BACHARELADO EM TEOLOGIA PRÁTICA DA PREGAÇÃO Prof.: Pr. Vilmar Diniz Oliveira E-mail: [email protected] Carga Horária: 36 h/a NOTAS SOBRE METODOLOGIA DA PREGAÇÃO ISRAEL BELO DE AZEVEDO 1. MEU IDEÁRIO 1.1. Nossos ouvintes têm sede de Deus ("Pessoas estão morrendo famintas da grandeza de Deus, mas muitas delas não fariam este diagnóstico de suas vidas perturbadas" -John Piper). Por isto, a tarefa mais importante de um ministro é a pregação da Palavra de Deus. A revolução que Deus quer fazer começa no púlpito, que deve dar uma visão da santidade de Deus. 1. MEU IDEÁRIO 1.2. Sou cativo da Bíblia; é dela que precisa fluir a minha mensagem; é para ela que meus ouvintes devem ir durante e após a mensagem. 1.3. O crescimento de uma igreja tem a ver com o tempo gasto pelo pastor no preparo de suas mensagens. Uma igreja pode até crescer com um pregador sem integridade, mas uma igreja necessariamente crescerá com um pregador íntegro. ("O que Deus abençoa não é tanto os grandes talentos, mas a grande semelhança com Jesus. Um ministro santo é uma arma terrível na mão de Deus" -- Robert Murray M'Cheyne) 1. MEU IDEÁRIO 1.4. Independentemente do estilo do púlpito e dos recursos nele utilizados, o sucesso dele depende da seriedade no seu planejamento. 1.5. Resolvo a tensão entre pregar o que os meus ouvintes querem e o que precisam, escolhendo pregar sobre o que precisam. ("A tarefa do pregador cristão não é dar ao povo conselhos moralistas ou psicológicos sobre como se dar bem no mundo. Qualquer pessoa pode fazer isto. Mas a maioria de nosso povo não tem ninguém no mundo que lhes fale, semana após semana, sobre a suprema beleza e majestade de Deus. E muitos deles estão tragicamente famintos de uma visão centrada em Deus". -- John Piper) 1. MEU IDEÁRIO 1.6. Quero a aprovação de Deus. (Prefiro ser julgado por Ele, que pelos homens --2Samuel 24.14; sei que meu julgamento é mais severo do que para os meus ouvintes -Tiago 3.1; quero estar inocente do sangue de todos -- Atos 20.26-27) 2. INVENTÁRIO BREVE DAS MINHAS FALHAS 2.1. Às vezes dependo excessivamente de mim mesmo. Nem sempre sigo o conselho de John Stott: "Escreva sua mensagem e ore por ela". 2.2. Nem sempre estudo o suficiente para pregar com profundidade e liberdade. 2.3. Nem sempre consigo conjugar profundidade com simplicidade (temática e vocabular). 2.4. Nem sempre dou a atenção à forma de comunicar o que foi preparado. 2. INVENTÁRIO BREVE DAS MINHAS FALHAS 2.5. Muitas vezes me excedo no tempo. 2.6. Nem sempre consigo "empurrar" meus ouvintes para dentro da Bíblia (pela pressa com que cito os textos e pelo estilo não expositivo textual). 2.7. Não sei fazer apelo. 2.8. Não faço pesquisas sobre o impacto dos sermões pregados 3. MEU MÉTODO (Antes do preparo) 3.1. Leio jornais todos os dias (em papel e online). 3.2. Sei que preciso manter uma vida saudável de oração e leitura bíblica. ("A principal deficiência dos ministros cristãos é a pobreza do hábito devocional" -- Richard Cecil) 3.3. Passo a semana concentrado na tarefa do púlpito do próximo domingo (mas geralmente escrevo meus sermões na sexta e no sábado) 3.4. Anoto as idéias de textos ou temas (nada confiando na memória) 3.5. Às vezes, peço as orações da igreja, quando o tema é difícil. 3.6. Faço um plano anual, revisto periodicamente. 3. MEU MÉTODO (Ao me preparar) 3.7. Pesquiso largamente o texto bíblico e o assunto (tendo como fontes livros, geralmente comentários, e sermões de outros, estes disponíveis na internet). Rarissimamente, não me sirvo de outros autores. 3.8. Escrevo todos os meus sermões, para que sejam mais profundos, menos repetitivos e para que possam ser publicados (como forma de ampliar o seu alcance). 3.9. Geralmente uso um texto principal (com pouca navegação por outros textos). 3.10. Não uso ilustrações, embora faça menção a fatos contemporâneos da vida real. 3. MEU MÉTODO (Ao me preparar) 3.11. Raramente falo de mim mesmo. Nunca menciono, nem anonimamente, situações ocorridas nas experiências de aconselhamento pastoral. 3.12. Gosto de recontar e atualizar histórias bíblicas, derivando conceitos e aplicações (geralmente planejando uma série por ano). 3.13. Gosto de trazer aos ouvintes os imperativos divinos, a partir de porções bíblicas específicas, com conceitos e aplicações. Neste sentido, procuro pôr em prática o conselho de Martin Lloyd-Jones, para quem "um sermão não deve começar com o assunto, mas com a Bíblia, que contém a doutrina ou o tema". 3. MEU MÉTODO (Ao pregar) 3.14. Gosto de pregar para a minha igreja (mirando o público permanente). 3.15. Procuro sempre uma forma nova de dizer o que tenho a dizer, para receber e manter atenção, usando, por vezes (e deveriam ser mais abundantes!), recursos visuais (projeções de transparências) e dramáticos. 3.16. Leio meus sermões. 3.17. Raramente faço apelo. 4. EM QUE PRETENDO INVESTIR 4.1. Em mais tempo para o preparo (incluídas múltiplas leituras). 4.2. Em pesquisa de recepção da mensagem. 4.3. Em mais aplicação prática para a vida dos ouvintes. 4.4. Em saber mais o que os meus ouvintes precisam. 4.5. Em mais dependência do Espírito Santo. 4.6. Em mais antecedência no preparo, para permitir usos variados de recursos extra-voz. 4.7. Em ficar menos preso ao texto do sermão. 4.8. Em ampliar o alcance das mensagens (usando essencialmente a internet).