A região do Vale do Paraíba do Sul é uma região que liga RJ e SP. Se iniciou há séculos com a Marcha do Café, porque lá era íngreme e o café entrou em decadência devido às constantes erosões, mas na década de 70 foi se desenvolvendo e atualmente é o maior pólo industrial do país. SP abriga a maior concentração industrial, e a metrópole de SP é o foco disso. O interior do Estado desde a década de 90 vem apresentando índices de crescimento industrial maiores do que o da metrópole devido à modernização da agricultura e da agroindústria (as cidades médias crescem). Ela se distribui de acordo com o sentido dos eixos rodoviários de SP: Eixo dos imigrantes (Cubatão) Via Dutra (Vale do Paraíba) Rodovia Anhanguera-Bandeirantes(em direção à Campinas) Rodovia Castelo Branco (em direção à Sorocaba) Na terceira fase, o Estado de SP começa a perder participação no crescimento industrial devido à descentralização na concentração. De SP capital, vai-se para MG, e o Sul. Em SP havia tanta concentração (maturidade industrial) que não valia mais a pena colocar indústrias lá. Natureza da indústria e sua distribuição no território brasileiro Capital das empresas pode ser nacional, privado, multinacional privado: as decisões das indústrias são tomadas no interior das empreaas multinacional: a decisão é tomada fora do país, nas matrizes das empresas. O Brasil não tem poder de escolher o que será feito nacional + multinacional: a roupagem da indústria é feita pela matriz, mas deve funcionar de acordo com a legislação brasileira. Os países que recebem as multinacionais nao interferem onde a indústria se localizacara. O governo tem de acatar ao que elas decidirem, sendo submetido à suas políticas. O governo não pode decidir, mas pode oferecer (incentivos fiscais, etc.) Tipos de indústria Extrativas e de beneficiamento: exploram produtos obtidos diretamente da natureza, não havendo uma transformação do produto. As mineradoras, para separar o minério. Transformação: a partir de produtos da natureza fazem inúmeros produtos, diferentes do original. Bens de produção: matérias primas (bens intermediários, como metalúrgicas, siderúrgicas), máquinas e equipamentos (bens de capital). Produzem algo que será utilizado para outras indústrias utilizarem (como aço) Bens de consumo: duráveis e não-duráveis. Chegam até o consumidor. Duráveis são as de automóveis, eletrodomésticos, móveis, imóveis. Não-duráveis são as de alimentos, papeis, roupas, higiene, etc. Indústrias e suas localizações As indústrias extrativas se localizam onde há matéria prima, visto que têm de extraí-la. Também sao avaliados o potencial da região (tamanho, profundidade) e as condições geológicas do terreno. Geralmente, são multinacionais aliadas ao capital nacional. Ex.: ALCAN (bauxita nao região de Ouro Preto). VALE: região do Quadrilátero Ferrífero As indústrias de siderurgia são mais flexíveis, se localizando onde há um sistema de transporte adequado (transportam-se muitas matérias primas). Também avaliam se o local a ser escolhido é próximo à região da matéria prima ou à do mercado consumidor. Classificação das indústrias Indústrias extrativas e de beneficiamento: produtos obtidos diretamente da natureza. Para facilitar transporte é preciso submetê-los a processos técnicos, com por exemplo o minério de ferro que tem de ser britado. Indústrias de transformação: alteram a propriedade dos recursos obtidos na natureza e os desdobram em infinitos subprodutos de acordo com o destino dos produtos podem ser: 1. Bens de produção: matérias primas (bens intermediários) máquinas e equipamentos 2. Bens de consumo: duráveis e não-duráveis; chegam até o consumidor Fatores importantes: grandeza das jazidas e as condições geológicas do terreno - quantidade e qualidade - ALCAN - bauxita na região de Ouro Preto - VALE - explora maior parte de sua produção no Quadrilátero Férrifero Siderurgia -> fica perto da matéria prima ou de quem vai usar o aço, ou seja, mercado de consumo (para isso, tem de haver transporte adequado, barato) Agroindústria -> indústria de consumo não-duráveis; tem de estar relacionada à matéria prima Usinas de açúcar e álcool no grupo Olmeto no centro de uma área de produção de cana em São Paulo Sucos - Cutrale em São Paulo na região de produtos cítricos Laticínios - bacia leiteira no Vale do Paraíba - Cia Paulista e Vigor Bebidas na região Sul: Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, com produção de vinhos nas áreas vinícolas Frigorífico - Chapecó, Seara, Perdigão, Batavo e Sadia - controle dos produtores rurais NO (noroeste) do RS, O (oeste) de SC e SO (sudoeste) do PR - pequenas propriedades com policultura com associação do plantio de milho e a criação de gado, principalmente o suíno. Maioria destes estabelecimentos agroindustriais são constituídos por empresas nacionais. Há também muitas multinacionais com fazendas-modelo e fábricas de conservas, legumes, frutas e outros alimentos como a Nestlé, Citrobrasil, Refinações de Milho Brasil e da Anderson Clayton. Existem ainda associações de grupos nacionais e internacionais. Localização urbana -> bens de consumo duráveis, bens de produção e bens intermediários -> devido a maior complexidade técnica e exigência de investimentos Papel do setor automobilístico na industrialização Priorização do automóvel - mercado mais atrativo; Inicialmente - concentração horizontal - direcionar a produção de várias empresas para a produção de peças para a obtenção de um só produto - subordinação da produção de autopeças e acessórios às montadoras. Atualmente - mudança neste quadro - empresas com maior autonomia. Empresas de autopeças e acessórios orientaram sua tecnologia em função das exigências das montadoras.