Inovação A Revolução do Biodiesel CBMM Nº 02 Pela primeira vez, o nióbio é utilizado na produção de biodiesel a partir de óleo de palma abril de 2005 Ponte de Millau Nióbio é usado na ponte mais alta do mundo CBMM é premiada por siderúrgicas japonesas Criatividade de funcionário resolve grave problema 09 Jardim chinês é inaugurado no cerrado mineiro 11 12 Drauzio Varella atrai mais de 5 mil em Araxá 12 C A P A 43 mil toneladas entre as nuvens as palavras de seu criador, o arquiteto inglês Norman Foster, a ponte de aço de Millau, no sul da França, tem “a delicadeza de uma borboleta”, apesar de suas 43 mil toneladas. Na descrição do prefeito de Millau, Jacques Godfrain, a ponte sobre o rio Tarn “fica entre as nuvens”, sustentada por sete pilares de concreto e aço com até 343 metros de altura. N A ponte, que é a mais alta do mundo, 23 metros maior do que a Torre Eiffel, é o mais recente registro da presença do nióbio na engenharia contemporânea. O presidente Jacques Chirac inaugurou-a em dezem- bro de 2004 para desafogar o tráfego de verão na cidade de Millau, quando milhares de franceses tomam o caminho da praia pela estrada que liga Paris à costa mediterrânea. Em seu primeiro teste, as autoridades francesas estimam que no auge do verão europeu deste ano, o mês de julho, o movimento diário na ponte subirá para 25 mil veículos. Mesmo fora de temporada, 10 mil veículos já passam por ela diariamente e cada um paga pedágio de US$ 5,60. Quem já passou por ali experimentou a sensação de percorrer os 2,5 quilômetros da pista, a Inovação CBMM 02 270 metros de altura, acima das nuvens. Em manhãs de neblina, os motoristas podem compreender o desejo do arquiteto Foster de desenhar pilares que parecessem orgânicos, “como se brotassem da terra”. A obra durou três anos – de dezembro de 2001 a dezembro de 2004 –, custou 394 milhões de euros (US$ 524 milhões) e repete a dobradinha entre a França e a Inglaterra, que também construíram o avião supersônico Concorde e o túnel ferroviário sob o canal da Mancha. Por ter financiado o projeto, a construtora Eiffage, que montou a Torre Eiffel, ganhou do governo fran- Vantagens técnicas por onde passam os veículos) tivesse a altura de sua seção transversal reduzida de 4,6 metros em concreto para 4,2 metros em aço. Com isso houve redução no peso total das estruturas do tabuleiro e a diminuição do número de cabos de aço necessários a sua sustentação. Outro resultado importante foi a redução dos esforços horizontais causados pelos fortes ventos transversais ao tabuleiro; eles são diretamente proporcionais à altura do vigamento. O uso do aço especial com alta resistência e baixa liga (HSLA na sigla em inglês) permitiu que a estrutura do tabuleiro (a pista A ponte foi construída sobre sete pilares de concreto armado. No topo desses pilares, nascem colunas metálicas com 73 cês o direito de cobrar pedágio na ponte pelos próximos 75 anos. As chapas grossas usadas na ponte (mais de 40 mil toneladas) são de aço contendo nióbio e laminado por processamento termomecânico controlado. O tipo de aço usado neste caso tem limite de resistência à tração acima de 460 MPa e contém aproximadamente 0,03% de nióbio em sua composição química. Inovação CBMM 03 metros de altura responsáveis por sustentar os cabos de aço que suportam o tabuleiro da ponte, ao longo de vãos livres com 342 metros entre as colunas. As chapas metálicas usadas nessas colunas apresentam espessuras de até 120 milímetros. A largura da pista é de 23 metros e possui duas faixas de rodagem em cada sentido. A construção da ponte ocorreu simultaneamente a partir dos dois lados do vale. As seções transversais das estruturas metálicas do tabuleiro foram montadas no solo e erguidas com pistões hidráulicos até o nível final, onde foram encaixadas. Biodiesel Brasileiros usam nióbio na produção de biodiesel a partir de óleo de palma A Desta vez, o cenário é outro. Estamos na “boca” da floresta amazônica, sob o calor úmido de Belém do Pará, às margens da baía do rio Guajará. Na quartafeira, dia 9, na usina da Agropalma, engenheiros químicos e mecânicos brasileiros deram o pontapé inicial para a introdução do nióbio na tecnologia dos combustíveis renováveis e limpos – uma das áreas mais promissoras da ciência no terceiro milênio. Pela primeira vez no mundo, o nióbio é utilizado em uma planta industrial para a produção de biodiesel a partir de um subproduto do óleo refinado de palma – o ácido graxo. A usina da Agropalma produziu 2 mil litros de biodiesel, utilizando um catalisador sólido ácido – o ácido nióbico em pó fabricado pela CBMM em Araxá, MG, em parceria com a Oxiteno, do grupo Ultra. A Oxiteno compacta em pastilhas o ácido nióbico em pó. O desempenho do ácido nióbico, em forma de pastilhas (pellets), causou entusiasmo na equipe responsável pelo projeto. No reator, as pastilhas de ácido nióbico aceleram a conversão em biodiesel do ácido graxo do óleo de dendê misturado em álcool (etanol ou metanol). O processo tem apresentado índices de conversão do ácido graxo em biodiesel acima das expectativas, para uma usina ainda em fase de pré-operação. Os equipamentos foram fabricados em Piracicaba, SP, pela Biodiesel Dedini. na presença de um catalisador homogêneo na forma líquida. O catalisador é utilizado uma única vez, não sendo possível sua recuperação. Isso acarreta problemas ambientais, pois a maioria dos catalisadores é à base de hidróxido de sódio, popularmente conhecido como soda cáustica. Outro problema é a geração de glicerol como subproduto, elevando os custos do processo, para a purificação do biodiesel. Inicialmente, o processo da UFRJ para a Agropalma foi desenvolvido com zeólitas, que custam mais caro por ser material importado. Até que o ácido nióbico (HY 340), produzido pe- la CBMM em Araxá, foi oferecido ao professor Donato Aranda como alternativa. Deu certo. Com a vantagem de economia de processo por ser o nióbio mais estável e um produto genuinamente brasileiro, bem mais barato. Algumas zeólitas, diz o professor Aranda, chegam a custar cinco vezes mais do que o ácido nióbico da CBMM. O professor Aranda conta que a catálise foi o foco de seu doutorado na UFRJ. Sua experiência na área resultou em 150 artigos científicos e no registro de oito patentes de catálise em áreas que se estendem do petró- O processo utilizado na produção do biodiesel de palma, o “Palmdiesel”, foi desenvolvido em um projeto conjunto entre a Agropalma e a Escola de Química da UFRJ. Por ser inovadora, a tecnologia para a produção de biodiesel resultante de resíduos do óleo refinado (a esterificação) interessará provavelmente aos grandes produtores mundiais de óleo vegetal, como a Malásia, a Indonésia, a Tailândia e a Colômbia, segundo o professor Donato Aranda. Por este motivo, a Agropalma e a UFRJ entraram com um pedido de patente para este processo. Yili Rojas segunda semana de março de 2005 pode entrar para a história do nióbio com a mesma importância de outubro de 1957, quando o metalurgista norte-americano Bill Wilson usou nióbio em aços-carbono pela primeira vez em escala industrial. Na usina de Homestead (US Steel), no frio de Pittsburgh, Bill pesquisava novos aços para gasodutos e sua inovação abriu o mercado para o nióbio em aços microligados. Diferentemente do processo tradicional, o biodiesel produzido na Agropalma utiliza a reação de esterificação do ácido graxo, subproduto do refino do óleo de palma, também com álcool (metanol ou etanol), mas agora na presença de um catalisador heterogêneo sólido ácido. Neste processo, o catalisador pode ser recuperado e reutilizado, sem gerar rejeitos nocivos ao meio ambiente. leo a fármacos, passando pela oleoquímica e o gás natural. Ele já tinha estudado o nióbio como catalisador, graças às amostras enviadas pela CBMM. No caso da Agropalma, a fonte do biodiesel era completamente diferente das conhecidas no mundo, o óleo vegetal refinado – um óleo considerado nobre. Tratava-se dos ácidos graxos derivados do óleo de palma de dendê, um subproduto com aspecto de manteiga de cacau. Até então, a usina acumulava toneladas e toneladas desse resíduo, vendido para fábricas de sabão. Aranda estudou esse subproduto do dendê e concluiu que ele era resultado de uma enzima do próprio óleo; se na Europa fazem biodiesel até de sebo bovino, valia a pena pesquisar os resíduos da Agropalma. Química é a nova fronteira As vantagens, explica Aranda, compensam: o biodiesel, além de ser um produto nacional renovável, diminui as emissões de monóxido de carbono em mais de 50% e reduz mil vezes o enxofre. “A redução da fuligem é visual”, informa. “O nióbio como catalisador substitui outros catalisadores que não se pegam com a mão, como ácido sulfúrico e outros ácidos inorgânicos, extremamente corrosíveis e de manuseio perigoso: uma gotinha na minha bota fura meu pé”, adverte. Tradicionalmente, a produção de biodiesel é feita pela reação de transesterificação de um óleo vegetal refinado com um álcool, metanol ou etanol, A notícia caiu do céu para a Agropalma. Maior produtor de palma do Brasil, com l5 mil quilômetros de estradas internas, 4 mil trabalhadores e consumo Inovação CBMM 04 Inovação CBMM 05 anual de 2,5 milhões de litros de diesel, a empresa enxergou ali sua grande oportunidade: continuar produzindo óleo vegetal refinado para exportações e o mercado interno e usar seu resíduo em benefício próprio. Hoje, o professor Aranda, com pós-doutorado no Worcester Polytechnique Institute, nos Estados Unidos, está convencido de que descobriu uma fonte alternativa para a produção de biodiesel através dos resíduos e provou a eficiência do nióbio em catálise. Mas por que o ácido nióbico supera o desempenho das zeólitas em processos de esterificação? Porque, na reação, geram-se simultaneamente biodiesel e água, ensina o professor Aranda. No caso das zeólitas, a reação química começa muito bem. Mas, à medida que o processo se desenvolve, a água vai “envenenando” o catalisador, desativando-o. Isso força a troca prematura do catalisador. Já o ácido nióbico é resistente à água. Sua reutilização no processo está surpreendendo os especialistas. Mercado futuro No plano mundial, as perspectivas são boas. A produção da Indonésia é cem vezes superior à brasileira e a da Malásia, 120 vezes. Segundo Aranda, eles não sabem o que fazer com os ácidos graxos retirados do óleo vegetal no processo de refino. O professor Aranda está seguro de que aí está um novo mer- cado para a CBMM. A produção mundial de óleo de soja gira em torno de 29 milhões de toneladas. Se levarmos em conta que o resíduo nessa indústria é significativo, só a soja deve gerar um novo mercado para o ácido nióbico, caso o processo da UFRJ seja adotado pelas indústrias. No Brasil, os três maiores produtores de óleo vegetal – Bunge, Cargill e ADM – registram proO biodiesel é conhecido na Europa desde o século 19. O motor a diesel foi inventado em 1895 por Rudolf Diesel, que levou sua invenção à mostra mundial em Paris, em 1900, usando óleo de amendoim como combustível. Ele dizia que "o motor diesel pode ser alimentado com óleos vegetais e ajudará consideravelmente o desenvolvimento da agricultura dos países que o usarão". dução anual da ordem de 150 mil toneladas de ácidos graxos de soja, abrindo um mercado potencial para o nióbio. Isso sem falar em outras potencialidades de mercado. Porque, segundo o pesquisador da UFRJ, “em tudo onde a acidez é elevada, como nos subprodutos de dendê, de soja, de mamona, de coquinho macaúba e até óleo de fritura, pode-se usar o ácido nióbico para a produção de biodiesel”. Não é à toa que o McDonalds, segundo informação que chegou à Escola de Química da UFRJ, acaba de adquirir quarenta planInovação CBMM 06 tas nos Estados Unidos para produzir biodiesel da fritura de sua extensa rede de lojas de fast- food. Decididamente, os ventos da inovação sopram a favor do nióbio. A Arábia Saudita dos biocombustíveis Criado em fins de 2002 originalmente com o nome de “Programa Nacional de Biodiesel” e sob a esfera do ministério de Ciência e Tecnologia, esse programa energético consolidou-se no governo do presidente Lula. As autoridades pretendem fazer do biodiesel, tradicionalmente produzido e consumido na Europa há anos, “o novo combustível do Brasil”. duz 13 milhões de toneladas em 2,8 milhões de hectares. Somente o estado do Pará, na bacia amazônica brasileira, tem potencial para alcançar rapidamente a segunda posição nesse ranking, graças às possibilidades de expansão do dendê. Nas fazendas da Agropalma, localizadas nos municípios de Moju, Acará e Tailândia, estão plantados 5,5 milhões de palmas. Os europeus ficariam encabulados se viajassem de carro pela rodovia PA 150, que vai de Belém a Marabá e Carajás: de um lado e de outro, 50 quilômetros de plantação contínua de palmas. No entanto, apenas 36 mil dos 82 mil hectares da Agropalma estão reflorestados. A produtividade do dendê, segundo a empresa, é insuperável: a colheita dos cachos de dendê começa três anos depois do plantio, e durante trinta anos, a cada intervalo de doze dias, há uma nova safra. O dendê, de acordo com especialistas, rende dez vezes mais óleo do que a soja. Na Europa, segundo o professor Donato Aranda, o mercado de biodiesel já atingiu os 2 bilhões de litros/ano, produzidos sobretudo a partir da colza (rapeseed, em inglês), culti- Suas matérias-primas serão regionais, como a mamona, do Nordeste, a soja, do Sudeste, e o dendê, da região Norte. Segundo o governo, a adição de apenas 2% de biodiesel no diesel de petróleo, como se prevê para dentro de dois anos, refletirá positivamente na balança comercial do país. A redução das importações de petróleo permitirá a economia de pelo menos US$ 160 milhões/ano. Sem contabilizar os ganhos com a redução da poluição ambiental: o biodiesel é um combustível limpo. É uma tentativa de levar o país a superar o atraso tecnológico e aproveitar as condições de se transformar em grande produtor mundial, graças às suas extensas áreas agricultáveis, ao clima e à fartura de mão-de-obra para o cultivo de oleaginosas variadas. O maior produtor mundial de óleo de palma, a Malásia, pro- Agropalma, do grupo Aloysio Faria, já plantou 5,5 milhões de palmas Inovação CBMM 07 vada na Alemanha, e do girassol, na Itália. A oferta abundante permite que na França o biodiesel seja misturado em até 20% ao diesel consumido pelos veículos. Na Alemanha, há mais de mil postos de biodiesel 100% puro. Na Espanha, cerca de 50% dos veículos leves funcionam com esse combustível. No Brasil, o uso comercial do biodiesel já foi autorizado, com a adição de 2% ao diesel de petróleo. A exemplo da Europa, também aqui não é preciso ir à oficina para alterar os motores. Por enquanto, o uso é facultati- vo, informa a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. que no governo atual ficou encarregado de gerenciar o programa, as autoridades garantem: “Para a mistura de 2% do biodiesel ao diesel de petróleo, serão necessários 1,5 milhão de hectares, o que representa apenas 1% da área plantada e disponível para a agricultura no país (150 milhões de hectares)”. O biodiesel já desperta o interesse de grandes consumidores, como a Companhia Vale do Rio Doce, que, sozinha, responde por 3% do diesel no Brasil, atualmente na casa dos 40 bilhões de litros/ano, com 10 bilhões de litros importados. Somente para atender à exigência da ANP, que torna obrigatória a mistura em 2007, o B r a s i l p r e ci s a r i a p r o d u z i r anualmente 800 milhões de litros de biodiesel. Professor Aranda: biodiesel, com nióbio, é mais barato Com capacidade instalada para 20 milhões de litros anuais, a Agropalma, do grupo presidido pelo empresário Aloysio Faria, é a principal usina de biodiesel do Brasil. O governo não vê obstáculos para o cumprimento da meta, apesar de prazo tão curto. No site do ministério das Minas e Energia (www.mme.gov.br), O engenheiro Edmar Lopes Faleiros, da Dedini Indústrias de Base, acredita que o programa brasileiro está despertando o interesse dos investidores. Apenas no período de dezembro de 2004 a fevereiro de 2005, a linha verde da empresa, a “Biodiesel Dedini”, que forneceu os equipamentos para a usina da Agropalma, encaminhou cerca de trinta cotações de plantas industriais a interessados na fabrica- ção do novo produto. Algumas dessas plantas utilizam o processo com o nióbio como catalisador. Entusiasmado, o professor Donato Aranda não deixa por menos. Ele garante que o Brasil tem tudo para repetir com o biodiesel o êxito do programa do álcool em veículos automotivos. “O Brasil será a Arábia Saudita em biocombustíveis – pode escrever aí.” As pastilhas de ácido nióbico, o fruto do dendê e o biodiesel Lula na inauguração O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu seu entusiasmo com a nova tecnologia para a produção de biodiesel a partir de resíduos do dendê, durante a inauguração da usina da Agropalma em Belém, no dia 27 de abril. Ele anunciou que vai condecorar, com uma comenda do mérito científico, o professor Donato Aranda, da UFRJ, que desenvolveu o processo uti- lizando como catalisador o ácido nióbico da CBMM. Na visita às instalações industriais, o presidente Lula se mostrou impressionado e satisfeito ao ser informado pelo diretor comercial da Agropalma, Marcello Brito, e pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, de que “tudo ali na Agropalma era nacional”: o dendê, os equipamentos da Dedini e o ácido nióbico da CBMM. A solenidade de inauguração contou com a presença do governador do Pará, Simão Jatene, e dos ministros Roberto Rodrigues, da Agricultura, e Miguel Rossetto, da Reforma Agrária, e de muitos convidados da empresa. Em seu pronunciamento, o diretor Marcello Brito e a ministra Dilma Rousseff destacaram o processo tecnológico inovador e a parceria com a UFRJ e a CBMM. Premiação CBMM recebe prêmio de duas importantes siderúrgicas japonesas N quio, pelo presidente da Nippon Steel Corporation, Akio Mimura, Maior produtor de aço do Japão e terceira do mundo, com faturamento de US$ 30,5 bilhões em 2004 e com 32 milhões de toneladas previstas para 2005, a Nippon Steel (NSC) homenageou a CBMM com a entrega, em Tó- Hiro Kobayashi, da NSC (à direita), entregou a placa a Solon e a J. Minami, da CBMM Asia o mês de março, duas das mais importantes siderúrgicas do mundo, a Nippon Steel e a Nisshin Steel, homenagearam a CBMM em reconhecimento à “excelente parceria” no suprimento de ferronióbio a essas grandes empresas japonesas. Inovação CBMM 08 Inovação CBMM 09 de uma placa ao presidente da CBMM Asia, Sólon Tagusagawa. Nela, o dirigente japonês destaca “o ótimo relacionamento com a CBMM” entre as duas empresas e elogia a política de suprimentos e preços estáveis de seu fornecedor brasileiro. A CBMM fornece produtos de nióbio à siderúrgica japonesa há mais de trinta anos. “Nós valorizamos sua contribuição para a produção da NSC, através de sua política de suprimentos e preços estáveis, que contribuíram para nosso progresso”, diz o texto. miação na categoria “MatériasPrimas e Insumos”, a CBMM foi, em 2004, o “Fornecedor do Ano” da Cosipa, do Sistema Usiminas. A Nisshin Steel, quinta maior produtora de aço do Japão e com previsão de faturar US$ 5 bilhões em 2005, também entregou um “certificado de reconhecimento” ao diretor Sólon Tagusagawa. “Por muitos anos, vocês nos têm suprido com ferronióbio de forma estável e satisfatória em todos os aspectos, inclusive quantidade, qualidade e preço”, afirma a Nisshin Steel, acrescentando: “Nós gostaríamos de expressar nosso profundo agradecimento por sua colaboração no passado e contar com sua contínua cooperação no futuro”. Desde 2001, quando foi escolhida “Fornecedor do Ano” pela Usiminas na categoria “Insumos Metálicos”, a CBMM passou a ser classificada como “Fornecedor Qualidade Assegurada”, e, em decorrência disso, seus produtos de nióbio ganharam status especial, deixando de ser inspecionados na chegada à usina de Ipatinga. A Nisshin, com 3.667 empregados, é um dos maiores produtores de aço inoxidável, com alto volume de vendas para a indústria automobilística. Foi também “Fornecedor Destaque” da Usiminas na categoria “Matérias-Primas e Refratários” e “Fornecedor de Qualidade Assegurada” da Acesita, do grupo Arcelor. Nesses dois casos, a CBMM obteve o mesmo prêmio por quatro vezes seguidas, nos anos de 2001, 2002, 2003 e 2004. No exterior, os produtos da CBMM receberam em 2004 o reconhecimento da siderúrgica chinesa Baosteel, de Xangai, que conferiu à companhia o certificado “Fornecedor Classe A”. Somente dez empresas, de um to- Essas homenagens somam-se às várias manifestações de reconhecimento à qualidade dos produtos da CBMM, que recentemente foi distinguida com prêmios e certificados de outros grandes produtores de aço do Brasil e do mundo. Escolhida entre os 3.500 fornecedores que concorreram à pre- A homenagem da Nisshin Inovação CBMM 10 tal de seiscentos fornecedores, já receberam esse certificado. Jardim traz China ao cerrado No Brasil, a Electroaço Altona repetiu em 2004 sua avaliação “Qualidade Classe A” com que distinguiu a CBMM em 2001, 2002 e 2003. Ainda durante o ano de 2004, outros certificados de avaliação positiva foram entregues à CBMM, alguns deles pela quarta vez consecutiva, como é o caso do “Qualidade Excelente”, concedido pelo Grupo Gerdau e pela Aços Villares, desde o ano de 2001. CBMM inaugura jardim chinês para homenagear o país líder da siderurgia mundial Mais certificados de “Qualidade Excelente” para a CBMM foram entregues pela Companhia Siderúrgica Belgo Mineira (2003 e 2004); pela Companhia Siderúrgica Nacional (2003 e 2004); e pela Companhia Siderúrgica de Tubarão (2004). Anteriormente, a CBMM recebeu os seguintes prêmios e avaliações, todos datados de 2002: “Destaque Usiminas de Meio Ambiente”; “Fornecedor 100%”, da Siderúrgica Del Orinoco; “Performance Excelente”, da Lake Erie Steel Company – Stelco, dos Estados Unidos; “Fornecedor Excelente”, de “Acerias Paz Del Rio”; “Fornecedor Qualidade Assegurada”, da Cosipa, este último também conferido em 2003. embaixador de Pequim no Brasil, Jiang Yuande, inaugurou em Araxá um jardim chinês construído pela CBMM dentro de sua área industrial para homenagear o país líder da siderurgia mundial. A China prevê superar em 2005 a casa dos 300 milhões de toneladas de aço. O O embaixador estava acompanhado de diplomatas de Brasília e do consulado em São Paulo, entre eles a cônsul-geral, senhora Li Jiaoyun. Eles aprovaram o espaço, destacando o esforço da CBMM em reproduzir no cerrado mineiro o paisagismo chinês. Jiang Yuande lembrou ainda o pioneirismo da CBMM na China, aonde a companhia chegou em 1978 para introduzir o nióbio brasileiro na indústria siderúrgi- O embaixador Jiang Yuande e Pascoal Bordignon, da CBMM, na inauguração ca que mais cresce no mundo. Desde então, a empresa mantém intenso intercâmbio comercial, científico e cultural com usinas Em 2001, a CBMM ganhou da empresa AK-Steel, dos Estados Unidos, o prêmio “Fornecedor Classe A”. Em todos esses casos, a premiação se deveu ao reconhecimento à performance da companhia em qualidade, logística e atendimento. Inovação CBMM 11 siderúrgicas, universidades e centros de pesquisa chineses para o desenvolvimento de aços microligados ao nióbio. Mural Criatividade premiada A sugestão de um funcionário ajudou a CBMM a resolver um problema grave no sistema de secagem do concentrado desfosforado, na usina de pirometalurgia. O forno secador apresentava instabilidade operacional, com desligamentos freqüentes devido à elevação da temperatura. Isso ocorria porque o sistema de exaustão dos gases estava operando no limite, não sendo suficiente para refrigerar os gases de exaustão. Jaime Donizete Lemos sugeriu que o ar usado para despoeirar o ambiente fosse empregado na refrigeração do gás do forno. Algumas modificações mecânicas foram feitas, e há três meses Em nome da empresa, Clóvis premia Jaime Donizete Lemos o sistema está operando sem novos desligamentos. A idéia valeu um cheque-prêmio ao funcioná- rio, entregue pelo superintendente de Produção, Clóvis Antônio de Faria Sousa. Última rodada do Circuito CBMM de Cultura atrai mais de 5 mil pessoas Uma multidão foi ouvir dr. Drauzio... Mais de 5 mil pessoas lotaram o ginásio Dom Bosco, em Araxá, para ouvir o médico e escritor Drauzio Varella, na última rodada do Circuito CBMM de Cultura, rea- ...falar sobre obesidade, drogas e natalidade lizada em 31 de março. “Pensei que fosse um show de rock”, assustou-se o conferencista quando viu a multidão à sua espera. Na palestra, o dr. Drauzio chamou a aten- ção dos jovens sobre três temas da atualidade, que, na opinião dele, precisam ser tratados com toda clareza: a obesidade, o consumo de drogas e o controle da natalidade. Inovação CBMM é uma publicação trimestral da CBMM – www.cbmm.com.br. Editor: J.D.Vital – Jornalista responsável. Coordenação, projeto gráfico e editoração eletrônica: Conteúdo Expresso. Este material foi produzido com papel off-set brasileiro 100% reciclado. Parte das aparas pós-consumo, utilizada em sua produção, é adquirida diretamente de uma cooperativa de catadores de papel, onde a coleta seletiva é um meio de geração de renda e reinserção social.