Inovação
A Revolução
do Biodiesel
CBMM
Nº 02
Pela primeira vez, o nióbio é
utilizado na produção de biodiesel
a partir de óleo de palma
abril de 2005
Ponte de Millau
Nióbio é usado na ponte
mais alta do mundo
CBMM é premiada por
siderúrgicas japonesas
Criatividade de funcionário
resolve grave problema
09
Jardim chinês é inaugurado
no cerrado mineiro
11
12
Drauzio Varella atrai mais
de 5 mil em Araxá
12
C A P A
43 mil toneladas entre as nuvens
as palavras de seu criador, o
arquiteto inglês Norman
Foster, a ponte de aço de Millau,
no sul da França, tem “a delicadeza de uma borboleta”, apesar
de suas 43 mil toneladas. Na descrição do prefeito de Millau, Jacques Godfrain, a ponte sobre o
rio Tarn “fica entre as nuvens”,
sustentada por sete pilares de
concreto e aço com até 343 metros de altura.
N
A ponte, que é a mais alta do
mundo, 23 metros maior do
que a Torre Eiffel, é o mais recente registro da presença do
nióbio na engenharia contemporânea. O presidente Jacques
Chirac inaugurou-a em dezem-
bro de 2004 para desafogar o
tráfego de verão na cidade de
Millau, quando milhares de
franceses tomam o caminho da
praia pela estrada que liga Paris
à costa mediterrânea.
Em seu primeiro teste, as autoridades francesas estimam que
no auge do verão europeu deste
ano, o mês de julho, o movimento diário na ponte subirá para 25
mil veículos. Mesmo fora de temporada, 10 mil veículos já passam
por ela diariamente e cada um
paga pedágio de US$ 5,60.
Quem já passou por ali experimentou a sensação de percorrer os 2,5 quilômetros da pista, a
Inovação CBMM
02
270 metros de altura, acima das
nuvens. Em manhãs de neblina,
os motoristas podem compreender o desejo do arquiteto Foster
de desenhar pilares que parecessem orgânicos, “como se brotassem da terra”.
A obra durou três anos – de
dezembro de 2001 a dezembro
de 2004 –, custou 394 milhões
de euros (US$ 524 milhões) e repete a dobradinha entre a França e a Inglaterra, que também
construíram o avião supersônico
Concorde e o túnel ferroviário
sob o canal da Mancha. Por ter
financiado o projeto, a construtora Eiffage, que montou a Torre
Eiffel, ganhou do governo fran-
Vantagens técnicas
por onde passam os veículos) tivesse a altura de sua seção transversal reduzida de 4,6 metros em
concreto para 4,2 metros em
aço. Com isso houve redução no
peso total das estruturas do tabuleiro e a diminuição do número
de cabos de aço necessários a sua
sustentação. Outro resultado
importante foi a redução dos
esforços horizontais causados
pelos fortes ventos transversais
ao tabuleiro; eles são diretamente proporcionais à altura
do vigamento.
O uso do aço especial com alta resistência e baixa liga (HSLA
na sigla em inglês) permitiu que
a estrutura do tabuleiro (a pista
A ponte foi construída sobre
sete pilares de concreto armado. No topo desses pilares, nascem colunas metálicas com 73
cês o direito de cobrar pedágio na
ponte pelos próximos 75 anos.
As chapas grossas usadas na
ponte (mais de 40 mil toneladas)
são de aço contendo nióbio e
laminado por processamento termomecânico controlado. O tipo
de aço usado neste caso tem limite de resistência à tração acima de
460 MPa e contém aproximadamente 0,03% de nióbio em sua
composição química.
Inovação CBMM
03
metros de altura responsáveis
por sustentar os cabos de aço
que suportam o tabuleiro da
ponte, ao longo de vãos livres
com 342 metros entre as colunas. As chapas metálicas usadas
nessas colunas apresentam espessuras de até 120 milímetros.
A largura da pista é de 23 metros
e possui duas faixas de rodagem
em cada sentido.
A construção da ponte ocorreu simultaneamente a partir dos
dois lados do vale. As seções
transversais das estruturas metálicas do tabuleiro foram montadas no solo e erguidas com pistões hidráulicos até o nível final,
onde foram encaixadas.
Biodiesel
Brasileiros usam nióbio na produção de biodiesel a partir de óleo de palma
A
Desta vez, o cenário é outro.
Estamos na “boca” da floresta
amazônica, sob o calor úmido de
Belém do Pará, às margens da
baía do rio Guajará. Na quartafeira, dia 9, na usina da Agropalma, engenheiros químicos e
mecânicos brasileiros deram o
pontapé inicial para a introdução
do nióbio na tecnologia dos combustíveis renováveis e limpos –
uma das áreas mais promissoras
da ciência no terceiro milênio.
Pela primeira vez no mundo, o
nióbio é utilizado em uma planta industrial para a produção de
biodiesel a partir de um subproduto do óleo refinado de palma –
o ácido graxo. A usina da Agropalma produziu 2 mil litros de
biodiesel, utilizando um catalisador sólido ácido – o ácido nióbico em pó fabricado pela CBMM
em Araxá, MG, em parceria com
a Oxiteno, do grupo Ultra. A Oxiteno compacta em pastilhas o
ácido nióbico em pó.
O desempenho do ácido nióbico, em forma de pastilhas (pellets), causou entusiasmo na equipe responsável pelo projeto.
No reator, as pastilhas de ácido
nióbico aceleram a conversão
em biodiesel do ácido graxo do
óleo de dendê misturado em álcool (etanol ou metanol). O processo tem apresentado índices de
conversão do ácido graxo em biodiesel acima das expectativas, para uma usina ainda em fase de
pré-operação. Os equipamentos
foram fabricados em Piracicaba,
SP, pela Biodiesel Dedini.
na presença de um catalisador
homogêneo na forma líquida.
O catalisador é utilizado uma
única vez, não sendo possível
sua recuperação. Isso acarreta
problemas ambientais, pois a
maioria dos catalisadores é à
base de hidróxido de sódio, popularmente conhecido como
soda cáustica. Outro problema
é a geração de glicerol como
subproduto, elevando os custos
do processo, para a purificação
do biodiesel.
Inicialmente, o processo da
UFRJ para a Agropalma foi desenvolvido com zeólitas, que
custam mais caro por ser material importado. Até que o ácido
nióbico (HY 340), produzido pe-
la CBMM em Araxá, foi oferecido ao professor Donato Aranda
como alternativa.
Deu certo. Com a vantagem
de economia de processo por ser
o nióbio mais estável e um produto genuinamente brasileiro,
bem mais barato. Algumas zeólitas, diz o professor Aranda, chegam a custar cinco vezes mais do
que o ácido nióbico da CBMM.
O professor Aranda conta que
a catálise foi o foco de seu doutorado na UFRJ. Sua experiência na área resultou em 150 artigos científicos e no registro de
oito patentes de catálise em
áreas que se estendem do petró-
O processo utilizado na produção do biodiesel de palma, o
“Palmdiesel”, foi desenvolvido em
um projeto conjunto entre a Agropalma e a Escola de Química da
UFRJ. Por ser inovadora, a tecnologia para a produção de biodiesel
resultante de resíduos do óleo refinado (a esterificação) interessará
provavelmente aos grandes produtores mundiais de óleo vegetal,
como a Malásia, a Indonésia, a
Tailândia e a Colômbia, segundo
o professor Donato Aranda. Por
este motivo, a Agropalma e a
UFRJ entraram com um pedido
de patente para este processo.
Yili Rojas
segunda semana de março
de 2005 pode entrar para a
história do nióbio com a mesma
importância de outubro de
1957, quando o metalurgista
norte-americano Bill Wilson
usou nióbio em aços-carbono
pela primeira vez em escala industrial. Na usina de Homestead (US Steel), no frio de Pittsburgh, Bill pesquisava novos
aços para gasodutos e sua inovação abriu o mercado para o nióbio em aços microligados.
Diferentemente do processo
tradicional, o biodiesel produzido na Agropalma utiliza a reação de esterificação do ácido
graxo, subproduto do refino do
óleo de palma, também com álcool (metanol ou etanol), mas
agora na presença de um catalisador heterogêneo sólido ácido.
Neste processo, o catalisador pode ser recuperado e reutilizado,
sem gerar rejeitos nocivos ao
meio ambiente.
leo a fármacos, passando pela
oleoquímica e o gás natural. Ele
já tinha estudado o nióbio como
catalisador, graças às amostras
enviadas pela CBMM.
No caso da Agropalma, a fonte do biodiesel era completamente diferente das conhecidas
no mundo, o óleo vegetal refinado – um óleo considerado nobre. Tratava-se dos ácidos graxos
derivados do óleo de palma de
dendê, um subproduto com aspecto de manteiga de cacau. Até
então, a usina acumulava toneladas e toneladas desse resíduo,
vendido para fábricas de sabão.
Aranda estudou esse subproduto do dendê e concluiu que
ele era resultado de uma enzima
do próprio óleo; se na Europa fazem biodiesel até de sebo bovino, valia a pena pesquisar os resíduos da Agropalma.
Química é a nova fronteira
As vantagens, explica Aranda,
compensam: o biodiesel, além
de ser um produto nacional renovável, diminui as emissões de
monóxido de carbono em mais
de 50% e reduz mil vezes o enxofre. “A redução da fuligem é
visual”, informa. “O nióbio como catalisador substitui outros
catalisadores que não se pegam
com a mão, como ácido sulfúrico e outros ácidos inorgânicos,
extremamente corrosíveis e de
manuseio perigoso: uma gotinha na minha bota fura meu
pé”, adverte.
Tradicionalmente, a produção de biodiesel é feita pela
reação de transesterificação de
um óleo vegetal refinado com
um álcool, metanol ou etanol,
A notícia caiu do céu para a
Agropalma. Maior produtor de
palma do Brasil, com l5 mil
quilômetros de estradas internas,
4 mil trabalhadores e consumo
Inovação CBMM
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Inovação CBMM
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anual de 2,5 milhões de litros de
diesel, a empresa enxergou ali
sua grande oportunidade: continuar produzindo óleo vegetal refinado para exportações e o mercado interno e usar seu resíduo
em benefício próprio.
Hoje, o professor Aranda,
com pós-doutorado no Worcester Polytechnique Institute, nos
Estados Unidos, está convencido de que descobriu uma fonte
alternativa para a produção de
biodiesel através dos resíduos e
provou a eficiência do nióbio
em catálise.
Mas por que o ácido nióbico
supera o desempenho das zeólitas em processos de esterificação?
Porque, na reação, geram-se simultaneamente biodiesel e água,
ensina o professor Aranda. No caso das zeólitas, a reação química
começa muito bem. Mas, à medida que o processo se desenvolve, a água vai “envenenando” o
catalisador, desativando-o. Isso
força a troca prematura do catalisador. Já o ácido nióbico é resistente à água. Sua reutilização no
processo está surpreendendo os
especialistas.
Mercado futuro
No plano mundial, as perspectivas são boas. A produção da Indonésia é cem vezes superior à
brasileira e a da Malásia, 120 vezes. Segundo Aranda, eles não
sabem o que fazer com os ácidos
graxos retirados do óleo vegetal
no processo de refino.
O professor Aranda está seguro de que aí está um novo mer-
cado para a CBMM. A produção
mundial de óleo de soja gira em
torno de 29 milhões de toneladas. Se levarmos em conta que o
resíduo nessa indústria é significativo, só a soja deve gerar um
novo mercado para o ácido nióbico, caso o processo da UFRJ seja adotado pelas indústrias.
No Brasil, os três maiores produtores de óleo vegetal – Bunge,
Cargill e ADM – registram proO biodiesel é conhecido na
Europa desde o século 19.
O motor a diesel foi inventado
em 1895 por Rudolf Diesel, que
levou sua invenção à mostra
mundial em Paris, em 1900,
usando óleo de amendoim
como combustível. Ele dizia
que "o motor diesel pode ser
alimentado com óleos vegetais
e ajudará consideravelmente
o desenvolvimento da
agricultura dos países que
o usarão".
dução anual da ordem de 150
mil toneladas de ácidos graxos de
soja, abrindo um mercado potencial para o nióbio.
Isso sem falar em outras potencialidades de mercado. Porque,
segundo o pesquisador da UFRJ,
“em tudo onde a acidez é elevada, como nos subprodutos de
dendê, de soja, de mamona, de
coquinho macaúba e até óleo de
fritura, pode-se usar o ácido nióbico para a produção de biodiesel”.
Não é à toa que o McDonalds,
segundo informação que chegou
à Escola de Química da UFRJ,
acaba de adquirir quarenta planInovação CBMM
06
tas nos Estados Unidos para produzir biodiesel da fritura de sua
extensa rede de lojas de fast- food.
Decididamente, os ventos da inovação sopram a favor do nióbio.
A Arábia Saudita
dos biocombustíveis
Criado em fins de 2002 originalmente com o nome de “Programa Nacional de Biodiesel” e sob a
esfera do ministério de Ciência e
Tecnologia, esse programa energético consolidou-se no governo do
presidente Lula. As autoridades
pretendem fazer do biodiesel, tradicionalmente produzido e consumido na Europa há anos, “o novo
combustível do Brasil”.
duz 13 milhões de toneladas em
2,8 milhões de hectares. Somente o estado do Pará, na bacia
amazônica brasileira, tem potencial para alcançar rapidamente a
segunda posição nesse ranking,
graças às possibilidades de expansão do dendê.
Nas fazendas da Agropalma,
localizadas nos municípios de
Moju, Acará e Tailândia, estão
plantados 5,5 milhões de palmas. Os europeus ficariam encabulados se viajassem de carro
pela rodovia PA 150, que vai de
Belém a Marabá e Carajás: de
um lado e de outro, 50 quilômetros de plantação contínua
de palmas.
No entanto, apenas 36 mil
dos 82 mil hectares da Agropalma estão reflorestados. A
produtividade do dendê, segundo a empresa, é insuperável: a colheita dos cachos de
dendê começa três anos depois
do plantio, e durante trinta
anos, a cada intervalo de doze
dias, há uma nova safra. O
dendê, de acordo com especialistas, rende dez vezes mais
óleo do que a soja.
Na Europa, segundo o professor Donato Aranda, o mercado de biodiesel já atingiu os
2 bilhões de litros/ano, produzidos sobretudo a partir da colza (rapeseed, em inglês), culti-
Suas matérias-primas serão regionais, como a mamona, do Nordeste, a soja, do Sudeste, e o dendê, da região Norte. Segundo o
governo, a adição de apenas 2% de
biodiesel no diesel de petróleo, como se prevê para dentro de dois
anos, refletirá positivamente na balança comercial do país. A redução das importações de petróleo
permitirá a economia de pelo menos US$ 160 milhões/ano. Sem
contabilizar os ganhos com a redução da poluição ambiental: o biodiesel é um combustível limpo.
É uma tentativa de levar o país
a superar o atraso tecnológico e
aproveitar as condições de se
transformar em grande produtor
mundial, graças às suas extensas
áreas agricultáveis, ao clima e à
fartura de mão-de-obra para o
cultivo de oleaginosas variadas.
O maior produtor mundial de
óleo de palma, a Malásia, pro-
Agropalma, do grupo Aloysio Faria, já plantou 5,5 milhões de palmas
Inovação CBMM
07
vada na Alemanha, e do girassol, na Itália.
A oferta abundante permite
que na França o biodiesel seja
misturado em até 20% ao diesel consumido pelos veículos.
Na Alemanha, há mais de mil
postos de biodiesel 100% puro. Na Espanha, cerca de 50%
dos veículos leves funcionam
com esse combustível.
No Brasil, o uso comercial do
biodiesel já foi autorizado, com
a adição de 2% ao diesel de petróleo. A exemplo da Europa,
também aqui não é preciso ir à
oficina para alterar os motores.
Por enquanto, o uso é facultati-
vo, informa a ANP – Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
que no governo atual ficou encarregado de gerenciar o programa, as autoridades garantem:
“Para a mistura de 2% do biodiesel ao diesel de petróleo, serão
necessários 1,5 milhão de hectares, o que representa apenas 1%
da área plantada e disponível para a agricultura no país (150 milhões de hectares)”.
O biodiesel já desperta o interesse de grandes consumidores, como a Companhia Vale
do Rio Doce, que, sozinha, responde por 3% do diesel no Brasil, atualmente na casa dos 40
bilhões de litros/ano, com 10
bilhões de litros importados.
Somente para atender à exigência da ANP, que torna obrigatória a mistura em 2007, o
B r a s i l p r e ci s a r i a p r o d u z i r
anualmente 800 milhões de litros de biodiesel.
Professor Aranda: biodiesel,
com nióbio, é mais barato
Com capacidade instalada
para 20 milhões de litros anuais,
a Agropalma, do grupo presidido pelo empresário Aloysio Faria, é a principal usina de biodiesel do Brasil.
O governo não vê obstáculos
para o cumprimento da meta,
apesar de prazo tão curto. No site do ministério das Minas e
Energia (www.mme.gov.br),
O engenheiro Edmar Lopes
Faleiros, da Dedini Indústrias
de Base, acredita que o programa brasileiro está despertando o interesse dos investidores. Apenas no período de
dezembro de 2004 a fevereiro
de 2005, a linha verde da empresa, a “Biodiesel Dedini”,
que forneceu os equipamentos para a usina da Agropalma,
encaminhou cerca de trinta
cotações de plantas industriais a interessados na fabrica-
ção do novo produto. Algumas dessas plantas utilizam
o processo com o nióbio como catalisador.
Entusiasmado, o professor
Donato Aranda não deixa por
menos. Ele garante que o Brasil
tem tudo para repetir com o
biodiesel o êxito do programa
do álcool em veículos automotivos. “O Brasil será a Arábia
Saudita em biocombustíveis –
pode escrever aí.”
As pastilhas de ácido nióbico, o fruto do dendê e o biodiesel
Lula na inauguração
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva não escondeu seu entusiasmo
com a nova tecnologia para a produção de biodiesel a partir de resíduos do dendê, durante a inauguração da usina da Agropalma em
Belém, no dia 27 de abril. Ele anunciou que vai condecorar, com uma
comenda do mérito científico, o
professor Donato Aranda, da UFRJ,
que desenvolveu o processo uti-
lizando como catalisador o ácido
nióbico da CBMM.
Na visita às instalações industriais, o
presidente Lula se mostrou impressionado e satisfeito ao ser informado pelo diretor comercial da Agropalma, Marcello
Brito, e pela ministra de Minas e
Energia, Dilma Rousseff, de que “tudo
ali na Agropalma era nacional”: o dendê,
os equipamentos da Dedini e o ácido
nióbico da CBMM.
A solenidade de inauguração contou com a presença do governador do
Pará, Simão Jatene, e dos ministros
Roberto Rodrigues, da Agricultura, e
Miguel Rossetto, da Reforma Agrária,
e de muitos convidados da empresa.
Em seu pronunciamento, o diretor
Marcello Brito e a ministra Dilma
Rousseff destacaram o processo tecnológico inovador e a parceria com a
UFRJ e a CBMM.
Premiação
CBMM recebe prêmio de duas importantes siderúrgicas japonesas
N
quio, pelo presidente da Nippon
Steel Corporation, Akio Mimura,
Maior produtor de aço do Japão
e terceira do mundo, com faturamento de US$ 30,5 bilhões em
2004 e com 32 milhões de toneladas previstas para 2005, a Nippon
Steel (NSC) homenageou a
CBMM com a entrega, em Tó-
Hiro Kobayashi, da NSC (à direita), entregou a placa a Solon e a J. Minami,
da CBMM Asia
o mês de março, duas das
mais importantes siderúrgicas do mundo, a Nippon Steel e
a Nisshin Steel, homenagearam
a CBMM em reconhecimento à
“excelente parceria” no suprimento de ferronióbio a essas
grandes empresas japonesas.
Inovação CBMM
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Inovação CBMM
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de uma placa ao presidente da
CBMM Asia, Sólon Tagusagawa.
Nela, o dirigente japonês destaca “o ótimo relacionamento
com a CBMM” entre as duas
empresas e elogia a política de
suprimentos e preços estáveis de
seu fornecedor brasileiro. A
CBMM fornece produtos de nióbio à siderúrgica japonesa há
mais de trinta anos. “Nós valorizamos sua contribuição para a
produção da NSC, através de sua
política de suprimentos e preços
estáveis, que contribuíram para
nosso progresso”, diz o texto.
miação na categoria “MatériasPrimas e Insumos”, a CBMM foi,
em 2004, o “Fornecedor do Ano”
da Cosipa, do Sistema Usiminas.
A Nisshin Steel, quinta maior
produtora de aço do Japão e com
previsão de faturar US$ 5 bilhões
em 2005, também entregou um
“certificado de reconhecimento”
ao diretor Sólon Tagusagawa. “Por
muitos anos, vocês nos têm suprido
com ferronióbio de forma estável e
satisfatória em todos os aspectos, inclusive quantidade, qualidade e
preço”, afirma a Nisshin Steel,
acrescentando: “Nós gostaríamos
de expressar nosso profundo agradecimento por sua colaboração no
passado e contar com sua contínua
cooperação no futuro”.
Desde 2001, quando foi escolhida “Fornecedor do Ano” pela
Usiminas na categoria “Insumos
Metálicos”, a CBMM passou a ser
classificada como “Fornecedor
Qualidade Assegurada”, e, em decorrência disso, seus produtos de
nióbio ganharam status especial,
deixando de ser inspecionados na
chegada à usina de Ipatinga.
A Nisshin, com 3.667 empregados, é um dos maiores produtores de aço inoxidável, com alto
volume de vendas para a indústria automobilística.
Foi também “Fornecedor Destaque” da Usiminas na categoria
“Matérias-Primas e Refratários” e
“Fornecedor de Qualidade Assegurada” da Acesita, do grupo Arcelor. Nesses dois casos, a CBMM
obteve o mesmo prêmio por quatro vezes seguidas, nos anos de
2001, 2002, 2003 e 2004.
No exterior, os produtos da
CBMM receberam em 2004 o
reconhecimento da siderúrgica
chinesa Baosteel, de Xangai, que
conferiu à companhia o certificado “Fornecedor Classe A”. Somente dez empresas, de um to-
Essas homenagens somam-se
às várias manifestações de reconhecimento à qualidade dos produtos da CBMM, que recentemente foi distinguida com
prêmios e certificados de outros
grandes produtores de aço do
Brasil e do mundo.
Escolhida entre os 3.500 fornecedores que concorreram à pre-
A homenagem da Nisshin
Inovação CBMM
10
tal de seiscentos fornecedores, já
receberam esse certificado.
Jardim traz China ao cerrado
No Brasil, a Electroaço Altona
repetiu em 2004 sua avaliação
“Qualidade Classe A” com que
distinguiu a CBMM em 2001,
2002 e 2003. Ainda durante o
ano de 2004, outros certificados
de avaliação positiva foram
entregues à CBMM, alguns deles
pela quarta vez consecutiva, como é o caso do “Qualidade Excelente”, concedido pelo Grupo
Gerdau e pela Aços Villares, desde o ano de 2001.
CBMM inaugura jardim chinês para homenagear o país líder da siderurgia mundial
Mais certificados de “Qualidade Excelente” para a CBMM foram entregues pela Companhia
Siderúrgica Belgo Mineira (2003
e 2004); pela Companhia Siderúrgica Nacional (2003 e 2004);
e pela Companhia Siderúrgica
de Tubarão (2004).
Anteriormente, a CBMM recebeu os seguintes prêmios e
avaliações, todos datados de
2002: “Destaque Usiminas de
Meio Ambiente”; “Fornecedor
100%”, da Siderúrgica Del Orinoco; “Performance Excelente”,
da Lake Erie Steel Company –
Stelco, dos Estados Unidos;
“Fornecedor Excelente”, de
“Acerias Paz Del Rio”; “Fornecedor Qualidade Assegurada”,
da Cosipa, este último também
conferido em 2003.
embaixador de Pequim no
Brasil, Jiang Yuande, inaugurou em Araxá um jardim chinês construído pela CBMM dentro de sua área industrial para homenagear o país líder da
siderurgia mundial. A China prevê superar em 2005 a casa dos
300 milhões de toneladas de aço.
O
O embaixador estava acompanhado de diplomatas de Brasília
e do consulado em São Paulo,
entre eles a cônsul-geral, senhora
Li Jiaoyun. Eles aprovaram o
espaço, destacando o esforço da
CBMM em reproduzir no cerrado mineiro o paisagismo chinês.
Jiang Yuande lembrou ainda o
pioneirismo da CBMM na China, aonde a companhia chegou
em 1978 para introduzir o nióbio
brasileiro na indústria siderúrgi-
O embaixador Jiang Yuande e Pascoal Bordignon, da CBMM, na inauguração
ca que mais cresce no mundo.
Desde então, a empresa mantém
intenso intercâmbio comercial,
científico e cultural com usinas
Em 2001, a CBMM ganhou
da empresa AK-Steel, dos Estados Unidos, o prêmio “Fornecedor Classe A”. Em todos esses casos, a premiação se deveu ao
reconhecimento à performance
da companhia em qualidade, logística e atendimento.
Inovação CBMM
11
siderúrgicas, universidades e
centros de pesquisa chineses para o desenvolvimento de aços microligados ao nióbio.
Mural
Criatividade premiada
A sugestão de um funcionário
ajudou a CBMM a resolver um
problema grave no sistema de secagem do concentrado desfosforado, na usina de pirometalurgia. O
forno secador apresentava instabilidade operacional, com desligamentos freqüentes devido à elevação da temperatura. Isso ocorria
porque o sistema de exaustão dos
gases estava operando no limite,
não sendo suficiente para refrigerar os gases de exaustão.
Jaime Donizete Lemos sugeriu que o ar usado para despoeirar o ambiente fosse empregado
na refrigeração do gás do forno.
Algumas modificações mecânicas foram feitas, e há três meses
Em nome da empresa, Clóvis premia Jaime Donizete Lemos
o sistema está operando sem novos desligamentos. A idéia valeu
um cheque-prêmio ao funcioná-
rio, entregue pelo superintendente de Produção, Clóvis Antônio de Faria Sousa.
Última rodada do Circuito CBMM de Cultura atrai mais de 5 mil pessoas
Uma multidão foi ouvir dr. Drauzio...
Mais de 5 mil pessoas lotaram o
ginásio Dom Bosco, em Araxá, para ouvir o médico e escritor Drauzio Varella, na última rodada do
Circuito CBMM de Cultura, rea-
...falar sobre obesidade, drogas e natalidade
lizada em 31 de março. “Pensei
que fosse um show de rock”, assustou-se o conferencista quando viu
a multidão à sua espera. Na palestra, o dr. Drauzio chamou a aten-
ção dos jovens sobre três temas da
atualidade, que, na opinião dele,
precisam ser tratados com toda clareza: a obesidade, o consumo de
drogas e o controle da natalidade.
Inovação CBMM é uma publicação trimestral da CBMM – www.cbmm.com.br. Editor: J.D.Vital – Jornalista responsável.
Coordenação, projeto gráfico e editoração eletrônica: Conteúdo Expresso.
Este material foi produzido com papel off-set brasileiro 100% reciclado. Parte das aparas pós-consumo, utilizada em sua produção, é adquirida diretamente
de uma cooperativa de catadores de papel, onde a coleta seletiva é um meio de geração de renda e reinserção social.
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