DE SACAVÉM A VILA FRANCA DE XIRA PELO CAMINHO DO TEJO Ontem, 12 de junho, fiz algo que não fazia há já muito tempo: pegar na bicicleta e fazer quilómetros. A necessidade de reconhecer o primeiro troço do Caminho do Tejo dos Caminhos de Fátima a isso obrigou. Sabia que eram cerca de 30 km e não falhei por muito, são 29 km aproximadamente começando na estação da CP de Sacavém e terminando no jardim de Vila Franca de Xira. O regresso foi feito pelo mesmo caminho até à Póvoa de St.ª Iria e depois usei a EN10, pois o pior troço para a assentadeira é o vale do Trancão. Não teria nada de especial se não fosse o caso de fazer imenso tempo (anos) de não passar da marca dos 20 km em terreno plano… Mas soube mesmo bem. Analisando os números que valem o que valem, pois existem algumas partes (escadas) em que a roda não rola e outras condicionantes: 54,9 km percorridos em 3h23m51s (com paragem de 20 minutos no jardim de Vila Franca para um lanchinho), a uma velocidade média de 16,47 km/h e com velocidade máxima atingida de 37,2 km/h (não estou a ver onde foi, mas deve ter sido para lá porque para cá tinha vento de frente e um peso tremendo nas pernas…) A uma média de 1062 kcal/h, consumindo no pico 1609 kcal/h, gastei 2807 kcal e 8,5 g de gordura a uma média de 155 bpm com um pico de 215 bpm (valor máximo do aparelhómetro que depois se desligou… Estes valores estão deturpados pela proximidade da linha do comboio que desliga o frequencímetro). Para gastar apenas 8,5 g de gordura, os níveis de glicémia ter vindo por aí abaixo, dada a frequência cardíaca elevada… Já no peso, menos 1 quilo à chegada, com um consumo de mais de 1 litro de água, 2 barritas e 1 maçã. Relativamente ao caminho em si, o singletrack sobranceiro ao rio Trancão está cheio de buracos com regos que nos fazem resvalar as rodas e uma das passagens, junto a Covanas, está interrompida onde caiu parte da passagem que cobria a conduta, mas nada de mais. Felizmente não me deparei com entulho (não sei se por causa da crise na construção ou se por outros motivos mais responsáveis), mas deparei-me com imensa passarada que debandava à minha passagem. Também encontrei duas meninas que ultrapassei no estradão a chegar à Quinta do Monteiro-Mor e que voltaria a encontrar, já no regresso quando elas subiam a passagem superior para Alhandra, e pelo equipamento que levavam às costas deviam ir bem para lá de Vila Franca, quem sabe até Fátima. Felizmente as entidades competentes melhoraram o caminho e parte do percurso que se fazia pela estrada nacional de Alhandra a Vila Franca de Xira já pode ser feito numa ciclovia muito agradável, bem como já se pode atravessar o jardim de Vila Franca a pedalar. Já no regresso, além do cansaço pela falta de treinos, os profissionais do volante continuam a não respeitar os ciclistas com as suas rasantes a alta velocidade (duvido que circulem a 50 km/h nas áreas assinaladas, que não são assim tão poucas) e também as duas bestas que na saída de S. João da Talha, perto das bombas da BP, com um reboque a transportar um carro em cima (não creio que fossem profissionais, não daqueles que andam por aí a rebocar o pessoal avariado ou acidentado) esperaram o tempo suficiente para me empurrar para a faixa dos que saem para a esquerda (sentido Sacavém-Alverca) e se divertiram imenso com isso. O caminho está visto, agora só falta fazê-lo a pé para confirmar tempos de descanso e local para almoço, mas isso fica para outro dia e desta vez quero ver se levo companhia. O reconhecimento do percurso foi feito para se levar a cabo uma caminha em setembro com o Grupo de Recreio Naturista. Será que vai haver corajosos para 30 km a penantes? Dois pelo menos vão. 13 de Junho de 2013