ELETRICIDADE Aula 2 – Eletrostática Prof. Marcio Kimpara Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Relembrando... Considera-se um corpo eletrizado quando este tiver número diferente de prótons e elétrons, ou seja, quando não estiver neutro. Quantidade de carga Q = n.e e = carga elementar (e = 1,6 x 10-19) Unidade: Coulomb Prof. Marcio Kimpara 2 Eletrização O processo de retirar ou acrescentar elétrons a um corpo neutro para que este fique eletrizado denomina-se eletrização. Eletrização por atrito Processos de Eletrização Eletrização por contato Eletrização por indução Prof. Marcio Kimpara 3 Eletrização por atrito Este processo consiste em “esfregar” dois corpos neutros feitos de materiais distintos. Desta forma, quando são atritados entre si, um deles adquire elétrons ficando eletrizado negativamente e outro cede elétrons, ficando carregado positivamente. Quando há eletrização por atrito, os dois corpos ficam com cargas de módulo igual, porém com sinais opostos. Prof. Marcio Kimpara 4 Eletrização por atrito Existe uma tabela, conhecida como série triboelétrica, que indica para onde os elétrons são transferidos quando dois corpos da tabela são são atritados. Isso significa que quando um mesmo corpo se eletriza por atrito com outros corpos, ele não adquire sempre eletricidade positiva, ou sempre negativa, isso irá depender do outro corpo (material) com o qual é atritado. + Mão humana Pele de coelho Vidro Ex: Atrito de vidro e seda: Nylon Mais positivo Vidro (+) Seda Seda (-) Papel - Borracha PVC Prof. Marcio Kimpara 5 Eletrização por contato Neste caso é preciso que, pelo menos, um dos corpos esteja carregado eletricamente, por exemplo com carregado positivamente. Aproxima-se o condutor positivo do condutor neutro até que ocorra o contato entre eles. Quando isso acontece, haverá uma transferência de elétrons do corpo neutro para o corpo carregado positivamente. Separando-se os dois condutores, eles estarão com cargas de mesmo sinal. Prof. Marcio Kimpara 6 Eletrização por indução Este processo de eletrização se baseia no princípio da atração e repulsão, uma vez que a eletrização ocorre apenas com a aproximação de um corpo eletrizado (indutor) a um corpo neutro (induzido). O processo é dividido em três etapas: Primeiramente um bastão eletrizado é aproximado de um condutor inicialmente neutro. Por meio do princípio de atração e repulsão, os elétrons livres do induzido são atraídos/repelidos dependendo do sinal da carga do indutor. Prof. Marcio Kimpara 7 Eletrização por indução O próximo passo é ligar o induzido à terra, ainda na presença do indutor. Desliga-se o induzido da terra, fazendo com que sua única carga seja a do sinal oposto ao indutor. Após pode-se retirar o indutor das proximidades e o induzido estará eletrizado com sinal oposto à carga do indutor e as cargas se distribuem por todo o corpo. Prof. Marcio Kimpara 8 Campo Elétrico Chama-se Campo Elétrico a “modificação no espaço” estabelecida em todos os pontos no entorno de uma carga de intensidade Q, de forma que qualquer carga de prova de intensidade q fica sujeita a uma força de interação (atração ou repulsão) exercida por Q. Região do espaço onde uma carga de prova ali colocada sofrerá a ação de uma força Pode-se dizer que o espaço em torno de um corpo carregado fica sob influência de algo invisível e de natureza elétrica que age sobre outros corpos carregados que ali estejam. Prof. Marcio Kimpara 9 Campo Elétrico É uma alteração produzida no espaço onde há uma massa (campo gravitacional), um imã (campo magnético) ou uma carga elétrica (campo elétrico) Campo gravitacional Campo magnético Prof. Marcio Kimpara Campo elétrico 10 Lei de Coulomb Q1.Q2 F k. d2 2 m k 9.109 N . 2 C Q1 Q2 F + F - d Prof. Marcio Kimpara 11 Campo Elétrico Matematicamente: F E q F E.q Unidade: N/C Grandeza Vetorial Dependendo do sinal de q, os vetores força e campo elétrico podem não ter o mesmo sentido. Prof. Marcio Kimpara 12 Campo Elétrico CONCLUSÕES E F +q +q E + - Q F -q F Q E Carga fonte negativa (Q < O) gera campo elétrico de aproximação. Sendo q > 0, F e E tem o mesmo sentido; sendo q < 0, F e E têm sentidos contrários. F e E têm sempre a mesma direção. -q E Carga fonte positiva (Q > O) gera campo elétrico de afastamento. F Prof. Marcio Kimpara 13 Linhas de força Para representar o campo elétrico, utilizamos linhas de força (linhas de campo) Prof. Marcio Kimpara 14 Linhas de força O campo elétrico sempre "nasce" nas cargas positivas (vetor) e "morre" nas cargas negativas. Quando duas cargas positivas são colocadas próximas uma da outra, o campo elétrico é de afastamento, gerando uma região entre as duas cargas isenta de campo elétrico. O mesmo ocorre para cargas negativas, com a diferença de o campo elétrico ser de aproximação. Já quando são colocadas próximas uma carga positiva e uma negativa, o campo "nasce" na primeira, e "morre" na segunda. Prof. Marcio Kimpara 15 Campo Elétrico Módulo do vetor campo elétrico: F E q Q.q K. 2 d E q Q.q F K. d2 Q E K. 2 d Prof. Marcio Kimpara A intensidade do campo elétrico independe da presença ou não de uma carga de prova. O módulo de E depende da carga que o originou e da distância entre esta carga e o ponto do espaço em questão. 16 Campo Elétrico Gráfico E Exd E(N) d E 1d E 4 2d E 9 3d E 16 4d E a 1 d2 d(m) Prof. Marcio Kimpara 17 Campo elétrico gerado por mais do que uma partícula eletrizada Prof. Marcio Kimpara 18 Campo elétrico gerado por mais do que uma partícula eletrizada Prof. Marcio Kimpara 19 Potencial Elétrico Imagine um campo elétrico gerado por uma carga Q. No instante em que for colocada um carga de prova q em seu espaço de atuação podemos sabemos que, conforme a combinação de sinais entre as duas cargas, esta carga q, será atraída ou repelida, adquirindo movimento, e consequentemente Energia Cinética. Essa força tende a realizar trabalho sobre a partícula; por isso a partícula adquire energia. Esse trabalho é determinado pela força e o deslocamento de partícula, sendo a força e o deslocamento grandezas que dependem da posição da partícula no campo elétrico. Logo, a energia adquirida pela partícula vai depender da posição do ponto P onde ela for colocada. Se fizermos uma analogia com a energia cinética estudada em mecânica, sabemos que para que um corpo adquira energia cinética é necessário que haja uma energia potencial armazenada de alguma forma. Quando esta energia está ligada à atuação de um campo elétrico, é chamada Energia Potencial Elétrica. Q.q E p k. d (J) Para mover um corpo carregado numa região de campo elétrico, é preciso dar energia a esse corpo. Prof. Marcio Kimpara 20 Potencial Elétrico O potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja: Ep Q V k. q d (V) Grandeza escalar Se Q for (+), então V (+) Se Q for (-), então V (-) É a medida associada ao nível de energia potencial de um ponto de um campo elétrico. Prof. Marcio Kimpara 21 Diferença de Potencial Desloca-se uma carga de prova q desde o ponto A até o ponto B, com velocidade constante e mede-se o trabalho (energia gasta) que a força teve que realizar para movimentar esta carga entre estes dois pontos. Q A diferença de potencial é calculada como: WAB VA VB q q + .A + .B (V) d Chama-se assim a diferença entre o potencial elétrico de dois pontos do espaço. Podemos dizer que a diferença de potencial é que promove a movimentação de cargas elétricas no espaço. Também chamada de d.d.p ou tensão. Prof. Marcio Kimpara 22 Exemplo Determine o sinal e o módulo de Q para que o campo elétrico resultante em P seja nulo. Q Q1 = -4mC .P 1m 1m Prof. Marcio Kimpara 23 Exemplo RESOLUÇÃO Determine o sinal e o módulo de Q para que o campo elétrico resultante em P seja nulo. Q Q1 = -4mC EQ1 P . 1m EQ 1m Para que o campo na região do ponto P seja nulo, o vetor campo elétrico da carga Q1 precisa ser igual em módulo e direção ao vetor campo elétrico da carga Q, porém de sentidos opostos. Para que o campo da carga Q tenha o sentido mostrado na figura acima, temo que o campo da carga Q precisa ser divergente. Portanto Q tem sinal positivo. Prof. Marcio Kimpara 24 Exemplo RESOLUÇÃO Determine o sinal e o módulo de Q para que o campo elétrico resultante em P seja nulo. Q Q1 = -4mC - EQ1 P . + 1m 1m EQ1 EQ k. Q1 d 2 k. Q d2 EQ k. 4 10 3 22 Q k. 2 1 Q 110 3 C Prof. Marcio Kimpara 25 Exercícios Exercícios resolvidos no quadro negro... Prof. Marcio Kimpara 26