Os caminhos para se tornar um diretor ou presidente de uma grande
empresa no futuro
Globo On Line
Publicada em 03/11/2010 às 11h32m
Ione Luques
Se você sonha em ocupar o lugar de empresários como Eike Batista, dono do grupo
EBX, ou de Roger Agnelli, presidente da Vale, mas não sabe como chegar lá, comece a
fazer seu planejamento. Espaço existe: grandes empresas se queixam da falta de
profissionais no mercado que sejam capacitados e tenham a sua cara para ocupar cargos
de diretoria. Mas é preciso estar muito bem preparado para aproveitar as oportunidades
e, quem sabe, se tornar um diretor ou presidente de uma grande empresa daqui a, por
exemplo, 10 anos.
- Vivemos um apagão de talentos do mercado brasileiro que faz com que o processo
para o preenchimento de uma vaga de alta diretoria dure até seis meses - diz Paulo
Mendes, sócio-fundador da consultoria 2GET, especializada no recrutamento de
executivos para cargos de alta gestão.
Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, concorda que
realmente há um apagão de talentos em algumas áreas específicas que não
formaram mão de obra especializada nos últimos anos, como a indústria naval e a
de petróleo e gás. Na opinião da consultora, em cargos de liderança, os processos
são sempre mais complexos, pois trata-se de identificar profissionais com
competências altamente diferenciadas.
O passo a passo para ficar na mira das grandes empresas na escolha para um cargo de
diretoria
E, de acordo com Jacqueline, para ocupar esses altos cargos, as companhias
buscam profissionais com excelente formação acadêmica, em instituições de
renome e preocupados em reciclar-se constantemente. Aqueles com sólida
experiência, que tenham liderado projetos de alta complexidade e que atingiram
ou superaram suas metas, conquistando resultados de alto impacto para os
negócios, também têm seu lugar garantido no mercado.
- Profissionais com acurada visão estratégica, capacidade de análise e resolução de
problemas, competentes com o alinhamento e engajamento dos times e, sobretudo,
íntegros e capazes de expressar seus valores na ação do dia a dia, certamente estão
na mira das organizações.
Segundo Mendes, de uma forma geral, as empresas se interessam por candidatos que já
tenham desenvolvido projetos importantes nas empresas que passaram e que estejam
dispostos a "vestir a camisa da companhia". Outra característica importante, segundo
Mendes, é ter uma boa rede de relacionamentos.
- As redes de contatos, hoje, permitem que o candidato tenha acesso às oportunidades
do mercado. Não adianta ser apenas bom se ninguém conhece você.
Jacqueline ressalta que, para se tornar um gestor competente, é necessário ter
habilidades interpessoais e de grupo, já que o papel de gestão implica em integrar
esforços de outras pessoas, responsabilizando-se pelos resultados. A consultoria
afirma ainda que, além de educar-se e reciclar-se continuamente, o profissional
deve investir no autoconhecimento, refletindo constantemente sobre seus valores,
suas escolhas e suas atitudes, buscando o desenvolvimento pessoal, não só o
profissional.
- É preciso preparar-se técnica, mas, principalmente, pessoalmente - aconselha.
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