Saúde do adolescente
Violência na Adolescência
A violência é considerada um fenômeno multicasual
que vem atingindo, indistintivamente todos os grupos
sociais, faixa etária, existe a intenção de prejudicar,
subestimar, subjugar envolvendo sempre um conteúdo
de poder quer seja físico, econômico, político ou social.
A violência vem sendo alvo de estudo,pois preocupa
todos os segmentos sociais. No Brasil, cerca de 10,5%
do PIB. (custo da violência em 1998)
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Violência na Adolescência
A violência ocorre nas ruas, escolas, instituições, mas
acontece principlamente dentro de casa.
Abuso físico, abuso sexual (crianças pequenas com
infecções urinárias recorrentes podem ser sinais de
alerta para profissionais de saúde) Abuso psicológico,
negligência.
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Problemas e comportamentos que dificultam o processo de socialização
A violência é um problema de saúde pública importante e crescente no mundo,
com sérias conseqüências individuais e sociais, particularmente para os jovens,
que aparecem nas estatísticas como os que mais morrem e os que mais matam.
O termo "violência escolar" diz respeito a todos os comportamentos
agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao
patrimônio, atos criminosos, etc. Muitas dessas situações dependem de fatores
externos, cujas intervenções podem estar além da competência e capacidade
das entidades de ensino e de seus funcionários. Porém, para um sem número
delas, a solução possível pode ser obtida no próprio ambiente escolar.
Na escola temos observado um comportamento que vem afetando muitas
crianças e jovens, trazendo repercurssões desagradáveis esse fenomeno é
identificado como Bullying.
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O que é Bullying?
O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes
agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação
evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s),
causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação
desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais
(estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características
essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.
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Bullying
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar
todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona
algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidos
Ofender
Zoar
Gozar
Encarnar
Sacanear
Humilhar
Fazer sofrer
Discriminar
Excluir
Isolar
Ignorar
Intimidar
Perseguir
Assediar
Aterrorizar
Amedrontar
Tiranizar
Dominar
Agredir
Bater
Chutar
Empurrar
Ferir
Roubar
Quebrar
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De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying?
Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem
ser destacadas, como relacionadas aos papéis que venham a representar:
- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;
-
alvos/ autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam
BULLYING;
- autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;
-
testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam
Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
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Quais são as conseqüências do Bullying sobre o ambiente
escolar?
Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o
ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as
crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a
experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos,
que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem
que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a
quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.
.
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Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de
Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos
entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente,
retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque
algumas reflexões sobre isso:
- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento
de
"superação”
do
poder
que
os
subjugava.
- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os
agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos
da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e
sofrimento.
As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem
aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente
para a formação de uma cultura de não violência na sociedade
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O que as escolas podem fazer?
Nas escolas de educação infantil e ensino fundamental, os professores e
supervisores podem e devem ficar atentos nas atividades em parques e intervalos
assegurando-se de que nenhuma criança está sendo excluída ou humilhada.
A direção da escola pode e deve chamar a atenção de alunos que estejam
praticando algum ato ofensivo ou preconceituoso e alertar também seus pais.
Promover ações do tipo:
•
•
•
•
Jogos cooperativos;
Atividades de inclusão. Mixando sempre os grupos, evitando as “panelinhas”;
Palestra a respeito de boas idéias de como trabalhar em grupo;
Mostrar reportagens a respeito das conseqüências sofridas pelos bullies nas
mais diversas situações.
Para tentarmos resolver este preocupante problema é necessário um trabalho em
conjunto – Família, aluno, escola e comunidade.
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Prevenção de acidentes, maus-tratos/violência e trabalho infantil
A abordagem de problemas relevantes em saúde pública na atualidade, como a violência
urbana, a violência doméstica, os acidentes domésticos (quedas, choques elétricos,
queimaduras e ingestão de substâncias químicas) e do trânsito, causas importantes de
morbidade na infância e primeira causa de mortalidade a partir de 4 anos, traz aos serviços
de saúde a necessidade de estruturação diferenciada. Muitas vezes levando à morte, outras
formas de violência, tais como, o abuso sexual, o abandono, a negligência e a violência
psicológica, deixam marcas nem sempre visíveis por toda a vida. Cabe às equipes de saúde
identificar e notificar os casos de violência e maus-tratos, comunicar e referenciar todos os
casos suspeitos ou confirmados, de acordo com fluxo local, além de proceder ao
acolhimento, assistência, tratamento e encaminhamentos necessários utilizando a rede de
apoio existente (Pastoral da Criança, Juizado, Conselho Tutelar, Delegacia,
Hospital,Serviços de Saúde mental, Abrigo, etc.).
OBS: Na 120 Linha de Cuidado da Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da
Criança e Redução da Mortalidade Infantil Ministério da Saúde Brasília – DF /2004
Saúde do Adolescente
Adolescência e o consumo de drogas
As drogas são consideradas no senso comum como substâncias
ilícitas como: cocaína, maconha, crack, heróina, o que exclui o tabaco
e o álcool em decorrência do uso destas substâncias serem aceitas pela
Sociedade
Há dois tipos de avaliaçõesSaúde
que podem
ser realizadas com jovens que
do adolescente
mantiveram ou mantém contato com estas substâncias. A primeira
subdivide esses adolescentes em cinco grupos:
-o que nunca usou
-O que experimenta sem risco
-O que experimenta com fatores de risco
-O que abusa
-O que é dependenete
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Adolescência e o consumo de drogas
A segunda avaliação diferencia o uso do abuso e da dependência
O uso occore na frequência de até cinco vezes na vida. Uso frequente é
considerado quando ocorre mais de seis vezes por mês.
Abuso pode ocorrer em pessoas que iniciaram recentemente com
repercurssões em longo prazo. O abuso pode evoluir para a dependência.
Para avaliar se há dependência são utilizados sete itens, a presença de três
ou mais, num período de 12 meses, caracteriza dependência.
1- compulsão pelo uso
2- consciência da compulsão
3- consumo além do pretendido
4- tentativas sem sucesso para reduzir a quantidade de consumo
5- diminuição e tempo dedicado ao lazer, trabalho ou escola para obter ou
consumir psicoativos
6- consumo para aliviar abstinência
7- necessidade do aumento da dose para obter o mesmo efeito.
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Adolescência e o consumo de drogas
Ações da enfermagem
Promover e difundir informações aos adolescentes não só como dano direto, mas de
seus efeitos como desencadeadores de comportamentos de risco para outros agravos.
Estimular ações que valorizem a auto- estima e o autocuidado e valores que valorizem
a qualidade de vida.
Defender a manutenção e criação de serviços de apoio social, ambulatorial para
adolescentes com dependência e de apoio à sua família e a todos os afetados pelo
problema.
Capacitar a equipe de enfermagem sobre os efeitos das substâncias psicoativas, os
dadnos associados ao consumo e a diferença entre uso, abuso e dependência.
Estabelecer parcerias com as escolas para desenvolver ações educativas voltadas
para as crianças e adolescentes.
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Saúde do adolescente - Universidade Castelo Branco