VAMOS PRESERVAR O MAR! O mar é uma grande quantidade de água salgada. A água do mar é transparente, mas parece azul como o céu. No nosso planeta há mais água do que terra. Vista do espaço, a Terra é um planeta azul! Na terra há muitos rios e a sua água corre das serras até ao mar. Quando chove muito, a água das nuvens que cai na terra e nos rios, também vai parar ao oceano. Depois evapora-se, vai para as nuvens e volta a cair quando estão muito cheias. No mar vivem os peixes, que são uma fonte de alimentação das pessoas e de muitos animais como o urso, a foca e o tubarão. Há muitas pessoas que passam a vida a trabalhar no mar, a pescar, para haver peixe todos os dias no mercado. É uma vida muito perigosa. Com mau tempo, as ondas são muito grandes e podem virar os barcos pequenos ou atirar os grandes contra as rochas e parti-los. Nessa altura, o mar pode ser perigoso, violento e traiçoeiro! O mar liga os continentes. Nele circulam meios de transporte aquáticos como as traineiras e os bacalhoeiros, que servem para pescar o peixe; petroleiros que transportam o petróleo; cargueiros que carregam mercadorias (cereais, automóveis, contentores, etc.); iates e paquetes que são barcos de transporte de passageiros; navios de guerra, porta-aviões e submarinos. Os mares e os oceanos são muito importantes para Portugal, porque estão mesmo aqui ao lado. No mar dos Açores existem golfinhos, cachalotes e baleias. A baleia azul tem mais de 30 metros e é o maior animal do mundo! No passado, o nosso país ficou muito rico e poderoso graças ao mar. Na época dos descobrimentos, os portugueses iam pelo mar adiante, em caravelas, à procura de terras que ninguém conhecia e todas as dificuldades foram ultrapassadas graças à valentia do nosso povo. Na minha região temos o mar da Torreira. É muito bom, porque no verão as pessoas podem ir à praia brincar, nadar, comer gelados, fazer piqueniques, descansar… As crianças não devem andar sozinhas no mar por causa da força das ondas. Muitos meninos do interior do país nunca chegam a ver o mar, porque moram muito longe e aqueles que o descobrem ficam deslumbrados com a sua beleza e infinidade. Há pouco tempo visitei o Sea Life do Porto, o Oceanário de Lisboa e andei num barco com o fundo em vidro. Parecia que estava a mergulhar nas profundezas do mar e a ver de tão perto criaturas marinhas fascinantes, que quase podia tocar-lhes. Foram momentos inesquecíveis!... O fundo do mar é um dos sítios mais espantosos! Podem-se encontrar algas, corais, ostras (com as suas pérolas), estrelas-do-mar, cavalos-marinhos, búzios e até barcos afundados! O mais famoso é o Titanic – considerado o maior navio de passageiros e mais luxuoso do mundo – que chocou contra um bloco de gelo e naufragou. Em algumas regiões existem, por baixo do fundo do mar, petróleo e gás natural, que são mais uma fonte de riqueza. Apesar do mar ser muito grande, temos de cuidar dele. Não devemos deitar-lhe lixo. Os navios que transportam petróleo ou gasolina devem ter muito cuidado para não deixar cair nada na água. Também não devem lavar os depósitos no mar e deitar as sujidades fora. Podem matar os peixes ou deixá-los envenenados e estragar a saúde das pessoas, que os compram no mercado. Quando algum petroleiro se afunda, espalha-se o petróleo na água e as praias ficam todas poluídas. Os peixes morrem e as aves que pousam no mar ou nas praias também morrem ou ficam doentes. Ontem à noite vi na televisão um programa sobre o mar. Fiquei a saber, que a poluição das fábricas e dos automóveis está a provocar o aquecimento global - aumento da temperatura no nosso planeta – que faz derreter o gelo dos pólos, subir o nível das águas do mar e inundar as zonas mais baixas da Terra. - Será que é isto que vai acontecer à Murtosa? – questionei, em família. Fui dormir preocupado e talvez por isso tive um sonho. Sonhei que estava sentado à beira mar a sentir o cheiro da maresia quando, da espuma das ondas do mar, surgiu uma sereia. – Olá! - disse ela, sorrindo. – Pareces preocupado. O que se passa? – Ouvi dizer que a poluição está a estragar o mar. É verdade? – Sim, tens razão! - disse ela, com um ar triste. – E não há nada que eu possa fazer? - perguntei. – É claro que sim! - respondeu a sereia. – Sabes, ainda és muito jovem, mas vou pedir-te um favor. – Qual é? – Diz a todos os teus amigos que parem de me fazer mal. Quando vierem à praia, não deixem na areia nem no mar garrafas, latas, sacos, papéis e plásticos. Na rua, prefiram andar a pé ou de bicicleta em vez de automóvel. Aliás, vocês na vossa terra, que é a Murtosa, até têm vias próprias para andar de bicicleta, as chamadas vias cicláveis e, nada melhor que um passeio em família desfrutando da paisagem, contemplando a ria e o mar. Com iniciativas como estas vão ver que o ambiente agradece! Foi então que ouvi um barulho. Seria um navio a apitar? Ah!... afinal, não… era só o meu despertador. Tinha chegado a hora de ir para a escola e dizer a todos os meus amigos: – Não faças do mar o teu caixote do lixo! Para que a Terra continue a ser o teu lar, o mar tens de preservar! Carlos Tavares Rebimbas da Fonseca, 3.º ano, Escalão A (Prosa) – Menção Honrosa EB1 S. Silvestre