BIOTECNOLOGIA
Parte I
PROF: NICK BUCK
BIOTECNOLOGIA
BIOTECNOLOGIA É O CONJUNTO DE
CONHECIMENTOS QUE PERMITE A UTILIZAÇÃO DE
AGENTES BIOLÓGICOS (ORGANISMOS, CÉLULAS,
ORGANELAS, MOLÉCULAS) PARA OBTER BENS OU
ASSEGURAR SERVIÇOS.
ENGENHARIA GENÉTICA
(CAMPO EM CRESCIMENTO)
PRODUÇÃO DE ORGANISMOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
O.G.M.
TRANSGÊNICOS
TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE
BACTÉRIAS + USADAS:
- Bacillus thuringiensis
- Agrobacterium sp
- E. coli
CLONAGEM MOLECULAR
(1971)
VETOR
TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE
BIOBALÍSTICA
PARÍCULAS DE
OURO OU
TUNGSTÊNIO
CONTENDO O GENE
DE INTERESSE
“REVÓLVER DE GENES”
BOMBARDEAMENTO
DAS CÉLULAS DE
INTERESSE
CROMOSSOMOS
COM O
TRANSGENE DE
INTERESSE
“REVÓLVER DE GENES”
MULTIPLICAÇÃO CELULAR
PLANTA TRANSGÊNICA
FINALIDADES DIVERSAS
PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS HUMANAS
FATOR VIII
INSULINA
SOMATOTROFINA
G.H.
ERITROPOETINA
FINALIDADES DIVERSAS
PRODUÇÃO DE VACINAS DE DNA
GENE
CODIFICADOR
DO ANTÍGENO DE
INTERESSE
DNA SE
COMBINA
COM O DNA
HUMANO
VETOR
RESPOSTA
IMUNE
HUMORAL
E CELULAR
VANTAGEM DA VACINA DE DNA:
BAIXA TOXICIDADE QUE APRESENTA
(DNA É INÓCUO) ALÉM DE SEREM TERMOESTÁVEIS.
EXEMPLO DE VACINA DE DNA
 VACINA HEPATITE B
CIRROSE HEPÁTICA
CÂNCER DE FÍGADO
 VACINA TETRAVALENTE CONTRA HPV
CONTRA OS TIPOS: 6, 11 , 16 E 18
ASSOCIAM-SE A 70% DOS CASOS DE
CÂNCER NO COLO DO ÚTERO
(TERCEIRO MAIS FREQUENTE NAS MULHERES = 18.000 MORTES/ANO)
ENGENHARIA GENÉTICA
PRODUÇÃO DE ORGANISMOS TRANSGÊNICOS
16 ANOS DE PRODUÇÃO: DESDE 1995
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 FORAM CLASSIFICADAS SEGUNDO A ORDEM CRONOLÓGICA
DE APARECIMENTO:
PRIMEIRA GERAÇÃO: RESISTENTES A HERBICIDAS, PESTES E VÍRUS.
SEGUNDA GERAÇÃO: CARACTERÍSITCAS NUTRICIONAIS E
FUNCIONAIS MELHORADAS.
TERCEIRA GERAÇÃO: SÍNTESE DE PRODUTOS ESPECIAIS, TAIS
COMO VACINAS (BATATAS CONTENDO ANTÍGENOS = CRIANÇA),
HORMÔNIOS.
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 SOJA ROUD-UP READY ®
 A TECNOLOGIA ROUNDUP READY® NA SOJA CONFERE À
PLANTA A CARACTERÍSTICA DE TOLERÂNCIA AOS HERBICIDAS À
BASE DE GLIFOSATO, CONTROLANDO DE FORMA MAIS EFICAZ AS
ERVAS DANINHAS QUE COMPETEM COM A CULTURA, SEM
AFETAR O SEU DESENVOLVIMENTO E FACILITANDO SEU
MANEJO.
Site: MONSANTO
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 MILHO BT
 GENE DA BACTÉRIA Bacillus
thuringiensis (BT) PRODUZ PROTEÍNAS
TÓXICAS CONTRA INSETOS
CONSIDERADOS PRAGAS
(Ex: LAGARTAS DO CARTUCHO DO
MILHO)
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 CANOLA RR
 PLANTA APRESENTA TOLERÂNCIA AOS HERBICIDAS À
BASE DE GLIFOSATO.
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 ALGODÃO BOLLGARD RR
 PLANTA APRESENTA TOLERÂNCIA AOS HERBICIDAS À
BASE DE GLIFOSATO.
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 ARROZ DOURADO GOLDEN RICE
 PRODUZ MAIOR TEOR DE
BETA-CAROTENO, QUE É
CONVERTIDO NO ORGANISMO
EM VITAMINA A.
Resolveria os problemas de
cegueira e morte em países da
África e na Índia
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 ARROZ Ultra Rice
 PRODUZ MAIOR TEOR DE FERRO, DIMINUINDO A
INCIDÊNCIA DE ANEMIAS
PLANTAS TRANSGÊNCAS
 CAFÉ DESCAFEINADO
 PRODUZ ATÉ 70% MENOS CAFEÍNA
REDUZ A INSÔNIA, AS PALPITAÇÕES EM
INDIVÍDUOS SENSÍVEIS E PODE SER BEBIDO POR
PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS COMO
GASTRITE
VANTAGENS APRESENTADAS
PELAS MULTINACIONAIS
 REDUÇÃO NO USO DE AGROQUÍMICOS (?)
 REDUZ CUSTOS DE PRODUÇÃO (?):
MENOR NECESSIDADE DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
 AUMENTO NO VALOR NUTRITIVO.
EFEITOS NA SAÚDE A LONGO PRAZO ?
ALGUMAS EMPRESAS: MONSANTO, SYNGENTA,
BAYER, NOVARTIS, DEKALB, AVENTIS.
VANTAGENS APRESENTADAS
PELAS MULTINACIONAIS
TOLERÂNCIA A CONDIÇÕES AMBIENTAIS
DESFAVORÁVEIS.
PLANTAS RESISTENTES A SOLOS SALINOS (HALÓFITAS)
RISCOS ENVOLVIDOS
 POLUIÇÃO GÊNICA
ESPÉCIES DE
FECUNDAÇÃO CRUZADA
PÓLEN CONTENDO
O TRANSGENE
CONTAMINA A LAVOURA
NORMAL
Ex: LAVOURAS DE MILHO
NORMAL E TRANSGÊNICOS =
100 METROS DE DISTÂNCIA
RISCOS ENVOLVIDOS
 PREJUÍZO DOS POLINIZADORES ?
AFETARIA DIRETAMENTE A REPRODUÇÃO DA ESPÉCIE
RISCOS ENVOLVIDOS
 EFEITOS COLATERAIS COMO
REAÇÕES ALÉRGICAS ENTRE OUTROS
TRANSGENE
NOVA PROTEÍNA
PODE ATUAR NO ORGANISMO
COMO UM ALERGENO
RISCOS ENVOLVIDOS
 DEPENDÊNCIA DE GRANDES MULTINACIONAIS
EXEMPLO
MONSANTO
SOJA ROUND-UP READY
HERBICIDA ROUND-UP
 DEPENDÊNCIA DE GRANDES MULTINACIONAIS
 MONSANTO ARRECADOU R$ 20 MILHÕES COM ROYALTIES
SOBRE A SEMENTE DE SOJA, APENAS NO ESTADO DO MATO
GROSSO, NA SAFRA DE 2009/10.
“O MUNDO SEGUNDO A MONSANTO”
AGRICULTOR RECEBE UM CERTIFICADO NOMINAL E
INTRANSFERÍVEL, VÁLIDOS POR UMA SAFRA, ATESTANDO A
QUANTIDADE DAS SEMENTES ADQUIRIDAS E A DE GRÃOS, QUE
PODERÁ ENTREGAR PARA VENDA, ISENTA DE PAGAMENTO DE
INDENIZAÇÃO PELO USO NÃO-AUTORIZADO DA TECNOLOGIA.
PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS NO MUNDO
ESTADOS UNIDOS
BRASIL
ARGENTINA
CHINA
CANADA
PRODUZEM QUASE A
TOTALIDADE DOS TRANSGÊNICOS
ANIMAIS TRANSGÊNCOS
E A TERAPIA GÊNICA
(GENETERAPIA)
 LINHAGENS DE ANIMAIS TRANSGÊNICOS (Ex: CAMUNDONGOS)
PRODUZIDAS PARA SEREM UTILIZADOS EM PESQUISAS
LABORATORIAIS.
 ENTENDER MELHOR O CÂNCER E AS DOENÇAS
HEREDITÁRIAS, NEUROLÓGICAS E CRÔNICAS COMO:
HEMOFILIA, DIABETES, MAL DA ALZHEIMER ENTRE OUTRAS.
TERAPIA GÊNICA
(GENETERAPIA)
CÉLULAS RETIRADAS DO
PACIENTE
CÉLULASALTERADAS
PRODUZEM A SUBSTÂNCIA
DESEJADA
VÍRUS ALTERADO NO
LABORATÓRIO.
NÃO SE REPRODUZ.
GENE DE
INTERESSE É
INSERIDO NO
VÍRUS
CÉLULAS INJETADAS NO
PACIENTE
VÍRUS ALTERADO
MISTURADO COM AS
CÉLULAS DO PACIENTE
CÉLULAS ALTERADAS
GENETICAMENTE
VÍRUS UTILIZA SUA CAPACIDADE DE INFECÇÃO PARA INJETAR O
GENE NA CÉLULA HUMANA DEFEITUOSA.
ANIMAIS TRANSGÊNCOS
 CRIAÇÃO DE ANIMAIS “HUMANIZADOS” QUE APRESENTAM
GRANDE COMPATIBILIDADE PARA A PRODUÇÃO DE ÓRGÃOS PARA
XENOTRANSPLANTE. (Ex: PORCO P33)
MONOCULTURA E DIVERSIDADE:
Palestra apresentada no VI seminário de Formação em Agroecologia em 19/06/2008 – Santa
Maria
Clayton Hillig
A monocultura agrícola está associada a sistemas pré capitalistas de
produção,com grande exploração da mão de obra e vinculação com o latifúndio e o
poder patrimonialista de base fundiária. No Brasil, está ligada inicialmente à produção
de cana de açúcar escravista no período colonial.
Na modernidade, a monocultura está aliada ao processo de modernização e
industrialização da agricultura e serve para a implementação de princípios Tayloristas e
Fordistas na produção agrícola. As principais vantagens da produção especializada de
um só produto são os ganhos de escala e a uniformização da produção que permite a
mecanização e a vinculação com mercados internacionais ditos de concorrência
perfeita.
Os problemas associados à monocultura estão na essência da sua
racionalidade produtiva. A idéia da produção à partir dos fatores Terra, Capital e
Trabalho esgotam o uso desses recursos e não levam em conta os recursos naturais
como um todo. A idéia do uso da terra, neste princípio, intensifica o uso da terra em
extensão e esquece a fertilidade natural e a estrutura do solo, e simplesmente não leva
em consideração a paisagem, a biodiversidade e a vida social dos territórios. A
racionalidade fundamental é a exploração dos recursos naturais, o fator ambiental é
tratado como recurso, reduzido ao uso extensivo da terra.
MONOCULTURA E DIVERSIDADE:
Palestra apresentada no VI seminário de Formação em Agroecologia em 19/06/2008 – Santa
Maria
Clayton Hillig
A industrialização da agricultura, como monocultura, leva a intensa utilização
de insumos industriais, fundamentalmente agrotóxicos e outros produtos químicos. A
intensa utilização de produtos químicos industriais em grandes extensões de terra
representa um risco ambiental. Além disso, a disseminação de uma única espécie
vegetal de origem industrial, seja uma variedade melhorada convencional ou um
organismo geneticamente modificado, está embasada no princípio da uniformização e
da igualdade de espécie, raça e linhagem, próprios da modernidade que produziu os
regimes totalitários do século passado. Nesse sentido, pode-se classificar a
monocultura como o fascismo e nazismo ambientais.
Para não deixar de lado o aspecto econômico, os riscos da monocultura estão
ligados à ocorrência de pragas e doenças ou problemas climáticos que podem afetar
toda a produção, aumentando em muito o risco no processo produtivo.
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BIOTECNOLOGIA Parte I