Percurso Pedestre Forte da Carvalha – Forte da Aguieira Descrição: Esta etapa do GR30, sempre a bordejar terras do concelho de Vila Franca de Xira, faz a ligação entre a 1ª e a 2ª Linhas de Torres Vedras. O percurso começa com uma linda vista a partir do imponente Forte da Carvalha e segue por zonas rurais e florestais, com passagem por vale pronunciado. Faz depois um desvio para visita ao Forte do Cego, outro bonito miradouro sobre a paisagem circundante. Segue-se passando por algumas pequenas aldeias e lugares, de onde se destaca a pequena e antiga Ermida de S. Romão. A parte final tem passagem por bastante alcatrão, mas somos largamente recompensados com a chegada à 2ª Linha, pela vista soberba dos Fortes da Portela Grande, Portela Pequena e Aguieira. É um percurso muito bonito, acessível, sem desníveis muito acentuados (Revista Itinerante, 2010). 1 Como chegar Forte da Carvalha: 38° 58' 22,556" N; 9° 6' 13,228" W Forte da Aguieira: 38° 54' 4,493" N; 9° 4' 17,541" W Pontos de Interesse Forte da Carvalha; Forte do Cego; Ermida de São Romão; Forte do Arpim; Forte da Portela Pequeno; Forte da Portela Grande; Forte da Aguieira. Início Forte da Carvalha Distância a subir 5 696,6 m Término Forte da Aguieira 7 520,9 m Extensão 3D 18 205,2 km Extensão 2D 18 133,2 km Tempo de duração 5h 00m Distância a descer Incremento total altitude Máximo declive a subir Máximo declive a descer Média do declive a subir Média do declive a descer Grau de dificuldade Altitude (mín./máx.; m) Médio a Elevado 199 - 390 497,9 m 21,1 º 17,9 º 5,0 º 4,6 º 2 Forte da Carvalha N.º 10 Concelho: Arruda dos Vinhos 38° 58' 22,556" N 9° 6' 13,228" W Guarnição de 400 soldados Munido com 4 bocas-de-fogo (2 de calibre 12 e 2 de calibre 9) O forte da Carvalha constitui o ponto mais alto de todo o concelho, conservando-se as várias canhoneiras que albergavam pesadas peças de artilharia. A missão deste Forte, juntamente com o Forte do Cego era defender o vale de Arruda, cruzando fogos contra o invasor. Fonte: PILT (Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos) Forte do Cego N.º 9 Concelho: Arruda dos Vinhos 38° 58' 9,324" N 9° 5' 9,852" W Guarnição de 280 soldados Munido com 4 bocas-de-fogo (1 de calibre 12 e 3 de calibre 9) Localizado à direita do desfiladeiro de Matos, o forte do Cego foi também designado por forte de São Sebastião, mas tomou o topónimo do vizinho Casal do Cego. Possuía um elaborado sistema de drenagem composto por uma conduta de escoamento de águas pluviais de modo a evitar acumulação de água no seu interior. Fonte: João Reis 3 Ermida de São Romão Concelho: Vila Franca de Xira 38° 57' 17,602" N 9° 5' 34,927" W Situada no alto do pequeno lugar de São Romão, num dos extremos do concelho, esta ermida é um edifício religioso de grande interesse, dado o revestimento interior de rica azulejaria seiscentista, em muito bom estado de conservação. De fundação muito antiga, esta ermida possui uma só nave com entrada antecedida por pequeno alpendre. Alguns vestígios romanos foram também encontrados no local, tendo sido incorporada uma lápide sepulcral romana numa parede interior da ermida. Fonte: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Forte do Arpim N.º 125 Concelho: Loures 38° 54' 43,544" N 9° 4' 56,259" W Guarnição de 250 soldados Munido com 4 bocas-de-fogo de calibre 12 Localizado no cimo de um pequeno outeiro a 227 metros de altitude, foi construído com o objectivo de ligar as posições da primeira linha defensiva, no vale de Calhandriz, à linha da retaguarda que se iniciava em Forte da Casa. Uma vez mais estamos perante uma articulação não linear, que funciona mais em profundidade. Articulava a sua acção com o Forte 4.º de Calhandriz (n.º 124), batendo a fogo cruzado toda a zona de vale que separa as duas posições e as principais vias de acesso. Para a defesa da estrada que permitia o acesso a Bucelas e a Alverca, esta posição articulava-se com os três fortes construídos no cimo da serra da Aguieira (n.ºs 40, 41 e 42). Desfruta-se de um amplo campo visual, podendo o visitante avistar outras obras militares na serra de Alrota, na serra de Serves, dos Picotinhos e de Ribas, incluindo o Cabeço de Montachique. Descubra o seu magnífico paiol Fonte: PILT (Câmara Municipal de Loures) construído em alvenaria, uma peça única devido ao excelente estado de conservação. 4 Forte da Portela Pequeno N.º 42 Concelho: Vila Franca de Xira 38° 53' 55,824" N 9° 4' 14,159" W Guarnição de 350 soldados Munido com 6 bocas-de-fogo de calibre 12 Foi construído no topo da serra da Aguieira, uma elevação que domina o desfiladeiro de Bucelas, de onde se tem uma vista soberba sobre o rio Tejo e suas lezírias. Localizado um pouco mais a Sul do Reduto da Portela Grande, também tinha como objectivo bater pelo fogo as frentes Este e Oeste dos terrenos da serra, mas sobretudo impedir a progressão inimiga pelas estradas de Alverca e de São Tiago dos Velhos e que passavam pelo Casal da Portela. Esta fortificação vigiava ainda de forma imponente o desfiladeiro de Bucelas, e a estrada que por aí se dirigia para Alverca, podendo conjugar a sua defesa com o Forte do Arpim (n.º 125), construído posteriormente. Tem uma particularidade única nas Linhas de Torres: o paiol é coberto por uma abóbada em pedra, ainda hoje bem Fonte: João Reis conservada, os restantes tinham regra geral cobertura de madeira. Forte da Portela Grande N.º 41 Concelho: Vila Franca de Xira 38° 53' 59,793" N 9° 4' 18,817" W Guarnição de 240 soldados Munido com 5 bocas-de-fogo de calibre 12 Foi construído no topo da serra da Aguieira, uma elevação que domina o desfiladeiro de Bucelas, de onde se tem uma vista soberba sobre o rio Tejo e suas lezírias. Localizado um pouco mais a Norte do Reduto da Portela Pequeno, tinha igualmente como objectivo bater pelo fogo as frentes Este e Oeste dos terrenos da serra, mas sobretudo impedir a progressão inimiga pelas estradas de Alverca e de São Tiago dos Velhos e que passavam pelo Casal da Portela. Esta fortificação vigiava ainda de forma imponente a estrada Bucelas – Alverca, podendo conjugar a sua defesa com o Forte do Arpim (n.º 125), construído posteriormente. Tem uma particularidade única nas Linhas de Torres: Fonte: João Reis o paiol é coberto por uma abóbada em pedra, ainda hoje bem conservada, os restantes tinham regra geral cobertura de madeira. 5 Forte da Aguieira N.º 40 Concelho: Vila Franca de Xira 38° 54' 4,493" N 9° 4' 17,541" W Guarnição de 150 soldados Não era munido com bocas-de-fogo, situação rara nos fortes das Linhas. Pertencia à Segunda Linha de Torres Vedras, fechando o flanco esquerdo da posição defensiva de Vialonga, que se ligava ao início da linha, junto ao rio Tejo, em Forte da Casa (n.º 38). Está localizado no topo da serra da Aguieira, que domina o desfiladeiro de Bucelas. Não munido de peças, estava destinado para tiro de fuzil, em barbeta, com o objectivo de cobrir os fortes da Portela Pequeno (n.º 42) e Portela Grande (n.º 41), e para bater pelo fogo a frente da serra, por onde seguem as estradas de São Tiago dos Velhos e de Alverca para o Casal da Portela. Fonte: João Reis 6