Conhecimentos Gerais de Aeronaves
AERÓSTATOS: equipamentos mais leves que o ar; baseado no princípio de
Arquimedes (empuxo); exemplos: balões e dirigíveis (exemplos).
AERÓDINOS: equipamentos mais pesados que o ar; baseado na terceira lei
de Newton (ação e reação); exemplos: aeronaves, helicópteros e
planadores.
PRINCIPAIS COMPONENTES ESTRUTURAIS DE UMA AERONAVE: fuselagem,
empenagem/cauda, trem de pouso, asa, grupo moto-propulsor.
FUSELAGEM: onde transportam-se passageiros e cargas; une as demais
partes da aeronave;
* TUBULAR: formada por um tubo de aço
* MONOCOQUE: formada por cavernas (que dão forma)
* SEMI-MONOCOQUE: formada por longarinas (mais completa)
EMPENAGEM: localizada na parte traseira da aeronave; gera estabilidade;
possui dois estabilizadores, sendo um vertical e outro horizontal, além de
LEME DE DIREÇÃO e LEME DE PROFUNDIDADE.
MOTORES: controlados pelos manetes de potência, gera tração para que a
aeronave avance
* CLASSIFICAÇÃO POR NÚMERO: monomotor, bimotor, trimotor ou
quadrimotor.
* CLASSIFICAÇÃO POR TIPO DE MOTOR: PISTÃO: convencional; motor de 4
tempos; utiliza como combustível a gasolina de aviação; TURBOÉLICE:
motores que propiciam voos mais baixos e mais lentos; à base de
querosene; TURBOJATO: motores mais eficazes, porém, mais barulhentos;
geraram o turbofan; à base de querosene; TURBOFAN: motores semelhantes
aos turbojatos, mas menos barulhentos; à base de querosene; são os mais
eficientes;
TREM DE POUSO: órgão de pouso, amortecimento e locomoção em solo.
* CLASSIFICAÇÃO POR TIPO DE TREM DE POUSO: LITOPLANO: para
superfícies terrestres; HIDROPLANO: somente para água; possui flutuadores;
ANFÍBIOS: para ambos os tipos de superfície;
* CLASSIFICAÇÃO POR FIXAÇÃO DO TREM DE POUSO: FIXO: não se move;
gera maior atrito e menor velocidade;
RETRÁTIL: recolhe parcialmente, deixando rodas aparentes; menor atrito
que o fixo; ESCAMOTEÁVEL: recolhe totalmente, oferecendo mínimo atrito;
* CLASSIFICAÇÃO POR MOBILIDADE DO TREM DE POUSO: CONVENCIONAL:
roda direcional traseira, chamada bequilha; TRICICLO: roda direcional
frontal; aviões modernos para passageiros;
ASAS: geram força de sustentação, que produz força para que a aeronave
suba; formada por múltiplas estruturas, como: bordos de ataque e fuga,
dorso e intradorso, aileron, flap e slot/slat (dispositivos hipersustentadores
= aumentar a sustentação), spoliers/speed breakers (freio aerodinâmico),
envergadura, montantes, longarinas e nervuras; nas asas é onde se
transporta o combustível da aeronave;
* CLASSIFICAÇÃO POR POSIÇÃO DE FIXAÇÃO DA ASA: ASA ALTA, ASA BAIXA,
ASA MÉDIA e ASA PARASSOL (fixa sobre a fuselagem, sem encostar na
mesma)
* CLASSIFICAÇÃO POR FORMA DE FIXAÇÃO DA ASA: CANTILEVER (fixa sem
estais ou montantes) e SEMI-CANTILEVER (fixa com estais ou montantes)
* CLASSIFICAÇÃO POR NÚMERO DE ASAS: MONOPLANO (um par de asas),
BIPLANO (dois pares de asas),
TRIPLANO (três pares de asas)
Teoria de Voo
FLUIDO (escoamento): Organizado (laminar ou lamelar) ou desorganizado
(turbulento ou turbilhonado)
FORÇAS que atuam sobre uma aeronave em voo
SUSTENTAÇÃO: Só ocorre se o avião estiver em movimento, ou seja, ocorrer
o vento relativo sobre a asa; sobre a asa (extradorso), o ar se movimenta
mais rápido, portanto maior pressão dinâmica (devido ao movimento) e
menor pressão estática (isso ocorre por causa da conservação de energia), o
que cria uma diferença de pressão.
ARRASTO: Resistência ao avanço devido à colisão das moléculas de ar com
a superfície da aeronave
TRAÇÃO: Força dos motores joga ar pra trás e impulsiona aeronave para
frente
PESO: Força da gravidade
ÂNGULOS
Ângulo DIEDRO: Ângulo formado entre o plano da asa e o eixo lateral do
avião. Pode ser positivo (pra cima) ou negativo (pra baixo).
ENFLECHAMENTO: Ângulo formado entre o eixo lateral do avião e a linha de
bordo de ataque da asa. Pode ser positivo (pra trás) ou negativo (pra
frente).
Ângulo de INCIDÊNCIA: Ângulo entre a corda e o eixo longitudinal
Ângulo de ATAQUE: Formado pela corda da asa e o vento relativo. Não pode
ser muito elevado.
ESTOL: Perda súbita de sustentação devido ao fluxo de ar sobre a asa ficar
tubilhonado.
MOVIMENTOS DA AERONAVE AO REDOR DOS EIXOS
VERTICAL: guinada, pedais controlam leme de direção
LONGITUDINAL: bancagem/rolamento, manche lateralmente controla
ailerons
TRANSVERSAL: tangagem/arfagem/picar (para baixo)/cabrar (para cima),
manche para frente (picar) ou para trás (cabrar) controlam profundor
ESTABILIDADE: Estável, Instável e Neutro
Navegação Aérea
UNIDADES DE MEDIDA
1º = 60’
1’ = 60”
1’ = 1 NM (milha náutica)
1 NM = 1852 M = 1,852 KM
1MT (milha terrestre) = 1609 M = 1,609 KM
1KM = 1000 M
LINHAS IMAGINÁRIAS
Circulo – paralelo – latitude – 0 (Equador) a 90° / N ou S
semi-circulo – meridiano – longitude – 0 (Greenwich) a 180° / E ou W
Co-Latitude: quanto falta para formar 90° (não inverte hemisfério)
Anti-meridiano: quanto falta para formar 180° (inverte hemisfério)
PONTOS CARDEAIS
Norte (N) – 0 º / 360º
Sul (S) – 180 º
Leste (E) – 90 º
Oeste (W) – 270 º
PONTOS COLATERAIS
Nordeste (NE) – 46º
Sudeste (SE) – 135 º
Sudoeste (SW) – 225º
Noroeste (NW) – 315 º
PROA: ângulo formado entre o meridiano e o eixo longitudinal da aeronave
(pra onde o nariz da aeronave aponta);
RUMO: ângulo formado entre o meridiano e a linha de rota (sentido de voo);
ROTA: trajetoria (caminho percorrido ou a percorrer)
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (DMG): Diferença entre norte verdadeiro e norte
magnético
FUSOS HORÁRIOS: Movimento aparente do sol é de leste (E) para oeste (W)
com a duração de 24 horas. Podendo dividir o cinturão terrestre em 360°
por 24 horas do dia, cada hora ou para cada faixa de fuso temos 15° de
longitude.
Hora Universal (UTC): hora adotada na faixa de fuso horário do meridiano de
Greenwich.
Hora Legal (HLE): hora oficial, adotada em toda uma faixa de fuso horário.
Meteorologia
ATMOSFERA: Camada de ar que envolve um planeta; Proporção de gases:
Nitrogênio = 78%, Oxigênio = 21%, Outros gases = 1%; Limite de saturação
no ar = 4% do volume, acima deste valor a água condensa (água passa do
estado gasoso para o líquido).
INSTRUMENTOS
Higrômetro: mede a UR (Umidade Relativa)
Barômetro: mede a pressão do ar
Termômetro: mede a temperatura
Anemômetro: mede a intensidade/direção do vento
CAMADAS DA ATMOSFERA
TROPOSFERA: É onde ocorrem os principais fenômenos meteorológicos; Nela
se desenvolvem os voos da aviação em geral; Gradiente Térmico: 2°C/1000
pés.
TROPOPAUSA: Camada de transição; ISOTERMIA (Gradiente térmico nulo).
ESTRATOSFERA: Camada onde tem início à difusão da luz; Nela está a
Camada de Ozônio, onde se filtra a radiação ultravioleta;
IONOSFERA: Também chamada de Termosfera; Excelente condutora de
eletricidade (presença de íons, devido raios X, UV e g) e Reflete ondas de
rádio;
EXOSFERA: Mudança gradativa da atmosfera terrestre para o espaço
interplanetário.
PROPAGAÇÃO DE CALOR
RADIAÇÃO: Não necessita de meio material. O calor é transferido por
radiação eletromagnética.
CONDUÇÃO: É a transferência de calor molécula a molécula em meios
sólidos (contato direto)
CONVECÇÃO: Transferência de calor pelo movimento vertical das massas de
ar. O ar mais quente (menos denso) sobe dando lugar ao ar mais frio (mais
denso). O Sol esquenta a Terra por radiação, e assim, o solo aquecido da
Terra aquece o ar logo acima dele por convecção.
ADVECÇÃO: Transferência de calor pelo movimento horizontal das massas
de ar. É o transporte de calor pelo vento. Sempre que há convecção há
advecção do ar frio que vem ocupar o lugar do ar quente que sobe.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA: peso do ar sobre a superfície terrestre (medida em
hPa/hectopascal); quanto maior a altitude, menor a pressão.
VENTOS se deslocam da região de ALTA pressão para a de BAIXA pressão.
Medimos o vento em DIREÇÃO (em graus) e INTENSIDADE (em kt).
NUVENS: formam-se devido à redução de temperatura e aumento de vapor
d’água; condensação de água; Três níveis:
BAIXO: Stratus, Stratocumulus, Cumulus, e Cumulonimbus.
MÉDIO: Altocumulus, Altostratus e Nimbostratus.
ALTO: Cirrus, Cirrostratus e Cirrocumulus. (formadas de cristais de gelo)
ESTRATIFORMES: Formam-se em uma atmosfera mais estável;
Desenvolvimento horizontal; Cobrem grandes áreas e pouca espessura;
Precipitação leve e contínua.
CUMULIFORMES: Desenvolvimento vertical. Isoladas. Pancadas de chuva
fortes e localizadas.
NEVOEIROS: Visibilidade menor que 1000m. Favorecem a formação de
nevoeiros: Ventos fracos ou nulos na superfície; Umidade relativa do ar alta;
Baixa temperatura.
NÉVOA: Visibilidade maior que 1000 metros, sendo névoa secoa (UR<80%)
ou úmida (UR>80%)
TURBULÊNCIA: Causada por instabilidade no fluxo de vento, instantâneas e
irregulares ou por movimentos verticais do fluxo de ar. Tipos: Mecânica ou
de Solo, Convectiva ou Térmica, Orográfica, De céu claro, Frontal, Cortante
de vento, Na trilha de aeronaves
FRENTE FRIA: Mais comum, com ventos mais fortes e associados a nuvens
de desenvolvimento vertical, trovoadas e pancadas de chuva. Antes da
passagem da FF a pressão atmosférica cai e a temperatura aumenta.
Depois da passagem da FF a pressão atmosférica aumenta e a temperatura
cai.
FRENTE QUENTE: Mais amena e associada às nuvens do tipo estratiforme e
à estabilidade atmosférica. Desloca-se com velocidade menor que uma FF.
TROVOADA: Fenômeno meteorológico relativo ao estágio final de
desenvolvimento de uma Cumulus Nimbus (CB). Dividida em três estágios:
Cumulus (Correntes ascendentes), Maturidade ou Madureza (Ventos de
rajada, relâmpagos e precipitação intensa) e Dissipação.
GELO OPACO, AMORFO, ESCARCHA: Seu aspecto é opaco e disforme; Formase em ar estável em nuvens estratiformes, sem turbulência; Deforma os
bordos de ataque mas é de fácil remoção; Forma-se pelo congelamento
instantâneo de pequenas gotículas superesfriadas.
GELO CLARO, CRISTAL: É brilhante e translúcido. É o tipo mais perigoso;
Forma-se em ar instável, em nuvens cumuliformes com turbulência; Adere
fortemente à aeronave sendo pesado e de difícil remoção; Formado pelo
congelamento lento de grandes gotas superesfriadas.
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