Please turn it over! There's nothing new about seeing comic books (the famous comics) being adapted to the big screen (the stories of the vigilante of Gotham City, Batman, are an example).Not to mention the books that became worldwide blockbusters (such as happened to "Lord of the Rings" written by JRR Tolkien, and" Alice in Wonderland" by Lewis Carroll). Even TV shows have been produced, such as "Arrow" (presented by the American channel "The CW'" and based on the "Green Arrow" stories, published by DC Comics) and the forthcoming "SHIELD" (by the American channel ABC and based on the stories of the secret organization SHIELD from the Marvel multiverse). The recent pop culture hype (the highlighting of an idea or culture) promoted this kind of market growth and expenditure which covers comics, literature, technology and the movie industry. Everything that came from the legacy of the Star Wars movies and the Superman comics to more current material such as the new Tarantino's blockbuster "Django Unchained" and the graphic novel "Persepolis" have contributed to make room for new writers, screenwriters, illustrators, directors and passionate pop culture lovers through the internet, but with clear repercussions in the market. Comic books have always been regarded as a lower literary genre in Brazil and as something childish in the U.S. by most scholars; due to its detachment from the intellectuality aura of classical stories and its close relation to what would be a simpler and more direct communication. Nevertheless, since the 90's it has been increasing the use of didactic visual elements in literature teaching practice and other disciplines. Classic stories such as "Os Lusíadas", written by the Portuguese writer Luis de Camões and adapted by the Brazilian illustrator Fido Nesti, and "The Raven" written by the American poet Edgar Allan Poe and adapted by Brazilian illustrator Luciano Irrthum, are examples of adapted comics that gained a new perspective that attracted new and eager readers of Poe and Luis de Camões books and also of comics in general. This new, visual and more dynamic perspective attracts and often holds the reader's attention, both young and adult, due to the smooth way the events on the story develop. The subtleness is also a strong and beautiful aspect of this type of narrative, revealing the delicate way of showing psychological traits of the characters through the manipulation of colors, settings and facial expressions. To those who disagree, a simple skimming on a high circulation magazine cover or newspaper is enough (VEJA, Carta Capital, Estadão, etc.) to understand how nonverbal and verbal elements intertwine to engage the reader and guide him in his reading. In the genre comics there are subgenres that has won their own space and merit over the time. Among them there is the Graphic Novel (a story with characteristics of a novel, in other words, more mature, philosophical, and with a consistent structure), the Mangá (the Japanese comic, with reading being done from right to left) the Manhwa (Chinese comic, read the same way that the Japanese) and finally our "Comic" (a continuous story, in a very simple definition). Many adaptations fit into the subgenre of Graphic Novels due to the complexity of the structure and content of its dense stories, a typical characteristic of novels. A good example of adapting a novel to the world of comics is "The Lightning Thief", originally written by Rick Riordan and adapted for comic books by Robert Venditti. This graphic novel was released in 2011 by the publishing house Editora Intrínseca and holds vital elements to the narrative such as the dynamism in the actions (since much of the context is translated into visual language), but Attila Futtaki gives a different appearance from the film adaptation, something special and unique. On the other hand, the adaptation of "Game of Thrones" faced more drastic changes, especially in the U.S. The novel written by George RR Martin and adapted by Dynamite Entertainment faced major challenges in the process of adaptation and publishing. Some of them were, for example, how to adapt the massive amount of dialogue into a publishing format with a major visual appeal and what would be the right way to visually express the sexuality of characters like Daenerys Targaryen (who marries and has her first intimate relation being only thirteen), since such scenes could be interpreted as child pornography, according to U.S. laws. After all, the "Game of Thrones" adaptation overcame adversity and showed a very large acceptance of the readers in general, with only one negative critic which is the "clean look" used in characters and backgrounds, which was interpreted as a mischaracterization of these narrative elements. Thanks to the uprising of this "comic book market" that subgenres such as graphic novels could have grown and encompassed adaptations of written novels. Such adaptations are an interesting reading because they show the same story from a different perspective, which can be a pleasurable experience for those who are addicted to comic books and the ones who don’t know this world very well. Although restricted, the number of adaptations is considerable and only tends to grow! So why don’t you try that HQ based on your favorite book? Come on, turn it over! Hugo Felipe Marinho Medeiros Curso Letras/Tradutor e Intérprete 2 ALENTI, 2013 Vire a página! Não é novidade ver histórias em quadrinhos (as famosíssimas HQs) sendo adaptadas para o cinema (um exemplo são as estórias do vigilante soturno de (Gotham City, Batman), isso sem mencionar os livros que se tornaram blockbusters mundiais (como ocorreu com “Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien, e “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carrol). Até séries vêm sendo produzidas, como “Arrow” (apresentada no canal americano The CW e baseada nas estórias do Arqueiro Verde, da editora DC Comics) e a futura “S.H.I.E.L.D.” (será apresentada no canal americano ABC e é baseada nas estórias da organização S.H.I.E.L.D. presente no multiverso da Editora Marvel). A recente hype (valorização de uma ideia ou tipo de cultura) da cultura pop promoveu esse tipo de consumo e o crescimento de mercados como o de quadrinhos, literário, tecnológico e cinematográfico. Tudo o que ia desde o legado dos filmes de Star Wars e dos quadrinhos do Superman até obras mais atuais como o novo blockbuster Django Livre e a HQ Persépolis, por exemplo, contribuiu para abrir espaço para novos escritores, roteiristas, ilustradores, diretores e profissionais apaixonados pela cultura pop por meio da internet, mas com claras repercussões no mercado físico. Histórias em quadrinhos sempre foram encaradas como gênero subliterário no Brasil e como algo infantil nos EUA, pelos mais estudiosos, devido ao seu desprendimento da aura de intelectualidade das obras clássicas e aproximação do que seria uma comunicação mais simples e direta. Apesar disso, desde a década de 90 é crescente o uso didático do elemento visual na prática do ensino de literatura e outras disciplinas. Obras clássicas como “Os Lusíadas”, de Camões e adaptada por Fido Nesti, e ”O Corvo”, de Edgar Allan Poe e adaptada por Luciano Irrthum, foram adaptadas para os quadrinhos e ganharam uma nova perspectiva que atraiu novos e sedentos leitores tanto para as obras de Poe e Camões como para os quadrinhos em geral. Essa nova perspectiva, visual e muito mais dinâmica, atrai e, muitas vezes, prende mais a atenção do leitor, novo ou velho, devido à forma fluída com que os eventos da história ocorrem. A sutileza também é um dos aspectos fortes e belos deste tipo de narrativa, revelando-se na forma delicada de mostrar características psicológicas dos personagens por meio do jogo de cores, cenários e expressões faciais. Aos que discordam, basta a análise rápida de uma capa de revista ou jornal de alta circulação (VEJA, Carta Capital, Estadão e etc.) para perceber como elementos nãoverbais e verbais se entrelaçam para envolver o leitor e guiá-lo em sua leitura. Dentro dos gêneros dos quadrinhos também há subgêneros que, com o tempo, conquistaram seu espaço e mérito. Dentre eles existe a Graphic Novel (romance gráfico - uma história com características de um romance, ou seja, um teor filosófico mais maduro e estrutura consistente), o Mangá (a história em quadrinhos japonesa, com a leitura feita da direita para a esquerda), o Manhwa (história em quadrinhos chinesa, lida da mesma forma que a japonesa) e finalmente o nosso “Gibi” (história continuada, numa definição muito simples). Muitas adaptações encaixam-se no subgênero das Graphic Novels pela complexidade da estrutura e do denso teor das histórias, característica típica dos romances literários. Um bom exemplo de adaptação de um romance para o mundo dos quadrinhos é “O Ladrão de Raios”, escrito originalmente por Rick Riordan e adaptado para os quadrinhos por Robert Venditti. A Graphic Novel lançada em 2011 pela Editora Intrínseca guarda elementos vitais à narrativa como o dinamismo nas ações (já que boa parte é traduzida em linguagem visual), mas Attila Futtaki dá uma aparência diferente da adaptação cinematográfica, algo particular e único. Já a adaptação de “Guerra dos Tronos” possuiu mudanças mais drásticas, especialmente nos EUA. O romance escrito por George R. R. Martin e adaptado pela Dynamite Entertainment enfrentou maiores desafios no processo de adaptação e publicação. Alguns deles foram, por exemplo, a forma de adaptar a quantidade massiva de diálogos num formato em que o que predomina é o visual e qual seria a maneira certa de expressar visualmente a sexualidade de personagens como Daenerys Targaryen (que se casa e tem sua lua-de-mel aos treze anos), visto que tais cenas poderiam ser interpretadas como pornografia infantil, segundo leis norteamericanas. Apesar de tudo, a Graphic Novel superou as adversidades e mostrou uma aceitação bastante grande do público leitor em geral, tendo como único ponto negativo pela crítica a “aparência muito limpa” dos cenários e personagens, o que foi interpretado como uma descaracterização desses itens da narrativa. Foi graças à valorização do mercado de quadrinhos que subgêneros como a Graphic Novel puderam crescer e abarcar adaptações de romances já escritos. Tais adaptações são uma leitura interessantíssima por mostrarem a mesma história por um prisma diferente, o que pode ser uma experiência prazerosa tanto para os que estão habituados, quanto para aqueles que ainda não conhecem muito bem o mundo dos quadrinhos. Apesar de restrito, o número de adaptações é considerável e apenas tende a crescer! Então por que não experimentar aquela HQ baseada no seu livro predileto? Vamos lá, vire a página! Hugo Felipe Marinho Medeiros Curso Letras/Tradutor e Intérprete 2 ALENTI, 2013 BIBLIOGRAFIA http://hqmaniacs.uol.com.br/Quadrinhos_de_Percy_Jackson_e_Crepusculo_35290. html http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Game_of_Thrones_(hist%C3%B3ria_em_quadrinho) MARTIN, George. A Guerra dos Tronos Volume 1. Primeira edição. Editora Barba RIORDAN, Rick. Percy Jackson e Os Olimpianos: O Ladrão de Raios. Primeira edição. Editora Intrínseca. São Paulo, 2011.