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Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
TE-5
REMESSA DE documentos de CAIXA, EXTRA-CAIXA E CONTABILIDADE PARA MICROFILMAGEM
DIBAN/DPSAG - Depto. de Processos e Suporte às Agências
Dorso-Lombalgias e Lombociatalgias: avaliação e condutas
Pronto-atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein
1. Definição:
Lombalgia ou dor lombar pode ser definida como uma dor que se localiza no dorso, entre a última
costela e a prega glútea. O termo dorsalgia refere-se à dor entre o processo espinhoso proeminente
da última vértebra cervical (C7) e a região lombar. Lombociatalgia é o a denominação da dor irradiada
no trajeto do nervo ciático, podendo ser uni ou bilateral. A dor lombar constitui uma causa frequente
de morbidade e incapacidade, sendo superada apenas pela cefaléia na escala dos distúrbios
dolorosos que motivam a procura de pronto-atendimentos. Acredita-se que mais de 80% dos adultos
irão apresentar ao menos um episódio de lombalgia em alguma fase de suas vidas. Quadros
dolorosos com até 4 semanas de duração são caracterizados como lombalgias agudas; de 4 a 12
semanas, subagudas; e, crônicas por mais de 12 semanas.
A abordagem de pacientes com lombociatalgia pode ser dificultada por vários fatores:

a inexistência de uma fidedigna correlação entre os achados clínicos e os de imagem;

o segmento lombar possui inervação difusa e anatomia esquelética complexa, tornando difícil
determinar com absoluta precisão o local de origem da dor;

Ausência de lesão histológica determinante na maioria dos casos.
Entretanto, estes fatores não comprometem o manejo primário e a evolução da doença.
A lombalgia, remotamente chamada idiopática e hoje denominada de lombalgia mecânica comum
ou lombalgia inespecífica, é uma afecção ortopédica autolimitada, atribuída principalmente a
estiramentos ou contraturas músculo-ligamentares, alterações degenerativas esqueléticas, ou
combinações entre estas condições, e que, na grande maioria dos casos, respondem às medidas de
tratamento conservador. Estima-se que 30 a 60% dos pacientes se recuperem em uma semana; 60 a
90% em até seis semanas e que 95% melhorem completamente em 12 semanas.
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Assim, a caracterização etiológica da síndrome dolorosa lombar é um processo eminentemente
clínico, no qual os exames complementares devem ser solicitados apenas em casos que apresentam
manifestações atribuídas a diagnósticos diferenciais potencialmente graves e que necessitem de
tratamentos específicos, como litíase renal, gastroenterocolites, doenças anexiais e etc; ou em
situações que cursem com indicativos de gravidade, caracterizados como sinais de alerta ou “red
flags”, como febre, senilidade, histórico de câncer, trauma ou alterações neurológicas associadas.
2. Incidência UPA
A literatura aponta prevalência anual elevada de lombalgia aguda nos EUA, Canada e Europa, com
aproximadamente 22 a 48% de pacientes que sofreram episódios de lombalgia ou lombociatalgia agudas.
Segundo dados epidemiológicos do HIAE (conforme tabelas anexas), nas unidades de pronto-atendimento
(Morumbi, Ibirapuera, Alphaville e Perdizes) foram atendidos em 2011 um total de 5.810 pacientes com dor em
região dorsal ou lombar, correspondendo a 36,89% dos atendimentos ortopédicos e 3,43% do total de
atendimentos em especialidades. Em 2012, as queixas foram apresentadas por 8.009 pacientes, ou 31,98%
dos atendimentos ortopédicos, correspondendo a 4,72% do total de consultas em pronto-atendimento do HIAE.

Tabela 1: Dorsolombalgias: referente ao total de atendimentos ortopédicos UPA
2010: 28,34% (4.463)
2011: 36,89% (5.810)
2012: 31,98% (8.009)
2013: 34,73% (5.469)


Tabela 2: Dorsolombalgias: referente ao total de atendimentos UPA
2010: 2,63%
2011: 3,43%
2012: 4,72%
2013: 3,23%
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3. Diagnóstico
3.1 Anamnese e Avaliação clínica:
A dorso-lombalgia mecanopostural, forma mais prevalente na maioria dos casos, limita-se à dor axial dorsal e
lombar, lombossacral e eventualmente nas nádegas. Pode ter início súbito , sem qualquer fator que indique
pontualmente seu aparecimento, ou em alguns casos o paciente atribui o início do quadro a um movimento
específico, postura inadequada prolongada, aumento na carga de trabalho, piora da quantidade e qualidade de
sono e período de estresse, entre outros fatores. Estão descritas diversas circunstâncias que contribuem para o
desencadeamento, sensibilização e cronificação das síndromes dolorosas dorsolombares, tais como: fatores
psicossociais (ansiedade, depressão), obesidade, insatisfação ou litígios trabalhistas, tabagismo, grau de
escolaridade, sedentarismo, realização de trabalhos pesados e atividades de impacto, hábitos posturais diários,
alterações climáticas e de temperatura, entre outros.
O paciente apresenta dor em região dorsal ou lombar relacionada e sensibilizada com a mobilização do tronco;
contraturas ou espasmos musculares paravertebrais são frequentes; o paciente pode apresentar escoliose e
marcha antálgicas.. Frequentemente o episódio doloroso tem duração média de três a quatrodias; passadoeste
período, em geral o paciente retorna progressivamente à plena normalidade.
A irradição da dor para um ou ambos membros inferiores pode indicar comprometimento neurológico secundário
à compressão radicular lombar ou lombossacral; quando ocorre parestesia (em distribuição característica de
dermátomos) persistente ou perda de força progressiva em determinados grupos musculares dos membros
inferiores, o paciente deve ser investigado por meio de exames de imagem e acompanhado por especialista para
tratamento específico. Alterações esficterianas e quadros agudos severos, como síndrome de cauda equina,
devem sinalizar urgência e a retaguarda deve ser acionada imediatamente.
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O principal objetivo do atendimento inicial na UPA é aliviar os sintomas dolorosos e orientar o paciente a como
proceder e observar a remissão progressiva dos sintomas, conforme a história natural da doença. A
determinação de um diagnóstico preciso ou identificação exata da fonte de dor músculo-esquelética na unidade
de pronto atendimento , não é prioridade e não interfere na evolução clínica desta afecção. Entretanto, é
fundamental o reconhecimento dos seguintes“sinais de alerta”:

Evidência de doença sistêmica;

Evidência de comprometimento neurológico;

História de câncer;

Idade maior que 50 anos (fraturas por insuficiência, metástase, infecções);

Perda de peso sem causa específica;

Duração de dor maior que 6 semanas;

Dor noturna;

Febre;

Ausência de resposta aos tratamentos prévios.
Nestas situações, as condutas imediatas podem divergir e os sinais de alerta, que podem demonstrar
situações de potencial gravidade, devem ser avaliados por meio de exames complementares.
3.2 Exame Físico:
Avaliação Coluna Torácica

Inspeção (estática e dinâmica):
Avaliação estática: em posição ortostática posterior, lateral e anterior do tronco; cifose normal de 20 a 40
graus com ápice aproximado em T6/T7; observar alteração postural antálgica, assimetria escapular,
deformidades em plano sagital e coronal, lesões ou manchas cutâneas, tumorações, gibosidades costais,
trofismo muscular.
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Avaliação dinâmica: observar restrições em amplitude de movimento flexão/extensão (normal 75/30
graus), inclinação lateral (35 graus) e rotação direita e esquerda (15 graus); avaliação da marcha.

Palpação
Pontos dolorosos em proeminências ósseas, ligamento supraespinhal, musculatura paravertebral, nódulos,
tumorações.
Pontos de referência anatômica:
espinha da escápula (T3)
ângulo inferior da escápula, apêndice xifóide (T8)
umbigo (T10)


Avaliação neurológica

Nível neurológico
Sensibilidade
(dermátomos)
lado medial (ulnar) da
fossa antecubital
ápice da axila
terceiro
espaço
intercostal
quarto
espaço
intercostal / linha
T1
T2
T3
T4
Motricidade
abdutor do dedo mínimo
Parede torácica e musculatura abdominal
Parede torácica e musculatura abdominal
Parede torácica e musculatura abdominal
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mamilar
décimo
primeiro Parede torácica e musculatura abdominal
espaço intercostal
ligamento inguinal
Parede torácica e musculatura abdominal
T11
T12
Reflexos:

Cutâneo abdominal superior (T7-T9), médio (T9-T11) e inferior (T11-T12)

Espasticidade, clônus, falta de coordenação: avaliar lesão de neurônio motor superior.
Avaliação Coluna Lombossacral

Inspeção (estática e dinâmica)
Avaliação estática em posição ortostática posterior, lateral e anterior do tronco; lordose normal de 30 a 60
graus; observar alteração postural antálgica, assimetria de bacia, deformidades em plano sagital e coronal,
lesões ou manchas cutâneas, tumorações, cicatrizes, trofismo muscular, indícios de trauma, dismetria de
membros inferiores.
Avaliação dinâmica: observar restrições em amplitude de movimento flexão/extensão (normal 45 a 60/20 a 30
graus), inclinação lateral (20 graus) e rotação direita e esquerda (15 graus); avaliação da marcha. Testes
dinâmicos: Adams (gibosidades em escoliose com rotação verteral) e Schober modificado (limitação de flexão
lombar).

Palpação
Avaliar pontos dolorosos em proeminências ósseas, ligamento supraespinhal, musculatura
paravertebral,
trajeto do nervo ciático (desde nádegas até região poplítea), nódulos, tumorações; dor a percussão topografia
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renal (sinal de Giordano). Verificar horizontalização da bacia por meio da palpação simétrica das cristas ilíacas
e espinhas ilíacas ântero e póstero-superiores.
Pontos de referência anatômica:
Crista iliaca (espaco discal entre L4 e L5)
Espinha iliaca postero-superior (S2)

Avaliação neurológica
Nível neurológico
Sensibilidade (dermátomos)
L2
Motricidade
linha média anterior da
Reflexos
flexores do quadril (iliopsoas)
coxa
L3
côndilo femoral medial
extensores
do
joelho
Reflexo adutor
dorsiflexores do tornozelo (tibial
Reflexo patelar
(quadríceps)
L4
maleolo medial
anterior)
L5
dorso do pé, na terceira
extensor longo do hálux
articulação
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metatarsofalangeana
S1
lateral do calcanhar
flexores
plantares
tornozelos
do
Reflexo aquileu
(tríceps
sural)
S2

fossa poplítea na linha
Parede torácica e musculatura
média
abdominal
S3
tuberosidade isquiática
S4/S5
Sensibilidade perianal
Espasticidade, clônus, falta de coordenação: avaliar lesão de neurônio motor superior / mielopatia
(Babinski/Oppenheim +)

Testes provocativos e manobras especiais
Principais testes com objetivos de sensibilização neural e provocação de dor por meio de forças mecânicas
de estiramento e compressão geradas nos movimentos da coluna vertebral e membros inferiores; manobras
auxiliares na propedêutica clínica para diferenciação de patologias do quadril.

Teste de elevação passiva de membro inferior em extensão (avaliar raízes L4, L5 e S1

Laségue

Teste de estiramento do nervo femoral/Nachlas: (avaliar raízes L2/L3)

Kernig, Brudzinski (irritação ou infecção meníngea)

Manobra de Valsalva: aumento de pressão intratecal
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
Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
Articulação sacrao-ilíaca: testes de Patrick/Fabere ou Gaenslen

Sinal de Hoover, sinais de patologia não-orgânica de Wadell
3.3. Fatores de alerta para doenças diversas de maior gravidade que cursam com dorso-lombalgia

Dores poliarticulares, cefaleias, sintomas visuais, cutâneos ou urinários podem sugerir doença
reumatológica em atividade.

Febre, calafrios, perda inexplicada de peso, pacientes imunossuprimidos, condições sistêmicas crônicas
graves (IRC, DM, uso crônico de esteróides), idosos, antecedente de câncer ou usuários de drogas
aumentam a suspeita de tumor ou infecção.

Transtornos vasculares agudos torácicos e abdominais (lombalgia com irradiação para membro inferior
associada a edema e/ou diminuição de pulsos periféricos distais sugerem doença vascular.

Doenças do abdomen: úlcera péptica, colecistite, pancreatite, apendicite retrocecal, inflamações pélvicas,
endometrioses, doenças da próstata.

Infecções genito-urinárias, patologias renais agudas.
3.4 Indicações para estudo radiográfico (incidências em frente e perfil em ortostase) em pacientes com
dorso-lombalgias
Idade superior a 50 anos
Sintomas sistêmicos (febre, perda de peso, prostração)
Dor com duração superior a 6 semanas
Alteração neurológica
Risco elevado de infecção (usuários de drogas, imunossuprimidos)
Antecedente de cancer
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Histórico de trauma
Na avaliação radiográfica é possível observar o alinhamento vertebral. A cifose dorsal e lordose lombar fisiológicas
podem se apresentar alteradas (retificadas) devido a dor e ao espasmo muscular. Fenômenos degenerativos
podem ser observados com diminuição de espaço discal, erosões subcondrais, osteofistose, esclerose da placa
terminal vertebral, espondilolistes e deformidades. Em vítimas de traumas ou portadores de massa óssea
insufuciente, imagens sugestivas de fraturas apresentam acunhamento do corpo vertebral anterior e deformidades
pós-traumaticas. Lesões ósseas destrutivas podem ser observadas em infecções, e lesões ósseas líticas ou
blásticas podem ocorrer devido a neoplasias.
3.5. Indicações para realização de ressonância magnética (REMA) em pacientes com dorsalgia,
lombalgia e lombociatalgia aguda
Exame de escolha para pacientes com sintomas neurológicos agudos (casos com perda de força ou alteração
sensitiva progressiva) com suspeitas clínicas de hérnias discais, estenoses degenerativas ou tumores e
infecções. A REMA sem constrastes é suficiente na maioria das vezes, exceto se há suspeita de tumor ou
infecção (osteomielite, espondilodiscite)
3.6 Indicações para realização de tomografia computadorizada (TC) em pacientes com dorsalgia,
lombalgia e lombociatalgia aguda
Na ausência de histórico de trauma, a TC é indicada apenas quando há contra-indicação à realização da
REMA (presença de marca-passo, clips vasculares neurocirúrgicos e lesão ocular prévia com fragmentos
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Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
metálicos). Pacientes idosos com massa óssea reduzida, apresentando dor axial intensa, devem ser
avaliados sobre a presença de fratura oculta. Nestes casos, pode-se realizar estudo complementar com TC
por ser realizada mais rapidamente em comparação com REMA, condição relevante naqueles têm dificuldade
em permanecer por períodos prolongados na mesma posição devido à dor.
4
Escore de risco
Observar pacientes de risco/sinais de alerta e alterações neurológicas progressivas; alterações motoras
devem ser investigadas por meio de RM no atendimento inicial; síndrome de cauda equina é caracterizada
como urgência e deve ser tratada imediatamente com equipe de retaguarda responsável (risco de dano
neurológico irreversível conforme evolução sem descompressão cirúrgica em tempo).
Dor axial mecânica sem alteração neurológica, com ou sem irradição
membros inferiores
Dor axial mecânica e irradiação + parestesia membro inferior
Dor axial mecânica e irradição + parestesia + paresia membro inferior
Dor axial mecânica e irradicação + parestesia + paresia membro inferior +
alteração de esfíncteres e parestesia em sela (cauda eqüina)
5
Tratamento
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Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
A evolução da dorso-lombalgia aguda inespecífica é favorável, auto-limitada, com retorno progressivo do
paciente às suas atividades cotidianas sem limitações persistentes na grande maioria dos casos. No
atendimento inicial, o paciente deve ser medicado para alívio da dor; informado sobre a história natural benigna
da doença e motivado a não permanecer em repouso mais do que dois dias. A melhora da dor geralmente é
progressiva e dificilmente ocorre remissão imediata completa dos sintomas. Avaliação radiográfica ou
tomográfica inicial é desnecessária na ausência de sinais de alerta, uma vez que a realização de exames com
exposição à radiação possui riscos e não determinara alterações no tratamento e evolução da patologia.
Segundo a literatura, existem até o presente momento, evidências comprovadas cientificamente (de benefício
clínico com grau de recomendação “A) nas situações:

Aconselhamento ao paciente a se manter ativo

Analgesia com utilização de paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais

Uso restrito inicial de opióides
O
uso
de
coletes,
repouso
prolongado,
terapias
intervencionistas
precoces
ou
sedativos
(narcóticos/benzodiazepínicos) demonstraram serem prejudiciais na evolução. Os meios físicos de tratamento
(frio e calor nas diversas modalidades) são auxiliares no processo de reabilitação e não atuam sobre as
causas e não interferem na história natural das síndromes dolorosas em questão. O uso de corticoesteróides
na lombalgia aguda mecânica é controverso e sua indicação é restrita aos casos de radiculopatia secundária
à compressão por hérnia discal. O uso de miorrelaxantes, como carisoprodol ou ciclobenzaprina é uma opção
em associações com analgésicos e antiiflamatórios no alívio da dor, entretanto uso prolongado não é
indicado.
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Opções de tratamento:
Anti-inflamatórios não hormonais (Grau de recomendação A e Nível de Evidência1); principais efeitos
colaterais:
nefrotoxicidade,
lesão
gastroenteral
ulcerativa,
risco
em
pacientes
com
patologias
cardiovasculares associadas e idosos.
Substância
Apresentação
Ibuprofeno
Comprimidos
Dose
400
e
600mg
Naproxeno
400
Via
Frequência
Dose mínima
Dose máxima
a
oral
6/6hs
400mg
2,4g/dia
a
oral
12/12hs
250mg
1,5g/dia
600mg
Comprimidos
250
500mg
e
250
500mg
Analgésicos: Paracetamol / Acetamonifeno (Grau de recomendação A e Nível de Evidência 1); principais
efeitos colaterais: hepatotoxicidade.
Substância
Paracetamol
Apresentação
Comprimidos
Dose
Via
500 a 750mg
oral
Frequência
8/8hs
Dose
Dose
mínima
máxima
500mg
3,75g/dia
500 e 750mg
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Relaxantes musculares: Ciclobenzaprina (Grau de recomendação B e Nível de Evidência 2); principais efeitos
colaterais: efeito sedativo e tontura.
Substância
Apresentação
Ciclobenzaprina
Dose
Comprimidos
Via
5 a 10mg
oral
Frequência
12/12hs a
Dose
Dose
mínima
máxima
5mg
60mg/dia
6/6hs
5 e 10mg

Substância
Apresentação
Dose
Via
Frequência
Dose mínima
Dose máxima
Paracetamol
Comprimido
500 a
Oral
8/8h
500mg/dia
3,75g/dia
1 a 2g
IM/Oral
6/6h
1g/dia
8g/dia
Comprimido 400
400 a
Oral
6/6hs
400mg/dia
2,4g/dia
e 600mg
600mg
Comprimido 250
250 a
Oral
12/12hs
250mg/dia
1,5g/dia
e 500mg
500mg
Comprimido
5
Oral
12/12hs
5mg/dia
60mg/dia
5 e 10mg
10mg
100mg/dia
400mg/dia
750mg
500 e 750mg
Dipirona
Ampola
2g;
Frasco 500mg/ml
Ibuprofeno
Naproxeno
Ciclobenzaprina
Tramadol
Ampola
100mg;
Comprimido
50
a
a
6/6hs
a
IM/Oral
4/4h a 8/8h
100mg
50mg
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
1
Data Criação
Data Revisão
PT.ASS.MEDI.112.1
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Daniel Luiz Di Pietro
Cristina Satoko Mizoi
Código Legado
Código do Documento
DOCUMENTO OFICIAL
27/12/2013
Flavio Rocha
Brito Marques |
Oscar Fernando
Pavao dos
Santos
Data Aprovação
10/01/2014
Tipo Documental
ProtocoloAssistencial
Título Documento
Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
6- Fluxograma
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ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
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10/01/2014
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Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
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ProtocoloAssistencial
Título Documento
Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
7. Medidas de qualidade:
1. Taxa de retorno a UPA: numero de pacientes que retornam com a mesma queixa em até 30 dias /
número total de pacientes atendidos com a mesma queixa
2. Taxa de Melhora da dor na alta: EVA inicial / (EVA final – EVA inicial) ou, EVA Inicial – EVA final (deixa
de ser taxa e passa a ser um número absoluto)
OUTRAS SUGESTÕES:
1. Tempo médio de permanência na UPA: soma dos tempos de n pacientes desde o paciente retirar
senha até a alta / n pacientes
Longo prazo, trabalhoso para medir, uma vez que requer precisa avaliação de cada prontuário:
2. Taxa de exames de imagem solicitados para dores toraco-lombares: número de exames solicitados
para os pacientes que se encaixam no protocolo / número de exames que deveriam ter sido solicitados
(sugestão - realizar transversalmente a cada seis meses)
> 1: super-indicação
= 1: ideal
<: sub-indicação
3. Taxa de exames solicitados para dores cervico-dorsais-lombares: número absoluto de exames
solicitados / número total de pacientes atendidos pela queixa (somente saberemos o benchmark após
um ano, pois a literatura não tem esse dado)
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PRATICA MEDICA
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MEDICO
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Aprovado
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Título Documento
Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
8. Referências bibliográficas:
1) Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias. Projeto Diretrizes (2001). Associacao Medica
Brasileira e Conselho Federal de Medicina. www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/072.pdf.
2)
Wheeler SG, Wipf JE, Staiger TO, Deyo RA, Atlas SJ, Sokol HN. Approach to the diagnosis and
evaluation of low back pain in adults. www.uptodate.com, 2013.
3) Knight CL, Wipf JE, Staiger TO, Deyo RA, Atlas SJ, Sokol HN. Treatment of acute lumbar back pain.
www.uptodate.com, 2013.
4) Goertz M, Thorson D, Bonsell J, Bonte B, Campbell R, Haake B, Johnson K, Kramer C, Mueller B,
Peterson S, Setterlund L, Timming R. Institute for Clinical Systems Improvement. Health Care Guyideline.
Adult Acute and Subacute Low Back pain. Updated November 2012.
5) Management
of
acute
low
back
pain.
Michigan
Quality
Improvement
Consortium,
2012.
http://www.guideline.gov/content.aspx?id=37956
6) MN Community Measurement. Low Back pain Measure Impact and recommendation Document, Junho
2010. http://www.health.state.mn.us/healthreform/measurement/2010_LowBackPain.pdf.
7) Barros TEPF. Exame físico em ortopedia. Sarvier, 2001.
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PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
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Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
9. Orientação Pós Alta
Dorso-Lombalgia e lombociatalgia
A dorsalgia e a lombalgia aguda são doenças que, na grande maioria das vezes, apresentam
evolução benigna, favorável e autolimitada; ou seja; em poucos dias ou em até algumas semanas
você deve apresentar melhora progressiva dos sintomas e retorno à sua condição prévia.
Recomendamos manter as orientações do médico no Pronto Atendimento e atentar para as seguintes
observações:

Repouso relativo no máximo 48 horas: evite permanecer deitado por mais de 2 horas na mesma posição.

Retorne progressivamente ao trabalho e às suas atividades habituais.

Evite atividades de impacto e sobrecarga de exercícios envolvendo a musculatura comprometida.

Anti-inflamatórios não hormonais colaboram no tratamento, porém podem agredir o revestimento do
aparelho digestivo; utilize a medicação após refeições; informe ao médico caso tenha histórico de úlcera ou
problemas renais.

Compressas com gelo ou bolsas de água morna podem auxiliar no alívio da dor e contratura muscular;
realize 15 a 20 minutos de cada vez com intervalo de 2 horas entre as aplicações e observe qual
temperatura lhe parece mais confortável.

Relaxantes musculares podem causar sono e diminuição de reflexos; evite dirigir ou operar máquinas
enquanto utilizá-los.

Retorne imediatamente à UPA caso apresente alteração nos sintomas, como febre ou fraqueza e
dormência nas pernas.

Caso a dor persista com as mesmas características sem melhora após aproximadamente 6 semanas,
recomendamos procurar um especialista para avaliação e seguimento.
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Título Documento
Protocolo Dorso Lombalgias e Lombociatalgias
10. Esse documento foi elaborado por:

Alberto Ofenhejm Gotfryd

Dan Carai Maia Viola

Délio Eulalio Martins Filho

Edgar Santiago Valesin Filho

Mario Lenza
Cristina Satoko Mizoi (07/01/2014 08:19:47 AM) - Elaboração de DiretrizUPAs
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