Representações Sociais a respeito das Pessoas com Deficiência
Líbia Gomes Monteiro1; Érika Vanessa de Souza2; Sônia Maria Queiroz de Oliveira3;
Suely Maria Rodrigues4; Carlos Alberto Dias5
Palavras-chave: Pessoa com deficiência. Representações Sociais. Inclusão.
Cuidador.
Sub-área do conhecimento: Psicologia Social – 7.07.05.00-3
Introdução: Ao longo da história, Pessoas com Deficiência (PD) foram
estigmatizadas, excluídas e segregadas do convívio social tornando-se parte das
minorias. Na Era Primitiva, foram dirigidas práticas de extermínio e abandono, na
Idade Antiga consideradas um fardo, (SIGAUD, 1999) e na Idade Média passaram a
ter a vida poupada, desde que permanecessem confinadas em vales e porões
(ALTAVILA, 2000). Com a emergência do paradigma da inclusão, o potencial das
PD passou a ser considerado e seus direitos efetivamente exercidos. No entanto,
persistem situações de exclusão, desinformação e mitos a respeito deste grupo
populacional. Objetivo: Identificar as Representações Sociais (RS) a respeito das
Pessoas com Deficiência, no município de Governador Valadares. Método: Trata-se
de um estudo do tipo descritivo, em que foram entrevistados 99 sujeitos presentes
em órgãos públicos de atendimento às PD do município. O softwares Sphinx e
EVOQUE, permitiram identificar o perfil dos participantes e os elementos do Sistema
Central das RS em torno do ser pessoa com deficiência. Os dados qualitativos foram
analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2009).
Resultados: Este estudo contou com 53,5% de não PD e 47,5% de PD. Em termos
globais 50,5% são do sexo feminino e 49,5% do masculino. Observou-se ainda que
22,2% não possuem escolaridade, 54,6% concluíram o Ensino Fundamental e
23,2% o Ensino Superior. A partir das palavras que compõem o Sistema Central das
RS pode-se dizer que os entrevistados definem assim as PD: pessoas que, apesar
de estar em igualdade com os demais são alvos de discriminação e preconceito por
parte dos demais membros da sociedade, inspirando cuidados em função das
dificuldades que enfrentam decorrentes de suas limitações. Conclusão: As PD
permaneceram segregadas do convívio social devido a processos de discriminação
e preconceito que estão engendrados na constituição histórica das RS em seu
entorno.
Bibliografia
1. ALTAVILA, Jayme de. Origem dos Direitos dos Povos. São Paulo: Cone, 2000.
2. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.
3. SIGAUD, Cecília Helena de Siqueira; REIS, Alberto Olavo Advíncula. A
representação social da mãe acerca da criança com Síndrome de Down. Revista
Escola de Enfermagem USP: São Paulo, v. 33, n. 2, p. 148-56, 1999.
1
Graduanda em Psicologia da Universidade Vale do Rio Doce, Bolsista de Iniciação Científica da
FAPEMIG.
2
Graduanda em Psicologia da Universidade Vale do Rio Doce, Bolsista de Iniciação Científica da
FAPEMIG.
3
Msc. em Gestão Integrada do Território, Profa. do curso de Direito da Universidade Vale do Rio
Doce.
4
Dra. em Saúde Coletiva, Profa. do Programa de Pós-Graduação em Gestão Integrada do Território
da Universidade Vale do Rio Doce.
5
Dr. em Psicologia Clínica, Prof. do Programa de Pós-Graduação em Gestão Integrada do Território
da Universidade Vale do Rio Doce.
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