela Universidade Católica de Salvador. Gustavo Tardin Barbosa. O Sr. Barbosa foi eleito suplente do conselho de administração por indicação da Petrobras. O Sr. Barbosa é Gerente Executivo de Finanças na Petrobras desde 2011, tendo sido anteriormente Gerente Financeiro da Petrobras America Inc. (PAI). Bacharel em engenharia civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, possui pós-graduação em Corporate Finance pela London Business School e em Advanced Management pela Wharton School. Arão Dias Tisser. O Sr. Tisser foi eleito suplente do nosso conselho de administração, por indicação da Petrobras. Atuou anteriormente como membro do conselho de administração de maio de 2008 a julho de 2008, e foi eleito pela primeira vez como suplente do conselho de administração em março de 2008. É coordenador de gestão de empresas holding nos centros petroquímicos da Petrobras desde 2004 e trabalhou na gestão comercial de nafta e matérias-primas industriais da Petrobras de fevereiro de 2001 a outubro e 2004. É membro suplente do conselho de administração da Triunfo. O Sr. Tisser é formado em engenharia civil pela UFRJ, com mestrado em engenharia pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE/UFRJ. 99 Mauro Motta Figueira. O Sr. Figueira foi eleito como membro suplente do conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. É atualmente diretor de planejamento Financeiro da Odebrecht S.A. Anteriormente, foi analista financeiro no Citibank e gerente de planejamento estratégico na OPP Petroquímica até 2002; consultor sênior na empresa de consultaria em gestão A.T. Kearney entre 2004 e 2006, controlador de marketing na Johnson & Johnson entre 2006 e 2008 e gerente sênior na empresa de consultoria estratégica Monitor Group entre 2008 e 2010. É formado em engenharia de produção pela Universidade de São Paulo e possui MBA pela Darden School of Business. Paulo Oliveira Lacerda de Melo. O Sr. Melo foi eleito como membro suplente do conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. É atualmente diretor de operações da Odebrecht S.A. e atuou como vice-presidente sênior da Construtora Norberto Odebrecht S.A. de 1997 a 2010. Após juntar-se ao Grupo Odebrecht, trabalhou como gerente de projetos em vários projetos no Brasil entre 1978 e 1987. Atuou ainda como diretor-gerente da Odebrecht em Angola entre 1988 e 1992 e diretor presidente da Tenenge – Técnica Nacional de Engenharia S.A., divisão de EPC da Odebrecht, entre 1993 e 1996. É formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Fundação de Ensino Superior de Pernambuco. Diretoria da Braskem A diretoria é nosso órgão de administração executiva. Os diretores são nossos representantes legais, responsáveis por nossa organização interna e pelas operações cotidianas, assim como pela implantação das políticas e diretrizes gerais periodicamente fixadas por nosso conselho de administração. Nosso estatuto social estabelece que a diretoria será composta de um diretor-presidente e três a nove diretores adicionais, cada qual responsável por áreas de negócio a eles atribuídas pelo conselho de administração. Os membros de nossa diretoria, ressalvado o diretor-presidente, não possuem denominação específica (sendo apenas designados "diretores"), mas ocupam os cargos informais que constam da tabela abaixo. Os membros de nossa diretoria são eleitos pelo conselho de administração para um mandato de três anos, podendo ser reeleitos. O mandato atual de todos os nossos diretores expira em nossa assembleia geral ordinária ser realizada em 2015. O conselho de administração pode destituir qualquer diretor a qualquer tempo, com ou sem justa causa. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os diretores devem ser residentes no Brasil, mas não precisam ser acionistas. Nossa diretoria realiza reuniões quando convocada pelo diretor presidente. A tabela a seguir mostra os atuais membros de nossa diretoria: Nome Carlos José Fadigas de Souza Filho ........................ Ano da indicação 2010 Marcela Aparecida Drehmer Andrade ..................... Mauricio Roberto de Carvalho Ferro ...................... Décio Fabricio Oddone da Costa ............................. Edmundo José Correia Aires ................................... 2010 2002 2010 2010 Luciano Nitrini Guidolin .......................................... Rui Chammas........................................................... 2012 2012 Cargo Diretor Presidente Diretora Vice-Presidente, Diretora Financeira e Diretora de Relações com Investidores Diretor Vice-Presidente e Diretor Jurídico Diretor Vice-Presidente de Investimentos Diretor Vice-Presidente de Tecnologia e Inovação Diretor Vice-Presidente da de Poliolefinas, Projeto COMPERJ e Renováveis Diretor Vice-Presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos Idade 43 44 47 52 54 40 46 A seguir encontram-se informações resumidas acerca da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos de nossos atuais diretores. Carlos José Fadigas de Souza Filho. O Sr. Carlos Fadiga é o nosso atual diretor presidente, cargo que ocupa desde 2010. Ingressou na Braskem em 2007, e desde então atuou como diretor financeiro e de relações com investidores da Braskem e diretor presidente da Braskem America. Em 1993, ingressou no grupo Odebrecht atuando como analista de investimentos da Odebrecht Química e foi diretor de planejamento estratégico na OPP Petroquímica e na Trikem. Posteriormente, ocupou vários cargos no Grupo Odebrecht, entre os quais diretor-controller na OPP Petroquímica e na Trikem em 2000, gerente financeiro na CNO em 2002 e diretor financeiro na CNO em 2004. De 1991 a 1992 o Sr. Fadigas trabalhou como gerente de relacionamentos no Citibank. É graduado em Administração pela Universidade de Salvador (UNIFACS) e possui MBA pelo IMD, na Suíça. Marcela Aparecida Drehmer Andrade. A Sra. Drehmer é uma de nossas diretoras vice-presidentes, diretora financeira e de relações com investidores. Atuou como diretora financeira da Braskem de 2004 a 2010. Trabalhou na Companhia em operações estruturadas e operações financeiras de 2002 a 2004, e no departamento financeiro da OPP Petroquímica S.A., onde foi responsável pelos departamentos de operações estruturadas e planejamento de1994 a 1999, atuando diretamente subordinada ao vice-presidente de investimentos da Odebrecht de 2001 a 2002. Em 2000, participou do Corporate Finance Internship Program do Credit Suisse First Boston, em Nova York. A Sra. Drehmer é formada em administração de empresas pela UNIFACS e possui MBA em finanças pelo IBMEC. 100 Mauricio Roberto de Carvalho Ferro. O Sr. Ferro é atualmente um de nossos diretores vice-presidentes e diretor jurídico. É também membro do conselho de administração da Braskem Finance Limited, Braskem Incorporated Limited e Braskem Netherlands B.V., além de diretor executivo da Braskem Participações S.A. Atuou como membro do conselho de administração da Ipiranga Petroquímica, antes de sua incorporação à Braskem e da Copesul, antes de sua incorporação à Ipiranga Petroquímica. Foi também vice-presidente do conselho de administração da Politeno antes de sua incorporação à Companhia, membro suplente do conselho de administração da Petroflex Indústria e Comércio S.A, até a venda da participação da Companhia nessa empresa em abril de 2008, e membro do conselho de administração da Polialden até sua incorporação à Companhia. Atuou como advogado do escritório de advocacia de Carlos Eduardo Paladini Cardoso em 1989 e como advogado do escritório de advocacia de Bulhões Pedreira, Bulhões Carvalho e Advogados Associados de 1991 a 1995. O Sr. Ferro é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e tem mestrado pela Universidade de Londres e pela London School of Economics. Décio Fabricio Oddone da Costa. O Sr. Oddone é atualmente nosso diretor vice-presidente de investimentos. Atua como diretor presidente da Petrobras Energia S.A. de 2008 a 2010 e membro de seu conselho de administração desde 2005. Também atua como membro do conselho de administração da Innova de 2008 a 2010. Anteriormente, ocupou diversos cargos gerenciais na Petrobras e em outras empresas do grupo Petrobras no Brasil, Argentina, Angola, Líbia e Bolívia, entre eles o de presidente executivo e presidente do conselho da Petrobras Bolivia S.A. Foi responsável pelas operações internacionais da Petrobras no Cone Sul e em outros países da América Latina. É formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fez cursos de pós-graduação em engenharia de petróleo oferecidos pela Petrobras e participou do Programa de Gestão Avançada da Harvard University Business School e do Programa de Gestão Avançada do INSEAD na França. É doutor honoris causa em Educação pela Universidade Aquino, da Bolívia. Edmundo José Correia Aires. O Sr. Aires é atualmente nosso diretor vice-presidente de tecnologia e inovação. Atuou como membro do conselho de administração de 2008 a 2010 e como suplente desse conselho de 2001 a 2008. Também atuou como presidente do conselho de administração da Triunfo de 2005 a 2008, conselheiro da FCC – Fábrica Carioca de Catalisadores S.A de 2004 a 2008 e membro do conselho de administração da Ipiranga Petroquímica de 2007 a 2008. Foi gerente de parcerias na Petroquisa desde 2001. Ocupou diversos cargos executivos na Petroquisa e na Petrobras, a partir de 1980. É formado em engenharia química pela UFRJ e possui MBA em finanças pelo COPPEAD. Também cursou pós-graduação em processos petroquímicos no CENPEQ/PETROBRAS. Luciano Nitrini Guidolin. O Sr. Guidolin é atualmente diretor vice-presidente de poliolefinas, projeto COMPERJ e renováveis da Companhia. Juntou-se ao Grupo Odebrecht em 1994 e ocupou diversos cargos na OPP e posteriormente na Braskem, tais como diretor de planejamento corporativo, diretor de marketing e desenvolvimento de vinílicos, diretor de exportação de poliolefinas e diretor comercial de vinílicos. Em 2007, o Sr. Guidolin foi nomeado diretor executivo da Odebrecht Agroindustrial (antiga ETH Bioenergia), onde foi responsável pelas áreas financeira, de tecnologia da informação e planejamento. Entre 2011 e 2012, o Sr. Guidolin foi diretor Financeiro da Odebrecht S.A., onde serviu no conselho de administração de várias empresas do Grupo Odebrecht, entre elas a Braskem. É formado em engenharia pela Universidade de São Paulo, e possui mestrado em administração de empresas pela Harvard Business School. Rui Chammas. O Sr. Chammas é atualmente diretor vice-presidente da unidade de petroquímicos básicos da Companhia. Possui mais de 20 anos de experiência na indústria plástica, incluindo cargos no Grupo Rhodia entre 1987 e 2002, onde trabalhou tanto no Brasil quanto na Europa. Trabalha na Braskem desde 2002, desenvolvendo funções nas unidades de PVC, polipropileno e polietileno. Entre 2010 e 2012, o Sr. Chammas foi vice-presidente executivo da divisão de polímeros da Companhia. É formado em engenharia pelo ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica e possui MBA pela FGV. Conselho fiscal A Lei das Sociedades por Ações exige que a Companhia constitua um conselho fiscal, permanente ou não. Nosso estatuto social prevê a constituição de um conselho fiscal permanente composto de cinco membros e seus respectivos suplentes. O conselho fiscal é um órgão corporativo independente da nossa administração e da firma de auditores independentes registrados. Os membros de nosso conselho fiscal são eleitos pelos acionistas em assembleia geral ordinária para mandato de um ano, podendo ser reeleitos. Os mandatos dos membros de nosso conselho fiscal expiram na assembleia geral ordinária seguinte. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o conselho fiscal não poderá conter membros que já integrem nosso conselho de administração ou diretoria, ou que sejam empregados, cônjuges ou parentes de qualquer membro de nossa administração. Para poder atuar em nosso conselho fiscal, a pessoa deve ser residente no Brasil e possuir formação superior ou ter sido diretor ou membro do conselho fiscal de outra sociedade brasileira por no mínimo três anos antes de sua eleição para nosso conselho fiscal. Tanto os nossos acionistas (1) preferencialistas sem direito a voto como os acionistas (2) ordinaristas não controladores que, juntos, detiverem pelo menos 10,0% das nossas ações votantes têm direito a eleger um membro e respectivo suplente do conselho fiscal. As responsabilidades de um conselho fiscal são determinadas pela Lei das Sociedades por Ações. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o conselho fiscal tem o direito e a obrigação, entre outros, de: • supervisionar, através de qualquer um de seus membros, as ações da administração e verificar o cumprimento de suas obrigações; 101 • fornecer parecer sobre o relatório anual da administração, inclusive informações suplementares consideradas necessárias ou úteis para deliberação em assembleia de acionistas; • ao menos uma vez a cada três meses, examinar os balancetes e outras demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela Companhia. • examinar as contas e demonstrações financeiras do exercício e fornecer parecer sobre as mesmas; opinar sobre as propostas da administração a serem submetidas à votação dos acionistas da Companhia com relação a: alterações no capital social; emissões de debêntures e ofertas de títulos que concedem o direito à subscrição de títulos do patrimônio; distribuição de dividendos; e transformação do tipo de empresa e qualquer restruturação da mesma, tais como incorporações, fusões e cisões; • informar a administração em caso de qualquer erro, fraude ou contravenção e sugerir medidas que a Companhia deva tomar a fim de proteger seus interesses principais. Caso a administração deixe de tomar tais medidas a fim de proteger os interesses da Companhia, informar os acionistas sobre tais fatos em uma assembleia de acionistas; e • convocar assembleias gerais de acionistas caso a administração atrase a convocação de assembleia geral de acionistas por mais de um mês e convocar assembleias extraordinárias de acionistas no caso de eventos importantes. Conforme descrito no “Item 16D. Isenções das Normas de Listagem em Bolsa Para Comitê de Auditoria”, contamos com uma isenção geral das normas de listagem relacionadas a comitês de auditoria contidas na Regra 10-A-3(c)(3) do Exchange Act. A fim de cumprirmos com as exigências de tal isenção, nosso conselho de administração delegou ao nosso conselho fiscal certas responsabilidades adicionais e nosso conselho fiscal passou a adotar normas sob as quais o conselho fiscal possui os deveres e responsabilidades de um comitê de auditoria dos Estados Unidos conforme permitido segundo a Lei das Sociedades por Ações. Como a Lei das Sociedades por Ações não permite que o conselho de administração delegue responsabilidade de indicação, manutenção e remuneração dos auditores externos e não concede ao conselho de administração ou ao conselho fiscal a autoridade de resolver conflitos entre a administração e os auditores externos com relação à divulgação financeira, o conselho fiscal não pode exercer tais funções. O conselho fiscal da Companhia pode apenas recomendar ao conselho de administração e aos acionistas a indicação, manutenção e remuneração dos auditores externos, e com relação à resolução de conflitos entre a administração e os auditores externos, o conselho fiscal pode apenas realizar recomendações ao conselho de administração e aos acionistas. Segundo as regras que regem o conselho fiscal, o conselho fiscal da Companhia possui os seguintes direitos e obrigações, entre outros, além daqueles previstos na Lei das Sociedades por Ações: • acompanhar e analisar o processo de contratação de auditores independentes, observando as regras e legislação brasileira aplicáveis e considerando a experiência técnica, independência, eficiência, experiência e custos dos auditores independentes e recomendando ao conselho de administração a escolha e remuneração pelo trabalho de auditores independentes e suas eventuais substituições; • aprovar a lista anual de serviços pré-aprovação que devem ser prestados em dado ano pelos auditores independentes, bem como garantir que a política seja observada pela administração e auditores independentes da Companhia; • supervisionar o trabalho dos auditores independentes, bem como discutir o escopo dos serviços de auditoria a serem realizados pelos mesmos; • analisar os relatórios de recomendação elaborados pelos auditores independentes e controles internos sobre divulgação financeira, inclusive os itens que possam impactar as demonstrações financeiras; • solicitar dos auditores independentes, se necessário, quaisquer esclarecimentos ou informações que possam ser consideradas necessárias para a verificação de fatos específicos; • reunir-se com a administração e com os auditores independentes, sempre que necessário, para analisar a adoção de práticas e políticas contábeis críticas, inclusive a análise de tratamentos alternativos de políticas, práticas e divulgações relacionadas a itens relevantes, dando tratamento preferencial às orientações dos auditores independentes da Companhia; 102 • intermediar possíveis discussões e conflitos entre os auditores independentes e a administração da Companhia com relação à elaboração das demonstrações financeiras, fornecendo, se necessário, seu parecer com relação a tais conflitos; • discutir o conteúdo de qualquer comunicação material e relevante feita por escrito pelos auditores independentes à administração, de que venha a ter conhecimento. • contratar, conforme apropriado, de acordo com o §8 do artigo 163 da Lei das Sociedades por Ações, empresas e consultores especializados, inclusive, mas não limitado a, consultores jurídicos, para aconselhar e fornecer opiniões sobre assuntos relacionados ao desempenho de suas funções; • reunir-se regularmente e em privacidade com o chefe de auditoria interna para discutir quaisquer questões e/ou preocupações; e • receber informações e supervisionar o processo de avaliação com relação a reclamações recebidas pela Companhia, seja através da linha confidencial, anônima de ética ou de outra forma, com relação às demonstrações financeiras da companhia, controles contábeis internos e auditores (internos ou independentes). A tabela a seguir relaciona os atuais membros efetivos e suplentes do nosso conselho fiscal: Nome Ismael Campos de Abreu ............................................................................................................... Afonso Celso Florentino (suplente) ............................................................................................... Manoel Mota Fonseca .................................................................................................................... Ana Patricia Soares Nogueira (suplente) ....................................................................................... Antônio Luiz Vianna de Souza ...................................................................................................... Cassia Maria Nocchi Vieira (suplente) .......................................................................................... Aluízio da Rocha Coelho Neto ...................................................................................................... Jayme Gomes da Fonseca Júnior (suplente) .................................................................................. Maria Alice Ferreira Deschamps Cavalcanti .................................................................................. Carlos Alberto Siqueira Gomes (suplente) .................................................................................... Primeiro ano de indicação 2003 2010 2002 2010 2009 2013 2010 2010 2011 2011 Encontra-se, a seguir, um sumário da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos dos atuais conselheiros fiscais da Companhia e seus suplentes. Membros do conselho fiscal Ismael Campos de Abreu. O Sr. Abreu foi eleito membro do nosso conselho fiscal como representante da Odebrecht e atuou como presidente do nosso conselho fiscal de 2006 a 2010. O Sr. Abreu exerce o cargo de diretor executivo na Kieppe Participações e Administração Ltda desde abril de 2011, tendo sido anteriormente controller da Odebrecht entre 1995 e 2011, e gerente da área de consultoria tributária na PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes entre 1978 e 1985, controller na Corrêa Ribeiro S.A. Comércio e Indústria, entre 1986 e 1988, gerente de área de consultoria na Arthur Andersen, entre 1989 e 1991, e sócio diretor na Performance Auditoria e Consultoria, entre 1992 a 1995. Foi membro do conselho fiscal da Petroflex até a venda da participação da Companhia nessa empresa em abril de 2008 e membro do conselho fiscal da Polialden até sua incorporação à Companhia. O Sr. Abreu é graduado em ciências contábeis pela Fundação Visconde de Cairú, com pós-graduação em engenharia econômica ministrado pelo Centro Interamericano de Desenvolvimento. Manoel Mota Fonseca. O Sr. Fonseca foi eleito membro do nosso conselho fiscal como representante da Odebrecht e atuou como presidente de nosso conselho fiscal em 2003 e 2004. O Sr. Fonseca é sócio do escritório de advocacia Mota Fonseca e Advogados desde 1990, tendo atuado anteriormente como assessor jurídico-tributário da Coopers & Lybrand, da KPMG e da Pricewaterhouse Coopers Auditores Independentes. O Sr. Fonseca é graduado em direito pela USP, sendo pós-graduado em direito tributário pela Fundação Getúlio Vargas. Antônio Luiz Vianna de Souza. O Sr. Vianna de Souza foi eleito membro do conselho fiscal por indicação da Petrobras. Atua como gerente de planejamento financeiro da Petrobras S.A. desde 2004, tendo ocupado diversos outros cargos na Petrobras a partir de 1980. É formado em engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com pós-graduação em economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV. Aluízio da Rocha Coelho Neto. O Sr. Rocha foi eleito membro do conselho fiscal por indicação da Odebrecht. É controller da CNO desde abril de 2010, tendo atuado anteriormente como chefe do departamento de planejamento de impostos internacionais da CNO desde 2008. Atuou como gerente sênior de planejamento tributário da Braskem, fez parte da equipe de planejamento tributário da 103 Arcelor – Cia. Siderúrgica de Tubarão e foi auditor sênior da PricewaterhouseCoopers. É formado em contabilidade pela Universidade Federal do Espírito Santo e mestre em contabilidade pela USP / FIPECAFI. Maria Alice Ferreira Deschamps Cavalcanti. A Sra. Cavalcanti foi eleita membro do nosso conselho fiscal por indicação da Petrobras, onde atua como gerente tributária executiva na diretoria financeira desde 2003. Iniciou sua carreira na Petrobras em 1983 como engenheira de processamento e desde então atuou em vários departamentos da empresa, entre eles o de abastecimento, novos negócios, financeiro e tributário. A Sra. Cavalcanti é graduada em engenharia química pela UFRJ e pós-graduada em engenharia de processamento de petróleo pela Universidade Petrobras. Adicionalmente, é mestre em marketing e estratégia pela PUC/RJ e possui MBA em finanças pelo IBMEC. Suplentes do conselho fiscal Afonso Celso Florentino de Oliveira. O Sr. Oliveira foi eleito suplente do conselho fiscal por indicação da Odebrecht. Atua como gerente de contabilidade da CNO e da ODB desde março de 2008 a atuou como gerente sênior da PricewaterhouseCoopers de julho de 1994 a fevereiro de 2008. É formado em ciências contábeis pela UFMG, possui MBA pelo IMBEC de Minas Gerais e MBA pelo INSPER de São Paulo. Ana Patricia Soares Nogueira. A Sra. Nogueira foi eleita suplente do conselho fiscal por indicação da Odebrecht. A Sra. Nogueira atuou como advogada da Braskem de agosto de 2001 a dezembro de 2008. Exerceu a advocacia autonomamente de outubro de 1997 a agosto de 2001. Antes de outubro de 1997, a Sra. Nogueira ocupou diversos cargos jurídicos na Trikem e na Odebrecht. É formada em direito pela Universidade Católica de Salvador e atualmente cursa MBA na FGV. Cassia Maria Nocchi Vieira. A Sra. Vieira foi eleita suplente do conselho fiscal por indicação da Petrobras. A Sra. Vieira é coordenadora de estruturação financeira na Fincorp na Petrobras desde setembro de 2012 e membro do conselho de administração da CRSec, controlada da Petrobras, desde 2011; ocupou diversos cargos na Petrobras desde 1993. Foi ainda conselheira fiscal das Sociedades Ibiritermo e REFAP S.A. É formada em economia pela Faculdade Candido Mendes e possui mestrado em finanças corporativas e finanças internacionais pela University of Miami. Jayme Gomes da Fonseca Junior. O Sr. Fonseca foi eleito suplente do conselho fiscal por indicação da Odebrecht. Foi membro do conselho fiscal da Braskem em 2008 e 2009 e suplente desse conselho em 2007. Atualmente, é controller da CNO. Foi controller da Companhia de 2004 a 2007 e, anteriormente, diretor financeiro da Odebrecht Empreendimentos Imobiliários S.A. de janeiro de 2008 a abril de 2009, diretor executivo da Ipiranga Química de 2007 a 2008, diretor executivo da Ipiranga Petroquímica, antes de sua incorporação à Braskem, gerente tributário da OPP Química de 1999 a 2004, gerente tributário da Odebrecht S.A. de 1996 a 1999, gerente tributário da CNO de 1993 a 1996, supervisor da Performance Auditoria e Consultoria S/C de 1991 a 1993 e assistente na Arthur Andersen S/C de 1989 a 1991. É formado em administração de empresas pela UNIFACS – Universidade de Salvador, com mestrado em finanças pela PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e em contabilidade e finanças pela UMIST – University of Manchester Institute of Science. Carlos Alberto Siqueira Gomes. O Sr. Gomes foi eleito suplente de nosso conselho fiscal por indicação da Petrobras, onde atua no departamento financeiro desde 2002. Ingressou na empresa como gerente geral de contabilidade, cargo que ocupou até setembro de 2004, quando assumiu o cargo de gerente de contabilidade de negócios de gás e energia. É graduado em ciências contábeis pela Universidade Cândido Mendes, pós-graduado em ciências contábeis pela FGV e mestre em finanças e economia empresarial pela FGV. Comitês de Apoio ao Conselho de Administração Em 22 de junho de 2005, nosso conselho de administração aprovou seu regimento interno. Uma tradução em inglês do regimento interno do conselho de administração está disponível em nosso website de relações com investidores em www.braskem.com.br/ir. De acordo com esse regimento, o conselho de administração estabeleceu três comitês permanentes e possui o poder de estabelecer comitês específicos (ad hoc). Os comitês permanentes devem consistir de no mínimo três e no máximo quatro membros. Os membros dos comitês permanentes terão mandato de um ano e poderão ser reeleitos. Os comitês ad hoc podem ser formados por um período limitado de tempo para analisar questões temporárias e serem dissolvidos assim que forem atingidos os objetivos para os quais eles foram criados ou ao fim do prazo estabelecido em sua criação. O número de membros de comitês ad hoc é definido na criação de tais comitês. Na data deste relatório anual, a Companhia não possui nenhum comitê ad hoc em funcionamento. A Companhia mantém os seguintes três comitês permanentes: (1) Comitê de Finanças e Investimentos, (2) Comitê de Pessoas e Organização, e (3) Comitê de Estratégia e Comunicação. As responsabilidades de cada comitê permanente são estabelecidas pelo conselho de administração. Os membros de cada comitê permanente são indicados pelo conselho de administração, somente entre os seus membros efetivos e suplentes, e o conselho de administração designa também o coordenador de cada comitê permanente. O conselho de administração não delega poderes para que os comitês permanentes tomem decisões em nome da Companhia; o papel dos comitês permanentes é de fornecer análises sobre questões a fim de auxiliar o conselho de administração em suas decisões. 104 Comitê de Finanças e Investimentos O Comitê de Finanças e Investimentos se reúne trimestralmente e possui as seguintes responsabilidades: (1) avaliar novas políticas relativas à gestão financeira, seguros e garantias e analisar políticas existentes, (2) avaliar novas políticas de gestão de risco e analisar políticas existentes, (3) analisar oportunidades relacionadas a operações de financiamento e investimento que possam melhorar a estrutura de capital da Companhia, e (4) analisar transações aprovadas pelo conselho de administração que envolvam partes relacionadas à Companhia. O Comitê de Finanças e Investimentos é composto atualmente por Luciano Nitrini Guidolin, Paulo Roberto Costa, Eduardo Rath Fingerl e Felipe Montoro Jens. Comitê de Pessoas e Organização O Comitê de Pessoas e Organização se reúne trimestralmente e possui as seguintes responsabilidades: (1) avaliar novas políticas relativas a pessoas e à organização, (2) analisar processos visando à identificação, treinamento, desenvolvimento e sucessão de executivos em cargos estratégicos, (3) analisar processos relativos ao estabelecimento de remuneração fixa e variável de executivos em cargos estratégicos, (4) analisar questões relacionadas ao cumprimento do Código de Conduta, e (5) avaliar novas políticas e revisar políticas existentes de manutenção e fortalecimento da cultura organizacional da Companhia. O Comitê de Pessoas e Organização é composto atualmente por Álvaro Fernandes da Cunha Filho, André Amaro da Silveira e Carla Gouveia Barretto. Comitê de Estratégia e Comunicação O Comitê de estratégia e Comunicação se reúne no mínimo duas vezes ao ano e possui as seguintes responsabilidades: (1) avaliar determinações com relação às bases do plano de negócios da Companhia, (2) avaliar o direcionamento dos negócios adotado para atingir os objetivos definidos pelo conselho de administração, (3) avaliar novas políticas e revisar políticas existentes relacionadas ao mercado de capitais e responsabilidade social, (4) avaliar a imagem da Companhia projetada e percebida no mercado e recomendar ao conselho de administração a manutenção ou alteração dos programas de comunicação social, e (5) analisar as diretrizes e protocolos para o plano de negócios e ciclo de execução. O Comitê de Estratégia e Comunicação é composto atualmente por Newton Sérgio de Souza, Alfredo Lisboa Ribeiro Tellechea, Almir Guilherme Barbassa e Francisco Pais. Remuneração De acordo com nosso estatuto social, os acionistas são responsáveis por fixar a remuneração total a ser paga aos membros de nosso conselho de administração, diretoria e conselho fiscal. Os acionistas estabelecem essa remuneração global na assembleia geral ordinária a cada ano. Uma vez fixada a remuneração global, os membros do conselho de administração são responsáveis por distribuir essa remuneração global entre cada um dos membros do conselho de administração, da diretoria e do conselho fiscal em conformidade com nosso estatuto social. Remuneração e benefícios A remuneração total paga a todos os membros de nosso conselho de administração, da diretoria e do conselho fiscal pelos serviços prestados em todos os cargos foi de aproximadamente R$22,4 milhões em 2012. Em 02 de abril de 2013, os acionistas reunidos em assembleia geral ordinária fixarão a remuneração do conselho de administração, diretoria executiva e conselho fiscal para o exercício de 2013. Os membros do conselho de administração recebem uma remuneração mensal fixa, não afetada pelo número de reuniões ocorridas a cada mês. Os membros do conselho fiscal recebem uma remuneração mensal fixa, não afetada pelo número de reuniões ocorridas a cada mês. Os suplentes do conselho de administração e do conselho fiscal não recebem remuneração. Os diretores recebem os mesmos benefícios oferecidos de modo geral aos funcionários, tais como assistência médica (inclusive odontológica), plano de previdência privada e tíquetes refeição. Como ocorre com nossos funcionários, nossos diretores também recebem décimo-terceiro salário, adicional de férias equivalente a 1/3 do salário e contribuições de 8,0% a título de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os membros de nosso conselho de administração e conselho fiscal não fazem jus a esses benefícios. Contribuímos com um total de R$0,5 milhão para o FGTS de nossos diretores durante o exercício de 2010, R$0,4 milhão em 2011 e R$0,3 milhão em 2012. Os membros de nosso conselho de administração, diretoria e conselho fiscal não são partes de contratos que estabeleçam benefícios na hipótese de desligamento, ressalvado no caso dos diretores, conforme acima descrito. Plano de incentivos de longo prazo Em 26 de setembro de 2005, a Companhia instituiu um plano de incentivos de longo prazo. O plano prevê que podemos emitir unidades de investimento, cada uma com um valor econômico equivalente ao valor econômico de uma ação preferencial classe A da Companhia, aos diretores, gerentes e outros funcionários envolvidos em nossos programas estratégicos, designados no plano como parceiros comerciais. Essas unidades de investimento não conferem direitos de voto e não podem ser transferidas. A cada ano, nosso Diretor Presidente deverá apresentar um programa anual ao conselho de administração, enunciando: 105 • a quantidade máxima de unidades de investimento a serem emitidas naquele ano; • os parceiros comerciais aos quais serão oferecidas unidades de investimento naquele ano; • o preço de compra das unidades de investimento a ser pago aos parceiros comerciais participantes; • a distribuição prevista das unidades de investimento entre os parceiros comerciais; e • como incentivo para a compra de unidades de investimento, a quantidade adicional de unidades de investimento que cada parceiro comercial receberá com relação à compra de uma unidade de investimento. Quando um parceiro comercial comprar a quota de unidades de investimento a ele atribuídas, receberá unidades de investimento adicionais como incentivo para a compra das unidades de investimento. As unidades de investimento compradas são designadas unidades alfa e as adicionais, unidades beta. Cada unidade beta será automaticamente convertida em unidade alfa dez anos após a data de emissão da unidade beta. Quando a Companhia pagar dividendos ou juros sobre o capital próprio aos acionistas detentores de ações preferenciais classe A, emitiremos unidades adicionais, designadas unidades gama, com valor total equivalente ao valor dos dividendos ou juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas detentores de ações preferenciais classe A. A cada ano, será apurado o valor unitário das unidades de investimento aplicáveis de 1º de abril daquele ano até 31 de março do ano seguinte, calculado como a média do preço de fechamento em reais das ações preferenciais classe A na BM&FBOVESPA a partir de 1º de outubro do ano anterior até 31 de março do ano em que o preço da unidade for estipulado. A partir do quinto aniversário da data em que o parceiro comercial adquiriu pela primeira vez unidades de investimento, resgataremos até 20% das unidades de investimento por ele detidas ao preço unitário apurado na ocasião a pedido daquele parceiro comercial, pedido que deverá ser feito 120 dias após a entrega de uma demonstração anual de nossa parte com respeito às unidades de investimento detidas por aquele parceiro. Após o primeiro resgate, resgataremos até 10% por ano das unidades de investimento detidas por aquele parceiro comercial ao preço unitário então vigente, a pedido do parceiro comercial feito nos anos seguintes. Resgataremos as unidades gama ao preço unitário então vigente a pedido do detentor, feito 60 dias após a emissão da unidade gama. As unidades gama que não forem resgatadas dessa forma serão automaticamente convertidas em unidades alfa. Na hipótese de um parceiro comercial ser demitido sem justa causa ou se aposentar, resgataremos todas as unidades de investimento por ele detidas ao preço unitário então determinado, a pedido do parceiro comercial em questão. Na hipótese de um parceiro comercial ser demitido por justa causa ou se exonerar, todas as unidades beta por ele detidas serão imediatamente extintas, e resgataremos todas as unidades alfa por ele detidas ao preço unitário então vigente, a pedido daquele parceiro comercial. Em caso de morte de um parceiro comercial, resgataremos automaticamente todas as unidades de investimento por ele detidas (em benefício do espólio daquele parceiro) ao preço unitário então vigente. O conselho de administração instituiu um programa anual para os exercícios de 2007 e 2008. Não foi instituído programa anual para os exercícios de 2009, 2010, 2011 ou 2012. Segundo esses planos anuais, o saldo em 31 de dezembro de 2012 era de 427.313 unidades alfa e 389.336 unidades beta. Em 2012, um total de 62.793 unidades foram resgatadas, das quais 31.390 unidades alfa e 31.403 unidades beta. Práticas de governança corporativa As diferenças importantes entre nossas práticas de governança corporativa e as normas da Bolsa de Valores de Nova York estão descritas no “Item 16G – Governança corporativa.” Participação acionária de conselheiros e diretores Em 03 de abril de 2013, nenhum membro do conselho de administração ou diretor executivo da Braskem detinha mais de 0,1% do capital social da mesma. Todas as ações detidas por nossos conselheiros e diretores executivos foram compradas a preço de mercado na BM&FBOVESPA. 106 Funcionários A tabela a seguir contém o número dos nossos funcionários por localização geográfica, nas datas indicadas. Número de funcionários por localização geográfica Bahia ................................................................................................................... Rio Grande do Sul............................................................................................... São Paulo ............................................................................................................ Alagoas ............................................................................................................... Rio de Janeiro ..................................................................................................... Outros estados brasileiros .................................................................................... Brasil ............................................................................................................. Estados Unidos .............................................................................................. Alemanha ....................................................................................................... México ........................................................................................................... Outros países.................................................................................................. Total............................................................................................................... 2012 1.858 1.787 1.846 523 474 14 6.502 595 147 81 40 7.365 2011 1.862 1.762 1.821 514 461 14 6.434 543 100 46 41 7.164 2010 1.809 1.725 1.846 473 408 53 6.314 436 — — — 6.750 ______________ Não temos um número significativo de funcionários temporários. Brasil No Brasil, tanto os empregados quanto os empregadores têm o direito de se organizar em sindicatos. Os empregados pertencentes a uma determinada categoria profissional e os empregados que constituem uma determinada categoria econômica podem ser representados por um só sindicado em uma área geográfica específica. Os sindicatos em geral pertencem a federações estaduais, que por sua vez pertencem a confederações nacionais. A Companhia é membro do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas dos Estados da Bahia, de Alagoas e do Rio Grande do Sul, ao passo que seus funcionários são membros dos Sindicatos de Trabalhadores na Indústria Petroquímica de cada um desses estados. Em 31 de dezembro de 2012, aproximadamente 28,9% de nossos funcionários no Brasil estavam sindicalizados. Acreditamos ter boas relações com nossos funcionários e seus respectivos sindicatos. Não presenciamos nenhuma greve no Brasil desde a privatização da Trikem em 1995. Os atuais acordos coletivos de trabalho firmados com nossos sindicatos têm prazo de um ano a dois anos e estão sujeitos a renegociação anual. Tradicionalmente, aplicamos os termos dos acordos coletivos celebrados com os sindicatos igualmente para os funcionários sindicalizados e não sindicalizados. Benefícios Pós-Emprego no Brasil Plano de Contribuição Definida ODEPREV A maioria dos funcionários da Companhia participa do ODEPREV – Odebrecht Previdência. A Companhia paga parte dos pagamentos mensais feitos pelos funcionários ao ODEPREV. Trata-se de um plano de previdência contribuição definida que paga valores de pensão e aposentadoria que suplementam os valores pagos pelo sistema previdenciário oficial do governo brasileiro, visando fornecer aos seus membros renda pós-aposentadoria. Em 2012, pagamos R$24,9 milhões a esse fundo. Plano de Contribuição Definida Triunfo Vida Em função da incorporação da Petroquímica Triunfo S.A., a Companhia se tornou patrocinadora do plano Triunfo Vida em 2002. Em 31 de maio de 2012, a Companhia solicitou permissão da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) para retirar seu patrocínio do plano, obtendo aprovação em 27 de julho de 2012, sem a necessidade de desembolsos adicionais pela Companhia. Plano de Contribuição Definida Petros Copesul A Companhia também realizava contribuições à Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) no âmbito de planos de aposentadoria e de pensão com benefícios definidos que assumiu como resultado da incorporação da Copesul pela Companhia. A Copesul fechou esses planos a novos participantes em 1º de janeiro de 1995. Em 28 de setembro de 2012, a PREVIC aprovou a retirada do patrocínio a este plano e esperamos realizar um desembolso de R$147,2 milhões no primeiro semestre de 2013. Plano de Contribuição Definida Petros PQU Em função da aquisição da Quattor em abril de 2012, a Companhia assumiu os passivos do plano Petros PQU. Em 30 de setembro de 2009, a Companhia solicitou a retirada do patrocínio do plano. Em 06 de agosto de 2012, a PREVIC aprovou a retirada sem a necessidade de desembolsos adicionais pela Companhia. 107 Outros Benefícios no Brasil Os nossos funcionários no Brasil e seus dependentes contam com assistência médica e odontológica por meio de sistema que utiliza uma rede de médicos credenciados. Arcamos com a maior parte dos custos desses serviços, sendo um pequeno valor pago pelos funcionários. Uma pequena taxa mensal é também cobrada dos funcionários para o pagamento de serviços médicos mais caros. Em 2012, os gastos com essa assistência atingiram R$42,6 milhões. Estados Unidos Os funcionários da Braskem America não estão representados por sindicato, com exceção dos funcionários da planta da Braskem America em Neal, em West Virginia. Em 31 de dezembro de 2012, aproximadamente 48,0% dos funcionários dessa planta eram representados pelo sindicato Internacional dos Trabalhadores das Indústrias de Siderurgia, Papel e Florestas, Borracha, Manufatura, Energia e Indústrias e Serviços Relacionados (United Steel, Paper & Forestry, Rubber, Manufacturing, Energy Allied-Industrial & Service Workers International Union). O acordo coletivo de trabalho com esse sindicato vence em maio de 2015. Benefícios pós-emprego nos Estados Unidos Historicamente, a Braskem America oferece dois planos qualificados de pensão de benefícios definidos a seus funcionários: (1) as fórmulas de Salário Final e Salário da Carreira, dos quais estão aptos a participar as pessoas que já eram empregados antes de 1º de janeiro de 1987 e (2) a Fórmula de Salário de Carreira, oferecida às pessoas empregadas após 1º de janeiro de 1987. Cada um desses planos oferece aos funcionários uma renda mensal vitalícia quando da aposentadoria ou, na hipótese de um empregado sair da empresa depois da respectiva aquisição de direitos, por ocasião de sua saída. Os referidos planos de benefícios foram encerrados, exceto para os funcionários participantes do plano de pensão Novamont, disponibilizado a funcionários sindicalizados da planta de Neal, em West Virginia, incluídos antes da aquisição da Sunoco Chemicals. Após a Aquisição da Sunoco e da Aquisição da Dow Polipropileno, a Braskem America passou a oferecer a seus funcionários a opção de participar de um plano de aposentadoria do tipo 401 (k), dos EUA. Em 31 de dezembro de 2012, o plano possuía 53 participantes ativos, em relação a 56 participantes em 2011. Nenhuma contribuição foi feita pela Companhia ou pelos participantes em 2012 e 2011. Outros Benefícios nos Estados Unidos A Braskem America oferece a seus funcionários a possibilidade de participar de diversos planos de benefício envolvendo saúde e bem-estar, incluindo assistência médica, odontológica, seguro de vida e assistência em casos de invalidez. Os funcionários da Dow Polipropileno localizados em Seadrift e Freeport, estado do Texas também passaram a receber os planos de benefícios da Braskem America. Alemanha Os funcionários da Braskem Europe não estão representados por sindicato, com exceção de alguns funcionários da planta da Braskem America em Schkopau. Em 31 de dezembro de 2012, cerca de 78,0% dos funcionários desta planta eram representados pela IG BCE Ost. Benefícios pós-emprego na Alemanha Em outubro de 2011, as obrigações da Dow segundo os planos de benefício alemães foram assumidas pela Braskem Europe, como consequência da Aquisição da Dow Polipropileno. Em 31 de dezembro de 2012, havia 96 funcionários participantes ativos do plano. Em 2012, a Braskem Europe e os participantes não realizaram quaisquer contribuições ao plano de benefício definido. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo do valor presente dos ativos deste plano consistia somente das contribuições feitas pelos participantes. Estamos no processo de implantar um novo plano de previdência para os funcionários contratados após a Aquisição da Dow Polipropileno em 1º de outubro de 2011. Outros benefícios na Alemanha A Braskem Europe oferece a seus funcionários a possibilidade de participar de diversos planos de benefício envolvendo previdência, seguro de vida e assistência em casos de invalidez. México Benefícios pós-emprego no México Os funcionários da Braskem Idesa recebem planos de aposentadoria ao se aposentarem ou atingirem a idade para tal. Em 31 de dezembro de 2012, os planos de aposentadoria da Braskem Idesa possuíam 65 participantes ativos. Em 2012, nenhuma contribuição foi feita pela Braskem Idesa ou pelos participantes. 108 Outros benefícios no México A Braskem Mexico oferece aos seus funcionários a oportunidade de participarem em planos de benefício, entre eles um plano de poupança, de alimentação, seguro-saúde e assistência médica. Plano de Remuneração Baseado em Desempenho Adotamos e aplicamos a filosofia de gestão de pessoal que enfatiza uma estrutura de remuneração atrelada ao desempenho e uma estrutura de gestão descentralizada. Os funcionários de cada uma de nossas unidades de negócio participam da fixação e alcance das metas anuais dessas unidades de negócio. Em decorrência disso, os funcionários nessas unidades de negócio que alcançam ou superam suas metas compartilham de nosso desempenho financeiro por meio dos planos de remuneração a funcionários baseados no desempenho. Em 2012, registramos uma despesa de R$162,0 milhões relacionada a esse programa com relação a cerca de 7.365 funcionários, incluindo diretores. Os membros do conselho de administração não participam desse programa. Desenvolvimento de Carreira Procuramos contratar os melhores alunos formados em escolas técnicas e universidades brasileiras para trabalhar em cada uma de nossas plantas, oferecendo treinamento profissional para nossos funcionários a fim de gerar os recursos necessários que nos permitam operar uma empresa petroquímica competitiva em nível internacional e integrada verticalmente. Investimos em diversos cursos de treinamento para os funcionários dos setores de operações, laboratórios e manutenção, por meio de convênios firmados com entidades de treinamento técnico. Em 2012, nosso investimento em educação e treinamento totalizou R$15,0 milhões, o que corresponde a aproximadamente 270.700 horas de treinamento, uma média de 37 horas por empregado. Nosso plano de carreira é baseado nas necessidades e capacidades de cada empregado. Esse programa foi estabelecido com nossos próprios recursos e tecnologia, tendo se tornado um ponto de referência nacional nas práticas de recursos humanos. Em 2012, 39,1% de nossos funcionários receberam aumento de salário em decorrência de sua participação no plano de carreira. ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Principais acionistas Em 03 de abril de 2013, nosso capital em circulação somava R$8.043.222.080,50 representado por um total de 797.265.348 ações, das quais 451.668.652 eram ações ordinárias, 345.002.878 ações preferenciais classe A e 593.818 ações preferenciais classe B. Em 03 de abril de 2013, todas as ações autorizadas estavam emitidas e em circulação, exceto por 1.154.758 ações preferenciais classe A mantidas em tesouraria. Todo o nosso capital social está integralizado. Todas as nossas ações são sem valor nominal. Geralmente, apenas nossas ações ordinárias possuem direitos de voto. Nossas ações preferenciais possuem direitos de voto apenas em circunstâncias excepcionais. Conforme facultado pela Lei das Sociedades por Ações, nosso Estatuto Social determina que 25% do lucro líquido ajustado de cada exercício fiscal deve ser distribuído entre os acionistas como dividendos ou juros sobre o capital próprio. De acordo com nosso Estatuto, nossos acionistas preferenciais têm direito a um dividendo anual mínimo preferencial e não cumulativo, ou Dividendo Preferencial Mínimo, correspondente a 6% de suas ações pro rata de nosso capital antes do pagamento de dividendos aos acionistas. A distribuição dos dividendos em qualquer ano é feita conforme segue: • primeiramente para acionistas detentores de ações preferenciais, até atingir a quantia de Dividendo Preferencial Mínimo para esse ano; • em segundo lugar, aos acionistas detentores de ações ordinárias, até que a quantia distribuída referente a cada ação ordinária seja igual ao valor distribuído referente a cada ação preferencial; e • finalmente, aos acionistas detentores de ações ordinárias e detentores de nossas ações preferenciais classe A, com base pro rata. Os acionistas de ações preferenciais classe B não recebem nenhuma quantia adicional de dividendos após o recebimento do Dividendo Preferencial Mínimo. Se o Dividendo Preferencial Mínimo não for pago em um período de três anos, os detentores de ações preferenciais passam a ter plenos direitos de voto. A tabela a seguir contém informações acerca da titularidade de nossas ações ordinárias e ações preferenciais em 03 de abril de 2013, por cada pessoa que sabemos ser o titular de mais de 5,0% de nossas ações ordinárias e ações preferenciais classe A e por todos os nossos conselheiros e diretores considerados como um grupo. Os nossos principais acionistas têm o mesmo direito de voto no que respeita a cada classe de nossas ações que os demais detentores de ações da mesma classe. 109 Odebrecht(1) ............................... Petrobras ..................................... BNDESPAR ............................... Todos os conselheiros, membros do conselho fiscal, suplentes e diretores, como um grupo (39 pessoas) Ações ordinárias Qte. de ações % 226.334.623 50,1 212.426.950 47,0 — — 100 * Ações preferenciais classe A Qte. de ações % 79.182.498 23,0 75.792.589 22,0 44.069.052 12,8 81.526 * Total Qte. de ações 305.517.121 288.219.539 44.069.052 81.626 % 38,3 36,2 5,5 * ______________ * menos de 1% (1) Inclui 79.182.486 ações preferenciais classe A detidas pela OSP, subsidiária integral da Odebrecht. Não existe atualmente nenhum plano de opção de compra de ações por administradores ou funcionários nem opções de compra de ações em aberto de administradores ou funcionários. Vide “Item 6. Conselheiros, Diretores e Funcionários—Remuneração—Plano de incentivo de longo prazo”. Mudanças na composição acionária Em 08 de fevereiro de 2010, a W.B.W.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A. (WBW) foi incorporada à BRK e a BRK emitiu 59.014.503 ações à Petroquisa em contrapartida às ações da WBW. Em 30 de março de 2010, a OSP fez um aporte de R$1.000,0 milhões à BRK em troca da emissão de 26.170.847 ações ordinárias da BRK. Em 05 de abril de 2010, a Petrobras fez um aporte de R$2.500,00 milhões à BRK em troca da emissão de 65.425.867 ações ordinárias da BRK. Em abril de 2010, a Companhia procedeu a um aumento de capital mediante subscrição privada dos acionistas, em resultado do qual recebeu recursos líquidos de R$3.742,6 milhões em troca da emissão de 243.206.530 ações ordinárias e 16.697.781 ações preferenciais classe A. Nesse aumento de capital, a BRK subscreveu 243.055.556 ações ordinárias da Companhia e nenhuma de suas ações preferenciais classe A. Em junho de 2010, emitimos 14.358.067 ações ordinárias à Petrobras e 3.642.020 ações ordinárias à Petroquisa, no âmbito de uma incorporação financeira na qual adquirimos todas as ações em circulação da Quattor que não possuíamos anteriormente em troca de novas ações de nossa companhia. Em agosto de 2010, emitimos 1.280.132 de nossas ações preferenciais classe A a Petrobras, no âmbito de uma incorporação de ações na qual adquirimos todas as ações em circulação da RioPol que não possuíamos anteriormente em troca de novas ações da nossa companhia. Em 27 de janeiro de 2012, a OSP, a Petrobras e a Petroquisa aprovaram uma cisão parcial na qual a BRK transferiu 102.222.019 ações ordinárias da Companhia à Petrobras e 92.204.840 ações ordinárias da Companhia à Petroquisa. As demais 226.334.622 ações ordinárias da Companhia permanecem com a BRK, que se tornou subsidiária integral da OSP. Na mesma data, os acionistas da Petrobras votaram favoravelmente à incorporação da subsidiária Petroquisa pela Petrobras. Acordos de Acionistas Acordo de Acionistas da Petrobras Odebrecht, OSP, Petrobras e Petroquisa, tendo a Braskem e a BRK como partes intervenientes, celebraram o Acordo de Acionistas da Petrobras, em vigor desde 8 de fevereiro de 2010, com prazo de 35 anos. O Acordo de Acionistas da Petrobras substituiu o Acordo de Acionistas que anteriormente regia o relacionamento entre Petrobras, Petroquisa, Odebrecht e Norquisa com relação às ações da Companhia. Nos termos do Acordo de Acionistas da Petrobras, a Petrobras tem o direito de designar: • quatro membros do conselho de administração e respectivos suplentes da Companhia, enquanto detiverem, direta ou indiretamente, o total de 30% ou mais do capital votante da Braskem; • três membros do conselho de administração e respectivos suplentes enquanto detiverem, direta ou indiretamente, o total de 18%, mas menos que 30% do capital votante da Braskem; • dois membros do conselho fiscal e respectivos suplentes, um dos quais será o presidente, enquanto detiverem, direta ou indiretamente, um total de 30% ou mais das ações votantes da Braskem; e 110 • dois membros do conselho fiscal e respectivos suplentes enquanto detiverem, direta ou indiretamente, um total de 18%, mas menos 30%, do capital votante da Braskem e enquanto a Odebrecht tiver o direito de eleger a maioria de seus membros. Enquanto a Petrobras tiver o direito de designar três ou quarto membros do conselho de administração da Companhia, um deles atuará como vice-presidente do conselho de administração. Nos termos do Acordo de Acionistas da Petrobras, a Odebrecht tem o direito de indicar o diretor presidente da Braskem. O diretor presidente da Braskem escolherá o diretor financeiro entre três indicados da Odebrecht e o diretor responsável pela área de investimentos e carteira entre três indicados da Petrobras. O diretor presidente tem poderes para nomear os demais membros da diretoria. Nos termos do Acordo de Acionistas da Petrobras, a Odebrecht tem o poder exclusivo de aprovar o plano de negócios da Companhia. No entanto, enquanto a Petrobras detiver, direta ou indiretamente, um total de menos de 30% e mais de 18% das ações votantes da Braskem, esta fica impedida de praticar determinados atos estratégicos a menos que seja alcançado um consenso com relação a tais atos entre a Odebrecht e a Petrobras, incluindo, entre outros: • atos que afetam o valor das ações ou os direitos dos detentores das ações da Companhia; • incorporações, cisões ou operações semelhantes; • investimentos e compras de ativos não circulantes com valor superior a 30% dos ativos não circulantes da Companhia, o que for menor; • alienações de ativos não circulantes com valor superior a 10% da totalidade dos ativos não circulantes; • criação de ônus sobre os ativos não circulantes, com valor superior a R$350 milhões ou 20% dos ativos não circulantes, o que for menor; e • atos que resultariam na violação de relações específicas dívida líquida/EBITDA e EBITDA/total de juros. Consoante o Acordo de Acionistas da Petrobras, a Companhia concordou que os investimentos que fizer para aumentar a capacidade precisam ser respaldados por uma avaliação demonstrando a rentabilidade conforme padrões tais como valor presente líquido ou taxa interna de retorno. A Petrobras concedeu à Companhia o direito de primeira oferta com relação ao desenvolvimento de qualquer projeto petroquímico que a Petrobras vier a empreender. Na hipótese de a Companhia decidir não participar do projeto proposto, a Petrobras terá o direito de comercializar os produtos produzidos pelo projeto em questão em condições satisfatórias para a Companhia e a Petrobras. Nos termos do Acordo de Acionistas da Petrobras, a Petrobras tem o direito de vender uma parcela proporcional das ações ordinárias da Companhia por elas detidas em caso de uma venda direta ou indireta das ações ordinárias da Companhia a um terceiro pelo Grupo Odebrecht. Consoante o Acordo de Acionistas da Petrobras, cada uma das partes concordou em: • sujeito a algumas exceções, não conceder nenhum ônus sobre qualquer uma de suas ações da Braskem; • conceder direito de primeira oferta e direitos de tag along a outras partes do Acordo de Acionistas da Petrobras com relação a uma venda de suas ações da Braskem; • na hipótese de a participação de uma parte nas ações votantes da Braskem ficar diluída em uma operação envolvendo uma ou mais das outras partes do Acordo de Acionistas da Petrobras, a parte que sofreu a diluição terá o direito de comprar ações da Braskem das partes que provocaram a diluição em um valor que, após considerada a referida compra, resulte no fato de a parte que sofreu a diluição deter a mesma participação percentual no capital votante da Braskem que detinha imediatamente antes do fato que gerou a diluição; e • na hipótese de uma parte adquirir ou receber de um terceiro o direito de adquirir ações ordinárias da Braskem, oferecer-se para vender, às outras partes do Acordo de Acionistas da Petrobras, uma quantidade de ações ordinárias da Braskem que, após considerada a referida venda, resulte no fato de cada uma das partes do Acordo de Acionistas da Petrobras deter a mesma proporção direta e/ou indireta de ações ordinárias da Braskem que detinha antes da aquisição, de um terceiro, de ações ordinárias da Braskem. 111 Memorando de Entendimento dos Fundos de Pensão Em 20 de julho de 2001, a Odebrecht Química, a Petroquímica da Bahia, a PETROS e a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) celebraram Memorando de Entendimentos referente ao Acordo de Acionistas, o qual denominamos Memorando de Entendimentos dos Fundos de Pensão. O Memorando de Entendimentos dos Fundos de Pensão confere à PETROS e à PREVI certos direitos de preferência e de transferência de ações. O Memorando de Entendimentos dos Fundos de Pensão tem prazo de vigência de 20 anos, a menos que acordo de acionistas contendo os termos que constam abaixo seja celebrado antes da referida data. Nos termos do Memorando de Entendimentos dos Fundos de Pensão, as partes avençaram aprovar os seguintes princípios básicos para a nossa administração: • nossa diretoria será composta por profissionais competentes; • nossa política de dividendos terá como objetivo a distribuição de pelo menos 50,0% do lucro líquido disponível no pertinente período, desde que todas as reservas necessárias para a operação e desenvolvimento eficientes de nossos negócios tenham sido constituídas e mantidas; e • adotaremos uma política comercial que assegure o fornecimento regular e contínuo de matérias-primas e utilidades, em termos competitivos e coerentes com os mercados interno e internacional. O Memorando de Entendimento dos Fundos de Pensão dispõe que a Petros e a Previ terão o direito de vender ações da Braskem detidas por cada uma delas em caso de uma venda das ações da Braskem pelos seus acionistas controladoras a um terceiro que envolva mudança de controle. Acordo de Acionistas do BNDESPAR A Companhia, a Odebrecht e o BNDES Participações BNDESPAR (BNDESPAR) firmaram um acordo de acionistas, que prevê que o BNDESPAR tem o direito de indicar um membro do nosso conselho de administração. Esse acordo de acionistas expirará quando o BNDESPAR deixar de deter mais de 5,0% do nosso capital total ou em 24 de agosto de 2016, o que ocorrer primeiro. Esse acordo prevê que a BRADESPAR tem o direito de nomear um membro de nosso conselho de administração na medida em que a Odebrecht e suas subsidiárias tenham o direito de eleger a maioria dos membros do conselho de administração da Companhia. Esse acordo de acionistas também prevê que a BNDESPAR tem o direito de (1) exigir da Companhia e da Odebrecht a compra das ações por ele detidas em nosso capital social, se deixarmos de cumprir os termos do acordo de acionistas e não sanarmos tal descumprimento dentro de prazo especificado; e (2) vender suas ações caso a Odebrecht venda sua participação controladora em nossa companhia a terceiros. Operações com partes relacionadas A exposição a seguir resume as operações relevantes que mantivemos com nossos principais acionistas e suas controladas e coligadas desde 1º de janeiro de 2012. Realizamos muitas operações com nossos principais acionistas e suas empresas afiliadas e esperamos continuar a fazê-lo no futuro. Também temos relações comerciais com algumas de nossas afiliadas e, como resultado, registramos contas a receber de clientes e passivos circulantes e de longo prazo decorrentes principalmente de compras e vendas de mercadorias e serviços em condições equivalentes às condições e aos preços médios de operações realizadas com terceiros. Além disso, realizamos outras operações financeiras e não financeiras com os nossos principais acionistas e suas afiliadas, incluindo, entre outras, a participação em três acordos de acionistas ou memorandos de entendimento com acionistas da Companhia. Vide “—Principais acionistas—Acordos de acionistas.” A Lei de Sociedades por Ações determina que os conselheiros, seus suplentes e os diretores não podem votar quaisquer matérias em relação às quais possuam conflito de interesses, podendo tais operações ser aprovadas apenas em termos e condições justos e razoáveis que não sejam mais favoráveis do que aqueles disponíveis no mercado ou oferecidos por terceiros. Todavia, se um de nossos conselheiros estiver ausente a uma reunião do conselho de administração, o seu conselheiro suplente poderá votar mesmo que haja conflito de interesses por parte daquele conselheiro ausente, salvo se o conselheiro suplente compartilhar ou também possuir conflito de interesses. Grupo Odebrecht Em fevereiro de 2007, firmamos um Acordo de Aliança com a CNO, mediante o qual apontamos a CNO como fornecedora preferencial não exclusiva de serviços de manutenção e projetos de melhoria de eficiência de cada uma de nossas plantas. Este acordo foi aprovado por unanimidade pelo nosso conselho de administração. Por este acordo somos obrigados a requerer propostas da CNO para esses serviços e projetos. Se a CNO for contratada para qualquer serviço ou projeto específicos, pagaremos à CNO o custo relativo ao serviço ou projeto acrescido de 15%. Além disso, somos obrigados a pagar os impostos devidos decorrentes de tais custos. Este acordo vence em fevereiro de 2014. 112 Em dezembro de 2010, nós celebramos outro Acordo de Aliança com empresas do grupo Odebrecht e a Genpro Engenharia S.A para a construção de uma nova unidade de PVC em Alagoas. Para mais informações sobre esse projeto, vide "Item 4. Informações sobre a Companhia—Investimentos de capital— Plantas Greenfield— Planta de PVC de Alagoas”. Em abril de 2011, celebramos outro Acordo de Aliança com as empresas do Grupo Odebrecht e a Genpro Engenharia S.A. para a construção de uma nova unidade de Butadieno em Triunfo. Para mais informações sobre esse projeto, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—Investimentos de Capital—Plantas Greenfield—Unidade de Butadieno”. Em outubro de 2011, a Companhia celebrou um Contrato de Aliança com companhias do Grupo Odebrecht e a ICA Fluor para as obras de preparação do terreno a serem realizadas para a construção do Projeto Etileno XXI. O valor total deste contrato é de US$150,0 milhões. Em setembro de 2012, a Companhia celebrou um Contrato de Aliança, Engenharia, Comissionamento e Construção (EPC) com a Ethylene XXI Contractors, S.A.P.I. de C.V. e a Etileno XXI Services B.V. como fornecedores, e a Technicap e a ICA Fluor para a construção do Projeto Etileno XXI. Cada fornecedor consiste em uma joint venture entre a Odebrecht Industrial Engineering B.V. ICA Fluor Petroquímica, S.A. de C.V. e a Technip Italy S.p.A. Os pagamentos do contrato de EPC são realizados pelo método “costplus”, no qual a Braskem Idesa reembolsa os custos dos fornecedores e paga ainda uma margem de lucro. Os pagamentos pelos custos são realizados anteriormente ao início de cada mês, com base na estimativa dos custos esperados durante aquele mês e conciliados com os custos incorridos efetivamente no mês seguinte. Os pagamentos da margem de lucro são realizados com base no atingimento de marcos estabelecidos no contrato. Qualquer custo excedente será dividido igualmente entre a Braskem Idesa e os fornecedores e quaisquer economias de custo serão divididas também igualmente entre as partes, em ambos os casos até o limite máximo calculado de acordo com o contrato de EPC. O contrato prevê data garantida de 30 de junho de 2015 para conclusão do Complexo México e inclui ainda outras garantias de desempenho e cláusulas de indenização no caso da conclusão exceder a data máxima estipulada. Em dezembro de 2012, vendemos todas as nossas ações da Braskem Distribuidora, que detinha nossa unidade de tratamento de água, e da Cetrel, à CNO, pelo valor total de R$652 milhões, a ser ajustado de acordo com a posição de caixa em 28 de dezembro de 2012. A venda incluiu: (1) todas as ações da Braskem Distribuidora, equivalente a 100% do capital total e votante da Braskem Distribuidora, a qual detinha os ativos relacionados à unidade de tratamento de água do Polo de Camaçari (detida pela Braskem Distribuidora), responsável pela produção de água desmineralizada, clarificada e potável, bem como pela gestão da água dos reservatórios para combate a incêndios e (2) todas as ações da Cetrel, equivalentes a 54,2% do capital total e votante da Cetrel, a qual é responsável, entre outras coisas, pelo tratamento e descarte final dos efluentes e resíduos industriais, bem como do monitoramento ambiental do Polo de Camaçari. O fornecimento de água industrial e o descarte de efluentes e resíduos industriais estão garantidos para a Braskem através de contratos celebrados com a Braskem Distribuidora (atual Distribuidora de Águas Camaçari) e a Cetrel, respectivamente. O valor total dos serviços comprados no âmbito desses Acordos de Aliança foi de R$271,5 milhões em 2012. Em 31 de dezembro de 2012, as contas a pagar à CNO totalizavam R$1,4 milhão. Petrobras Operações comerciais com a Petrobras Em julho de 2009, a Companhia e a Petrobras firmaram um Contrato de Compra e Venda de Nafta, nos termos do qual a Petrobras deve fornecer nafta para as plantas de petroquímicos básicos localizadas nos Polos de Camaçari de Triunfo. O novo contrato tem prazo de cinco anos, expirando em março de 2014, sendo automaticamente renovável por um período de cinco anos, a menos que uma parte notifique a outra por escrito, e no mínimo um ano antes do término do contrato, sua intenção de não o renovar. Nos termos desse contrato de suprimento, o preço que a Companhia paga pela nafta tem por base diversos fatores, incluindo os preços de mercado da nafta e vários derivados petroquímicos, a volatilidade dos preços desses produtos nos mercados internacionais, a taxa de câmbio real/dólar e o nível de parafinicidade da nafta entregue. Em maio de 2006, a Quattor Química (atualmente Braskem Qpar) e a Petrobras firmaram um Contrato de Compra e Venda de Nafta para fornecimento de nafta para as nossas plantas de petroquímicos básicos localizadas no Polo de São Paulo. O prazo inicial do contrato venceu em dezembro de 2010. Em outubro de 2010, o contrato foi alterado com a finalidade de estender o prazo de vigência até fevereiro de 2014, podendo ser renovado automaticamente por um período de um ano, a menos que uma parte notifique a outra por escrito, e no mínimo um ano antes do término do contrato, sua intenção de não o renovar. Nos termos desse contrato, o preço que a Companhia paga pela nafta é baseado em uma série de fatores, incluindo o preço de mercado do nafta e de uma variedade de derivados de petroquímicos, a volatilidade dos preços desses produtos no mercado internacional, a taxa de câmbio real/dólar e o nível parafinicidade da nafta entregue. Em dezembro de 2000, a RioPol e a Petrobras firmaram um acordo de fornecimento de propano e etano. O prazo inicial desse acordo expira em 2021, podendo ser renovado automaticamente por um período de dois anos, a menos que uma parte notifique a outra por escrito, e no mínimo um ano antes do término do contrato, sua intenção de não o renovar. Nos termos desse contrato, os preços do etano e do propano são baseados nos preços da U.S Marketscan Mont Belvieu. 113 Em janeiro de 2005, a Quattor Química (atualmente Braskem Qpar) e a Petrobras firmaram um acordo de compra e venda de uma corrente de hidrocarbonetos de refinaria leve, a partir dos quais separamos eteno e propeno. O contrato estipula que a Companhia e a Petrobras negociarão a renovação deste antes de seu término em 2020 e que, caso a Petrobrás não tenha intenção de renovar o contrato, deve comunicar essa intenção à Companhia no mínimo dois anos antes do vencimento do contrato e proceder de acordo com os termos e condições do mesmo até 2028. O preço do hidrocarboneto de refinaria leve é baseado em diversos indicadores de mercado. Em março de 2007, a Companhia firmou um contrato de cinco anos para o fornecimento de propeno com a REFAP, subsidiária da Petrobras, para o fornecimento de propeno às fábricas do Polo de Triunfo. Além disso, a Companhia vende condensado e compra nafta da REFAP. Em maio de 2008, a Companhia firmou um contrato de fornecimento de propeno de 20 anos com a Petrobras para a planta de Paulínia. Nos termos desse contrato, a Companhia é obrigada a adquirir 300.000 toneladas de propeno por ano. Entre maio de 2001 e fevereiro de 2006, a Braskem Petroquímica (antes conhecida como Quattor Petroquímica) e a Petrobras firmaram cinco acordos de fornecimento de propeno. Cada um deles tem prazo de vigência de 20 anos, podendo ser renovado automaticamente por um período adicional de cinco anos, a menos que uma parte notifique a outra por escrito, e no mínimo um ano antes do término do contrato, sua intenção de não renova-lo. Segundo estes acordos, o preço pago pela Companhia pelo polipropileno será baseado principalmente no preço ICIS-LOR de polipropileno da Costa do Golfo dos EUA. Em janeiro de 2012, a Companhia celebrou um contrato de três anos de fornecimento de soda cáustica com a Petrobras, mediante o qual a Companhia fornecerá aproximadamente 68.000 toneladas de soda cáustica, para uso nas refinarias da Petrobras no Brasil. Esse contrato expira em janeiro de 2015. Em 2012, a Companhia comprou matérias-primas e utilidades da Petrobras e suas subsidiárias no valor de R$17.016,6 milhões e, no mesmo período, vendeu à Petrobras e suas subsidiárias produtos no valor de R$1.230,5 milhões. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia tinha contas a pagar à Petrobras e suas subsidiárias no valor total de R$1.505,7 milhões e contas a receber da Petrobras e suas subsidiárias no valor total de R$236,8 milhões. BNDESPAR Em agosto de 2010, a BNDESPAR exercitou a sua opção de vender 60% das ações da RioPol que detinha para a Braskem por R$210,0 milhões. O pagamento das ações adquiridas pela Braskem será feito em três parcelas anuais, sendo a primeira parcela paga em junho de 2015. Os valores de cada parcela serão ajustados de acordo com a TJLP, acrescidos de 2,5% ao ano a partir de junho de 2008, até as respectivas datas de pagamento. Controladas em conjunto e coligadas Borealis Brasil S.A. Vendemos polipropileno e polietileno à Borealis, na qual possuímos participação societária de 20,0%. As vendas da Braskem à Borealis atingiram R$143,5 milhões em 2012. Contabilizamos a Cetrel usando o método de equivalência patrimonial. As contas a receber da Borealis pela Braskem somavam R$1,2 milhão em 31 de dezembro de 2012. Refinaria de Petróleo Rio-grandense S.A. (RPR) Possuímos diretamente 33,2% do capital social total e com direito a voto da RPR. Em 1º de janeiro de 2012, avaliamos este investimento através do método de equivalência patrimonial, ao contrário da consolidação proporcional utilizada anteriormente. Vendemos condensados à RPR e compramos nafta dessa empresa. Em 2012, registramos vendas de R$24,4 milhões à RPR e compras de R$42,9 milhões dessa empresa. ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras O Item 19 relaciona todas as demonstrações financeiras apresentadas como parte deste relatório anual. Processos judiciais Estamos, e poderemos estar no futuro, envolvidos em numerosos processos tributários, cíveis e trabalhistas, entre outros, que envolvem reivindicações monetárias. Caso a decisão em qualquer desses processos não nos seja favorável, não acreditamos que nossos resultados operacionais ou nossa situação financeira serão afetados significativa e negativamente. Para alguns desses processos, não constituímos provisões em nosso balanço patrimonial, nem provisões apenas para parte dos montantes reivindicados, com base em nossa avaliação quanto ao seu desfecho. 114 Contencioso fiscal Estamos envolvidos em diversos processos contra autoridades fiscais brasileiras, para os quais constituímos provisões no valor total de R$250,3 milhões em 31 de dezembro de 2012. Ademais, há atualmente alguns processos judiciais pendentes nos quais estamos envolvidos e para os quais não foram constituídas provisões. Se a decisão em qualquer desses processos nos for desfavorável, nossos resultados operacionais ou situação financeira poderão ser adversamente afetados. Auto de infração de IR/CSLL sobre Variação Cambial Em 2007, foram emitidos autos de infração pela Receita Federal do Brasil contra a Braskem Petroquímica alegando o não pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre variações cambiais em contas de investimento em controlada estrangeira em 2002. Em 31 de dezembro de 2012, o valor disputado nesses processos totalizava cerca de R$130,0 milhões. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Acreditamos que a possibilidade de perda nesse processo seja possível e, em 31 de dezembro de 2012, estabelecemos provisão no valor de R$30,0 milhões. Auto de infração de ICMS Em dezembro de 2010 e de 2011, a secretaria da fazenda do estado da Bahia autuou a Braskem, alegando o não pagamento de R$550,0 milhões em ICMS, corrigido retroativamente pela inflação e pela taxa referencial, referentes a supostas violações a certas provisões da legislação que regulamenta o ICMS, entre as quais: (1) a não contabilização de certos créditos ficais concedidos no âmbito da compra de bens que foram, subsequentemente, vendidos com base fiscal reduzida; (2) o não cumprimento de certas obrigações previstas na legislação do ICMS; (3) a venda de produtos a preços abaixo dos preços de custo. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Alteramos nossa avaliação do risco de perda dos processes descritos em (1) acima no valor de R$280,0 milhões para remota em 2012, em vista à resposta favorável da autoridade fiscal à consulta que fizemos sobre o tema. Acreditamos que a perda em relação aos processos descritos em (2) e (3) seja possível. Em 31 de dezembro de 2012, não reconhecemos nenhuma provisão com relação aos mesmos. Adicionalmente, a secretaria da fazenda do estado da Bahia emitiu inúmeros autos de infração alegando outros não pagamentos de ICMS. O objeto de tais autos de infração fiscal inclui, entre outros: (1) solicitação indevida de créditos de ICMS para aquisição de ativos; (2) transferência de bens a preços abaixo do custo de produção; (3) falta de envio de bens; (4) falta de evidência de exportação de bens pela Companhia; (5) falta de registro de notas fiscais; e (6) solicitação de créditos de ICMS para serviços de transporte sem a apresentação de evidência adequada. Em 31 de dezembro de 2012, o valor disputado nesses processos totalizava cerca de R$289,3 milhões. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Acreditamos que a possibilidade de perda neste processo seja possível, porém, em 31 de dezembro de 2012, não reconhecemos nenhuma provisão com relação ao mesmo. Entre 1999 e 2009, a secretaria da fazenda dos estados de Alagoas e de São Paulo emitiram inúmeros autos de infração fiscal alegando a falta de recolhimento de ICMS no valor de R$410,6 milhões. O objeto de tais autos de infração fiscal inclui, entre outros: (1) solicitação indevida de créditos de ICMS para aquisição de ativos que a secretaria da fazenda estadual considera como bens de uso e consumo; (2) solicitação indevida de créditos de ICMS para aquisição de ativos não relacionados à produção; (3) falta de recolhimento de impostos sobre a venda de produtos sujeitos à substituição fiscal; e (4) falta de registro de notas fiscais. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Acreditamos que a possibilidade de perda nesse processo seja possível e, em 31 de dezembro de 2012, não reconhecemos nenhuma provisão com relação aos mesmos. Em 2009, autos de infração foram emitidos pela secretaria da fazenda do estado de São Paulo contra a Braskem Qpar alegando o não pagamento de ICMS em relação a diversas alegações de violação de disposições da legislação de ICMS, entre elas: (1) solicitação indevida de crédito de ICMS para aquisição de ativos entre fevereiro de 2004 e janeiro de 2008, e (2) falta de registro de notas fiscais. Em 31 de dezembro de 2012, o valor disputado nesses processos totalizava cerca de R$379,0 milhões. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Acreditamos que a possibilidade de perda nesse processo seja possível e, em 31 de dezembro de 2012, estabelecemos provisão no valor de R$79,7 milhões. Adicionalmente, a secretaria da fazenda do estado de São Paulo emitiu contra a Braskem Qpar inúmeros autos de infração alegando outros não pagamentos de ICMS. O objeto de tais autos inclui, entre outros (1) solicitação indevida de créditos de ICMS entre 2004 e 2005, e (2) falta de pagamento de impostos sobre a venda em certas operações de venda intra-estaduais entre 2002 e 2004. Em 31 de dezembro de 2012, o valor disputado nesses processos totalizava cerca de R$142,0 milhões. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Acreditamos que a possibilidade de perda nesse processo seja possível e, em 31 de dezembro de 2012, estabelecemos provisão no valor de R$57,0 milhões. 115 Auto de Infração Não Cumulativo de PIS e COFINS A Companhia recebeu autos de infração da receita federal alegando a solicitação indevida de créditos de PIS e COFINS relativos a: (1) tratamento de água residual, (2) tarifas de transmissão de energia elétrica, (3) frete relacionado à armazenagem de bens acabados e (4) créditos solicitados intempestivamente, relacionados à aquisição de ativos do imobilizado entre 2006 e 2011. Em 31 de dezembro de 2012, o valor disputado nesses processos totalizava cerca de R$649,0 milhões. A Companhia contestou tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acredita que exista embasamento suficiente para sua defesa contra tais autos. Acreditamos que a perda nestes casos seja possível. Em 31 de dezembro de 2012, não foram reconhecidas provisões relacionadas. Auto de Infração de PIS e COFINS A Braskem Petroquímica está envolvida em diversos processos judiciais e administrativos relacionados ao pagamento de PIS e COFINS, incluindo (1) falta de recolhimento de COFINS de março de 1999 a dezembro de 2000, de fevereiro de 2001 a março de 2002, de maio de 2002 a julho de 2002 e em setembro de 2002, (2) solicitação indevida de créditos em função da alíquota adicional de 1% sobre as alíquotas de COFINS e PIS segundo os Decretos-Lei 2.445 e 2.449 e (3) omissão da receita base resultante de ganhos cambiais resultantes de sucessivas reduções em nosso capital associado. Em 31 de dezembro de 2012, o valor disputado nesses processos totalizava cerca de R$84,0 milhões. A Companhia contestou tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acredita que exista embasamento suficiente para sua defesa contra tais autos. Acreditamos que a perda nestes casos seja possível. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia registrou provisão no valor de R$32,9 milhões. Outros processos fiscais A Companhia e suas controladas são partes em diversos outros processos judiciais e administrativos relativos a impostos retidos, cobrança de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, COFINS, IPI, Imposto sobre Operações Financeiras, correção monetária, Programa de Integração Social e outras questões tributárias. Em 2012, obtivemos decisão final no tribunal administrativo encerrando vários processes judiciais e administrativos relacionados ao imposto de renda de pessoa jurídica – BEFIEX e Contribuição Social sob Intervenção no Domínio Econômico incidentes sobre a aquisição de nafta. Em 31 de dezembro de 2012, o valores em disputas materiais relacionados a COFINS totalizavam cerca de R$321,0 milhões e os valores em disputas materiais de IPI totalizavam cerca de R$116,0 milhões. Acreditamos que a possibilidade de perda nesse processo seja possível e, em 31 de dezembro de 2012, não reconhecemos nenhuma provisão com relação ao mesmo. Processos trabalhistas Reinvindicações de horas extras No final de setembro de 2010, recebemos uma notificação nos avisando de que o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Petroquímicas de Triunfo havia ajuizado processo contra a Companhia alegando que havíamos infringido um acordo relativo ao pagamento de horas extras na planta de insumos básico do Polo de Triunfo. A ação reivindica indenização de R$287,2 milhões, corrigidos retroativamente pela inflação e pala taxa referencial. Apresentamos nossa defesa e recebemos uma decisão parcial favorável que reduziu o montante para R$50,6 milhões. As demais reinvindicações ainda estão em processo de revisão pelo tribunal superior e acreditamos que a perda da causa é possível. O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Petroquímicas de Triunfo ajuizou processos similares no segundo trimestre de 2005 exigindo o pagamento de horas extras no total de R$715,2 milhões. Tais processos estão pendentes. Acreditamos que as chances de perda sejam remotas com relação a R$692,6 milhões das alegações e possível com relação aos R$22,6 milhões restantes. Processos trabalhistas, de saúde e segurança ocupacional Até 31 de dezembro de 2012, a Companhia era parte em aproximadamente 1.812 processos trabalhistas, de saúde e segurança ocupacional, cujas demandas perfaziam cerca de R$773,7 milhões. Até essa data, constituímos provisão para essas demandas no valor total de R$75,7 milhões em 31 de dezembro de 2012. Não acreditamos que tais processos terão efeito adverso relevante sobre nossos negócios, situação financeira ou operações. Seguro Social Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia era parte em 85 processos de seguro social com valor total exigido de aproximadamente R$203,6 milhões. Acreditamos que a possibilidade de perda nesses processos seja possível e portanto não estabelecemos provisão para tais processos. 116 Outros processos Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia era ré em duas ações cíveis ajuizadas por uma ex-distribuidora de soda cáustica, seu acionista controlador e uma antiga transportadora, em razão de descumprimento do contrato de distribuição de soda cáustica. Os danos reivindicados nessas ações totalizaram o montante de R$56,0 milhões em 31 de dezembro de 2012. Essas ações estão pendentes e a administração acredita que a chance de perda nesses processos seja possível. Também somos parte em algumas ações interpostas por alguns acionistas preferencialistas Nitrocarbono, OPP Química, Salgema, Trikem, Polialden e Politeno que, no entender da administração, não exercerão efeito negativo relevante sobre nossos negócios, situação financeira ou resultados operacionais. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisão final favorável à Companhia com relação ao processo mais relevante que tínhamos com relação a este assunto. Em 31 de dezembro de 2012, o valor em disputa é de cerca de R$25,4 milhões. A administração acredita que a chance de perda nesses processos seja possível. Dividendos e política de dividendos Pagamento de dividendos Historicamente, a nossa política de distribuição de dividendos tem incluído a distribuição de dividendos periódicos, com base em balanços patrimoniais anuais aprovados por nosso Conselho de Administração. Quando pagamos dividendos em base anual, estes são declarados em nossa assembleia geral ordinária, que a Lei das Sociedades por Ações e o nosso Estatuto Social exigem que seja realizada até 30 de abril de cada ano. Quando declaramos dividendos, em geral temos que pagá-los em 60 dias a contar de sua declaração, salvo se houver deliberação dos acionistas estabelecendo outra data de pagamento. De qualquer forma, se declararmos dividendos, devemos pagá-los até o final do exercício fiscal com relação ao qual foram declarados. Qualquer acionista registrado como tal na época da distribuição de dividendos fará jus aos mesmos. O pagamento de nossos dividendos anuais toma por base nossas demonstrações financeiras auditadas, elaboradas com referência ao exercício fiscal imediatamente anterior. Nosso conselho de administração poderá declarar dividendos intercalares com base nos lucros acumulados ou nos lucros realizados que constam das demonstrações financeiras anuais ou semestrais, aprovadas pelos detentores de nossas ações ordinárias. Adicionalmente, podemos pagar dividendos com a utilização do lucro líquido com base em nossas demonstrações financeiras trimestrais não auditadas. Tais dividendos intercalares trimestrais não poderão exceder os valores contabilizados em nossas contas de reserva de capital. Qualquer pagamento de dividendos intercalares poderá ser compensado com o valor das distribuições obrigatórias referentes ao exercício no qual os dividendos intercalares tenham sido pagos. A tabela abaixo apresenta os dividendos e/ou juros sobre o capital próprio pagos aos detentores de ações ordinárias, ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B desde 1º de janeiro de 2007 em reais e em dólares dos Estados Unidos convertidos à taxa comercial para venda em vigor à data de pagamento. Moeda nominal brasileira por Ano Data do pagamento 2007 ................................ 9 de abril de 2007 2008 ................................ 7 de abril de 2008 2011 ................................ 10 de maio de 2011 2012 ................................ 19 de novembro de 2012 Ações ordinárias R$— 0,64 0,83 Equivalente em US$ por Ações preferenciais Classe A R$0,16 0,64 0,83 Ações preferenciais Classe B R$0,16 0,64 0,60 0,61 0,61 0,61 Ações ordinárias US$— 0,38 0,52 0,29 Ações preferenciais Classe A US$0,07 0,38 0,52 Ações preferenciais Classe B US$0,07 0,38 0,37 0,29 0,29 A discussão que se segue resume as principais disposições da Lei das Sociedades por Ações e de nosso Estatuto Social no que diz respeito à distribuição de dividendos, inclusive disposições acerca de juros sobre capital próprio. Cálculo do lucro líquido ajustado Em cada assembleia geral ordinária, nosso conselho de administração deve recomendar como alocar o nosso lucro líquido referente ao exercício social anterior, recomendação essa que nossa diretoria inicialmente submete à aprovação do nosso conselho de administração. Tal alocação está sujeita à aprovação dos detentores de nossas ações ordinárias. A Lei das Sociedades por Ações define "lucro líquido" de qualquer exercício social como o lucro líquido após impostos de renda no exercício fiscal em questão, líquido de quaisquer prejuízos acumulados de exercícios fiscais anteriores e de quaisquer valores destinados à participação de empregados em nosso lucro líquido no exercício fiscal em questão. Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, nosso lucro líquido ajustado e passível de distribuição é igual ao nosso lucro líquido em qualquer exercício fiscal, reduzido por valores destinados à nossa reserva legal e outras reservas pertinentes e aumentado por quaisquer reversões de reservas constituídas em exercícios anteriores. O cálculo dos nossos lucros líquidos e das alocações para reservas em qualquer exercício fiscal é determinado com base nas demonstrações financeiras elaboradas em conformidade com o BRGAAP. 117 Contas de reserva Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e de nosso Estatuto Social, somos obrigados a manter uma reserva legal. Ademais, a Lei das Sociedades por Ações faculta-nos estabelecer as seguintes reservas discricionárias: • reserva de contingências em função de prejuízos previstos cuja ocorrência seja provável em exercícios futuros. Qualquer valor desta forma destinado em um ano anterior deverá ser revertido no exercício fiscal em que o prejuízo tenha sido previsto, caso o prejuízo não ocorra conforme projetado, ou baixado, na hipótese de ocorrer o prejuízo previsto; • reserva destinada a projetos de investimento com base no orçamento de capital aprovado pelos nossos acionistas; • reserva de lucros não realizados conforme descrita em "Distribuições Obrigatórias" abaixo e; • reserva para investimentos decorrentes de incentivos fiscais em valor correspondente à redução em nosso imposto de renda devido em razão de programas governamentais de incentivos fiscais. Vide nota explicativa 29(c) às nossas demonstrações financeiras auditadas consolidadas. As alocações para cada uma dessas reservas (salvo a reserva legal) estão sujeitas à aprovação dos detentores de nossas ações ordinárias em votação a ser conduzida durante a assembleia geral ordinária. A Lei das Sociedades por Ações dispõe que a reserva legal e a reserva para investimentos decorrentes de incentivos fiscais poderão ser creditadas ao patrimônio líquido ou usadas para absorver prejuízos; essas reservas, porém, não estão disponíveis para pagamento de dividendos distribuídos em anos subsequentes. Os valores destinados às demais reservas poderão ser creditados ao patrimônio líquido e usados para pagamento de dividendos distribuídos em anos subsequentes. Conta de reserva legal Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e de nosso estatuto social, devemos destinar 5% de nosso lucro líquido de cada exercício fiscal para a reserva legal até que o valor total da nossa reserva legal seja igual a 20% do nosso capital integralizado. Entretanto, não estamos obrigados a efetuar quaisquer destinações à nossa reserva legal em exercício fiscal no qual a nossa reserva legal, quando acrescida às outras reservas, exceda 30% do total de nosso patrimônio líquido. Em 31 de dezembro de 2012, não havia saldo na reserva legal da Companhia. Contas de reserva de capital A Lei das Sociedades por Ações também nos permite registrar reserva de capital que poderá ser usada somente para (1) absorver prejuízos que excedam os lucros acumulados e as reservas de lucros conforme definido na Lei das Sociedades por Ações, (2) resgatar ou recomprar ações e/ou certificados de participações, (3) aumentar nosso capital ou (4) se especificado em nosso estatuto social (que atualmente não contém tal especificação), para pagar dividendos de ações preferenciais. Os valores destinados às reservas de capital ficam indisponíveis para o pagamento de distribuições e não são considerados para fins de determinar o valor de distribuição obrigatória. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo na conta de reserva de capital da Braskem era de R$798,0 milhões. Dividendo preferencial das ações preferenciais Nos termos dos estatutos da Companhia, os titulares de ações preferenciais têm direito a um dividendo preferencial mínimo anual não cumulativo, ou Dividendo Preferencial Mínimo, equivalente a 6% do valor contábil de tais ações, antes do pagamento de dividendos aos acionistas ordinaristas. As distribuições de dividendos em qualquer ano dado são efetuadas: • primeiramente, aos detentores de ações preferenciais, até o valor do Dividendo Preferencial Mínimo daquele ano; • em seguida, aos detentores de ações ordinárias, até o valor distribuído com relação a cada ação ordinária ser equivalente ao valor distribuído com relação a cada ação preferencial e • subsequentemente, aos titulares de ações ordinárias e ações preferenciais classe A, em termos proporcionais. Os acionistas titulares de ações preferenciais classe B não têm direito a receber nenhum valor adicional de dividendo, já que receberam o dividendo preferencial. Se o Dividendo Preferencial Mínimo não for pago por um período de três anos, os titulares de ações preferenciais passam a ter plenos poderes de voto. Distribuições obrigatórias Conforme facultado pela Lei das Sociedades por Ações, nosso estatuto social especifica que 25% de nosso lucro líquido ajustado de cada exercício fiscal deve ser distribuído para os acionistas na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio. Referimo-nos a esse valor como valor de distribuição obrigatória. 118 Nos termos da Lei de Sociedades por Ações, o montante do valor de distribuição obrigatória que exceder a parcela realizada do lucro líquido de qualquer ano específico poderá ser alocado à reserva de lucros não realizados, e a distribuição obrigatória poderá se limitar à parcela realizada do lucro líquido. A parcela realizada do lucro líquido é o montante no qual o lucro líquido exceder a soma de (1) nossos resultados líquidos positivos, se houver, pelo método contábil de equivalência patrimonial para ganhos e perdas de nossas subsidiárias e determinadas empresas coligadas, e (2) lucro, ganho ou receita obtidos em operações com vencimento após o encerramento do exercício fiscal subsequente. Uma vez que os valores alocados à reserva de lucros não realizados são realizados em anos posteriores, tais valores deverão ser acrescidos ao pagamento de dividendo referente ao ano de realização. A Lei das Sociedades por Ações permite-nos a suspensão da distribuição obrigatória se nosso conselho de administração relatar à assembleia geral ordinária que a distribuição seria incompatível com a nossa situação financeira à ocasião. Qualquer suspensão da distribuição obrigatória deverá ser apreciada por nosso conselho fiscal. Ademais, nossa administração deverá também apresentar à Comissão de Valores Mobiliários as razões para a suspensão da distribuição obrigatória. O lucro líquido não distribuído por nossa companhia em virtude de suspensão é destinado a uma reserva especial e, se não for absorvido por prejuízos subsequentes, deverá ser distribuído assim que a nossa situação financeira permitir. No caso de nossas reservas de lucro, conforme definido na Lei das Sociedades por Ações, exceder nosso capital social, o excesso deverá ser creditado ao patrimônio líquido ou utilizado para pagamento de distribuições. Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio Podemos pagar o valor de distribuição obrigatória na forma de dividendos ou de juros sobre capital próprio, que é equivalente ao dividendo mas poderá ser deduzido quando do cálculo do imposto de renda devido. Como as ações da Companhia são emitidas em forma escritural, os dividendos relativos a qualquer ação são automaticamente creditados ao titular da conta daquela ação. Os acionistas não residentes no Brasil devem registrar-se no Banco Central para que dividendos, receitas de vendas ou outros montantes relativos a suas ações possam ser remetidos para fora do país. As ações preferenciais representadas por ADSs são mantidas no Brasil pelo Banco Itaú S.A., como agente do depositário, que é registrado no Banco Central como proprietário registrado das nossas ações. Os pagamentos de dividendos e distribuições em dinheiro, se houver, serão feitos em moeda brasileira ao Banco Itaú S.A. ou ao Custodiante, como custodiante das ações preferenciais representadas por ADSs em nome do depositário. Em seguida, o Custodiante deverá converter esses fundos em dólares, fazendo com que tais dólares sejam entregues ao depositário para distribuição aos titulares de ADSs. Como ocorre com outros tipos de remessas do Brasil, o governo brasileiro poderá impor restrições temporárias sobre remessas para investidores estrangeiros dos resultados de seus investimentos no Brasil, conforme fez durante aproximadamente seis meses em 1989 e início de 1999, e sobre a conversão da moeda brasileira em divisas estrangeiras, o que prejudicaria ou impediria o depositário de converter os dividendos em dólares e remetê-los para o exterior. Vide "Item 3. Principais Informações—Fatores de Risco—Riscos Relacionados às Ações Preferenciais Classe A e às ADSs.” Juros sobre o capital próprio As empresas brasileiras, inclusive a Companhia, podem pagar juros sobre capital próprio como forma alternativa ao pagamento de dividendos aos acionistas. Esses pagamentos poderão ser deduzidos no cálculo do imposto de renda e contribuição social brasileiros. A taxa de juros aplicada a tais distribuições não pode, de modo geral, exceder a Taxa de Juros de Longo Prazo, para o período pertinente. O valor dos juros pagos que podemos deduzir para fins fiscais não pode exceder o maior dos seguintes valores: • 50% do nosso lucro líquido (após dedução da provisão de contribuição social e antes da dedução da provisão de imposto de renda de pessoa jurídica) antes de se levar em conta qualquer distribuição no período com relação ao qual o pagamento seja efetuado; e • 50% do valor da soma dos lucros acumulados e reservas de lucros. Qualquer pagamento de juros sobre capital próprio a detentores de ações ordinárias, ações preferenciais ou ADSs, quer sejam ou não residentes no Brasil, é sujeito ao pagamento de imposto retido na fonte brasileiro à alíquota de 15%, ficando estabelecido que será aplicada alíquota de imposto retido na fonte de 25% caso a pessoa que receber os juros seja residente de jurisdição tida como paraíso fiscal. Será considerado paraíso fiscal qualquer país que (1) não cobra imposto de renda ou cuja alíquota do imposto de renda seja inferior a 20% ou (2) não permita a divulgação da identidade dos acionistas de entidades constituídas em sua jurisdição. Vide "Item 10. Informações adicionais—Tributação—Considerações sobre tributos brasileiros." Nos termos de nosso Estatuto Social, podemos incluir o valor distribuído a acionistas como juros sobre capital próprio, líquido de qualquer imposto retido na fonte, como parte da distribuição obrigatória de dividendos. Prescrição dos pagamentos Nossos acionistas têm três anos para reclamar distribuições de dividendos efetuadas relativamente a suas ações a partir data em que tenham sido postos à disposição dos acionistas. Após tal período, quaisquer dividendos não reclamados revertem legalmente em nosso 119 benefício. Não estamos obrigados a pagar correção monetária sobre o valor das distribuições em razão da inflação que ocorrer durante o período compreendido entre a data de declaração e a data de pagamento. Mudanças significativas Com exceção do que foi divulgado neste relatório anual, não ocorreu nenhuma mudança significativa desde a data das demonstrações financeiras consolidadas auditadas incluídas no relatório anual. ITEM 9. OFERTA E LISTAGEM Mercados de negociação das ações da Companhia O principal mercado de negociação das nossas ações ordinárias, ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B é a BM&FBOVESPA, onde elas são negociadas respectivamente sob os símbolos “BRKM3”, “BRKM5” e “BRKM6”. Nossas ações ordinárias e ações preferenciais classe A começaram a ser negociadas na BM&FBOVESPA em 11 de novembro de 1980 e as ações preferenciais classe B, em 19 de agosto de 1983. Em 21 de dezembro de 1998, ADSs representativas das nossas ações preferenciais classe A começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), sob o símbolo “BAK”. Em 31 de dezembro de 2012, havia 17.096.872 ADSs em circulação, representando 34.193.744 ações preferenciais classe A, ou 9,9% das ações preferenciais classe A em circulação. Cada ADS representa duas ações preferenciais classe A. Em 8 de outubro de 2003, listamos nossas ações preferenciais classe A no LATIBEX, mercado de ações de emitentes da América Latina que é cotado em euros na Bolsa de Valores de Madri, sob o símbolo "XBRK". Tais ações preferenciais classe A são negociadas no LATIBEX em lotes de uma ação. Histórico do preço das ações preferenciais classe A e das ADSs As tabelas a seguir apresentam os preços de venda máximos e mínimos das ações preferenciais classe A da Companhia no fechamento do pregão da BM&FBOVESPA e os preços de venda máximos e mínimos no fechamento do pregão de nossas ADSs na NYSE nos períodos indicados. 2007 ............................................................................................................. 2008 ............................................................................................................. 2009 ............................................................................................................. 2010 ............................................................................................................. 2011 ............................................................................................................. 2012 ............................................................................................................. 120 BM&FBOVESPA NYSE Preço de fechamento de ações preferencial classe A Máximo Mínimo (em reais) Preço de fechamento por ADS Máximo Mínimo (em dólares) 18,19 15,19 14,72 19,85 25,00 16,60 12,34 5,41 4,41 9,74 12,80 10,48 19,27 18,50 16,73 24,62 32,15 18,58 11,56 4,60 3,73 10,77 13,91 10.54 2011 Primeiro Trimestre ......................................................... Segundo Trimestre ......................................................... Terceiro Trimestre ......................................................... Quarto Trimestre ............................................................. 2012 Primeiro Trimestre .......................................................... Segundo Trimestre .......................................................... Terceiro Trimestre .......................................................... Quarto Trimestre ............................................................. 2013 Primeiro Trimestre .......................................................... Seis últimos meses Outubro de 2012 ............................................................. Novembro de 2012.......................................................... Dezembro de 2012 .......................................................... Janeiro de 2013 ............................................................... Fevereiro de 2013 .......................................................... Março de 2013 ................................................................ Abril de 2013 (até 03 de abril) ........................................ BM&FBOVESPA NYSE Preço de fechamento de ações preferencial classe A Máximo Mínimo (em reais) Preço de fechamento por ADS Máximo Mínimo (em dólares) 20,85 25,00 22,39 15,99 18,60 20,40 13,96 12,80 26,41 32,15 29,42 18,78 22,74 25,63 15,62 13,91 15,73 14,50 16,60 14,60 12,33 10,48 11,25 12,79 18,58 16,01 16,50 14,36 13,49 10,54 11,06 12,43 15,31 13,32 15,51 13,34 14,40 14,60 13,89 15,01 15,31 14,62 14,11 13,38 12,85 12,79 13,32 13,90 13,35 13,60 14,26 14,36 13,35 15,20 15,51 15,08 14,01 13,08 12,43 12,54 13,34 14,40 13,35 13,61 ______________ Fonte: Economática Ltda./ Bloomberg Em 03 de abril de 2013, o preço de venda de fechamento das: • nossas ações preferenciais classe A na BM&FBOVESPA era de R$14,11 por ação; • nossas ações preferenciais classe A na LATIBEX era de €5,34 por ação; e • ADSs na NYSE era de US$14,01 por ADS. Regulamentação do mercado de valores mobiliários brasileiro O mercado de valores mobiliários brasileiro é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários que tem competência sobre as bolsas de valores e o mercado de valores mobiliários em geral pelo Conselho Monetário Nacional, e pelo Banco Central, que possui, entre outros, poderes para autorizar a constituição e o funcionamento de sociedades corretoras de valores mobiliários, e que regula investimentos estrangeiros e operações de câmbio. O mercado de valores mobiliários é regido (1) pela Lei no. 6.385, com alterações e complementações, que é a principal lei que rege os mercados de valores mobiliários do país e é aqui designada Lei dos Mercados de Valores Mobiliários; (2) Lei das Sociedades por Ações e (3) regulamentos emitidos pela CVM, pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central. As referidas leis e regulamentos dispõem, entre outros aspectos, exigências de divulgação aplicáveis a emissores de valores mobiliários negociados publicamente, restrições a negociação com informações privilegiadas (insider trading) e manipulação de preços (cujas violações podem redundar em sanções criminais de acordo com o Código Penal Brasileiro), proteção dos acionistas minoritários e divulgação de operações de valores mobiliários da empresa por elementos a ela ligados, incluindo conselheiros, diretores e principais acionistas. Também dispõem sobre o licenciamento e a supervisão das corretoras e a governança das bolsas de valores brasileiras. No entanto, os mercadores de valores mobiliários brasileiros não são tão fortemente regulados ou supervisionados como seus congêneres dos Estados Unidos e de alguns outros países. Ademais, as normas e políticas contra a auto negociação e pela preservação dos interesses dos acionistas são menos bem definidas e colocadas em prática no Brasil do que nos Estados Unidos, o que pode representar uma desvantagem para os titulares de nossas ações preferenciais classe A e ADSs. Finalmente, as divulgações de empresas também podem ser menos completas do que aquelas exigidas de empresas abertas dos Estados Unidos e de alguns outros países. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, as companhias podem ser abertas, como é o nosso caso, ou fechadas. Todas as companhias abertas encontram-se registradas na Comissão de Valores Mobiliários e estão sujeitas a exigências de prestação de informações periódicas. As companhias registradas junto à Comissão de Valores Mobiliários podem negociar seus valores mobiliários na BM&FBOVESPA ou no mercado de balcão do País. As ações de companhia listada, como nossa companhia, que são listadas na 121 BM&FBOVESPA não podem ser simultaneamente negociadas em mercados de balcão brasileiros. As ações de empresas abertas também podem ser negociadas em operação privada, observadas certas limitações. O mercado de balcão brasileiro consiste em negociações diretas entre pessoas junto às quais uma instituição financeira registrada junto à Comissão de Valores Mobiliários atua como intermediária. Não se faz necessário nenhum requerimento especial, que não o registro junto à Comissão de Valores Mobiliários, para se negociarem valores mobiliários de companhia aberta nesse mercado. A Comissão de Valores Mobiliários exige que os intermediários entreguem aviso acerca de todas as negociações realizadas no mercado de balcão brasileiro. Exigências de divulgação De acordo com a Lei n° 6.385, empresas abertas, como a Companhia, devem submeter à CVM e à BOVESPA determinadas informações periódicas, incluindo relatórios anuais e trimestrais elaborados pela administração e por auditores independentes. A Lei ° 6.385 também exigem que as empresas abertas arquivem junto à CVM seus acordos de acionistas, editais de assembleias gerais e cópias das atas de tais assembleias. A Instrução CVM n° 358, que entrou em vigor em abril de 2002, revisou e consolidou os requisitos relativos à divulgação e ao uso de informações relativas a fatos relevantes e atos de empresas abertas, incluindo a divulgação de informações sobre a negociação e a aquisição de valores mobiliários emitidos por empresas abertas. As disposições da Instrução CVM n° 358: • Estabelecem o conceito de fato relevante que dá origem a exigências de relatório. Fatos relevantes incluem decisões tomadas pelos acionistas controladores, deliberações de assembleias gerais e da administração da empresa, e todos os outros fatos relativos aos negócios da empresa (quer tenham ocorrido dentro da empresa ou digam respeito a ela) capazes de influenciar o preço de seus valores mobiliários negociados em mercado público, ou as decisões de investidores que negociam com tais valores ou exercem os direitos correspondentes a tais valores mobiliários; • Apresentam exemplos de fatos considerados relevantes, que incluem, entre outros, a celebração de acordos prevendo transferência de controle, a entrada ou retirada de acionistas que ocupam qualquer função gerencial, financeira, tecnológica ou administrativa na empresa ou que fazem contribuições a ela, e reestruturações societárias realizadas entre empresas ligadas; • Exigem que o diretor de relações com investidores, os acionistas controladores, outros diretores ou conselheiros, membros do conselho fiscal e outros conselhos consultivos divulguem fatos relevantes; • Exigem a divulgação simultânea de fatos relevantes a todos os mercados em que os valores mobiliários da empresa são aceitos para negociação; • Exigem que o adquirente de uma participação controladora em uma empresa publique fatos relevantes, incluindo suas intenções quanto ao fato de fechar ou não o capital da empresa no prazo de um ano; • Estabelecem normas relativas a exigências de divulgação na aquisição e alienação de uma participação acionária relevante; e • Vetam a negociação com base em informações relevantes não disponíveis ao público. Negociações na BM&FBOVESPA Visão geral da BM&FBOVESPA Em 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo S.A. – BOVESPA foi reorganizada, mediante a assinatura de um memorando de entendimentos pelas bolsas de valores brasileiras. Após essa reorganização, a BOVESPA era uma entidade sem fins lucrativos de propriedade de suas corretoras membros e a negociação na BOVESPA era restrita a tais corretoras membros e um pequeno número de não membros autorizados. Nos termos do memorando, todos os valores mobiliários passaram a ser negociados unicamente na BOVESPA, com exceção de títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização, que são realizados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Em agosto de 2007, a BOVESPA passou por uma reestruturação societária que resultou na formação da BOVESPA Holding S.A., empresa pública, cujas subsidiárias integrais eram (1) a BOVESPA, responsável pela operação da bolsa de valores e os mercados de balcão organizados, e (2) a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC, responsável pela liquidação, compensação e serviços de depositário. Com a reestruturação societária, todos os detentores de certificados de membros da BOVESPA e de ações da CBLC passaram a ser acionistas da BOVESPA Holding S.A. Em resultado dessa reestruturação, o acesso à negociação e a outros serviços prestados pela BOVESPA deixou de ser condicionado à propriedade de ações da BOVESPA Holding S.A. 122 Em maio de 2008, ocorreu a fusão entre a BOVESPA e a Bolsa de Mercadorias & Futuros, formando a BM&FBOVESPA. Em novembro de 2008, a CBLC foi incorporada à BM&FBOVESPA. Desta forma, a BM&FBOVESPA realiza atualmente seus próprios serviços de liquidação, compensação e de depositário. Negociação e liquidação A negociação de ações na BM&FBOVESPA é feita por meio de um sistema de negociação eletrônica denominado Megabolsa, todos os dias úteis das 10h às 17h, hora de São Paulo (ou no período de horário de verão nos Estados Unidos, das 10h às 17h30, hora de São Paulo). A negociação de ações na BM&FBOVESPA também é feita entre as 17h45 e às 19h, hora de São Paulo (ou durante o horário de verão nos Estados Unidos, das 18h05 às 19h30, hora de São Paulo), em um sistema after market conectado tanto a corretoras tradicionais como a corretoras que operam através da Internet. Essa negociação after market está sujeita a limites reguladores quanto à volatilidade dos preços dos valores mobiliários e ao volume de ações negociadas pelos investidores que operam pela Internet. A negociação de valores mobiliários de dada companhia na BM&FBOVESPA poderá ser suspensa em antecipação à publicação de fato relevante. A companhia deverá também suspender a negociação de seus valores mobiliários nas bolsas de valores internacionais nas quais eles sejam negociados. As negociações também poderão ser suspensas a critério da CVM e da BM&FBOVESPA de um determinado emissor, entre outras razões com base na convicção de que uma companhia forneceu informações inadequadas relativas a fato relevante ou forneceu respostas inadequadas a questionamentos feitos pela CVM ou pela BM&FBOVESPA. Com o intuito de reduzir a volatilidade, a BM&FBOVESPA adotou o mecanismo circuit breaker, mediante o qual os pregões podem ser suspensos por um período de 30 minutos ou uma hora, sempre que o Ibovespa cair respectivamente 10% ou 15%, em relação ao fechamento do pregão anterior. A liquidação das operações realizadas na BM&FBOVESPA é efetuada no prazo de três dias úteis a contar da data da negociação, sem qualquer correção monetária. A entrega e o pagamento das ações são efetuados através da câmara de compensação da BM&FBOVESPA. O vendedor fica normalmente obrigado a entregar as ações à câmara de compensação e liquidação da BM&FBOVESPA no segundo dia útil subsequente à data de negociação. Tamanho do mercado Embora o mercado acionário brasileiro seja o maior da América Latina em termos de valorização, ele é menor, mais volátil e apresenta menor liquidez que seus principais congêneres dos Estados Unidos e da Europa. Ademais, a BM&FBOVESPA é consideravelmente menos líquida que a NYSE ou outras grandes bolsas do mundo. Regulamentação de investimentos estrangeiros A negociação na BM&FBOVESPA por detentores não considerados como domiciliados no Brasil para fins fiscais e regulatórios do País, ou Detentor Não-Brasileiro, está sujeita a certas limitações nos termos da regulamentação brasileira sobre investimento estrangeiro. Salvo exceções limitadas, só é facultado a Detentores Não-Brasileiros negociar na BM&FBOVESPA em conformidade com os requisitos da Resolução no. 2.689 do Conselho Monetário Nacional, de 26 de janeiro de 2000. A Resolução CMN no. 2.689 exigiu que os valores mobiliários detidos por Detentores Não-Brasileiros sejam mantidos sob custódia de ou em contas de depósito junto a, instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários. Ademais, a Resolução CMN no. 2.689 exigiu que Detentores Não-Brasileiros restrinjam suas negociações de valores mobiliários a transações realizadas na BM&FBOVESPA ou em mercados de balcão organizados. Salvo exceções limitadas, Detentores Não-Brasileiros não poderão transferir a titularidade de investimentos efetuados nos termos da Resolução CMN no. 2.689 a outros detentores não brasileiros por meio de operações privadas. Vide "Item 10. Informações adicionais—Controles cambiais” para mais informações sobre a Resolução 2.689 e “Item 10. Informações adicionais—Tributação—Considerações sobre tributos brasileiros—Tributação de ganhos no Brasil” para uma descrição de alguns dos benefícios fiscais concedidos a Detentores Não-Brasileiros habilitados de acordo com a Resolução 2.689. Normas de governança corporativa da BM&FBOVESPA Em dezembro de 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo lançou três novos segmentos de listagem: • Governança Corporativa Nível 1; • Governança Corporativa Nível 2; e • Novo Mercado. Os novos segmentos de listagem destinam-se à negociação de ações emitidas por empresas que se comprometem, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa e a exigências de prestação de informações adicionais em relação às exigidas pela Lei das Sociedades por Ações. A inclusão de uma companhia em qualquer desses novos segmentos exige adesão a uma série de 123 práticas de governança corporativa. Essas práticas destinam-se a ampliar os direitos dos acionistas e melhorar a qualidade das informações prestadas pelas companhias brasileiras. Em 13 de fevereiro de 2003, aderimos ao Nível 1. Para a classificação como Companhia Nível 1, comprometemo-nos com as seguintes práticas: • manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 25% do capital total; • realização de ofertas públicas de distribuição de ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital; • prestação de informações mínimas para divulgação trimestral como também emissão de informações financeiras consolidadas, demonstração dos fluxos de caixa e revisões especiais de auditoria, trimestralmente; • cumprimento de regras mais rígidas de divulgação em operações envolvendo ativos de emissão da companhia por parte de acionistas controladores e administradores da empresa; • disponibilização aos acionistas de um calendário anual de eventos corporativos; e • realização de reuniões públicas com analistas e investidores, pelo menos anualmente. ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Descrição do Estatuto Social da Companhia Segue abaixo um sumário das disposições relevantes de nosso Estatuto Social e da Lei das Sociedades por Ações. No Brasil, o Estatuto Social constitui o principal documento que rege uma sociedade por ações. Introdução Nossa denominação social é Braskem S.A., com sede no Município de Camaçari, estado da Bahia, Brasil. Nosso número de inscrição no registro de empresas (NIRE) é 29300006939. Estamos devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários sob no. 4820, desde 18 de dezembro de 1978. A sede da Companhia fica no Município de Camaçari, estado da Bahia, Brasil. A Companhia tem prazo indeterminado de duração. Em 03 de abril de 2013, possuíamos ações em circulação no valor total de R$8.043.222.080,50, equivalentes a um total de 797.265.348 ações em circulação, sendo 451.668.652 ações ordinárias, 345.002.878 ações preferenciais classe A e 593.818 ações preferenciais classe B, incluindo 1.154.758 ações preferenciais classe A mantidas em tesouraria. O capital em circulação está totalmente integralizado. As ações da Companhia não têm valor nominal. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o número total das nossas ações preferenciais classe A e classe B sem direito a voto ou com voto restrito não pode exceder dois terços do total de nossas ações em circulação. Objeto social Nosso Estatuto Social estabelece no artigo 2o que nosso objeto social inclui o seguinte: • fabricação, comércio, importação e exportação de produtos químicos e petroquímicos e derivados de petroquímicos; • produção, distribuição e comercialização de utilidades, tais como: fornecimento de vapor, água, ar comprimido, gases industriais, assim como a prestação de diversos serviços industriais; • produção, distribuição e comercialização de energia elétrica para consumo próprio e para outras empresas; • participação em outras sociedades, de acordo com a Lei no. 6.404/76, como quotista ou acionista; e • fabricação, distribuição, comercialização, importação e exportação de gasolina, óleo diesel, GLP e outros derivados de petróleo. Conselho de Administração Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, quaisquer matérias sujeitas à aprovação do conselho de administração poderão ser aprovadas por maioria simples de votos dos membros presentes em reunião devidamente convocada, a menos que nosso Estatuto Social estabeleça de outra forma. Nos termos do nosso Estatuto Social, o conselho de administração apenas poderá deliberar 124 se a maioria dos seus membros estiver presente em reunião devidamente convocada. Quaisquer deliberações do conselho de administração poderão ser aprovadas pelo voto afirmativo da maioria dos membros presentes na reunião, observados os direitos de veto da Petrobras, sobre as deliberações do conselho de administração da Companhia relativas a certas matérias objeto do Acordo de Acionistas da Petrobras. Vide "Item 7. Principais acionistas e operações com partes relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas—Acordo de Acionistas da Petrobras.” Eleição de conselheiros A maioria dos membros do conselho de administração é eleita pelo Grupo Odebrecht. Ademais, qualquer conselheiro indicado por um acionista nos termos de acordo de acionistas também está vinculado aos termos de tal acordo. Vide "Item 7. Principais acionistas e operações com partes relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas." Os membros de nosso conselho de administração são eleitos pela assembleia geral de acionistas para um mandato unificado de dois anos. Requisitos para eleição Nosso Estatuto Social não exige que os membros do conselho de administração sejam residentes no Brasil ou acionista da Companhia. A Lei das Sociedades por Ações exige que nossos diretores residam no Brasil. Deveres de lealdade e conflitos de interesses Todos os membros do conselho de administração e seus suplentes têm deveres de lealdade para conosco e com todos os nossos acionistas. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, caso haja privação de benefícios pessoais por um de nossos conselheiros, seus suplentes ou diretores, no que diz respeito a qualquer operação proposta, tal conselheiro, seu suplente ou diretor não poderá votar em qualquer decisão do conselho de administração ou da diretoria, conforme o caso, no que diz respeito à operação em questão e deverá divulgar a natureza e extensão do conflito de interesses para registro em ata referente à sessão pertinente. Todavia, se um de nossos conselheiros estiver ausente em uma reunião do conselho de administração, o seu conselheiro suplente poderá votar mesmo que haja conflito de interesses por parte daquele conselheiro ausente, salvo se o conselheiro suplente compartilhar ou também possuir conflito de interesses. Qualquer operação na qual um conselheiro (inclusive os suplentes) ou diretor tenha conflito de interesses, inclusive quaisquer empréstimos, apenas poderá ser aprovada em termos e condições razoáveis e equitativos que não sejam mais favoráveis do que os termos e condições vigentes no mercado ou oferecidos por terceiros. Caso qualquer operação não atenda a esta exigência, a Lei das Sociedades por Ações prevê que a operação poderá ser anulada e o conselheiro ou diretor interessado deverá nos devolver quaisquer benefícios ou outras vantagens que obtiver da operação ou que decorra da mesma. Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e mediante solicitação de acionista que detenha pelo menos 5,0% da totalidade de nosso capital social, os conselheiros e diretores deverão revelar aos acionistas em assembleia geral ordinária certas operações e circunstâncias que poderão ensejar conflito de interesses. Ademais, nós ou nossos acionistas que detêm 5,0% ou mais de nosso capital social poderão ajuizar ação de responsabilidade civil contra os conselheiros e diretores em função de quaisquer perdas causadas em razão de conflito de interesses. Remuneração Nos termos do nosso Estatuto Social, nossos acionistas ordinários aprovam a remuneração global devida aos conselheiros, diretores e membros do conselho fiscal. Observada esta aprovação, o conselho de administração fixa a remuneração dos seus membros e dos diretores "Item 6. Conselheiros, diretores e funcionários—Remuneração.” Aposentadoria compulsória Nem a Lei das Sociedades por Ações nem nosso Estatuto Social estabelecem qualquer idade para aposentadoria compulsória de nossos conselheiros ou diretores. Capital social Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o número de ações sem direito a voto ou ações com direitos de voto restritos, tais como as ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B por nós emitidas, não poderá exceder dois terços do número total das ações emitidas. Cada ação ordinária confere a seu detentor direito a um voto em nossas assembleias geral ordinária e extraordinária. Os detentores de ações ordinárias não fazem jus a qualquer preferência no que diz respeito a nossos dividendos ou a outras distribuições ou de outra forma em caso de liquidação. 125 Nossas ações preferenciais classe A e as ações preferenciais classe B não têm direito de voto, exceto em circunstâncias limitadas e têm prioridade sobre nossas ações ordinárias no caso de liquidação. Vide em "—Direitos de voto—Liquidação" informações acerca das preferências na liquidação das nossas ações preferenciais e no "Item 8. Informações financeiras—Dividendos e política de dividendos—Cálculo do lucro líquido ajustado" e "Item 8. Informações financeiras—Dividendos e política de dividendos— Preferência de dividendos das ações preferenciais" informações relativas às preferências de distribuição de nossas ações preferenciais. Assembleias gerais Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas devem realizar assembleia geral ordinária até 30 de abril de cada ano para votar as seguintes matérias: • aprovação ou rejeição das Demonstrações Financeiras aprovadas pelo nosso conselho de administração e diretoria, inclusive a recomendação quanto à destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos; e • eleição dos membros do nosso conselho de administração (quando da expiração do mandato de dois anos) e dos membros do nosso conselho fiscal, observado o direito dos nossos acionistas minoritários de eleger membros do conselho de administração e do conselho fiscal. Além das assembleias gerais ordinárias, os acionistas detentores de nossas ações ordinárias terão poderes para deliberar quaisquer matérias atinentes a alterações dos nossos objetos e finalidades bem como para aprovar quaisquer deliberações que julguem necessárias para proteção e melhoria do nosso desenvolvimento, sempre que os interesses da Companhia, exigirem, por meio de assembleias gerais extraordinárias. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas detentores de ações ordinárias terão poderes, entre outros, para votar as seguintes matérias em assembleias gerais: • alteração do nosso Estatuto Social; • aprovação de qualquer aumento de capital que supere o valor do capital autorizado; • aprovação de qualquer redução de capital; • aprovação ou rejeição da avaliação dos ativos conferidos por qualquer dos acionistas para integralização de nosso capital social; • suspensão dos direitos de qualquer acionista que tenha incorrido em inadimplência das obrigações estabelecidas em lei ou no nosso Estatuto Social; • autorização da emissão de debêntures conversíveis; • aprovação de qualquer transformação, ou qualquer incorporação, fusão ou cisão que nos envolva; • autorização de nossa dissolução e liquidação; eleição e destituição dos liquidantes indicados para a dissolução ou liquidação e exame de suas contas; • participação em grupo de sociedades (conforme definido na Lei das Sociedades por Ações); • aprovação da remuneração global a ser paga aos nossos conselheiros e diretores; • autorização da administração para nos declarar insolventes, falidos ou para requerer concordata; • eleger e substituir membros do conselho de administração e conselho fiscal; • alterar o número de membros do conselho de administração; • modificar a política de dividendos; e • autorizar o cancelamento do registro de nossas ações. Convocamos nossas assembleias gerais, inclusive a assembleia geral ordinária, mediante a publicação de aviso no Diário Oficial do estado da Bahia e em, pelo menos, um jornal adicional indicado pelos acionistas de grande circulação na Bahia, local em que mantemos nossa sede. Quando da primeira convocação de qualquer assembleia, o aviso deverá ser publicado no mínimo três vezes, a primeira das quais, com antecedência mínima de 15 dias corridos da data programada para a assembleia. O aviso deverá conter data, 126 local, horário, ordem do dia da assembleia e, no caso de proposta de alteração do Estatuto Social, indicação da matéria da alteração proposta. Nosso conselho de administração poderá convocar assembleia geral. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, a assembleia geral também poderá ser convocada pelos nossos acionistas da seguinte maneira: • por qualquer de nossos acionistas se, em certas circunstâncias que constam da Lei das Sociedades por Ações, os conselheiros deixarem de convocar assembleia geral no prazo de 60 dias; • pelos acionistas representativos de, no mínimo, 5,0% da totalidade do nosso capital social se, após o prazo de oito dias, os conselheiros deixarem de convocar assembleia geral que tenha sido solicitada pelos acionistas em questão; e • pelos acionistas representativos de, no mínimo, 5,0% da totalidade do nosso capital social ou da totalidade do nosso capital social sem direito a voto, se após o prazo de oito dias os conselheiros deixarem de convocar assembleia geral com a finalidade de nomear o conselho fiscal conforme solicitado pelos acionistas. Além disso, o conselho fiscal pode convocar assembleias gerais se o conselho de administração não convocar a assembleia geral ordinária no prazo de 30 dias ou a qualquer outro tempo, para apreciar matérias urgentes e graves. As assembleias gerais são presididas por um presidente eleito pelos acionistas presentes à assembleia, que é assistido por um secretário. Qualquer acionista poderá ser representado em assembleia geral por procurador nomeado pelo acionista com no máximo um ano de antecedência da assembleia. O procurador deverá ser acionista, administrador da companhia, advogado ou instituição financeira e a procuração nomeando o procurador deverá atender a certas formalidades que constam da lei brasileira. De modo a poder participar de uma assembleia geral de acionistas, o acionista deverá provar a posição de acionista ou ter uma procuração válida. A fim de que seja aprovada deliberação válida em assembleia geral, os acionistas que representem no mínimo um quarto das nossas ações ordinárias emitidas e em circulação deverão estar presentes em primeira convocação. Contudo, os acionistas que representem pelo menos dois terços das nossas ações ordinárias emitidas e em circulação deverão estar presentes em assembleia geral que vise à alteração do Estatuto Social. Caso não haja quórum de instalação, o conselho de administração poderá realizar segunda convocação mediante a publicação de aviso conforme descrito acima com, no mínimo, oito dias corridos de antecedência da assembleia programada. As exigências de quórum de instalação não se aplicam à assembleia em segunda convocação, quando as assembleias gerais serão abertas com a presença de acionistas que representem qualquer número de ações (observadas as exigências de voto para a aprovação de certas matérias que constam abaixo). Qualquer acionista sem direito a voto poderá comparecer a assembleia geral e participar do debate das matérias submetidas à apreciação da assembleia Direitos de voto Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e do nosso Estatuto Social, cada uma das nossas ações ordinárias confere direito a um voto na assembleia geral. As ações preferenciais de modo geral não conferem direitos de voto, exceto nas circunstâncias limitadas descritas abaixo. Não poderemos restringir ou negar quaisquer direitos de voto sem o consentimento da maioria das ações afetadas. Sempre que as ações de qualquer classe do capital social tiverem direito de voto, cada ação terá direito a um voto. Direitos de voto das ações ordinárias Ressalvadas algumas hipóteses previstas em lei, as deliberações tomadas em assembleia geral são aprovadas pela maioria simples dos votos dos detentores das nossas ações ordinárias presentes ou representados em assembleia, não se levando em conta as abstenções. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, a aprovação dos acionistas que representam pelo menos a maioria das ações com direito a voto é exigida para as deliberações descritas abaixo bem como, no caso dos dois primeiros itens, a maioria das ações emitidas e em circulação da classe afetada, no prazo de um ano a contar da assembleia geral: • criação de ações preferenciais ou aumento desproporcional de classe de ações preferenciais existentes, em relação às demais classes de ações preferenciais, exceto na medida permitida pelo Estatuto Social; • alteração na prioridade, preferência, direito, privilégios ou condições de resgate ou amortização de qualquer classe de nossas ações preferenciais ou criação de nova classe de ações preferenciais que tenha prioridade, preferência, direito, condição de resgate ou amortização superior a uma classe existente de ações preferenciais; • redução da distribuição obrigatória de dividendos; • alteração do nosso objeto social; • incorporação de nossa companhia por outra sociedade ou fusão de nossa companhia, observadas as condições que constam da Lei das Sociedades por Ações; 127 • transferência de todas as nossas ações a outra sociedade, conhecida como incorporação de ações, nos termos da Lei das Sociedades por Ações; • participação em grupo de sociedades conforme definido na Lei das Sociedades por Ações e observadas as condições estabelecidas nas Lei das Sociedades por Ações; • dissolução ou liquidação de nossa companhia ou cancelamento de qualquer liquidação da companhia que esteja em curso; • criação de quaisquer certificados de participação que habilitem os respectivos detentores a participar dos lucros de nossa companhia; e • cisão, no todo ou em parte, de nossa companhia. As decisões acerca da transformação do nosso tipo societário exigem a aprovação unânime dos acionistas, inclusive dos detentores de ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B. Somos obrigados a respeitar acordos de acionistas para a compra ou venda de nossas ações, direito de preferência para aquisição de nossas ações, o exercício do direito de voto de nossas ações ou o poder de controlar a nossa companhia, se tais acordos estiverem arquivados em nossa sede social em Camaçari. A Lei das Sociedades por Ações obriga o presidente de qualquer assembleia geral ou reunião do conselho de administração a desconsiderar qualquer voto de qualquer acionista que seja parte de qualquer acordo de acionistas devidamente arquivado em nossa sede social, que viole as disposições de qualquer acordo de acionistas. Caso o acionista que seja parte de acordo de acionistas (ou o conselheiro nomeado pelo acionista em questão) esteja ausente de qualquer assembleia geral, reunião do conselho de administração, ou se abstenha de votar, a outra parte ou partes do acordo de acionistas terão o direito de votar com as ações do acionista que estiver ausente ou que se abstiver (ou em nome do conselheiro ausente), em conformidade com o disposto no acordo de acionistas. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, nem o nosso Estatuto Social nem as deliberações tomadas em assembleia geral poderão privar o acionista de certos direitos essenciais, inclusive: • o direito de participar da distribuição dos nossos lucros; • o direito de participar do nosso acervo, em caso de nossa liquidação; • o direito de fiscalizar a gestão dos negócios, na forma prevista na Lei das Sociedades por Ações; • o direito de preferência na emissão de nossas ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição, exceto em casos de oferta pública de nossos valores mobiliários; e • o direito de se retirar da Companhia nas circunstâncias previstas na Lei das Sociedades por Ações. Direitos de voto dos acionistas minoritários Os acionistas detentores de ações representativas de, no mínimo, 10% das ações com direito a voto em assembleia geral terão o direito de solicitar a adoção do procedimento de voto múltiplo. Nos termos do procedimento de voto múltiplo, cada ação com direito a voto fará jus a tantos votos quantos sejam os cargos de conselheiros a serem preenchidos e cada acionista poderá cumular todos os seus votos em um único candidato ou distribuí-los entre vários candidatos. Caso o procedimento de voto múltiplo seja adotado, nossos acionistas controladores sempre conservarão o direito de eleger no mínimo o mesmo número de membros que os demais acionistas mais um membro, independentemente do número total de conselheiros. Este procedimento poderá ser solicitado pelos acionistas com, no mínimo, 48 horas de antecedência da assembleia geral. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os acionistas que não sejam acionistas controladores, mas que em conjunto detenham: • ações preferenciais representativas de, no mínimo, 10% da totalidade do nosso capital social; ou • ações ordinárias representativas de, no mínimo, 15% do nosso capital social com direito a voto, Poderão nomear um membro e respectivo suplente para o conselho de administração na assembleia geral. Caso nenhum grupo de acionistas ordinários ou preferenciais atinja o limite descrito acima, os acionistas detentores de ações preferenciais ou ações ordinárias representativas de, no mínimo, 10% da totalidade do nosso capital social farão jus a combinar suas participações societárias, a fim de nomear um membro e respectivo suplente do conselho de administração. Os acionistas que busquem exercer esses direitos minoritários deverão provar a titularidade ininterrupta de suas ações por, no mínimo, três meses anteriormente à assembleia geral em 128 que o conselheiro será nomeado. Quaisquer conselheiros indicados pelos acionistas não controladores terão o direito de vetar com justo motivo a escolha dos nossos auditores independentes. Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, os detentores de ações preferenciais sem direito de voto ou com direitos de voto restritos terão direito a eleger um membro e seu suplente do conselho fiscal em eleição separada. Acionistas minoritários têm o mesmo direito enquanto representarem, em conjunto, 10% ou mais das ações com direito a voto. Os demais acionistas com direito a voto poderão eleger os membros remanescentes e seus suplentes que, em qualquer hipótese, deverão ser em número superior ao dos conselheiros e suplentes eleitos pelos detentores de ações preferenciais sem direito de voto e pelos acionistas minoritários. Direitos de voto das ações preferenciais Os detentores de ações preferenciais não terão o direito de votar qualquer matéria, exceto no que diz respeito à eleição de um membro do conselho de administração por detentores de ações preferenciais representativas de, no mínimo, 10% da totalidade do nosso capital social, à eleição de um membro efetivo do conselho fiscal e seu suplente nas circunstâncias limitadas descritas acima e previstas abaixo. A Lei das Sociedades por Ações e o nosso Estatuto Social estabelecem que as ações preferenciais adquiram direitos de voto irrestritos a partir do terceiro exercício social consecutivo em que deixarmos de pagar os dividendos mínimos a que nossas ações preferenciais façam jus. Este direito de voto perdurará até que pagamento integral dos dividendos tenha sido efetuado no referido período de três exercícios sociais consecutivos. Os acionistas preferenciais também adquirirão direitos de votos irrestritos caso entremos em processo de liquidação. Liquidação Podemos ser liquidados nos termos da legislação brasileira. Na hipótese de nossa liquidação extrajudicial, a assembleia geral determinará a forma da liquidação e indicará o liquidante e o conselho fiscal que atuarão durante o período de liquidação. Quando da liquidação, nossas ações preferenciais terão preferência sobre nossas ações ordinárias no recebimento do nosso acervo. Na hipótese de nossa liquidação, os ativos disponíveis para distribuição aos nossos acionistas serão distribuídos primeiramente aos acionistas detentores de ações preferenciais em valor igual à sua participação proporcional no nosso capital social, antes de se efetuarem quaisquer distribuições aos nossos acionistas ordinários. Caso os ativos a serem desta forma distribuídos sejam insuficientes para compensar integralmente os nossos acionistas detentores de ações preferenciais, tais acionistas receberão, cada qual, valor proporcional (baseado em sua participação proporcional no nosso capital social, excluindo-se as ações ordinárias em tal cálculo) de quaisquer ativos disponíveis. Direitos de conversão De acordo com o nosso Estatuto Social, a assembleia geral poderá autorizar a conversão das ações preferenciais classe A em ações ordinárias por meio do voto afirmativo dos acionistas representativos da maioria das ações ordinárias, que estabelecerá: • o número de ações a serem convertidas; • a relação de conversão; e • o prazo no qual qualquer conversão será realizada. Os detentores de ações preferenciais classe B não terão a faculdade de converter suas ações em ações ordinárias, mas poderão, nos termos do nosso Estatuto Social, converter suas ações em ações preferenciais classe A na proporção de duas ações preferenciais classe B para cada ação preferencial classe A. Direitos de preferência Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, cada um dos nossos acionistas tem direito de preferência para subscrever ações ou valores mobiliários conversíveis em ações em qualquer aumento de capital, na proporção do número de ações detidas pelo acionista em questão. Contudo, nos termos do nosso Estatuto Social, os detentores de ações preferenciais classe B não têm tais direitos de preferência. Na hipótese de aumento de capital que mantenha ou aumente a proporção do capital representado pelas ações preferenciais classe A, os detentores de ações preferenciais classe A farão jus a direito de preferência na subscrição somente das novas ações preferenciais classe A emitidas. Na hipótese de aumento de capital que reduza a proporção do capital representado por ações preferenciais classe A, os detentores de ações preferenciais classe A farão jus a direito de preferência na subscrição de quaisquer novas ações preferenciais classe A na proporção do número de ações que detenham, e na subscrição de ações ordinárias somente na medida necessária para impedir a diluição de sua participação na totalidade do nosso capital. Nos termos do nosso Estatuto Social, exceto quando da emissão de ações com direito a voto ou de valores mobiliários conversíveis em ações com direito a voto, o conselho de administração ou os acionistas, conforme o caso, poderão decidir reduzir o prazo ou não 129 conceder direitos de preferência aos nossos acionistas em caso de qualquer emissão de ações sem direito de voto, debêntures conversíveis em ações sem direito de voto ou bônus de subscrição realizada no âmbito de oferta pública para aquisição do controle de outra sociedade ou no âmbito de uma oferta pública ou por meio de bolsa de valores. Os direitos de preferência poderão ser transferidos a terceiros e deverão ser exercidos pelo prazo mínimo de 30 dias após a publicação de aviso de emissão de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações. Os detentores de ADSs poderão ficar impossibilitados de exercer direitos de preferência referentes às nossas ações preferenciais classe A subjacentes aos seus ADSs a menos que termo de registro ao amparo do Securities Act esteja em vigor no que respeita a tais direitos ou uma isenção das exigências de registro do Securities Act esteja disponível. Não somos obrigados a protocolar registro no que concerne às ações relativamente a tais direitos de preferência ou tomar qualquer outra medida para disponibilizar os direitos de preferência aos detentores de ADSs, e podemos nem mesmo protocolar um registro. Resgate, amortização, ofertas públicas e direitos de retirada Nosso Estatuto Social ou os acionistas, em assembleia geral, poderão autorizar a utilização de lucros ou reservas para resgate ou amortização de ações de conformidade com condições e procedimentos estabelecidos para o resgate ou amortização. A Lei das Sociedades por Ações define resgate de ações como o pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação, com ou sem a correspondente redução do nosso capital social. A Lei das Sociedades por Ações define amortização como a distribuição aos acionistas, sem redução correspondente do capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de nossa liquidação. Se tiver sido efetuada amortização antes da nossa eventual liquidação, os acionistas que não tiverem participado da operação de amortização receberão parcela proporcional do valor que teriam recebido se tivessem recebido distribuição a título de amortização. A Lei das Sociedades por Ações autoriza-nos a resgatar ações não detidas pelo acionista controlador se, subsequentemente à oferta pública, em razão de fechamento do capital ou redução substancial da liquidez das ações, os nossos acionistas controladores aumentarem sua participação no capital social total da Companhia para mais do que 95%. Nessa hipótese, o preço de resgate seria o mesmo preço pago pelas ações na oferta pública. A Lei das Sociedades por Ações e o nosso Estatuto Social também exigem que o adquirente do controle (no caso de mudança de controle) ou o acionista controlador (no caso de fechamento do capital ou redução substancial da liquidez das ações) realizem oferta pública para aquisição das ações detidas por acionistas minoritários em certas circunstâncias descritas abaixo em "—Ofertas públicas obrigatórias." Os acionistas também poderão se retirar da companhia caso discordem de certas matérias descritas abaixo em "— Direitos de retirada.” Ofertas públicas obrigatórias A Lei das Sociedades por Ações dispõe que, caso fechemos nosso capital ou haja redução significativa da liquidez das nossas ações, conforme deferido pela Comissão de Valores Mobiliários, em cada caso em consequência de compras efetuadas pelos nossos acionistas controladores, os acionistas controladores deverão efetuar oferta pública para aquisição de nossas ações remanescentes por preço de compra igual ao justo valor das ações levando em consideração o número total de ações em circulação. Nosso Estatuto Social prevê que todas as nossas ações, inclusive as ações preferenciais classe A, farão jus a direitos de venda conjunta na hipótese de transferência do nosso controle, devendo todas as ações receber o mesmo preço unitário pago aos acionistas controladores. Se os acionistas controladores celebrarem operação que resulte em mudança de nosso controle, os acionistas controladores deverão condicionar tal operação à realização, pelo adquirente, de uma oferta pública para compra da totalidade das ações ordinárias e ações preferenciais emitidas pela Companhia pelo mesmo preço unitário pago aos acionistas controladores. A oferta pública deverá ser submetida a registro na Comissão de Valores Mobiliários dentro de prazo de 30 dias da celebração do documento da alienação do controle. Nosso Estatuto Social dispõe que não caracterizará transferência de controle se a parte adquirente do controle for membro integrante do bloco de acionistas controladores e/ou signatária de acordos entre nossos acionistas regulando o exercício de direitos sobre as ações detidas pelos acionistas controladores. Nosso Estatuto Social também dispõe que o direito de venda conjunta (tag along) não é aplicável na hipótese de a mudança de controle ocorrer em decorrência de: • de sentença ou ato judicial, como sequestro ou execução judicial; ou • de decisão final por parte de autoridades regulamentadoras, inclusive o CADE, obrigando os nossos acionistas controladores a alienar, no todo ou em parte, as suas ações em nossa companhia. Direitos de retirada A Lei das Sociedades por Ações dispõe que, em certas circunstâncias limitadas, um acionista dissidente poderá se retirar de nossa companhia e ser por nós reembolsado pelo valor das ações ordinárias ou ações preferenciais por ele detidas. Este direito de retirada poderá ser exercido pelos detentores das ações ordinárias ou preferenciais prejudicadas se aprovarmos: 130 • a criação de uma nova classe de ações preferenciais mais favorecida do que as classes existentes de ações preferenciais; • o aumento das classes existentes de ações preferenciais em relação às demais classes de ações preferenciais (salvo se já previsto ou autorizado pelo nosso Estatuto Social); ou • a modificação de preferências, vantagens ou condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de nossas ações preferenciais. Ademais, os detentores de ações ordinárias e ações preferenciais poderão exercer seu direito de retirada, caso decidamos proceder a qualquer das operações a seguir: • nossa incorporação por outra companhia ou nossa fusão em outra companhia em uma operação na qual a nossa companhia não seja a incorporadora; • transferência de todas as nossas ações para outra companhia ou aquisição de todas as ações de outra companhia ("incorporação de ações"); • participação em grupo de sociedades, conforme definido na Lei das Sociedades por Ações; • redução da distribuição obrigatória de dividendos; • alteração do nosso objeto social; ou • cisão de parte de nossa companhia. Apenas os acionistas que detiverem nossas ações na data da primeira publicação do edital de convocação da respectiva assembleia geral ou da comunicação do fato relevante objeto da deliberação, se anterior, farão jus a direitos de retirada. Os acionistas não farão jus a esse direito de retirada, se as ações da entidade resultante de incorporação, fusão, consolidação de nossa companhia ou a participação de nossa companhia em um grupo de sociedades tiverem liquidez mínima no mercado e dispersão entre um número suficiente de acionistas. Neste sentido, as ações que são parte de índices gerais representativos de carteiras de valores mobiliários negociados no Brasil ou no exterior são consideradas líquidas, e existirá dispersão quando o acionista controlador detiver menos da metade da espécie ou classe de ação em circulação. No caso de cisão, o direito de retirada somente existirá, se houver mudança significativa do objeto social ou redução do dividendo obrigatório. O reembolso de ações decorrente do exercício de direito de retirada deverá ser efetuado pelo valor contábil por ação, determinado com base em nosso mais recente balanço patrimonial auditado, aprovado por nossos acionistas dissidentes. No entanto, se a assembleia geral que aprovar a deliberação que der ensejo a direitos de retirada tiver ocorrido mais de 60 dias do nosso mais recente balanço patrimonial auditado aprovado por nossos acionistas, os acionistas poderão exigir que suas ações sejam avaliadas com base em balanço patrimonial especialmente levantado para tal finalidade. O direito de retirada caducará 30 dias a contar da data da publicação da ata da assembleia geral que tiver aprovado uma das matérias descritas acima. Nossos acionistas poderão reconsiderar qualquer deliberação que dê ensejo a direito de retirada dentro de 10 dias a contar do final do prazo de exercício do direito de retirada se acreditarmos que a retirada dos acionistas dissidentes porá em risco nossa estabilidade financeira. Responsabilidade dos nossos acionistas por chamadas de capital adicionais Nem a lei brasileira nem nosso Estatuto Social preveem a obrigatoriedade de quaisquer chamadas de capital. A responsabilidade dos nossos acionistas por chamadas de capital ficará limitada ao pagamento do preço de emissão de quaisquer ações subscritas ou adquiridas. Exibição de livros societários Os acionistas que detenham 5,0% ou mais de nosso capital social poderão requerer a exibição dos nossos livros societários, inclusive as listas de acionistas, atas, registros financeiros e outros documentos da companhia, se (1) a Companhia ou qualquer de seus diretores ou conselheiros tiver cometido qualquer ato que contrarie as leis brasileiras ou nosso Estatuto Social ou (2) haja fundamento para suspeita de graves irregularidades em nossa companhia. Contudo, em qualquer dos casos, o acionista que requerer a exibição dos nossos livros societários deverá obter ordem judicial que os autorize. Divulgação de titularidade de ações A legislação brasileira exige que (1) cada um dos nossos acionistas controladores, direta ou indiretamente, (2) os acionistas que elegeram membros do conselho de administração, (3) qualquer pessoa ou grupo de pessoas representando pessoa que direta ou indiretamente tenha adquirido ou vendido participação correspondente a pelo menos 5,0% do número total de nossas ações de qualquer espécie ou classe, deverá divulgar sua titularidade ou alienação de ações à Comissão de Valores Mobiliários e à 131 BM&FBOVESPA. Além disso, um fato relevante contendo determinadas informações exigidas em lei deverá ser publicado no Diário Oficial do estado da Bahia, em, pelo menos, um jornal adicional de grande circulação na Bahia indicado pelos acionistas. Nossos acionistas controladores da Companhia, acionistas que nomearem membros do nosso conselho de administração ou conselho fiscal, e membros do conselho de administração, diretoria ou conselho fiscal deverão imediatamente informar qualquer alteração em suas titularidades de nossas ações junto à Comissão de Valores Mobiliários e às bolsas de valores brasileiras nas quais os nossos valores mobiliários forem negociados. Forma e transferência Nossas ações preferenciais e ações ordinárias encontram-se registradas em forma escritural em nome de cada acionista ou pessoa por ele indicada. A transferência das nossas ações é regida pelo art. 35 da Lei das Sociedades por Ações, que prevê que a transferência de ações em que se deve ser efetuada pelo nosso agente de escrituração, o Banco Itaú S.A., mediante lançamento por ele efetuado em seus livros, à vista de instruções escritas válidas de transferência de ações à Companhia pelo alienante ou por seu representante. Quando ações preferenciais ou ordinárias são adquiridas ou vendidas em bolsas de valores brasileiras, a transferência é efetuada nos livros de registro de nosso agente de transferência por representante de corretora de valores mobiliários ou sistema de compensação da bolsa de valores. O agente de transferência também executa todos os serviços de custódia de nossas ações. As transferências de ações por parte de investidor não brasileiro são realizadas da mesma maneira e são executadas por conta do investidor por seu agente local. Se o investimento original tiver sido registrado no Banco Central de acordo com a legislação sobre investimentos estrangeiros, o investidor estrangeiro também é obrigado a alterar, se necessário, por intermédio de seu agente local, o certificado de registro eletrônico de modo a refletir a nova titularidade. A BM&FBOVESPA opera um sistema de compensação central. O detentor das nossas ações pode optar, a seu critério, por participar desse sistema, e todas as ações que o acionista optar por colocar no sistema são depositadas em custódia na câmara de liquidação e custódia da BM&FBOVESPA (por intermédio de instituição brasileira que esteja devidamente credenciada a operar pelo Banco Central e mantenha conta de compensação na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia). As ações objeto de custódia da câmara de liquidação e custódia da BM&FBOVESPA deverão constar como tal em nossos livros de registro de acionistas mantido junto ao agente de escrituração. Cada acionista participante, por sua vez, será inscrito nos livros de registro da câmara de liquidação e custódia da BM&FBOVESPA, sendo tratado da mesma maneira que os acionistas registrados diretamente em nossos livros. Contratos relevantes Não celebramos outro contrato relevante além daqueles que constam em outra parte deste relatório anual ou que foram celebrados no curso normal dos negócios. Controles cambiais Não há restrições à titularidade ou votação do capital social da Braskem por parte de pessoas físicas ou pessoas jurídicas domiciliadas fora do Brasil. No entanto, o direito de converter pagamentos de dividendo e produto da venda do capital social da Companhia em moeda estrangeira e remeter os respectivos valores para o exterior está sujeito a restrições nos termos da legislação referente a investimento estrangeiro que, em geral, requer, entre outras disposições, o registro do investimento pertinente no Banco Central e na CVM. Os investimentos em ações preferenciais classe A da Companhia por (1) um titular não considerado domiciliado no Brasil para fins tributários brasileiros, (2) um detentor não brasileiro registrado junto à CVM de acordo com a Resolução n° 2.689 ou (3) o depositário, estão habilitados para registro no Banco Central. Esse registro (o valor registrado é aqui designado capital registrado) possibilita a remessa de divisas para fora do Brasil, convertidas à taxa comercial, adquiridas com recursos de distribuições e valores obtidos em alienações de ações preferenciais classe A. O capital registrado por ação preferencial classe A comprada na forma de ADS ou comprada no Brasil e depositada junto a um depositário em troca de uma ADS, é equivalente a seu preço de compra (expresso em dólares). O capital registrado por ação preferencial classe A resgatado após o cancelamento de uma ADS é o equivalente em dólares a (1) preço médio da ação preferencial classe A na BM&FBOVESPA no dia do resgate ou (2) se nenhuma ação preferencial classe A tiver sido negociada naquele dia, o preço médio na BM&FBOVESPA nos 15 pregões imediatamente anteriores ao resgate. O equivalente em dólares será determinado com base na média das taxas comerciais divulgadas pelo Banco Central para aqueles dias. A Resolução n° 1.927 do Conselho Monetário Nacional, com alterações, prevê a emissão de recibos de depositários em mercados estrangeiros com relação a ações de emissores brasileiros. Essa Resolução reformula e altera o Anexo V à Resolução n° 1.289 do conselho Monetário Nacional, conhecido como Regulamentos do Anexo V. O programa de ADS foi aprovado de acordo com os Regulamentos do Anexo V pelo Banco Central e pela CVM antes da emissão das ADSs. Desta forma, a receita da venda de ADSs por detentores de ADSs fora do Brasil não está sujeita aos controles brasileiros sobre investimento estrangeiro, e os detentores de ADSs não residentes em um “paraíso fiscal” fazem jus a tratamento tributário favorável. Vide “Tributação-Considerações sobre impostos brasileiros”. Pagamos dividendos e outras distribuições em dinheiro relativos às ações preferenciais classe A em reais. Obtivemos um certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro do Banco Central em nome do depositário com respeito às ADSs a serem mantidas pelo custodiante em nome do depositário. De acordo com esse registro, o custodiante pode converter dividendos e outras distribuições 132 relativas às ações preferenciais classe A representadas por ADSs em moeda estrangeira e remeter esses recursos do Brasil para o depositário, para que este possa distribuir esses recursos aos titulares registrados de ADSs. O registro de acordo com a Resolução n° 2.689 proporciona um tratamento tributário favorável a investidores em carteira não brasileiros que não sejam residentes em um paraíso fiscal, definido pela legislação tributária brasileira como um país ou jurisdição que não cobra impostos ou no qual a alíquota máxima de impostos é inferior a 20% ou que restringe a divulgação da composição de acionistas ou da propriedade de investimentos. Vide “—Tributação--Considerações sobre impostos brasileiros”. Nos termos da Resolução 2.689, os investidores não brasileiros registrados na CVM podem investir em quase todos os ativos financeiros e realizar quase todas as operações disponibilizadas a investidores brasileiros nos mercados brasileiros financeiro e de capitais, sem a obtenção de um registro separado no Banco Central para cada operação, desde que sejam satisfeitos determinados requisitos. De acordo com a Resolução 2.689, a definição de investidor não brasileiro abrange pessoas físicas, pessoas jurídicas, fundos mútuos ou outras entidades de investimento coletivo, domiciliados ou sediados fora do Brasil. A Resolução 2.689 determina que os investidores não brasileiros devem: • nomear pelo menos um representante no Brasil com poderes para praticar atos relativos a seus investimentos; • nomear um custodiante autorizado no Brasil para seus investimentos, que deve ser necessariamente uma instituição financeira devidamente autorizada pelo Banco Central e pela CVM; • preencher os formulários apropriados de registro de investidor estrangeiro; • registrar-se como investidor não brasileiro na CVM; • registrar seus investimentos no Banco Central; e • obter um número de identificação de contribuinte das autoridades tributárias federais brasileiras. Os valores mobiliários e outros ativos financeiros detidos por um investidor não brasileiro de acordo com a Resolução 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente autorizada pelo Banco central ou pela CVM ou registrados em sistemas de registro, compensação e custódia autorizados pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de valores mobiliários mantidos de acordo com a Resolução n° 2.689 é restrita a operações realizadas em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados licenciados pela CVM. A transferência ou a cessão para o exterior de valores mobiliários ou outros ativos financeiros detidos por investidores não brasileiros de acordo com a Resolução 2.689 é proibida, com exceção de transferências resultantes de uma reorganização societária realizada no exterior por um investidor não brasileiro, ou ocorrida após a morte do investidor, por força da lei ou de testamento. Para se obter do Banco Central um certificado de registro de capital estrangeiro de acordo com a Lei n° 4.131, o investidor estrangeiro direto deve: • registrar-se como investidor estrangeiro direto no Banco Central; • obter das autoridades tributárias brasileiras um número de identificação de contribuinte; • nomear um representante tributário no Brasil; e • nomear um representante no Brasil para recebimento de citações no âmbito de processos judiciais, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações. Os investidores estrangeiros diretos de acordo com a Lei n° 4.131 podem vender suas ações em operações privadas ou em mercados abertos, porém em geral ficam sujeitos a tratamento tributário menos favorável no tocante a ganhos relacionados a nossas ações preferenciais classe A. Vide “—Tributação—Considerações sobre tributos brasileiros”. Investidores estrangeiros devem estar registrados na Receita Federal do Brasil de acordo com a Instrução Normativa 1.183 de 19 de agosto de 2011. O processo de registro é realizado pelo representante legal do investidor no Brasil. Tributação O sumário a seguir contém descrição das principais implicações referentes aos impostos de renda federal brasileiro e norte-americano da compra, titularidade e alienação de ações preferenciais classe A e ADSs, contudo não pretende constituir descrição abrangente de todas as considerações sobre imposto porventura relevantes à decisão de compra de tal valor mobiliário. 133 Atualmente, não há nenhum tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos. A descrição abaixo não pretende ser uma análise completa de todas as consequências fiscais relativas à aquisição, titularidade e alienação de ações preferenciais classe A ou ADSs. Aconselhamos aos compradores potenciais de nossas ações preferenciais classe A ou ADSs que consultem os seus próprios consultores fiscais sobre as consequências que a compra, titularidade ou alienação de nossas ações preferenciais classe A ou ADSs poderiam desencadear nos termos das leis do Brasil, dos Estados Unidos da América ou de qualquer outra jurisdição em vista de suas circunstâncias particulares de investimento. Considerações sobre tributos brasileiros A exposição a seguir resume as principais implicações fiscais brasileiras da aquisição, titularidade e alienação de ações preferenciais classe A ou ADSs por pessoa física ou jurídica, fideicomisso ou organização que não seja domiciliado ou residente no Brasil para fins de tributação no Brasil e, no caso de detentor de ações preferenciais classe A, que tenha registrado seu investimento no Banco Central ou detentor não residente. A exposição a seguir é baseada nas leis tributárias brasileiras vigentes na data deste relatório, que estão sujeitas a alterações, com possíveis efeitos retroativos e diferentes interpretações. Ademais, a exposição não discorre acerca de todas as considerações sobre tributos no Brasil aplicáveis a quaisquer acionistas não residentes em particular, portanto cada acionista não residente deve procurar seu próprio consultor para questões tributárias com relação às implicações fiscais brasileiras decorrentes de investimentos nesses títulos. Aquisição de ADSs ou ações preferenciais classe A A aquisição de ADSs ou de ações preferenciais classe A por acionista não residente não constitui fato gerador de imposto no Brasil. Vide "—Tributação de ganhos fora do Brasil" para mais informações sobre as implicações fiscais decorrentes da permuta de ações preferenciais classe A por ADSs, bem como as decorrentes da permuta de ADSs por ações preferenciais classe A. Tributação de dividendos Os dividendos pagos por uma companhia brasileira relacionados a lucros gerados desde 1º de janeiro de 1996, inclusive dividendos pagos em espécie ao depositário com relação às ações preferenciais classe A subjacentes às ADSs ou ao acionista não residente com relação a ações preferenciais classe A, não estão sujeitos a imposto retido na fonte no Brasil. Os dividendos pagos a partir dos lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996 poderão estar sujeitos a várias alíquotas de imposto de renda retido na fonte no Brasil, de acordo com a legislação tributária aplicável a cada exercício correspondente. Juros sobre o capital próprio As distribuições de juros sobre capital próprio relativo às ações preferenciais classe A ou às ADSs estão sujeitas à retenção de imposto na fonte à alíquota de 15% (ou 25% no caso de um acionista não residente domiciliado em uma localidade, país ou jurisdição (1) que não imponha impostos sobre renda, (2) onde a alíquota máxima de imposto de renda seja menor do que 20% ou (3) cujas leis não permitam acesso a informações referentes à composição acionária, titularidade de investimentos ou identificação de beneficiários de rendimentos atribuídos a não residentes, ou jurisdição tributária favorável. Desde 1997 e em conformidade com as Leis no. 9.249/95 e 9.430/96, podemos deduzir essas distribuições com a finalidade de calcular CSLL e os impostos de renda de pessoa jurídica que devemos pagar, desde que cada distribuição seja aprovada pelos nossos acionistas em assembleias ordinárias e esteja em conformidade com os limites estabelecidos pela legislação tributária brasileira. Pagamentos de juros sobre capital próprio devem ser incluídos, em seus valores líquidos, como parte de qualquer dividendo obrigatório. À medida que os pagamentos de juros decorrentes de capital próprio são incluídos, a companhia deve distribuir aos acionistas uma quantia adicional para garantir que o valor líquido recebido pelos acionistas, após pagamento do imposto retido em fonte juntamente com o montante declarado referente aos dividendos seja, no mínimo, igual ao valor obrigatório de dividendos. Tributação de ganhos fora do Brasil De acordo com a lei brasileira no. 10.833/03, ganhos provenientes de alienação ou venda de ativos localizados no Brasil estão sujeitos ao imposto de renda, independentemente de se a venda ou alienação foi efetuada pelo acionista não residente para um residente no Brasil ou para outro não residente, conforme segue: “o adquirente, pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil, ou o procurador, quando o adquirente for residente ou domiciliado no exterior, fica responsável pela retenção e recolhimento do imposto de renda incidente sobre o ganho de capital a que se refere o art. 18 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, auferido por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior que alienar bens localizados no Brasil.” Os detentores de ADSs fora do Brasil poderão ter fundamento para defender que a Lei brasileira no. 10.833/03 não se aplica a vendas e outras alienações de ADSs uma vez as ADSs não são ativos localizados no Brasil. Contudo, a venda ou outra alienação de ações preferenciais classe A no exterior poderão estar sujeitas às disposições da Lei no. 10.833/03. Quaisquer ganhos sobre o capital decorrentes de vendas ou outras alienações fora do Brasil estariam sujeitas ao imposto de renda no Brasil à alíquota de 15%, ou de 25% se o investidor estiver localizado em Jurisdição Tributária Favorável. A Lei brasileira no. 10.833/03 requer que o comprador de nossas ações preferenciais classe A fora do Brasil ou o seu procurador no Brasil façam a retenção do imposto de renda. A alienação de 134 ações preferenciais classe A somente poderá ocorrer no exterior se o investidor decidir cancelar seu investimento em ADSs e registrar as ações preferenciais classe A subjacentes como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei no. 4.131/62. Tributação sobre ganhos no Brasil A permuta de ADSs por ações preferenciais classe A não está sujeita a imposto no Brasil. Após o recebimento das ações preferenciais classe A subjacentes em permuta às ADSs, o investidor não residente terá direito de registrar no Banco Central o valor em dólares dos Estados Unidos dessas ações como carteira de investimento estrangeiro nos termos da Resolução no. 2.689/00. Vide “— Controles Cambiais” e “—Imposto sobre Operações de Câmbio sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores Mobiliários—Capital Registrado” . A venda ou alienação de ações preferenciais classe A em bolsa de valores brasileira está isenta de tributação sobre ganhos de capital, desde que essas ações sejam detidas por um detentor não residente que (1) tenha registrado seus investimentos no Brasil junto ao Banco Central em conformidade com a Resolução n° 2.689/00 (Detentor 2.689), e (2) não seja residente ou domiciliado em uma região com legislação tributária favorável. Após o recebimento das ações preferenciais de classe A subjacentes, um detentor não residente também tem o direito de registrar no Banco Central o valor, em dólares americanos, dessas ações como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4.131/62. Vide “—Controles Cambiais” e “—Imposto sobre Operações de Câmbio sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores Mobiliários—Capital Registrado”. Um imposto de 15% sobre ganhos de capital é aplicado à venda ou outra alienação das ações preferenciais classe A no Brasil quando tais ações são detidas por um detentor não residente como investimento estrangeiro direto e a operação é realizada fora de uma bolsa de valores brasileira. Se o detentor não residente for domiciliado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal e a alienação das ações preferenciais de classe A for realizada fora de uma bolsa de valores brasileira, a alíquota do imposto de renda será de 25%. Se a venda ou outra alienação dessas ações for realizada em uma bolsa de valores brasileira, os ganhos de capital da venda ou alienação serão tributados à alíquota de 15%. Esta alíquota aplica-se a todas as operações realizadas em bolsa de valores brasileira por detentores não residentes, independentemente de serem ou não domiciliados em uma jurisdição fiscal considerada favorável (exceto para ganhos obtidos por um Detentor 2.689 que não seja residente ou domiciliado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal, conforme descrito acima). Nessas operações, o ganho realizado é calculado com base no valor registrado no Banco Central. A partir de 1o. de janeiro de 2005, imposto de retenção de 0,005% também incidirá sobre o preço de venda ou outro valor de alienação de ações vendidas ou alienadas em operações realizadas em bolsa de valores brasileira. O imposto de retenção, a ser compensado com imposto devido sobre eventual ganho de capital, deverá ser retido por um dos seguintes entes: (1) pelo agente que receber o pedido de venda ou alienação do cliente; (2) pela bolsa de valores responsável pelo registro das operações; ou (3) pela entidade responsável pela liquidação e pagamento das operações. Tal retenção não se aplica ao Detentor 2.689 que não seja residente ou domiciliado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal. O depósito de ações preferenciais classe A em troca de ADSs não está sujeito à tributação brasileira, desde que essas ações sejam detidas por detentor não residente como carteira de investimento estrangeiro, nos termos da Resolução no. 2.689/00. Na hipótese de nossas ações preferenciais classe A serem detidas por detentor não residentes como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4.131/62, o depósito dessas ações em troca de ADSs está sujeito ao pagamento de imposto sobre ganhos de capital à alíquota de 15% (25% na caso de um detentor não residente localizado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal). O tratamento preferencial vigente para detentores não residentes de ADSs e detentores não residentes de ações preferenciais classe A, nos termos da Resolução no. 2.689/00, poderá não ter continuidade no futuro. O exercício do direito de preferência na subscrição de ações relativo às nossas ações preferenciais classe A não estará sujeito à tributação brasileira. Os ganhos sobre a venda ou cessão de direitos de preferência relativos às nossas ações preferenciais classe A pelo depositário poderão estar sujeitos à tributação brasileira. As autoridades fiscais poderão tentar tributar tais ganhos mesmo quando a venda ou cessão desses direitos ocorra fora do Brasil, com base nas disposições da Lei 10.833/03. Tais autoridades poderão alegar que os direitos de preferência relacionam-se aos ativos localizados no Brasil (ações preferenciais classe A) e requerer o pagamento de imposto sobre ganhos de capital à alíquota de 15% ou de 25% (se o beneficiário dos pagamentos for residente em uma jurisdição considerada paraíso fiscal). Se os direitos de preferência forem cedidos ou vendidos no Brasil, o imposto sobre ganho de capital incidirá à alíquota de 15% (25% se o detentor não brasileiro estiver localizado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal). As vendas ou cessões de direitos de preferência realizadas em bolsa de valores brasileira são isentas de imposto de renda, desde que tais direitos de preferência relacionem-se a ações registradas como carteira de investimento estrangeiro nos termos da Resolução no. 2.689/00 e se o Detentor 2.689 não for residente ou domiciliado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal. Outros impostos brasileiros Não há impostos brasileiros de sucessões, doações ou de transmissão causa mortis incidentes sobre a titularidade, transferência ou alienação de ações preferenciais classe A ou ADSs por detentor não residente, com exceção de impostos sobre doações e de sucessões cobrados por alguns estados brasileiros sobre doações efetuadas ou heranças deixadas por pessoas físicas ou jurídicas não residentes ou domiciliadas no Brasil ou domiciliadas no estado, a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas em tal estado brasileiro. Não há impostos ou taxas brasileiras de selo, emissão, registro, impostos ou taxas similares devidos por detentores de ações preferenciais classe A ou ADSs. 135 Imposto sobre Operações de Câmbio sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores Mobiliários Operações de Câmbio Nos termos do Decreto 6.306, de 14 de Dezembro de 2007, conforme alterado, ou do Decreto 6.306/07, a conversão da moeda brasileira para moeda estrangeira (ex. para fins de pagamentos de dividendos e juros) e a conversão de moeda estrangeira para moeda brasileira estão sujeitas à cobrança de IOF cambial. Atualmente, a alíquota do IOF, para a maioria das operações, é de 0,38%. Tal taxa é aplicada para a entrada ou saída de investimentos estrangeiros diretos para empresas no Brasil de acordo com a Lei 4.131/62 (que não sejam investimentos de carteira de negociação em títulos e valores mobiliários de acordo com a resolução 2.689/00). O IOF Cambial aplica uma alíquota fixa de 6% sobre as entradas de capital de não residentes que investem na bolsa de valores, mercadorias e futuros brasileiras, incluindo as entradas de capital que servem como garantias de margem nessas operações. Contudo, a partir de dezembro de 2011, a alíquota de 6,0% foi reduzida para 0% nas seguintes entradas de capital de não residentes: (1) investimentos em títulos com taxas de retorno variáveis compradas nas bolsas de valores, mercadorias e futuros brasileiras; (2) aquisições de ações em ofertas públicas conduzidas na bolsa de valores brasileira; (3) investimentos em ações brasileiras utilizando fundos originados do cancelamento de depositary receipts; (4) certos investimentos em capital privado ou fundos de investimentos em empresas emergentes (FIP e FIEE) e em fundos destes fundos; e (5) conversão de investimento estrangeiro direto em ações segundo a Lei 4.131/62 em investimentos estrangeiros em ações segundo a Lei 2.689/00. Em março de 2012, reguladores do governo federal esclareceram que a alíquota de 0% aplica-se também a investimentos em BDRs (Brazilian depositary receipts) representando ações de empresas estrangeiras negociadas em bolsas de valores brasileiras. A alíquota de IOF sobre a saída de investimentos estrangeiros em carteira no Brasil é de 0%, de acordo com a Resolução 2.689/00. O envio de dividendos e juros sobre capital próprio a não residentes brasileiros no exterior está sujeito a 0% de IOF. Adicionalmente, as transferências de ações negociadas na bolsa de valores com o propósito de permitir a emissão de ADSs estão sujeitas ao IOF/Títulos a uma alíquota de 1,5%, que tem por intuito corrigir uma assimetria criada pelo IOF Cambial. O governo brasileiro pode aumentar a alíquota do IOF Cambial para um máximo de 25% do montante da operação cambial a qualquer momento, mas tal aumento não se aplicaria a futuras transações cambiais. A imposição desses tributos pode desencorajar o investimento estrangeiro em ações de empresas brasileiras, incluindo a Companhia, em função de custos de operações mais altos, e podem ter um impacto negativo no preço e na volatilidade de nossas ADSs e ações preferenciais na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na BM&FBOVESPA. Capital registrado O valor de investimento em ações preferenciais classe A detidas por detentor não brasileiro como investimento estrangeiro direto nos termos da Lei no. 4.131/02 ou como investimento estrangeiro de portfolio nos termos da Resolução no. 2.689/00 ou em ADSs detidas pelo depositário representando o detentor em questão, conforme o caso, qualifica-se para registro no Banco Central; tal registro (o valor dessa forma registrado é designado "capital registrado") permite a remessa ao exterior de moeda estrangeira, convertida à taxa de câmbio comercial, adquirida com o produto de distribuições ou alienações sobre as ações preferenciais classe A. O capital registrado referente a ações preferenciais classe A compradas na forma de ADSs, ou comprado no Brasil e depositado junto ao depositário em troca de ADSs, será igual a seu preço de compra, em dólares dos Estados Unidos, pago pelo comprador. O capital registrado referente a ações preferenciais classe A que sejam retiradas contra entrega de ADSs será o contravalor em dólares dos Estados Unidos (1) do preço médio de nossas ações preferenciais classe A na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações preferenciais classe A tenham sido vendidas no dia da retirada, ou (2) se nenhuma ação preferencial classe A tiver sido vendida em tal dia, o preço médio das ações preferenciais vendidas nos quinze pregões imediatamente anteriores a tal retirada. O valor em dólares dos Estados Unidos das ações preferenciais classe A será determinado com base nas taxas médias do mercado comercial cotadas pelo Banco Central em tal data (ou, se o preço médio das ações preferenciais classe A for determinado nos termos do item (2) da frase precedente, a média de tais taxas médias cotada nas mesmas quinze datas empregadas na apuração do preço médio das ações preferenciais classe A). O detentor não brasileiro de ações preferenciais classe A poderá enfrentar atrasos na realização do registro de capital registrado, o que poderá retardar remessas para o exterior. Tais demoras poderão prejudicar o valor, em dólares dos Estados Unidos, recebido pelo detentor não brasileiro. Vide "Regulamentação de Investimento Estrangeiro" e "Item 3. Informações Principais - Fatores de Risco – Riscos relacionados às nossas ações Preferenciais A e ADSs.” Considerações sobre o imposto de renda federal dos Estados Unidos O que se segue é uma discussão sobre as implicações relevantes do imposto de renda federal dos Estados Unidos que podem ser importantes para a aquisição, titularidade e alienação das ações preferenciais classe A da Companhia, ou ADS, consubstanciadas por American Depositary Receipts. Esta descrição refere-se apenas às considerações do imposto de renda federal dos Estados Unidos dos detentores norte-americanos (conforme definido abaixo), que sejam os compradores iniciais das ações preferenciais classe A, ou ADS, da Companhia e que deterão tais ações ou ADSs na forma de ativos de capital. Esta descrição não se refere às considerações tributárias aplicáveis aos detentores que possam estar sujeitos a normas fiscais especiais, tais como bancos, instituições financeiras, 136 companhias de seguros, fundos de investimento imobiliário, fundos outorgantes, companhias de investimento reguladas, operadores ou negociadores de valores mobiliários ou moedas, pessoas jurídicas isentas de imposto, fundos de pensão, pessoas que detêm ações preferenciais classe A ou ADSs em função do exercício de direitos ou opções de compra de ações por funcionários ou, ainda, em contraprestação à execução de serviços, pessoas que deterão ações preferenciais classe A ou ADSs da Companhia como posição em "straddle" ou com parte de uma operação de “hedging”, "conversão" ou outra operação de redução de risco para fins de imposto de renda federal norte-americano, pessoas que tenham "moeda funcional" que não o dólar, pessoas que deterão ações preferenciais classe A ou ADSs por meio de parcerias ou outras empresas pass through, detentores sujeitos a imposto mínimo alternativo, alguns antigos cidadãos ou residentes de longa data dos Estados Unidos ou pessoas que detenham ou sejam tratadas como se detivessem 10% ou mais das ações com direito de voto da Companhia. Esta descrição não aborda as consequências tributárias estaduais, locais ou estrangeiras (fora dos EUA) da aquisição, titularidade e alienação das ações preferenciais classe A ou ADSs da Companhia, nem tampouco as consequências de qualquer imposto federal dos Estados Unidos que não seja o imposto de renda, incluindo, sem limitação, os impostos federais sobre imóveis e doações daquele país. Esta descrição baseia-se (1) no Código de Receita Interna de 1986, conforme alterado (o “Código”), nos Regulamentos do Tesouro dos Estados Unidos existentes, propostos e temporários e suas respectivas interpretações judiciais e administrativas, em cada caso, em vigor e disponíveis na data deste relatório anual e (2), em parte, nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada obrigação contida no contrato de depósito e qualquer contrato correlato será cumprida em conformidade com seus termos. Todas as disposições acima estão sujeitas a alteração, que poderá ser aplicada retroativamente e afetar as consequências tributárias descritas abaixo. Conforme empregado abaixo, o termo "Detentor Norte-Americano" refere-se ao titular beneficiário de ação preferencial classe A ou de ADS que seja, para fins de imposto de renda federal norte-americano, (1) pessoa física que seja cidadã dos Estados Unidos ou residente, (2) sociedade ou companhia constituída nos termos das leis dos Estados Unidos, de qualquer estado desse país ou do Distrito de Columbia, (3) espólio cuja renda esteja sujeita a tributação de renda federal dos Estados Unidos independentemente de sua fonte, ou (4) fundo, se (i) um tribunal nos Estados Unidos for capaz de exercer fiscalização primária de sua administração e (ii) uma ou mais pessoas dos Estados Unidos tiverem poderes para controlar todas as decisões significativas de tal fundo. Conforme empregado abaixo, o termo "detentor não norte-americano" refere-se ao titular beneficiário de uma ação preferencial classe A ou ADS que não seja nem detentor norte-americano nem uma sociedade (ou outra pessoa jurídica considerada como uma sociedade para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos). Se uma sociedade (ou qualquer outra pessoa jurídica tratada como sociedade para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos) detiver ações preferenciais classe A ou ADSs, o tratamento fiscal de um sócio dessa sociedade em geral dependerá do status do sócio e das atividades da sociedade. Esse sócio ou os seus sócios deverão consultar o seu consultor fiscal para questões tributárias acerca das implicações de imposto a eles cabíveis. As ações preferenciais classe A serão tratadas como ações para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Em geral, para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos, o detentor de um ADR representativo de ADS será tratado como titular beneficiário de nossas ações preferenciais classe A representadas pelas ADSs pertinentes. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos expressou preocupação quanto ao fato de depositários de ADSs, ou outros intermediários entre os detentores de ações de um emitente e o emitente, poderem estar tomando medidas incompatíveis com a reivindicação de créditos fiscais estrangeiros nos Estados Unidos por parte de detentores norte-americanos de tais recibos ou ações. Tais ações incluem, por exemplo, um pré-lançamento de uma ADS por uma instituição depositária. Dessa forma, a análise relativa à disponibilidade de crédito fiscal estrangeiro dos Estados Unidos para impostos brasileiros, as regras de originação e a disponibilidade de alíquotas fiscais reduzidas para dividendos recebidos por certos detentores pessoa física, cada qual descrita abaixo poderão ser afetadas por futuras medidas porventura tomadas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Tributação de dividendos Observada a discussão que se segue intitulada "Normas sobre Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo", de modo geral, o valor bruto da distribuição efetuada no que respeita a uma ação preferencial classe A ou ADS (que para esta finalidade incluirá distribuições de juros sobre o capital próprio antes de qualquer redução nelas efetuadas para efeito de retenção de imposto de renda brasileiro), na medida em que efetuada com utilização de reservas de lucros e lucros acumulados de nossa companhia, conforme determinado pelos princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos, constituirá dividendo a um detentor norte-americano para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Os detentores não pessoas jurídicas dos Estados Unidos poderão ter os dividendos tributados por uma entidade estrangeira qualificada às menores alíquotas aplicáveis a ganhos de capital de longo prazo (por exemplo, ganhos relativos a ativos fixos detidos por mais de um ano). Uma sociedade estrangeira é tratada como sociedade estrangeira qualificada no que tange aos dividendos recebidos de tal sociedade sobre ações ou ADSs que são negociadas de imediato em um mercado de valores mobiliários regulamentado nos Estados Unidos. A orientação dada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos indica que as ADSs (que estão registradas na Bolsa de Valores de Nova Iorque), porém não as nossas ações preferenciais classe A, são negociadas de imediato em um mercado de valores mobiliários regulamentado nos Estados Unidos. Dessa forma, observada a discussão a seguir intitulada "Normas sobre Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo", os dividendos que pagamos sobre as ADSs, porém não em relação às nossas ações preferenciais classe A, atendem, atualmente, às condições requeridas para aplicação de alíquotas reduzidas. No entanto, não há garantia de que as ADSs serão consideradas de negociação imediata em um mercado de valores mobiliários regulamentado nos Estados Unidos em anos posteriores. Sobretudo, a qualificação de um detentor norte-americano para essa taxa preferencial está sujeita a certas exigências e à inexistência de certas operações de redução de risco 137 relativas às ADSs. Tais dividendos não se qualificam para obter a dedução por dividendos recebidos em geral facultada para os detentores corporativos dos Estados Unidos. Observada a discussão que se segue intitulada "Normas sobre Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo", caso uma distribuição exceda o valor das reservas de lucros e dos lucros acumulados da nossa companhia, será tratada como reembolso de capital não tributável na medida do custo de aquisição para fins fiscais da nossa ação preferencial classe A ou ADS do detentor norte-americano com relação à qual seja pago e subsequentemente como ganho de capital. A nossa companhia não mantém cálculos de nossas reservas de lucros e lucros acumulados segundo os princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Desse modo, os detentores norte-americanos devem esperar que as distribuições feitas pela Companhia serão tratadas, em geral, como dividendos para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. O dividendo pago em reais será passível de inclusão na renda de um detentor norte-americano por seu valor em dólares calculado por referência às taxas de câmbio vigentes no mercado à vista no dia em que for recebido pelo detentor norte-americano no caso de nossas ações preferenciais classe A ou, no caso de um dividendo recebido com relação às ADSs, na data em que o dividendo for recebido pelo depositário, quer o dividendo seja ou não convertido em dólares dos Estados Unidos. Presumindo-se que o pagamento não seja convertido naquela ocasião, o detentor norte-americano terá uma base fiscal em reais equivalente àquele valor em dólares norteamericanos, que será usada para mensurar os ganhos ou perdas oriundos de alterações subsequentes nas taxas de câmbio. Quaisquer ganhos ou perdas realizados por um detentor norte-americano que posteriormente venda ou, ainda, aliene reais, podendo tais ganhos ou perdas ser atribuíveis a flutuações cambiais após a data de recebimento do dividendo, serão ganhos ou perdas de natureza ordinária. A quantia de qualquer distribuição de bens que não dinheiro constituirá o valor justo de mercado desses bens na data de distribuição. O valor bruto de qualquer dividendo pago (que incluirá quaisquer valores retidos por força de impostos brasileiros) no que respeita a uma ação preferencial classe A ou ADS ficará sujeito ao imposto de renda federal dos Estados Unidos como receita de dividendo de fonte estrangeira, que poderá ser relevante no cálculo da limitação de crédito fiscal estrangeiro de um detentor norte-americano. Observadas as limitações da lei de imposto de renda federal dos Estados Unidos concernentes aos créditos ou deduções de tributos estrangeiros e certas exceções de posições cobertas e de curto prazo, qualquer imposto retido na fonte brasileiro será tratado como imposto de renda estrangeiro gerador de crédito a ser compensado com responsabilidade por imposto de renda federal dos Estados Unidos de detentor norte-americano (ou, a critério de um detentor norte-americano, poderá ser deduzido ao calcular a receita tributável se o detentor norte-americano tiver optado por deduzir todos os impostos de renda estrangeiros referentes ao exercício fiscal). A limitação aos impostos estrangeiros qualificados para o crédito fiscal estrangeiro dos Estados Unidos é calculada em separado com relação a “cestas” específicas de renda. Para esse fim, os dividendos devem em geral constituir “renda de categoria passiva” ou, no caso de alguns detentores norte-americanos, “renda de categoria geral”. As regras relativas a créditos fiscais estrangeiros são complexas e os detentores norte-americanos são instados a consultar seus próprios assessores fiscais com respeito à disponibilidade do crédito fiscal estrangeiro nessas circunstâncias específicas. Observada a discussão que se segue intitulada "Apresentação de informações e retenção na fonte" um detentor não norte-americano de ações preferenciais classe A ou de ADS não ficará, de modo geral, sujeito a imposto de renda federal dos Estados Unidos ou a imposto retido na fonte incidente sobre dividendos recebidos sobre tais ações ou ADSs, a menos que a renda esteja efetivamente ligada à condução pelo detentor não norte-americano de atividade comercial ou industrial nos Estados Unidos. Venda, permuta ou outra forma de alienação de ações preferenciais classe A ou ADSs O depósito ou a retirada de ações preferenciais classe A por um detentor em troca de ADS que representem tais ações não resultará na realização de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Um detentor norte-americano reconhecerá, de modo geral, ganho ou perda de capital quando da venda, permuta ou outra alienação de ações preferenciais classe A ou de ADS detidas pelo detentor norte-americano ou pelo depositário, conforme o caso, em valor igual à diferença entre o custo de aquisição corrigido de nossa ação preferencial classe A ou ADS (calculado em dólares dos Estados Unidos) do detentor norte-americano e o valor em dólares dos Estados Unidos realizado quando da venda, permuta ou outra alienação. Caso um imposto brasileiro seja retido quando da venda, permuta ou outra alienação de uma ação, o valor realizado pelo detentor norte-americano incluirá o valor bruto do produto da venda, permuta ou outra alienação antes da dedução do imposto brasileiro. No caso de um detentor norte-americano que não seja pessoa jurídica, a alíquota de imposto de renda federal dos Estados Unidos marginal máxima aplicável ao ganho de capital será em geral inferior à alíquota de imposto de renda federal dos Estados Unidos marginal máxima aplicável à renda ordinária (ressalvados, conforme discutido acima, certos dividendos) caso o período de detenção do detentor em questão da ação preferencial classe A ou do ADS exceda um ano. O ganho ou perda de capital, se houver, realizado por detentor norte americano quando da venda ou permuta de uma ação preferencial classe A ou ADS será tratado, de modo geral, como renda de fonte norte-americana para fins de crédito fiscal estrangeiro norte-americano. Consequentemente, no caso de alienação ou depósito de ação preferencial classe A ou de ADS que esteja sujeita a imposto brasileiro, é possível que o detentor norte-americano não possa utilizar o crédito fiscal estrangeiro referente ao imposto brasileiro em questão a menos que possa compensar o crédito com imposto norte-americano incidente sobre outra renda proveniente de fontes estrangeiras na categoria de renda pertinente ou, alternativamente, possa efetuar dedução do imposto brasileiro, caso opte por deduzir todos os seus impostos de renda estrangeiros. De modo geral, qualquer perda estará sujeita a certas exceções que possam tratar uma perda reconhecida por residente norte-americano, no todo ou em parte, como perda de fonte estrangeira. A dedutibilidade de perdas de capital está sujeita a limitações nos termos do Código. O custo de aquisição original para fins de tributação das ações preferenciais classe A ou de ADS de detentor norte-americano será o valor em dólares dos Estados Unidos do preço de compra denominado em reais determinado na data da compra. Caso as nossas ações preferenciais classe A ou as ADS sejam tratadas como negociadas em "mercado de valores mobiliários regulamentado", o detentor 138 norte-americano segundo regime de caixa ou, se preferir, o detentor norte-americano segundo regime de competência, determinará o valor em dólar do custo das ações preferenciais classe A ou de ADS mediante a conversão do valor pago à taxa de câmbio à vista na data de liquidação da compra. A conversão de dólares dos Estados Unidos em reais e o uso imediato desta moeda para compra de ações preferenciais classe A ou de ADS não resultarão, de modo geral, em ganho ou perda tributável para o detentor norte-americano. No que concerne à venda ou permuta de ações preferenciais classe A ou de ADS, o valor realizado de modo geral será o valor em dólares do pagamento recebido determinado (1) na data de recebimento do pagamento no caso de detentor norte-americano segundo regime de caixa e (2) na data da alienação no caso de detentor norte-americano segundo regime de competência. Caso as nossas ações preferenciais classe A ou ADS sejam tratadas como negociadas no "mercado de valores mobiliários regulamentado", o contribuinte segundo regime de caixa ou, se optar, o contribuinte segundo regime de competência, determinará o valor em dólar dos Estados Unidos do montante realizado mediante a conversão do valor recebido à taxa de câmbio à vista na data de liquidação da venda. Observada a discussão abaixo intitulada "Apresentação de informações e retenção na fonte", o detentor não norte-americano de ações preferenciais classe A ou de ADS não ficará, de modo geral, sujeito a imposto de renda ou imposto retido na fonte federal dos Estados Unidos incidente sobre qualquer ganho realizado sobre a venda ou permuta de ações ou ADS a menos que (1) o ganho esteja efetivamente ligado à condução pelo Detentor Não Norte-Americano de atividade comercial ou industrial nos Estados Unidos ou (2) no caso de qualquer ganho realizado por pessoa física que seja detentor não norte-americano, o detentor esteja presente nos Estados Unidos por 183 dias ou mais no ano-base da venda ou permuta e sejam atendidas algumas outras condições. Normas sobre companhias de investimento estrangeiro passivo Uma sociedade que não seja norte-americana será classificada como uma “companhia de investimento estrangeiro passivo”, ou PFIC (passive foreign investment company) para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos em qualquer exercício fiscal no qual, após a aplicação de algumas normas de averiguação, (1) pelo menos 75 por cento de sua renda bruta sejam “renda passiva” ou (2) pelo menos 50 por cento do valor médio de seus ativos brutos sejam atribuíveis a ativos que produzam “renda passiva” ou sejam detidos para a produção de renda passiva. Renda passiva para este fim, em geral, inclui dividendos, juros, royalties, aluguéis e ganhos provenientes de operações de commodities e valores mobiliários. Com base em algumas estimativas de sua renda bruta e ativos brutos e na natureza do seu negócio, a Companhia acredita que não será classificada como uma PFIC no exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2012. A situação da Companhia nos anos futuros dependerá dos seus ativos e atividades nesses exercícios. A Companhia não tem nenhuma razão para crer que os seus ativos ou atividades sofrerão alterações que façam com que ela seja classificada como uma PFIC no exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2012 ou em qualquer exercício futuro, mas não há nenhuma garantia de que a Companhia não será considerada PFIC em qualquer exercício fiscal. Caso fôssemos uma PFIC, as ações preferenciais classe A ou as ADS de um detentor norte-americano ficariam, de modo geral, sujeitas a encargos de juros presumidos e a outro tratamento fiscal desvantajoso com relação a qualquer ganho oriundo da venda ou troca das ações ou ADSs e certas distribuições relativas às ações ou ADSs (inclusive a perda da alíquota fiscal reduzida em potencial aplicável a certos dividendos, descrita acima). Caso fôssemos uma PFIC, um detentor norte-americano de ações preferenciais classe A ou de ADS poderia realizar diversas opções que podem minimizar as implicações fiscais mencionadas acima, e uma de tais opções poderia ser feita retroativamente. Contudo, espera-se que as condições necessárias para se realizar algumas de tais opções não se apliquem no caso de ações preferenciais classe A ou ADS. Os detentores norte-americanos deverão consultar seus próprios consultores fiscais acerca das implicações fiscais que decorreriam se a Companhia fosse tratada como PFIC. Caso um detentor americano possua ações preferenciais classe A ou ADSs durante qualquer ano em que a Companhia tenha sido PFIC, o detentor americano geralmente deverá preencher um Formulário de Imposto 8621 (IRS Form 8621) com relação à Companhia, geralmente durante o preenchimento da declaração de imposto de renda do detentor americano para tal ano. Caso a Companhia seja considerada uma PFIC para um determinado exercício tributável, os detentores americanos de ações preferenciais classe A ou ADSs devem consultar seus assessores tributários com relação a suas exigências de relatórios anuais. Imposto Medicare sobre “Nova Receita de Investimentos” Alguns detentores norte-americanos pessoas físicas, espólios ou fundos devem pagar um imposto adicional de 3,8% sobre, entre outras coisas, dividendos e ganhos de capital pela venda ou outra forma de alienação de ações preferenciais classe A e ADSs. Divulgações de Ativos Estrangeiros De acordo com o Hiring Incentives to Restore Employment Act de 2010 e regulamentos recentemente promulgados relacionados ao mesmo, certos detentores americanos que são pessoas físicas devem divulgar informações referentes a sua participação em nossas ações preferenciais classe A ou ADSs, salvo algumas exceções (incluindo uma exceção para as ações ou ADSs mantidas em contas de custódia em instituições financeiras). Detentores americanos de ações preferenciais classe A ou ADSs são incentivados a consultar seus assessores tributários acerca da eventual exigência de divulgarem informações sobre sua titularidade e alienação de nossas ações preferenciais classe A ou ADSs. 139 Apresentação de informações e retenção na fonte As exigências de imposto de retenção na fonte dos Estados Unidos e de apresentação de informações se aplicam, de modo geral, a alguns pagamentos efetuados a certos detentores de ações que não sejam pessoa jurídica. A apresentação de informações, de modo geral, se aplica a pagamentos de dividendos às ações preferenciais classe A ou ADS, e ao produto da venda ou resgate das mesmas, efetuados nos Estados Unidos a um detentor de nossas ações preferenciais classe A ou de ADS, ressalvado beneficiário isento, inclusive pessoa jurídica, beneficiário que não seja pessoa dos Estados Unidos que forneça atestado pertinente e certas outras pessoas. A retenção na fonte será pertinente a quaisquer pagamentos de dividendos às ações preferenciais classe A ou ADS, ou ao produto das vendas ou resgate das mesmas, nos Estados Unidos, em favor de detentor, ressalvado beneficiário isento, caso o detentor deixe de fornecer seu número de identificação de contribuinte correto ou de outra forma deixe de cumprir as exigências de imposto de retenção na fonte ou comprove isenção das mesmas. A alíquota do imposto de retenção na fonte é atualmente de 28%. A retenção de reserva não é um imposto adicional. Em geral, detentores terão o direito de creditar quaisquer quantias retidas nos termos das regras de retenção de reserva contra suas obrigações de imposto de renda federal dos Estados Unidos ou à restituição das quantias retidas, desde que as informações necessárias sejam fornecidas oportunamente ao Departamento da Receita Federal (IRS) dos EUA. A descrição acima não pretende ser uma análise completa de todas as implicações fiscais relativas à titularidade e alienação das ações preferenciais classe A ou das ADSs. Os compradores em potencial deverão buscar orientação de seus próprios consultores fiscais acerca das implicações fiscais de suas situações em particular. Documentos exibidos As declarações contidas neste relatório anual acerca do conteúdo de qualquer contrato ou outro documento não são necessariamente completas e, nos casos em que o contrato ou outro documento seja um anexo do presente relatório anual, cada uma dessas declarações ficará qualificada em todos os aspectos pelas disposições efetivas do contrato ou demais documentos. Estamos sujeitos às exigências de apresentação de informações da Lei de Mercado de Capitais (Exchange Act) aplicáveis a emitente privado estrangeiro e, por conseguinte, apresentamos ou fornecemos relatórios, declarações de informações e demais informações à Comissão, inclusive relatórios anuais no formulário 20-F e relatórios no formulário 6-K. Como emissor privado estrangeiro, estamos isentos, de acordo com o Exchange Act, entre outros aspectos, das normas que determinam o fornecimento e o conteúdo de procurações, e os membros de nosso conselho de administração e da nossa diretoria, bem como nossos principais acionistas, estão isentos das normas denominadas short-swing profit recovery rules (norma que impede diretores, conselheiros ou detentores de mais de 10% das ações da companhia de realizarem lucros de curto prazo por terem acesso a informações privilegiadas da companhia) contidas na Seção 16 do Exchange Act. Adicionalmente, como emissor estrangeiro privado, não somos obrigados, de acordo com o Exchange Act, a arquivar relatórios e demonstrações financeiras periódicos com a SEC com a mesma frequência ou em espaço de tempo tão curto quanto empresas dos Estados Unidos cujos valores mobiliários são registrados de acordo com o Exchange Act. Cópias de relatórios e outras informações por nós arquivados na SEC ou a ela fornecidos poderão ser examinados e copiados na sala de consulta pública mantida pela Comissão em 100 F Street, N.E. Washington, D.C. 20549. Cópias desse material também poderão ser obtidas por correio junto à Seção de Consulta Pública da Comissão, às taxas determinadas. Favor telefonar para a SEC em 1-800SEC-0330 para obter informações adicionais acerca da sala de consulta pública. A SEC também mantém um site na Internet, que possibilita o acesso eletrônico a esses materiais: www.sec.gov. Também arquivamos demonstrações financeiras e outros relatórios periódicos junto à Comissão de Valores Mobiliários, disponibilizados ao investidor nos escritórios da CVM localizados à Rua Sete de Setembro, 111, 2° andar, Rio de Janeiro, RJ, e à rua Cincinato Braga, 340 2º, 3º e 4º andar, São Paulo, SP. Os números de telefone da CVM no Rio de Janeiro e em São Paulo são respectivamente 55-21-3554-8686 e 55-11-2146-2097. Cópias do nosso relatório anual no Formulário 20-F e dos documentos mencionados neste relatório anual e do nosso Estatuto Social também estão disponíveis para inspeção mediante solicitação, em nossos escritórios, na Av. das Nações Unidas, 8.501, São Paulo, SP - CEP 05425-070, Brasil. Nossos arquivamentos também são disponibilizados ao público na Internet, em www.braskem.com.br. As informações constantes do nosso site na Internet ou que podem ser acessadas através dele não estão incluídas neste relatório anual nem a ele incorporadas por referência. 140 ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO Estamos expostos a uma série de riscos de mercado em decorrência de nossas atividades comerciais normais. Tais riscos de mercado, que não estão sob nosso controle, envolvem principalmente a possibilidade de que as variações das taxas de juros, taxas de câmbio ou dos preços de commodities prejudiquem o valor de nossos ativos e passivos financeiros ou dos fluxos de caixa e lucros futuros. O risco de mercado é definido como a perda potencial decorrente de variações adversas de taxas e preços de mercado. Para mitigar os riscos de mercado aos quais estamos expostos, usamos e podemos usar instrumentos derivativos de moeda estrangeira, taxa de juros e commodities, caixa e recebíveis. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos swaps de moeda, de taxa de juros e de commodities no valor referencial total de R$1.047,3 milhões com vencimento entre janeiro dede 2013 e agosto de 2019. Esses swaps de taxas de juros em moedas cruzadas estão casados com nossas obrigações por dívida em moeda estrangeira. É nossa política apurar o impacto potencial e consolidado de riscos de mercado e mitigar os riscos apurados de acordo com a nossa política de gerenciamento de risco. Em 9 de agosto de 2010, nosso conselho de administração adotou uma nova política de gestão de riscos que cobre o gerenciamento de fluxo e liquidez de caixa, investimento em disponibilidades, atividades de financiamento e garantias e gerenciamento de riscos de câmbio e commodities. Essa política reflete nossos procedimentos conservadores relativos a práticas financeiras e gestão de riscos. Seu objetivo é gerenciar e prever os riscos com base na avaliação contínua de vários elementos-chave, incluindo o retorno de nossas estratégias de negócios ajustados para riscos, a saúde financeira da Companhia em geral, quaisquer operações que tenhamos com partes associadas, nossos ratings, riscos de contraparte e estratégias de hedging. Além disso, a política visa assegurar o alinhamento dos objetivos das equipes envolvidas na gestão de riscos com os objetivos gerais da Braskem. Não realizamos operações com derivativos para fins especulativos. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos US$983,2 milhões disponibilidades e investimentos financeiros em moedas estrangeiras, que podem compensar parcialmente os efeitos de uma desvalorização do real frente a moedas estrangeiras sobre nossa capacidade de pagar o serviço da dívida em moedas estrangeiras, até o limite dessas disponibilidades e outros investimentos. Risco de taxa de juros Nossa exposição a taxas de juros variáveis está sujeita principalmente às variações da TJLP e da taxa CDI para empréstimos e aplicações de curto prazo em reais. Com relação às taxas de juros brasileiras: • a taxa CDI de curto prazo diminuiu de 10,87% ao ano em 31 de dezembro de 2011 e 10.64% ao ano em 31 de dezembro de 2010 para 6,9% ao ano em 31 de dezembro de 2012; e • a TJLP diminuiu de 6,00% ao ano em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 para 5,5% em 31 de dezembro de 2012. 141 A tabela a seguir fornece informações sobre nossos instrumentos mais significativos sensíveis a taxa de juros: Cronograma de pagamentos – Composição por tipo de taxa de juros Em 31 de dezembro de 2012 Data prevista de vencimento 2013 Passivo: Empréstimos e financiamentos: Taxa fixa, em dólares ............................ Taxa de juros média ............................. 2014 2015 2016 2017 Após 2017 (em milhões de reais, exceto quando indicado) Total Valor Justo (1) 336,7 4,3% 161,2 11,8% 133,1 9,4% 51,1 7,5% 266,1 8,0% 9.293,8 6,7% 10.242,0 6,8% 10.995,0 Taxa variável, em dólares ..................... Taxa de juros media (acima da LIBOR) ............................................. 505,5 9,6 428,5 423,4 309,3 247,9 1.924,2 1.922,3 1,3% 2,2% 2,3% 2,0% 2,5% 2,5% 2,0% Taxa fixa, em reais................................ Taxa de juros média .............................. 84,6 6,7% ― ― ― ― 81,9 8,5% 10,7 4,5% 549,4 6,4% 726,6 6,7% 726,7 Taxa variável, em reais ......................... Taxa de juros média (acima da TJLP) Taxa variável, em reais ......................... Taxa de juros média (% do CDI) ......... Total de empréstimos e financiamentos ................................ 528,2 2,8% 386,8 103,4% 56,5 2,5% 841,9 99,8% 87,0 1,9% 305,7 103,0% 124,8 3,0% ― 0,0% 556,1 3,4% ― 0,0% 942,1 2,8% 850,0 112,5% 2.294,7 2,9% 2.384,4 105,3% 2.296,5 1.841,7 1.069,1 954,3 681,2 1.142,3 11.883,2 17.571,9 18.324,9 2.009,1 1.451,1 ― 34,1 ― ― ― ― ― ― ― ― 2.009,1 1.485,2 2.009,1 1.485,2 3.460,2 34,1 ― ― ― ― 3.494,3 3.494,3 Ativo: Caixa e equivalentes de caixa e outros instrumentos: Taxa variável, em moedas estrangeiras ...................................... Taxa variável, em reais ......................... Total de caixa e equivalentes de caixa e outros investimentos ........... ______________________________ 2.384,4 (1) Representa o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros das obrigações convertidos em reais pelo valor de justo em 31 de dezembro de 2012. Na hipótese da taxa de juros média aplicável a nossos ativos financeiros e endividamento em 2013 ser 1% maior do que a taxa de juros média em 2012, nossas receitas financeiras aumentariam em aproximadamente R$34,9 milhões e as despesas financeiras, em aproximadamente R$175,7 milhões. Risco cambial Nossos passivos expostos a risco cambial são primordialmente denominados em dólares dos Estados Unidos. Para compensar parcialmente o risco de desvalorização do real em relação do dólar dos Estados Unidos, mantemos atualmente disponíveis fontes líquidas denominadas em dólares dos Estados Unidos e poderemos celebrar instrumentos derivativos. Em razão do fato de tomarmos empréstimos nos mercados internacionais para dar suporte às nossas operações e investimentos, ficamos expostos aos riscos de mercado decorrentes das variações das taxas de câmbio e de juros. 142 A tabela a seguir fornece informações sobre nossa exposição cambial significativa: Cronograma de pagamentos – Composição por moeda Em 31 de dezembro de 2012 – Data prevista de vencimento 2013 Passivo: Empréstimos e financiamentos: Denominado em dólares norteamericanos ............................. Denominado em reais ............... Total de empréstimos e financiamentos ....................... 842,1 999,6 1.841,7 2014 170,8 898,4 1.069,2 2015 2016 2017 (em milhões de reais) 562,7 391,6 954,3 474,5 206,7 681,2 575,4 566,8 1.142,2 Após 2017 9.541,7 2.341,5 11.883,2 Total 12.167,3 5.404,6 17.571,9 Valor Justo (1) 12,920,4 5.404,5 18.324,9 Ativo: Caixa e equivalentes de caixa e outros investimentos: Denominado em moeda 2.009,1 ― ― ― ― ― 2.009,1 2.009,1 estrangeira .............................. 1.451,1 Denominado em reais ............... 34,1 ― ― ― ― 1.485,2 1.485,2 Total de caixa e equivalentes de caixa e outros investimentos... 3.460,2 34,1 ― ― ― ― 3.494,3 3.494,3 __________________________ (1) Representa o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros das obrigações convertidos em reais pelo valor justo de mercado em 31 de dezembro de 2012. A nossa exposição cambial enseja riscos de mercado associados a variações cambiais do real frente ao dólar dos Estados Unidos. Os passivos denominados em moeda estrangeira em 31 de dezembro de 2012 eram compostos principalmente de dívida expressa em dólares. Nossa dívida em moeda estrangeira, inclusive dívida de curto prazo e a parcela corrente da dívida de longo prazo, era de R$12.167,3 milhões (US$5.954,2 milhões) em 31 de dezembro de 2012 e R$9.699,7 milhões (US$4.746,6 milhões) em 31 de dezembro de 2011. Essa exposição cambial é representada por dívida sob a forma de notas, linhas de crédito para pagamento antecipado de exportação e empréstimos de capital de giro. O nosso caixa e fundos disponíveis em dólares dos Estados Unidos nos protegem parcialmente contra a exposição decorrente da dívida denominada em dólares dos Estados Unidos. Na hipótese de depreciação de 10% do real em relação ao dólar durante 2013, em comparação com a taxa de câmbio real/dólar dos Estados Unidos em 31 de dezembro de 2012, nossas despesas financeiras indexadas em dólar em 2013 aumentariam em aproximadamente R$1.216,7 milhões e as receitas financeiras aumentariam em aproximadamente R$200,9 milhões. Preços de commodities Embora realizemos swaps de commodities relativos a transações específicas, atualmente não fazemos hedge de nossa principal exposição a variações dos preços da nafta, nossa principal matéria-prima, que estão atrelados a preços do Mercado internacional expressos em dólares no caso da nafta e outros derivados de petróleo. Não fazemos hedge dessa principal exposição em parte porque uma parcela de nossas vendas são exportações a pagar em moedas estrangeiras e atreladas aos preços internacionais de Mercado dessas commodities expressos em dólares e em parte porque os preços dos produtos de polietileno, polipropileno e PVC vendidos no mercado interno em geral refletem os preços do mercado internacional desses produtos expressos em dólares e convertidos em reais. Em períodos de alta volatilidade da taxa de câmbio real/dólar dos Estados Unidos, há frequentemente uma defasagem entre o momento em que o dólar dos Estados Unidos se valoriza e o momento em que nós podemos efetivamente repassar os aumentos de preços resultantes em reais a nossos clientes no Brasil. Desta forma, se o preço em dólares da nafta aumentar abruptamente ou se o real se desvalorizar abruptamente em relação ao dólar no futuro, podemos não ser capazes de repassar imediatamente os correspondentes aumentos dos custos da nafta a nossos clientes no Brasil, o que poderia exercer um efeito negativo relevante sobre o resultado de nossas operações e nossa situação financeira. Vide “Item 3. Principais Informações—Fatores de risco—Riscos relativos à Companhia e ao setor petroquímico”. 143 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES O depositário, The Bank of New York Mellon, cobra taxas pela entrega e resgate de ADSs diretamente dos investidores que depositam ações ou resgatam ADSs ou de intermediários agindo no nome deles. O depositário também cobra taxas por fazer distribuições aos investidores, deduzindo tais taxas dos valores distribuídos, ou vendendo uma parte dos bens a distribuir para pagar as taxas. O depositário pode cobrar sua taxa anual de serviço por meio de deduções das distribuições em numerário ou faturando diretamente os investidores, ou ainda debitando as contas do sistema de escrituração de participantes que atuam em seu nome. O depositário pode recusar-se a fornecer serviços que exigem taxas até suas taxas por esses serviços terem sido pagas. As pessoas que depositam ou retiram ações devem pagar: • US$5,00 (ou menos) por 100 ADSs (ou parte de 100 ADSs) pela emissão de ADSs, incluindo emissões resultantes de uma distribuição de ações ou direitos ou outros bens; • US$5,00 (ou menos) por 100 ADSs (ou parte de 100 ADSs) pelo cancelamento de ADSs para fins de retirada, também no caso de término do contrato de depósito; • US$0,02 (ou menos) por ADS (ou parte) por qualquer distribuição em numerário; • no caso de distribuição de valores mobiliários (que não as nossas ações preferenciais classe A), uma taxa equivalente à taxa para execução e entrega de ADRs mencionada acima, que teria sido cobrada, em resultado do depósito de tais valores mobiliários (tratando os valores mobiliários em questão como ações preferenciais classe A para fins dessa taxa); • taxas de registro ou transferência pela transferência e registro de ações no nosso livro de registro de ações ou do nome do depositário ou seu agente quando o investidor depositar ou retirar ações; • despesas do depositário com (1) transmissões por cabo, telex e fax (quando expressamente disposto no contrato de depósito e (2) conversão de moeda estrangeira em dólares; • impostos e outros encargos governamentais que o depositário ou o custodiante precisaram pagar sobre ADSs ou ações correspondentes às ADSs, por exemplo, impostos sobre transferência de ações, imposto de selo ou impostos retidos na fonte, conforme necessário; e • todos os encargos incorridos pelo depositário ou seus agentes para o serviço dos valores mobiliários depositados, conforme necessário. Respeitados alguns termos e condições, o Bank of New York Mellon concordou em reembolsar a Companhia por determinadas despesas em que incorrer relacionadas a despesas de estabelecimento e manutenção do programa de ADSs, incluindo os custos normais de manutenção de ADRs, compreendendo despesas de postagem e envelopes para envio de relatórios financeiros anuais e intermediários, impressão e distribuição de cheques de dividendos, arquivamento eletrônico de informações sobre impostos federais dos EUA, postagem de formulários de impostos requeridos, material de papelaria, selos, fax e telefonemas. Há limites ao valor das despesas que serão reembolsadas à Companhia pelo depositário, mas o valor do reembolso não está necessariamente atrelado ao valor das taxas dobradas pelo depositário dos investidores. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, recebemos do depositário das ADSs aproximadamente US$498.621, que foram usados para fins societários gerais, como o pagamento de custos e despesas referentes a (1) prepare e distribuição de materiais de procuração, (2) preparo e distribuição de materiais de marketing e (3) serviços de consultoria e outros serviços relativos a relações com investidores. 144 PARTE II ITEM 13. INADIMPLÊNCIA, DIVIDENDOS EM ATRASO E MORA Não se aplica. ITEM 14. MODIFICAÇÕES RELEVANTES NOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E NO USO DOS RECURSOS Não se aplica. ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS Controles e procedimentos de divulgação O nosso diretor presidente, ou CEO, e nosso diretor financeiro, ou CFO, são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção de nossos controles e procedimentos de divulgação. Tais controles e procedimentos destinam-se a assegurar que as informações que devam ser divulgadas nos relatórios que apresentamos nos termos do Exchange Act sejam registradas, processadas, resumidas e relatadas dentro dos prazos especificados nas regras e formulários aplicáveis da Comissão, acumuladas e comunicadas à nossa administração, incluindo o CEO e o CFO, como adequado, para permitir a tomada tempestiva de decisões relativas às divulgações necessárias. Efetuamos a avaliação da eficácia do desenho e funcionamento dos nossos controles e procedimentos de divulgação em 31 de dezembro de 2012 sob a supervisão do CEO e do CFO. Com base em nossa avaliação, o nosso diretor presidente e o diretor financeiro concluíram que os nossos controles e procedimentos de divulgação eram eficazes em 31 de dezembro de 2012. Relatório anual da administração sobre controle interno sobre relatórios financeiros e parecer dos auditores independentes Arquivamos com o presente, o relatório da administração sobre controle interno sobre os relatórios financeiros e o parecer dos auditores independentes. O relatório da administração sobre controle interno sobre relatórios financeiros está incluído neste relatório anual na página F-2 e o parecer emitido pelos auditores independentes está incluído no parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes na página F-3 e F-4 deste relatório anual. Mudanças nos controles internos sobre relatórios financeiros Não houve alteração alguma em nossos controles internos de divulgação financeira em vigor durante o exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2012 que tenha afetado de forma relevante ou que se espera que venha a afetar de forma relevante os nossos controles internos de divulgação financeira. ITEM 16A. PERITO FINANCEIRO DO CONSELHO FISCAL Nosso conselho fiscal atualmente inclui "perito financeiro" segundo o significado deste Item 16A. Nosso conselho fiscal determinou que Aluízio da Rocha Coelho neto é nosso perito financeiro do conselho fiscal. As informações biográficas do Sr. Neto constam do “Item 6. Conselheiros, diretores e funcionários-Conselheiros e diretores-Conselho Fiscal.” Em vista de o nosso conselho não ter feito menção direta a respeito da independência do Sr. Neto, como esse termo é definido na Regra 303A.02 do Manual de empresas Listadas da New York Stock Exchange, ele não é considerado independente segundo esta regra. No entanto, ele atendo os padrões de independência para conselheiros fiscais de acordo com a Lei das Sociedades por Ações. Vide “Item 6. Conselheiros, diretores e funcionários-Conselheiros e diretores-Conselho Fiscal” para mais informações. ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA Adotamos um código de ética que se aplica a membros do nosso conselho de administração, conselho fiscal e diretoria bem como a nossos demais funcionários. Esse código de ética pode ser acessado em nosso website http://www.braskem.com.br. No entanto, nenhuma das informações contidas em nosso website ficam incorporadas ou de outra forma passam a integrar o presente relatório anual. 145 ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES PRINCIPAIS Honorários relacionados e não relacionados a auditoria A tabela a seguir contém os honorários faturados à Companhia pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 2011. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012 2011 (em milhões de reais) Honorários de auditoria (1) ....................................................................................... Honorários relacionados a auditoria (2) .................................................................... Consultoria tributária (3) ........................................................................................... Todos os outros honorários ....................................................................................... Total dos honorários.................................................................................................. R$10,1 — 1,0 — R$11,1 R$8,7 2,0 0,2 0,1 R$11,0 ______________ (1) Honorários de auditoria representam o total dos honorários faturados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes com relação à auditoria de nossas demonstrações financeiras anuais, auditorias intermediárias, exames intermediários de nossas informações financeiras trimestrais, emissão de cartas de conforto, procedimentos relacionados à auditoria de provisões para imposto de renda e reservas relacionadas à auditoria e exame de demonstrações financeiras e outros documentos apresentados à Comissão de Valores Mobiliários e à Comissão. (2) Honorários relacionados a auditoria representam o total dos honorários faturados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes pelos exames dos controles internos e procedimentos de due dilligence da auditoria em conexão com a aquisição de controladas. (3) Consultoria tributária representa o total dos honorários relativos a revisões tributárias faturados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Políticas e procedimentos de aprovação prévia Os nossos conselho fiscal e conselho de administração aprovaram a Política de Aprovação Prévia de Serviços Relacionados a Auditoria e Não Relacionados a Auditoria que estabelece os procedimentos e as condições segundo os quais os serviços propostos a serem prestados por nossos auditores independentes registrados poderão ser previamente aprovados. Esta política destina-se a (1) conceder tanto aprovação prévia genérica de certos tipos de serviços por meio do uso de programa estabelecido anualmente prevendo os tipos de serviços que já foram previamente aprovados para um determinado exercício e, no que respeita a serviço não incluído em programa anual, aprovação prévia especial de serviços em base caso a caso pelo nosso conselho fiscal e por nossos auditores independentes registrados e (2) avaliar o cumprimento dos procedimentos e políticas de aprovação prévia. Nossa administração periodicamente relata ao nosso conselho fiscal a natureza e escopo dos serviços relacionados e não relacionados a auditoria prestados por nossos auditores independentes registrados, estando também obrigada a reportar ao nosso conselho fiscal qualquer violação desta política de que nossa administração tomar conhecimento. ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM EM BOLSA PARA COMITÊ DE AUDITORIA Estamos nos enquadrando na isenção genérica das normas de listagem com referência a conselhos fiscais prevista na Regra 10A3(c)(3) da Lei do Mercado de Capitais (Exchange Act) pelos seguintes motivos: • a Companhia é um emissor privado estrangeiro que possui um conselho fiscal, que constitui um conselho de auditores (ou órgão similar) instituído e selecionado nos termos da lei brasileira e como expressamente ali permitido; • a lei brasileira exige que o conselho fiscal seja separado do conselho de administração; • os membros do nosso conselho fiscal não são eleitos por nossa administração, sendo que nenhum de nossos diretores é membro do nosso conselho fiscal; • a lei brasileira fornece padrões de independência do nosso conselho fiscal para com a nossa administração; • nosso conselho fiscal, em conformidade com seu documento constitutivo, faz recomendações ao nosso conselho de administração acerca da nomeação, contratação e fiscalização do trabalho de qualquer empresa de auditoria independente registrada contratada (inclusive, a intermediação de desavenças entre nossas administração e nossos auditores independentes registrados acerca de relatórios financeiros) com a finalidade de elaborar ou emitir relatório fiscal ou prestar outros serviços de auditoria, revisão ou certificação para nossa empresa, já que a lei brasileira exige que nosso conselho de administração nomeie, contrate e supervisione o trabalho dos nossos auditores independentes registrados; • nosso conselho fiscal (1) implantou procedimentos para receber, contratar e tratar de queixas acerca de questões contábeis, de controle interno e de problemas de auditoria, inclusive a apresentação de queixas confidenciais e anônimas de empregados 146 acerca de contabilidade ou auditoria questionável, e (2) tem poderes para contratar advogado independente e demais consultores conforme se repute necessário para o desempenho de suas funções; e • nossa empresa remunera nossos auditores independentes registrados e quaisquer consultores externos contratados pelo conselho fiscal e fornece recursos para despesas administrativas ordinárias incorridas pelo conselho fiscal no decorrer do desempenho de suas funções. Não cremos, contudo, que nosso respaldo nesta isenção genérica prejudicará substancialmente a capacidade do nosso conselho fiscal de atuar de forma independente e de atender às demais exigências das normas de listagem atinentes a conselhos fiscais contidas na Regra 10A3 nos termos do Exchange Act. ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORAS AFILIADAS Período 1 de janeiro a 31 de janeiro de 2012 ................................. 1 de fevereiro a 29 de fevereiro de 2012 .......................... 1 de março a 31 de março de 2012 ................................... 1 de abril a 30 de abril de 2012 ........................................ 1 de maio a 31 de maio de 2012 ....................................... 1 de junho a 30 de junho de 2012 ..................................... 1 de julho a 31 de julho de 2012 ...................................... 1 de agosto a 31 de agosto de 2012 .................................. 1 de setembro a 30 de setembro de 2012 .......................... 1 de outubro a 31 de outubro de 2012 .............................. 1 de novembro a 30 de novembro de 2012 ....................... 1 de dezembro a 31 de dezembro de 2012........................ Total ................................................................................. (1) (2) Total de Ações Adquiridas R$― ― ― ― 309.600 292.600 587.700 262.300 ― ― ― ― R$1.452.200 Preço Médio Pago por Ação R$― ― ― ― 10,94 10,72 11,55 13.30 ― ― ― ― R$11,63 Total de Ações Adquiridas como Parte de Planos ou Programas Anunciados Publicamente Número Máximo de Ações que Podem ser Adquiridas durante Planos ou Programas ― ― ― ― 309.600 292.600 587.700 262.300 ― ― ― ― 1.452.200 10.757.104 10.757.104 10.757.104 10.757.104 10.447.504 10.514.904 9.567.204 13.113.861 13.113.861 13.113.861 13.113.861 13.113.861 13.113.861 Em 26 de agosto de 2011, o Conselho de Administração autorizou um programa de recompra de ações, com autorização para recompra de até 12.162.504 ações preferenciais classe A a valor de mercado na BM&FBOVESPA a qualquer momento e de tempos em tempos, até 28 de agosto de 2012. Em 2011, recompramos 1.405.400 ações preferencias classe A de acordo com o programa e em 2012 recompramos outras 1.189.900 ações. Em 13 de agosto de 2012, o Conselho de Administração da Companhia autorizou um programa de recompra de ações para recompra de até 13.376.161 ações preferenciais classe A a valor de mercado na BM&FBOVESPA a qualquer momento e de tempos em tempos, até 28 de agosto de 2013. Em 2012, a Companhia recomprou 262.300 ações segundo o programa. ITEM 16F. MUDANÇA DOS AUDITORES DA REQUERENTE Não se aplica. ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA Em 4 de novembro de 2003, a SEC aprovou as regras finais de governança corporativa estabelecidas pela NYSE. Segundo tais regras, os emissores privados estrangeiros listados na NYSE, como é o caso da Braskem, estão sujeitos a um conjunto de exigências de governança corporativa mais limitado do que aquelas impostas a emissores dos Estados Unidos. Na condição de emissor privado estrangeiro, a Braskem deverá cumprir os seguintes requisitos impostos pela NYSE: • A Braskem deverá satisfazer as exigências de comitê de auditoria da Regra 10A-3 do Exchange Act; • O Diretor Presidente da Braskem deverá notificar prontamente a NYSE, por escrito, na eventualidade de algum diretor da Braskem tomar conhecimento de um descumprimento relevante de qualquer uma das regras aplicáveis de governança A Braskem deverá fornecer uma descrição sucinta das diferenças entre as práticas de governança corporativa da Braskem e aquelas que devem ser seguidas por emissores dos Estados Unidos de acordo com as regras de governança corporativa da NYSE; e • A Braskem deverá apresentar à NYSE uma declaração por escrito assinada e anual e uma declaração provisória por escrito cada vez que ocorrer uma mudança no conselho de administração da Braskem ou em qualquer um dos comitês do conselho de administração da Braskem que estiverem sujeitos à Cláusula 303A, sempre na forma especificada pela NYSE. 147 Diferenças significativas As diferenças significativas entre as práticas de governança corporativa da Braskem e as normas de governança corporativa da NYSE espelham essencialmente diferenças entre os sistemas legais dos Estados Unidos e do Brasil. A Braskem é obrigada a cumprir as normas de governança corporativa expostas na Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as regras da CVM e as normas aplicáveis da BM&FBOVESPA, bem como aquelas enunciadas nos estatutos da Companhia. As diferenças entre as práticas de governança corporativa da Braskem e as normas de governança corporativa da NYSE são como segue: Independência dos conselheiros e verificações de independência Em geral, as normas de governança corporativa da NYSE exigem que as empresas listadas tenham uma maioria de conselheiros independentes e enuncia os princípios pelos quais uma empresa listada pode concluir se um conselheiro é independente. No entanto, pelas normas de governança corporativa da NYSE, uma empresa listada (seja ou não dos Estados Unidos) que tenha mais de 50% do poder de voto detido por outra empresa (“empresa controlada”) não é obrigada a cumprir as seguintes normas de governança corporativa da NYSE: • A empresa controlada não precisa ter uma maioria de conselheiros independentes; • A empresa controlada não precisa designar um comitê de governança corporativa integrado por conselheiros independentes com um objeto de acordo com as normas de governança corporativa da NYSE; e • A empresa controlada não precisa ter um comitê de remuneração composto por conselheiros independentes, com um objeto de acordo com as normas de governança corporativa da NYSE. Como a maior parte do poder de voto das ações da Braskem é diretamente controlado pela Odebrecht, a Braskem é uma empresa controlada, e como tal não seria obrigada a ter uma maioria de conselheiros independentes, como se fosse um emissor dos Estados Unidos. Embora a Lei da Sociedades por Ações e os estatutos da Braskem determinem normas com respeito a alguns requisitos de qualificação dos conselheiros, nem a mencionada lei nem os referidos estatutos exigem que a Braskem tenha uma maioria de conselheiros independentes ou que o conselho de administração ou os gestores da Braskem verifiquem a independência dos conselheiros da Braskem antes de sua nomeação. Sessões executivas As normas de governança corporativa da NYSE requerem que conselheiros de uma empresa listada que não façam parte da diretoria se reúnam periodicamente sem a presença dos diretores. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, até 1/3 dos membros do conselho de administração da Braskem pode ser eleito para funções executivas. Os demais conselheiros não executivos não dispõem de poderes expressos para atuar como um controle da diretoria da Braskem, e não há exigência de que se reúnam periodicamente sem a diretoria. Não obstante o acima, o conselho de administração da Braskem é totalmente integrado por conselheiros não executivos, e desta forma a Braskem acredita que está de acordo com essa norma de governança corporativa da NYSE. Comitês de nomeação/governança corporativa e remuneração As normas de governança corporativa da NYSE estabelecem que a empresa listada tenha um comitê de nomeação/governança corporativa e um comitê de remuneração, cada um deles totalmente formado por conselheiros independentes, e cada um com um objeto por escrito que trata de determinados deveres. No entanto, como empresa controlada, a Braskem não estaria obrigada a cumprir essas exigências se fosse uma empresa dos Estados Unidos. Nos termos da legislação brasileira, a Braskem não é obrigada a ter, e portanto não tem um comitê de nomeação/governança corporativa. Atualmente, todos os conselheiros da Braskem são nomeados por determinados acionistas, entre eles a Odebrecht, em consonância com acordos de acionistas e os estatutos da Braskem. A Braskem não é obrigada, pela legislação brasileira, a ter um comitê de remuneração. Contudo, a Braskem conta com um comitê de pessoal e organização, que é um subcomitê de seu conselho de administração responsável, entre outros aspectos, por analisar propostas e fazer recomendações ao conselho de administração da Braskem com respeito à remuneração total paga aos diretores da Braskem, incluindo o diretor presidente. Tal comitê, no entanto, não avalia o desempenho do diretor presidente a luz de metas e objetivos societários. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os acionistas da Braskem, reunidos em assembleia geral, determinam a remuneração conjunta de seus conselheiros e diretores, incluindo benefícios e estipêndios, com base na recomendação do conselho de administração da Braskem. 148 Comitê de auditoria e requisitos adicionais referentes ao comitê de auditoria As normas de governança corporativa da NYSE exigem que a empresa listada tenha um comitê de auditoria, com um objeto por escrito tratando de determinados deveres especificados, e integrado por no mínimo três membros, que deverão, todos eles, satisfazer as exigências de independência da Regra 10A-3 do Exchange Act e a Cláusula 303A.02 do Manual de Empresas Listadas da NYSE. Como emissor privado estrangeiro qualificado para a isenção geral das normas de listagem relativas a comitês de auditoria expostas na Cláusula 10A-3(c)(3) do Exchange Act, a Braskem não está sujeita aos requisitos de independência das normas de governança corporativa da NYSE. Vide “Item 16D. Isenções das normas de listagem referentes a comitês de auditoria”. Aprovação dos planos de remuneração em ações pelos acionistas As normas de governança corporativa da NYSE requerem que os acionistas de empresas listadas tenham a oportunidade de votar sobre todos os planos de remuneração em ações e suas revisões importantes, com algumas exceções. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, é requerida a prévia aprovação dos acionistas para a adoção e a revisão de qualquer plano de remuneração em ações. A Braskem não tem atualmente um plano de remuneração em ações. Diretrizes de governança corporativa As normas de governança corporativa da NYSE requerem que as empresas listadas adotem e divulguem diretrizes de governança corporativa tratando de algumas normas mínimas especificas, que compreendem: (1) normas de qualificação dos conselheiros; (2) responsabilidades dos conselheiros; (3) acesso dos conselheiros aos diretores e consultores independentes; (4) remuneração dos conselheiros; (5) orientação e educação permanente dos conselheiros; (6) sucessão da administração e (7) avaliação anual do desempenho do conselho de administração. A Braskem adotou as normas de governança corporativa da BM&FBOVESPA para empresas do Nível 1 e está obrigada também a cumprir determinadas normas de governança corporativa expostas na Lei das Sociedades por Ações. Vide “Item 9. Oferta e listagem—Negociações na BM&FBOVESPA—Normas de governança corporativa da BM&FBOVESPA”. As regras referentes ao Nível 1 não exigem que a Braskem adote e divulgue diretrizes de governança corporativa tratando as questões expostas nas normas de governança corporativa da NYSE. No entanto, algumas disposições da Lei das Sociedades por Ações aplicáveis à Braskem tratam de alguns aspectos das normas de qualificações de conselheiros e responsabilidade de conselheiros. Código de conduta e ética de negócios As normas de governança corporativa da NYSE estabelecem que as empresas listadas devem adotar e divulgar código de conduta e ética de negócios para conselheiros, diretores e funcionários, divulgando prontamente as eventuais dispensas do código em relação a conselheiros ou diretores. O código de conduta e ética de negócios deve abordar as seguintes questões: (1) conflitos de interesse; (2) oportunidades corporativas; (3) confidencialidade; (4) tratamento justo; (5) proteção e uso adequado dos ativos da empresa; (6) cumprimento das leis, normas e regulamentos (incluindo leis de negociação com informações privilegiadas – insider trading) e (7) incentivo à notificação de comportamento ilegal ou antiético. Embora a adoção de um código de ética não seja exigido pela legislação brasileira, a Braskem adotou um código de ética que se aplica a seus conselheiros, diretores e funcionários e aborda todos os itens acima relacionados. O código de ética da Braskem pode ser encontrado no site da Braskem na Internet, em www.braskem.com.br. As informações constantes do site ou que podem ser acessadas através dele não estão incluídas neste relatório anual nem são a ele incorporadas por referência. Não são permitidas dispensas das disposições do código de ética, com exceção do fato de as restrições a atividades externas não se aplicarem aos conselheiros da Braskem e aos membros de seu conselho fiscal. ITEM 16H. DIVULGAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DE MINAS As informações relativas a violações à segurança de minas ou de outros itens regulatórios exigidos segundo a Seção 1503(a) do DoddFrank Wall Street Reform and Consumer Protection Act e este Item estão inclusas no anexo 99.01. 149 PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Companhia optou por responder ao Item 18 em vez de responder a este item. ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Faz-se referência ao Item 19 para obtenção de listagem de todas as demonstrações financeiras anexadas como parte deste relatório anual. ITEM 19. ANEXOS (a) Demonstrações financeiras Relatório da administração sobre controles internos sobre relatórios financeiros ...................................................................... F-2 Parecer dos auditores independentes .......................................................................................................................................... F-3 Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2012 e 2011 .................................................................................. F-5 Demonstrações consolidadas do resultado dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 ..................... F-7 Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 ............................................................................................................................................................................................ F-8 Demonstrações consolidadas de alterações na posição financeira dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 ............................................................................................................................................................................................ F-9 Demonstrações consolidadas de fluxo de caixa dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 ............. F-10 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas .................................................................................................. F-11 (b) Número do anexo 1.01 2.01 2.02 3.01 3.02 3.03 3.04 4.01 4.02 4.03 Lista de anexos Anexo Estatuto Social, conforme alterado (incorporado por referência ao Anexo 1.01 do Formulário 6-K da Braskem S.A., arquivado em 1º de março de 2012) Contrato de Depósito alterado e reapresentado, datado de 3 de março de 2008, celebrado entre a Braskem S.A., o Banco de Nova Iorque e todos os proprietários e detentores periódicos das American Depositary Shares emitidas segundo esse documento (incorporado por referência ao Anexo 1 ao Formulário F-6 da Braskem S.A. arquivado em 22 de fevereiro de 2008). O valor total de títulos de dívida de longo prazo da Companhia e suas subsidiárias sob qualquer instrumento não excede 10% do total do ativo da Companhia e de suas subsidiárias, em base consolidada. Concordamos em fornecer cópias de todos e quaisquer instrumentos à SEC, mediante solicitação. Acordo de Acionistas da BRK Investimentos Petroquímicos S.A e da Braskem S.A, datado de 8 de fevereiro de 2010, celebrado entre Odebrecht S.A, Odebrecht Serviços e Participações S.A., Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e Petrobras Química S.A. (Petroquisa), e BRK Investimentos Petroquímicos S.A. e Braskem S.A. na qualidade de intervenientes anuentes (incluído por referência ao Anexo 3.01 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 1º de junho de 2010). Protocolo de Entendimento referente ao Acordo de Acionistas, datado de 20 de julho de 2001, entre Odebrecht Química S.A., Petroquímica da Bahia S.A., PETROS—Fundação Petrobras de Seguridade Social e PREVI—Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (incluído por referência ao Anexo 3.05 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 30 de junho de 2003). Acordo de Acionistas celebrado entre os Acionistas Majoritários da Trikem S.A e a BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), sendo a Trikem S.A parte interventora (incluído por referência ao Anexo 3.3 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 30 de junho de 2008). Quarto adendo ao Acordo de Acionistas celebrado entre os Acionistas Majoritários da Trikem S.A e a BNDES Participações S.A - BNDESPAR (incluído por referência ao Anexo 3.4 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 30 de junho de 2008). Acordo de investimentos, datado de 22 de janeiro de 2010, entre Odebrecht S.A., Odebrecht Serviços e Participações S.A., Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), Petrobras Química S.A. (Petroquisa), Braskem S.A. e UNIPAR – União de Indústrias Petroquímicas S.A (incluído por referência ao Anexo 4.02 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 1º de junho de 2010). Plano de Incentivo de Longo Prazo da Braskem S.A (incluído por referência ao Anexo 4.23 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 23 de junho de 2006). Alteração e reapresentação da Seção 7 do Plano de Incentivo de Longo Prazo da Braskem, adotado na Assembleia Geral Extraordinária de 7 de abril de 2006 (incluída por referência ao Anexo 4.24 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 23 de junho de 2006). 150 4.04 4.05 4.06 4.07 8.01 12.01 12.02 13.01 99.01 Acordo de Compra e Venda de Nafta, de 17 de maio de 2006, entre a Petróleo Brasileiro S.A. e a Quattor Química S.A. (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo 4.04 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 10 de abril de 2012). (*Foi solicitado tratamento confidencial para certos trechos omitidos deste anexo de acordo com a Regra 24b-2 do Securities Exchange Act de 1934, conforme alterações posteriores. Os trechos confidenciais deste Anexo foram arquivados separadamente na SEC – Securities and Exchange Commission). Primeira Alteração, datada de 29 de fevereiro de 2008, ao Acordo de Compra e Venda de Nafta, de 17 de maio de 2006, entre a Petróleo Brasileiro S.A. e a Quattor Química S.A. (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo 4.05 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 10 de abril de 2012). (*Foi solicitado tratamento confidencial para certos trechos omitidos deste anexo de acordo com a Regra 24b-2 do Securities Exchange Act de 1934, conforme alterações posteriores. Os trechos confidenciais deste Anexo foram arquivados separadamente na SEC – Securities and Exchange Commission). Primeira Alteração, datada de 22 de outubro de 2010, ao Acordo de Compra e Venda de Nafta, de 17 de maio de 2006, entre a Petróleo Brasileiro S.A. e a Quattor Química S.A. (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo 4.06 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 10 de abril de 2012). (*Foi solicitado tratamento confidencial para certos trechos omitidos deste anexo de acordo com a Regra 24b-2 do Securities Exchange Act de 1934, conforme alterações posteriores. Os trechos confidenciais deste Anexo foram arquivados separadamente na SEC – Securities and Exchange Commission). Acordo de Compra e Venda de Nafta Petroquímico, de 24 de julho de 2009, entre a Petróleo Brasileiro S.A. e a Braskem S.A. (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo 4.07 ao Formulário 20-F da Braskem S.A. arquivado em 10 de abril de 2012). (*Foi solicitado tratamento confidencial para certos trechos omitidos deste anexo de acordo com a Regra 24b-2 do Securities Exchange Act de 1934, conforme alterações posteriores. Os trechos confidenciais deste Anexo foram arquivados separadamente na SEC – Securities and Exchange Commission). Lista de subsidiárias (incluída por referência à Nota 2.1(a) às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, incluídas neste relatório anual). Certificado do Diretor Presidente, datado de 08 de abril de 2013, nos termos das Regras 13a-15(e) e 15d-15(e) do Exchange Act. Certificado do Diretor Financeiro, datado de 08 de abril de 2013, nos termos das Regras 13a-15(e) e 15d-15(e) do Exchange Act. Certificados do Diretor Presidente e do Diretor Financeiro datados de 08 de abril de 2013, nos termos do 189 U.S.C. Artigo 1350, adotado conforme a Cláusula 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. Divulgação de Dados de Segurança de Minas e de Segurança de Administração de Saúde. 151 ASSINATURAS A requerente, por este ato, atesta que observou todas as exigências de arquivamento segundo o Formulário 20-F e devidamente autorizou o infra-assinado a firmar o presente relatório anual em seu nome. 08 de abril de 2013 BRASKEM S.A. Por /s/ Carlos Jose Fadigas de Souza Filho Nome: Carlos José Fadigas de Souza Filho Cargo: Diretor Presidente 152 ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Relatório da administração sobre controles internos sobre relatórios financeiros ................................................................................ Parecer dos auditores independentes ................................................................................................................................................... Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2012 e 2011............................................................................................ Demonstrações consolidadas do resultado dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 ............................... Demonstrações consolidadas do resultado abrangente para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 . Demonstrações consolidadas de fluxo de caixa dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 ....................... Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas ............................................................................................................ F-1 F-2 F-3 F-5 F-7 F-8 F-9 F-10 F-11 Braskem S.A. e Subsidiárias Relatório da Administração sobre os Controles Internos sobre a Divulgação de Informações Financeiras (a) Relatório da Administração sobre os controles internos sobre a divulgação de informações financeiras A Administração da Braskem S.A. (“Braskem” ou “Companhia”), incluindo o Diretor Presidente e o Diretor Financeiro, é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre a divulgação de informações financeiras, conforme estabelecido no artigo 13a-15 (f) de acordo com o Exchange Act dos Estados Unidos. Os controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras é um processo cujo objetivo é fornecer garantias razoáveis sobre a confiabilidade da divulgação de informações financeiras e a elaboração de demonstrações financeiras para fins externos de acordo com as normas internacionais de contabilidade (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”). Os controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras incluem políticas e procedimentos que (i) digam respeito à manutenção de registros que reflitam de forma justa e exata, e em razoáveis detalhes, as transações com e alienações dos ativos da Companhia; (ii) forneçam garantia razoável de que as transações sejam registradas conforme necessário para permitir a elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as IFRS e que as receitas e as despesas da Companhia estejam sendo realizadas somente de acordo com as autorizações da administração e dos membros do Conselho da Companhia; e (iii) forneçam garantia razoável com relação à prevenção e detecção tempestiva de aquisição, uso ou disposição não autorizados de ativos da Companhia que poderiam ter um efeito relevante sobre as demonstrações financeiras. Em razão das suas limitações inerentes, os controles internos sobre a divulgação de informações financeiras pode não prevenir ou detectar erros. Além disso, as projeções de qualquer avaliação acerca da eficácia dos controles internos para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles venham a se tornar inadequados em razão de mudanças nas condições, e de que o nível de aderência às políticas ou procedimentos possa decair. A administração da Braskem avaliou a eficácia dos controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras em 31 de dezembro de 2012 com base nos critérios estabelecidos no Controle Interno - "Estrutura Integrada" emitido pelo Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (“COSO”) e, com base nesses critérios, a administração da Braskem concluiu que, em 31 de dezembro de 2012, os controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras eram eficazes. (b) Relatório da administração de acordo com as deficiências e recomendações de controles internos sobre o relatório da auditoria A eficácia dos controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras em 31 de dezembro de 2012 foi auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, uma firma de auditores independentes, conforme consta em seu relatório contido neste Formulário 20-F. 7 de fevereiro de 2013 Por: /s/ Carlos Jose Fadigas de Souza Filho Nome: Carlos José Fadigas de Souza Filho Cargo: Diretor Presidente /s/ Marcela Aparecida Drehmer Andrade Nome: Marcela Aparecida Drehmer Andrade Cargo: Diretora Financeira F-2 Braskem S.A. e Subsidiárias Parecer da firma de auditoria independente registrada Aos Administradores e Acionistas Braskem S.A. Somos de parecer que os balanços patrimoniais consolidados e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado e do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da Braskem S.A. e suas controladas ( “Companhia”) em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, e os resultados de suas operações e os seus fluxos de caixa de cada um dos três exercícios findos em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Somos também de parecer que a Companhia manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos efetivos relacionados às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012, com base nos critérios estabelecidos em Internal Control - Integrated Framework , emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). A administração da Companhia é responsável por essas demonstrações financeiras, por manter controles internos efetivos sobre as demonstrações financeiras e pela avaliação da efetividade dos controles internos relacionados às demonstrações financeiras, incluída no “Relatório da Administração sobre os Controles Internos relacionados às Demonstrações Financeiras”. Nossa responsabilidade é a de emitir pareceres sobre essas demonstrações financeiras e sobre os controles internos da Companhia relacionados às demonstrações financeiras, com base em nossas auditorias integradas. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos da América). Essas normas requerem que os exames de auditoria sejam planejados e executados com objetivo de obtermos razoável segurança de que as demonstrações financeiras estão livres de erros relevantes e a efetividade dos controles internos da Companhia relacionados às demonstrações financeiras foi mantida em seus aspectos relevantes. Nossos procedimentos de auditoria das demonstrações financeiras compreenderam o exame, com base em testes, das evidências que suportam os valores e as divulgações apresentados nas demonstrações financeiras, a avaliação dos princípios contábeis utilizados e as estimativas significativas feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Nosso exame dos controles internos relacionados às demonstrações financeiras compreende a obtenção de um entendimento dos controles internos relacionados às demonstrações financeiras, a avaliação do risco de existência de deficiências materiais e o teste e a avaliação do desenho e da efetividade operacional dos controles internos com base em nossa avaliação de risco. Nossos exames também incluíram a aplicação de outros procedimentos conforme considerado necessário nas circunstâncias. Acreditamos que nossas auditorias forneçam uma base razoável para a emissão de nossas opiniões. Os controles internos de uma companhia relacionados às suas demonstrações financeiras são um processo criado para fornecer segurança razoável com relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e à elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos relacionados às demonstrações financeiras de uma companhia incluem as políticas e procedimentos que (i) dizem respeito à manutenção de registros que, em razoável nível de detalhe, refletem de maneira precisa e adequada as transações e destinações dos ativos da Companhia; (ii) proporcionam segurança razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a elaboração das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e de que os recebimentos e desembolsos da Companhia estão sendo feitos somente de acordo com as autorizações da administração e dos diretores da Companhia e (iii) fornecem segurança razoável com relação à prevenção ou detecção tempestiva de aquisição, utilização ou destinação não autorizadas dos ativos da Companhia, que poderiam ter efeito relevante nas demonstrações financeiras. F-3 Braskem S.A. e Subsidiárias Parecer da firma de auditoria independente registrada Devido às suas limitações inerentes, os controles internos sobre as demonstrações financeiras podem não evitar ou detectar erros. Adicionalmente, projeções de avaliação sobre a efetividade em relação a períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles podem se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou de que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos pode deteriorar. Salvador, 7 de fevereiro de 2013 /s/PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes F-4 Braskem S.A. e Subsidiárias Balanço patrimonial consolidado Valores expressos em milhares de reais Ativo Nota Current assets Caixa e equivalentes de caixa Aplicações financeiras Contas a receber de clientes Estoques Tributos a recuperar Dividendos e juros sobre capital próprio Despesas pagas antecipadamente Créditos com empresas ligadas Indenizações securitárias Demais contas a receber 7 8 9 10 12 11 11 14 15 Ativos não circulantes mantidos para venda 6 Não circulante Aplicações financeiras Contas a receber de clientes Tributos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Depósitos judiciais Créditos com empresas ligadas Indenizações securitárias Demais contas a receber Investimentos em controladas e controladas em conjunto Investimentos em coligadas Outros investimentos Imobilizado Intangível 8 9 12 22(b) 13 11 14 15 16 16 17 18 Total do ativo As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. F-5 2012 2011 3.287.622 172.146 2.326.480 4.102.055 1.476.211 2.645 54.013 13.912 160.981 818.434 2.986.819 170.297 1.843.756 3.623.522 1.036.253 104.496 86.591 328.583 12.414.499 10.180.317 277.828 - 12.692.327 10.180.317 34.489 37.742 1.527.134 2.055.621 179.618 127.627 47.255 218.279 86.842 31.945 6.948 21.176.785 2.940.966 34.752 51.056 1.506.247 1.237.144 174.220 58.169 252.670 182.533 29.870 10.844 20.662.721 3.016.692 28.471.251 27.216.918 41.163.578 37.397.235 Braskem S.A. e Subsidiárias Balanço patrimonial consolidado Valores expressos em milhares de reais Continuação Passivo e patrimônio líquido Nota Circulante Fornecedores Financiamentos Operações de derivativos Salários e encargos sociais Tributos a recolher Dividendos e juros sobre capital próprio Adiantamentos de clientes Provisões diversas Demais contas a pagar 19 20.2 21 26 23 27 6 Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para a venda Não circulante Financiamentos Debêntures Operações de derivativos Tributos a recolher Contas a pagar a empresas ligadas Incentivo de longo prazo Imposto de renda e contribuição social diferidos Benefícios pós emprego Adiantamentos de clientes Provisões diversas Demais contas a pagar 19 20.2 21 11 22(b) 25 26 23 27 29 (a) (b) 2.1.2 - Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital Reservas de lucros Outros resultados abrangentes Ações em tesouraria Lucros (prejuízos) acumulados Total atribuível aos acionistas da Companhia Participação dos acionistas não controladores em controladas Total do passivo e patrimônio líquido As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. F-6 2012 2011 8.897.597 1.836.028 293.378 349.176 342.789 5.369 237.504 52.264 532.752 6.847.340 1.391.779 83.392 242.102 329.987 4.838 19.119 23.629 119.402 12.546.857 9.061.588 109.770 - 12.656.627 9.061.588 15.675.610 1.164.753 10.405 2.138.622 18.890 204.989 362.919 266.963 13.753.033 19.102 10.278 1.613.179 44.833 15.213 1.953.353 149.575 218.531 298.094 280.546 19.843.151 18.355.737 8.043.222 797.979 349.227 (48.892) (565.549) 8.043.222 845.998 591.307 315.586 (60.217) 28.692 8.575.987 9.764.588 87.813 215.322 8.663.800 9.979.910 41.163.578 37.397.235 Braskem S.A. e Subsidiárias Demonstração do resultado consolidado Exercícios findos em 31 de dezembro Valores expressos em milhares de reais, exceto o resultado por ação Operações continuadas Receita líquida de vendas Custo dos produtos vendidos Nota 2012 2011 2010 31 35.513.397 (32.209.958) 32.497.075 (28.819.369) 25.025.658 (21.028.905) 3.303.439 3.677.706 3.996.753 Lucro bruto Receitas (despesas) Com vendas Com distribuição Gerais e administrativas Pesquisa e desenvolvimento Resultado de participações societárias Resultado de combinação de negócios Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 16(c) 5 33 Lucro operacional Resultado financeiro Despesas financeiras Receitas financeiras (403.387) (564.950) (998.261) (106.198) (25.807) 333.767 (319.240) (480.532) (934.779) (99.083) (1.665) 30.045 (3.612) (353.616) (335.510) (931.135) (78.778) 18.215 975.283 (96.567) 1.538.603 1.868.840 3.194.645 (3.902.499) 530.182 (3.551.717) 765.025 (1.692.001) 364.933 (3.372.317) (2.786.692) (1.327.068) (1.833.714) (917.852) (17.269) 810.645 793.376 (5.492) 379.234 373.742 (1.040.338) (544.110) 451.262 (10.265) (138.964) 302.033 70.911 (14.948) 55.963 15.809 (738.305) (488.147) 1.889.485 (731.143) (7.162) (496.450) 8.303 (738.305) (488.147) 1.889.485 (1,2975) (1,2975) (1,2970) (1,2970) (0,6921) (0,6921) (0,6919) (0,6919) 2,6816 2,5683 2,6810 2,5677 34 Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social - correntes Imposto de renda e contribuição social - diferidos 22(a) 22(a) Lucro (prejuízo) do exercício das operações em continuidade Operações descontinuadas Resultado com operações descontinuadas Imposto de renda e contribuição social - correntes Imposto de renda e contribuição social - diferidos 6(c) Lucro (prejuízo) do exercício Atribuível a: Acionistas da Companhia Participação de acionistas não controladores em controladas 2.1.2 - Resultado por ação atribuível aos acionistas da Companhia das operações em continuidade ao fim do período (expresso em reais por ação): Resultado básico por ação - ON Resultado básico por ação - PN Resultado diluído por ação - ON Resultado diluído por ação - PN (55.889) 61.988 6.099 1.873.676 19.861 (4.052) 1.895.309 (5.824) 30 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. F-7 1.867.577 Braskem S.A. e Subsidiárias Demonstração do resultado abrangente consolidado Exercícios findos em 31 de dezembro Valores expressos em milhares de reais Nota 2012 2011 (738.305) (488.147) 20.2.2 16(b) 16.238 77.968 812 45.034 56.809 - 20.2.2 (5.522) (2.458) 6.793 89.496 99.385 (66.463) (648.809) (388.762) (960.798) 302.033 9.956 (455.206) 55.963 10.481 (648.809) (388.762) Lucro (prejuízo) do exercício Outros resultados abrangentes: Ativos financeiros disponíveis para venda Derivativos de fluxo de caixa Ajuste de conversão de moeda estrangeira Baixa ajuste de conversão de moeda estrangeira Imposto de renda e contribuição social relacionados aos componentes dos resultados abrangentes Total de outros resultados abrangentes Total do resultado abrangente do exercício Atribuível a: Acionistas da Companhia - operações em continuidade Acionistas da Companhia - operações descontinuadas Participação dos acionistas não controladores em controladas As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. F-8 2010 1.889.485 58 6.032 (79.346) 1.823.022 1.809.196 19.861 (6.035) 1.823.022 Braskem S.A. e Subsidiárias Demonstração das mutações do patrimônio líquido consolidado Valores expressos em milhares de reais Atribuído à participação dos acionistas Nota Em 31 de dezembro de 2010 Capital social 8.043.222 Resultado abrangente do exercício: Lucro líquido (prejuízo) do período Valor justo de derivativo de fluxo de caixa, liquido dos impostos Ajuste de conversão de moeda estrangeira Ajustes de avaliação patrimonial Custo atribuído de controlada em conjunto Realização do custo atribuído de controlada em conjunto Realização da indexação adicional do imobilizado, líquida dos impostos Contribuições e distribuições aos acionistas: Aumento de capital de acionistas não controladores Pagamento dos dividendos adicionais propostos Incentivos fiscais Ganho (perda) de participação em controlada Participação de acionistas não controladores da Cetrel Dividendos prescritos Absorção de prejuízo Dividendos propostos Recompra de ações Dividendos propostos Participação dos acionistas não controladores em controladas Reserva de capital Reserva legal 845.998 87.710 Incentivos fiscais 5.347 Reservas de lucros Reserva de Dividendo lucros a adicional realizar proposto 995.505 250.346 Outros resultados abrangentes Ações em tesouraria 221.350 (59.271) Lucros (prejuízos) acumulados - Total da participação dos acionistas da Companhia 10.390.207 Participação dos acionistas não controladores em controladas 18.079 Total do patrimônio líquido 10.408.286 - - - - - - 42.576 54.631 97.207 - (496.450) (496.450) (496.450) 42.576 54.631 (399.243) 8.303 2.178 10.481 (488.147) 42.576 56.809 (388.762) - - - - - - 22.079 (920) - 920 22.079 - - 22.079 - - - - - - - (27.236) (6.077) - 27.236 28.156 22.079 - 22.079 - - - (250.346) (800) 3.106 531 (946) (248.455) 86.634 (3.106) 103.503 (269) 186.762 86.634 (250.346) (800) 103.503 262 (946) (61.693) 8.043.222 845.998 87.710 (800) (800) 4.547 (496.455) (482.593) (979.048) (250.346) 482.593 232.247 16.457 482.593 3.106 3.106 (946) (946) 531 496.455 496.986 315.586 (60.217) 28.692 9.764.588 215.322 9.979.910 Em 31 de dezembro de 2011 Resultado abrangente do exercício: Lucro líquido do período Valor justo de derivativo de fluxo de caixa, liquido dos impostos Ajuste de conversão de moeda estrangeira Baixa de ajuste de conversão de moeda estrangeira 20.2.2 16(b) Ajustes de avaliação patrimonial Realização do custo atribuído de controlada em conjunto, líquida dos impostos Realização da indexação adicional do imobilizado, líquida dos impostos Contribuições e distribuições aos acionistas: Dividendos adicionais aprovados em Assembleia Aumento (redução) de capital de acionistas não controladores Baixa de não controladores por alienação de investimentos Perda de participação em controlada Baixa ganho de participação em controlada por alienação Recompra de ações Cancelamento de ações Absorção de prejuízo Em 31 de dezembro de 2012 29(d) 0 0 16(b) 6 29(b) 29(f) 29(h) - - - - - - - - - - - - - - - - - (48.019) (48.019) (87.710) (87.710) (4.547) (4.547) (16.457) (16.457) (482.593) (482.593) - - - - 8.043.222 797.979 10.716 60.850 812 72.378 - - (952) - 952 - - - - (27.236) (28.188) - 27.236 28.188 - - - (5.917) (4.632) (10.549) (36.694) 48.019 11.325 108.714 108.714 (48.892) (565.549) 349.227 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. F-9 (731.143) (731.143) (731.143) 10.716 60.850 812 (658.765) (482.593) (5.917) (4.632) (36.694) (529.836) 8.575.987 (7.162) 17.118 9.956 (17.962) (125.420) 5.917 (137.465) 87.813 (738.305) 10.716 77.968 812 (648.809) (482.593) (17.962) (125.420) (4.632) (36.694) (667.301) 8.663.800 Braskem S.A. e Subsidiárias Demonstração dos fluxos de caixa consolidado Exercícios findos em 31 de dezembro Valores expressos em milhares de reais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social e do resultado com operações descontinuadas Ajustes para reconciliação do resultado Depreciação, amortização e exaustão Resultado de participações societárias Resultado de combinação de negócios Juros, variações monetárias e cambiais, líquidas Provisão para perdas e baixas de ativos de longa duração 2012 2011 2010 (1.382.452) (846.941) 1.887.438 1.924.265 25.807 2.442.973 294.199 1.723.420 1.665 (30.045) 2.292.498 2.056 1.606.354 (20.302) (975.283) 413.194 47.209 3.304.792 Variação do capital circulante operacional Aplicações financeiras mantidas para negociação Contas a receber de clientes Estoques Tributos a recuperar Despesas antecipadas Demais contas a receber Fornecedores Tributos a recolher Incentivos de longo prazo Adiantamentos de clientes Provisões diversas Demais contas a pagar 16.716 (625.130) (566.025) (458.763) 49.707 (529.103) 2.165.530 (426.440) (4.808) 206.044 94.382 389.032 Caixa gerado pelas operações 3.615.934 Juros pagos Imposto de renda e contribuição social pagos (1.006.840) (37.283) Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 2.571.811 Recursos recebidos na venda de ativo imobilizado Recursos recebidos na redução de capital de coligadas Efeito da incorporação (descontinuação) do caixa de controladas Adições ao investimento em controladas e coligadas Adições ao imobilizado Adições ao intangível Aplicações financeiras mantidas até o vencimento Dívida de curto e longo prazos Captações Pagamentos Dividendos pagos Participações dos acionistas não controladores em controladas Recompra de ações Aumento de capital Outros 90.953 365.901 (382.465) (311.021) (62.531) (356.253) 1.325.977 (52.134) 771 187.306 (74.402) (212.133) 3.662.622 (802.427) (82.695) 2.958.610 79.764 184.442 (382.285) 622.167 (5.062) 1.730 683.639 (601.878) 6.733 (38.424) 21.128 177.901 3.708.465 (929.481) (58.617) 2.777.500 2.720.367 23.958 6.600 1.781 - (2.792.853) (15.734) (218) (619.207) (2.252.491) (11.474) (13.856) (939.427) (1.689.006) (17.042) 256.113 (2.834.307) (2.866.470) (2.387.581) 6.665.938 (5.493.015) (482.051) (20.295) (36.694) 7.122.632 (6.042.644) (664.851) 76.406 (946) 5.860.561 (10.013.753) (107) 633.883 494.744 115.846 (141.348) Aplicação de caixa em investimentos 3.142.653 (3) 3.764.971 4.147 Geração (aplicação) de caixa em financiamentos Variação cambial do caixa de controladas no exterior (36.037) (117.030) (388.331) (3.253) Geração (aplicação) de caixa e equivalentes 335.350 288.744 (58.798) Representado por Caixa e equivalentes no início do exercício Caixa e equivalentes no final do exercício 2.952.272 3.287.622 2.698.075 2.986.819 2.683.068 2.624.270 Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes 335.350 288.744 (58.798) As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. F-10 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 1 Contexto operacional A Braskem S.A., em conjunto com suas subsidiárias e controladas em conjunto ”Braskem” ou “Companhia) é uma sociedade por ações, de capital aberto, com sede em Camaçari – BA que conta com 36 unidades industriais sendo 29 no Brasil, nos estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, 5 nos Estados Unidos, nos estados da Pensilvânia, Texas e Virginia Ocidental e 2 na Alemanha. Essas unidades produzem petroquímicos básicos – como eteno, propeno, butadieno, tolueno, xileno e benzeno, além de gasolina, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP) e outros derivados de petróleo, – e resinas termoplásticas – polietileno (“PE”), polipropileno (“PP”) e policloreto de vinila (“PVC”). Adicionalmente, a Braskem tem como objeto social a importação e exportação de produtos químicos, petroquímicos, combustíveis, a produção, distribuição e comercialização de utilidades tais como, vapor, água, ar comprimido, gases industriais, assim como a prestação de serviços industriais, a produção, distribuição e comercialização de energia elétrica para seu consumo próprio e de outras empresas, além da participação em outras sociedades como sócia ou acionista. A Companhia é controlada pela Odebrecht S.A. (“Odebrecht”) que detém, direta e indiretamente, 50,11% e 38,32% do seu capital votante e total, respectivamente. (a) Eventos operacionais relevantes (i) Em setembro de 2010, a Administração da controlada Braskem America Inc. (“Braskem America”) decidiu hibernar uma linha de produção destinada à fabricação de PP na planta localizada no estado do Texas. Os principais fatores que levaram a essa decisão foram a defasagem tecnológica da linha, o alto custo de produção e a baixa capacidade produtiva. A Braskem America manterá a produção de PP em outras linhas daquela planta sem prejudicar a sua produção total de outras resinas. O valor residual contábil dessa linha de produção, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, é igual a zero. (ii) Em 24 de setembro de 2010, a Companhia inaugurou, no Pólo Petroquímico de Triunfo, uma unidade industrial de eteno derivado de etanol com capacidade de produção de 200 mil toneladas de PE verde por ano. Com o início das operações, a Companhia passou a fornecer resina de origem renovável com a diversificação das suas fontes de matéria-prima competitiva. O custo do investimento foi de R$ 482.053. (iii) Em dezembro de 2011, a Sunoco Chemicals, Inc. (“Sunoco”) anunciou que iria paralisar, de forma definitiva, as atividades de sua refinaria que era uma das responsáveis pelo fornecimento de propeno grau-polímero, principal matéria-prima da planta de PP do estado da Pensilvânia da controlada Braskem America Inc (“Braskem America”). Em 2012, a Sunoco comunicou, formalmente, à Administração da Braskem America o seu plano alternativo para fornecimento da matéria-prima, conforme exigido pelo contrato de fornecimento firmado entre as partes em 2010. O encerramento definitivo do contrato de fornecimento ocorreu em 8 de junho de 2012, através de pagamento da indenização prevista no respectivo contrato, no montante de R$ 235.962 (Nota 33). A despeito do término do referido contrato de fornecimento, a Administração da Braskem America buscou soluções alternativas de fornecimento e logística, com a finalidade de manter as operações da planta, já tendo identificado outras fontes para o suprimento da matéria-prima necessária. Outro passo importante e fundamental para manter as operações da planta foi a aquisição de uma unidade purificadora de propeno (splitter) da Sunoco, em 29 de junho de 2012. Essa unidade tem como função transformar o propeno grau-refinaria em propeno grau-polímero. Esta aquisição não se configurou em uma combinação de negócios por não atender aos requisitos previstos no IFRS 3. Com essa aquisição, a Braskem America ampliou suas F-11 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma fontes de suprimento, uma vez que o fornecimento de propeno grau-refinaria é mais abundante no mercado norteamericano. (iv) Em 17 de agosto de 2012, a Companhia inaugurou, em Marechal Deodoro (AL), uma nova fábrica com capacidade de produção anual de 200 mil toneladas (não auditado) de PVC, ampliando para 710 mil toneladas (não auditado) a capacidade total instalada da Braskem. O custo do investimento foi de, aproximadamente, R$ 1 bilhão. (v) Em 13 de setembro de 2012, a Companhia inaugurou, no Polo Petroquímico de Triunfo (RS), uma nova fábrica com capacidade de produção anual de 103 mil toneladas (não auditado) de butadieno, ampliando para 477 mil toneladas (não auditado) a capacidade total instalada da Braskem. O custo do investimento foi de, aproximadamente, R$ 300 milhões. (b) Eventos societários (b.1) Quattor Em 22 de janeiro de 2010, foi anunciada a conclusão das negociações que resultaram na aquisição, pela Companhia, da Quattor Participações S.A. (“Quattor”), atualmente denominada Braskem Qpar S.A. (“Braskem Qpar”), por meio de um Acordo de Investimento celebrado, naquela data, entre a Odebrecht, Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS (“Petrobras”), Braskem e Unipar – União de Indústrias Petroquímicas S.A. (“Unipar”). O acordo permitiu à Petrobras consolidar seus principais ativos petroquímicos na Companhia. Ainda como decorrência do Acordo de Investimento, a Companhia tem o direito de preferência para participar como sócia dos projetos do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro – COMPERJ e do Complexo Petroquímico de Suape, no Estado de Pernambuco. O Acordo de Investimento foi aprovado sem restrições no dia 23 de fevereiro de 2011 pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE. Até 30 de setembro de 2010, todos os passos do referido Acordo de Investimentos foram implementados e são os seguintes: (i) Em dezembro de 2009, foi criada a holding BRK Investimentos Petroquímicos S.A. (“BRK”), onde foi concentrada a totalidade das ações ordinárias de emissão da Companhia então pertencentes à Odebrecht e Petrobras. (ii) Em abril de 2010, a Odebrecht e a Petrobras concluíram o aumento do capital da BRK em R$ 3.500.000, via integralização de novas ações em dinheiro. (iii) Em 14 de abril de 2010, o Conselho de Administração homologou o aumento do capital da Companhia, que foi realizado sob a forma de subscrição privada e que resultou na integralização de 243.206.530 ações ordinárias e 16.697.781 ações preferenciais classe “A”, ao valor unitário de R$ 14,40, perfazendo um total de R$ 3.742.622. Desse montante, R$ 2.378.742 foram destinados à conta do capital social e R$ 1.363.880 para conta de reserva de capital. F-12 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iv) Em 27 de abril de 2010, a Companhia divulgou, através de Fato Relevante, a aquisição, junto à Unipar, de ações representativas de 60% do capital votante e total da Quattor, mediante o pagamento à vista de R$ 659.454. Em 30 de abril de 2010, a Quattor detinha as seguintes participações: QUATTOR (ATUAL BRASKEM QPAR) 65,98% 99,32% 94,10% ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES QUATTOR PETROQUIMICA (ATUAL BRASKEM PETROQUIMICA) (*) 5,90% 0,68% 9,02% BNDESPAR 25,00% RIOPOL QUATTOR QUIMICA 33,33% POLIBUTENOS (*) Companhia aberta (v) Em 10 de maio de 2010, a Companhia comunicou ao mercado a aquisição, junto à Unipar, da totalidade das ações da Unipar Comercial e Distribuidora (“Unipar Comercial”) e de ações representativas de 33,33% do capital total da Polibutenos S.A. Indústrias Químicas (“Polibutenos”), mediante pagamento à vista de R$ 27.104 e R$ 22.362, respectivamente. Em 31 de maio de 2010, a Companhia adquiriu junto à Chevron Oronite do Brasil (“Chevron”), ações representativas de 33,33% do capital total da Polibutenos pelo valor de R$ 22.482. Com as aquisições junto à Unipar e Chevron, a Companhia passou a deter, de forma direta e indireta, 100% do capital da Polibutenos. De acordo com as práticas contábeis adotadas para a elaboração destas demonstrações financeiras (Nota 2), as aquisições da Quattor e Unipar Comercial representaram “combinações de negócios”, conforme estabelecido pela International Financial Reporting Standards (“IFRS”) 3, e os efeitos estão apresentados na Nota 5. F-13 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (vi) Em 18 de junho de 2010, a Assembleia Geral Extraordinária (“AGE”) da Companhia aprovou a incorporação de ações da Quattor (atual Braskem Qpar), que eram detidas pela Petrobras e que representavam 40% do capital total e votante daquela controlada. O acervo líquido incorporado foi avaliado a valor contábil, em 31 de março de 2010 e montava R$ 199.356. Desse valor, R$ 164.744 foram destinados à conta do capital social e R$ 34.612 para conta de reserva de capital. Nesta operação, foram emitidas 18.000.087 ações ordinárias considerando a relação de troca de 0,18855863182 ação da Companhia para cada ação da Quattor, conforme apurado em laudos de avaliação econômica das empresas elaborados por perito independente. Com esta incorporação de ações, a Companhia passou a deter 100% do capital votante e total da Quattor. (vii) Em 24 de junho de 2010, a AGE da Quattor aprovou o aumento do capital social, no montante de R$ 4.014.128, sem emissão de novas ações. O aumento de capital foi realizado com adiantamentos para futuro aumento de capital concedidos pela Companhia. Adicionalmente, em 29 de junho de 2010, a AGE da Quattor aprovou a redução do seu capital social em R$ 2.578.372, sem cancelamento de ações e com a restituição à Companhia, sua única acionista, da totalidade dos investimentos na Rio Polímeros S.A. (“Riopol”) e Quattor Petroquímica S.A. (“Quattor Petroquímica”), atualmente denominada Braskem Petroquímica S.A. (“Braskem Petroquímica”). (viii) Em 9 de agosto de 2010, o BNDES Participações S.A. (“BNDESPAR”) exerceu sua opção de venda das ações da Riopol equivalentes a 25% do capital total daquela controlada. A Braskem adquiriu 190.784.674 ações ordinárias e 30 ações preferenciais da Riopol, pelo valor de R$ 209.951 (60% das ações detidas pelo BNDESPAR). Com essa aquisição, que corresponde a 15% do capital total da Riopol, a Braskem passou a deter, de forma direta e indireta, 90% do capital total daquela controlada. O valor dessa compra será pago em 3 parcelas, com correção pela TJLP (Nota 27), da seguinte forma: (ix) a. Em 11/06/2015, no valor correspondente a 15% do valor da compra; b. Em 11/06/2016, no valor correspondente a 35% do valor da compra; e c. Em 11/06/2017, no valor correspondente a 50% do valor da compra. Em 30 de agosto de 2010, a AGE da Companhia aprovou a incorporação das ações da Riopol, convertendo-a em subsidiária integral. O acervo líquido incorporado foi avaliado ao valor contábil em 31 de março de 2010, data base da operação, e montava R$ 103.087. Desse valor, R$ 22.285 foram destinados à conta do capital social e R$ 80.802 para conta de reserva de capital. Nesta operação foram emitidas 2.434.890 ações preferenciais classe “A” considerando a relação de troca de 0,010064743789 ação da Companhia para cada ação da Riopol, conforme apurado em laudos de avaliação econômica das empresas elaborados por perito independente. Por conta dessa incorporação de ações, a controlada Quattor Petroquímica (atual Braskem Petroquímica), que detinha o equivalente a 9,02% do capital da Riopol, recebeu ações da Companhia. Nas demonstrações financeiras consolidadas, essas ações, que resultam em participação recíproca, são tratadas como “ações em tesouraria”. F-14 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (x) Em 1 de setembro de 2010, a AGE da Quattor (atual Braskem Qpar) aprovou a incorporação das empresas abaixo mencionadas. Os acervos líquidos das empresas incorporadas foram avaliados ao valor contábil, em 30 de junho de 2010 (data base da operação). a. Quattor Química S.A (“Quattor Química”) Na data da incorporação, o capital social da Quattor Química estava distribuído entre a Quattor , com 94,11% e a Quattor Petroquímica, com 5,89%. A relação de troca de ações da Quattor Química por ações da Quattor foi estabelecida com base nos patrimônios líquidos contábeis em 30 de junho de 2010, data base da operação, o que gerou um aumento de capital de R$ 58.231, com a emissão de 7.538.949 ações ordinárias que foram entregues à Quattor Petroquímica. b. Polibutenos Na data da incorporação, o capital da Polibutenos estava distribuído entre a Quattor, com 33,33% e a Companhia, com 66,67%. A relação de troca de ações da Polibutenos por ações da Quattor foi estabelecida com base nos patrimônios líquidos contábeis em 30 de junho de 2010, data base da operação, o que gerou um aumento de capital de R$ 13.032, com a emissão de 1.687.179 ações ordinárias que foram entregues à Companhia. c. Mauá Resinas S.A. (“Mauá Resinas”) e Norfolk Distribuidora Ltda (“Norfolk”) Na data da incorporação, a Mauá Resinas e a Norfolk eram subsidiárias integrais da Quattor, razão porque não houve aumento de capital e emissão de ações da incorporadora. (xi) Em 26 de maio de 2010, a Companhia encaminhou à Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) o pedido de registro de oferta pública (“OPA”) para aquisição de 7.688 ações ordinárias e 1.542.006 ações preferenciais da Quattor Petroquímica detidas pelos seus acionistas minoritários em razão da mudança de controle daquela controlada. As ações objeto da OPA correspondiam a 0,68% do capital total da Quattor Petroquímica. Em 28 de outubro de 2010, o colegiado da CVM aprovou a OPA. A OPA foi encerrada e liquidada no dia 16 de dezembro de 2010. O total de ações adquiridas na OPA foi de 224.968, permanecendo em circulação 1.324.726 ações preferenciais. Essa quantidade remanescente de ações, avaliadas ao valor contábil de 31 de março de 2010, foi incorporada pela Companhia e resultou em aumento de capital no valor de R$ 4.270, subscrito e integralizado pelos acionistas da Quattor Petroquímica. Nesta operação foram emitidas 398.175 ações preferenciais classe “A” considerando a relação de troca de 0,300571316385725 ação da Companhia para cada ação da Quattor Petroquímica, conforme apurado em laudos de avaliação econômica das empresas, elaborados por perito independente. Essa operação foi aprovada pelas AGE´s da Companhia e da controlada Quattor Petroquímica em 27 de dezembro de 2010, de acordo com a divulgação em fato relevante de 7 de dezembro de 2010. A CVM, através de ofício datado de 3 de fevereiro de 2011, aprovou o cancelamento de registro para negociações em bolsa da Quattor Petroquímica, solicitado pela Companhia em 28 de janeiro de 2011. Em 3 de janeiro de 2011, os acionistas da IQ Soluções & Química S.A. (“Quantiq”) aprovaram a incorporação da Unipar Comercial. A incorporação resultou em aumento do capital da Quantiq no valor de R$ 38.710, passando-o de R$ 61.141 para R$ 99.851, sem emissão de novas ações. O referido aumento teve como base o patrimônio líquido contábil da Unipar Comercial em 30 de novembro de 2010 (data-base da operação), nos termos e condições estabelecidos no “Protocolo e Justificação”, datado de 27 de dezembro de 2010. F-15 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 31 de dezembro de 2011, a participação da Companhia nas empresas adquiridas está demonstrada no organograma abaixo: 0,144 % BRASKEM CONTROLADORA 100% 100% 96,96% QUATTOR PETROQUÍMICA (ATUAL BRASKEM PETROQUÍMICA) RIOPOL QUATTOR (ATUAL BRASKEM QPAR) 3,04% (b.2) Sunoco Chemicals Em 1 de fevereiro de 2010, a Braskem comunicou ao mercado que a sua controlada Braskem América, Inc. (“Braskem America Inc.”) celebrou, naquela data, contrato de compra e venda de ações com a Sunoco Inc., empresa petrolífera norte-americana, por meio do qual foi adquirida a totalidade das ações representativas do capital votante e total da Sunoco Chemicals, Inc. (“Sunoco Chemicals”), pelo valor de US$ 350,7 milhões, correspondentes a R$ 620.838. A Sunoco Chemicals possuía capacidade instalada anual de 950 mil toneladas de PP, distribuída em 3 plantas localizadas nos estados da Pensilvânia, Virginia Ocidental e Texas. A operação foi concluída em 1 de abril de 2010, com o pagamento integral das ações adquiridas. Naquela mesma data, a empresa adquirida teve sua razão social alterada para Braskem PP Americas, Inc (“PP Americas”). De acordo com as práticas contábeis adotadas para a elaboração destas demonstrações financeiras (Nota 2), essa aquisição representou uma “combinação de negócios”, conforme estabelecido pela IFRS 3, e os seus efeitos estão apresentados na Nota 5. Em 1 de janeiro de 2011, a controlada Braskem PP Americas Inc. incorporou sua controladora Braskem America Inc.. Ainda na mesma data, a razão social da Braskem PP Americas Inc. foi alterada para Braskem America Inc. (“Braskem America”). F-16 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b.3) Braskem Idesa Em novembro de 2009, a Braskem e o Grupo IDESA Sociedad Anónima de Capital Variable (“IDESA”), tradicional empresa petroquímica do México, anunciaram que foram vencedoras de um processo licitatório no México para implementação de um projeto petroquímico a partir do etano, na região de Veracruz, por meio de contrato de fornecimento, pela Pemex Gas y Petroquímica Básica (controlada da Petróleos Mexicanos), de 66.000 barris/dia deste insumo por 20 anos. Como resultado da licitação, a Companhia e a IDESA firmaram um Memorando de Entendimentos e concretizaram, em 23 de fevereiro de 2010, um contrato definitivo que estabelece um compromisso de investimento por parte da Braskem e da IDESA para (i) a construção de um cracker de etano para produzir 1 milhão de toneladas por ano de eteno; e (ii) a construção de 3 plantas de PE para a produção de 1 milhão de toneladas por ano. O projeto foi denominado Etileno XXI e o investimento previsto é de US$ 3 bilhões (Capital expenditure – Capex), com prazo esperado de conclusão das obras e partida das unidades para o primeiro semestre de 2015. A razão social dessa nova sociedade é Braskem Idesa, Sociedad Anónima Promotora de Inversión (“Braskem Idesa”) e o seu capital votante e total está distribuído entre a Companhia, com 65%, e a Etileno XXI, Sociedad Anónima de Capital Variable, com 35%. (b.4) Outros eventos (i) Em 1 de junho de 2010, a Braskem aprovou a cisão da sua controlada Varient Distribuidora de Resinas Ltda (“Varient”) e a incorporação da parte cindida por uma nova controlada denominada Alcacer Distribuidora de Resinas Ltda (“Alcacer”). Naquela mesma data, foram concluídas as negociações para a venda dessas duas controladas pelo valor total de R$ 12.700. (ii) Em 17 de dezembro de 2010, a AGE da Companhia aprovou a incorporação da Companhia Alagoas Industrial Cinal (“Cinal”), tendo como base seu patrimônio líquido contábil de 30 de setembro de 2010, no montante de R$ 27.834, nos termos e condições estabelecidos no protocolo e justificação, datado de 29 de novembro de 2010. Não houve alteração no valor do capital social da Companhia, em razão desta ser a única acionista da Cinal. (iii) Em 25 de maio de 2011, a Companhia celebrou instrumento particular de compra e venda de quotas, por meio do qual foi alienada a totalidade das quotas da controlada ISATEC – Pesquisa, Desenvolvimento e Análises Ltda. (“ISATEC”), pelo valor de R$ 1.100. (iv) Em 7 de julho de 2011, foi constituída a Braskem America Finance Company (“Braskem America Finance”), subsidiária integral da Braskem America, com o objetivo de captar recursos no mercado financeiro internacional. (v) Em 29 de julho de 2011, a Braskem aumentou o capital de diversas controladas. A composição dos aumentos, que foram totalmente subscritos e integralizados pela Braskem, está demonstrada a seguir: Braskem Participações S.A. (“Braskem Participações”) Ideom Tecnologia Ltda. (“Ideom”) Politeno Empreendimentos Ltda. (“Politeno Empreendimentos”) IQ Soluções & Química S.A.(“Quantiq”) Rio Polímeros S.A. (“Riopol”) F-17 Aumento no valor do capital Quantidade de ações/quotas emitidas 53 23.701 35 61.100 14.108 98.997 sem emissão de novas ações 23.700.974 18 sem emissão de novas ações sem emissão de novas ações Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (vi) Em 25 de agosto de 2011, foi constituída a Braskem Europe GmbH (“Braskem Alemanha”), subsidiária integral da Braskem Netherlands B.V. (“Braskem Holanda”), cujo objeto é a produção, negociação, distribuição, importação, exportação, pesquisa e desenvolvimento de produtos químicos e petroquímicos, entre outros. Os ativos adquiridos na combinação de negócio com a The Dow Chemical Company (“Dow Chemical”), na Alemanha, foram registrados nessa controlada em outubro de 2011 (Nota 5). (vii) Em 27 de setembro de 2011, a Braskem aumentou o capital da controlada Braskem Holanda em R$ 415.168 (US$ 230 milhões), através da emissão de 84.465.660 ações. Deste montante, parte compôs os recursos utilizados para a constituição Braskem Alemanha. (viii) Em 27 de janeiro de 2012, a acionista controladora da Braskem, BRK, foi cindida proporcionalmente. Nessa cisão, parte das ações de emissão da Braskem e que pertenciam a BRK foram entregues à Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras (“Petrobras”). Com essa cisão, a BRK tornou-se uma subsidiária integral da Odebrecht Serviços e Participações (“OSP”), permanecendo com ações equivalentes a 50,11% e 28,23% do capital votante e total da Braskem, respectivamente. Na mesma data, foi aprovada a incorporação da Petrobras Química S.A. – Petroquisa (“Petroquisa”) pela Petrobras, que passou a deter 47,03% e 35,95% do capital votante e total da Braskem, respectivamente. (ix) Em 27 de fevereiro de 2012, foi constituída a empresa Braskem International GmbH (“Braskem Áustria”) com o propósito de participar no capital de outras sociedades e realizar operações financeiras e comerciais. O capital social foi integralizado pela Braskem S.A., sócia individual, no montante de R$ 81 (EUR$ 35 mil) (Nota 16(b)). (x) Em 28 de fevereiro de 2012, a Assembleia Geral Extraordinária da Braskem S.A. aprovou a incorporação da controlada Ideom Tecnologia Ltda, tendo como base o seu patrimônio líquido contábil de 31 de dezembro de 2011, no montante de R$ 20.762, nos termos e condições estabelecidos no protocolo e justificação, datado de 6 de fevereiro de 2012. (xi) Em 30 de abril de 2012, foram aumentados os capitais sociais das controladas Braskem Petroquímica S.A. e Riopol, nos montantes de R$ 649.639 e R$ 738.799, respectivamente (Nota 16(b)), sem a emissão de novas ações, conforme deliberado nas respectivas assembleias de acionistas. Para essas capitalizações foram utilizados saldos de adiantamentos para futuros aumentos de capital. (xii) Em 27 de junho de 2012, a Braskem Áustria constituiu a Braskem Petroquímica Ibérica, S.L. (“Braskem Espanha”), cujo capital social é de R$ 8 (EUR$ 3 mil). O propósito dessa controlada é participar no capital de outras sociedades. (xiii) Em 30 de junho de 2012, a BRK foi incorporada por sua controladora OSP, que passou a deter diretamente 50,11% e 38,11% do capital votante e total da Braskem S.A., respectivamente. (xiv) Em 27 de agosto de 2012, a Braskem Áustria constituiu a Braskem Áustria Finance GmbH (“Braskem Áustria Finance”), cujo capital social integralizado é de R$ 47 (EUR$ 18 mil). O propósito dessa controlada é captar recursos no mercado financeiro internacional. (xv) Em 3 de setembro de 2012, foi aprovado o aumento do capital social da controlada Braskem Distribuidora Ltda. com o aporte das instalações que compõe a Unidade de Tratamento de Água (UTA) da Unidade Petroquímicos Básicos do Polo Petroquímico de Camaçari (BA), no montante de R$ 75.024, que corresponde ao valor contábil residual e a alteração do tipo de sociedade, passando-a para sociedade por ações. F-18 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (xvi) Em 5 de novembro de 2012, em Assembleia Geral Extraordinária, foi aprovado o aumento do capital social da controlada Braskem Idesa S.A.P.I. (“Braskem Idesa”), no montante de R$ 41.573 (Mex$ 266.666 mil), mediante a emissão de 86.052 ações Classe “A”, totalmente integralizadas pela Braskem S.A.. Posteriormente, parte do capital foi restituído ao acionista não controlador, o que implicou no aumento da participação da Braskem S.A. no capital social da Braskem Idesa, que passou de 65% para 75%. (xvii) Em 9 de novembro de 2012, foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária, a alteração da denominação social da Braskem Distribuidora S.A. para Distribuidora de Águas Camaçari S.A. (“Braskem Distribuidora”). (xviii) Em 11 de dezembro de 2012, através de diversas deliberações sociais a controlada Braskem America passou a ser uma subsidiária integral da Braskem Alemanha. (xix) Em 17 de dezembro de 2012, foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária a alteração do tipo de sociedade da Braskem Petroquímica S.A. passando-a para sociedade limitada, com a nova razão social sendo estabelecida como Braskem Petroquímica Ltda. (“Braskem Petroquímica”). (xx) Em 28 de dezembro de 2012, a Braskem S.A. e a Braskem Participações celebraram instrumento particular de compra e venda de ações, por meio do qual foi alienada a totalidade das ações da controlada Braskem Distribuidora (Nota 6). (xxi) Em 28 de dezembro de 2012, a Braskem S.A. celebrou instrumento particular de compra e venda de ações, por meio do qual foi alienada a sua participação na controlada Cetrel S.A. (Nota 6). (xxii) A Braskem e a Petroquimica de Venezuela S.A. (“Pequiven”) decidiram concentrar seus investimentos estimados para a Venezuela na controlada em conjunto Polipropileno Del Sur (“Propilsur”). Como consequência dessa decisão, foi deliberada em assembleia de acionistas a retirada da Braskem de sua participação acionária na controlada em conjunto Polietilenos de America (“Polimerica”), cujo ato societário encontra-se em fase de registro junto ao órgão competente na Venezuela. Em decorrência desse fato, a Administração da Braskem decidiu baixar o investimento na Polimerica ainda em 2012. F-19 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Efeito de variação cambial A Companhia possui saldos e transações realizados em dólar norte-americano, tais como aplicações financeiras, contas a receber de clientes, fornecedores, financiamentos e vendas. Os saldos de ativos e passivos são convertidos com base na taxa de câmbio de fechamento do final de cada período e as transações com base na taxa de câmbio de cada operação em vigor na data de sua ocorrência. Essas taxas são informadas pelo Banco Central do Brasil. A tabela, a seguir, demonstra as taxas médias e de fechamento do dólar relativas aos exercícios apresentados nesse relatório: Dólar final Dezembro de 2012 Dezembro de 2011 Valorização do dólar em relação ao real R$ 2,0435 R$ 1,8758 8,94% Dólar médio Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 Exercício findo em 31 de dezembro de 2011 Valorização do dólar em relação ao real R$ 1,9550 R$ 1,6746 16,74% F-20 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2 Sumário das principais práticas contábeis As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas a seguir. Essas práticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, com exceção da adoção do método de equivalência patrimonial utilizado para o reconhecimento dos investimentos controlados em conjunto ao invés da consolidação proporcional (Nota 2.11). 2.1 Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas, quando requerido, para refletir o valor justo dos ativos e passivos. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das suas práticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior grau de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas estão divulgadas na Nota 3. As informações financeiras de 2011, apresentadas para fins de comparabilidade, foram modificadas para refletir: (i) a avaliação final da combinação de negócios da Dow (Nota 5), cujo impacto no patrimônio líquido na rubrica “lucros (prejuízos) acumulados” foi no montante de R$ 28.692; e (ii) os impactos das operações descontinuadas (Nota 6). A autorização para emissão dessas demonstrações financeiras foi concedida pelo Conselho de Administração em 06 de fevereiro de 2013. 2.1.1 Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão apresentadas de acordo com os IFRS emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”). O processo de consolidação previsto nos pronunciamentos IAS 27 corresponde à soma das contas patrimoniais e de resultado, complementado com as seguintes eliminações: a) das participações da Braskem S.A. no patrimônio líquido das controladas; b) dos saldos de contas patrimoniais mantidos entre as empresas; c) das receitas e despesas decorrentes de operações comerciais e financeiras realizadas entre as empresas; e d) das parcelas do resultado do exercício e do ativo correspondentes aos ganhos e as perdas não realizadas com terceiros nas operações entre as empresas. F-21 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Base de consolidação As demonstrações contábeis consolidadas abrangem as demonstrações contábeis da Braskem S.A. e das seguintes empresas: Participação no capital total - % Se de (País) Controladas dire tas e indire tas Braskem America, Inc. (“ Braskem America”) Braskem America Finance Company ("Braskem America Finance") Braskem Argentina S.A. (“ Braskem Argentina”) Braskem Austria Finance GmbH ("Braskem Austria Finance") Braskem Chile Ltda. (“ Braskem Chile”) Braskem Europe GmbH ("Braskem Alemanha") Braskem Finance Limited (“ Braskem Finance”) Braskem Idesa S.A.P.I (“ Braskem Idesa") Braskem Idesa Servicios S.A. de CV ("Braskem Idesa Serviços") Braskem Importação e Exportação Ltda. (“ Braskem Importação”) Braskem Incorporated Limited (“ Braskem Inc”) Braskem International GmbH ("Braskem Austria") Braskem Netherlands B.V (“ Braskem Holanda”) Braskem México, S de RL de CV (“ Braskem México”) Braskem Participações S.A. (“ Braskem Participações”) Braskem Petroquímica Ltda. (“ Braskem Petroquímica”) Braskem Petroquímica Chile Ltda. (“ Petroquímica Chile”) Braskem Petroquímica Ibérica, S.L. ("Braskem Espanha") Braskem Qpar S.A. (“ Braskem Qpar”) Cetrel S.A. ("Cetrel") Commom Industries Ltd. (“ Commom”) Distribuidora de Água Camaçari S.A (“ Braskem Distribuidora”) Ideom T ecnologia Ltda. (“ Ideom”) IQ Soluções & Química S.A.(“ Quantiq”) IQAG Armazéns Gerais Ltda. (“ IQAG”) Lantana T rading Co. Inc. (“ Lantana”) Norfolk T rading S.A. (“ Norfolk”) Politeno Empreendimentos Ltda. (“ Politeno Empreendimentos”) Rio Polímeros S.A. (“ Riopol”) (i) (ii) 0 0 0 (iii) 0 0 0 0 (iv) 0 (v) 0 (v) (vi) (vii) (vii) 0 0 0 0 Entidade de Propósito Espe cífico (“EPE”) Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado Sol (“ FIM Sol”) Controladas e m conjunto Refinaria de Petróleo Riograndense S.A. (“ RPR”) Polietilenos de America S.A.(“ Polimerica”) Polipropileno Del Sur S.A.(“ Propilsur”) (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) (viii) (ix) 0 (viii) (ix) (viii) 2012 2011 EUA EUA Argentina Austria Chile Alemanha Ilhas Cayman México México Brasil Ilhas Cayman Austria Holanda México Brasil Brasil Chile Espanha Brasil Brasil Ilhas Virgens Britânicas Brasil Brasil Brasil Brasil Bahamas Uruguai Brasil Brasil 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 75,00 75,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 65,00 65,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 54,09 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Brasil 100,00 100,00 100,00 33,20 49,00 49,00 33,20 49,00 49,00 Brazil Venezuela Venezuela - Empresa constituída em agosto de 2012 (Nota 1(b.4)(xiv)). A Companhia aumentou sua participação nesse investimento em novembro de 2012 (Nota 1(b.4)(xv)). Empresa constituída em fevereiro de 2012 (Nota 1(b.4)(ix)). Empresa constituída em junho de 2012 (Nota 1(b.4)(xii)). Investimentos alienados em dezembro de 2012 (Nota 1(b.4)(xxi) e (xx)). Empresa incorporada em fevereiro de 2012 (Nota 1(b.4)(x)). Empresas em estágio avançado de venda (Nota 6). Investimentos não consolidados a partir de 2012 (Nota 2). A Companhia decidiu pela retirada de sua participação nesse investimento em novembro de 2012 (Nota 1(b.4)(xxii)). F-22 2010 100,00 100,00 100,00 100,00 65,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 53,72 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Operações das subsidiárias • Braskem America – tem como objeto social produção e comercialização de PP. • Braskem Argentina; Petroquímica Chile; Braskem Holanda – controladas responsáveis pela comercialização de produtos fabricados pela Braskem no mercado internacional. • Braskem Áustria - tem como objeto principal a participação no capital de outras sociedades e realizar operações financeiras e comerciais. • Braskem Alemanha – tem como objeto social produção e comercialização de PP. • Braskem Espanha – tem como objeto principal a participação no capital de outras sociedades. • Braskem Finance; Braskem America Finance e Braskem Áustria Finance – constituídas com o propósito de centralizar as captações de recursos no exterior. • Braskem Idesa – é responsável pela construção de um complexo industrial para produção anual de um milhão de toneladas de eteno e um milhão de toneladas de PE. O projeto foi denominado Etileno XXI e o prazo esperado de partida das unidades é o primeiro semestre de 2015. • Braskem México; Braskem Idesa Serviços – empresas prestadoras de serviços para a Braskem Idesa. • Braskem Importação e Exportação – tem como objeto a importação, exportação e comercialização de nafta petroquímica, petróleo e seus derivados. • Braskem Inc. – atua na comercialização de nafta e outros produtos, além de realizar operações financeiras de captações usuais da Braskem. • Braskem Participações – tem como objeto principal a participação no capital de outras sociedades. • Braskem Petroquímica e Braskem Qpar – produzem petroquímicos básicos, como eteno e propeno. No segmento de resinas termoplásticas, produzem PE e PP. • Politeno Empreendimentos – tem como objeto social a participação em projetos e empreendimentos industriais, a administração de bens, a comercialização de produtos petroquímicos e a participação no capital de outras sociedades. • Riopol – tem como objeto a produção e o comércio de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. F-23 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no resultado de controladas Patrimônio líquido ajustado 2012 2011 Braskem Idesa Cetrel Total 2.2 87.813 87.813 93.578 121.744 215.322 Lucro (prejuízo) do exercício ajustado 2012 2011 2010 (7.162) (7.162) (4.695) 12.998 8.303 (5.824) (5.824) Apresentação de informações por segmentos operacionais Essas informações são elaboradas e apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o Diretor Presidente, que é o principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos (Nota 36). Na apuração dos resultados por segmentos, as transferências de mercadorias e prestação de serviços entre os mesmos são consideradas como vendas entre partes independentes e valoradas com base em preços de mercado. 2.3 Conversão de moeda estrangeira (a) Moeda funcional e moeda de apresentação A moeda funcional e de apresentação da Companhia é o Real, definida de acordo com o IAS 21. (b) Moeda funcional real As transações e os saldos em moedas estrangeiras são convertidos para a moeda funcional utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou do encerramento do exercício, conforme aplicável. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado do exercício, exceto quando qualificados como “hedge accounting”, que são diferidos no patrimônio líquido como operações de hedge de fluxo de caixa. As variações cambiais sobre ativos e passivos financeiros são classificadas como “receitas financeiras” e “despesas financeiras”, respectivamente. F-24 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Moeda funcional diferente do real Algumas controladas e controlada em conjunto possuem moeda funcional diferente da moeda da Braskem S.A., a saber: (i) Propilsur, sediada na Venezuela, tem como moeda funcional o dólar norte-americano, por tratar-se de empresa em fase de construção, onde as compras dos principais equipamentos e serviços para a implantação do projeto são baseados naquela moeda; (ii) Braskem Idesa, Braskem Idesa Serviços e Braskem México, sediadas no México, têm como moeda funcional o peso mexicano, por tratar-se de empresas em fase de construção, onde as compras dos principais equipamentos e serviços são baseadas naquela moeda e por terem uma estrutura de gestão independente das operações da Braskem S.A.; (iii) Braskem América e Braskem América Finance, sediadas nos Estados Unidos, mantém uma estrutura de gestão independente das operações da Braskem S.A., compreendendo mão de obra própria, contratação de serviços de terceiros, aquisição de matéria-prima, produção e comercialização de resinas. A formação dos preços, custos de pessoal e outros custos de produção são determinados, em grande parte, em dólar norteamericano, que é, portanto, a sua moeda funcional; (iv) Braskem Alemanha, sediada na Alemanha, mantém uma estrutura de gestão independente das operações da Braskem S.A., compreendendo mão de obra própria, contratação de serviços de terceiros, aquisição de matéria-prima, produção e comercialização de resinas. A formação dos preços, custos de pessoal e outros custos de produção são determinados, em grande parte, em euro, que é, portanto, a sua moeda funcional; e (v) Braskem Áustria, sediada na Áustria, mantém uma estrutura de gestão independente das operações da Braskem S.A., compreendendo mão de obra própria, contratação de serviços de terceiros, aquisição e comercialização de nafta. Além dessas operações, funcionará como holding tendo sob seu controle algumas controladas no exterior. O euro foi definido como moeda funcional por ser esta a moeda utilizada em suas principais operações e por ser a moeda local daquele país. As demonstrações financeiras destas empresas são convertidas para reais com base nas seguintes regras: • Os ativos e passivos são convertidos com base na taxa de câmbio de fechamento do final de cada exercício; • O patrimônio líquido é convertido pela taxa histórica, ou seja, a taxa de câmbio vigente na data de cada transação; e • As demonstrações do resultado são convertidas com base na taxa de câmbio em vigor nas datas das transações. Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente separado no patrimônio líquido, na conta “outros resultados abrangentes”. Quando uma participação no exterior é parcial ou integralmente baixada por qualquer razão, as respectivas diferenças de câmbio registradas no patrimônio são reconhecidas na demonstração do resultado, como parte do ganho ou da perda com a operação. F-25 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.4 Caixa e equivalentes de caixa Incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários e aplicações financeiras de alta liquidez e com capacidade de resgate em prazo inferior a três meses. Esses ativos são conversíveis em um montante conhecido de caixa e sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor (Nota 7). 2.5 Ativos financeiros 2.5.1 Classificação Os ativos financeiros são classificados, no reconhecimento inicial, nas categorias abaixo relacionadas. Essa classificação depende da finalidade para a qual os mesmos foram adquiridos. (a) Ativos financeiros mantidos para negociação – são classificados nessa categoria com o objetivo de serem negociados ativa e frequentemente. Os ativos dessa categoria são classificados no ativo circulante. Os derivativos também são classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam designados para contabilidade de operação de hedge (“hedge accounting”) (Nota 2.6). (b) Empréstimos e recebíveis - são ativos financeiros não derivativos com recebimentos fixos ou determináveis e não cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses contados da data de emissão do balanço, que são classificados como ativos não circulantes. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os saldos de contratos de mútuo e de conta corrente com empresas ligadas (Nota 11), contas a receber de clientes (Nota 9), demais contas a receber (Nota 15), caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) e aplicações financeiras (Nota 8). (c) Ativos mantidos até o vencimento - são ativos financeiros adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. Os ativos mantidos até o vencimento da Companhia compreendem, substancialmente, cotas de fundos de investimentos em direitos creditórios. 2.5.2 Reconhecimento e mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação, geralmente quando a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos financeiros mantidos para negociação são, permanentemente, contabilizados pelo valor justo. Os ganhos ou as perdas decorrentes das variações no valor justo desses ativos financeiros são apropriados no “resultado financeiro” do período em que ocorrem. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. Tais ativos são avaliados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos em contrapartida do “resultado financeiro”. Os ativos financeiros são baixados quando os correspondentes direitos de receber fluxos de caixa tenham sido recebidos ou transferidos e, neste caso, desde que a Companhia tenha transferido, substancialmente, todos os riscos e benefícios da propriedade dos respectivos ativos. F-26 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os eventuais gastos para a aquisição ou alienação dos ativos financeiros mantidos para negociação são debitados à demonstração do resultado. Para os demais ativos financeiros, esses gastos, quando materiais, são acrescidos ao respectivo valor justo. Os dividendos declarados por empresas avaliadas ao custo são reconhecidos na demonstração do resultado como parte da rubrica “resultado de participações societárias”. 2.5.3 Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido reportado no balanço patrimonial quando há o direito legal para tanto e há a intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.5.4 Impairment de ativos financeiros A Companhia avalia permanentemente se há evidência objetiva de que um ativo financeiro, classificado como empréstimos e recebíveis ou mantido até o vencimento, está deteriorado. Os critérios utilizados para determinar se há evidência objetiva de perda por impairment incluem: (i) dificuldade financeira significativa do emitente ou devedor; (ii) quebra de contrato, tal como o descumprimento ou atraso nos pagamentos de juros ou de capital por parte do emitente o devedor; (iii) alta probabilidade de que o devedor entre em processo de falência, concordata ou reorganização financeira; ou (iv) desaparecimento de um mercado ativo para um ativo financeiro do emitente devido a dificuldades financeiras. As perdas são registradas quando há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos e se o evento de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros que pode ser confiavelmente mensurado. A quantia da perda é determinada pela diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros descontados pela taxa de juros efetiva original do ativo. Essa metodologia não se aplica para o cálculo da provisão para créditos de liquidação duvidosa. A metodologia utilizada pela Companhia para o reconhecimento de provisão para créditos de liquidação duvidosa baseia-se no histórico de perdas e contempla a somatória de (i) 100% do montante dos títulos vencidos há mais de 180 dias; (ii) 50% do montante dos títulos vencidos há mais de 90 dias; (iii) 100% do montante dos títulos em cobrança judicial; (iv) todos os títulos derivados da primeira renegociação e com prazo de recebimento superior a 24 meses; e (v) 100% do montante dos títulos derivados de uma segunda renegociação com os clientes. Os títulos a receber de empresas ligadas não são considerados neste cálculo. F-27 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.6 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Os derivativos são reconhecidos permanentemente pelo valor justo. O reconhecimento do ganho ou perda no resultado depende da designação do derivativo como um instrumento de hedge. (a) Designados como “hedge accounting” O valor justo de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior a 12 meses. A Administração pode designar derivativos contratados como hedge de um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecidos, ou a uma operação prevista altamente provável (hedge de fluxo de caixa). A Companhia documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os respectivos itens protegidos, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização das operações de hedge. Também documenta, de forma permanente, a sua avaliação se os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge. A parcela efetiva das variações no valor justo dos derivativos de hedge é reconhecida em “outros resultados abrangentes”. Esses valores são transferidos para o resultado nos períodos em que o item protegido por hedge afetar o resultado. A parcela não efetiva é imediatamente reconhecida na demonstração do resultado como “resultado financeiro”. Quando um instrumento de hedge vence ou é vendido, ou quando não mais atende aos critérios da contabilidade de hedge, o mesmo é descontinuado prospectivamente e todo ganho ou perda acumulado no patrimônio líquido lá permanece e é reconhecido no resultado do exercício quando o item ou a transação protegida impactar o resultado. Se o item objeto de hedge ou uma transação protegida for liquidado antecipadamente ou descontinuado, o ganho ou perda acumulado no patrimônio líquido é transferido imediatamente para o resultado do exercício. As operações de hedge de fluxo de caixa mantidas pela Companhia estão descritas na Nota 20. (b) Derivativos mensurados ao valor justo por meio de resultado Os derivativos não designados como instrumentos de hedge são classificados como ativo ou passivo circulante. As variações no valor justo desses instrumentos derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração do resultado em “resultado financeiro”, independentemente do objeto contratado. 2.7 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado e são deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa. O prazo de faturamento da Companhia é em grande parte de 30 dias, razão pela qual o valor dos títulos a receber corresponde ao seu valor justo na data da venda (Nota 9). 2.8 Estoques Os estoques são demonstrados pelo custo médio das compras ou de produção ou pelo preço estimado de venda menos os tributos incidentes, dos dois o menor. A Companhia custeia sua produção pelo método de absorção e utiliza o custo médio ponderado para valorizar seus estoques. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação (Nota 10). F-28 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda (a) Ativos mantidos para venda Os ativos não circulantes são classificados como ativos mantidos para venda quando (i) seu valor contábil for recuperável por meio de venda; e (ii) quando essa venda for praticamente certa. Estes ativos são avaliados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor justo menos os custos de venda. Esses ativos são apresentados em linha especifica do balanço patrimonial. Quando se tratar de investimentos em sociedade controlada, seus ativos e passivos, após a eliminação dos saldos mantidos entre as empresas, também são apresentados na mesma rubrica do balanço patrimonial consolidado. Os bens do ativo imobilizado e intangível deixam de ser depreciados e/ou amortizados e as participações acionárias em sociedades coligadas, controladas ou em controladas em conjunto classificadas como mantidas para venda deixam de ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. (b) Operações descontinuadas A Companhia apresenta como descontinuadas as operações relacionadas às unidades geradoras de caixa ou segmento operacional reportável que foram alienados ou estão em processo de alienação e que estão classificadas com mantidos para venda. O resultado das operações descontinuadas é apresentado em montante único na demonstração do resultado do exercício. Adicionalmente, são divulgadas informações detalhadas, conforme abaixo: (i) receitas, custo dos produtos vendidos, despesas gerais e administrativas e o resultado antes do imposto de renda e da contribuição social; (ii) imposto de renda e contribuição social; (iii) os ganhos e perdas reconhecidas na mensuração pelo valor de venda menos as despesas de venda ou na alienação dos ativos mantidos para venda que constitua a operação descontinuada; e (iv) imposto de renda e contribuição social relacionados com o item (iii) acima. O resultado das operações descontinuadas é apresentado após as eliminações das receitas e despesas decorrentes de operações comerciais e financeiras realizadas entre as empresas. F-29 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.10 Participações em sociedades coligadas e demais investimentos Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem o poder de participar das suas decisões financeiras e operacionais sem ter o controle (influência significativa). Os investimentos nessas sociedades são avaliados inicialmente pelo custo de aquisição e posteriormente pelo método de equivalência patrimonial, podendo incluir eventual ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda acumulada por impairment. Os lucros não realizados nas operações entre a Companhia e suas coligadas são eliminados na proporção da participação nesses investimentos. Os ganhos e as perdas oriundos da diluição ou do aumento de participação em coligadas são registrados no resultado do exercício. Os demais investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para ajuste ao valor de mercado, quando aplicável. 2.11 Participações em sociedades controladas em conjunto Controladas em conjunto são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem, mediante acordo, controle compartilhado com um ou mais sócios. Tais investimentos são inicialmente avaliados ao custo de aquisição e posteriormente pelo método de equivalência patrimonial. Os lucros não realizados nas operações entre a Companhia e suas controladas em conjunto são eliminados na proporção da sua participação nesses investimentos. 2.12 Ativo imobilizado O imobilizado é demonstrado pelo custo líquido da depreciação acumulada e provisão para perda no valor recuperável, quando aplicável. O custo abrange: (a) o preço de aquisição, os encargos financeiros incorridos em financiamentos durante a fase de construção (Nota 17) e todos os demais custos (fretes, impostos não recuperáveis, etc.) diretamente relacionados à colocação do ativo em condições de uso; e (b) o valor justo, para os ativos adquiridos através de combinações de negócios. Os bens destinados à manutenção das atividades da Companhia, decorrentes de operações de arrendamento mercantil do tipo financeiro, são registrados inicialmente pelo valor justo, ou, se inferior, pelo valor presente dos pagamentos mínimos do contrato e são depreciados linearmente pelo prazo do contrato. Os encargos financeiros são capitalizados sobre o saldo dos projetos em andamento utilizando (i) a taxa média de captação de todos os financiamentos; e (ii) a parte da variação cambial que corresponder à eventual diferença positiva entre a taxa média dos financiamentos no mercado interno e a taxa referida no item (i), acima. As máquinas, equipamentos e instalações da Companhia requerem inspeções, substituições de componentes e outras manutenções em intervalos regulares. A Companhia realiza paradas programadas em intervalos regulares de dois a seis anos para realizar essas atividades. Estas paradas podem envolver a planta como um todo, parte dela, ou mesmo equipamentos relevantes, tais como caldeiras industriais, turbinas e tanques. F-30 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Paradas que ocorrem a cada seis anos, por exemplo, são geralmente realizadas para a manutenção de plantas industriais como um todo. Os gastos com materiais e serviços de terceiros diretamente atribuíveis a essas paradas são capitalizados quando (i) for provável que tais gastos irão gerar benefícios econômicos futuros que fluirão para a Companhia; e (ii) esses gastos possam ser mensurados de forma confiável. Os gastos de cada parada programada são agregados aos itens do ativo imobilizado objetos da parada e são totalmente depreciados até o inicio da seguinte correspondente parada. Os gastos com mão de obra própria, o consumo dos pequenos materiais de manutenção e os correspondentes serviços de terceiros são registrados, quando incorridos, como custo de produção. Os bens do ativo imobilizado são depreciados pelo método linear. As taxas médias de depreciação e exaustão utilizadas, determinadas com base na vida útil dos bens, estão apresentadas na Nota 3.4. Terrenos possuem vida útil indefinida, razão pela qual não são depreciados. Projetos em andamento não são depreciados. A depreciação se inicia quando os bens estão disponíveis para uso. A vida útil é revisada anualmente pela Companhia. A Companhia não atribui valor residual aos bens devido à sua imaterialidade. 2.13 Ativo intangível Os grupos de contas que compõe o ativo intangível são os seguintes: (a) Ágios por rentabilidade futura Os ágios existentes foram apurados de acordo com os critérios definidos pelas práticas contábeis adotadas no Brasil antes da adoção dos pronunciamentos do IFRS e representam a diferença positiva entre os valores pagos e os patrimônios líquidos das entidades adquiridas. Quando da adoção dos pronunciamentos do IFRS, a Companhia aplicou a isenção relacionada às combinações de negócios anteriores a 1 de janeiro de 2009 e não remensurou esses valores. Esses ágios não são amortizados desde aquela data e são testados anualmente para verificar eventuais perdas no seu valor recuperável. O ágio é contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment, quando aplicável. As perdas por impairment não são revertidas. (b) Marcas e patentes As tecnologias adquiridas de terceiros, incluindo as adquiridas em uma combinação de negócios, são registradas pelo custo de aquisição e/ou pelo valor justo e demais custos diretamente atribuíveis, menos a amortização acumulada e a provisão para perda no valor recuperável, quando aplicável. As tecnologias com vida útil definida são amortizadas pelo método linear com base no prazo do contrato de aquisição (entre 15 a 20 anos). Os gastos com pesquisa e desenvolvimento são contabilizados no resultado, quando incorridos. F-31 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Relações contratuais com clientes e fornecedores Os contratos com clientes e fornecedores contabilizados advêm de combinações de negócios e foram reconhecidos pelo valor justo nas datas das respectivas aquisições. Esses contratos têm vida útil definida e são amortizados pelo método linear com base no prazo do respectivo contrato comercial de venda ou de compra (entre 11 a 19 anos). (d) Softwares Os softwares são registrados pelo custo líquido da amortização acumulada e a provisão para perda no valor recuperável, quando aplicável. O custo abrange o preço de aquisição e/ou os gastos com desenvolvimento interno e todos os demais custos diretamente relacionados para colocar o software em condições de uso. Todos softwares contabilizados têm vida útil definida estimada entre 3 a 10 anos e são amortizados pelo método linear com base nessa vida útil. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos no resultado, quando incorridos. 2.14 Redução ao valor recuperável (impairment) de ativos não financeiros Os ativos que têm vida útil indefinida, como o ágio por rentabilidade futura, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para a verificação da necessidade de impairment. Esses ágios são alocados às Unidades Geradoras de Caixa (“UGC´s”) ou segmentos operacionais para fins de teste de impairment. Os ativos com vida útil definida são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual é representado pelo maior valor entre (i) o valor justo do ativo menos seus custos de venda; e (ii) o seu valor em uso. Considerando-se as particularidades dos ativos da Companhia, o valor utilizado para avaliação do teste de redução ao valor recuperável é o valor em uso, exceto quando especificamente indicado. O valor em uso é estimado com base no valor presente de fluxos de caixa futuros (Nota 3.6). Para fins de teste de impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis, que podem ser UGC’s ou segmentos operacionais. Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sofrido impairment, são revisados para análise de uma possível reversão, pelo menos na data de elaboração das demonstrações financeiras. 2.15 Contas a pagar a fornecedores As contas a pagar a fornecedores são obrigações decorrentes da aquisição de bens ou serviços no curso normal dos negócios e são registradas pelo valor faturado. Quando aplicável, são registradas a valor presente, transação a transação, com base em taxas de juros que refletem o prazo, a moeda e o risco de cada transação. A Companhia calcula o ajuste a valor presente (“AVP”) para as operações que tenham impacto relevante nas demonstrações financeiras. 2.16 Financiamentos Os financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos de transação incorridos na estruturação da operação, quando aplicável. Subsequentemente são apresentados acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido. F-32 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.17 Provisões Provisões são reconhecidas no balanço quando (i) a Companhia possui obrigação legal, contratual ou constituída como resultado de um evento passado; (ii) é provável que uma saída de recurso financeiro seja requerida para saldar a obrigação; e (iii) o valor puder ser estimado em base confiável. As provisões para contingências tributárias, trabalhistas e outras são constituídas com base na expectativa da Administração de perda provável nos respectivos processos, apoiada na opinião dos assessores jurídicos externos da Companhia (Nota 23). As contingências avaliadas como de perda possível assumidas por combinação de negócios são reconhecidas pelo seu valor justo na data de aquisição. Posteriormente, e até que o passivo seja liquidado, esses passivos contingentes são mensurados pelo maior entre o montante registrado na combinação de negócios e o montante que seria reconhecido nos termos do IAS 37. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa liquida de impostos, que reflita as avaliações atuais do mercado. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido no “resultado financeiro”. 2.18 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos O imposto de renda (“IR”) e a contribuição social sobre o lucro líquido (“CSL”) registrados no exercício são apurados em bases corrente e diferida. Esses tributos são calculados com base nas leis tributárias vigentes na data do balanço dos países em que a Companhia atua e são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando se referem a itens registrados no patrimônio líquido. O IR e CSL diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Por outro lado, o IR e CSL não são contabilizados se resultarem do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios e que, na época da transação, não afete o patrimônio líquido ou o resultado contábil, nem o lucro tributável. O IR e CSL diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro tributável dos próximos anos esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas, com base em projeções de resultados elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que possibilitam a sua utilização. Periodicamente, os valores contabilizados e as projeções são revisados. O IR e CSL correntes ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los na apuração dos tributos correntes. Dessa forma, o IR e CSL correntes ativos e passivos, em diferentes empresas ou países, são apresentados em separado e não pelo líquido. A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia na apuração de tributos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. F-33 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.19 Benefícios pós-emprego A Companhia é patrocinadora de plano de contribuição definida e de planos de benefício definido. (i) Plano de contribuição definida Para o plano de contribuição definida, a Companhia paga contribuições a plano de pensão de administração privada em bases contratuais ou voluntárias. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, a Companhia não tem obrigações relativas a pagamentos adicionais. (ii) Planos de benefício definido Os planos de benefício definido são financiados por pagamento de contribuições a fundos de previdência e é necessária a utilização de premissas atuariais para mensurar a obrigação e as despesas do plano, bem como a existência de ganhos e perdas atuariais. O passivo reconhecido com relação a esses planos é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano, ajustado por ganhos ou perdas atuariais e custos de serviços passados. A Companhia adota o “método corredor” para reconhecer os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atuariais. Os ganhos e perdas atuariais que excedem 10% do valor dos ativos do plano ou 10% dos passivos do plano, o que for maior, são debitados ou creditados ao resultado ao longo do período médio esperado de serviço remanescente dos participantes do fundo. Os custos dos serviços passados são reconhecidos no resultado pelo método linear em período equivalente àquele em que o direito aos benefícios foi adquirido. 2.20 Ativos e passivos contingentes e depósitos judiciais O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e depósitos judiciais são efetuados de acordo com o IAS 37 da seguinte forma: (i) ativos contingentes – não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração, apoiada na opinião dos assessores jurídicos externos, julgar que o ganho é praticamente certo ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos. (ii) passivos contingentes – não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração, apoiada na opinião dos assessores jurídicos externos, julgar que a probabilidade de perda é provável. Dentre as contingências não reconhecidas, a Companhia divulga os principais processos avaliados como de perda possível (Nota 28). (iii) depósitos judiciais – são mantidos no ativo não circulante sem a dedução das correspondentes provisões para contingências ou obrigações legais, a menos que tal depósito seja legalmente compensável contra o passivo e a Companhia pretenda compensar tais valores. F-34 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.21 Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida com base na legislação societária brasileira e no estatuto social da Companhia. No encerramento do balanço, o valor do dividendo mínimo obrigatório (Nota 29(b)) é registrado como passivo circulante na conta “dividendos e juros sobre capital próprio” por ser considerado como uma obrigação legal prevista no estatuto social da Companhia. A parcela dos dividendos que exceder ao mínimo obrigatório é apresentada na rubrica “dividendo adicional proposto”, no grupo “reservas de lucros” no patrimônio líquido. Uma vez aprovada pela assembléia geral, essa parcela é transferida para o passivo circulante. 2.22 Arrendamentos mercantis Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade dos bens é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para esses arrendamentos são debitados à demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. Os contratos em que a Companhia detém, substancialmente, os riscos e benefícios da propriedade dos bens são classificados como arrendamento financeiro e reconhecidos no passivo como “demais contas a pagar” em contrapartida do ativo imobilizado. 2.23 Reconhecimento da receita de vendas As receitas com vendas representam o valor justo do montante recebido ou a receber pela venda de produtos e serviços durante o curso normal das atividades da Companhia. As receitas são apresentadas líquidas de tributos, devoluções e bonificações de clientes. As receitas provenientes de vendas de produtos são reconhecidas quando (i) o montante das vendas puder ser mensurado de forma confiável e a Companhia não mantiver controle sobre os produtos vendidos; (ii) for provável que os benefícios econômicos serão recebidos pela Companhia; e (iii) todos os títulos legais, riscos e benefícios da propriedade dos produtos forem integralmente transferidos para o cliente. A Companhia não realiza vendas com envolvimento gerencial continuado. As vendas da Braskem são, em sua maioria, para clientes industriais e, em menor volume, para revendedores. O momento em que o direito legal, assim como os riscos e benefícios, são substancialmente transferidos para o cliente é determinado da seguinte forma: (i) para contratos em que a Companhia é responsável pelo frete e seguro, o direito legal, bem como os riscos e benefícios, são transferidos ao cliente no momento em que a mercadoria é entregue no destino combinado contratualmente; (ii) para contratos em que o frete e o seguro são de responsabilidade do cliente, os riscos e benefícios são transferidos no momento em que os produtos são entregues à transportadora do cliente; e (iii) para os contratos cuja entrega do produto envolve o uso de tubovias, especialmente os petroquímicos básicos, os riscos e benefícios são transferidos imediatamente após os medidores oficiais da Companhia, que é o ponto de entrega dos produtos e transferência de sua propriedade. F-35 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os fretes de vendas, de remessas para armazenagem e de transferências de produtos são incluídos no custo dos produtos vendidos. 2.24 Normas, alterações e interpretações de normas que estarão em vigor em 2013 Normas, alterações e interpretações de normas existentes que estarão em vigor em 2013 e não foram adotadas antecipadamente pela Companhia: (a) IAS 19 - "Benefícios a Empregados" alterada em junho de 2011, cujos principais impactos das alterações são os seguintes: (i) eliminação da possibilidade de utilização do “método do corredor” (permissão para que os ganhos e perdas atuariais até um limite de 10% do valor presente da obrigação de benefício definido ou 10% do valor justo dos ativos do plano, dos dois o maior, pudessem ser apropriados ao resultado pelo tempo médio remanescente de vida laborativa dos empregados participantes do plano); (ii) reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais em “outros resultados abrangentes” conforme ocorram. Esses valores não serão levados para o resultado do exercício, permanecendo em conta do patrimônio líquido em outros resultados abrangentes; (iii) reconhecimento imediato dos custos dos serviços passados no resultado; e (iv) substituição do custo de participação e retorno esperado sobre os ativos do plano por um montante de participação líquida, calculado através da aplicação da taxa de desconto ao ativo (passivo) do benefício definido líquido. Essa norma não trará impactos relevantes para a Braskem porque, em 2012, foram aprovadas as retiradas de patrocínio da Companhia para os dois maiores planos de beneficio definido. Para os demais planos, o saldo não reconhecido de perda atuarial, em 31 de dezembro de 2012, é de R$ 19.218. Esta norma aplica-se aos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2013. (b) IFRS 10 - "Demonstrações consolidadas". A nova norma apóia-se em princípios já existentes, identificando o conceito de controle como fator preponderante para determinar se uma entidade deve ou não ser incluída nas demonstrações financeiras consolidadas da Controladora. A norma fornece orientações adicionais para a determinação do controle. A Companhia efetuou a análise dessa norma e concluiu que ela não trará impactos às suas demonstrações financeiras consolidadas. Esta norma aplica-se aos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2013. F-36 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) IFRS 11 - "Acordos em conjunto", emitida em maio de 2011. A norma provê reflexões mais realísticas dos acordos em conjunto ao focar nos direitos e obrigações do acordo ao invés de sua forma legal. Há dois tipos de acordos em conjunto: (i) operações em conjunto - que ocorre quando um operador possui direitos sobre os ativos e obrigações contratuais e como consequência contabilizará sua parcela nos ativos, passivos, receitas e despesas; e (ii) controle compartilhado - que ocorre quando um operador possui direitos sobre os ativos líquidos do contrato e contabilizará o investimento pelo método de equivalência patrimonial. O método de consolidação proporcional não será mais permitido com controle em conjunto. A adoção dessa norma não trará impactos, uma vez que a Companhia já adota o método da equivalência patrimonial para os investimentos em empresas controladas em conjunto. Esta norma aplica-se aos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2013. (d) IFRS 12 - "Divulgação de participação em outras entidades". A norma trata das exigências de divulgação para todas as formas de participação em outras entidades, incluindo acordos conjuntos, associações, participações com fins específicos e outras participações não registradas contabilmente. A Companhia efetuou análise da norma e o seu impacto será no aumento da respectiva nota explicativa. Esta norma aplica-se aos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2013. (e) IFRS 13 - "Mensuração de valor justo", emitida em maio de 2011. O objetivo da norma é aprimorar a consistência e reduzir a complexidade da mensuração ao valor justo, fornecendo uma definição mais precisa e uma única fonte de mensuração do valor justo e suas exigências de divulgação para uso em IFRS. As exigências não ampliam o uso da contabilização ao valor justo, mas fornecem orientações sobre como aplicá-lo quando seu uso já é requerido ou permitido por outras normas IFRS. A Companhia efetuou a análise dessa norma e concluiu que ela não trará impactos às suas demonstrações financeiras consolidadas. Esta norma aplica-se aos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2013. 2.25 Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Companhia e suas controladas: IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros", aborda a classificação, mensuração e reconhecimento de ativos e passivos financeiros. O IFRS 9 foi emitido em novembro de 2009 e outubro de 2010 e substitui os trechos do IAS 39 relacionados à classificação e mensuração de instrumentos financeiros. O IFRS 9 requer a classificação dos ativos financeiros em duas categorias: mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos instrumentos financeiros. Com relação ao passivo financeiro, a norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A principal mudança é a de que nos casos em que a opção de valor justo é adotada para passivos financeiros, a porção de mudança no valor justo devido ao risco F-37 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma de crédito da própria entidade é registrada em outro resultado abrangente e não na demonstração dos resultados, exceto quando resultar em descasamento contábil. A norma será aplicável a partir de 1 de janeiro de 2015. IAS 32 - "Instrumentos Financeiros: Apresentação", traz esclarecimentos adicionais à orientação de aplicação contida no IAS 32 sobre as exigências para compensar ativos financeiros e passivos financeiros no balanço patrimonial. A norma será aplicável a partir de 1 de janeiro de 2014. IAS 1 - "Apresentação das Demonstrações Financeiras" - a principal modificação foi a exigência de que as entidades agrupem os itens apresentados em outros resultados abrangentes com base na possibilidade de serem ou não potencialmente reclassificáveis para o resultado subsequentemente (ajustes de reclassificação). Essas alterações, contudo, não estabelecem quais itens devem ser apresentados em outros resultados abrangentes. A norma será aplicável a partir de 1 de julho de 2013. 3 Aplicação de julgamentos e práticas contábeis críticas Estimativas e julgamentos críticos Estimativas e julgamentos críticos são aqueles que requerem os julgamentos mais difíceis, subjetivos ou complexos por parte da Administração, frequentemente como resultado da necessidade de fazer estimativas que têm impacto sobre questões que são inerentemente incertas. As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Os resultados reais podem ser distintos dos planejados em função de diferenças nas variáveis, premissas ou condições usadas nas estimativas. De modo a proporcionar um entendimento de como a Companhia forma seus julgamentos sobre eventos futuros, as variáveis e premissas utilizadas nas estimativas estão incluídas a seguir: 3.1 Imposto de renda e contribuição social diferidos A Companhia mantém o registro permanente de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre as seguintes bases: (i) prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social; (ii) receitas e despesas contábeis temporariamente não tributáveis e indedutíveis, respectivamente; (iii) receitas e despesas fiscais que serão refletidas contabilmente em períodos posteriores; e (iv) valores de ativos e dos passivos decorrentes de combinações de negócios que serão tratados como despesa ou receita no futuro e que não impactarão o cálculo do imposto de renda e da contribuição social. O reconhecimento e o valor dos tributos diferidos ativos dependem da geração futura de lucros tributáveis, o que requer o uso de estimativas relacionadas ao desempenho futuro da Companhia. Essa informação está contida no Plano de Negócios, que é aprovado anualmente pelo Conselho de Administração no final do 2º semestre. Esse Plano é elaborado pela Diretoria e suas principais variáveis como o preço dos produtos fabricados pela Companhia, o preço da nafta, a variação cambial, a taxa de juros, a taxa de inflação e a flutuação na oferta e demanda de insumos e produtos acabados são obtidas de consultores externos especializados. Anualmente, a Companhia revisa a projeção de lucros tributáveis. Se essa projeção indicar que os resultados tributáveis não serão suficientes para absorver o tributo diferido, é feita a baixa correspondente à parcela do ativo que não será recuperada. F-38 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.2 Planos de pensão de benefício definido A Companhia reconhece sua obrigação com planos de benefício definido e os custos relacionados, adotando as seguintes práticas: (i) o custo do plano é determinado atuarialmente usando o método da unidade de crédito projetada e as melhores estimativas da administradora do plano e da Companhia, relacionadas à performance esperada dos investimentos do plano, crescimento salarial, idade de aposentadoria dos empregados e taxa de descontos; e (ii) os ativos do plano são avaliados a valor justo. A taxa de desconto usada para determinar o valor presente da obrigação de benefícios futuros é a combinação da estimativa da taxa de juros de mercado e a inflação anual. Adicionalmente, os consultores atuariais, apoiados pela administradora do plano, também usam fatores subjetivos como taxas de desligamento, rotatividade e mortalidade para estimar estes fatores. As premissas atuariais usadas nos planos da Companhia podem ser materialmente diferentes dos resultados reais devido à mudanças nas condições econômicas e de mercado, eventos regulatórios, decisões judiciais, taxas de desligamento maiores ou menores ou períodos de vida mais curtos ou longos dos participantes (Nota 25). 3.3 Valor justo de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos A Companhia valoriza os instrumentos financeiros derivativos pelo seu valor justo, tendo como principais fontes de dados as bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros, divulgações do Banco Central do Brasil e serviços de cotações, a exemplo da Bloomberg e Reuters. Deve-se ressaltar que a intensa volatilidade dos mercados de câmbio e de juros no Brasil causou, em certos períodos, mudanças significativas nas taxas futuras e nas taxas de juros em períodos muito curtos de tempo, gerando variações significativas no valor justo dos swaps e outros instrumentos financeiros. Os valores justos reconhecidos nas demonstrações financeiras podem não representar necessariamente o montante de caixa que a Companhia receberia ou pagaria no momento da liquidação das operações. Os valores justos dos instrumentos financeiros não derivativos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Se o mercado de um ativo financeiro e de títulos não listados em bolsa de valores não estiver ativo, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados ou modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela Administração da Companhia. 3.4 Vida útil de ativos A Companhia reconhece a depreciação e a exaustão de seus ativos de longa duração com base na estimativa da vida útil dos bens definida por peritos independentes e referendada pelos técnicos da Companhia considerando a experiência desses profissionais na gestão das plantas da Braskem. As vidas úteis estabelecidas inicialmente pelos peritos independentes são revisitadas ao final de cada exercício pelos técnicos da Companhia para verificar a necessidade de alteração das mesmas. Em dezembro de 2012, essa análise concluiu pela manutenção, em 2013, das vidas úteis aplicadas em 2011 e 2012. Os principais fatores que são levados em conta na definição da vida útil dos bens que compõem as plantas industriais da Companhia são as informações dos fabricantes das máquinas e equipamentos, o volume de operação F-39 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma das plantas, a qualidade da manutenção preventiva e corretiva e as perspectivas de desatualização tecnológica dos bens. A Administração da Companhia também decidiu que (i) a depreciação deve cobrir o valor total dos bens tendo em vista que os equipamentos e instalações, quando retirados de operação, são vendidos por valores absolutamente imateriais; e (ii) os terrenos não são depreciados porque apresentam vida útil indefinida. As vidas úteis aplicadas aos bens determinaram as seguintes taxas médias de depreciação e exaustão: Percentual (%) 2012 2011 3,59 3,46 7,25 6,91 9,01 9,01 10,75 10,86 20,50 20,80 9,90 10,18 9,99 9,96 18,71 20,00 19,54 22,59 Edifícios e benfeitorias Máquinas, equipamentos e instalações Minas e poços Móveis e utensílios Equipamentos de informática Equipamentos de laboratórios Equipamentos de segurança Veículos Outros 3.5 Combinações de negócios De acordo com o IFRS 3, a Companhia deve alocar o valor dos ativos adquiridos, das contingências e passivos assumidos, com base nos seus valores justos estimados na data de aquisição. A Administração da Companhia exerce julgamentos significativos na mensuração de ativos tangíveis, na identificação e mensuração de ativos intangíveis, na identificação e mensuração de riscos e contingências, na mensuração de outros ativos adquiridos e passivos assumidos e na determinação de suas vidas úteis remanescentes. O uso das premissas utilizadas para as mensurações e avaliações de risco pode resultar em valores estimados diferentes dos ativos adquiridos e passivos assumidos. A Companhia contrata empresas especializadas para apoiá-la nessas atividades. Se os resultados futuros não forem consistentes com as estimativas e premissas usadas, a Companhia pode estar exposta a perdas que podem ser materiais. 3.6 Teste de recuperabilidade dos ativos tangíveis e intangíveis (a) Ativos tangíveis e intangíveis com vida útil definida Na data de cada demonstração financeira, a Companhia realiza uma análise para determinar se existe evidência de que o montante dos ativos tangíveis de longa duração e dos intangíveis com vida útil definida não será recuperável. Essa análise leva em conta, dentre outras, as seguintes variáveis relevantes para elaboração do Plano de Negócios, mencionado na (Nota 3.1): (i) evolução do Produto Interno Bruto Industrial; (ii) preço da nafta; (iii) evolução do Produto Interno Bruto do Brasil; (iv) inflação; e (v) taxas de câmbio. A Companhia utiliza cenários projetados por consultores especializados para estimar essas variáveis. F-40 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Quando é detectada alguma indicação de que o valor desses ativos não será recuperado, a Companhia faz o confronto dos valores contábeis desses ativos com os respectivos valores em uso. Para esse teste, a Companhia utiliza o fluxo de caixa que é elaborado a partir do Plano de Negócios. Os ativos são alocados às UGC’s da seguinte forma: Segmento operacional de Petroquímicos Básicos: • • • UGC UNIB Bahia: representada pelos ativos das plantas de petroquímicos básicos localizadas no estado da Bahia; UGC UNIB Sul: representada pelos ativos das plantas de petroquímicos básicos localizadas no estado do Rio Grande do Sul; UGC UNIB Sudeste: representada pelos ativos das plantas de petroquímicos básicos localizadas nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo; Segmento operacional de Poliolefinas: • • • UGC Polietileno: representada pelos ativos das plantas de PE localizadas no Brasil; UGC Polipropileno: representada pelos ativos das plantas de PP localizadas no Brasil; UGC Renováveis: representada pela planta de PE Verde localizada no Brasil; Segmento operacional de Vinílicos: • UGC Vinílicos: representada pelos ativos das plantas de PVC e cloro soda localizadas no Brasil; Segmento operacional de Negócios internacionais: • • UGC Polipropileno USA: representada pelos ativos das plantas de PP localizadas nos Estados Unidos; UGC Polipropileno Alemanha: representada pelos ativos das plantas de PP localizadas na Alemanha; Segmento operacional de Distribuição química: • (b) Esse segmento era representado pelos ativos das controladas Quantiq e IQAG e foi descontinuado a partir da decisão de venda dessas empresas (Nota 6). Ágios fundamentos em rentabilidade futura e ativos intangíveis com vida útil indefinida Existindo ou não algum indicativo de que o valor de um ativo possa não ser recuperado, os saldos dos ágios de rentabilidade futura oriundos de combinações de negócios e ativos intangíveis com vida útil indefinida são testados para fins de mensuração da recuperabilidade, pelo menos na data das demonstrações financeiras. Para fins de teste de recuperabilidade a Companhia alocou os ágios existentes na UGC UNIB Sul e nos segmentos operacionais de Poliolefinas e Vinílicos. Em relação ao ágio alocado ao segmento de Poliolefinas, a Administração da Companhia assim procedeu em função da forma como esse ágio é gerido internamente. O ágio existente foi gerado em uma combinação de negócio que resultou na aquisição simultânea de plantas de PP e PE. As principais matérias primas dessas plantas eram fornecidas pela Braskem S.A., o que propiciou a captura de relevantes sinergias na operação. Essas sinergias foram um dos principais impulsionadores daquela aquisição. Por esse fato, a Administração da Companhia avalia a recuperabilidade destes ágios e ativos no âmbito do segmento operacional, uma vez que os benefícios da sinergia são associados a todas as unidades adquiridas. F-41 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.7 Provisões e passivos contingentes Os passivos contingentes e as provisões existentes na Companhia estão ligados, principalmente, a discussões nas esferas judiciais e administrativas decorrentes, em sua maioria, de processos trabalhistas, previdenciários, cíveis e tributários. A Administração da Braskem, apoiada na opinião dos seus assessores jurídicos externos, classifica esses processos em termos da probabilidade de perda da seguinte forma: Perda provável – são processos onde existe maior probabilidade de perda do que de êxito ou, de outra forma, a probabilidade de perda é superior a 50%. Para esses processos, a Companhia mantém provisão contábil que é apurada da seguinte forma: (i) processos trabalhistas – o valor provisionado corresponde ao valor de desembolso estimado pelos assessores jurídicos da Companhia; (ii) processos tributários – o valor provisionado corresponde ao valor da causa acrescido de encargos correspondentes à variação da taxa Selic; e (iii) demais processos – o valor provisionado corresponde ao valor da causa. Perda possível – são processos onde a possibilidade de perda é maior que remota. A perda pode ocorrer, todavia os elementos disponíveis não são suficientes ou claros de tal forma que permitam concluir que a tendência será de perda ou ganho. Em termos percentuais, a probabilidade de perda se situa entre 25% e 50%. Para esses processos, ressalvados os casos de combinação de negócios, a Companhia não faz provisão e destaca em nota explicativa os de maior relevância (Nota 28). Nas operações de combinação de negócios, atendendo ao disposto no IFRS 3, a Companhia registra o valor justo dos processos com essa avaliação de perda. O valor provisionado corresponde ao valor da causa, acrescido de encargos correspondentes à variação da taxa Selic, multiplicado pelo percentual de probabilidade de perda (Nota 23). Perda remota – são processos onde o risco de perda é pequeno. Em termos percentuais, essa probabilidade é inferior a 25%. Para esses processos, a Companhia não faz provisão e nem divulgação em nota explicativa, independentemente do valor envolvido. A Administração da Companhia acredita que as estimativas relacionadas à conclusão dos processos e a possibilidade de desembolso futuro podem mudar em face do seguinte: (i) instâncias superiores do sistema judicial podem tomar decisão em caso similar envolvendo outra companhia, adotando interpretação definitiva a respeito do caso e, consequentemente, antecipando a finalização de processo envolvendo a Companhia, sem qualquer desembolso ou implicando na necessidade de liquidação financeira do processo; e (ii) programas de incentivo ao pagamento dos débitos, tais como o REFIS implementado no Brasil a nível Federal, em condições favoráveis, que podem levar a um desembolso inferior ao que se encontra provisionado ou inferior ao valor da causa. F-42 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 4 Gerenciamento de riscos A Braskem está exposta a riscos de (i) mercado decorrentes de variações de preços de commodities, de taxas de câmbio e de taxas de juros; (ii) crédito das suas contrapartes em equivalentes de caixa, aplicações financeiras e contas a receber; e (iii) liquidez para cumprir suas obrigações de passivos financeiros. A Braskem adota procedimentos de gestão de riscos de mercado e de crédito em conformidade com a política financeira aprovada pelo Conselho de Administração em 9 de agosto de 2010. O objetivo da gestão de riscos é proteger o fluxo de caixa da Braskem e reduzir as ameaças ao financiamento do seu capital de giro operacional e dos seus programas de investimento. 4.1 Risco de mercado A Braskem elabora uma análise de sensibilidade para cada tipo de risco de mercado a que está exposta, que está apresentada na Nota 20.4. (a) Exposição a riscos de commodities A Braskem está exposta à variação de preços de diversas commodities e, em geral, procura repassar estas oscilações que são provocadas pela flutuação das cotações do mercado. Adicionalmente, a Companhia contratou operações de derivativos para se proteger da exposição a riscos decorrentes de transações pontuais com as commodities nafta e etanol (Nota 20.2.1). Também, parte não relevante das vendas pode ser realizada através de contratos de preços fixos ou com banda de flutuação máxima e/ou mínima. Tais contratos podem ser acordos comerciais ou contratos de derivativos associados a vendas futuras. (b) Exposição a riscos cambiais A Braskem tem operações comerciais denominadas ou indexadas a moedas estrangeiras. Os insumos e produtos da Braskem têm preços denominados ou fortemente influenciados pelas cotações internacionais de commodities, as quais são usualmente denominadas em dólar norte-americano. Adicionalmente, a Braskem tem utilizado captações de longo prazo em moedas estrangeiras, as quais causam exposição à variação das taxas de câmbio entre o real e a moeda estrangeira, em especial o dólar. A Braskem administra sua exposição às taxas de câmbio através da composição entre dívidas, aplicações financeiras, contas a receber e compras de matéria-prima em moeda estrangeira e operações com derivativos. A política financeira da Braskem para gestão de riscos cambiais prevê os limites máximos e mínimos de cobertura que devem ser obedecidos, os quais são observados continuamente pela sua Administração. Em 31 de dezembro de 2012, a Braskem elaborou uma análise de sensibilidade para a exposição ao risco do dólar norte-americano, conforme indicado na Nota 20.4(c). (c) Exposição a riscos de taxas de juros A Braskem está exposta ao risco de que uma variação de taxas de juros flutuantes cause um aumento na sua despesa financeira com pagamentos de juros futuros. A dívida em moeda estrangeira em taxas flutuantes está sujeita, principalmente, à flutuação da Libor. A dívida em moeda nacional está sujeita, principalmente, à variação da taxa de juros de longo prazo (“TJLP”), das taxas pré-fixadas em reais e da variação do certificado de depósito interbancário (“CDI diário”). F-43 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma No exercício, a Braskem manteve contratos de swaps designados como hedge accounting (Nota 20.2.1) com (i) posição ativa em taxa pré-contratual e passiva a CDI; e (ii) posição ativa em Libor e passiva a taxa fixa. Em 31 de dezembro de 2012, a Braskem elaborou uma análise de sensibilidade para a exposição ao risco das taxas de juros flutuante Libor, CDI e TJLP, conforme indicado nas Notas 20.4(d), (e) e (f). 4.2 Exposição a riscos de crédito As operações que sujeitam a Braskem à concentração de risco de crédito residem, principalmente, nas contas correntes bancárias, aplicações financeiras e contas a receber de clientes, para as quais a Braskem fica exposta ao risco da instituição financeira ou do cliente envolvido. Visando gerenciar este risco, a Braskem mantém contas correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras de grande porte, ponderando as concentrações de acordo com o rating e os preços observados diariamente no mercado de Credit Default Swaps referenciados às instituições, bem como celebrando contratos de compensação (netting) que minimizam o risco de crédito total decorrente das diversas operações financeiras celebradas entre as partes. Em 31 de dezembro de 2012, a Braskem detinha contratos de compensação com Banco Citibank S.A., HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo, Banco Itaú BBA S.A., Banco Safra S.A., Banco Santander S.A. (Brasil), Banco Votorantim S.A., Banco West LB do Brasil S.A., Banco Caixa Geral – Brasil S.A., Banco Bradesco S.A. Aproximadamente 55% dos valores mantidos em caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) e aplicações financeiras (Nota 8) estão contemplados por esses acordos. As obrigações abrangidas por esses acordos estão incluídas na rubrica “financiamentos” (Nota 19). A compensação efetiva desses valores somente é possível em caso de default de uma das partes. Com relação ao risco de crédito de clientes, a Braskem tem como mecanismos de proteção a análise rigorosa para a concessão do crédito e a obtenção de garantias reais e não reais quando julgadas necessárias. A exposição máxima ao risco de crédito dos instrumentos financeiros não derivativos na data de apresentação do relatório é o somatório dos respectivos valores contábeis, deduzido de quaisquer provisões para perda do valor recuperável. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo de contas a receber de clientes encontra-se líquido de provisão para crédito de liquidação duvidosa no montante de R$ 256.884 (2011 – R$ 253.607) (Nota 9). 4.3 Risco de liquidez A Braskem possui uma metodologia de cálculo para determinação de um caixa operacional e de um caixa mínimo, que têm o objetivo de, respectivamente: (i) garantir liquidez para o cumprimento das obrigações de curto prazo, definidas com base na previsão dos desembolsos operacionais do próximo mês; e (ii) garantir que a Companhia mantenha a liquidez em eventuais momentos de crise. Esses montantes são calculados com base na previsão da geração de caixa operacional, subtraída dos vencimentos de dívidas de curto prazo, necessidades de capital de giro, entre outros. A Braskem possuía, em alguns contratos de financiamentos, compromissos formais que vinculavam a dívida líquida e o pagamento de juros ao seu EBITDA (Earnings before interests, taxes, depreciation and amortization) consolidado (Nota 19(h)), que foram acompanhados trimestralmente pela Administração da Companhia. Esses contratos foram liquidados no terceiro trimestre de 2012, não restando, portanto, compromissos dessa natureza. Adicionalmente, a Braskem conta com três linhas de crédito rotativo (“revolving”), que podem ser utilizados sem restrição, nos montantes de: (i) US$ 350 milhões, durante 4 anos, a partir de novembro de 2012; (ii) US$ 250 milhões, durante 5 anos, a partir agosto de 2011; e (iii) R$ 450 milhões, durante 3 anos, a partir de F-44 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma dezembro de 2012. As linhas de crédito permitem a redução do valor do caixa mantido pela Braskem. Em 31 de dezembro de 2012, a Braskem não tinha utilizado nenhum crédito dessas linhas. A tabela a seguir demonstra os passivos financeiros da Braskem por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente entre a data do balanço patrimonial e a data contratual do vencimento. Esses valores são calculados a partir de fluxos de caixa não descontados e podem não ser conciliados com os valores do balanço patrimonial. Nota Até um ano (i) Circulante Fornecedores Financiamentos Derivativos Demais contas a pagar 0 0 20.2.1 (ii) 8.897.597 1.912.252 293.378 260.649 Não circulante Financiamentos Demais contas a pagar (iii) Em 31 de dezembro de 2012 11.363.876 Entre um e dois anos (i) - Entre dois e cinco anos (i) - Acima de cinco anos (i) - Total 8.897.597 1.912.252 293.378 260.649 1.947.669 155.966 4.111.398 166.381 19.656.704 25.715.771 322.347 2.103.635 4.277.779 19.656.704 37.401.994 (i) As faixas de vencimento apresentadas são baseadas nos contratos firmados. (ii) Refere-se a valores a pagar para acionista não controlador da Braskem Idesa (Nota 27(a)(i)). (iii) Refere-se a valores a pagar para a BNDES Participações S.A., como parte da combinação de negócios da Quattor (Nota 27(b)). 4.4 Gestão de capital A estrutura de capital ideal, na visão dos gestores da Braskem, está no equilíbrio entre o capital próprio e a soma de todas as exigibilidades subtraídas dos montantes de caixa e equivalentes de caixa e dos investimentos. Esta composição atende aos objetivos de perpetuidade da Companhia e de oferecer um retorno condizente aos acionistas e às outras partes interessadas. Essa estrutura também permite que os custos com o capital de terceiros esteja num nível adequado para maximizar a remuneração dos acionistas. Devido ao impacto do dólar norte americano nas operações da Companhia, a Administração da Braskem entende que o capital próprio, usado para fins da gestão de capital, deve ser mensurado naquela moeda e em termos históricos. Adicionalmente, a Companhia pode conviver temporariamente com uma estrutura de capital diferente da ideal. Isso ocorre, por exemplo, em períodos de crescimento, quando a Companhia pode financiar grande parcela dos seus projetos com capital de terceiros, desde que essa opção maximize o retorno dos acionistas quando os empreendimentos financiados iniciarem as suas operações. Para ajustar ou manter a estrutura de capital, a Administração da Braskem pode, ainda, considerar a venda de ativos não estratégicos, a emissão de novas ações ou mesmo a readequação do pagamento de dividendos. Da mesma forma que a liquidez, o capital não é administrado ao nível da Controladora, mas somente ao nível consolidado. F-45 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 5 Combinação de negócio 5.1 Quattor Participações S.A. (atual Braskem Qpar) Em 22 de janeiro de 2010, os acionistas da Braskem S.A. (Odebrecht S.A., OSP, Petrobras e Petroquisa) em conjunto com a Unipar, firmaram um Acordo de Investimento estabelecendo os termos para a aquisição pela Companhia e das participações detidas pela Unipar no setor petroquímico, possibilitando a consolidação na Braskem das participações no setor detidas pela Petrobras. Em 27 de abril de 2010, a Companhia adquiriu 143.192.231 ações da Quattor representando 60% do capital total e pagou para a Unipar o valor de R$ 659.454. Em 30 de abril de 2010 a Companhia adquiriu o controle da Quattor e, em Assembleia Geral Ordinária nomeou os membros do seu Conselho de Administração, sendo esta a data da aquisição para o registro contábil desta combinação de negócios. Ao adquirir os 60% do capital votante da Quattor, a Companhia, nos termos do Acordo de Investimentos de 22 de janeiro de 2010, se obrigou a adquirir as seguintes participações societárias: (i) 40% do capital votante da Quattor detidos pela Petrobras por meio de troca por 18.000.087 ações de emissão da Companhia; (ii) 33,33% do capital votante da Polibutenos S.A. detidos pela Unipar por meio do pagamento em caixa de R$22.326; (iii) 0,68% em participações de não controladores na Quattor Química (estes acionistas possuíam direito de venda de suas ações por preço em até 80% do preço pago ao acionista controlador); (iv) 25% do capital votante da Riopol detidos pelo BNDESPAR. ¹ ¹ Como parte da aquisição da Quattor, a Companhia assumiu a obrigação sobre a opção de venda celebrada entre Unipar e BNDESPAR (Nota 1(b.1)). Através dessa opção de venda e outra similar celebrada pela Petrobras, Unipar e Petrobras, antigas detentoras de 75% da Riopol, acordaram em recomprar a participação não controladora de 25% (15% pela Unipar e 10% pela Petrobras) pertencente ao BNDESPAR ao final de 5 anos contados a partir de 15 de janeiro de 2008 ou em período anterior, durante o período do evento em que o BNDESPAR decidisse exercer a opção antes. Nos termos da opção de venda, o preço de compra dessas ações seria igual ao total originalmente investido pelo BNDESPAR, corrigido por uma taxa de juros contratualmente acordada. Na data da aquisição, o valor justo da opção celebrada pela Unipar foi de R$ 205.121, baseado no valor originalmente investido, corrigido pela taxa de juros contratual. Em 9 de agosto de 2010, o BNDESPAR exerceu sua opção de venda e a Braskem adquiriu 190.784.674 ações ordinárias e 30 ações preferenciais da Riopol, no montante de R$ 209.951. A variação do valor justo dessa opção de venda totalizou R$ 4.830 e foi registrada como despesa. Embora a Companhia não tenha obtido a propriedade legal das ações das empresas na data da aquisição, todos os eventos acima foram contabilizados em 30 de abril de 2010, uma vez que o Acordo de Investimento já estabelecia a obrigação da Companhia de adquirir o restante das ações. Subsequentemente todas as participações foram adquiridas nos termos do Acordo de Investimentos. A tabela a seguir resume a contraprestação paga para os acionistas das empresas do grupo Quattor e os valores dos ativos adquiridos e passivos assumidos reconhecidos na data da aquisição, bem como o valor justo na data da aquisição da participação de acionistas não controladores na Quattor. F-46 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Contraprestação Caixa Instrumentos patrimoniais emitidos (o valor de R$ 250.049 engloba ações da Companhia emitidas para compras de outras participações da combinação de negócios) Assunção da obrigação para aquisição da Riopol junto ao BNDESPAR e outras obrigações Total da contraprestação transferida (A) 704.298 250.049 218.739 1.173.086 Valores reconhecidos de ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos Ativo circulante Estoques Outros ativos circulantes Ativo não circulante Imobilizado Intangível Outros ativos não circulantes Passivo circulante Passivo não circulante Impostos a recolher IR e CSL diferidos Outros passivos não circulantes Total dos ativos identificáveis adquiridos e passivo assumidos a valor justo (B) Resultado de combinação de negócios: (A) - (B) 823.012 1.383.104 7.531.158 560.430 990.850 2.903.113 220.619 623.173 5.527.104 2.014.545 841.459 O ganho (compra vantajosa) de R$ 841.459 está registrado em linha específica do resultado do exercício de 2010, denominada “resultado de combinação de negócios”. Esta compra vantajosa é atribuível aos termos da negociação com os acionistas da Quattor. O valor justo das ações da Companhia emitidas nas transações foi valorizado pela cotação de fechamento na BM&FBovespa em 30 de abril de 2010 e totalizou R$ 197.101. A estimativa do valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos foi efetuada por empresa especializada, cujos principais resultados estão descritos abaixo: (i) O valor justo dos estoques foi apurado considerando o preço de venda, líquido dos impostos, na data da avaliação dos ativos utilizando-se o método do “market approach”. A diferença entre o valor de mercado e o valor contábil dos estoques foi de R$ 68.009. (ii) O método utilizado para valorização dos ativos imobilizados foi o “cost replacement approach”. A Administração, em conjunto com seus avaliadores externos, entendeu que a utilização do “market approach”, utilizando os valores unitários de cada ativo que compõe a planta não refletiria o seu valor econômico, uma vez que não seriam considerados os custos com a tecnologia instalada, custos com instalações-suporte e a ligação ativa com o sistema de produção e escoamento (empresa em marcha). No processo de avaliação foram utilizadas informações sobre (i) custo de instalações de plantas similares; (ii) últimos orçamentos de ampliação e substituição de ativos similares; e (iii) preço à vista de reposição do ativo, contemplando as condições de uso em que o bem se encontra na data da vistoria, dentre outros. O ajuste registrado no valor histórico do ativo imobilizado da Quattor, de R$ 6.039.067, foi no montante de R$ 1.492.091. Portanto, após os ajustes, o valor justo do ativo imobilizado registrado na aquisição foi no montante de R$ 7.531.158. F-47 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iii) Como resultado da avaliação, foram identificados ganhos líquidos no fluxo de caixa futuro para os contratos comerciais com clientes e fornecedores que foram trazidos a valor presente por uma taxa de desconto de 14,1% ao ano. Além disso, foram considerados os custos de registro e colocação de marcas e, para a tecnologia, as despesas incorridas com pessoal e os gastos administrativos na pesquisa realizada em conjunto com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os intangíveis identificados, relacionados a marcas, tecnologia, contratos de clientes e fornecedores totalizaram R$ 393.878. (iv) Foram reconhecidas diversas contingências tributárias, todas com chance de perda possível, baseada na avaliação do valor da causa e na probabilidade de perda estimada por assessores jurídicos externos. Os saldos provisionados referem-se a ações judiciais envolvendo ICMS, PIS, COFINS, IR e CSL, totalizando R$ 210.695. (v) O valor justo dos empréstimos e financiamentos foi determinado utilizando o método do “income approach”. Entretanto, não foram reconhecidos efeitos de seu valor justo uma vez que estes empréstimos, que possuíam cláusulas de liquidação antecipada, foram liquidados ao longo de 2010, sendo o seu efeito anulado no resultado daquele exercício. A receita líquida de vendas da demonstração consolidada do resultado de 2010 inclui o valor da receita líquida gerada pela Quattor, a partir de 30 de abril, no montante de R$ 4.412.244. A Quattor também contribuiu com um lucro líquido de R$ 58.461 no mesmo período. A aquisição da Quattor estava sujeita à aprovação final pelo CADE. A lei societária brasileira permite a consumação desta transação antes de aprovação final pelas autoridades brasileiras de antitruste, a não ser que o CADE emita um embargo à consumação da transação. Esta transação foi submetida para apreciação pelo CADE em 5 de fevereiro de 2010. Em 23 de fevereiro de 2011, a operação foi aprovada sem restrições significativas. 5.2 Sunoco Chemicals Em 1 de abril de 2010, a Braskem adquiriu 100% das ações da Sunoco Chemicals por R$ 620.838 (US$ 351 milhões). Esta controlada teve sua razão social alterada para Braskem PP Americas, Inc. (atualmente denominada Braskem America). Com sede na Filadélfia e com três plantas de PP localizadas nos estados do Texas, Pensilvânia e Virgínia Ocidental, possuía capacidade anual instalada conjunta de 950.000 toneladas de PP, o que representava aproximadamente 13% do total da capacidade de produção de PP instalada nos Estados Unidos. Adicionalmente, possui um centro de tecnologia em Pittsburg, Pensilvânia. A data de aquisição do controle sobre as políticas operacionais e financeiras da PP Americas foi 1 de abril de 2010, data a partir da qual a Companhia passou a nomear 100% dos membros da diretoria daquela controlada. A tabela a seguir resume a contraprestação paga para os antigos acionistas da Sunoco Chemicals e os valores dos ativos adquiridos e passivos assumidos reconhecidos na data da aquisição. F-48 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Contraprestação Caixa Total da contraprestação transferida (A) 620.838 620.838 Valores reconhecidos de ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos Ativo circulante Estoques Ativo não circulante Imobilizado Intangível Outros ativos não circulantes 177.070 628.698 285.464 11.262 Passivo circulante Passivo não circulante Imposto de renda diferido Outros passivos não circulantes Total dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos a valor justo (B) 6.597 330.421 18.549 746.927 Resultado de combinação de negócios: (A) - (B) 126.089 O ganho (compra vantajosa) de R$ 126.089 está registrado em linha específica do resultado do exercício de 2010 denominada “resultado de combinação de negócios”. A estimativa do valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos foi efetuada por empresa especializada, cujos principais resultados estão descritos abaixo: (i) O valor justo dos estoques foi apurado considerando o preço de venda líquido dos impostos na data da elaboração da avaliação dos ativos pelos especialistas utilizando o método do “market approach”. (ii) O método utilizado para valorização dos ativos imobilizados foi o “cost approach”. A Administração, em conjunto com seus avaliadores externos entendeu que a utilização do “market approach”, utilizando os valores unitários de cada ativo que compõe a planta não refletiria o valor econômico da planta uma vez que não considerariam os custos com a tecnologia instalada, custos com instalações-suporte e a ligação ativa com o sistema de produção e escoamento (empresa em marcha). No processo de avaliação foram utilizadas informações sobre (i) custo de instalações de plantas similares; (ii) últimos orçamentos de ampliação e substituição de ativos similares; e (iii) preço à vista de reposição do ativo, contemplando as condições de uso em que o bem se encontra na data da vistoria, dentre outros. (iii) Como resultado da avaliação, foram identificados ganhos líquidos no fluxo de caixa futuro para os contratos comerciais que foram trazidos a valor presente por uma taxa de desconto de 15% ao ano. Os intangíveis identificados são relacionados à tecnologia e contratos de fornecedores. A receita líquida de vendas da demonstração consolidada do resultado de 2010 inclui o valor da receita líquida gerada pela PP Americas, a partir de 1 de abril, no montante de R$ 1.891.487. A PP Americas também contribuiu com um lucro líquido de R$ 172.735 no mesmo período. Esta transação foi aprovada pelo CADE em 3 de novembro de 2010 e pelo órgão regulatório americano em 22 de março de 2010. F-49 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 5.3 Unipar Comercial Em 10 de maio de 2010, a Companhia adquiriu 100% do capital votante da Unipar Comercial. Naquela mesma data, a Companhia adquiriu controle sobre a gestão, sendo esta a data considerada para contabilização da combinação de negócios. O total da contraprestação em caixa pago pela aquisição foi de R$ 27.104 sendo o valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos de R$ 35.138. A mais valia apurada nesta aquisição, R$ 8.342, decorreu da avaliação do ativo imobilizado e, sobre este valor foi registrado o correspondente imposto de renda e contribuição social diferido passivo de R$ 4.139. O ganho por compra vantajosa de R$ 7.735 foi reconhecido no resultado do exercício de 2010 na linha de “resultado de combinação de negócios”. Em 23 de fevereiro de 2011, o CADE aprovou esta transação. 5.4 Ativos de PP no exterior – Dow Chemical Em 30 de setembro de 2011, a Braskem, através de suas controladas Braskem America e Braskem Alemanha, adquiriu os negócios de PP da Dow Chemical por R$ 608 milhões (US$ 323 milhões). Na mesma data, foram pagos mais R$ 312 milhões (US$ 166 milhões) correspondentes à parte das contas a pagar assumidas na operação. O contrato ainda previa ajustes no valor pago baseados na variação das contas a receber de clientes e dos estoques, cujo montante final foi um recebimento de R$ 24 milhões (US$ 12 milhões) pelas adquirentes. A negociação compreendeu quatro unidades industriais, sendo duas nos Estados Unidos e duas na Alemanha, com capacidade anual e total de produção de 1.050 mil de toneladas (não auditado) de PP. Nesta negociação foram adquiridos, principalmente, plantas industriais, contas a receber de clientes, estoques e assumidos passivos ligados à operação do negócio. Nos Estados Unidos, as plantas adquiridas estão localizadas no estado do Texas e têm capacidade anual de 505 mil toneladas (não auditado). Na Alemanha, as plantas adquiridas estão localizadas em Wesseling e Schkopau e possuem capacidade anual de 545 mil toneladas (não auditado). O montante pago incluiu contas a receber de clientes e estoques localizados no México, através da controlada Braskem México, no montante de R$ 13 milhões (US$ 8 milhões), líquido de contas a pagar assumidas. Por se tratar de uma aquisição isolada de ativos que se encerrou em curto prazo com a venda dos estoques e a liquidação financeira dos títulos a receber e a pagar, esta parte da operação não constituiu uma combinação de negócios. O fechamento da operação entre as partes ocorreu no dia 30 de setembro e a liquidação financeira no dia 3 de outubro de 2011. Até o pagamento efetivo à Dow Chemical, as adquirentes não tomaram decisões relevantes em relação às operações das plantas, o que passou a ocorrer após 3 de outubro. Os direitos e obrigações gerados a partir do dia 1 de outubro de 2011 pertencem às adquirentes, a exemplo dos estoques produzidos e das novas obrigações assumidas. As razões acima mencionadas levaram à conclusão de que a data da aquisição do controle foi o dia 3 de outubro de 2011, data do registro da combinação de negócios e a partir de quando os ativos adquiridos e passivos assumidos foram consolidados nas demonstrações financeiras da Braskem. Essa aquisição foi aprovada pelo CADE em 8 de fevereiro de 2012 e pelo órgão regulatório americano em 9 de setembro de 2011, bem como aprovada pelas autoridades européias antitruste em 28 de setembro de 2011. Nas demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2011, a alocação de valores dos ativos adquiridos e passivos assumidos foi feita de forma preliminar pelas adquirentes. A Companhia contratou peritos independentes para fazer a mensuração do valor justo desta aquisição que foi concluída no segundo trimestre de 2012. Com o F-50 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma resultado dessa avaliação e conforme requerido pelo IFRS 3, a Companhia reconheceu, retrospectivamente, e dentre outros, os seguintes principais valores nas demonstrações financeiras de 2011: (i) acréscimo no imobilizado, no montante de R$ 36.526; (ii) efeito no imposto de renda diferido passivo, no montante de R$ 15.021. Adicionalmente, a Companhia reconheceu um crédito, no montante de R$ 8.540, referentes a ajuste no valor pago, conforme previsto inicialmente no contrato. Desta forma, a Companhia reconheceu o ganho (compra vantajosa) de R$ 30.045 (US$ 16 milhões) em linha específica do resultado do exercício de 2011 denominada “resultado de combinação de negócios”. A Companhia também reconheceu a depreciação sobre o ajuste de mais valia, no montante de R$ 1.992, e seu efeito de imposto de renda diferido, no montante de R$ 639. A tabela, a seguir, resume a contraprestação paga para a Dow Chemical e os valores justos dos ativos adquiridos e passivos assumidos na data da aquisição e que foram reconhecidos retrospectivamente nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2011: Contraprestação transferida Caixa Total de contraprestação transferida (A) Valores reconhecidos de ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos Ativo circulante Contas a receber de clientes Estoques Ativo não circulante Imobilizado Passivo circulante Fornecedores Outras contas a pagar Passivo não circulante Imposto de renda diferido Plano de previdência privada Total dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos a valor justo (B) Resultado de combinação de negócios (A) - (B) Alemanha Total da combinação de negócios México Total 285.135 285.135 285.551 285.551 570.686 570.686 13.214 13.214 583.900 583.900 143.932 161.617 133.438 126.385 18.948 12.661 296.318 300.663 137.186 222.483 - 359.669 (140.558) (845) (153.310) (141) (18.395) - (312.263) (985) (6.374) - (8.647) (14.436) 277.370 288.002 359.669 (293.868) (985) (15.021) (14.436) - - (15.021) (14.436) Estados Unidos 294.959 305.773 600.731 13.214 613.945 9.824 20.222 30.045 - 30.045 F-51 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A estimativa do valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos, efetuada pelos peritos independentes, considerou as seguintes premissas: (i) o valor justo das contas a receber de clientes foi apurado considerando a exigibilidade dos créditos adquiridos; (ii) o valor justo dos estoques foi apurado considerando o valor realizável líquido dos estoques; (iii) o método utilizado para valorização dos ativos imobilizados foi o “cost replacement approach,”, reduzido pela obsolescência econômica e funcional. A Administração, em conjunto com seus avaliadores externos, entendeu que a utilização do “market approach”, utilizando os valores unitários de cada ativo que compõe a planta não refletiria o seu valor econômico, uma vez que não seriam considerados os custos com tecnologia instalada e instalações-suporte, e a ligação ativa com o sistema de produção e escoamento. No processo de avaliação foram utilizadas informações sobre (a) custo de instalações de plantas similares; (b) últimos orçamentos de ampliação e substituição de ativos similares; (c) preço à vista de reposição do ativo, contemplando as condições de uso em que o bem se encontra na data da vistoria; e (d) os fluxos de caixa projetados do negócio. (iv) o valor justo de fornecedores foi determinado considerando o valor pago para liquidação dessas obrigações; e (v) o valor justo do plano de previdência privada foi determinado considerando o valor presente líquido das obrigações atuariais. F-52 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 6 Ativos mantidos para venda e operações descontinuadas No último trimestre de 2012, a Administração da Companhia alienou suas participações acionárias na Cetrel e Braskem Distribuidora e iniciou negociações para a venda da Quantiq. As práticas contábeis aplicadas no reconhecimento e mensuração dessas operações estão descritas na Nota 2.9. • Cetrel A Braskem era detentora de 54,2% do capital total e votante da Cetrel, cujos negócios incluem tratamento de efluentes, gestão de resíduos industriais, monitoramento de ar e água, serviços de laboratório e consultoria ambiental. Esse investimento foi alienado em 28 de dezembro de 2012 para a Odebrecht Ambiental (Nota 11(b)). O preço de venda definido entre as partes foi confirmado por empresa especializada contratada pelas partes que emitiu parecer opinando favoravelmente (fairness opinion) sobre o preço. O valor final ainda poderá ser alterado em função de ajustes definidos entre as partes e previstos em contrato. Os resultados operacionais da Cetrel eram apresentados nas informações por segmento como “Outros segmentos” (Nota 36). Com a venda, a Braskem reconheceu um ganho conforme demonstrado a seguir: Valor da venda (i) Valor do custo do investimento na data da alienação Baixa do ganho líquido registrados em “outros resultados abrangentes” Ganho na alienação Nota Valor 15(a) 16(b) 29(i) 208.100 (163.905) 4.632 48.827 (i) Esse valor será recebido integralmente em junho de 2013. Os resultados da Cetrel de 2011 e 2012 e o ganho na sua alienação estão apresentados na rubrica “resultado com operações descontinuadas” das demonstrações do resultado consolidado e detalhados no item (c) desta Nota. • Braskem Distribuidora A Braskem era detentora de 100% do capital da Braskem Distribuidora, cujos negócios incluem a produção de água desmineralizada, clarificada e potável, e pela gestão do reservatório de água de incêndio. Esse investimento foi alienado em 28 de dezembro de 2012 para a Odebrecht Ambiental. O preço de venda definido entre as partes foi confirmado por empresa especializada contratada pelas partes que emitiu parecer opinando favoravelmente (fairness opinion) sobre o preço. O valor final ainda poderá ser alterado em função de ajustes definidos entre as partes e previstos em contrato. Os resultados operacionais da Braskem Distribuidora eram apresentados nas informações por segmento como “Outros segmentos” (Nota 36). F-53 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Com a venda, a Braskem reconheceu um ganho conforme demonstrado a seguir: Valor da venda (i) Valor do custo do investimento na data da alienação Ganho na alienação Nota Valor 15(a) 16(b) 444.000 (84.108) 359.892 (i) Esse valor será recebido integralmente até 31 de dezembro de 2013. Os resultados da Braskem Distribuidora de 2011 e 2012 e o ganho na sua alienação estão apresentados na rubrica “resultado com operações descontinuadas” das demonstrações do resultado consolidado e detalhados no item (c) desta Nota. • Quantiq e IQAG A Quantiq atua na distribuição, comercialização e industrialização de solventes derivados de petróleo e de indústrias petroquímicas, na distribuição e comercialização de óleos de processo, outros insumos derivados de petróleo, intermediários químicos, especialidades químicas e fármacos. A IQAG atua com prestação de serviços de armazenagem. Esses investimentos estão em estágio avançado de venda e a Administração da Companhia estima que a conclusão da negociação ocorra no primeiro semestre de 2013. A operação foi submetida à apreciação do CADE que emitiu parecer favorável e sem ressalvas em 7 de dezembro de 2012. Os resultados operacionais da Quantiq e IQAG eram apresentados nas informações por segmentos como segmento operacional “Distribuição química” (Nota 36). Os resultados operacionais deste segmento foram de R$ 52.713 em 2012 e R$ 56.777 em 2011. Os resultados da Quantiq e IQAG de 2011 e 2012 estão apresentados na rubrica “resultado com operações descontinuadas” das demonstrações do resultado consolidado e detalhados no item (c) desta Nota. Os ativos e passivos dessas empresas de 2012 estão apresentados nas rubricas “ativos mantidos para a venda” e “passivos mantidos para venda”, respectivamente. F-54 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Ativos e passivos classificados como mantidos para venda Informações consolidadas dos balanços da Quantiq e IQAG. 2012 Ativos Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Estoques Imobilizado Intangível Demais ativos 9.985 17.897 106.386 56.727 13.246 73.587 277.828 Total dos ativos Passivos Fornecedores Financiamentos Salários e encargos Demais passivos 101.893 1.095 5.232 1.550 109.770 Total dos passivos (b) Resultado das operações descontinuadas Informações consolidadas das demonstrações do resultado da Cetrel, Braskem Distribuidora, Quantiq e IQAG. Nota Receita líquida de vendas Custo dos produtos vendidos Lucro bruto Despesas gerais e administrativas Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Lucro operacional Resultado financeiro Ganho na alienação de participações acionárias Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social - corrente Imposto de renda e contribuição social - diferido 22.2 (a) Resultado com operações descontinuadas Lucro por ação das operações descontinuadas (expresso em reais por ação) Resultado básico por ação - ON Resultado básico por ação - PN Resultado diluído por ação - ON Resultado diluído por ação - PN 2012 2011 2010 646.763 (499.110) 147.653 679.085 (500.574) 178.511 469.159 (382.870) 86.289 (85.244) 2.017 (115.058) 25.665 (66.545) 572 64.426 89.118 20.316 (21.883) 408.719 (18.207) - 451.262 70.911 (10.265) (138.964) (14.948) - 302.033 55.963 0,2064 0,6049 0,2067 0,6051 0,1613 0,1614 (455) 19.861 (4.052) 15.809 0,0463 0,0463 Essas informações estão sendo apresentadas após as eliminações das operações entre as empresas do grupo. F-55 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Fluxos de caixa das operações descontinuadas Informações consolidadas dos fluxos de caixa da Cetrel, Braskem Distribuidora, Quantiq e IQAG. 2012 2011 2010 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 42.543 70.911 19.861 Ajustes para reconciliação do lucro Depreciação, amortização e exaustão Juros, variações monetárias e cambiais, líquidas Outros ajustes 18.136 3.035 1.276 17.509 (4.091) (443) 1.695 202 3.463 64.990 83.886 25.221 Variação do capital circulante operacional (26.869) (22.217) (20.310) Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 38.121 61.669 4.911 Adições ao imobilizado Adições ao intangível Aplicações financeiras mantidas até o vencimento (34.590) (745) - (31.668) (6.198) 816 (5.267) (35.335) (37.050) (5.267) (20.277) 55.560 (7.602) 644 (1.101) 9.930 - Aplicação de caixa em investimentos Dívida de curto e longo prazos Captações Pagamentos Participação de não controladores Geração (aplicação) de caixa em financiamentos Geração (aplicação) de caixa e equivalentes Representado por Caixa e equivalentes no início do período Caixa e equivalentes no final do período Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes F-56 (10.347) 47.958 (457) (7.561) 72.577 (813) 148.909 141.348 76.332 148.909 3.340 2.527 (7.561) 72.577 (813) Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 7 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e bancos Equivalentes de caixa: no Brasil no exterior Total 2012 2011 398.142 349.916 1.293.164 1.596.316 3.287.622 1.899.825 737.078 2.986.819 As aplicações financeiras no Brasil estão representadas, principalmente, por instrumentos de renda fixa e depósitos a prazo detidos pelo fundo exclusivo FIM Sol. As aplicações no exterior consistem de instrumentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras de primeira linha (Time Deposit), com alta liquidez no mercado. 8 Aplicações financeiras Mantidas para negociação Aplicações do FIM Sol Aplicações em moeda estrangeira Ações Empréstimos e recebíveis Aplicações do FIM Sol Aplicações em moeda nacional Mantidas até o vencimento Quotas de fundos de investimentos em direitos creditórios Depósitos restritos Aplicações em time deposit Aplicações em moeda estrangeira Compensação de aplicações em moeda estrangeira (i) Total No ativo circulante No ativo não circulante Total 2012 2011 50.803 5.256 3.023 36.410 10.716 3.023 77.469 513 116.007 - 52.559 1.281 15.731 307.639 (307.639) 206.635 34.720 4.173 205.049 172.146 34.489 206.635 170.297 34.752 205.049 (i) Em 31 de dezembro de 2012, a Braskem Holanda possui aplicações financeiras mantidas até o vencimento que estão compensadas contabilmente, de forma irrevogável e irretratável, com contrato de pré-pagamento de exportação da Braskem S.A., no montante de US$ 150 milhões, conforme previsto em contrato de cessão de créditos celebrado entre essas empresas e o Banco Bradesco (Nota 19(b)). Essa compensação é realizada de acordo com o IAS 32, que prevê a possibilidade de compensação de instrumentos financeiros quando há a intenção e o direito legalmente executável de realizar um ativo e liquidar um passivo simultaneamente. F-57 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 9 Contas a receber de clientes 2012 2011 Clientes: Domestic market Foreign market Provisão para créditos de liquidação duvidosa Total 1.038.673 1.582.433 (256.884) 2.364.222 866.168 1.282.251 (253.607) 1.894.812 No ativo circulante No ativo não circulante Total 2.326.480 37.742 2.364.222 1.843.756 51.056 1.894.812 2012 2011 2.051.353 1.708.877 350.476 5.814 213.463 2.621.106 (256.884) 2.364.222 223.649 6.754 209.139 2.148.419 (253.607) 1.894.812 A composição das contas a receber de clientes por vencimento é a seguinte: Títulos a vencer Títulos vencidos: Até 90 dias De 91 a 180 dias A partir de 180 dias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Total da carteira de clientes A movimentação do saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa está demonstrada a seguir: Saldo da provisão no início do exercício (Provisões) reversões do exercício Baixa de títulos considerados incobráveis Aquisição de empresas Baixa por alienação de investimentos Valores transferidos para "ativos não circulantes mantidos para venda" Saldo da provisão no final do exercício 10 2012 2011 2010 (253.607) (53.255) 27.374 (269.159) 4.612 18.671 (7.731) (220.264) (66.896) 18.131 (130) (253.607) (269.159) 2012 2011 2.622.736 1.175.451 211.517 61.385 30.966 4.102.055 2.444.547 866.206 183.779 58.200 70.790 3.623.522 818 21.786 (256.884) Estoques Produtos acabados Matérias-primas, insumos de produção e embalagens Materiais de manutenção Adiantamentos a fornecedores Importações em andamento e outros Total Os adiantamentos a fornecedores e os gastos com importações em andamento estão relacionados, principalmente, às operações de aquisição da principal matéria-prima da Companhia, a nafta petroquímica. F-58 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 11 Partes relacionadas A Companhia realiza com partes relacionadas transações durante o curso normal de suas operações e atividades e considera que todas as condições estipuladas nos contratos pactuados atendem aos seus interesses e é objetivo permanente da Administração da Braskem assegurar que tais contratos apresentem termos e condições tão favoráveis à Companhia como os que poderia celebrar com quaisquer outros terceiros. (a) Saldos e transações Clientes Créditos com empresas Demais Títulos a contas a receber receber Controladas em conjunto RPR 0 Associated companies Borealis Sansuy Ligadas CNO Odebrecht Ambiental Petrobras Total (i) (ii) - - 1.017 15.640 16.657 187 0 187 0 0 Outros Circulante Total Em 31 de dezembro de 2012 Ativo Passivo Não circulante Circulante Créditos com empresas Total Fornecedores Demais contas a Mútuos receber 2.645 (i) 2.645 2.645 2.645 0 0 0 0 0 1.204 15.640 16.844 0 0 0 0 0 0 0 95.462 95.462 0 0 13.725 13.725 652.100 652.100 109.187 761.287 112.119 187 13.725 654.745 780.776 652.100 (ii) Valores em "dividendos e juros sobre o capital próprio a receber"; Valor em "demais contas a receber". F-59 1.388 62.822 62.822 64.805 64.805 127.627 127.627 1.505.754 1.507.142 62.822 64.805 127.627 1.507.142 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Vendas de produtos Controlada em conjunto Propilsur RPR Coligadas Borealis Sansuy Ligadas CNO OCS OSP Petrobras Refap Plano de benefício pós emprego Odeprev Total Transações no resultado de janeiro a dezembro de 2012 Compras de matérias-primas, Custo de produtos acabados, Receitas/ produção/ serviços (despesas) despesas gerais e e utilidades financeiras administrativas 24.434 24.434 42.925 42.925 43 743 786 - 143.477 27.871 171.348 11.050 11.050 - - 1.227.344 3.150 1.230.494 184.010 4.645 87.538 16.783.645 232.988 17.292.826 4.304 4.304 - - - - 24.898 24.898 1.426.276 17.346.801 5.090 24.898 F-60 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Circulante Clientes Controladas em conjunto Propilsur Polimerica Coligada Borealis Ligadas CNO Petrobras Other Total Créditos com empresas ligadas Demais contas a receber Total Mútuos a receber AFAC 2.598 1.748 4.346 2.598 1.748 4.346 - - 24.855 19.978 44.833 2.936 2.936 187 187 3.123 3.123 - - - 6.887 19.954 26.841 81.955 103 82.058 88.842 20.057 108.899 58.169 58.169 4.128 1.777.503 10.003 1.791.634 - 29.777 86.591 116.368 58.169 1.791.634 44.833 Controlada em conjunto RPR Coligadas Borealis Sansuy Ligadas CNO Odebrecht Ingeniería y Construcción de México, S. de R.L. de C.V ("CNO México") OCS OSP Petrobras Global Trading B.V. ("Global Trading") Refap Total Em 31 de dezembro de 2011 Passivo Circulante Não circulante Contas a pagar a Fornecedores empresas ligadas - Vendas de produtos Plano de benefícios pós emprego Odeprev Ativo Não circulante Créditos com empresas ligadas Transações no resultado de janeiro a dezembro de 2011 Compras de Custo de matérias-primas, Receitas/ produção/ serviços (despesas) despesas gerais e e utilidades financeiras administrativas 15.624 15.624 5.362 5.362 (56) (56) - 167.408 23.663 191.071 658 658 1.500 1.500 - - 190.484 - - 1.457.484 7.446 11.699 1.476.629 16.461 2.348 205.824 14.321.986 14.737.103 4.427 4.427 - - - - 13.873 13.873 1.683.324 14.743.123 5.871 13.873 F-61 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Vendas de produtos Controlada em conjunto RPR Coligadas Borealis Cetrel Ligadas CNO OCS Odebrecht Plantas Industriais ("OPIP") Petrobras Petrobras International Finance ("PIFCo") Refap Other Transações no resultado de janeiro a dezembro de 2010 Compras de Custo de matérias-primas, Receitas/ produção/ serviços (despesas) despesas gerais e e utilidades financeiras administrativas 228.616 228.616 118.967 181 119.148 416.081 70.087 235.684 37.743 37.743 5 12.881 12.886 82.580 1.966 135.731 8.227.866 81.091 1.235.782 721.852 9.765.016 (2.003) (2.003) 656 (33) 623 Plano de benefícios pós emprego Brasilprev Fundação Petrobras de Seguridade Social ("Petros") Odeprev Triunfo Vida (b) - - 4.102 - Total - 1.069.616 9.815.645 (1.380) 3.640 11.413 126 19.281 19.281 Informações de partes relacionadas Conforme previsto no estatuto social da Companhia, o Conselho de Administração tem competência exclusiva para decidir sobre qualquer contrato, exceto os de fornecimento de matéria-prima, com valor superior a R$ 5.000 por operação ou em conjunto, superior a R$ 15.000, por exercício social. Essa previsão abrange contratos entre a Braskem S.A. e controladas com qualquer de seus acionistas titulares de ações ordinárias, qualquer administrador da Companhia, da sua controladora ou de suas controladas, ou suas respectivas partes relacionadas. Ademais, a Companhia possui um Comitê de Finanças e Investimentos que, dentre outras funções, acompanha os contratos com partes relacionadas aprovados pelo Conselho de Administração. Importante ressaltar que nos termos da Lei das Sociedades por Ações (“Lei das S.A.”) é proibido a diretores e conselheiros a: (i) realizar quaisquer atos de liberdade com a utilização de ativos da Companhia e em detrimento desta; (ii) intervir em quaisquer operações em que tais diretores e conselheiros tenham interesse conflitante com o da Companhia ou nas deliberações de que participarem; e (iii) receber, em razão de seu cargo, qualquer tipo de vantagem pessoal de terceiros, direta ou indireta, sem autorização concedida pelo órgão competente. F-62 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma As empresas ligadas que têm transações com a Companhia são as seguintes: • • • • • • • • • • Cetrel: subsidiária indireta da Odebrecht CNO: investidora indireta da Braskem CNO México: subsidiária indireta e integral da Odebrecht Odebrecht Ambiental: subsidiária indireta da Odebrecht OCS: subsidiária direta e integral da Odebrecht OPIP: subsidiária direta e integral da Odebrecht OSP: controladora direta da Braskem Petrobras: acionista da Braskem Global Trading BV: subsidiária direta e integral da Petrobras Refap: subsidiária indireta e integral da Petrobras As transações com as empresas ligadas, exceto as controladas integralmente pela Companhia, estão sumariadas abaixo: • Cetrel: os seguintes contratos foram firmados: (i) Em novembro de 2012, contrato para aquisição de água de reuso por parte das plantas situadas no Polo Petroquímico de Camaçari por um prazo de 20 anos e com valor estimado de R$ 120 milhões; (ii) Em agosto de 2010, contrato para tratamento de efluentes das plantas situadas no Polo Petroquímico de Camaçari por um prazo de 4 anos e com valor total máximo de R$ 60 milhões. • CNO: os seguintes contratos de aliança foram firmados: (i) Braskem – em 16 de fevereiro de 2007, com o objetivo de realizar serviços nas paradas para manutenção e inspeção das unidades industriais. O referido contrato tem validade até 15 de fevereiro de 2014 e prevê preço distinto para cada tipo de atividade realizada pela CNO; (ii) Braskem S.A. – em 4 de abril de 2011, com o objetivo de construir a planta de butadieno no estado do Rio Grande do Sul (Nota 1(a)(v)), no valor de R$ 129 milhões; e (iii) Braskem Idesa – em 28 de setembro de 2012, referente à engenharia, aquisição e construção (Engineering, Procurement and Construction – EPC) do projeto Etileno XXI. Esse contrato tem valor estimado de US$ 3 bilhões e vigência até 2015. • CNO México: a controlada Braskem Idesa e a CNO do México firmaram, em conjunto com a Ica Fluor Daniel, S. de R.L. de C.V. (empresa de engenharia mexicana), contratos para execução de serviços de (i) engenharia básica e compra preliminar de equipamentos, no valor de US$ 16 milhões, com vigência até abril de 2012; (ii) terraplenagem, no valor de US$ 150 milhões, com vigência até março de 2013. Esses contratos foram assinados para a construção do projeto Etileno XXI (Nota 17). • CNO e OSP: Em 14 de dezembro de 2010, a Braskem S.A. firmou um contrato de aliança com o Consorcio Alagoas (composto pela CNO e OSP) para a construção da planta de PVC em Alagoas (Nota 1(a)(iv)) no valor estimado de R$ 362 milhões e com vigência de 24 meses. F-63 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Odebrecht Ambiental: Em 30 de setembro de 2009, a Companhia firmou um contrato para aquisição de água de reuso com a Aquapolo (sociedade de propósito específico formada pela Odebrecht Ambiental e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP para produção de água de reuso) por parte das plantas situadas no Polo Petroquímico de São Paulo. Esse contrato tem prazo de 40 anos e valor anual estimado em R$ 84 milhões. • Petrobras: (i) Nafta A Braskem S.A. e a controlada Braskem Qpar possuem contratos de fornecimento de nafta com a Petrobras. Os contratos prevêem o fornecimento de nafta às unidades de petroquímicos básicos localizadas nos Polos Petroquímicos de Triunfo, Camaçari e São Paulo. O preço da nafta acordado é baseado em diversos fatores, como o próprio preço de mercado da nafta e de uma série de outros derivados de petróleo, a volatilidade dos preços desses produtos nos mercados internacionais, a taxa de câmbio dólar-real e o nível de parafinicidade e contaminantes da nafta entregue. Os contratos prevêem um consumo anual mínimo de 3.800.000 toneladas e máximo de 7.019.600 toneladas. A controlada da Petrobras, Global Trading BV, também fornece nafta para a Companhia e suas controladas. (ii) Propeno A Braskem mantém contratos de fornecimento de propeno com a Petrobras e sua controlada Refap, para as plantas da Companhia instaladas nos Polos Petroquímicos de Triunfo, Rio de Janeiro e São Paulo. Esses contratos preveem, em sua totalidade, o fornecimento de aproximadamente 910 mil toneladas de propeno por ano. O preço do propeno contratado leva em conta diversas referências internacionais ligadas aos mercados mais relevantes para propeno e polipropileno, especialmente os mercados americano, europeu e asiático. (iii) Etano, propano e energia elétrica A controlada Riopol possui contrato com a Petrobras para fornecimento de 392,5 mil toneladas/ano de etano e 392,5 mil toneladas/ano de propano e de 306,6 GWh/ano de energia elétrica. (iv) Venda de produtos diversos A Companhia fornece à Petrobras vários produtos de sua fabricação, tais como solventes, butadieno, benzeno, tolueno, etc. Esses fornecimentos não estão cobertos por contrato e ocorrem de forma regular a preços de mercado. • OCS: A Companhia mantém um contrato de gestão de riscos e seguros com a OCS, no montante de R$ 3 milhões, pelo prazo de um ano, podendo ser renovado por mais dois períodos anuais. F-64 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Pessoal chave da administração A Companhia considerou como “Pessoal chave da administração” os membros do Conselho de Administração e os integrantes da sua diretoria executiva, composta pelo diretor presidente e os vice-presidentes. Nem todos os membros da diretoria executiva são membros da diretoria estatutária. Transações no resultado Remuneration Benefícios de curto prazo a empregados e administradores Benefício pós-emprego Benefícios de rescisão de contrato de trabalho Incentivo de longo prazo Total Passivo não circulante Incentivo de longo prazo Total F-65 2012 2011 2010 35.026 214 32.445 223 565 35.805 1.519 34.187 30.886 383 892 2.320 34.481 2012 2011 2.897 2.897 4.121 4.121 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 12 Tributos a recuperar Note (a) 2012 2011 Controladora e controladas no Brasil IPI ICMS - operações normais ICMS - créditos sobre imobilizado PIS e COFINS - operações normais PIS e COFINS - créditos sobre imobilizado PIS e COFINS - Lei 9.718/98 PIS - Decretos Lei 2.445 e 2.449/88 IR e CSL Programa REINTEGRA Outros (a) (b) (c) (c) (d) (e) (f) (g) - 32.734 845.045 178.920 484.692 273.693 171.140 104.256 452.867 217.775 150.980 31.575 875.108 182.856 221.771 249.191 157.733 199.972 372.489 17.924 152.258 Controladas no exterior Imposto sobre o valor agregado Imposto sobre a renda Outros (h) - 90.301 177 765 64.291 17.332 - Total 3.003.345 2.542.500 No ativo circulante No ativo não circulante Total 1.476.211 1.527.134 3.003.345 1.036.253 1.506.247 2.542.500 ICMS – operações normais A Companhia possui saldo de ICMS acumulado ao longo dos últimos exercícios proveniente, substancialmente, das saídas internas incentivadas com diferimento da tributação e vendas destinadas ao mercado externo. Este acúmulo se evidenciou mais notadamente nos estados da Bahia, do Rio Grande do Sul e São Paulo, onde se concentra a maioria das suas unidades produtoras. A Administração da Companhia vem priorizando uma série de ações no sentido de maximizar a utilização desses créditos e, atualmente, não são esperados prejuízos na realização dos mesmos. Dentre as ações mantidas pela Administração, destacam-se: • No Rio Grande do Sul, um acordo com o Estado que mantém o diferimento integral do ICMS na importação de nafta e limita a utilização a uma média mensal de R$ 8.250 dos créditos acumulados de ICMS para compensação dos saldos mensais devedores das unidades daquele Estado; • Na Bahia, a manutenção do Termo de Acordo com o Estado, que assegura a efetividade da aplicação do Decreto Estadual 11.807, de 27 de outubro de 2009, que (i) reduziu a alíquota efetiva de ICMS sobre a nafta nacional e importada adquirida naquele estado e: (ii) fixou o valor de R$ 9.100 para abatimento do saldo devedor mensal no período de abril de 2011 a março de 2014, e R$ 5.907 entre abril de 2014 e março de 2018; e • Em São Paulo, a Braskem vem realizando diversas ações para a monetização do saldo credor, tendo como base a flexibilização permitida pela existência de diversos estabelecimentos da Companhia nesse estado. Adicionalmente, negociações estão sendo feitas com a fazenda estadual para viabilizar transferências de parte do saldo credor. F-66 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Considerando a projeção da Administração da Companhia para a realização desses créditos, o montante de R$ 413.576 foi classificado no ativo não circulante consolidado (2011 – R$ 685.487). (b) ICMS – créditos sobre imobilizado A apresentação dos saldos entre circulante e não circulante considera a norma fiscal que limita a realização dos créditos de ICMS na aquisição de bens para o imobilizado. (c) PIS e COFINS A Companhia possui créditos de PIS e COFINS provenientes, substancialmente, de saídas internas incentivadas com diferimento da tributação, vendas destinadas ao mercado externo e aquisição de bens do imobilizado. Tais créditos estão sendo realizados no fluxo normal das operações da Companhia e obedecendo às regras fiscais. (d) PIS e COFINS – Lei 9.718/98 Esta rubrica contém os créditos advindos de discussões judiciais acerca da constitucionalidade de alguns aspectos da Lei 9.718/98. Esses créditos serão utilizados para compensar tributos federais devidos e vem sendo atualizados pela Selic. (e) PIS – Decretos Lei 2.445 e 2.449/88 Em 2011, a Braskem reconheceu créditos no valor de R$ 155.505, decorrentes de êxito em ações judiciais que questionavam a constitucionalidade dos Decretos-Lei 2.445 e 2.449/88. No exercício de 2012, a Companhia compensou o montante de R$ 90.561 com tributos federais. (f) IR e CSL Esta rubrica contém créditos de IR e CSL decorrentes de pagamentos de antecipações em exercícios que não apresentaram lucro tributável ao final do ano, além de tributos retidos sobre aplicações financeiras e atualizações pela Selic. Tais créditos serão realizados através de compensações com outros tributos federais devidos e retenções na fonte a recolher. (g) Programa REINTEGRA Em 14 de dezembro de 2011, foi aprovada a Lei Federal nº 12.546, através da qual foi criado o programa denominado “REINTEGRA”, que visa restituir às empresas exportadoras os tributos federais incidentes na sua cadeia de produção dos bens vendidos ao exterior. A restituição equivale à 3% do valor das receitas com exportação e a realização desses créditos pode ocorrer de duas formas: (i) compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela Receita Federal; ou (ii) ressarcimento em espécie. Em 28 de dezembro de 2012, foi divulgada Medida Provisória nº 601 que ampliou o prazo do programa para até 31 de dezembro de 2013. No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Companhia reconheceu créditos no montante de R$ 228.052 (Nota 32(c)) e compensou o montante de R$ 28.201. F-67 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (h) Imposto sobre valor agregado – controladas no exterior Em 31 de dezembro de 2012, essa rubrica inclui: (i) R$ 28.150, provenientes das vendas da Braskem Alemanha para outros países. Esses créditos são realizados, mensalmente, em espécie; (ii) R$ 62.151, provenientes de compras de máquinas e equipamentos do projeto Etileno XXI. Esses créditos serão realizados a partir do início das operações daquele empreendimento (Nota 17). 13 Depósitos judiciais – ativo não circulante Relacionados a Contingências tributárias Contingências trabalhistas e previdenciárias Outros Total 2012 2011 101.499 73.177 4.942 179.618 105.611 60.187 8.422 174.220 Em 31 de dezembro de 2012, parte dos depósitos acima está associada a processos judiciais com probabilidade de perda possível (Nota 28), e parte, a processos com probabilidade de perda remota. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2012, a Companhia mantém depósitos judiciais no montante de R$ 44.163 (2011 – R$ 60.215) que estão associados a processos judiciais com probabilidade de perda provável. Esses depósitos estão compensados com as respectivas provisões. 14 Indenizações securitárias Em 31 de dezembro de 2012, esta rubrica no circulante inclui: (i) R$ 138.447, referentes a indenização a receber por conta dos sinistros ocorridos em dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 em fornos e no sistema elétrico nas plantas de Olefinas da unidade de Petroquímicos Básicos de Camaçari; e (ii) R$ 8.022, referentes a indenização a receber por conta de sinistro na planta de Cloro Soda, no Estado de Alagoas. No exercício, a Companhia recebeu, por conta desses sinistros, o montante de R$ 105.846. 15 Demais contas a receber (a) Circulante Os principais saldos que compõem essa rubrica no ativo circulante são: (i) R$ 91.090, de adiantamentos a fornecedores de serviços (2011 – R$ 96.213); (ii) R$ 208.100 e R$ 444.000, de valores a receber da Odebrecht Ambiental referentes à alienação dos investimentos na Cetrel e na Braskem Distribuidora (Nota 6), respectivamente. F-68 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Não circulante Os principais saldos que compõem essa rubrica no ativo não circulante são: (i) Empréstimos compulsórios Eletrobras O empréstimo compulsório criado em favor da Eletrobras foi instituído pela lei nº 4.156/62 para financiar o setor de energia. Os valores devidos eram cobrados mensalmente nas próprias contas de energia de empresas que ultrapassavam um determinado nível de consumo. Esse empréstimo compulsório esteve em vigor entre 1962 e 1993. Entre os anos de 2001 e 2003, as empresas incorporadas Trikem S.A., Copesul – Companhia Petroquímica do Sul S.A. (“Copesul”), Cinal, e as controladas Alclor Química de Alagoas Ltda. (“Alclor”) e Braskem Petroquímica ajuizaram ações judiciais reivindicando créditos decorrentes de valores pagos indevidamente à Eletrobras a título de empréstimo compulsório, juros e correção monetária. O Superior Tribunal de Justiça – STJ pacificou o assunto de forma favorável aos contribuintes quando do julgamento dos RESP n° 1003955 e RESP n° 1028592, realizado sob o rito de recursos repetitivos, nos termos do art. 543-C do Código de Processo Civil, estabelecendo esse desfecho para todos os casos que tratam sobre a matéria. Por sua vez, através do julgamento do Agravo de Instrumento n° 735933, interposta pela Eletrobras, o Supremo Tribunal Federal – STF consolidou o entendimento do STJ no sentido de que a discussão da matéria é infraconstitucional. Em 2011, os processos da Trikem S.A. e da Braskem Petroquímica foram julgados definitivamente pelo STJ, de forma que não cabem mais recursos contra tais decisões. Neste sentido, baseada na opinião de seus assessores jurídicos externos, a Companhia reconheceu, em 2011, os créditos correspondentes que entende serem incontroversos, nos respectivos montantes de R$ 51.000 e R$ 29.000 para as ações da Trikem e da Braskem Petroquímica. Em 2012, a Companhia recebeu o montante de R$ 21.932, referente à parte dos créditos do processo da Braskem Petroquímica. Em 2012, os processos da Copesul e da Cinal também foram julgados definitivamente pelo STJ e pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O processo da Alclor aguarda julgamento no STJ dos Agravos Regimentais interpostos pela Fazenda Nacional e pela Eletrobras contra decisão que deu parcial provimento ao Recurso Especial da empresa para aplicação do entendimento firmado definitivamente no julgamento dos recursos repetitivos acima indicados. Assim, em 2012, a Companhia registrou os valores que entende serem incontroversos das ações das empresas Copesul, Cinal e Alclor, no montante total de R$ 13.339. Os valores registrados correspondem a 60% do total reivindicado tendo em vista que os assessores jurídicos avaliam como provável a chance de recebimento dos 40% restantes. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo dessa conta é de R$ 71.895 (2011 – R$ 82.526). (ii) R$ 32.050, valores referentes a custos de transação da controlada Braskem Idesa. Esses valores serão transferidos para o passivo não circulante por ocasião da entrada de recursos do Project Finance (Nota 17). F-69 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 16 Investimentos (a) Informações sobre os investimentos Lucro líquido (prejuízo) do exercício, ajustado Participação no capital social total (% ) 2012 Controladas em conjunto Polimerica Propilsur RPR Coligadas Borealis Cetrel Companhia de Desenvolvimento Rio Verde ("Codeverde") Sansuy (b) 2012 2011 2010 2012 2011 49,00 33,20 (556) 24.335 (239) (1.305) 18.339 (2.625) (3.564) 57.587 109.695 128.591 71.377 103.419 120.655 20,00 0 0 0 35,97 20,00 0 16.102 22.307 15.028 23.916 165.459 149.349 (1.004) (13) 46.342 1.722 66.606 1.954 (i) 0 (ii) 0 Patrimônio líquido ajustado (596) (232) 1.561 (16) Descrição das controladas em conjunto • Propilsur – tem como objeto a implantação de unidade produtora de PP na Venezuela. • RPR – suas atividades principais são o refino, o processamento, a comercialização e importação de petróleo, seus derivados e correlatos. (c) Movimentação dos investimentos em controladas em conjunto e coligadas Saldo em 2011 Controladas em conjunto Polimerica Propilsur RPR Total controladas em conjunto Coligada Borealis Total coligada (i) Ajuste de conversão de moeda Dividendos Equivalência patrimonial 30.502 43.447 40.063 114.012 (4.399) (4.399) (30.742) (2.330) 7.033 (26.039) 3.268 44.145 42.697 86.842 29.870 29.870 (1.700) (1.700) 3.775 3.775 - 31.945 31.945 240 3.028 Saldo em 2012 (i) Companhia decidiu pela retirada de sua participação nesse investimento em novembro de 2012 (Nota 1(b.4)(xix). (d) Composição do resultado de participações societárias Equivalência patrimonial de controladas, coligadas e controladas em conjunto Provisão para perdas com investimentos Dividendos recebidos de outros investimentos / outros F-70 2012 2011 2010 (22.199) (3.608) (25.807) 3.270 (18) (4.917) (1.665) 22.536 (96) (4.225) 18.215 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 17 Imobilizado Custo Depreciação/exaustão acumulada Provisão para perda do valor recuperável Saldo em 31 de dezembro de 2011 Aquisições Encargos financeiros capitalizados Desconsolidação de controladas em conjunto Ajustes de conversão de moeda estrangeira Transferência por conclusão de projetos Transferências para o intangível Outras baixas, líquidas de depreciação/exaustão Depreciação/exaustão Ativos não circulantes mantidos para venda Baixa por alienação de controlada Reversão da provisão para perda do valor recuperável Saldo contábil Custo Depreciação/exaustão acumulada Provisão para perda do valor recuperável Saldo em 31 de dezembro de 2012 Máquinas, Equipamentos e Instalações Nota Terrenos Edificações e Benfeitorias (i) 19(f) 418.426 418.426 1.859.991 (678.524) 1.181.467 22.782.338 (7.923.353) (160.036) 14.698.949 9.909 (3.804) 3.824 1.344 (1.945) (5.162) (5.515) - 2.837 (912) 3.613 22.700 (5.983) (68.436) (31.484) (54.544) - 192.924 (19.193) 45.882 2.106.861 (48.591) (1.659.385) (15.500) (85.542) 1.565 417.077 417.077 417.077 1.049.258 1.749.193 (699.935) 1.049.258 15.217.970 24.672.589 (9.296.148) (158.471) 15.217.970 (ii) (iii) - (i) (i) Impairment de plantas hibernadas em 2008 e 2009. (ii) Transferências de ativos da Quantiq e IQAG para ativos não circulantes mantidos para venda. (iii) Baixa por alienação das participações acionárias na Cetrel e Braskem Distribuidora (Nota 6). F-71 Projetos e Paradas em Andamento Outros Total 3.771.381 3.771.381 941.649 (349.151) 592.498 29.773.785 (8.951.028) (160.036) 20.662.721 2.424.055 162.227 (95.823) 49.226 (2.159.212) (25.891) (11.211) (1.361) (55.660) - 901 (30.330) 34.714 28.307 (261) (10.095) (110.628) (3.220) (67.137) - 2.630.626 162.227 (150.062) 137.259 (26.152) (77.825) (1.838.449) (56.727) (268.398) 1.565 4.057.731 4.057.731 4.057.731 434.749 805.160 (370.411) 434.749 21.176.785 31.701.750 (10.366.494) (158.471) 21.176.785 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os projetos em andamento correspondem, principalmente, a melhorias operacionais e ao projeto Etileno XXI. Em 31 de dezembro de 2012, o principal projeto em andamento refere-se ao projeto Etileno XXI (Nota 1(b.3)). A Braskem deu em garantia plantas, terrenos, imóveis e máquinas e equipamentos, no montante de R$ 3.415.319 (2011 – R$ 3.428.276), para cumprir obrigações assumidas em contratos de financiamentos (Nota 19(g)). (a) Análise da recuperabilidade de imobilizado (impairment) Quando da elaboração do Plano de Negócios para o período 2012/2016, a Administração da Braskem avaliou as perspectivas das principais variáveis que afetam seus negócios (Nota 3.6), tanto no cenário nacional como no internacional. De forma geral, o Plano de Negócios foi elaborado também considerando que não se vislumbra nenhuma situação que não permita a continuidade operacional dos ativos da Braskem, tanto em termos de obsolescência do parque industrial e das tecnologias empregadas como em relação às restrições de ordem legal. A Administração da Braskem entende que as plantas irão operar suas capacidades máximas, ou próximas delas, dentro do período projetado. Também não são esperadas mudanças relevantes nos negócios da Braskem, a exemplo de excesso significativo de oferta por outros fabricantes que venham impactar negativamente as vendas futuras, com exceção dos ciclos constantes de altas e baixas de preços e de rentabilidade que, historicamente, estão associados aos negócios petroquímicos no mundo. Também não são esperadas novas tecnologias ou matérias primas que poderiam impactar negativamente o desempenho futuro da Braskem. A Braskem projeta continuar operando num ambiente regulatório que visa preservar o meio ambiente, o que está totalmente alinhado com suas práticas. Em razão de todas as análises efetuadas ao longo de 2012, a Administração da Braskem entendeu não ser necessário testar a recuperabilidade dos ativos dos segmentos operacionais Negócios Internacionais e Distribuição Química, assim como das UGC’s UNIB-Bahia e UNIB-Sudeste. A despeito dessa conclusão, a Braskem testou a recuperabilidade dos segmentos operacionais Poliolefinas e Vinílicos e da UGC UNIB-Sul, uma vez que a elas estão associados ágios de rentabilidade futura (Nota 18(a)). F-72 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 18 Intangível Custo Amortização acumulada Saldo em 31 de dezembro de 2011 Aquisições Ajustes de conversão de moeda estrangeira Transferências Transferências do imobilizado Outras baixas, líquidas de amortização Amortização Ativos não circulantes mantidos para venda Baixa por alienação de controlada Saldo contábil Custo Amortização acumulada Saldo em 31 de dezembro de 2012 (i) (ii) Ágios fundamentados em rentabilidade futura Marcas e Patentes Software e Direitos de Contratos Clientes e Fornecedores Total 3.194.545 (1.130.794) 2.063.751 189.745 (62.217) 127.528 410.231 (162.444) 247.787 671.190 (93.564) 577.626 4.465.711 (1.449.019) 3.016.692 (4.833) - 1.060 588 7.974 (8.924) - 15.734 1.369 (588) 18.178 (448) (53.181) (8.413) (1.950) 14.700 (56.992) - 15.734 17.129 26.152 (448) (119.097) (13.246) (1.950) 2.058.918 3.187.722 (1.128.804) 2.058.918 128.226 199.367 (71.141) 128.226 218.488 402.396 (183.908) 218.488 535.334 685.890 (150.556) 535.334 2.940.966 4.475.375 (1.534.409) 2.940.966 5,58% 11,75% 10,78% Taxas médias anuais de amortização (i) Transferência dos ativos e passivos da Quantiq e IQAG para a rubrica "Ativos não circulantes mantidos para venda" (Nota 6). (ii) Baixa por alienação das participações acionárias na Cetrel e Braskem Distribuidora (Nota 6). (a) Teste de recuperabilidade de ágios fundamentados em rentabilidade futura Os ágios da Companhia foram amortizados sistematicamente até dezembro de 2008. A partir de 2009, eles têm sido submetidos ao teste anual de impairment, conforme disposto no IAS 36. Em 31 de dezembro de 2012, os ágios da Companhia estão alocados à UGC da UNIB-Sul e aos segmentos operacionais de Poliolefinas e Vinílicos. A UGC UNIB-Sul pertence ao segmento operacional Petroquímicos Básicos que é dividido em três UGC’s. As outras UGC’s, denominadas UNIB-Bahia e UNIB-Sudeste, não têm ágio alocado. O segmento operacional Poliolefinas é dividido em duas UGC’s: Polietileno e Polipropileno. Parte das plantas industriais que compõem essas UGC’s foram adquiridas em uma combinação de negócios que resultou em um ágio baseado na rentabilidade futura dessas plantas. A Administração da Companhia estabeleceu que os benefícios da sinergia dessa transação devem ser associados a todas as unidades adquiridas e, por isso, o ágio reconhecido é alocado e monitorado no menor nível do grupo de ativos correspondente, que é o segmento operacional de Poliolefinas. F-73 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em outubro de 2012, a Braskem avaliou a recuperabilidade dos ágios dos segmentos operacionais Poliolefinas e Vinílicos e da UGC UNIB-Sul, através do método do valor em uso (fluxo de caixa descontado), e não identificou perda, conforme a seguir demonstrado: UGC/Segmentos operacionais UGC/UNIB - Sul Segmento operacional - Poliolefinas Segmento operacional - Vinílicos Ágios alocados Fluxo de caixa (FC) 926.854 939.711 192.353 15.016.575 24.193.198 5.808.680 Valor contábil (inclui ágio e capital de giro) 1.095.423 8.412.608 3.318.655 FC/Valor 13,7 2,9 1,8 As premissas utilizadas para determinar o fluxo de caixa descontado incluem: fluxo de caixa para 5 anos com base no Plano de Negócios, taxa de desconto baseada no Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) de 10,76% a.a. e sem taxa de crescimento real. (b) Análise de sensibilidade Dado o impacto potencial nos fluxos de caixa da “taxa de desconto” e da “taxa de crescimento para perpetuidade”, a Braskem efetuou análise de sensibilidade com mudanças nessas variáveis, cujos fluxos de caixa estão demonstrados na tabela abaixo: +0,5% on discount rate CGU and operating segments CGU - UNIB - South Operating segment - Polyolefins Operating segment - Vinyls 13.993.537 22.060.565 5.322.357 F-74 -0,5% on growth rate to perpetuity 14.210.390 22.481.489 5.414.768 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 19 Financiamentos Encargos financeiros anuais Atualização monetária Moeda estrangeira Bonds e Medium Term Notes (MTN) Adiantamentos de contrato de câmbio (i) Pré-pagamentos de exportações BNDES Notas de crédito para exportação Projetos (NEXI) (ii) Outros Outros Custos de transação Moeda nacional Notas de crédito para exportação BNDES BNB/ FINAME/ FINEP/ FUNDES BNB/ FINAME/ FINEP/ FUNDES Outros Outros Custos de transação Total Juros médios (exceto quando indicado) Nota 19 (a) Nota 19 (a) Variação cambial do US$ 1,54% Nota 19 (b) Nota 19 (b) Nota 19 (c) Nota 19 (c) Nota 19 (d) Nota 19 (d) Variação cambial do YEN 0,95% acima da Tibor Variação cambial do US$ 1,58% acima da Libor Correção monetária (UMBNDES)6,08% 2012 9.278.759 TJLP Correção monetária pós-fixada TJLP Nota 19 (d) Nota 19 (c) 7,08% 0,37% 106% do CDI 2,87% 131.668 513.610 1.781.346 495.260 413.722 787.687 723.153 917.283 768 26.318 476.086 (84.525) 2.384.414 2.281.814 2.381.892 2.556.521 605.273 504.476 25.746 40.372 - 148.158 7.292 - - (1.724) 17.511.638 Passivo circulante Passivo não circulante Total 6.147.427 173.939 (60.285) Nota 19 (d) Nota 19 (c) 2011 15.144.812 1.836.028 1.391.779 15.675.610 17.511.638 13.753.033 15.144.812 (i) A Companhia possui operações de derivativos contratadas para adiantamentos de contrato de câmbio a fim de compensar a flutuação do dólar (Nota 20.2.1(a.iv)). (i) Em junho de 2012, a Companhia liquidou no vencimento o financiamento em iene que detinha junto à Nippon Export and Investment Insurance (“NEXI”). F-75 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Bonds e MTN Data de emissão jul-1997 jan-2004 set-2006 jun-2008 mai-2010 mai-2010 out-2010 abr-2011 jul-2011 fev-2012 fev-2012 mai-2012 jul-2012 Total (i) (ii) (iii) (iv) Valor da emissão US$ mil 250.000 250.000 275.000 500.000 400.000 350.000 450.000 750.000 500.000 250.000 250.000 500.000 250.000 4.975.000 Vencimento jun-2015 jan-2014 jan-2017 jun-2018 mai-2020 mai-2020 sem vencimento abr-2021 jul-2041 abr-2021 sem vencimento mai-2022 jul-2041 Juros (% a.a.) 9.38 11.75 8.00 7.25 7.00 7.00 7.38 5.75 7.13 5.75 7.38 5.38 7.13 2012 134.175 169.609 275.270 1.026.894 820.621 722.596 935.776 1.545.798 1.053.701 516.995 519.876 1.030.598 526.850 9.278.759 2011 123.379 166.392 253.563 942.622 752.951 663.296 858.981 1.419.013 967.230 6.147.427 (i) Emissão adicional à captação que a Braskem Finance efetuou em abril de 2011, no montante de US$ 750 milhões. (ii) Emissão adicional à captação de bonds perpétuos que a Braskem Finance efetuou em outubro de 2010, no montante de US$ 450 milhões. (iii) Operação realizada pela Braskem Finance e pagamento de juros semestrais em 2 de maio e 2 de novembro de cada ano. (iv) Operação realizada pela Braskem America Finance. F-76 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) Pré-pagamentos de exportações (“EPP”) Data da operação dez-2005 jul-2006 jul-2006 mar-2007 abr-2007 mar-2010 mai-2010 jun-2010 dez-2010 mar-2011 Total (i) (i) (i) (ii) (i) (i) (iii) Valor inicial da operação US$ mil 55.000 95.000 75.000 35.000 150.000 100.000 150.000 150.000 100.000 200.000 1.110.000 Vencimento dez-2012 jun-2013 jul-2014 mar-2014 abr-2014 mar-2015 mai-2015 jun-2016 dez-2017 fev-2021 Encargos (% a.a) Var cambial US$ + Libor semestral + 1,60 Var cambial US$ + 3,17 Var cambial US$ + 2,73 Var cambial US$ + 4,10 Var cambial US$ + 3,40 Var cambial US$ + 4,67 Var cambial US$ + Libor semestral + 2,40 Var cambial US$ + Libor semestral + 2,60 Var cambial US$ + Libor semestral + 2,47 Var cambial US$ + Libor semestral + 1,20 2012 307.406 206.204 513.610 2011 25.803 33.416 72.696 47.147 282.206 190.808 282.093 281.869 187.783 377.525 1.781.346 (i) A Companhia antecipou a liquidação destes financiamentos. (ii) Em 31 de dezembro de 2012, esse financiamento da Braskem S.A. foi compensado com aplicação financeira da controlada Braskem Holanda (Nota 8). (iii) Esta operação estabelecia compromissos formais de financiamento (covenants) para a Companhia. Com a liquidação antecipada desta operação, fica extinto este compromisso. Esta era a única operação que estabelecia covenants para a Companhia. F-77 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iii) Financiamentos com o BNDES Projetos Ano da operação Vencimento Encargos (% a.a) Moeda estrangeira Diversos Diversos Planta PP - Paulinia Limite de crédito UNIB-Sul Expansão Braskem Qpar Expansão Braskem Qpar Limite de crédito I Planta PE verde Limite de crédito II Nova planta PVC Alagoas Limite de crédito III Planta butadieno (i) 2005/2006 (i) 2005/2006 (ii) 2006 (iii) 2006 (i) 2006/2007/2008 (i) 2006/2007/2008 (iii) 2007 2009 (iii) 2009 2010 (iii) 2011 2011 out-2016 jan-2013 jan-2015 jul-2014 abr-2016 jan-2015 abr-2015 jul-2017 jan-2017 jan-2020 out-2018 jan-2021 Variação cambial do US$ + 6,36 Correção monetária (UMBNDES) + 5,46 Variação cambial do US$ + 6,49 Variação cambial do US$ + 5,38 a 6,06 Variação cambial do US$ + 6,06 a 6,36 Correção monetária (UMBNDES) + 6,21 Variação cambial do US$ + 4,88 a 5,77 Variação cambial do US$ + 6,14 Variação cambial do US$ + 6,14 Variação cambial do US$ + 6,14 Variação cambial do US$ + 5,98 a 6,01 Variação cambial do US$ + 6,01 Moeda nacional Diversos Planta PP - Paulinia Limite de crédito UNIB-Sul Expansão Braskem Qpar Limite de crédito I Planta PE verde Limite de crédito II Limite de crédito II Nova planta PVC Alagoas Nova planta PVC Alagoas Limite de crédito III Limite de crédito III Planta butadieno (i) 2005/2006 (ii) 2006 (iii) 2006 (i) 2006/2007/2008 (iii) 2007 2008/2009 (iii) 2009 (iii) 2009 2010 2010 (iii) 2011 (iii) 2011 2011 set-2016 dez-2014 mai-2014 fev-2016 abr-2015 jun-2017 jan-2017 jan-2017 dez-2019 dez-2019 set-2018 jul-2018 dez-2020 TJLP + 2,40 a 2,80 TJLP + 2,40 a 3,40 TJLP + 2,02 a 3,00 TJLP + 1,00 a 3,30 TJLP + 1,81 a 2,32 TJLP + 0,00 a 4,78 TJLP + 2,58 a 3,58 4,50 TJLP + 0,00 a 3,58 5,50 TJLP + 2,05 a 3,45 4,00 TJLP + 2,15 a 3,45 Total 2012 2011 7.708 100 10.747 21.072 2.099 42.519 44.440 93.354 101.647 143.186 28.388 495.260 11.764 3.683 25.546 17.866 44.047 2.862 57.813 49.463 87.694 68.630 28.169 16.185 413.722 67.218 44.432 197.546 173.477 414.278 319.039 14.252 351.406 43.066 582.981 64.095 110.102 2.381.892 166.862 245.014 92.131 460.270 260.851 508.083 327.902 17.582 261.403 30.129 122.234 64.060 2.556.521 2.877.152 2.970.243 (i) A Companhia antecipou a liquidação destes financiamentos. (ii) A Companhia efetuou a liquidação antecipada parcial destes financiamentos. (iii) Referem-se a créditos rotativos, com limites estipulados pelo BNDES, cujos recursos são destinados à realização de investimentos correntes da Companhia e a investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Em dezembro de 2011, o BNDES aprovou um novo limite de crédito rotativo para a Companhia, no valor global de R$ 2,5 bilhões, que poderá ser utilizado durante 5 anos a partir da data de sua contratação. Os recursos estão sendo destinados ao plano de investimento da Companhia de 2011 a 2013. Até 31 de dezembro de 2012, foi liberado o montante de R$ 776 milhões, sendo que R$ 626 milhões foram liberados em 2012. F-78 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iv) Notas de crédito à exportação (“NCE”) Valor inicial da operação Data de emissão Moeda estrangeira nov-2006 abr-2007 mai-2007 jan-2008 mar-2008 Moeda nacional dez-2005 jan-2006 abr-2010 jun-2010 set-2010 fev-2011 abr-2011 jun-2011 ago-2011 out-2011 nov-2011 jan-2012 jun-2012 set-2012 out-2012 nov-2012 Total (i) (i) jan-1900 jan-1900 (ii) jan-1900 (iii) jan-1900 (iii) jan-1900 (i) jan-1900 jan-1900 Vencimento Encargos (% a.a) 167.014 101.605 146.010 266.430 41.750 722.809 mai-2018 mar-2018 mai-2019 fev-2020 mar-2016 Var cambial US$ + 8,10 Var cambial US$ + 7,87 Var cambial US$ + 7,85 Var cambial US$ + 7,30 Var cambial US$ + 7,50 100.000 11.500 50.000 200.000 71.000 250.000 450.000 80.000 400.000 250.000 400.000 200.000 100.000 300.000 85.000 100.000 3.047.500 mar-2014 jan-2014 mar-2014 jun-2014 set-2012 fev-2014 abr-2019 jun-2014 ago-2019 abr-2012 nov-2019 dez-2013 jun-2014 set-2015 set-2014 nov-2013 106% do CDI 108% do CDI 100% do CDI 100% do CDI 100,7% do CDI 99% do CDI 112,5% do CDI 98,5% do CDI 112,5% do CDI 108,3% do CDI 112,5% do CDI 103% do CDI 103% do CDI 103% do CDI 98,5% do CDI 106% do CDI 2012 2011 161.150 104.029 154.298 315.973 52.237 787.687 147.991 95.533 141.636 290.043 47.950 723.153 65.678 256.471 297.434 456.876 91.563 402.527 217.320 103.818 305.684 86.419 100.624 2.384.414 105.345 7.731 60.861 237.590 81.818 274.613 461.209 84.572 404.267 158.568 405.240 2.281.814 (i) Financiamentos liquidados antecipadamente. (ii) A Companhia possuía operação de swap contratada para este financiamento, a qual foi designada como hedge accounting. Tanto o financiamento quanto o swap foram liquidados no vencimento da operação. (iii) A Companhia possui operações de swap contratadas para esses contratos de NCE a fim de compensar a flutuação do CDI (Nota 20.2.1(a.i)). F-79 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (v) Agenda de pagamentos O montante dos financiamentos com vencimento a longo prazo tem a seguinte composição, por ano de vencimento: 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2021 and thereafter Total (vi) 2012 2011 1.759.551 1.515.498 1.092.519 715.362 1.512.383 1.146.166 1.884.761 2.059.513 3.989.857 15.675.610 1.252.464 1.781.917 1.123.509 1.204.472 565.456 1.331.131 1.536.264 1.754.200 1.430.065 1.773.555 13.753.033 Encargos financeiros capitalizados A Companhia capitalizou encargos financeiros durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, no montante de R$ 162.227 (2011 – R$ 101.721), incluindo variação monetária e parte da variação cambial. A taxa média de encargos praticada no exercício foi de 6,98% (2011 – 7,68% a.a.). (vii) Garantias A Braskem concedeu garantias para parte de seus financiamentos conforme indicado a seguir: Financiamento BNB BNDES FUNDES FINEP FINAME Outros Total (viii) Vencimento dez-2022 jan-2021 mai-2020 jan-2019 fev-2022 mai-2013 Saldo do financiamento 2012 310.107 2.877.152 215.022 100.912 4.978 8.060 3.516.231 Total garantido Garantias 310.107 2.877.152 215.022 100.912 5.883 8.060 3.517.136 Hipoteca de plantas e penhor de máquinas e equipamentos Hipoteca de plantas, terrenos e imóveis e penhor de máquinas e equipamentos Hipoteca de plantas, terrenos e imóveis e penhor de máquinas e equipamentos Fiança bancária Alienação fiduciária de equipamentos Hipoteca de planta e Nota Promissória Compromissos formais dos financiamentos (“Covenants”) A Companhia liquidou todos os contratos de financiamento que estabeleciam limites para determinados indicadores ligados à capacidade de endividamento e de pagamentos de juros. F-80 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20 Instrumentos financeiros 20.1 Instrumentos financeiros não-derivativos Classificação por categoria Caixa e equivalentes de caixa Caixa e bancos Aplicações financeiras no Brasil Aplicações financeiras no Brasil Aplicações financeiras no exterior (a) Hierarquia de valor justo Nota 2012 Saldo contábil 2011 2012 Valor justo 2011 398.142 393.348 899.816 1.596.316 3.287.622 349.916 435.580 1.464.245 737.078 2.986.819 398.142 393.348 899.816 1.596.316 3.287.622 349.916 435.580 1.464.245 737.078 2.986.819 50.803 5.256 15.731 3.023 77.469 513 36.410 10.716 50.803 5.256 15.731 3.023 77.469 513 36.410 10.716 7 Empréstimos e recebíveis Mantidos para negociação Empréstimos e recebíveis Mantidos para negociação Nível 2 Nível 2 8 Aplicações financeiras Aplicações do FIM Sol Aplicações em moeda estrangeira Aplicações em moeda estrangeira Ações Aplicações do FIM Sol Aplicações financeiras no Brasil Quotas de fundo de investimentos em direitos creditórios Depósitos restritos Mantidos até o vencimento Mantidos até o vencimento Contas a receber de clientes Empréstimos e recebíveis Créditos com empresas ligadas Ativos Passivos Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis Demais contas a receber Alienação de participações acionárias Empréstimos e recebíveis Fornecedores Outros passivos financeiros Financiamentos Moeda estrangeira Moeda nacional Mantidos para negociação Mantidos para negociação Mantidos até o vencimento Mantidos para negociação Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis Nível 2 Nível 2 Nível 1 9 3.023 116.007 3.023 116.007 52.559 1.281 206.635 34.720 4.173 205.049 52.559 1.281 206.635 34.720 4.173 205.049 2.364.222 1.894.812 2.364.222 1.894.812 141.539 - 144.760 44.833 141.539 - 144.760 44.833 11 6 652.100 652.100 8.897.597 6.847.340 8.897.597 6.847.340 Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros 12.166.538 5.404.617 17.571.155 9.699.720 5.531.341 15.231.061 12.920.332 5.405.688 18.326.020 9.956.792 5.531.765 15.488.557 Debêntures Outros passivos financeiros - 19.102 - 19.102 Demais contas a pagar Credores por aquisição de ações Contas a pagar à acionista não controlador Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros 256.030 260.649 516.679 235.968 256.030 260.649 516.679 235.968 19 27 235.968 235.968 Valor justo O valor justo dos ativos e passivos financeiros é estimado como o valor pelo qual o instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes dispostas a negociar, e não em uma venda ou liquidação forçada. Os seguintes métodos e premissas foram utilizados para estimar o valor justo: (i) ativos financeiros mantidos para negociação são valorizados de acordo com a hierarquia do valor justo (Nível 1 e Nível 2), com inputs usados nos processos de mensuração obtidos de fontes que refletem os preços observáveis mais atuais de mercado. (ii) contas a receber de clientes e fornecedores se aproximam de seu respectivo valor contábil devido ao vencimento no curto prazo desses instrumentos. (iii) o valor justo de partes relacionadas é igual ao valor contábil. F-81 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iv) o valor justo dos financiamentos é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratual futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Braskem em instrumentos financeiros similares. (v) o valor justo das debêntures é obtido através de preços do mercado secundário divulgados na Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (ANDIMA). (b) Hierarquia de valor justo A Companhia aplica o IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial e que requerem a divulgação das mensurações pelo nível da seguinte hierarquia de valor justo: Nível 1 – valor justo obtido através de preços cotados (sem ajustes) nos mercados ativos para ativos ou passivos idênticos, como, por exemplo, a bolsa de valores; e Nível 2 – valor justo obtido por modelos de fluxo de caixa descontado, quando o instrumento é uma compra ou venda a termo ou contrato de swap ou por modelos de avaliação de contratos de opções, tais como o modelo BlackScholes, quando o derivativo possui características de opção. As premissas de avaliação (inputs dos modelos) são obtidas de fontes que refletem os preços observáveis mais atuais de mercado, particularmente as curvas de juros e de cotações futuras de moedas divulgadas pela Bolsa de Mercadorias e Futuros, as taxas de câmbio à vista, divulgadas pelo Banco Central do Brasil e as curvas internacionais de juros divulgadas por serviços de cotações largamente conhecidos, como Bloomberg ou Reuters. 20.2 Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos são apresentados no balanço patrimonial pelo seu valor justo, em conta de ativo ou passivo, conforme o valor justo represente um saldo positivo ou negativo para a Braskem, respectivamente. Os instrumentos financeiros derivativos são obrigatoriamente classificados como “mantidos para negociação”. As variações periódicas do valor justo dos derivativos são reconhecidas como receita ou despesa financeira no mesmo período em que ocorrem, exceto quando o derivativo for designado e qualificado para hedge accounting. Todos os instrumentos financeiros derivativos detidos em 31 de dezembro de 2012 foram celebrados em mercado de balcão, com contrapartes financeiras de grande porte, sob o abrigo de contratos globais de derivativos, no Brasil ou no exterior, sendo o seu valor justo classificado como de Nível 2. A Política Financeira da Braskem prevê um programa contínuo de hedge de curto prazo para o risco cambial proveniente de suas operações e de itens financeiros. Os demais riscos de mercado são abordados na medida em que são introduzidos para cada operação. De um modo geral, a Braskem inclui o julgamento da necessidade de hedge durante a análise de operações prospectivas e procura realizá-lo sob medida para as operações consideradas, além de preservá-lo pelo prazo integral da operação que estiver sendo coberta. A Braskem pode eleger derivativos como hedge para aplicação de hedge accounting, conforme os IAS 39-32 e IFRS 7. A designação para hedge accounting não é obrigatória. Em geral, a Braskem optará por designar derivativos como hedge accounting quando for esperado que a aplicação proporcione uma melhoria relevante na demonstração do efeito compensatório dos derivativos sobre as variações dos itens objeto de hedge. F-82 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20.2.1 Movimentação dos instrumentos financeiros derivativos Ide ntificação O pe raçõe s não de signadas para hedge accounting Swap de câmbio (i) Swap de câmbio Swap recompra de ações (3° programa) Swap recompra de ações (4° programa) Swap de commodity - nafta (ii) T ermo de mercadoria - etanol (ii) Swap de crack de nafta (ii) Non-deliverable forward ("NDF") - etanol (ii) Contrato de compra futura de etanol (ii) Contrato de venda futura em euro (ii) Swap de câmbio O pe raçõe s designadas para hedge accounting Swaps de taxa de juros Swaps de taxa de juros (iv) (v) Nota 20.2.1 (a.i) Nota 20.2.1 (a.ii) Nota 20.2.1 (a.iii) Nota 20.2.1 (a.iv) Hierarquia de valor justo Características das operação Exposição do principal Prote ção Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 1 Nível 1 Nível 2 Iene CDI Valor da ação Valor da ação Preço fixo Preço variável Brent (iii) Reais Preço fixo Reais Dólar Nível 2 Nível 2 Libor T axa pré-contratual Ativo circulante (demais contas a receber) Passivo circulante (operações de derivativos) Passivo não circulante (operações de derivativos) Variação do Saldo e m 2011 valor justo (Nota 20.2.2) Liquidação finance ira CDI Dólar CDI CDI Preço variável Preço fixo Nafta Dólar Preço variável Euro CDI 649 70.969 2.263 480 (202) 74.159 (142) 189.440 (4.305) (100) (24) (51) 543 14.899 31 149 5.466 205.906 (507) 26.208 2.042 100 (456) 253 (543) (13.108) (29) (149) (498) 13.313 T axa fixa CDI 19.309 (833) 18.476 (685) (1.263) (1.948) (18.624) 2.096 (16.528) (1.035) 83.392 10.278 92.635 Saldo e m 2012 286.617 1.791 2 4.968 293.378 293.378 293.378 (i) Em junho de 2012, a Companhia liquidou no vencimento o financiamento em iene que detinha junto ao NEXI. (ii) A Companhia contratou derivativos de commodities via swap e futuros de nafta e etanol com o objetivo de proteção das flutuações do preço de matéria prima a que estavam expostas algumas transações. (iii) Brent – referência do preço do petróleo. (iv) A Companhia antecipou a liquidação dos financiamentos objetos de hedge accounting (Nota 19(b.i)). (v) Em setembro de 2012, a Companhia liquidou no vencimento o contrato de NCE que estava designado como hedge accounting (Nota 19(d)). As contrapartes desses contratos são monitoradas diariamente com base na análise dos seus respectivos ratings e Credit Default Swap - CDS. A Braskem possui diversos mitigadores bilaterais de riscos em seus contratos de derivativos, como a possibilidade de depositar ou solicitar depósitos de margem de garantia das contrapartes que achar conveniente. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia possui depósito de garantia relacionado ao swap de câmbio do NCE (Nota 20.2.1(a.i)), no montante de R$ 185.000. F-83 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Operações não designadas para hedge accounting A Companhia possui operações que não foram designadas como hedge accounting dado que os riscos dos principais protegidos são satisfatoriamente representados pelos seus resultados concomitantes da variação dos índices de exposição do principal e da variação do valor justo dos derivativos. As variações periódicas do valor justo desses derivativos são registradas como receita ou despesa financeira no mesmo período em que ocorrem. No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Companhia reconheceu uma despesa financeira de R$ 209.603. (a.i) Swaps ligados a NCE A Companhia contratou swaps para compensar a flutuação de taxas de contratos de NCE (Nota 19(d)). Nessas operações, a Companhia recebe 112,5% do CDI e paga taxa fixa do cupom cambial, periodicamente, de forma coincidente com o fluxo de caixa da dívida. Identificação Swap NCE I Swap NCE II Swap NCE III Swap NCE IV Swap NCE V Swap NCE VI Swap NCE VII Total Taxa de juros (proteção) 5,44% 5,40% 5,37% 5,50% 5,50% 5,43% 4,93% Valor nominal 200.000 100.000 100.000 100.000 100.000 150.000 100.000 850.000 Vencimento ago-2019 ago-2019 ago-2019 abr-2019 abr-2019 abr-2019 abr-2019 No passivo circulante (operações de derivativos) Total (a.ii) 2012 82.812 39.008 37.333 29.904 29.250 38.585 29.725 286.617 286.617 286.617 Valor justo 2011 32.023 13.952 12.512 6.267 6.215 70.969 70.969 70.969 NDF - etanol A Companhia contratou NDFs para trocar a exposição da matéria prima etanol (negociada em real), que é utilizada para fabricar o polietileno verde, que por sua vez é negociada em dólar. Nessa operação, a Companhia troca a exposição de preços em real para dólar. Identificação NDF NDF NDF NDF Total Câmbio fixo (proteção) 1,9237 1,8552 1,8102 1,8580 Valor nominal 5.690 5.514 3.014 4.545 18.763 No passivo circulante (operações de derivativos) Total Vencimento jan-2013 jan-2013 jan-2013 jan-2013 2012 366 569 394 462 1.791 1.791 1.791 F-84 Valor justo 2011 - - Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a.iii) Compra futura de etanol A Companhia contratou operações de swaps de moeda via futuros, com o objetivo de proteção do fluxo de caixa, trocando exposição de preços em real para dólar, uma vez que o etanol (matéria prima utilizada na produção do polietileno verde) é negociado em reais. Identificação Compra futura de etanol - BMF Valor nominal 251 251 Preço fixo - R$/m3 (proteção) 1.195,00 Vencimento jan-2013 No passivo circulante (operações de derivativos) Total (a.iv) 2012 2 2 Valor justo 2011 - 2 2 - Swap de câmbio A Companhia contratou swaps para compensar a flutuação de taxas de contratos de ACC (Nota 19). Nessas operações, a Companhia recebe taxa fixa e variação cambial e paga percentual da variação do CDI, periodicamente, de forma coincidente com o fluxo de caixa da dívida. Identificação Swap ACC Swap ACC Total Taxa de juros (proteção) 99,85% CDI 99,75% CDI Valor nominal 35.000 50.000 85.000 No passivo circulante (operações de derivativos) Total (b) Vencimento nov-2013 nov-2013 2012 2.180 2.788 4.968 4.968 4.968 Valor justo 2011 - - Operações designadas para hedge accounting Em 31 de dezembro de 2012, as operações designadas para hedge accounting haviam sido liquidadas. (b.i) Teste da efetividade das operações designadas para hedge accounting Durante o exercício, a Companhia demonstrou que os derivativos mantidos como hedge accounting foram efetivos em compensar as variações do item protegido durante o período desde a contratação dos derivativos até a liquidação das operações e que todas as demais condições para qualificação desses instrumentos para hedge accounting foram atendidas. Consequentemente, a parcela efetiva da variação de valor justo desses derivativos, no valor líquido de R$ 1.948 (Nota 20.2.2), foi registrada como “outros resultados abrangentes”, sendo totalmente transferida para o resultado após a liquidação das operações. (c) Perda máxima estimada Em 31 de dezembro de 2012, o valor em risco dos derivativos detidos pela Braskem definido como a maior perda que se pode ocasionar em um mês e em 95% dos casos, em condições normais de mercado, foi estimado pela Companhia em US$ 19.565 mil para os swaps EPP e US$ 3.361 mil para o swap NCE. F-85 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20.2.2 Composição das operações de hedge apresentadas em “outros resultados abrangentes”, no patrimônio líquido Os derivativos designados como “hedge de fluxo de caixa” geraram impacto em “outros resultados abrangentes”. As apropriações de juros por atingimento de competência são alocadas na rubrica de despesas com juros no grupo de despesas financeiras. O resumo da sua movimentação é dado abaixo: Swaps EPP Swaps NCE 2011 Apropriação de juros por atingimento de competência (17.071) 833 (16.238) 16.386 (2.096) 14.290 Variação no valor justo 685 1.263 1.948 2012 - No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a apropriação de juros por atingimento de competência e variação do valor justo dos derivativos designados como “hedge de fluxo de caixa” somaram R$ 16.238, que com efeito de imposto de renda e contribuição social de R$ 5.522, totaliza R$ 10.716, movimentados em “outros resultados abrangentes” (Nota 29(i)). 20.3 Qualidade do crédito dos ativos financeiros (a) Contas a receber de clientes Praticamente nenhum dos clientes da Braskem possuem classificação de risco concedida por agências avaliadoras. Por essa razão, a Braskem desenvolveu um sistema próprio que gera a classificação de risco para a totalidade dos títulos a receber de clientes nacionais e parte dos títulos de clientes no exterior. A Braskem não aplica essa avaliação para todos os clientes do exterior porque grande parte dos títulos a receber está garantida por apólice de seguro ou cartas de crédito emitidas por bancos. Em 31 de dezembro de 2012, a classificação do risco está demonstrada a seguir: 1 2 3 4 5 Risco Mínimo Risco Baixo Risco Médio Risco Alto Risco Muito Alto Percentual (%) 2012 2011 24,09 21,19 33,04 32,04 30,25 33,68 4,24 4,23 8,38 8,85 (*) (*) A maioria dos clientes nesta faixa está inativa e os respectivos títulos estão em fase de cobrança judicial. Os clientes desta faixa que ainda estão ativos compram da Braskem com pagamento antecipado. F-86 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Indicadores de inadimplência nos períodos findos em: Mercado interno (UDM) 0,28% 0,18% 0,13% 31 de dezembro de 2012 31 de dezembro de 2011 31 de dezembro de 2010 Mercado externo (UDM) 0,37% 0,43% 0,37% UDM – Últimos doze meses (b) Demais ativos financeiros Para determinação dos ratings na avaliação do risco das contrapartes dos ativos financeiros classificados em caixa e equivalentes de caixa, mantidos para negociação, mantidos até o vencimento e empréstimos e recebíveis, a Braskem utiliza as agências de risco Standard & Poors, Moody’s e Fitch. Ativos financeiros com avaliação de risco AAA AA+ AA AAA+ A ABB+ B+ Ativos financeiros sem avaliação de risco Quotas de fundos de investimentos em direitos creditórios (i) Fundos diversos (ii) Depósitos restritos (iii) Outros ativos financeiros sem avaliação de risco Total 2012 2011 2.484.788 190.660 5 449.555 120.123 19 80.231 3.325.381 2.868.992 206 72.029 96.464 28 71.367 19.028 3.590 3.131.704 103.359 60.356 1.281 3.880 168.876 34.720 10.723 4.173 10.548 60.164 3.494.257 3.191.868 (i) (ii) Ativos financeiros sem avaliação de risco interna e externa e que foram aprovados pela Administração da Companhia. Fundos de investimentos cuja carteira é composta de ativos de instituições financeiras de grande porte e que estão de acordo com a política financeira da Braskem. (iii) Ativos financeiros sem risco. A política financeira da Braskem determina “A-” como o rating mínimo de investimento em aplicações financeiras. Em 31 de dezembro de 2011, os saldos classificados como “B+” e “BB+”, referiam-se a saldos da controlada em conjunto Propilsur, no montante de R$ 19.028, e Depósitos a Prazo com Garantia Especial – DPGE’s, no montante de R$ 3.590. DPGE’s possuem garantia de Fundo Garantidor de Crédito – FGC, o que torna esses investimentos adequados à política da Braskem. F-87 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20.4 Análise de sensibilidade Os instrumentos financeiros, incluindo derivativos, podem sofrer variações de valor justo em decorrência da flutuação de preços de commodities, taxas de câmbio, taxas de juros, ações e índices de ações, índices de preços, e outras variáveis. As avaliações da sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos e não-derivativos a essas variáveis são apresentadas a seguir. (a) Seleção dos riscos Em 31 de dezembro de 2012, os principais riscos que mais podem afetar o valor dos instrumentos financeiros da Braskem são: • • • • taxa de câmbio dólar-real; taxa de juros flutuante Libor; taxa de juros CDI; e taxa de juros TJLP. Para efeito da análise de sensibilidade a riscos, a Braskem apresenta as exposições a moedas como se fossem independentes, ou seja, sem refletir na exposição a uma taxa de câmbio os riscos de variação de outras taxas de câmbio que poderiam ser indiretamente influenciadas por ela. (b) Seleção dos cenários Em consonância com a Instrução CVM nº 475/08, a Braskem inclui na análise de sensibilidade três cenários, sendo um provável e dois que possam representar efeitos adversos para a Braskem. Na elaboração dos cenários adversos, a Braskem considerou apenas o impacto das variáveis sobre os instrumentos financeiros, incluindo derivativos, e nos itens cobertos por operações de hedge. Não foi considerado o impacto global nas operações da Braskem, tal como o devido a revalorização de estoques e receitas e custos futuros. Dado que a Braskem administra sua exposição cambial em base líquida, efeitos adversos verificados com uma alta do dólar contra o real podem ser compensados por efeitos opostos nos resultados operacionais da Braskem. (b.1) Cenário provável O cenário provável da taxa de câmbio dólar-real e da taxa de juros CDI levou em conta a pesquisa Focus que foi divulgada pelo Banco Central do Brasil em 28 de dezembro de 2012, tomado como base a data de 31 de dezembro de 2012. A Focus tem como objetivo a apresentação dos resultados da pesquisa de expectativa de mercado, baseada em levantamentos de previsões de instituições financeiras e não financeiras. De acordo com a Focus, ao final de 2013, o dólar se apreciará em 1,3% frente ao real de fechamento de 2012 e o CDI apresentará uma taxa de 7,25%. A pesquisa Focus não divulga previsões para as taxas de juros Libor e TJLP. Dessa forma, a Companhia levou em conta a expectativa da taxa de juros CDI para determinar o cenário provável daquelas taxas, por serem correspondentes. F-88 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b.2) Cenário adverso possível e adverso extremo Para a taxa de câmbio dólar-real foi considerada uma variação positiva de 25% para o cenário adverso possível e de 50% para o cenário extremo, em relação à cotação em 31 de dezembro de 2012. Para a taxa de juros CDI foi considerado uma variação positiva de 25% para o cenário adverso possível e de 50% para o cenário extremo, em relação ao seu nível em 31 de dezembro de 2012. Para a taxa de juros Libor foi considerado uma variação positiva de 25% para o cenário adverso possível e de 50% para o cenário extremo, em relação ao seu nível em 31 de dezembro de 2012. Para a taxa de juros TJLP foi considerado um acréscimo de 0,5% para o cenário adverso possível e de 1% para o cenário extremo, em relação ao seu nível em 31 de dezembro de 2012, de acordo com o movimento do governo nos últimos anos de corte ou acréscimo nessa ordem de escala. Os valores de sensibilidade na tabela (c) a seguir são de variações do valor dos instrumentos financeiros sob cada cenário. As tabelas (d), (e) e (f), apresentam as variações de fluxos de caixa futuros. (c) Sensibilidade à taxa de câmbio dólar-real A sensibilidade de cada instrumento financeiro, incluindo derivativos e itens por eles cobertos, à variação da taxa de câmbio dólar-real, é apresentada na tabela abaixo: Instrumento Provável (256.545) (13.715) (47.079) (61) (14.201) 53.980 (28.073) Bonds e MTN BNDES Capital de giro / operações estruturadas Financiamentos de matérias-primas Pré-pagamentos de exportações Aplicações financeiras no exterior Swaps (d) Adverso possível (25% ) (2.319.690) (124.013) (47.079) (550) (128.403) 488.093 (251.664) Adverso extremo (50% ) (4.639.380) (248.027) (47.079) (1.101) (256.805) 976.186 (510.037) Sensibilidade dos fluxos de caixa futuros à taxa de juros flutuantes Libor A sensibilidade das receitas e despesas futuras com juros de cada instrumento financeiro, incluindo o efeito de derivativos e itens por eles cobertos, é apresentada na tabela abaixo. Os números representam o impacto nas receitas (despesas) financeiras considerando o prazo médio do respectivo instrumento. Instrumento Capital de giro / operações estruturadas Pré-pagamentos de exportações Provável (172) (200) F-89 Adverso possível (25% ) (1.904) (2.207) Adverso extremo (50% ) (3.800) (4.395) Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (e) Sensibilidade dos fluxos de caixa futuros à taxa de juros CDI A sensibilidade de cada instrumento, incluindo derivativos e itens por eles descobertos, à variação da taxa de juros CDI, é apresentada na tabela abaixo: Instrumento Notas de crédito para exportação Nota de crédito agrícola Capital de giro / outros Aplicações financeiras no Brasil (f) Provável (252) (2.716) (243) 2.186 Adverso possível (25% ) (2.758) (29.564) (2.654) 24.181 Adverso extremo (50% ) (5.431) (58.013) (5.225) 48.489 Sensibilidade dos fluxos de caixa futuros à taxa de juros TJLP A sensibilidade de cada instrumento financeiro à variação da taxa de juros TJLP é apresentada na tabela abaixo: Instrumento Provável 38.137 144 67 BNDES FINEP Outros agentes governamentais 21 Adverso possível TJLP + 0,5% (36.892) (142) (66) Tributos a recolher Nota 2012 2011 71.440 5.764 54.987 72.435 1.237.156 59.630 38.654 7.172 21.787 94.668 1.669.976 64.521 2.538 2.132 1.460 40.463 5.925 - Total 1.507.542 1.943.166 No passivo circulante No passivo não circulante Total 342.789 1.164.753 1.507.542 329.987 1.613.179 1.943.166 Controladora e controladas no Brasil IPI PIS e COFINS IR e CSL ICMS Programa de parcelamento - Lei 11.941/09 Outros (a) (b) Controladas no exterior Imposto sobre o valor agregado Imposto sobre a renda Outros (a) Adverso extremo TJLP + 1% (72.599) (281) (132) ICMS Em 31 de dezembro de 2011, o saldo de ICMS a pagar consolidado incluía o valor de R$ 53.017, referentes ao ICMS devido na importação de equipamentos e peças destinados à construção do parque industrial da controlada Riopol. Em 2012, a Companhia entrou com processo de consulta formal perante a Secretaria da Fazenda (“SEFAZ”) – RJ, que dispensou a Riopol do pagamento desse imposto, que venceria em março de 2012. Dessa forma, foram baixados os valores a pagar e o correspondente crédito para aproveitamento fiscal. F-90 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Parcelamento da Lei 11.941/09 Em 2009, a Braskem S.A. e as controladas Braskem Qpar e Braskem Petroquímica aderiram ao parcelamento de débitos tributários federais estabelecido pela Lei 11.941 de 27 de maio de 2009. Os parcelamentos foram diferidos para pagamentos em até 180 meses que é o limite máximo permitido pela referida lei. Essa norma também prevê a possibilidade de amortização de, pelo menos 12 parcelas com a mesma redução de multa e juros aplicáveis ao pagamento à vista de débitos tributários consolidados ao amparo dessa lei. Em junho de 2011, a Receita Federal disponibilizou o programa para consolidar os débitos do referido parcelamento. O valor consolidado do parcelamento totalizou R$ 1.664.907, a ser pago em parcelas mensais e consecutivas de R$ 10.678, corrigidas pela Selic, a partir daquele mês. Em junho de 2012, a Administração da Companhia decidiu antecipar a liquidação de parte do parcelamento da Braskem S.A., amortizando de uma só vez 72 parcelas que montavam R$ 403.821. Aplicando-se os benefícios de pagamento à vista sobre a amortização, a Braskem desembolsou R$ 301.841 em 31 de julho de 2012. Essa redução, no valor de R$ 101.980, foi tratada da seguinte forma (i) o valor correspondente aos tributos parcelados, R$ 80.496, foi registrado na rubrica “outras receitas (despesas) operacionais, líquidas”; e (ii) sua atualização pela Selic, desde a data do parcelamento, foi registrada no “resultado financeiro”, no montante de R$ 21.484. Conforme estabelecido na referida Lei, a Braskem perderá todas as reduções de encargos moratórios se ocorrer inadimplência de três prestações, consecutivas ou não. O saldo consolidado em 31 de dezembro de 2012 será pago em até 142 meses. F-91 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22 22.1 Imposto de renda (“IR”) e contribuição social sobre o lucro (“CSL”) Reconciliação dos efeitos do IR e da CSL no resultado Prejuízo antes do IR, CSL e participação de acionistas não controladores em controladas IR e CSL - calculado às alíquotas oficiais Ajustes permanentes nas bases de cálculo do IR e da CSL IR e CSL sobre resultado de participação societária Efeitos dos parcelamentos de tributos IR e CSL constituídos de anos anteriores (i) Benefícios fiscais (Sudene e PAT) CSL - constituída de anos anteriores Results from business combination Outros ajustes permanentes Efeito do IR e CSL no resultado 2012 2011 2010 (1.833.714) (917.852) 1.867.577 623.463 312.070 (634.976) (7.548) 27.374 1.652 1.112 13.896 73.773 9.471 10.215 (37.324) 7.662 282.997 5.479 (18.186) 331.596 31.527 654.412 373.742 6.099 Composição do IR e da CSL: IR e CSL - correntes Benefícios fiscais (Sudene e PAT) CSL - constituída de anos anteriores IR e CSL - correntes IR e CSL - diferidos operações em continuidade IR e CSL - diferidos Total do IR e CSL no resultado (i) (17.269) (5.492) (43.182) 5.479 (18.186) (55.889) 61.988 (17.269) 810.645 (138.964) 671.681 (5.492) 379.234 379.234 61.988 654.412 373.742 6.099 Constituição de IR e CSL diferidos sobre despesas não dedutíveis de períodos anteriores, em especial perdas por impairment de plantas industriais paralisadas, cuja realização do ativo fiscal correspondente se tornou provável em 2011. F-92 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22.2 IR e CSL diferidos (a) Composição e movimentação do IR e CSL diferidos Impacto no resultado / (despesa) receita Imposto diferido ativo Prejuízos fiscais (IR) e base negativa (CSL) Ágios amortizados Variações cambiais Provisões temporárias Combinação de negócios Plano de pensão Baixa do diferido Outros Total do ativo Em 31 de dezembro de 2011 Operações em continuidade Operações descontinuadas 545.147 63.821 11.979 243.806 238.314 45.604 82.952 5.521 1.237.144 693.162 (32.389) 203.566 129.900 5.203 4.308 (22.892) 980.858 (138.964) (138.964) Impacto no patrimônio / (redução) aumento Baixa de investimento por alienação Transferência para ativo mantido para venda Em 31 de dezembro de 2012 (399) (15.006) (2.491) (5.521) (5.920) (15.006) (2.491) 1.099.345 31.432 215.545 355.810 243.517 49.912 60.060 0 2.055.621 Impacto no patrimônio / (aumento) redução Baixa de investimento por alienação Transferência para passivo mantido para venda Em 31 de dezembro de 2012 0 586.857 391.224 0 327.500 624.817 1.781 154.189 52.254 2.138.622 Impacto no resultado / (despesa) receita Imposto diferido passivo Amortização de ágios fundamentos em rentabilidade futura Depreciação fiscal Variações cambiais Provisões temporárias Combinação de negócios Baixa do deságio de empresa incorporada Indexação adicional ao imobilizado Outros Total do passivo Em 31 de dezembro de 2011 Operações em continuidade 474.985 213.684 54.275 321.033 667.040 2.375 168.220 51.741 1.953.353 111.872 177.540 (54.275) (21.500) (42.223) (594) (14.031) 13.424 170.213 Operações descontinuadas 0 27.967 - F-93 (12.911) 15.056 0 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Realização do IR e CSL diferidos Nota 2012 2013 2014 e 2015 2016 e 2017 2018 em diante 2.19 (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) 0 1.099.345 31.432 215.545 355.810 243.517 49.912 60.060 2.055.621 4.926 19.368 0 161.071 0 49.912 22.087 257.364 573.375 4.035 0 19.291 0 0 33.780 630.481 324.115 2.963 0 13.580 0 0 4.193 344.851 196.929 5.066 215.545 161.868 243.517 0 0 822.925 Imposto diferido passivo Nota 2012 2013 2014 e 2015 2016 e 2017 2018 em diante Amortização de ágios fundamentos em rentabilidade futura Depreciação fiscal Provisões temporárias Combinação de negócios Baixa do deságio de empresa incorporada Indexação adicional ao imobilizado Outros Total do passivo (vii) (viii) (ix) (x) (xi) (xii) 586.857 391.224 327.500 624.817 1.781 154.189 52.254 2.138.622 0 0 32.957 40.469 594 16.232 0 90.252 0 0 65.914 80.938 1.187 32.463 0 180.502 0 0 67.534 80.938 0 32.463 0 180.935 586.857 391.224 161.095 422.472 0 73.031 52.254 1.686.933 Imposto diferido ativo Prejuízos fiscais (IR) e base negativa (CSL) Ágios amortizados Variações cambiais Provisões temporárias Combinação de negócios Plano de pensão Baixa do diferido Total do ativo 0 Fundamentação para constituição e realização: (i) Ágios contábeis de investimentos incorporados, amortizados antes da Lei 11.638/07 que estão controlados no LALUR. A realização fiscal é feita com base na regra fiscal de amortização. (ii) Variação cambial de ativos e passivos em moeda estrangeira cuja realização fiscal se dará pelo recebimento ou pagamento dos títulos. (iii) Despesas contábeis ainda não dedutíveis para apuração do IR e CSL cujo aproveitamento fiscal ocorrerá em períodos seguintes. (iv) Refere-se a: (i) ágio fiscal gerado na aquisição da Quattor; e (ii) contingências reconhecidas na combinação de negócios da Quattor. A realização fiscal dos ágios se dará quando da incorporação do investimento e das contingências a partir das baixas por liquidação ou reversão dos processos envolvidos. (v) Provisão do plano de benefício definido da Petros Copesul, com realização prevista para 2013. (vi) Valores constituídos sobre os ativos diferidos baixados pela aplicação da Lei 11.638/07. A realização fiscal é feita conforme aplicação da taxa de amortização utilizada antes da aplicação dessa lei. (vii) Ágios de rentabilidade futura de empresas incorporadas que não são amortizados contabilmente desde a aplicação da Lei 11.638/07. A realização fiscal está associada ao impairment ou realização dos ativos relacionados ao ágio. (viii) Diferença entre as taxas de depreciação contábil e fiscal conforme Parecer Normativo nº 1 de 29 de julho de 2011. (ix) Receitas contábeis ainda não tributáveis para apuração do IR e CSL cuja tributação ocorrerá em períodos seguintes. (x) Valores de mais valia de imobilizado e intangíveis identificados nas combinações de negócios da Quattor, Unipar e Petroquímica Triunfo, cuja realização fiscal se dá pela depreciação e amortização desses ativos. (xi) Baixa do deságio contábil da incorporada Cinal, oferecido à tributação com base na amortização fiscal. (xii) Ajuste da indexação adicional do imobilizado, cuja realização fiscal se dá pela depreciação dos ativos. F-94 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 23 Provisões diversas Destinadas a Bonificações de clientes Recuperação de danos ambientais Processos judiciais e administrativos Outras Total Nota 2012 2011 (a) (b) (c) 40.666 32.944 333.218 8.355 415.183 13.577 36.777 266.302 5.067 321.723 52.264 362.919 415.183 23.629 298.094 321.723 Passivo circulante Passivo não circulante Total (a) Provisão para bonificações de clientes Alguns contratos de venda da Braskem preveem a bonificação, em produtos, caso sejam atingidos determinados volumes de vendas durante o ano, semestre ou trimestre, conforme o contrato. A bonificação é provisionada mensalmente no pressuposto de que o volume mínimo contratual será atingido. Por serem registradas em bases contratuais, as provisões não possuem incertezas relevantes quanto ao seu montante ou liquidação. (b) Provisão para recuperação de danos ambientais A Braskem mantém provisão para gastos futuros com reparação de danos ambientais em algumas das suas plantas industriais. O prazo previsto desses gastos, que estão mensurados a valor presente, é de cinco anos. (c) Provisões judiciais e administrativas Conforme demonstrado a seguir, a Braskem mantém provisão para processos judiciais e administrativos contra a Companhia julgados como de perda provável, e processos de natureza tributária contra a Quattor, julgados como de perda possível em 30 de abril de 2010, data da aquisição do controle daquela empresa. Nota 2012 2011 Reclamações trabalhistas (c.1) 75.697 36.718 Processos de natureza tributária IR e CSL PIS e COFINS ICMS - compras interestaduais ICMS - diversas infrações Outros processos de natureza tributária (c.2) (i) (ii) (iii) (iv) 0 29.980 32.929 79.688 56.974 50.744 27.753 30.354 73.457 52.518 38.197 7.206 333.218 7.305 266.302 Processos de natureza societária e outros F-95 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c.1) Reclamações trabalhistas Em 31 de dezembro de 2012 a Companhia está envolvida em 329 processos de natureza trabalhista, incluindo casos de saúde ocupacional e segurança, que foram avaliados como de perda provável. Para esses processos a Companhia mantém provisão de R$ 75.697 que corresponde ao valor esperado de desembolso no encerramento desses litígios. Os assessores jurídicos da Companhia estimam que o prazo para a conclusão de processos dessa natureza, no Brasil, é superior a 5 anos. As estimativas a respeito das conclusões dos processos e a possibilidade de desembolso futuro podem mudar em função de novas decisões dos tribunais superiores. A Administração da Companhia acredita que é remota a possibilidade de complementar o valor da provisão existente. (c.2) Processos de natureza tributária Em 31 de dezembro de 2012, a Braskem possui provisão no montante de R$ 50.744 para diversos processos com autoridades fiscais brasileiras, cujas possibilidades de perda são consideradas prováveis. Nessa mesma data, a Companhia possui provisão, no montante de R$ 199.571, para processos oriundos da combinação de negócios, cujas possibilidades de perda são consideradas possíveis. Em 31 de dezembro de 2012, os principais processos de natureza tributária para os quais a Companhia mantém provisão são os seguintes: (i) IR e CSL A controlada Braskem Petroquímica é cobrada pelo recolhimento desses tributos, cujo valor envolvido em 31 de dezembro de 2012 é de R$ 130 milhões, representado substancialmente pelo IR e CSL sobre a variação cambial da conta de investimentos em controladas no exterior no exercício de 2002. O valor provisionado baseia-se na estimativa de desembolso futuro avaliada por assessor jurídico externo considerando a jurisprudência sobre a matéria nas esferas administrativa e judicial. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. A Administração da Companhia estima que esse processo deverá ser concluído até 2015. F-96 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) PIS e COFINS A controlada Braskem Petroquímica é cobrada pelo recolhimento desses tributos em diversas ações que versam sobre: • ausência de recolhimento da COFINS relativa aos períodos de março de 1999 a dezembro de 2000, fevereiro de 2001 a março de 2002, maio a julho de 2002 e setembro de 2002; • compensação indevida de crédito decorrente do adicional de 1% na alíquota da COFINS; • compensação com créditos de PIS Decretos-Leis n.ºs 2.445 e 2.449; • omissão na base de cálculo de receitas decorrentes de variações cambiais ativas, auferidas em razão de sucessivas reduções do capital de sociedade ligada. Em 31 de dezembro de 2012, o valor envolvido em todas essas ações é de R$ 84 milhões. O valor provisionado baseia-se na estimativa de desembolso futuro avaliada por assessor jurídico externo considerando as jurisprudências sobre as matérias nas esferas administrativa e judicial. Para esses processos foram concedidas garantias na forma de fiança bancária e produtos acabados produzidos pela Braskem Petroquímica que, no conjunto, suportam o valor das demandas. A Administração da Companhia estima que esses processos deverão ser concluídos até 2020. (iii) ICMS - compras interestaduais Em 2009, a controlada Braskem Qpar foi autuada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, sendo cobrada pelo recolhimento de ICMS em face de: • utilização indevida de créditos fiscais nos períodos de fevereiro de 2004 a agosto de 2005, novembro de 2005 a fevereiro de 2006 e setembro de 2006 a janeiro de 2008, decorrente da escrituração dos créditos destacados nas notas fiscais de compras de produtos adquiridos de outra empresa, tendo em vista que as operações destinavam-se à exportação, e, como tal, estariam amparadas pela não incidência do ICMS; • emissão de notas fiscais em operação de armazenagem, sem saída efetiva das mercadorias para o estabelecimento armazenador; • não apresentação de documentos fiscais solicitados pela fiscalização. Em 31 de dezembro de 2012, o valor envolvido é de R$ 379 milhões. O valor provisionado baseia-se na estimativa de desembolso futuro avaliada por assessor jurídico externo considerando as jurisprudências sobre as matérias nas esferas administrativa e judicial. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. A Administração estima que esse processo deverá ser concluído até 2019. F-97 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iv) ICMS - diversas infrações A controlada Braskem Qpar foi autuada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, sendo cobrada do recolhimento de ICMS, em face de suposta falta de pagamento do imposto, nos períodos de 2002 a 2004, ao realizar operações interestaduais de venda para contribuintes localizados em outro estado, sem que as mercadorias tenham saído do estado de São Paulo. Em 31 de dezembro de 2012, o valor envolvido em todas as ações é de R$ 142 milhões. O valor provisionado baseia-se na estimativa de desembolso avaliada por assessor jurídico externo considerando as jurisprudências sobre as matérias nas esferas administrativa e judicial. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. A Administração estima que esses processos deverão ser concluídos até 2020. (d) Movimentação das provisões Bonificações Recuperação danos ambientais Judiciais Outras Total Em 31 de dezembro de 2009 Adições, atualizações monetárias e cambiais, líquidas Adição por incorporação Baixa por utilização ou pagamento Em 31 de dezembro de 2010 10.845 44.680 (33.987) 21.538 57.797 727 (22.242) 36.282 94.402 6.744 233.029 (3.368) 330.807 6.240 6.240 163.044 58.391 233.029 (59.597) 394.867 Adições, atualizações monetárias e cambiais, líquidas Baixa por utilização ou pagamento Compensação Em 31 de dezembro de 2011 33.452 (41.413) 13.577 16.542 (16.047) 36.777 (28.335) (27.015) (9.155) 266.302 3.694 (4.867) 5.067 25.353 (89.342) (9.155) 321.723 Adições, atualizações monetárias e cambiais, líquidas Adição por incorporação Em 31 de dezembro de 2012 58.387 (31.298) 40.666 18.622 (22.455) 32.944 68.285 (1.369) 333.218 3.288 8.355 148.582 (55.122) 415.183 F-98 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24 Incentivo de longo prazo Em setembro de 2005, foi aprovado em Assembleia de Acionistas um plano de “Incentivo de longo prazo” (“ILP”), não baseado em ações da Companhia, através do qual integrantes em programas estratégicos podem adquirir títulos emitidos pela Companhia denominados “Certificados de Unidades de Investimento”. O plano tem por objetivo, dentre outros, fortalecer a convergência de interesses na criação de valor a longo prazo entre os integrantes em programas estratégicos e os acionistas da Braskem motivando a visão e o comprometimento destes integrantes com resultados de longo prazo. A Unidade de Investimento não atribui ao seu titular a condição de acionista da Braskem, nem qualquer direito ou privilégio inerente a tal condição, em especial o direito de voto e outros direitos políticos. Anualmente, o Líder Empresarial poderá propor ao Conselho de Administração o programa para o respectivo período compreendendo a indicação dos participantes elegíveis, a quantidade de Unidades de Investimento a ser emitida, o percentual de contrapartida da Companhia à aquisição feita pelos integrantes e a quantidade de unidades ofertada por participante. A aceitação pelo participante implica em pagamento à vista do valor que lhe foi atribuído e a celebração do contrato de compra das unidades, sendo responsabilidade da Braskem a emissão dos respectivos “Certificados de Unidades de Investimento”. A Unidade de Investimento tem o seu valor atualizado anualmente de acordo com a média de cotação da ação preferencial classe “A” da Companhia nos encerramentos dos pregões, na BM&FBovespa, no período de 1º de outubro a 31 de março. Além da variação do seu valor nominal, a Unidade de Investimento tem rendimento equivalente ao dividendo e/ou juros sobre o capital próprio distribuídos pela Braskem. Existem três tipos de Unidade de Investimento: • unidade adquirida pelo participante, denominada “Alfa”; • unidade recebida pelo participante a título de contrapartida da Braskem, denominada “Beta”; e • unidade recebida pelo participante a título de rendimento (equivalente aos dividendos distribuídos pela Braskem), denominada “Gama”. A Unidade de Investimento (e o seu correspondente certificado) é emitida em caráter personalíssimo e somente poderá ser resgatada, nas seguintes condições: • a partir do 5º ano, contado da 1ª aquisição, o adquirente pode resgatar até 20% do seu saldo acumulado de unidades de investimento; • a partir do 6º ano, o resgate está limitado a 10% do saldo acumulado; • anualmente, quando da emissão das Unidades de Investimento Gama (equivalente aos dividendos); e • em caso de término da relação de emprego e/ou mandato. F-99 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os saldos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são os seguintes: Unidades de Investimento Emitidas (unidades Alfa) Bonificadas (unidades Beta) Total 25 Benefícios pós-emprego 25.2 Planos de contribuição definida (a) ODEPREV Quantidade 2012 Valor Quantidade 2011 Valor 427.313 389.336 816.649 6.200 4.205 10.405 538.978 512.195 1.051.173 10.429 4.784 15.213 A Companhia mantém um plano de contribuição definida para seus empregados administrado pela ODEPREV, entidade fechada de previdência privada instituída pela Odebrecht. A ODEPREV proporciona aos seus participantes, integrantes das empresas patrocinadoras, o plano optativo de contribuição definida, no qual é aberto um fundo individual de poupança para aposentadoria onde são acumuladas as contribuições mensais e esporádicas dos participantes e as contribuições mensais e anuais das patrocinadoras. Em 31 de dezembro de 2012, o plano ODEPREV está composto por 5.404 participantes ativos (2011 – 5.259) e as contribuições da Companhia no exercício foram de R$ 24.897 (2011 – R$ 13.873) e as dos participantes de R$ 44.070 (2011 – R$ 39.927). Em 2011, foi efetuado o processo de integração dos novos participantes das controladas Braskem Qpar, Braskem Petroquímica, Riopol e Quantiq no plano ODEPREV. (b) Triunfo Vida A Braskem, como incorporadora da Petroquímica Triunfo S.A., tornou-se patrocinadora do plano Triunfo Vida. Em 31 de maio de 2010, a Companhia solicitou a retirada de patrocínio desse plano e em 27 de julho de 2012, a PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar (“PREVIC”) aprovou a retirada, sem necessidade de qualquer desembolso adicional por parte da Braskem. 25.3 Planos de benefício definido (a) PETROS - Fundação Petrobras de Seguridade Social (a.i) Plano PETROS Copesul A Braskem, como incorporadora da Copesul, tornou-se patrocinadora do plano Petros Copesul. Em 28 de setembro de 2012, a PREVIC aprovou a retirada de patrocínio desse plano pela Braskem. É esperado que o pagamento das reservas matemáticas aos participantes seja feito no primeiro semestre de 2013. Por essa razão, o valor da provisão, no montante de R$ 147.175 (Nota 27(a)), foi transferido para o passivo circulante. F-100 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a.ii) Plano PETROS PQU Com a aquisição da Quattor, em abril de 2010, a Companhia passou a ser responsável pelo plano de previdência complementar Petros PQU. Em 6 de agosto de 2012, a PREVIC comunicou a aprovação do processo de retirada de patrocínio, que havia sido solicitada em 30 de setembro de 2009. É esperado que o pagamento das reservas matemáticas aos participantes seja feito no primeiro semestre de 2013. Em função da situação superavitária do plano, nenhuma provisão foi efetuada. (b) Novamont – Braskem America Com a aquisição da Sunoco Chemicals, a Braskem America tornou-se patrocinadora da Novamont que é um plano de benefício definido dos integrantes da planta localizada no estado da Virgínia Ocidental. Em 31 de dezembro de 2012, o plano está composto por 53 participantes ativos (2011 – 56). Durante os anos de 2012 e 2011 não houve contribuições da Companhia ou dos participantes. (c) Plano de benefício definido da Braskem Alemanha Com a aquisição dos negócios de PP da Dow Chemical, a Braskem Alemanha tornou-se patrocinadora do plano de benefício definido dos integrantes das plantas localizadas naquele país. Em 31 de dezembro de 2012, o plano está composto por 96 participantes ativos (2011 – 96). Durante o ano de 2012 e 2011 não houve contribuições da Braskem Alemanha ou dos participantes. O plano de benefício definido da Braskem Alemanha é um plano não contributivo, ou seja, os recursos do patrocinador são administrados diretamente pela empresa, sendo este tipo de plano permitido pela legislação daquele país. (d) Plano de benefício definido da Braskem Idesa Serviços Os funcionários da controlada Braskem Idesa Serviços possuem benefícios de aposentadoria que são concedidos quando o funcionário é aposentado ou quando atinge idade de aposentadoria. Em 31 de dezembro de 2012, o plano está composto por 65 participantes ativos. Durante o ano de 2012 não houve contribuições da Braskem Idesa Serviços ou dos participantes. O plano de benefício definido da Braskem Idesa Serviços é um plano não contributivo, ou seja, os recursos do patrocinador são administrados diretamente pela empresa, sendo este tipo de plano permitido pela legislação daquele país. F-101 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 25.3.1 Composição e movimentação dos saldos dos planos de benefício definido (a) Saldos patrimoniais Novamont Braskem America Plano Petros Copesul Plano Braskem Alemanha Plano Braskem Idesa Serviços (i) 2012 2011 999 17.399 492 18.890 821 134.506 14.248 149.575 (i) O valor da provisão da Petros Copesul foi transferido para “demais contas a pagar” (Nota 27(a)), no passivo circulante, em função da aprovação da retirada da Braskem pela PREVIC, conforme mencionado na Nota 25.2(a.i). Nota Obrigação dos benefícios dos planos Valor justo dos ativos dos planos Situação da obrigação financiada Custo do serviço passado não reconhecido Ganhos atuariais Saldo no balanço patrimonial de controlada e controlada em conjunto Saldo líquido no balanço patrimonial consolidado Apresentado no passivo circulante Apresentado no passivo não circulante 25.2(a.i) F-102 2012 2011 (832.275) 645.978 (186.297) 1.014 19.218 (780.561) 589.116 (191.445) 4.182 37.688 (166.065) (149.575) (147.175) (18.890) (166.065) (149.575) (149.575) Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Movimentação das obrigações do plano Nota Saldo no início do exercício Aquisição de empresa Entrada de novo plano Custo do serviço corrente Custo financeiro Aposentadoria especial Benefícios pagos Alteração do plano Despesas atuariais Outras receitas Redução de plano (curtailment ) Variação cambial do saldo inicial Saldo no final do exercício (c) 25.2(d) 25.2(a.i) Saldo no início do exercício Aquisição de empresa Retorno real sobre os ativos do plano Contribuições do empregador Contribuições dos empregados Despesas correntes Benefícios pagos Redução de plano (curtailment ) Variação cambial Saldo no final do exercício 25.2(a.i) 2010 780.561 233 7.963 52.314 (37.746) 202.915 563.058 695.302 (177.637) 3.672 832.275 - 680.010 13.661 7.309 70.480 278 (41.379) 1.026 46.951 2.225 780.561 - 2012 2011 2010 589.116 (22.032) 177 2.525 (38) (37.536) 112.058 1.708 645.978 - 541.761 632 83.781 2.955 (35) (42.140) 2.162 589.116 - 512.143 878.198 275.440 2.526 9.180 (42) (107.509) (1.028.175) 77.812 64.444 (107.509) 215.000 (41) (828.056) 680.010 - 541.761 - Valores reconhecidos no resultado Custo do serviço corrente Custo financeiro Retorno esperado sobre os ativos do plano Amortização de perdas atuariais Amortização de custo de serviços não reconhecidos Contribuições dos empregados Perdas atuariais Encargos sobre aposentadoria especial Redução de plano (curtailment ) (e) 2011 Movimentação do valor justo dos ativos Nota (d) 2012 2012 2011 2010 (7.963) (52.314) 38.151 (118.035) (3.260) (7.309) (70.480) 54.720 (32) (2.783) (8.358) 10.037 (35.600) (153.293) (2.783) 2.526 (4) 112.058 (31.367) (278) (26.162) 173.117 (14.354) Os valores reconhecidos na demonstração do resultado referente à movimentação dos planos de pensão de benefício definido estão apresentados em “outras (receitas) despesas operacionais, líquidas” e em “resultado financeiro”, conforme sua natureza. Premissas atuariais F-103 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2012 Taxa de desconto Taxa de inflação Retorno esperado sobre os ativos do plano Aumentos salariais futuros Aumentos de planos de pensão futuros (f) Brasil Estados Unidos Alemanha 4,25 4,50 4,25 n/a n/a 5,00 3,00 7,50 n/a n/a 5,75 2,00 n/a 3,00 n/a México 2011 Brasil Estados Unidos 6,00 4,50 10,50 4,50 4,50 5,70 3,00 1,00 n/a n/a 6,00 5,00 n/a 4,00 n/a Alemanha 5,75 n/a n/a 3,00 2,25 Percentual (% ) 2010 Estados Brasil Unidos 6,00 4,50 10,50 4,50 4,50 6,00 3,00 1,00 n/a n/a Hierarquia do valor justo dos ativos Percentual (% ) 2011 2012 Fundo de investimento - equity Valores a receber Títulos de dívida do governo Ações Mercado imobiliário Fundo de investimento - renda fixa Títulos de dívida Outros ativos Empréstimos Total do valor justo dos ativos do plano Nível 1 Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 39,41 18,68 12,78 14,17 4,93 1,98 91,94 1,01 1,01 5,57 0,47 1,02 7,05 39,41 18,68 12,78 14,17 5,57 4,93 1,47 1,98 1,02 100,00 Em 31 de dezembro de 2012, o saldo do valor justo dos ativos é representado pelos ativos do plano de benefício definido Novamont, da Braskem America. Conforme mencionado nos itens 25.2(c) e 25.2(d) desta Nota, os planos de benefício definido da Braskem Alemanha e da Braskem Idesa Serviços são planos não contributivos e, dessa forma, em 31 de dezembro de 2012, não há ativos nesses planos. F-104 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 26 Adiantamento de clientes O saldo inclui adiantamentos no montante de R$ 358.428 (2011 – R$ 218.531), feitos por quatro clientes do exterior para aquisição de produtos que serão fornecidos entre fevereiro de 2013 e dezembro de 2016. 27 Demais contas a pagar (a) Circulante Os principais saldos que compõem essa rubrica em 31 de dezembro de 2012 são: (i) valores a pagar para acionista não controlador da Braskem Idesa, no montante de R$ 260.649, vencíveis em fevereiro de 2013, decorrente de empréstimos para fazer frente ao Projeto Etileno XXI, e que será reembolsado por ocasião da entrada de recursos advindos do Project Finance (Nota 17). (ii) valores a pagar para o Plano Petros Copesul, no montante de R$ 147.175 (Nota 25.2(a.i)). (b) Não circulante Em 31 de dezembro de 2012, o saldo inclui R$ 256.030 (2011 – R$ 235.968) referente a valores a pagar para o BNDESPAR como parte da aquisição de ações da Riopol (Nota 1(b.1). F-105 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 28 Contingências A Companhia tem ações de naturezas trabalhista e previdenciária, tributária, cível e societária, cujos riscos de perda foram avaliados como possíveis, para as quais não há provisão constituída, conforme composição a seguir: Contingências trabalhistas Processos de natureza tributária Outras demandas judiciais Total (a) Nota 2012 2011 (a) (b) (c) 698.036 2.967.799 411.324 4.077.159 768.022 3.455.777 416.321 4.640.120 Trabalhistas Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia é reclamada em 1.483 ações indenizatórias e trabalhistas avaliadas como de perda possível. Dentre essas ações destacam-se: (a.1) Ações coletivas ajuizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas e Químicas de Triunfo – RS, no segundo trimestre de 2005, requerendo o pagamento de horas extras, no montante de R$ 23 milhões, classificadas com perda possível. Nesse conjunto de ações, além daquelas classificas como de perda possível, existem outras que R$ 693 milhões e que foram classificadas como de perda remota. Todas as ações em andamento encontram-se no Tribunal Superior do Trabalho e a expectativa da Administração é que elas sejam julgadas até 2014. Duas dessas ações tiveram sentenças favoráveis à Companhia transitadas em julgado. Não há depósitos judiciais relacionados a esses processos. (a.2) Ações coletivas ajuizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas e Químicas de Triunfo – RS, no terceiro trimestre de 2010, requerendo o pagamento de horas extras referentes ao intervalo intrajornada e integração no descanso semanal remunerado, no valor total de R$ 287 milhões. A avaliação de perda de todos esses processos é possível e a Administração da Companhia não espera ter desembolso com a conclusão desses litígios. As ações encontram-se em fase de instrução e de recursos, sendo estimado o trânsito em julgado de todas para o último trimestre de 2014. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. F-106 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Tributárias Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia está envolvida em diversos processos com autoridades fiscais brasileiras, cujas probabilidades de perda, com base na estimativa e opinião de seus assessores externos, são possíveis. Em 31 de dezembro de 2012, as principais contingências tributárias são as seguintes: (b.1) ICMS redução da base de cálculo Em 2010, a Companhia foi autuada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia em razão de diversas supostas irregularidades. Na principal delas, o fisco entendia ser devido o estorno incondicional de crédito de ICMS quando da saída de mercadorias com redução de base de cálculo do imposto. Em 2012, a SEFAZ – BA, respondendo consulta formulada por outro contribuinte sobre essa matéria, corroborou o procedimento da Companhia. Com isso, os assessores jurídicos da Braskem alteraram a avaliação desse processo, passando-o como de perda possível para perda remota. (b.2) ICMS diversos A Companhia está envolvida em diversas cobranças de ICMS relacionadas a autos de infração lavrados, principalmente, pelas Secretarias da Fazenda dos Estados de São Paulo, Bahia e Alagoas. Em 31 de dezembro de 2012, os valores atualizados desses autos somam R$ 974 milhões e os processos incluem as seguintes matérias: • creditamento de ICMS na aquisição de bens considerados pelo Fisco como sendo de uso e consumo. O Fisco entende que o bem tem que integrar fisicamente o produto final para ensejar direito de crédito. Boa parte dos insumos questionados não integra fisicamente o produto final, mas o Judiciário tem precedente no sentido de que o insumo deve integrar o produto ou ser consumido no processo produtivo; • creditamento de ICMS decorrente da aquisição de bens destinados ao ativo imobilizado, considerado pelo Fisco como não vinculado à atividade produtiva, tais como materiais de laboratório, construção de galpões, equipamentos de segurança etc.; • transferência de mercadorias por valor inferior ao do custo de produção; • omissão de entrada ou de saída de mercadorias, em face de levantamento quantitativo de estoque; • falta de comprovação de que a empresa exportou mercadorias, de modo que a saída se presume tributada para o mercado interno; • não recolhimento de ICMS na venda de produtos sujeitos à substituição tributária e creditamento decorrente de aquisições de produtos sujeitos à substituição tributária; • multas por falta de registro de notas fiscais. Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que: (i) as conclusões desses processos no nível judicial estão previstas para até o ano de 2020; e (ii) na eventualidade de um desfecho desfavorável à Companhia, o que não é esperado, estima-se que estas contingências seriam liquidadas por até 40% do valores em discussão. Essa F-107 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma estimativa baseia-se na probabilidade de perda da tese de defesa da Companhia considerando a jurisprudência nos âmbitos administrativo e judicial. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. (b.3) COFINS diversos A Companhia está envolvida em ações de cobranças da COFINS onde se discute a utilização de determinados créditos tributários para a apuração e pagamento desse tributo. Esses créditos são advindos de (i) processos judiciais; e (ii) pagamentos antecipados de IR. Em 31 de dezembro de 2012, os valores atualizados desses autos somam R$ 321 milhões. Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que: (i) as conclusões desses processos no nível judicial estão previstas para até o ano de 2018; e (ii) na eventualidade de um desfecho desfavorável à Companhia, o que não é esperado, estima-se que estas contingências seriam liquidadas por até 50% do valores em discussão. Essa estimativa baseia-se na probabilidade de perda da tese de defesa da Companhia considerando a jurisprudência nos âmbitos administrativo e judicial. A Companhia deu bens em penhora que suportam o valor envolvido do processo. (b.4) IR BEFIEX Em 2007 a Companhia foi autuada pela Receita Federal por conta de duas supostas irregularidades na apuração do imposto do ano calendário de 2001. O primeiro ponto do auto de infração referia-se à compensação integral de prejuízo fiscal por conta de benefício concedido à Companhia através do Programa Especial de Exportação – BEFIEX. A alegação do fisco era que tal compensação foi efetuada fora do prazo de validade do programa. O segundo ponto do auto versava sobre o aproveitamento da redução de 37,5% no IR devido sem a comprovação do direito a tal benefício. Em 2012, a Companhia obteve decisão favorável e definitiva na esfera administrativa extinguindo essa contingência. (b.5) IPI crédito presumido A Companhia está envolvida em autos que questionam o aproveitamento indevido de crédito presumido do IPI, como forma de ressarcimento da contribuição do PIS e da COFINS incidentes sobre aquisições de matéria prima, produto intermediário e material de embalagem, utilizados na industrialização de produtos exportados. O Fisco entende que somente os insumos que entram em contato ou exercem ação direta sobre o produto final é que conferem direito ao crédito presumido. O Judiciário entende que geram direito ao crédito na hipótese de (i) se incorporem ao produto final; ou (ii) se consumidos de forma imediata e integral no processo produtivo. Em 31 de dezembro de 2012, o valor atualizado desses autos é de R$ 116 milhões. Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que: (i) a conclusão no nível judicial está prevista para o ano de 2020; e (ii) na eventualidade de um desfecho desfavorável à Companhia, o que não é esperado, estima-se que esta contingência seria liquidada por até 60% do valor em discussão. Essa estimativa baseia-se na probabilidade de perda da tese de defesa da Companhia considerando a jurisprudência nos âmbitos administrativo e judicial. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. F-108 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b.6) PIS e COFINS não cumulativos A Companhia foi autuada pela Receita Federal em decorrência do aproveitamento de créditos de PIS e COFINS não cumulativos principalmente em relação a: (i) tratamento de efluentes; (ii) encargos sobre transmissão de energia elétrica; (iii) frete para armazenagem de produtos acabados e (iv) créditos extemporâneos apurados nas aquisições de bens do ativo imobilizado. Essas autuações, que já foram contestadas na esfera administrativa, abrangem os períodos de 2006 a 2011 e, em 31 de dezembro de 2012, totalizam R$ 649 milhões, sendo R$ 352 milhões referentes ao principal e R$ 297 milhões referentes a juros e multa. Os assessores jurídicos da Companhia, diante das recentes decisões proferidas pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e dos elementos probatórios produzidos pela Companhia, avaliam como possíveis as chances de perda nas esferas administrativa e judicial. Por essa razão, nenhuma provisão foi constituída para esses autos de infração. Eventual mudança de entendimento no posicionamento das cortes poderá impactar no futuro as demonstrações financeiras da Companhia em decorrência de tais processos. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. Por se tratar de contingências recentes, não é atualmente praticável estimar a data de conclusão dos processos. (c) Outras demandas judiciais da Companhia e suas controladas (c.1) Cível A Companhia possui ações cíveis ajuizadas pelo controlador de uma ex-distribuidora de soda cáustica e pela transportadora que prestava serviços para essa ex-distribuidora, cujos valores, em 31 de dezembro de 2012, totalizavam R$ 56 milhões. Os autores tentam obter reparação de danos relativos ao alegado descumprimento do contrato de distribuição pela Companhia. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo. A avaliação da Administração, suportada pela opinião dos assessores jurídicos externos responsáveis pela condução dos casos, é que as ações possivelmente serão julgadas improcedentes, em um período de até 8 anos. (c.2) Societário Alguns acionistas detentores de ações preferenciais incentivadas propuseram ações, originalmente contra a Copene, antiga denominação social da Companhia, e contra as empresas incorporadas Nitrocarbono, OPP Química, Salgema, Trikem, Polialden e Politeno. Os mesmos pleiteiam a participação no lucro remanescente após o pagamento do dividendo prioritário nas mesmas bases dos demais acionistas, além de direito de voto até que seja restabelecida a distribuição dos dividendos nas condições pretendidas. O valor envolvido das ações com possibilidade de perda possível é de R$ 15 milhões. Não há depósitos judiciais ou outro tipo de garantia para esses processos. Tendo em vista que as ações se encontram em fases distintas, os assessores jurídicos externos da Companhia entendem não ser praticável estimar o prazo de conclusão desses processos. F-109 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c.3) Previdenciárias A Companhia é parte em diversos processos administrativos e judiciais tendo por objeto matérias previdenciárias, os quais, em 31 de dezembro de 2012, totalizavam R$ 204 milhões, valor esse atualizado pela Selic. A Administração da Companhia, baseada na opinião de seus assessores jurídicos externos, que julgam como possíveis as possibilidades de perda com esses processos, entende não ser devido qualquer valor relativo a essas notificações e, portanto, não constituiu provisões para esse fim. Adicionalmente, a Administração entende não ser possível estimar o montante de desembolso para fazer face a um eventual desfecho desfavorável à Companhia. Para esses processos foram concedidas garantias na forma de depósitos judiciais e produtos acabados que, no conjunto, suportam o valor das demandas. Os assessores jurídicos externos da Companhia entendem não ser praticável estimar o prazo de conclusão desses processos. F-110 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 29 Patrimônio líquido (a) Capital social Em 31 de dezembro de 2012, o capital social subscrito e integralizado da Companhia é de R$ 8.043.222, representado por 797.265.348 ações sem valor nominal, sendo 451.668.652 ações ordinárias, 345.002.878 ações preferenciais classe “A” e 593.818 ações preferenciais classe “B”, distribuídas entre os seguintes acionistas: OSP e Odebrecht Petrobras BNDESPAR ADR Outros Total Ações detidas pela Braskem Petroquímica Total (i) (ii) Ordinárias % 226.334.623 212.426.950 12.907.079 451.668.652 50,11% 47,03% 0,00% 0,00% 2,86% 100,00% 451.668.652 100,00% Preferenciais classe A % Preferenciais classe B 79.182.498 75.792.589 44.069.052 34.193.744 110.610.237 343.848.120 22,95% 21,97% 12,77% 9,91% 32,06% 99,67% 1.154.758 345.002.878 0,33% 100,00% % Total % 593.818 593.818 100,00% 100,00% 305.517.121 288.219.539 44.069.052 34.193.744 124.111.134 796.110.590 38,32% 36,15% 5,53% 4,29% 15,57% 99,86% 593.818 100,00% 1.154.758 797.265.348 0,14% 100,00% (i) American Depository Receipt, negociados na Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA). (ii) Essas ações são tratadas como "ações em tesouraria" no patrimônio líquido consolidado. (b) Direito das ações As ações preferenciais não concedem direito a voto, mas asseguram, em cada exercício, um dividendo prioritário, não cumulativo de 6% sobre seu valor unitário, de acordo com os lucros disponíveis para distribuição. O valor unitário das ações será obtido através da divisão do capital social pelo total das ações em circulação. Somente as ações preferenciais classe "A" terão participação igual às ações ordinárias no lucro remanescente, e estas somente terão direito ao dividendo após o pagamento do dividendo prioritário às ações preferenciais. Somente as ações preferenciais classe "A" têm, ainda, assegurada a igualdade de condições às ações ordinárias na distribuição de ações resultantes de capitalização de outras reservas. Apenas as ações preferenciais classe “A” poderão ser convertidas em ações ordinárias mediante deliberação da maioria do capital votante presente em Assembleia Geral. As ações preferenciais classe "B" podem ser convertidas em ações preferenciais classe “A”, a qualquer tempo, na razão de 2 (duas) ações preferenciais classe “B” para cada ação preferencial classe “A”, mediante simples solicitação por escrito à Companhia, desde que esgotado o prazo de intransferibilidade previsto na legislação especial que viabilizou a emissão e integralização destas ações com recursos de incentivos fiscais. Na eventual liquidação da Companhia será assegurada às ações preferenciais classes "A" e "B" prioridade no reembolso do capital. Aos acionistas é garantido um dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações. F-111 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Reserva de incentivos fiscais – reserva de capital O saldo desta reserva é composto principalmente pelo benefício fiscal da dedução do imposto de renda, apurado até o período base de 2006 (Nota 32(a)). Com a adoção das Leis 11.638/07 e 11.941/09, a partir de 1 de janeiro de 2007, o benefício do imposto de renda passou a ser lançado em conta de resultado do exercício, sendo destinado à conta de reserva de lucros por proposta da Administração, referendada pela Assembleia Geral. Independentemente da mudança determinada pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, esse incentivo só pode ser utilizado para aumento do capital social ou absorção de prejuízo. A Administração da Companhia irá propor à AGO a utilização de parte dessa reserva para absorver o saldo do prejuízo acumulado de 2012. (d) Reserva legal Pela legislação societária brasileira, a Companhia deve transferir 5% do lucro líquido anual apurado de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para a reserva legal, até que essa reserva seja equivalente a 20% do capital integralizado. A reserva legal pode ser utilizada para aumentar o capital ou para absorver prejuízos. Ao final do exercício de 2012, a Companhia utilizou o saldo dessa reserva para absorver parte do prejuízo do exercício. (e) Reserva de lucros a realizar Essa reserva foi constituída com base em lucro não realizado no exercício de 2011, de acordo com os incisos I e II do parágrafo 1º do artigo 197 da Lei 6.404/76, que estabelece, nos anos em que os dividendos passíveis de distribuição excederem o caixa gerado pelo resultado apurado pela Companhia, a AGO pode, mediante proposta da Administração, destinar tal excesso à “reserva de lucros a realizar”. Com base na Lei 6.404/76, essa reserva deve apenas ser utilizada para: (i) absorver prejuízos; e (ii) pagar dividendos. Ao final do exercício de 2011, a Companhia utilizou R$ 979.048 do saldo dessa reserva para (i) absorver o prejuízo ajustado de 2011, no montante de R$ 496.455; e (ii) propor a destinação de dividendos, no montante de R$ 482.593 (Nota 29(h.1)). Ao final do exercício de 2012, a Companhia utilizou o saldo dessa reserva para absorver parte do prejuízo do exercício. F-112 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (f) Ações em tesouraria Quantidade Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Valor 2012 2011 1.154.758 1.154.758 411 2.697.016 2.697.427 48.892 60.217 Nas demonstrações financeiras consolidadas de 31 de dezembro de 2012 e 2011, a Companhia possui na rubrica “ações em tesouraria” o valor de R$ 48.892 correspondentes a 1.154.758 ações preferenciais classe “A” de emissão da Braskem e que pertencem à controlada Braskem Petroquímica (Nota 2.1.2(a.ii)). Em 4 de dezembro de 2012, a Companhia cancelou 4.400.269 ações, sendo 411 ações ordinárias e 4.399.858 ações preferenciais classe “A”. A movimentação das ações em tesouraria está demonstra a seguir: Quantidade Saldo Ordinárias Preferenciais classe "A" Total em 31 de dezembro de 2011 411 2.697.016 2.697.427 4 60.213 60.217 Aquisição no 3º programa de recompra Aquisição no 4º programa de recompra Cancelamento de ações em tesouraria - ordinárias Cancelamento de ações em tesouraria - preferenciais classe "A" 2.595.300 262.300 (411) (4.399.858) 33.204 3.489 (4) (48.014) Total Ordinárias Preferenciais classe "A" Total em 31 de dezembro de 2012 1.154.758 1.154.758 1.154.758 48.892 48.892 48.892 F-113 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (g) Programas de recompra de ações (g.1) 3º Programa de recompra Em 26 de agosto de 2011, o Conselho de Administração da Braskem aprovou um programa de recompra de ações para vigorar entre 29 de agosto de 2011 e 28 de agosto de 2012, através do qual a Companhia poderia adquirir até 12.162.504 ações preferenciais classe “A”, a preço de mercado. As ações poderiam ser adquiridas pela Companhia ou por instituições financeiras contratadas para este fim. Ao término do programa, a Braskem teria que adquirir das instituições financeiras, pelo valor de mercado, as ações por elas adquiridas. Tal negociação privada foi aprovada pela CVM. Durante o programa, foram recompradas 2.595.300 ações, pelo montante de R$ 33.204 (item (f) desta Nota), sendo que 2.007.600 ações foram recompradas por instituições financeiras e 587.700 ações foram recompradas diretamente pela Braskem. O preço médio de compra dessas ações foi de R$ 12,79 (custo mínimo de R$ 10,53 e custo máximo de R$ 15,15). As ações compradas pelas instituições financeiras foram adquiridas pela Braskem em agosto de 2012 quando do encerramento do programa. Nessa operação a Braskem recebeu R$ 1.575, referentes ao swap ligado a recompra, líquido de imposto de renda retido na fonte, no montante de R$ 698. Essas ações recompradas foram canceladas em dezembro de 2012. (g.2) 4º Programa de recompra Em 13 de agosto de 2012, o Conselho de Administração da Braskem aprovou um programa de recompra de ações para vigorar entre 29 de agosto de 2012 e 28 de agosto de 2013, através do qual a Companhia poderá adquirir até 13.376.161 ações preferenciais classe “A”, a preço de mercado. As ações podem ser adquiridas pela Companhia ou por instituições financeiras contratadas para este fim. Ao término do programa, a Braskem terá que adquirir das instituições financeiras, pelo valor de mercado, as ações que estas tenham adquirido. Tal negociação privada foi aprovada pela CVM. Até novembro de 2012, as instituições financeiras adquiriram 262.300 ações pelo montante de R$ 3.489 (item (f) desta Nota) e preço médio de R$ 13,30 (custo mínimo de R$ 12,66 e custo máximo de R$ 14,07). Em 12 de novembro de 2012, a Companhia adquiriu essas ações e recebeu nessa operação R$ 71, referente ao swap ligado a recompra, líquido de imposto de renda retido na fonte, no montante de R$ 29. Essas ações recompradas foram canceladas em dezembro de 2012. Em dezembro de 2012 não ocorreram compras nesse programa. F-114 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (h) Dividendos propostos e destinação do resultado De acordo com o estatuto social da Companhia, o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei nº 6.404/76, tem a seguinte destinação: (i) 5% para a constituição da reserva legal, que não excederá a 20% do capital social; (ii) 25% para o pagamento de dividendos obrigatórios, não cumulativos, observadas as vantagens legais e estatutárias das ações preferenciais Classe “A” e “B”. Quando o valor do dividendo prioritário pago às ações preferenciais Classe “A” e “B” for igual ou superior a 25% do lucro líquido do exercício, calculado na forma do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações, caracteriza-se o pagamento integral do dividendo obrigatório. Havendo sobra do dividendo obrigatório após o pagamento do dividendo prioritário, será ela aplicada: • no pagamento às ações ordinárias de um dividendo até o limite do dividendo prioritário das ações preferenciais; • se ainda houver saldo remanescente, na distribuição de um dividendo adicional às ações ordinárias e às preferenciais classe "A", em igualdade de condições, de modo que cada ação ordinária ou preferencial de tal classe receba o mesmo dividendo. (h.1) Absorção dos prejuízos dos exercícios e pagamento de dividendos Conforme disposto no parágrafo único do artigo 189 da Lei das S.A., o saldo remanescente do prejuízo do exercício de 2011 da Companhia foi absorvido pela reserva de lucros a realizar. Em 27 de abril de 2012, foi aprovado em Assembleia Geral Ordinária o pagamento dos dividendos propostos pela Administração em 2011, no montante de R$ 482.593, sendo R$ 0,605085049 para cada ação ordinária e preferencial classes “A” e “B”, pagos a partir de 19 de novembro de 2012. O prejuízo ajustado do exercício de 2012, no montante de R$ 674.263, foi absorvido parcialmente pelas reservas de lucros a realizar, de incentivos fiscais e legal. O saldo de prejuízos acumulados, após essa absorção é de R$ 565.549. F-115 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Outros resultados abrangentes Nota Em 31 de dezembro de 2010 Indexação adicional do imobilizado Custo atribuído (imobilizado) 353.777 - Valor justo de hegde Ajustes acumulados de conversão cambial (53.292) (79.135) Ganhos (perdas) de participação em controladas - Total 221.350 Indexação adicional Realização por depreciação ou baixa dos ativos IR e CSL sobre a realização (41.267) 14.031 - - - - (41.267) 14.031 Custo atribuído Custo atribuído de controlada em conjunto Realização por depreciação ou baixa dos ativos Imposto de renda sobre realização - 22.079 (1.394) 474 - - - 22.079 (1.394) 474 Derivativos de fluxo de caixa Variação no valor justo Transferência para o resultado IR e CSL sobre ganhos de valor justo - - (1.939) 46.973 (2.458) - Ganho de participação em controladas - - - - 3.106 3.106 Diferenças cambiais de conversão - - - 54.631 - 54.631 (24.504) 3.106 Em 31 de dezembro de 2011 326.541 21.159 (10.716) (1.939) 46.973 (2.458) 315.586 Indexação adicional Realização por depreciação ou baixa dos ativos IR e CSL sobre a realização (41.268) 14.032 - - - - (41.268) 14.032 Custo atribuído Realização por depreciação ou baixa dos ativos IR e CSL sobre a realização - (1.442) 490 - - - (1.442) 490 - - 1.948 14.290 (5.522) - - 1.948 14.290 (5.522) - - - - (5.917) (5.917) (4.632) (4.632) 61.662 Derivativos de fluxo de caixa Variação no valor justo Transferência para o resultado IR e CSL sobre ganhos de valor justo 20.2.2 Perdas líquidas de participação em controladas 16 (b) Baixa de ganho de participação em controladas 6 Diferenças cambiais de conversão Em 31 de dezembro de 2012 - - 299.305 F-116 20.207 - 61.662 - - 37.158 (7.443) 349.227 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 30 Resultado por ação O resultado básico por ação é calculado mediante a divisão do resultado do exercício ajustado, atribuível aos titulares de ações ordinárias e preferenciais Classe “A” da Companhia, pelo número médio ponderado dessas ações em poder dos acionistas, excluindo aquelas mantidas em tesouraria e respeitando as regras de distribuição de dividendos previstas no estatuto social da Companhia, conforme descrito na Nota 29(h). O resultado diluído por ação é calculado mediante a divisão do resultado do exercício ajustado, atribuível aos titulares de ações ordinárias e preferenciais Classe “A” da Companhia, pelo número médio ponderado dessas ações em poder dos acionistas, excluindo aquelas mantidas em tesouraria. Ainda, o número médio ponderado é ajustado pela potencial conversibilidade das ações preferenciais classe “B” em classe “A”, na razão de duas para uma e respeitando as regras de distribuição de dividendos previstas no estatuto social da Companhia conforme descrito na Nota 29(h). O número médio ponderado dessas ações é calculado a partir do número de ações ordinárias e preferenciais Classe “A” em circulação no início do período, ajustado pelo número de ações readquiridas ou emitidas durante o período multiplicado por um fator ponderador de tempo. O cálculo da média ponderada no exercício de 2012 está demonstrado a seguir: Nota Saldo em 31 de dezembro de 2011 Recompra de ações Saldo em 31 de dezembro de 2012 Ações ordinárias 451.668.652 (i) Total de ações em circulação Ações Total média preferenciais Classe "A" ponderada 345.300.320 (1.452.200) 451.668.652 343.848.120 796.968.972 Média ponderada Ações ordinárias 451.668.652 (1.452.200) 795.516.772 Ações preferenciais Classe "A" 346.451.489 (700.738) 451.668.652 344.599.582 Total média ponderada 798.120.141 (700.738) 796.268.234 (i) As ações recompradas não foram consideradas no cálculo do resultado por ação uma vez que não fazem jus aos dividendos (Nota 29(g)). As ações preferenciais classe “A” participam nos dividendos com as ações ordinárias depois que o dividendo prioritário tiver sido atribuído, de acordo com fórmula prevista no estatuto social da Companhia, conforme descrito na Nota 29(h). Não há um limite superior na extensão da sua participação. F-117 Braskem S.A. e Subsidiárias Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras consolidadas financeiras em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Conforme requerido pelo IAS 33, a tabela a seguir reconcilia o resultado do exercício ajustado aos montantes usados para calcular o resultado por ação básico e diluído. Prejuízo do período atribuído aos acionistas da Companhia das operações em continuidade Básico 2012 Diluído Básico 2011 Diluído (1.033.176) (1.033.176) (552.413) (552.413) Distribuição de dividendos prioritários atribuível para: Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "A" potencialmente conversíveis (na razão de 2 ações classe "B" para cada ação classe "A") Ações preferenciais classe "B" - - Distribuição de 6% do valor unitário de ações ordinárias Distribuição d