Projecto RENCOASTAL O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociais Seminário Final C. Andrade, M. C. Freitas, R. Taborda, F. Marques, C. Antunes Centro de Geologia, Departamento de Geologia, IDL Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa LNEC, Lisboa, 25 de Julho de 2013 • Projecto RENCOASTAL Território e comunidades Espaço Costeiro • Ciências Sociais Perda de território • Ciências da Terra : Geologia costeira ► erosão, inundação…. Passado Presente Futuro Projecto RENCOASTAL O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociai tempo A ZONA COSTEIRA – passado, presente, futuro Precipitação Escoamento Temperatura Precipitação Actividade Humana Projecto RENCOASTAL O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociai 3 Consequências Alterações climáticas Aumento da temperatura Elevação do nível médio do mar Variação da taxa de elevação do NMM Variação do regime de: Sobreelevação de tempestade, agitação e de temporais, escoamento superficial, aporte sedimentar Modificação do regime de ventos Modificação da pluviosidade Impactos na faixa costeira Extensão,intensidade de inundação Intensificação da erosão Assoreamento Projecto RENCOASTAL Intrusão salina O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociai Holocénico passado , presente e futuro Interglaciar (Last glacial cycle) Temperatura relativa ao início do séc. XX (ºC) O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociai Projecto RENCOASTAL A Pleistocénico final ZONA Último COSTEIRA – Período Glaciar Pequeno Óptimo Climático Época Quente Medieval Óptimo Climático (Climatic Optimum) Último Máximo Glaciar (Last Glacial Maximum) Milhares Anos (BP) Pequena Idade do Gelo O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociai Projecto RENCOASTAL A ZONA COSTEIRA –passado, presente e futuro PRESENTE 1 2 3 4 20 000 anos BP 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0 0.1-0.2 mm/ano 10 30 0.5 mm/ano 50 70 80 90 >10mm/ano 110 120 130 140 Dias, 1987; Dias et al., 2002 A ZONA COSTEIRA –passado, presente e futuro O forçamento térmico O “presente”e modificações climáticas 2001-2010 década mais quente > 1880 +0.46°C acima da média 1961–1990 2001-2010 0.21°C mais quente que a média 1991–2000 1991–2000 mais quente que as décadas precedentes 2010 – ano mais quente desde 1880 0.53°C ± 0.09°C acima da média 1961–1990 Tendência para aquecimento (global) Fontes: WMO, NOAA, NASA (2011) Projecto RENCOASTAL O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociai Concentração em CO2 Aumento da Temperatura média global à superfície Como reflexo do aumento da concentração de GEEs [CO2] na atmosfera Aumentou a um ritmo de + 1.9 ppm/ano entre 2000 e 2008 (+ 1.5 ppm/ano nos anos 1990) Fonte: www.whitehouse.gov/Initiatives/Climate Variação 10x + intensa que os máximos registado em sondagens de gelo, cobrindo um intervalo temporal de 22 000 anos Allison et al., (2009) A Zona Costeira: O “presente”e modificações climáticas ( 2010) - Distribuição geográfica de anomalias térmicas em terra e no oceano relativas a 1961-90 Fonte: WMO (2011) Projecções no futuro: Temperatura 0.60.2ºC IPCC (2007) +0.5 a +4.0ºC IPCC (2001) +1.4 a + 5.8ºC (1990 – 2100) IPCC (2001) Elevação + aceleração da taxa de elevação Antunes e Taborda, 2009 Antunes e Taborda, 2009 11 A Zona Costeira: 195 cm Vermeer & Rahmstorf (2009) cm 100 Futuro: 2100 O “presente”e modificações climáticas +0.07 - 0.28 mm/y2 cm A1 A2 A1 80 B2 75 cm + 52% Expansão B1 60 A1 A2 B1 térmica B2 B1 40 + 49% Fusão + 12% Groenlândia -13% Antártida Presente: 1990 Rahmstorf (2007) 20 0 IPCC Inflexão 2001 -20 2000 2050 2100 Fonte: IPCC, 2001; IPCC, 2007; Rahmstorf, 2007, Vermeer&Rahmstorf, 2009, Houston&Dean, in press 2007 Estimativas para a subida do NMM para o horizonte temporal 2100, obtidas a partir de modelos empíricos comparadas com os valores de IPCC 2007 (extraído de http://www.nature.com/climate/2010/1004/pdf/climate.2010.29.pdf) A Zona Costeira: O futuro e modificações climáticas Fonte: Allison. et al. (2009) A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Dp < 0 h Isabelle 18 setembro 2003 A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Hurricane Gustav , Ken Combs Pier in Gulfport, Mississippi , 2009 A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Gama et al., 1994; Andade et al., 2002; 2006 A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Relação com incremento da temperatura superficial do oceano A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Hs – valor médio anual Cenário de referência 1961-1990 Projecção 2070-2099 1.01 1.00 0.99 0.98 0.97 0.96 0.95 Invariante 0.94 0.93 0.92 0.91 A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Hs – valor médio anual Cenário de referência 1961-1990 Projecção 2070-2099 1.07 1.06 1.05 1.04 1.03 1.02 1.01 1.00 0.99 0.98 0.97 0.96 0.95 0.94 0.93 0.92 0.91 0.90 0.89 0.88 Inverno Verão A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Rumo médio vectorial Cenário de referência 1961-1990 Projecção 2070-2099 30 25 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 -30 -35 Rotação (horária) do rumo médio de potência de 5 – 10º Clima de agitação ao largo WAVEWATCH IIITM 340 0 10 20 30 320 - WW3 Altura ≈ 2.0 m Direcção - NW 350 330 40 <=2 >2 - 3 >3 - 4 >4 310 300 50 60 290 70 280 80 270 90 0% 10% 20% 30% 260 250 110 240 120 230 130 220 Evolução – 1953-2009 ≈ Invariante 40% 100 140 210 150 200 190 180 170 160 ≈ Invariante 22 A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Variáveis relevantes: P - mm (média anual); T - ºC (média anual); EVR – mm (média anual); S – km2 (superfície drenada) A ZONA COSTEIRA –o presente e o futuro Principais sistemas hidrográficos alimentadores do litoral Desde os anos 40 → Regularizados (cheias); → Cascatas de barragens,; → Proliferação de minihídricas; Produção sedimentar insuficiente Eventuais modificações : Actividade humana: predominante Causas climáticas: subordinadas Excepção - Pequenos sistemas em regime natural Late 19th century At present Dias, 1998 Produção sedimentar relativa de ribeiras do município de Cascais (Taborda et al., 2009) Alterações climáticas; risco acrescido nas zonas costeiras Portuguesas? IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Variação climática, tendências de longo termo e variabilidade sazonal a interanual do forçamento-resposta do sistema costeiro Retenção sedimentar + - Erosão Tendência Variabilidade sazonal - interanual Sit. Referência + Tempo 26 IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Variação do nível do mar Inundação,erosão e perda de território Estudos (de baixa resolução espacial) para o Sul da Europa e Ibéria (e.g. Nichols et al., 2007; EEA, 2008; PESETA, 2009; PEER, 2009) Risco de inundação Nº pax. Risco directo Elevado, crescente com o tempo +200/ano +1000/ano Perda acumulada de território (2100) 0.7% (Cenário extremo + 1.0m) (Referência – 1995) Estimas carecem de reavaliação fundamentada em trabalhos com resolução metodologia e representação adequadas da geomorfologia, valores e populações efectivamente expostos. Projecto RENCOASTAL O risco de erosão em zonas costeiras: territórios resilientes e vulnerabilidades sociais Seminário Final C. Andrade, M. C. Freitas, R. Taborda, F. Marques, C. Antunes Centro de Geologia, Departamento de Geologia, IDL Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa LNEC, Lisboa, 25 de Julho de 2013 IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Variação da obliquidade das ondas Litoral baixo, arenoso, “drift aligned” Transporte de areias longitudinal (deriva litoral) Fonte sedimentar a barlamar N Incremento da obliquidade traduz-se em Incremento da deriva litoral; Na ausência de abastecimento sedimentar externo, Incremento do potencial erosivo. Espinho 1 5º 1 10º C. Mondego Nazaré 2 0 –2º Peniche 2 5º Incremento da taxa de transporte sólido anual, erosão Ruptura de equilíbrio em sectores presentemente”estáveis” Regime Regime perturbado natural (Séc. (Séc. XXI) XIX) Fonte sedimentar diminuida fluvial (Potencial de transporte pelas ondas aumentado, saturado) não saturado) Litoral Litoralem emerosão, equilíbrio Propagação da “onda erosiva” para sul Photo:G. Afonso - http://www.semente.pt/images/spots_ribei IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Variação da obliquidade das ondas Praias encaixadas, alimentação restrita “swash aligned” Desenvolvimento planar encurvado IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Sintra Cascais P. Maçãs Praia Rotação S. Julião Vide Norte Magoito Aguda Maçãs Adraga Ajuste parabólico Redução (%) 4º 10º 22 37 14 31 85 100 17 42 3 8 9 24 Carcavelos Andrade et al., 2008; Taborda et al., 2009; IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Modelo conceptual - Bruun Elevação Recúo V Nível 2 Elevação NMM Nível 1 V Distância horizontal IMPACTOS na ZONA COSTEIRA Específico de cada caso Balanço: sedimentação/inundação Intervenção nas margens >>> Impactos elevação nmm IMPACTOS na ZONA COSTEIRA