SET/OUT 2009 Sindilub Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho Diretor Secretário: Carlos Abud Ristum Diretor Tesoureiro: Jaime Teixeira Cordeiro Diretor Social: Antonio da Silva Dourado Diretor Executivo: Ruy Ricci Av. Imperatriz Leopoldina, 1905 - Cj. 21 V. Leopoldina - São Paulo - SP - 05305-007 Fone/Fax: (11) 3644-3440/3645-2640 www.sindilub.org.br - [email protected] Coordenadora: Ana Leme - (11) 3644-3440 Assistente de Redação: Andrey Sousa Jornalista Responsável: Ana Azevedo - MTB 22.242 Editoração: iPressnet - www.ipressnet.com.br Impressão: Van Moorsel Gráfica e Editora - (11) 2764-5734 João Paulo Fernandes As matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da revista. Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida a reprodução de qualquer matéria e imagem sem nossa prévia autorização. Caros amigos, No Sindilub já se encontra à disposição dos interessados, gratuitamente, o Guia Básico de Gerenciamento de Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados Essa publicação foi desenvolvida e editada pelo Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução Conama nº 362/2005 (GMP) Trata-se de uma cartilha, voltada à população em geral e que pode (e deve) ser empregada no treinamento dos que realizam trocas de óleo, mais expostos aos riscos do produto Em linguagem clara, ela traz informações detalhadas sobre a composição dos lubrificantes e os cuidados necessários à manipulação e ao descarte de produtos acabados e usados ou contaminados, assim como orientações sobre a correta forma de realizar a troca do óleo, o acondicionamento do produto usado, sua coleta e destinação O guia é uma importante ferramenta de profissionalização do setor, destinada a evitar acidentes e riscos à saúde e ao meio ambiente Vale lembrar que num passado até recente predominava no Brasil certo descaso com relação a segurança, no amplo sentido dessa palavra Em alguns casos, o desrespeito aos cuidados mais elementares causou a perda de vidas e danos irreparáveis ao meio ambiente, além de prejuízos financeiros Esses desastres levaram a mudanças de postura quanto à segurança, criando a cultura da prevenção, que se alastrou para o setor empresarial, determinando atitudes mais responsáveis nesse contexto Nesse sentido, o Sindilub procura fazer sua parte, incentivando a adoção de posturas empresariais modernas dentro do setor, para prevenir acidentes de todas as naturezas “A natureza”, segundo o escritor alemão Johann Goethe, “é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas” Então, solicite seus exemplares do guia Valorize e multiplique suas páginas e boa leitura Grande abraço, Laercio Kalauskas, Presidente do Sindilub Nesta edição: » » » » » » » » » » » Confira os Principais Lançamentos da Expopostos Regulamentação da Revenda não Muito Distante GMP Realiza Oficina Nacional Rio de Janeiro Cria Lei para Destinação do OLUC Engrene Nesta Idéia, Valorize e Multiplique As Siglas nas Embalagens de Lubrificantes Lubrax Náutica Tecno Chega para Completar o Time Grupo Agecom deve Crescer 8% em 2009 Spanjaard faz a Corte ao Mercado Brasileiro Óleo de Transformador - Características, Aplicações e Cuidados Notas 4 6 8 9 10 12 13 14 15 16 17 Evento CONFIRA OS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DA ExPOPOSTOS EQUIPAMENTOS PARA TROCAS DE ÓLEO E NOVOS LUBRIFICANTES FIGURARAM ENTRE AS NOVIDADES o sistema mecânico, ele tem como diferencial a possibilidade do operador programar a quantidade de óleo lubrificante que será abastecido. Redução dos índices de adulteração e assinatura da chamada Lei do Perdimento, que autoriza o Estado a reutilizar os combustíveis apreendidos em operações de fiscalização. Esses foram os principais temas da abertura da Expopostos 2009, realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, entre 16 e 18 de setembro. O equipamento lança um cupom com o registro de quanto foi abastecido, quem abasteceu e o tipo de óleo que foi utilizado. O sistema faz tudo sem contato do operador com o óleo e pode ser adaptado para até 8 pontos de abastecimento. Ana Azevedo O convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sindicato Nacional Outra novidade trazida para a das Empresas Distribuidoras de Feira foi o Posto de Abastecimento Combustíveis e Lubrificantes (SinPneumático. Um sistema a vácuo, dicom), contou com a presença do que retira o óleo do motor por sucção governador José Serra, do secretário e o conduz até um tanque, sem conda Fazenda, Mauro Ricardo Machado tato com o operador. “Esse sistema Costa, o secretário da Justiça e Defesa elimina a sujeira, reduz os riscos de Estande da Chevron da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, o acidentes e ainda filtra o óleo antes de mandá-lo para o tanque”, explica o diretor procurador-geral de Justiça, Fernando proprietário Lincoln Cesar Costa. Grella Vieira, o diretor executivo do ProconSP, Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, e o presidente No estande da Leone o destaque ficou para o Elevador do Sindicom, Leonardo Gadotti Filho. com acionamento elétrico e hidráulico. Segundo Rafael Acompanhando o segmento há muitos anos, a diretoria do Sindilub manifestou contentamento em relação à assinatura do convênio. “Nesse momento estamos vendo vingar uma iniciativa que nasceu de um grande batalhador do sistema, que é o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia. Também estou feliz por perceber que estão sendo superadas as divergências que criaram um distanciamento entre o Sindicato de São Paulo e Federação”, comentou o diretor Ruy Ricci. Gálea, a manutenção tanto corretiva, quanto preventiva do equipamento é muito baixa, e ele permite uma melhor organização da troca de óleo. “É um equipamento que não tem coluna, funciona no sistema de tesoura, com capacidade para 3.500 quilos”, explica. Pensando na proteção ao meio ambiente, a Leone apresentou ainda o coletor de óleo ecológico, com bujão fechado, que evita o risco de derramamento, caso ele venha a tombar. O prato de coleta é mais longo e a descarga pressurizada, o que evita a necessidade de virar o equipamento. Completando a linha, um calibrador portátil com autonomia para encher ou calibrar quatro pneus, ou encher um pneu zerado. Ana Azevedo A exemplo dos anos anteriores, a quinta edição da Expopostos contou com um Fórum Internacional, que reuniu palestras sobre vários temas, e Equipamentos no Estande da Leone uma exposição de produtos e serviços. Embora focada no segQuem visitou a Feira também mento de combustíveis, a Feira trouxe pode conferir o lançamento para o mercado de lubrificaninovações também para quem trabalha com o lubrificante. tes feito pela Chevron Brasil, detentora da marca Texaco. No estande da LC Equipamentos, os visitantes puderam conhecer um equipamento que permite o gerenciamento do sistema de lubrificação. Criado para substituir 4 Sindilub A linha “Premium” de produtos Havoline com Deposit Shield™, tem como característica principal criar um escudo protetor contra a formação de depósitos assim que entra Segundo o coordenador de marketing da Chevron, Rogério Mesquita, a Feira é um excelente canal para identificação de oportunidades e tendências, já que o Brasil é o segundo mercado em importância para a Chevron em todo o mundo. Além da linha Havoline, a Companhia lançou recentemente a nova família de produtos Ursa, para veículos à Diesel. Para o próximo ano estão previstos projetos para o contínuo reforço dos produtos Texaco, principalmente através dessas duas marcas. SELO Durante o Evento, uma solenidade marcou o início das comemorações dos 50 anos da Fecombustíveis, que acontece em 2010. Com apoio dos correios, foi lançado um selo personalizado, com detalhes da bandeira do Brasil. O presidente Paulo Miranda Soares destacou o trabalho feito pelo ex-presidente Gil Siuffo, que permaneceu no cargo por 20 anos. “E se a revenda no Brasil ocupa o espaço que tem hoje e funciona da atual forma, isso se deve ao trabalho de Gil Siuffo, da Fecombustíveis e dos presidentes que por aqui passaram”. Também presente à solenidade, o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Allan Kardec, congratulou a Federação pela luta e dedicação que contribuíram para a melhora do segmento. Em en- Ana Azevedo em contato com as peças móveis do motor, ao mesmo tempo em que avançados agentes detergentes ajudam a manter essas peças limpas protegendo contra o atrito e o desgaste. Estande da LC trevista ao Sindilub Press, Kardec destacou os avanços conquistados, como o aumento da fiscalização, a redução dos índices de adulteração e a melhora da qualidade de todos os produtos. Segundo ele, chegou a vez de trabalhar junto aos lubrificantes. “Estamos pautando os lubrificantes nessa agenda de fortalecer o mercado, inclusive em termos de fiscalização que está sendo demandado pelos próprios segmentos. Acredito que com as Resoluções vamos estudar qual será o impacto e depois disso vamos tomar as ações sempre em conjunto com os empresários”. Por Ana Azevedo Evento REGULAMENTAÇÃO DA REVENDA NÃO MUITO DISTANTE Divulgação Congresso Simepetro As discussões sobre as novas Resoluções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, para o segmento de lubrificantes foram destaque no 2° Congresso Nacional Simepetro, realizado no dia 28 de agosto, em São Paulo. Com foco na Resolução n° 18, as palestras dos representantes das superintendências de Abastecimento, Fiscalização e Qualidade, procuraram mostrar que é possível rever aspectos considerados conflitantes pelo mercado. Segundo o superintendente de Abastecimento Edson Silva, é natural que ao longo do ano as Resoluções sejam observadas para então se definir que tipo de ajuste poderá ser feito. “Até o final do ano vamos fazer um balanço de vigência dessas Resoluções e verificar que tipo de alteração é conveniente fazer”. Falando especificamente sobre a revenda, Silva afirmou que esta etapa da regulamentação acontecerá em breve. “É uma fase futura, não muito distante. Ele lembrou ainda a preocupação com o Sistema de Informações de Movimentação de Produtos – SIMP. “Acabamos de colocar o TRR e estamos nos preparando para ali adiante absorver as informações do setor de lubrificantes. É que é um volume muito grande de tarefas, mas acho que estamos dando passos significativos e vamos chegar a esse pleito da regulamentação da revenda”. Falando pela Fiscalização, o superintendente adjunto, Oiama Paganini Guerra, destacou as ações realizadas até o mês de agosto; Autuações TCA reprovado (qualidade produto não conforme) ...17 Comercializar produto sem registro ANP....................6 Produzir produto sem registro ANP ............................5 Rótulo não conforme ...................................................1 Empresas Autuadas Produtores ...................................................................4 Coletores ......................................................................2 Volume Apreendido 12.540 litros de óleo lubrificante acabado 820 kg de graxas industriais sem registro ANP 118.900 litros óleo básico 6 Sindilub A especialista em regulação da ANP, e coordenadora do laboratório da Agência em Brasília, Maria da Conceição França, voltou a levantar a questão das não conformidades mais frequentes: Registro: produto sem registro, grau SAE, nível API e titularidade desatualizados. Troca de pacote de aditivos sem atualização no Registro. Rótulo: lote, data de fabricação, número de Registro ANP errado ou ausente, dados do detentor e produtor, informação enganosa quanto a base do produto (synthetic base e outros). Qualidade: teores dos metais Ca, Mg, Zn abaixo do especificado ou ausentes, viscosidade cinemática a 100ºC em desacordo com o grau SAE especificado. Ela atualizou o número total dos tipos de lubrificantes registrados na Agência, 3.570 industriais; 2900 automotivos; 2250 graxas lubrificantes e 35 aditivos para lubrificantes. A demanda de óleo básico também foi um tema que movimentou o Congresso. De acordo com o gerente de Comércio Interno de Lubrificantes e Parafinas da Petrobras, Bernardo Noronha Lemos, para o segundo semestre de 2009 existe uma expectativa de aumento de demanda na ordem de 10% em relação ao primeiro semestre. O mercado externo deverá registrar menor oferta de básico o que propiciará um aumento de preços, enquanto no cenário nacional a oferta de básicos segue estabilizada, bem como os preços, com expectativa de que a situação permaneça assim até o final do ano. O Congresso abordou ainda a oferta de óleo básico grupo II e III, meio ambiente, rerrefino de óleos lubrificantes usados e o Programa Jogue Limpo, do Sindicom. Por Ana Azevedo Meio Ambiente GMP REALIZA OFICINA NACIONAL VÍDEO INSTITUCIONAL ExPLICA CADA UMA DAS ATIVIDADES QUE INTEGRAM A CADEIA DO OLUC Depois da realização das Oficinas Regionais, o Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução Conama n° 362/05 (GMP), promoveu nos dias 24 e 25 de setembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a 1ª Oficina Nacional de Capacitação na Resolução Conama, n° 362/2005. Voltada para profissionais dos órgãos estaduais de meio ambiente, a Oficina objetivou dar continuidade ao processo de capacitação iniciado em 2008, com quatro oficinas regionais e ao mesmo tempo, contribuir para o diagnóstico da assimilação e aplicação da Resolução no âmbito dos órgãos licenciadores e fiscalizadores. Mais uma vez, o Sindilub participou do evento, como integrante do GMP, e apoiador na divulgação do evento. Para o coordenador do GMP, Edmilson Costa, a idéia era congregar as experiências de 2008 em um formato didático de apresentação, e a partir daí começar a trabalhar em formato de mini-oficinas. “Pretendemos rodar todos os estados do país com esse modelo”. Ana Azevedo Na avaliação de Costa, a partir das Oficinas, houve um aumento na coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado (Oluc). De 2007 para 2008 o aumento foi em torno de 60 milhões de litros. “O trabalho começou a chamar a atenção e os órgãos passaram a fiscalizar mais”, comenta. Apesar disto, o coordenador diz que há uma preocupação de que esses números diminuam, em função da crise econômica. Ele lembra que o preço do Oluc mantém uma relação com o do óleo básico, que por sua vez tem preço estabelecido pelo mercado internacional, em dólar. Esses dois vetores acabam refletindo no preço de compra do Oluc. “A gente acha que a tendência é ficar como está ou ter uma pequena queda, mas vamos esperar os números”. Para o representante do Ministério de Meio Ambiente, Rudolf Noronha, a avaliação das Oficinas é muito boa. “Essa Resolução tem um objeto que é extremamente importante para o meio ambiente, quer dizer, a observação dos seus preceitos traz um impacto ambiental muito positivo”. Ele destacou ainda a criação do GMP, como algo que tem dado força à Resolução e gerou a oportunidade da 8 Sindilub realização das Oficinas. “A Oficina Nacional está culminando uma estratégia política de muito sucesso, de disseminar a Resolução e trazer um aperfeiçoamento para os processos de licenciamento de fiscalização dos estados e municípios”. VÍDEO O GMP desenvolveu um vídeo institucional com objetivo de demonstrar todas as etapas do processo de produção dos óleos lubrificantes, finalizando com o descarte e o rerrefino do produto. A proposta é utilizar o vídeo nas Oficinas de Capacitação, de forma a ilustrar aos participantes quais as principais características de cada uma das atividades que compõem a cadeia do óleo lubrificante usado ou contaminado (Oluc). Com 10’54”, o vídeo procura mostrar como é obtido o óleo básico; que o Oluc pode e deve ser rerrefinado; os estragos que o descarte irregular pode provocar ao meio ambiente; a importância do rerrefino e o trabalho do Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução n° 362 (GMP). “Procuramos fazer um filme didático que permita aos agentes da fiscalização a verificação de todas as etapas e documentos que precisam ser exigidos do coletor, do revendedor e do rerrefinador”, comenta o diretor da Toscano Comunicações, Guilherme Toscano, responsável pela produção. O filme focou o papel da revenda com imagens feitas na J.A. Lubrificantes que mostram desde a operação da troca do óleo, até o momento da entrega do Oluc ao coletor, bem como a verificação da documentação por parte do fiscal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Achei muito importante esse vídeo, pois poderá despertar a consciência ecológica em muitos empresários. Sabemos que existem oficinas que fazem a troca e acham que pelo volume ser pequeno não é preciso coletar e encaminhar para o rerrefino. Iniciativas como essa podem ajudar, pois as multas não são baratas, podem levar o empresário a ter que fechar o seu negócio”, comenta o José Alves da Cruz, proprietário da J.A. Por Ana Azevedo Legislação RIO DE JANEIRO CRIA LEI PARA DESTINAÇÃO DO OLUC Pela primeira vez uma lei que disciplina a destinação final do óleo lubrificante usado, incluiu em seu escopo também os filtros de óleo. Publicada no dia 17 de setembro, no Rio de Janeiro, a Lei 5541, sancionada pelo governador Sérgio Cabral e baseada na Resolução Conama 362/05, estabelece que todo óleo deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de forma que não afete o meio ambiente e permita a máxima recuperação dos produtos nele contido. Para o cumprimento da legislação, fica proibida a comercialização de óleos lubrificantes em estabelecimentos que não possuam área adequada, bem como os equipamentos específicos necessários para a coleta do material a ser substituído. Da mesma forma, a lei proíbe o descarte de óleo usado em solos, subsolos, em águas superficiais ou subterrâneas, no mar, nos sistemas de drenagem, nos sistemas de esgotos e nas galerias de águas pluviais. Paralelamente, também fica proibido o descarte dos filtros do óleo do motor, em geral substituídos durante as operações de lavagem e lubrificação de veículos. Em caso de descumprimento da legislação será imposta ao infrator multa de R$ 5 mil a R$ 1 milhão. SÃO PAULO Na Capital paulista, a Lei municipal n° 14.802, de autoria do vereador Goulart que estabelece o controle e o destino de lubrificantes, aguarda desde 2008 a regulamentação por parte do prefeito. De acordo com o texto, o revendedor passa a ter a obrigação de informar aos consumidores sobre os locais que mantêm para a troca e coleta do óleo, além de informações sobre os danos que o descarte inadequado pode causar ao meio ambiente. CONFIRA ALGUNS ARTIGOS DA LEI: Art. 3º Ficam os produtores, importadores e revendedores de óleos lubrificantes acabados, bem como o gerador de óleo lubrificante usado, responsáveis pelo recolhimento de óleos lubrificantes servidos, nos limites das atribuições previstas nesta lei, e em consonância com a Resolução Conama nº 362/05, ou outra que a vier a substituir. Art. 4º Ficam os produtores e importadores de óleo lubrificante acabado responsáveis pela coleta dos óleos lubrificantes servidos, os quais serão destinados à reciclagem por meio do processo de rerrefino, em volume igual a 30% (trinta por cento) sobre o total que tenham comercializado, ou igual a meta superior, estabelecida anualmente pelos Ministérios de Meio Ambiente e de Minas e Energia, nos termos da legislação vigente. Por Ana Azevedo Capa ENGRENE NESTA IDÉIA, VALORIZE E MULTIPLIQUE! SOLICITAÇÃO DOS ExEMPLARES PODERá SER FEITA DIRETAMENTE NO SITE DO SINDILUB O Sindilub coloca à disposição dos associados o Guia Básico de Gerenciamento de OLUC (Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados), desenvolvido pelo Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução Conama n° 362/05 – GMP, impresso com a colaboração da Gráfica do SENAI, com objetivo de informar e despertar a atenção da população para as questões relacionadas aos óleos lubrificantes usados ou contaminados e sua correta destinação, de modo simples e direto. Para o presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas, o Sindicato precisa atuar como um multiplicador das informações produzidas pelo GMP. “Estamos comprometidos com essa divulgação e faremos todo esforço para que nossos associados adotem o Guia e chamem a atenção dos seus clientes”, comenta. O diretor Ruy Ricci explica que o ponto de venda fará a diferença nesse processo de multiplicação. “O revendedor tanto atacadista, quanto varejista, poderá inclusive utilizar o Guia para o treinamento da sua equipe, pois serão eles que levarão essas informações ao consumidor final”, diz. O Secretário Executivo do Sindirrefino, Walter Françolin lembra ainda que não há uma só atividade do mundo moderno que prescinda do uso de óleos lubrificantes. “Os veículos de transporte de carga e de passageiro, implementos agrícola e industrial dependem de lubrificação para seu perfeito funcionamento. Milhares de trabalhadores que cotidianamente efetuam a troca do óleo desconhecem os perigos e os riscos que a manipulação inadequada do óleo lubrificante usado pode causar para o ambiente, para a saúde humana e até para a economia do país”, alerta. Outra preocupação manifestada pelo GMP diz respeito a práticas populares que por vezes incentivam o uso ilegal desse resíduo, considerado tóxico e perigoso, como impermeabilização de pisos, cercas de madeira, até o “absurdo” uso como medicamento veterinário. Na opinião de Françolin, o Brasil está próximo de alcançar uma coleta de óleos lubrificantes usados, na ordem de 40,0%, em relação ao volume de óleo lubrificante novo comercializado. O objetivo de obter a máxima quantidade de óleo lubrificante 10 Sindilub básico por meio do rerrefino, tornou-se possível, graças à atuação da coleta do óleo junto às revendas e aos consumidores finais e o comprometimento da população que usa lubrificante em seus veículos e equipamentos e, do setor do governo e da iniciativa privada que integram o GMP. “A ação coordenada de todos foi fundamental para o alcance da marca próxima a 40,0% de coleta”, ressalta. Obrigação do Revendedor O Guia aponta o papel de cada um dos atores envolvidos nessa cadeia, orientando o revendedor e o consumidor quanto à sua responsabilidade ambiental, demonstrando que a destinação do óleo lubrificante usado ao rerrefino é a melhor e a mais segura opção na cadeia da logística reversa para esse tipo de resíduo. A divulgação da legislação e a conscientização dos geradores de óleo usado quanto ao cumprimento das normas de segregação, coleta, armazenamento e destinação do óleo lubrificante usado, deverão incrementar a coleta de todo óleo usado, facilitando em muito o trabalho do GMP na busca do cumprimento da Resolução 362/2005. Para obter os Guias, as empresas deverão fazer a solicitação através do site do Sindilub – www.sindilub.org.br Por Ana Azevedo idual para Trocadores de Óleo Equipamentos de Proteção Indiv Cuidados com a Saúde Fique por dentro AS SIGLAS NAS EMBALAGENS DE LUBRIFICANTES ELAS AJUDAM O CONSUMIDOR A IDENTIFICAR SE O LUBRIFICANTE ATENDE àS ExIGêNCIAS CONTIDAS NO MANUAL DO FABRICANTE Basta olhar para os carros das décadas de 80, 90, para constatar que tudo mudou. Com a abertura do mercado e a entrada dos importados, o motorista brasileiro começou a viver uma nova era. Carros mais potentes, modernos e consequentemente, com motores muito mais evoluídos. Essa evolução trouxe mudanças significativas, como o aumento das rotações e da temperatura de operação. Atualmente existem motores que queimam o combustível a temperaturas próximas de 600 °C, quase o dobro dos motores de antigamente. Para acompanhar essa tendência os óleos lubrificantes também tiveram que evoluir. No entanto, muitos consumidores ainda fazem confusão quando precisam escolher o produto mais indicado para seus veículos. Uma das principais reclamações é entender o que significam as siglas nas embalagens dos óleos lubrificantes: API, SAE, ACEA, dentre outras. Simplificando, basta dizer que estas são siglas de entidades internacionais que são responsáveis pela elaboração de uma série de normas (baseadas em testes específicos) para a classificação dos lubrificantes, de acordo com o seu uso. Desta forma, o consumidor tem como identificar se o lubrificante atende às exigências de seu equipamento consultando o manual do fabricante. Um exemplo prático: a Volkswagen recomenda para seus veículos produzidos antes de dezembro de 2002, utilizar qualquer marca de óleo desde que a especificação para viscosidade seja SAE 15W40 ou SAE 5W40. Para veículos após dezembro de 2002, o óleo a ser utilizado deverá ser o SAE 5W40 independente da marca. Voltamos então para a questão: o que é SAE? SAE – Society of Automotive Engineers – É a classificação mais antiga para lubrificantes automotivos, definindo faixas de viscosidade e não levando em conta os requisitos de desempenho. Os números que aparecem nas embalagens dos óleos lubrificantes automotivos (30, 40, 20W/40, etc.) correspondem à classificação pelos critérios da SAE, que se baseiam na viscosidade dos óleos a 100° Celsius, apresentando duas escalas: de baixa temperatura (de 0W até 25W), sendo que a letra “W” significa “Winter”, e de alta temperatura (de 20 a 60). Quanto maior a temperatura maior será o número da viscosidade do óleo. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade. (gráfico 1) Um óleo com um índice de viscosidade amplo pode ser enquadrado nas duas faixas de temperatura (alta e baixa), por apresentar menor variação de viscosidade em virtude da alteração da temperatura. Desta forma, um óleo SAE 12 Sindilub 20W/40 se comporta nas baixas temperaturas como um óleo 20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio e nas altas temperaturas se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização. Outra sigla muito comum nas embalagens de óleos lubrificantes é a API – American Petroleum Institute. Tratase de um Grupo que elaborou, em conjunto com a ASTM (American Society for Testing and Material), especificações que definem níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender. Essas especificações funcionam como um guia para a escolha por parte do consumidor, no entanto ele deve obedecer, tanto para viscosidade, quanto para nível de serviço, as recomendações do fabricante. Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SJ, SH, SG, etc... O “S” significa Service Station, e a outra letra define o desempenho. O primeiro nível foi o API AS, obsoleto há muito tempo, consistindo em um óleo mineral puro, sem qualquer aditivação. Com a evolução dos motores, os óleos ganharam aditivos, como forma de proteger os motores contra o desgaste e corrosão, redução de emissões e da formação de depósitos ou borras. No caso dos motores movidos a óleo diesel, a classificação é API CI-4, CG-4, CF-4, CF, CE, etc. O “C” significa Commercial. No caso do API os produtos são classificados na ordem sequencial das letras do alfabeto. Nem sempre utilizar um produto com letra acima da determinação do fabricante, significa bom negócio. Quanto maior a letra, mais caro o produto. O ideal é nunca utilizar óleo de especificação API inferior à recomendada pelo fabricante. TABELA DE OLEOS DE ESPECIFICAÇÃO API-S ..API-SA/SB/SC/SD ..API-SA/SB/SC/SD ..API-SE ..API-SF ..API-SG ..API-SH ..API-SJ ..API-SL . .1930-1971 .1972 .1980 .1989 .1994 .1996 .2001 .. ..Em desuso atualmente ..Para motores 1971-1979 ..Para motores 1980-1989 ..Para motores 1989-1993 ..Para motores 1994-1996 ..Para motores 1996-2000 ..Para motores 2001... Obs. No Brasil o nível mínimo de desempenho de um óleo lubrificante é o API SF Continuando no universo de siglas, existem a ACEA – Association dês Constructeurs Européens de l´Automobile (antiga CCMC) – Classificação européia que associam alguns testes da classificação API, ensaios de motores europeus (Volkswagen, Peugeot, Mercedes Benz, etc.) e ensaios de laboratório. CLASSES DE VISCOSIDADES SAE manuais de fabricantes, pelos testes da ACEA. A mudança se deve ao fato dos testes serem mais exigentes e adequados aos motores brasileiros que, ao contrário dos norteamericanos, possuem baixa cilindrada e alta potência. NMMA – National Marine Manufacturers Association – Substitui o antigo BIA (Boating Industry Association), classificando os óleos lubrificantes que satisfazem suas exigências com a sigla TC-W (Two Cycle Water), aplicável somente a motores de popa a dois tempos. Atualmente encontramos óleos nível TC-W3, pois os níveis anteriores estão em desuso. O que fica claro, é que mais que orientar o consumidor a utilizar o óleo indicado no manual do fabricante, e obedecer ao período de troca; é importante que o revendedor explique para o seu cliente o que significa dirigir em condições severas, pois muitas pessoas acreditam que por utilizarem o carro em trajetos curtos, estão exigindo pouco deles, quando é exatamente o contrário. Nessas condições o motor funciona a maior parte do tempo abaixo da temperatura de trabalho e, quando a atinge no trânsito, a refrigeração é inadequada. Embora mais tradicional, a especificação API vem sendo substituída em alguns Por Ana Azevedo gráfico 1 JASO – Japanese Automobile Standards Organization – Define especificação para a classificação de lubrificantes para motores a dois tempos (FA,FB e FC, em ordem crescente de desempenho). Produto LUBRAx NáUTICA TECNO ChEGA PARA COMPLETAR O TIME A Petrobras lançou mais um lubrificante náutico, oferecendo ao mercado uma linha completa para motores. O desenvolvimento de um novo lubrificante visa atender às novas especificações das entidades internacionais de classificação de lubrificantes e dos fabricantes de equipamentos, que estão cada vez mais rigorosas, pois buscam o controle de emissões de poluentes, economia de combustível ou alguma necessidade específica do equipamento. Até 2006, os motores à gasolina, principalmente os de popa eram predominantemente de 2 Tempos, mas com o aumento das exigências de proteção ao ambiente aquático natural (marinho, fluvial ou lacustre), os fabricantes tiveram que substituir esses motores pelos de 4 Tempos, uma vez que os de 2 Tempos apresentavam menor durabilidade, maior produção de ruído e poluíam mais. Diante desse cenário no mercado de embarcações de esporte e lazer, a National Marine Association Oil Certification Committee desenvolveu uma nova especificação para reger os correspondentes lubrificantes, a qual é designada por NMMA FC-W (Four Cycles – Water), que traduzido significa Quatro Ciclos – Água. Considerando essa tendência, a Petrobras Distribuidora, sempre compromissada com a manutenção de uma linha de produtos atualizada, desenvolveu com tecnologia sintética o Lubrax Náutica Tecno, que está formalmente aprovado quanto às exigências técnicas do nível de desempenho NMMA FC-W e também atende o nível de desempenho API SL. Está disponível sob o grau de viscosidade SAE 25W-40 e embalagem de um litro. Ele é o único lubrificante que atende num só produto duas categorias de motores, de popa e centro. Com esse lançamento, a Petrobras oferece ao mercado uma linha completa de lubrificantes para motores náuticos: » Lubrax Náutica e Lubrax Náutica Syntonia para motores de popa de 2 Tempos; » Lubrax Náutica Tecno (lançamento) para motores de popa de 4 Tempos, centro e centro-rabeta à gasolina; » Lubrax Náutica Diesel para motores de centro e centro-rabeta a diesel. Setembro/Outubro 2009 13 Entrevista GRUPO AGECOM DEVE CRESCER 8% EM 2009 Um crescimento de 8% em 2009, essa é a expectativa do Grupo Agecom, que aposta no fim da crise econômica. De acordo com o diretor comercial, Maurício de Oliveira Júnior, nos últimos três meses o Grupo atingiu volumes maiores que em 2008, ano considerado muito bom. Atualmente o Grupo Agecom é composto por cinco empresas – Agecom Produtos de Petróleo, Petrowax, Lesil Lubrificantes, Agecom America Co. e Cotrag Transportes. Na área de lubrificantes, o Grupo desenvolve e distribui opções automotivas para veículos leves e pesados, e para o segmento industrial. Sindilub Press – Qual a expectativa de crescimento para o Grupo Agecom este ano? Maurício – Estamos fazendo volumes maiores que em 2008, então acreditamos que o crescimento para 2009 chegue a 8%. Sindilub Press – A que você atribui o crescimento nas vendas em um ano tão difícil? Maurício – Atribuímos o crescimento ao intenso trabalho com call center ativo e agressividade nas vendas. Sindilub Press – Como é feita a distribuição dos lubrificantes da Agecom (canal utilizado)? Maurício – Por meio de rede de distribuidores. Sindilub Press - Qual é a expectativa para o mercado de lubrificantes em médio prazo? Maurício – A Agecom Produtos de Petróleo espera dobrar de tamanho nos próximos três anos. Sindilub Press – Quais as tendências de produtos para o mercado automotivo? Maurício – Tecnologias mais modernas em óleos lubrificantes sintéticos e semissintéticos. Banco de Imagens Agecom Sindilub Press – Quais as principais características dos lubrificantes da linha automotiva? Maurício – Tecnologia, desempenho e assistência técnica. Sindilub Press – E da industrial? Maurício – Também apresentam alta tecnologia, bom desempenho e assistência técnica. Sindilub Press – Quais os principais produtos da Agecom lubrificantes? Maurício – Na área de lubrificantes, o Grupo desenvolve e distribui opções automotivas para veículos leves (Vorax 2 tempos, Vorax 4 tempos, Vorax SF, Vorax SJ, Vorax SL 15w50 e Vorax SL 10w40 Semissintético) e veículos pesados (Maxi Gear GL5, Maxi Diesel CF, Maxi Gear ATF, Maxi Gear HTF-II, Maxi Turbo 15w40 e Maxi Gear GL40), como também industriais (LG, LG-Lavável Tex, Hercon, CPSR-III, Text, Work Oil e Emul 38). Sindilub Press – Qual o produto considerado carro chefe da empresa no segmento de lubrificantes? Maurício – O óleo SL10W40. Sindilub Press – A crise afetou a venda de produtos no mercado industrial? Como está o quadro hoje? Maurício – No início, sim, até março deste ano (2009), mas após esse período retomamos o crescimento e já alcançamos o faturamento de 2008. Sindilub Press – Fale sobre as demais empresas do Grupo. Maurício – A Petrowax que atua na produção, envase e armazenagem de produtos químicos e derivados de petróleo, tem muito para comemorar, além de seus 14 anos de operações. A companhia, que anteriormente prestava serviços majoritariamente para as empresas do Grupo, hoje alça vôo e atende uma extensa gama de clientes, registrando quebra de recordes no faturamento dos últimos dois anos. Atualmente, o portfólio da companhia inclui lubrificantes automotivos e industriais, produtos agrícolas, vaselinas, dispersantes, anti-espumantes e especialidades químicas. Além de oferecer serviços de administração de materiais, manutenção de estoque, suporte logístico, armazenagem paletizada, apoio técnico e operacional, e controle de qualidade no recebimento, no processo e na expedição. A Lesil é uma empresa de serviço, localizada em Diadema que faz a distribuição dos óleos lubrificantes da Agecom. Futuramente pretendemos Banco de Imagens Agecom Teste de Qualidade Fachada da Empresa deixar a unidade de Iperó para atender terceiros, e focar a produção e distribuição na Lesil. Isso deverá acontecer em janeiro de 2010. A Cotrag Transportes é voltada para o segmento de logística. Com mais de 50 caminhões ela hoje tem 90% do seu atendimento voltado para a distribuição dos produtos da Agecom e o restante para terceiros. O Mercado objetivo é ampliar essa atuação terceirizada. Temos ainda a Agecom América Co., instalada em Houston, Texas (EUA), que é voltada para o mercado de importação e exportação de produtos em geral. Vale ressaltar que a Agecom Produtos de Petróleo possui também a divisão Química. Por Ana Azevedo SPANJAARD FAZ A CORTE AO MERCADO BRASILEIRO Recentemente, representantes do grupo holandês Spanjaard estiveram no Brasil procurando viabilizar a implantação da marca no mercado nacional, por meio de parcerias com pequenas e médias empresas locais. A Spanjaard produz cerca de 400 produtos, entre lubrificantes especiais, aditivos, graxas e itens para limpeza e embelezamento de veículos, direcionados aos segmentos automotivo e industrial. Está presente em cerca de 30 países e em 2008 ocupou a 49ª posição no ranking das empresas mais rentáveis da emergente África do Sul, país em que está instalada uma de suas unidades fabris. industrial. “O aperfeiçoamento do maquinário vem exigindo dos equipamentos maior rentabilidade e produtividade, resultados que podem ser obtidos por meio do uso de lubrificantes adequados, que garantam esse desempenho”, diz o diretor da empresa, Amadeu Fernandes. Ele assegura que, além das linhas de produtos regulares para todas as utilizações, a Spanjaard também elabora soluções técnicas específicas em lubrificação, inclusive as direcionadas às chamadas situações críticas. Por Cristiane Collich Sampaio “Estamos em busca de parcerias locais que possam desenvolver a área comercial da marca no país”, declarou o diretor da empresa, Amadeu Fernandes. Segundo ele, “a vocação da Spanjaard é fabricar produtos eficientes ao menor custo, acreditando que empresas, com áreas geográficas de atuação concedidas com exclusividade, tenham melhores condições de desempenhar adequadamente a gestão comercial da marca”. A Spanjaard teve início em 1802, na Holanda, no ramo têxtil. Sobreviveu a duas guerras e adaptou-se às transformações do mercado, procurando atender às novas demandas. Na década de 60, já como Grupo Spanjaard, ingressou no setor de lubrificantes especiais, com o desenvolvimento de produtos voltados aos ramos automotivo e Setembro/Outubro 2009 15 Espaço Técnico ÓLEO DE TRANSFORMADOR CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES E CUIDADOS O óleo mineral isolante, também conhecido como óleo de transformador, tem papel fundamental no funcionamento e proteção dos componentes de equipamentos elétricos como o transformador de energia - equipamento estático responsável pela transferência de energia elétrica de um circuito para outro, mantendo a mesma frequência Hertz, variando valores de corrente e tensão. O bom desempenho desse equipamento é imprescindível para o fornecimento de eletricidade com qualidade e segurança em plantas industriais, residências e comércios. No mercado encontram-se atualmente dois tipos de óleos isolantes, o de base Naftênica (tipo A) e o de base Parafínica (tipo B). No Brasil, o produto mais utilizado é o Naftênico que tem maior resistência a oxidação e normalmente é importado dos Estados Unidos, Venezuela, Europa. As normas e especificações para óleos minerais isolantes tipo A e tipo B de origem nacional ou importada, comercializados em todo o território nacional são estabelecidas pela ANP através da Resolução n° 36, de 5 de dezembro de 2008 e Regulamento Técnico n° 4/2008. No transformador o óleo passa em volta do núcleo e enrolamento (conjunto de fios enrolados) com a finalidade de manter constante a temperatura, por meio de circulação continua, expandindo e contraindo em função da carga gerada pelo fluxo elétrico. As funções e características principais do óleo de transformador são isolamento elétrico (capacidade dielétrica), refrigeração do sistema, ponto de fluidez adequado às condições ambientais do local de instalação e alto ponto de fulgor para garantir maior segurança operacional, explica a especialista de laboratório químico da Siemens, Marilucia Martinato. O diretor comercial das Indústrias Celta, Roberto Cintra, estima que o volume deste mercado seja de 32 milhões de litros/ano. Entre os maiores consumidores nacionais estão às concessionárias de energia e o setor de reposição (manutenção de equipamentos) que atende as indústrias. Apesar do crescimento da demanda mundial por energia, o consumo brasileiro de óleo isolante não acompanha esta tendência, “o mercado se mantém estável, pois a movimentação de grandes volumes depende de investimentos no setor de geração e de distribuição de Divulgação Siemens Amostra de óleo mineral isolante novo acondicionada para medição de rigidez dielétrica. 16 Sindilub Equipamento para medição de rigidez dielétrica. energia”, explica o engenheiro da assessoria técnica da Cia. Ipiranga, Claudio Abad. O óleo isolante por causa da baixa biodegrabilidade permanece por um longo período no meio ambiente. É classificado como produto perigoso para transporte, de acordo com a resolução 420 da Agência Nacional de Transportes Terrestres de 12/02/2004. No Brasil, para transporte rodoviário o número ONU é: 3082. O nome apropriado para embarque é: SUBSTÂNCIAS QUE APRESENTAM RISCO PARA O MEIO AMBIENTE, LÍQUIDAS, N.E (Hidrocarbonetos). Classe de risco: 9, número de risco: 9, risco subsidiário N.A. Em caso de derramamento é necessário, para remoção do óleo, utilizar equipamentos de proteção individual (EPI’s) a fim de preservar a saúde do trabalhador. Além da contaminação através da pele, o produto quando aquecido libera gás sulfídrico que pode ocasionar irritação no sistema respiratório. Para minimizar o impacto ambiental, estanque o vazamento. O óleo espalhado não deve ser drenado para o esgoto para evitar contaminação de águas superficiais e mananciais. É aconselhado usar serragem ou outro ma- Notas Divulgação Siemens Para evitar avarias ao produto, o armazenamento dos tambores deve ser sobre estrados ou ripas de madeira, local ventilado, ao abrigo do sol e chuvas, longe de fontes de calor e ignição e afastado de produtos químicos incompatíveis como ácidos e oxidantes. É indicado estocar em local com bacia de contenção, para que em caso de vazamento o óleo seja retido. Transformador de Força terial absorvente para remoção. O descarte do óleo isolante e material utilizado para remover o produto derramado, segundo a Resolução ANP nº16 de 2009 que vigora a partir de 1º de janeiro de 2010, deve seguir a NBR nº 8371 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) sob as diretrizes da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, não devendo ser encaminhados para o rerrefino. Fontes: Ficha de Segurança Cia. Bras. Ipiranga, Ricci & Harhar. Por Thiago Castilha CONVENÇÃO COLETIVA 2009/2010 O Sindilub garantiu junto à Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, a data base de 1° de setembro, para a Convenção Coletiva 2009/2010. Por sua vez, a Federação encaminhou ao Sindicato o elenco de reivindicações dos trabalhadores, que foi analisado pela Comissão responsável pelas negociações, formada pelo presidente Laercio Kalauskas, o vice-presidente Lucio Seccato Filho, o diretor executivo Ruy Ricci e o associado Edélcio Fornari. De acordo com o presidente, o próximo passo será discutir essas reivindicações com os representantes dos trabalhadores. “Estamos aguardando o agendamento de uma data para dar início às discussões. Acreditamos que o processo deverá ser tranquilo e esperemos fechar a negociações o mais breve possível” conclui Kalauskas. GRAxA BIODEGRADáVEL EM TESTE A graxa verde encerra um conceito, que não está relacionado simplesmente com sua cor: aqui o termo significa um novo produto, que é consistente e 100% biodegradável. Trata-se de um “óleogel”, nova classe de lubrificantes, produzido a partir de óleo de rícino e derivados de celulose. O novo produto – destinado a veículos e equipamentos industriais – foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Huelva, na Espanha, e não utiliza nenhum dos compostos químicos contaminantes presentes nos similares tradicionais, como óleos derivados de petróleo. Conforme declarações do pesquisador José María Franco, “a graxa verde é uma alternativa às graxas lubrificantes tradicionais, que geram uma poluição difícil de controlar quando são descartadas no meio ambiente”. A evolução nesse campo mostra a substituição gradativa de óleos minerais por similares vegetais. Porém, até o momento, não havia sido detectado um substituto eficiente para os espessantes metálicos, que garante o alto rendimento das graxas industriais. A resposta pode estar nessa nova graxa vegetal, ainda que os pesquisadores admitam a necessidade de novas pesquisas, para aperfeiçoar seu desempenho lubrificante e antidesgaste. Setembro/Outubro 2009 17 Notas AGORA, DADOS SOBRE ÓLEOS USADOS SÃO PúBLICOS Em meados de julho os dados oficiais sobre coleta e comercialização de óleos usados passaram a ser divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As informações, de âmbito regional e nacional, são geradas a partir de relatórios encaminhados trimestralmente ao órgão pelos agentes econômicos envolvidos, conforme revela o superintendente adjunto de Abastecimento da agência, Carlos Orlando da Silva. Segundo ele, “tais informações, que serão atualizadas a cada trimestre, permitem aferir o atendimento à Portaria Interministerial nº 464, de 29 de agosto de 2007, entre outros empregos, e vêm ao encontro da transparência com que a ANP reveste o exercício das suas atribuições legais”. Os dados estão disponíveis no endereço http://www.anp.gov.br/doc/petroleo/Dados_Regionais_e_Nacionais_de_Comercializacao_e_Coleta_de_Oleos_Lubrificantes.pdf NOVO SUPERINTENDENTE DA ANP Dirceu Amorelli é o novo superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP. Graduado em Engenharia Mecânica pelo CEFET-RJ, Amorelli assume no lugar de Edson Silva. Na ANP desde 2005, o novo superintendente possui experiência na área de distribuição e logística e em diversos segmentos do upstream. É membro do Conselho Fiscal da Associação dos Servidores da Agência Nacional do Petróleo (ASANP), tendo sido eleito com o segundo maior número de votos por dois mandatos. Participou ainda da subcomissão interministerial coordenada pelo MME e EPE destinada ao estudo do novo marco regulatório proporcionado pela descoberta de grandes jazidas na camada pré-sal, na costa brasileira, entre outras comissões. PETROBRAS DISTRIBUIDORA SOB NOVA DIREÇÃO O novo presidente da Petrobras Distribuidora (BR), José Lima de Andrade Neto, empossado no dia 20 de agosto, pretende dar continuidade aos projetos iniciados por seu antecessor, José Eduardo Dutra. Na cerimônia de posse o novo dirigente declarou que a gestão que se iniciava seria de “absoluta continuidade”, com a manutenção da equipe e do andamento dos projetos iniciados. O engenheiro químico José Lima de Andrade Neto, de 53 anos, que ingressou na Petrobras em 1978, ocupava a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia desde abril de 2008. Em sua trajetória, ocupou a presidência da Petroquisa – subsidiária do segmento petroquímico –, quando conduziu projetos de peso, especialmente no campo petroquímico. Em suas declarações, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, destacou a capacidade de negociação e o perfil agregador de Andrade Neto, características observadas em suas passagens pela área de novos negócios da holding e na condução do setor petroquímico. PRODUÇÃO E VENDA DE LUBRIFICANTES EM ALTA Em julho passado, a Petrobras Distribuidora (BR) bateu um recorde histórico: a produção e a venda de lubrificantes atingiram o patamar de 30,8 mil m3, 6% a mais que a marca alcançada anteriormente, em junho. De acordo com fontes da empresa, esse resultado foi fruto da parceria firmada entre a Gerência Industrial (GEI) e as áreas comerciais da BR, voltadas a esse segmento e indica tendência de crescimento também nos próximos meses. Atualmente a empresa é a líder isolada do mercado nacional de lubrificantes, com participação de 23,3% no market share. A linha Lubrax, a mais conhecida da companhia, é o carro-chefe das vendas nessa área, que ainda congrega outra centena de produtos, distribuídos entre lubrificantes automotivos, de aviação, ferroviários, industriais, marítimos e, ainda, graxas para as mais variadas aplicações. ALE E ChEVRON FIRMAM PARCERIA Uma parceria firmada entre a ALE e a Chevron, permitirá que a Distribuidora passe a vender os lubrificantes Havoline e Ursa, fabricados pela Chevron. O acordo visa preencher a lacuna pela perda da prioridade da comercialização das marcas à rede de postos Texaco, vendida ao grupo Ultra. Pelo acordo a Ale se torna distribuidora de óleos, graxas e fluídos produzidos pela Chevron, também para grandes consumidores (agroindústrias, empresas de transporte e embarcações). Quem perde com esta negociação é a Total-Elf, que até então fornecia seus lubrificantes com primazia à rede ALE. Por Ana Azevedo e Cristiane Collich Sampaio 18 Sindilub