Professor: João Macedo Aluno(a):_______________________________________________ 01. (Ufrgs 2014) Os múons cósmicos são partículas de altas energias, criadas na alta atmosfera terrestre. A velocidade de alguns desses múons (V) é próxima da velocidade da luz (c), tal que V2 = 0,998 c2, e seu tempo de vida em um referencial em repouso é aproximadamente t 0 = 2.10–6s. Pelas leis da mecânica clássica, com esse tempo de vida tão curto, nenhum múon poderia chegar ao solo, no entanto eles são detectados na Terra. Pelos postulados da relatividade restrita, o tempo de vida do múon em um referencial terrestre (t) e o tempo t 0 são relacionados pelo fator relativístico γ= 1 1− v2 06 24/11/2014 FÍSICA 04. (Ufrgs) Em 1905, Einstein propôs uma teoria simples e revolucionária para explicar o efeito fotoelétrico, a qual considera que a luz é constituída por partículas sem massa, chamadas de fótons. Cada fóton carrega uma energia dada por hf, onde h = 4,1x10–15 eV.s é a constante de Planck, e f é a frequência da luz. Einstein relacionou a energia cinética, E, com que o elétron emerge da superfície do material, à frequência da luz incidente sobre ele e à função trabalho, W, através da equação E = hf – W. A função trabalho W corresponde à energia necessária para um elétron ser ejetado do material. . c2 Para um observador terrestre a distância que o múon pode percorrer antes de se desintegrar é, aproximadamente, a) 6,0 × 102 m. b) 6,0 × 103 m. c) 13,5 × 103 m. d) 17,5 × 103 m. e) 27,0 × 103 m. 02. (Ufg) Em 1964, o físico britânico Peter Higgs propôs a existência de um campo, o qual, ao interagir com uma partícula, conferia a ela a sua massa. A unidade básica desse campo foi chamada de bóson de Higgs. Em julho de 2012, os cientistas do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) anunciaram terem identificado o bóson de Higgs, com uma massa de 125 GeV (gigaelétronvolt). O valor dessa massa, em kg, é de: Dados: 1 eV c 3,0 × 108 m/s. = 1,6 × 10−19 J; = a) 4,50 × 10+24 b) 6,66 × 10−18 c) 2,22 × 10−25 d) 6,66 × 10−27 e) 2,22 × 10−34 03. (Ufg) Para a segurança da população, o lixo radioativo produzido pelo acidente com o césio-137, na cidade de Goiânia, foi revestido com paredes de concreto e chumbo. A intensidade da radiação I decai exponencialmente ) Ι0 ⋅ e quando atravessa essas paredes, de acordo com a relação Ι ( x= onde Ι0 é a intensidade que incide sobre a parede de espessura x e coeficiente de atenuação, conforme esboçado no gráfico a seguir. −α ⋅x , α éo De acordo com estas informações, o valor do coeficiente de atenuação da parede que reveste o lixo é: Dados: ln e = 1; ln 2 = 0,69; ln 3 = 1,10; ln 10 = 2,30. a) 0,552 cm–1 b) 0,825 cm–1 c) 1,275 cm–1 d) 1,533 cm–1 e) 2,707 cm–1 www.cursosimbios.com.br Em uma experiência realizada com os elementos Potássio (K), Chumbo (P b ) e Platina (P t ), deseja-se obter o efeito fotoelétrico fazendo incidir radiação eletromagnética de mesma frequência sobre cada um desses elementos. Dado que os valores da função trabalho para esses elementos são W K = 2,1 eV, W Pb = 4,1 eV e W Pt = 6,3 eV, é correto afirmar que o efeito fotoelétrico será observado, nos três elementos, na frequência a) 1,2 × 1014 Hz. b) 3,1× 1014 Hz. c) 5,4 × 1014 Hz. d) 1,0 × 1015 Hz. e) 1,6 × 1015 Hz. 05. (Ufes) No interior de um veículo espacial, encontramos dois capacitores isolados de placas finas planas paralelas, com capacitância C 1 = 10 F, C 2 = 30 F e cargas Q 1 = 1 C, Q 2 = 3 C, respectivamente. A distância entre as placas para cada um dos capacitores é d = 1 mm. Após o lançamento, esse veículo apresenta um vetor velocidade constante de módulo 36.000 km/h e de direção paralela ao vetor distância d entre as placas. Sabendo que as placas planas paralelas dos capacitores são perpendiculares ao vetor velocidade, determine a) a capacitância total do sistema antes do lançamento, quando se associam os capacitores em paralelo; b) a tensão entre as placas do capacitor com carga Q 1 antes do lançamento; c) a capacitância C 2 , após o lançamento, para um observador fixo na terra; d) a velocidade do foguete para que a capacitância de C 1 aumente em 2%. 2 1 1 Se necessário, use ≈ 1 + x 2 , para x 1. 2 2 1− x 06. (Ufpe) Um microscópio eletrônico pode ser usado para determinar o tamanho de um vírus que pode variar entre 0,01 μm a 0,03 μm . Isto é possível porque o comprimento de onda de deBroglie, λ , associado aos elétrons, é controlado variando-se a diferença de potencial que permite acelerar o feixe eletrônico. Considerando que os elétrons são acelerados a partir do repouso sujeitos à diferença de potencial= V 12,5 ⋅ 103 volts, determine o valor de λ quando os elétrons atingem a placa coletora onde é colocado o vírus. Expresse a resposta em unidades de 10−12 m . 1 07. (Fuvest) Segundo uma obra de ficção, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, CERN, teria recentemente produzido vários gramas de antimatéria. Sabe-se que, na reação de antimatéria com igual quantidade de matéria normal, a massa total m é transformada em energia E, de acordo com a equação E = mc2, onde c e a velocidade da luz no vácuo. a) Com base nessas informações, quantos joules de energia seriam produzidos pela reação 1 g de antimatéria com 1 g de matéria? b) Supondo que a reação matéria-antimatéria ocorra numa fração de segundo (explosão), a quantas “Little Boy” (a bomba nuclear lançada em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945) corresponde a energia produzida nas condições do item a)? c) Se a reação matéria-antimatéria pudesse ser controlada e a energia produzida na situação descrita em a) fosse totalmente convertida em energia elétrica, por quantos meses essa energia poderia suprir as necessidades de uma pequena cidade que utiliza, em média, 9 MW de potência elétrica? NOTE E ADOTE: 1 MW =106 W. A explosão de “Little Boy” produziu 60 × 1012 J (15 quilotons). 1 mês ≅ 2,5 × 106 s. velocidade da luz no vácuo, c = 3,0 x 108 m/s. 08. (Ufg) As portas automáticas, geralmente usadas para dividir ambientes, com climatização, do meio externo, usam células fotoelétricas, cujo princípio de funcionamento baseia-se no efeito fotoelétrico, que rendeu ao físico Albert Einstein o Prêmio Nobel de 1921, por sua explicação de 1905. No experimento para observação desse efeito, incide-se um feixe de luz sobre uma superfície metálica polida, localizada em uma região sob uma diferença de potencial V, conforme a figura, e mede-se o potencial freador que faz cessar a corrente entre os eletrodos, sendo este o Potencial Limite. O gráfico representa a dependência entre o Potencial Limite e a frequência da luz incidente sobre a superfície de uma amostra de níquel. Tendo em vista o exposto, responda: a) Qual é a menor frequência da luz, em Hertz, que consegue arrancar elétrons da superfície do metal? b) Para o potencial de 1,5 V, qual é a energia cinética (em Joules) do elétron ejetado da superfície do metal? 10. (Ufrgs) O PET (Positron Emission Tomography ou tomografia por emissão de pósitron) é uma técnica de diagnóstico por imagens que permite mapear a atividade cerebral por meio de radiações eletromagnéticas emitidas pelo cérebro. Para a realização do exame, o paciente ingere uma solução de glicose contendo o isótopo radioativo flúor-18, que tem meia-vida de 110 minutos e decai por emissão de pósitron. Essa solução é absorvida rapidamente pelas áreas cerebrais em maior atividade. Os pósitrons emitidos pelos núcleos de flúor-18, ao encontrar elétrons das vizinhanças, provocam, por aniquilação de par, a emissão de fotóns de alta energia. Esses fótons são empregados para produzir uma imagem do cérebro em funcionamento. Supondo-se que não haja eliminação da solução pelo organismo, que porcentagem da quantidade de flúor-18 ingerido ainda permanece presente no paciente 5 horas e 30 minutos após a ingestão? a) 0,00%. b) 12,50%. c) 33,33%. d) 66,66%. e) 87,50%. GABARITO 01. [C] Dados: 1 2 × 10−6 s; v 2 = 0,998 c 2 . γ = ; t0 = v2 1− c2 Fazendo a correção para o tempo: t = t0 1− v 2 2 × 10−6 = 0,998 c 2 1− c2 = ⇒ t c2 2 × 10−6 = 20 × 10−4 2 × 10−6 = 2 5 × 10−2 5 × 10−4 ⇒ 5 t 4,5 × 10−5 s. = A distância (D) percorrida D= v t ≅ 3 × 108 × 4,5 × 10−5 ⇒ pelo múon é: D= 13,5 × 103 m. 02. [C] Transformando a energia do bóson de Higgs para joule: E =125 GeV =125 × 109 × 1,6 × 10−19 ⇒ E =2 × 10−8 J. Da relação massa-energia de Einstein: E = m c2 ⇒ m= E c2 = 2 × 10−8 (3 × 10 ) 8 2 = 2 × 10−8 ⇒ 9 × 1016 = m 2,22 × 10−25 kg. -31 09. (Ita) Um elétron e um pósitron, de massa m = 9,11 × 10 kg, cada qual com energia cinética de 1,20 MeV e mesma quantidade de movimento, colidem entre si em sentidos opostos. Neste processo colisional as partículas aniquilam-se, produzindo dois fótons ã 1 e ã 2 . Sendo dados: constante de Planck h = 6,63 × 10-34 J.s; velocidade da luz c = 3,00 × 108 m/s; 1 eV = 1,6 × 1019 J; 1 femtometro = 1 fm = 1 × 10-15 m, indique os respectivos valores de energia E e do comprimento de onda dos fótons. 03. [C] Para evitar confusão de variáveis, usaremos na solução o símbolo Ln para representar logaritmo neperiano. Dados: Ln e = 1; Ln 2 = 0,69; Ln 3 = 1,10; Ln 10 = 2,30. Trabalhando a função dada: I= I0 e−α x ⇒ I Ln = ( −α x )(1) I0 Do gráfico: ( I ⇒ Ln = Ln e−α x I0 I Ln I0 ⇒ α= − . x I = e −α x I0 x =0,4 cm ⇒ ) ⇒ I Ln = ( −α x ) Ln e ⇒ I0 I 6 =0,6 = . I0 10 Substituindo esses valores na expressão acima: 6 Ln 10 α= − 0,4 a) b) c) d) e) E = 1,20 MeV; ë = 2435 fm E = 1,20 MeV; ë = 1035 fm E = 1,71 MeV; ë = 726 fm E = 1,46 MeV; ë = 0,28 × 10-2 fm E = 1,71 MeV; ë = 559 fm www.cursosimbios.com.br 2⋅3 Ln 10 ⇒ α= − 0,4 ⇒ Ln 2 + Ln 3 − Ln 10 α= − 0,4 ⇒ 0,69 + 1,10 − 2,30 -0,51 α= α= − = − ⇒ 0,4 0,4 α = 1,275 cm−1. 2 04. [E] O elemento que exige maior energia para se obter o efeito elétrico é o de maior função trabalho, no caso a platina. A frequência de corte é aquela abaixo da qual não ocorre mais o fenômeno, ou seja, a energia cinética do elétron é nula. Calculemos, então, essa frequência para a platina. E= h f−W ⇒ 0= h f −W ⇒ f = W 6,3 = h 4,1× 10−15 = λ λ= 05. a) Dados: C 1 = 10 F e C 2 = 30 F. Como os capacitores estão em paralelo, a capacitância total é a soma das capacitâncias: CT =C1 + C2 =10 + 30 ⇒ CT = 40 F. b) Dados: C 1 = 1 F e Q 1 = 1 C. Q1 10 U1 = = ⇒ U1 = 10 V. C1 1 c) Dados: d = 1 mm; v = 36.000 km/h = 104 m/s. Como não foi fornecida a velocidade da luz, vamos considerá-la c = 3×108 m/s. Calculemos a razão v/c: 6,6 × 10−34 6 × 10−23 Portanto, ⇒ f = 1,54 × 1015 Hz. Acima dessa frequência, nos três elementos será observado o efeito fotoelétrico. h h m 1 1 = = h = 6,6 × 10−34 mv m 2qV 2mqV 2 × 9 × 10−31 × 1,6 × 10−19 × 12,5 × 103 = 1,1× 10−11= 11× 10−12 m λ em unidades 10−12 , é igual a 11. 07. Dados: m = 2 g = 2 × 10–3 kg; E LB = 60 × 1012 J = 6 × 1013 J; c = 3 × 108 m/s; 1 mês = 2,5 × 106 s. a) E = m c2 = 2 × 10–3 × (3 × 108)2 = 2 × 10–3 × 9 × 1016 ⇒ E = 1,8 × 1014 J. b) Sendo n a quantidade de bombas “Little Boy”, temos: n = E 1,8 × 1014 ⇒ ELB = 6 × 1013 n = 3 (Little Boys). c) P= E E 1,8 × 1014 ⇒ ∆t = = = 2 × 107 s. ∆t P 9 × 106 Transformando em meses: ⇒ ∆t = 8 meses. v 104 = = 3,3 × 10−5. c 3 × 108 Essa razão mostra que a velocidade da nave é desprezível em relação à velocidade da luz, sendo, então, também desprezíveis os efeitos relativísticos. A distância relativística (d’) entre as placas é praticamente igual à distância de repouso (d). ε A C2 = d C' = ε A 2 d' d' ≅ d ⇒ C'2 ≅ C2 = 30 F. d) Dados: d = 1 mm. Como não foi fornecida a velocidade da luz, vamos considerá-la c = 3×108 m/s. Sendo d’ a distância relativística para um observador na Terra (considerando o mesmo referencial do item anterior), para um aumento de 2% na capacitância de C 1 , temos: 102 C1' =C1 + 2%C1 ⇒ C1' = C1 ⇒ C1' =1,02 C1 100 ε A C1 = ε A ε A d d = 1,02 ⇒ = 1,02. d' d d' C' = ε A 1 d' v 1− c 2 ⇒ d= d' v 1− c d ⇒ = d' 2 1 v 1− c 2 f0 . Para a variação pretendida na distância, a velocidade da nave é muito menor que a velocidade da luz, portanto: 2 v c << 1. Podemos, então, usar a aproximação sugerida no enunciado: 1 1 − x2 ≈ 1+ 1 2 x . 2 Assim: d 1 = 2 d' v 1− c v= 0,04 c 2 1 v ⇒ 1,02 = 1+ 2c ( 2 1 v ⇒ 0,02 = 2 c ⇒ v= 0,2 c= 0,2 3 × 108 ) Vejamos o gráfico da energia cinética máxima em função da frequência: A constante h é o coeficiente angular da reta: h = tg α. Mas no triângulo da figura, tg α = W . Então: h = W , ou ⇒ W = h f 0 . Da expressão de Einstein para o comprimento relativístico: d'= d 08. a) Do gráfico, vemos que a frequência limite, ou frequência de corte é f 0 = 1,2 × 1015 Hz. b) Dada a constante de Planck, h = 6,6 × 10–34 J.s, A equação de Einstein para o efeito fotoelétrico é: E c máx = h f – W, sendo: W o trabalho para arrancar um elétron; h f a energia do fóton incidente e E c máx a energia cinética máxima com que o elétron arrancado é ejetado. 2 v2 ⇒ 0,04 = ⇒ c2 ⇒ f0 Assim a equação do efeito fotoelétrico fica: E c máx = h f – h f 0 = h(f – f 0 ). Para o potencial limite de 1,5 V, podemos tirar do gráfico que a frequência é de aproximadamente 1,3 × 1015 Hz. Assim, efetuando os cálculos, vem: E c máx = 6,6×10–34 (1,3 – 1,2) 1015 = 6,6×10–34 (0,1) 1015 ⇒ E c máx = 6,6 × 10– 20 J. 09. [C] A energia de cada fóton é a energia total de cada partícula, ou seja, a energia cinética acrescida da energia de repouso. A energia de repouso é dada por m.c2. Assim: 9,11 .1031.(3.108)2 = 8,20.1014J Convertendo para MeV: (8,20.1014)/(1,6.1019) = 512500 eV = 0,51 MeV A energia de cada fóton será: 1,20 + 0,51 = 1,71 MeV Esta energia define o comprimento de onda do fóton, pois E = h.f. 1,71.106.1,6.1019 = 6,63.1034.f f = 4,13.1020 Hz Mas c = λ.f 3.108 = λ.4,13.1020 λ = 3.108/4,13.1020 = 7,26.1013 m = 726 fm 7 v= 6 × 10 m / s. 06. V = W → W = 1 mv 2 = qV → v 2 = 2qV → v = q 2 m www.cursosimbios.com.br 10. [B] 2qV m 3