Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Aula 03: Escoamento de metais líquidos – Canais de Enchimento 1. Introdução - o o o o Configuração dos Canais de Enchimento – elementos e suas funções. Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Escoamento de Metais em Canais. Turbulência e número de Reynolds. Lei da Continuidade. Perda de Cargas. Coeficiente de Perda de Cargas. 2. Elementos dos Sistemas de Canais Relações de Escalonamento (relações de áreas) Sistemas Pressurizados e Sistemas Despressurizados. Bacia de Vazamento. Canal de Descida. Canais de Distribuição e Ataque. Posicionamento dos Ataques com Relação ao Canal de Distribuição. Sistemas Verticais de Enchimento. - 3. Projeto dos sistemas de canais de enchimento Determinação do Tempo de Enchimento da Peça. Determinação da Velocidade Método da Seção de Choque. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Introdução Elementos de um Sistema de Canais de Enchimento Molde com Apartação Horizontal Canal de Descida: Geralmente vertical e de seção transversal circular, direciona o metal da bacia de enchimento até o canal de base. Canal Base: Modifica a direção do metal através de um ângulo reto e envia para o canal de distribuição; Peça Canal de Base Canal de Distribuição: Conduz o metal através do molde. Canais de Ataque: determinam a velocidade de enchimento da cavidade (peça). Existem outros elementos como filtros ou retentores de escórias que podem ser instalados entre o canal de distribuição e o canal de ataque com objetivo de reter drosses ou inclusões; 1 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Introdução Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Introdução Sistema de canais horizontal composto de: (a) Copo ou funil, (b) Canal de descida, (c) Canal de distribuição, (d) Canais de Ataque. 2 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Turbulência e Número de Reynolds Re = (v.d) / v = velocidade do fluído d = diâmetro hidráulico do canal = viscosidade cinemática do líquido =/ cm2. 10-2 / s C.G.S. = viscosidade dinâmica (centipoise) = densidade do líquido (g/cm3) Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Valores de Viscosidade Cinemática para alguns Líquidos Líquido Viscosidade Cinemática (cm2 . 10-2/s) Temperatura (0C) Água 1,00 20 Alumínio 1,27 700 F0F0 0,45 1300 F0F0 Branco 0,40 1300 Cobre 0,40 1200 Ferro 0,89 1600 Fe - 0,75%C 1,10 1500 Fe – 3,4% C 1,50 1300 Chumbo 0,22 400 Magnésio 0,80 680 Mercúrio 0,115 20 0,1/1,5 S = 500 Cinzento Ligas Metálicas 3 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Fluxo Laminar Re 2000 Fluxo Turbulento 2000 Re 20000 Fluxo Severamente Turbulento Re 20000 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Fluxo de Metal na maioria dos casos Reais em Fundição Critério no Cálculo de Canais de Enchimento Consequência Prática Turbulento Manutenção de Re < 20.000 Para Re < 20.000 a turbulência é mais interna ao fluxo, com uma fina camada junto à parede Evita-se a quebra da camada de óxido formada na superfície do líquido e sua introdução no seio do líquido 4 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Turbulência do metal líquido durante o enchimento de uma peça fundida Desenho esquemático da formação de filmes de óxidos durante o escoamento turbulento de uma liga de alumínio Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Lei da Continuidade Em um canal fechado completamente cheio, a vazão é constante, independentemente de variações locais da velocidade ou da área transversal Q = v 1 . A1 = v2 . A2 v1 e v2 = velocidades no pontos 1 e 2 (cm/s) A1 e A2 = áreas da seções transversais nos pontos 1 e 2 (cm2) Q = vazão do líquido em todos os pontos do canal (cm3/s) 5 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Schematic illustrating the application of Bernoulli's theorem to a gating system Fonte: J.F. Wallace and E.B. Evans, Principles of Gating, Foundry, Vol 87, Oct 1959. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Perdas de Carga Em todo o Sistema Real Ocorrência de perda por atrito decorrentes da interação entre as paredes dos canais e o líquido que possui certa viscosidade. Perdas localizadas devido às mudanças de direção e dimensões dos canais Perdas adicionais Em Fluxos Turbulentos devidos às características do fluxo Efeitos de atrito internos à massa líquida 6 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Situações de Perda Localizada por Variação de Seção Ocorrência de Desligamento entre o fluxo e as paredes Zonas com Desligamento de Fluxo Aparecimento de regiões de “baixa pressão” Conseqüência Prática: aspiração de ar e gases resultando em defeitos. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Aumento de seção Redução de seção Representação esquemática mostrando a formação de áreas de ¨baixa pressão¨ devido a variações abruptas na seção transversal de um conduto 7 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Situações de Perda Localizada por Mudança de Direção Ocorrência de Desligamento entre o fluxo e as paredes Aparecimento de regiões de “baixa pressão” Zonas com Desligamento de Fluxo Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran (a) Turbulência devido a presença de canto vivo Conseqüência Prática: aspiração de ar e gases resultando em defeitos. Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais (b) Aspiração de ar devido a presença de canto vivo (c) Uso de arredondamentos minimizando a turbulência e a aspiração de ar. Esquema mostrando o fluxo de um fluído com mudança na direção do fluxo. 8 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Considerando-se as perdas por atrito, o cálculo da velocidade em algumas seções de área A, no sistema fica: v = 2. g. h . 1/ ( 1 + Kn (A / An)2 = coeficiente Kn = coeficiente tabelado A = área do ponto onde ser quer a velocidade global de perdas An = áreas de perda Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais h Effect of pressure head and change in gate design on the velocity of metal flow. A, 90° bend; B, r/d = 1; C, r/d = 6; D, multiple 90° bends. The variables r and d are the radius of curvature and the diameter of the runner, respectively. J.G. Fonte: J. G. Sylvia, Cast Metals Technology, Addison-Wesley, 1972. 9 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Entrada da Bacia para o Canal de Descida Coeficiente Sem Concordância 0,75 Com Concordância 0,20 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Junção Descida/Distribuição Coeficiente Sem Concordância - 2,0 Com Concordância - 1,5 Sem Concordância - 1,5 Com Concordância - 1,0 10 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Coeficiente Junção em I 2,0 Junção Distribuição/Ataque Sem Concordância 2,0 Com Concordância 0,5 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Perdas por Fricção Coeficiente Canais Redondos - 0,02 L/D Canais Quadrados - 0,06 L/Dh Canais Retangulares - 0,07 L/Dh L = Comprimento D = Diâmetro 11 Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Coeficientes Globais de Perda sugeridos por Wallace e Evans para Sistemas Despressurizados Tipos de Sistemas Canal de Canal de Descida Descida Reto e Afunilad Estrangulamento o na Distribuição 0,90 0,73 01 Canal de Distribuição 02 Canais de Distribuição, com vários ataques, sem mudança de direção no canal 02 Canais de Distribuição, com vários ataques, mudanças de direção de 900 no canal 0,90 0,73 0,85 0,70 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran ELEMENTOS DOS SISTEMAS DE CANAIS Relações de Áreas ou Escalonamento Sistemas Pressurizados Sistemas Despressurizados Idéia Básica A seção menor corresponde aos Ataques A seção menor corresponde ao Canal de Descida Aumentar ou diminuir a velocidade do fluxo a partir da diminuição ou aumento das áreas 12 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Sistema Pressurizado Sistema Despressurizado Razão 1:0,75:0,5 Razão 1:3:3 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Relação de Áreas (Escalonamento) • Indica a proporção de área dos três componentes básicos do sistema Área Descida Área Descida 1 A1 Área Distribuição Área Descida A2 Área Ataque Área Descida Sistemas Pressurizados Sistemas Despressurizados A2 < 1 A2 > 1 13 Elementos dos Sistemas de Canais Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Vantagens dos Sistemas Pressurizados • Sistemas Mais Leves • Sistemas é forçado a trabalhar cheio Maior Rendimento Metálico Favorece fluxo uniforme e separação de inclusões de escórias e areias Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Desvantagens dos Sistemas Pressurizados Perigo de erosão do molde Aumento da Velocidade do Fluxo Provoca forte turbulência na entrada do jato de metal na cavidade da peça. Favorecimento à oxidação e formação de drosses. Aspiração de gases e ar em mudanças de seção e de direção 14 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Sistemas Despressurizados • Indicados para ligas muito oxidáveis Desvantagens dos Sistemas Despressurizados • Possibilidade de aspiração de ar nos alargamentos de seção. • Possibilidade de preenchimento incompleto dos canais. • Menor Rendimento Metálico Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Copo ou Funil de Vazamento • Utilizados para moldes de pequeno porte 15 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Bacias de Vazamento Vantagens da utilização de bacias de vazamento: • Estabelece um fluxo mais regular, menos dependente do vazador. • Favorece a retenção de inclusões. • Dificulta a entrada de ar junto com o fluxo de metal. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Seção longitudinal “Ideal” para uma Bacia de Vazamento 16 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Canal de Descida V = 2.g.h . 1/ Velocidade adquirida por um fluxo de metal em um canal de descida. h = distância a partir do nível do metal na bacia de vazamento Quanto mais o fluxo desce, maior será a sua velocidade, como a vazão ao longo do canal é constante. Necessidade de redução progressiva na área da seção transversal Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Conicidade Ideal do Canal de Descida Ax = ( h/x ) . An Ah h x Ax Caso não se altere a área da seção transversal, tem-se turbulência e aspiração de ar 17 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Depressão e aspiração de ar (b) (a) (c) Representação esquemática mostrando, (a) Fluxo natural de um fluído livre, (b) Aspiração de ar induzida pelo fluxo de líquido em um conduto com paredes retas, (c) fluxo de líquido em um conduto cônico. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Recursos a serem utilizados quando não é possível reduzir a seção do canal de descida Uso de macho estrangulador Estreitamento no início do canal de distribuição 18 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Canal de Descida Seção Transversal Seções quadradas ou retangulares são melhores do que seções circulares no sentido de evitar a formação de vórtices. Sistemas Pressurizados As Ac . H/h h As Ac H Ac = Área dos Ataques As = Área da Descida Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Elementos dos Sistemas de Canais Posicionamento dos Ataques em Relação ao Canal de Distribuição Localização dos Ataques na Parte Inferior do Canal de Distribuição Sistemas Pressurizados Localização dos Ataques na Parte Superior do Canal de Distribuição Sistemas Despressurizados 19 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Utilização de filtros cerâmicos Gating system designs for optimizing the effectiveness of ceramic filters in horizontally parted molds having sprue:filter:runner:ingate cross-sectional area ratios of 1:3-6:1.1:1.2 (a) and 1.2:3-6:1.0:1.1 (b). Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Utilização de filtros cerâmicos Filtros de espuma cerâmica Filtro posicionado junto ao canal de descida Filtro cerâmico tipo tela 20 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Several common filtration and flow modification devices (from left to right): strainer core, extruded ceramic filter, ceramic foam filter, mica screen, and woven fabric screen. The two types of ceramic filters are by far the most widely used. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema Simples Má distribuição de Fluxo Maior parte do metal passa pelo canal inferior. 21 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema com Angulo Diminui a Energia Cinética Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema com Canal de Distribuição Invertido Equalização do fluxo através dos canais de ataque 22 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Ataque de baixo para cima, permitindo um preenchimento mais brando da cavidade da peça (com mínima turbulência) Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Dimensionamento do Sistema de Canais Todo o cálculo de dimensões dos sistemas de canais baseiase nas equações: VAZÃO = VOLUME TEMPO e VOLUME = MASSA R DENSIDADE VAZÃO = VELOCIDADE X ÁREA Portanto: ÁREA = MASSA /(DENSIDADE X VELOCIDADE X TEMPO) (Equação 01) 23 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Variáveis importantes para projetos de Canais de Enchimento: Para obtenção de um bom projeto de canais de enchimento deve-se considerar: A orientação e a posição dos canais de descida; de distribuição e de ataque; O número de Canais de Ataque; Tempo e Velocidade ideais para o enchimento Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Regras para Definir a posição dos Canais de Enchimento Os canais devem ser de tal modo que o metal ao passar no seu interior deve ter a máxima velocidade sem que atinja a turbulência, proporcionando um enchimento contínuo do molde. Os canais devem permitir que o metal ao penetrar no molde não encontre resistência de gases, facilitando a saída dos gases para o exterior ; Os canais devem ser posicionados de tal modo que não ataquem diretamente as partes frágeis ou mais aquecidas do molde ou machos, evitando desgaste destas partes. Caso o tempo de vazamento seja longo , ocorrerá um superaquecimento no local do ataque, devendo-se realizar uma prevenção contra rechupe. O sistema de canais devem ser de tal modo que dificultem a entrada de areia e escória na peça. 24 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais • Regras para Definir o Tempo e a Velocidade de Enchimento • Deve-se considerar que um preenchimento lento pode levar a formação de zonas frias , ou sem preenchimento enquanto um enchimento rápido pode levar a inclusões de partículas sólidos e gasosas. A velocidade de transporte do metal fundido também tem papel crucial para decidir o melhor momento de enchimento. A velocidade geralmente varia dentro dos canais de enchimento e da cavidade do molde, e depende principalmente da pressão metalostática (pressão devido a altura de coluna de liquido do próprio metal) Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Determinação do Tempo de Enchimento da Peça Wallace e Evans AFS t = Kf ( 1,4 + 0,7144 . e ) . t = tempo (s) e = espessura (cm) m = massa (g) Ferros Fundidos Cinzentos m x 10-3 Kf = F / 40 (Equação 02) F = Fluidez (cm) Tabelada em função da composição e do grau de superaquecimento Obs. : para peças acima de 450 Kg recomenda-se substituir m x 10-3 por 3 m x 10-3 na equação 2. 25 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Determinação da Velocidade Conforme visto anteriormente: • Como a altura efetiva em cada momento do preenchimento é diferente, pois o v = 2 . g . h . 1/ líquido acima do plano de distribuição e ataque exerce uma contrapressão, usa-se a velocidade média a partir do nível do ataque: Vm = 2.g 2 .( 1+ 1 – ho / h1 ) h1 = altura total disponível no sistema . h1 (Equação 03) h0 = altura da peça acima do nível do ataque Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran h0 = 0 Sistemas de Canais h1 h0 h1 ho 400 0 0,2 h1 0,4 h1 0,6 h1 0,8 h1 Velocidade de enchimento (cm/s) 500 300 200 100 0 0 200 400 600 h0 h1 Velocidade da menor seção do sistema em função da altura disponível (h1) e da altura da peça acima do nível dos ataques (h0) 800 Altura de vazamento (mm) 26 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Sistemas de Canais Método da Seção de Choque Elementos que precisam ser discriminados: 1- altura do canal de entrada (ou de descida) H (cm) 2- altura da peça C (cm) 3- altura da peça acima da seção de choque B (cm) 4- peso da peça+massalotes P (Kg) - Inicialmente determina-se a altura efetiva (Hef) Hef = H - b2/ 2c P = Peso de todo o sistema a ser enchido (peça+masalotes) - Calcula-se então a Sc (seção de choque) Ferro Fundido 4,86 Hef = altura efetiva K = constante do material ( cm5/2 / Kg1/2) Aços 10,6 Bronzes 5,34 Sc K P H ef Alumínio 8,25 27